Não me parece nada de estranho.
Nada do que está naquele artigo está errado.
Acho que o artigo é sobre a compra de aviões pelos turcos, e pouco mais.
A realidade, é que tanto os Eurofighter como os SU-27/30 são aeronaves muito sobrevalorizadas, mas que se baseiam em conceitos e projectos com 30 anos.
O EFA, e basta olhar para as linhas do avião, é de facto parecido com um F-16, com asas de Mirage, ou então é parecido com o F-16-XL.
Qualquer destes aviões é parecido com o Mig-29.
Os novos aviões americanos, cortam com essa forma de pensar, e adoptam uma filosofia completamente nova.
O EFA, não passa de um avião com mais de 20 anos, ao qual foram adaptados sistemas modernos (não se pode duvidar disso).
Mas a verdade, é que os EFA presentemente ao serviço, não são superiores aos F-16 block 60, muito pelo contrário.
Depois, não se podem comparar aviões que têm conceitos de utilização diferentes e considerar que um é mais potênte que o outro.
Quando os americanos desenharam um novo conceito de aviões, baseados na sua capacidade de iludir radares, eles não quiseram competir em termos de capacidade de transportar armas ou velocidade máxima, logo as comparações não fazem sentido.
A ideia dos americanos, é, como já aqui disse, chegar "de mansinho" próximo do seus inimigos, poderosos e super-bem-armados e cravar-lhes uma faca fina, e aguçada nas costas, até atingir o coração.
É uma questão de conceito. Os super-bem-armados, sempre vão ter armas superiores, mas o conceito de utilização do F-35 ou do F-22 consiste em tornar essa superioridade inutil, via a vantagem táctica do "stealth".
É por isso que eles não querem abrir mão de todas as capacidades Stealth porque eles sabem que é com isso que contam.
Não há aviões invisíveis, o que há, é inimigos que nunca viram um avião com um nível "x" de capacidade de iludir radares.
Hoje, um F-117 já não é Stealth, porque já se sabe como ele aparece nos radares.
Mas hoje, a maioria dos técnicos de radar da maioria das forças aéreas do mundo, não faz a mais pequena ideia de como vai aparecer um F-22 num radar, se ele alguma vez aparecer. Mesmo os radares sofisticados de um Eurofighter, precisam de dados, sobre o perfil do sinal de um F-22, para o identificarem, e os americanos, em todos os testes que fizerem com outros países, podem garantir ao F-22 um perfil "stealth" muito mais visivel.
Oa americanos não são estúpidos.
Essa é a vantagem do F-22 e futuramente do F-35.
Com um design baseado no F-16 e no Mirage, o Eurofighter, vai aparecer como mais um F-16 ou um Mirage da vida, e as defesas aéreas vão agir conforme os treinos.
Não haverá surpresa, e é na surpresa que se baseia a superioridade americana.
Não adianta esgrimir numeros, potências, supercruises e radares, quando tudo se decide, com a capacidade dos técnicos identificarem o inimigo, quando ele aparece pela primeira vez nos seus radares. E aí, a não ser que eles estejam muito inspirados e tenham um lance de sorte, já será tarde.
Apenas algumas horas, é o suficiente para os americanos arrasarem os sistemas de defesa aérea de qualquer país. Sem radares, esse país ficará meio cego. Depois é apenas uma questão de tempo.
Cumprimentos