Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?

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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #45 em: Maio 19, 2015, 11:03:20 am »
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Considerando que as referidas Aeronaves SA -330 PUMA e material sobresselente continuam a não ser necessários à mobilização das Forças
Armadas; (...)
Interessante. De facto não são nada necessários às F.A. e afins ...:roll:

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PereiraMarques

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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #46 em: Maio 19, 2015, 12:25:35 pm »
A questão é que estas células têm o limite de número de horas de voo praticamente esgotado, necessitariam de uma modernização profunda, provavelmente com reforço estrutural das fuselagens...Mesmo os países que aparentemente mostraram algum interesse (Reino Unido e Roménia?) iriam apenas utilizá-los como fornecedores de peças ("canabilização") para as aeronaves que já operam nas suas Forças Aéreas.
 
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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #47 em: Maio 19, 2015, 12:56:18 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
A questão é que estas células têm o limite de número de horas de voo praticamente esgotado, necessitariam de uma modernização profunda, provavelmente com reforço estrutural das fuselagens...Mesmo os países que aparentemente mostraram algum interesse (Reino Unido e Roménia?) iriam apenas utilizá-los como fornecedores de peças ("canabilização") para as aeronaves que já operam nas suas Forças Aéreas.
Desde 2006 que se dizia isso mesmo, além das conclusões do Grupo de Trabalho que estudava a opção dos PUMA ir para a protecção Civil. O custo da conversão seria 25 milhões e a manutenção 6,5 milhões ao ano.http://apeapt.com/forum/viewtopic.php?f=14&t=683&view=previous#p1665
Citar
Reconversão dos Puma custa 25 milhões de euros
fogos florestais Grupo de trabalho constituído para analisar futuro da frota conclui que aluguer de longa duração pode sair mais barato Manutenção anual ascende a 6,5 milhões

Carlos Varela e Inês Cardoso


Areconversão dos dez helicópteros Puma da Força Aérea Portuguesa (FAP) para o combate a fogos florestais custará ao Estado mais de 25 milhões de euros, um valor que está a ser levado em linha de conta pelo Ministério da Administração Interna (MAI), que ainda não decidiu se vai ser esse o destino das aeronaves ou se, pelo contrário, mantém o sistema de aluguer.

Tendo em conta os custos elevados, foi criado um grupo de trabalho envolvendo elementos do MAI e da Força Aérea. As conclusões do relatório, entregue em Janeiro mas ainda em estudo pela tutela, deixam cada vez mais afastado o cenário de reconversão dos Puma.

Segundo apurou o JN, são traçados vários cenários de custos a 15 anos, mas apenas num é mais vantajosa a manutenção da frota relativamente à opção de aluguer plurianual de helicópteros (incluindo os serviços de operação e manutenção) a privados.

No outro lado da balança, em contraponto aos custos elevados, estão vantagens de autonomia. Isto porque a opção de juntar os Puma aos dez helicópteros (seis médios e quatro ligeiros) cuja aquisição, pelo MAI, já está em curso permitiria ultrapassar a dependência do Estado face a privados.

Fecho de concursos

A decisão final está, em qualquer caso, para breve. Ainda esta semana, na quarta e sexta-feira, fecham duas fases de entrega de propostas para aluguer de helicópteros. A expectativa do Governo, tendo em conta que os concursos foram lançados com mais antecedência que nos últimos anos, é que surjam mais empresas concorrentes e os preços praticados baixem. "Tudo está dependente dessa abertura de propostas, para que possa haver uma decisão final", explica fonte do MAI.

Em Junho do ano passado, em entrevista ao JN e Antena 1, o ministro da Administração Interna, António Costa, tinha dado como certa a opção pelos Puma, reafirmada durante a fase mais quente do período de incêndios, quando se viu a braços com a falta de meios aéreos. A certeza, contudo, foi dando lugar a dúvidas levantadas pela comissão especial para o estudo dos meios aéreos de combate aos incêndios, constituída no final do Verão, que já nessa altura dedicou parte da análise ao futuro da frota dos Puma.

É que, além do investimento inicial de 25 milhões de euros para reconversão, a manutenção da frota está calculada anualmente em 6,5 milhões - 3,5 para os chamados consumíveis e mais três milhões para as manutenções programadas.

A possibilidade destes valores baixarem é reduzida, por um lado porque a manutenção tem custos fixos, por outro porque a Força Aérea está a abater os Puma na medida em que recebe os EH-101. Ou seja, o planeamento da FAP está a voar nos Puma até esgotar as horas de voo e o stock de sobressalentes, parando as aeronaves no solo próximo do momento em que normalmente iriam para as grandes reparações, reduzindo assim os gastos do ramo.

Uma vez que, ao longo dos anos e dos vários governos, nada foi acordado entre os ministérios da Defesa e da Administração Interna, dois dos helicópteros já foram abatidos. Segue-se um terceiro, em serviço em Porto Santo, até ao fim do mês de Fevereiro, e as quatro aeronaves colocadas nos Açores têm igual destino no Verão.

As restantes três aeronaves serão também abatidas durante o segundo semestre, substituídas pelos EH-101, e o mesmo vai acontecer com as tripulações, que gradualmente estão a deixar de voar nos Puma transitando para os EH-101, perdendo as qualificações nos velhos helicópteros. Aliás, a questão da tripulação é outra dificuldade que se levanta no caso de uso pela Protecção Civil (ver caixa de cenários para a operação).

Helitransporte para levar meios de intervenção rápida

A principal missão dos helicópteros Puma seria não o transporte de "baldes" com água, mas antes o helitransporte de equipas de primeira intervenção, num conceito que foi ganhando força em 2005 e que este ano é uma aposta ainda mais estratégica. É que às já existentes brigadas helitransportadas, compostas por bombeiros, juntam-se este ano as equipas da GNR enquadradas no GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro), a que o ministro António Costa deu corpo este ano.

A unidade já começou a fazer treinos, a nível de oficiais, e foi apresentada oficialmente ao ministro da Administração Interna numa recente ida à Lousã. O GIPS vai dispor este ano de 315 homens, organizados em três companhias, em particular com base no efectivo do Regimento de Infantaria da GNR, embora nos anos subsequentes possa crescer até aos 500, com várias missões no âmbito da Protecção Civil.


O GIPS vai operar nos distritos de Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria e Faro, distritos que foram escolhidos por serem de particular risco de incêndio e não disporem de brigadas helitransportadas. Numa lógica de complementaridade, os 84 elementos destas equipas irão manter-se instaladas nos distritos da Guarda, Castelo Branco e Santarém.
Depois em 2008 foram novamente reactivados, acabando pelos testemunhos recolhidos na BA6 na altura da chegada dos Merlin, se revelarem verdadeiros quanto ao que os helicópteros poderiam ainda fazer. Agora depois de anos encaixotados e inactivos, e ao custo de aquisição de unidades novas não penso que se justifique, mas na altura mesmo tendo em conta apenas o factor da autonomia e o facto da própria UALE não ter os meios, penso que por mais 15 anos se justificava. http://especialistasdaba12.blogspot.pt/2009_09_01_archive.html
Citar
À chegada, a FAP adiantou que as quatro aeronaves que voam em parceria com um Merlin-ficariam no Arquipélago por dois anos(o prazo finda em 2010), altura em que esperava ter a frota de 12 EH-101 Merlin totalmente operacional. O regresso dos Pumas à Base das Lajes obrigou à reactivação da Esquadra 752 (desactivada em 1993 e, na altura, substituída pela Esquadra 711 “Albatrozes”, desactivada temporariamente em 2007).
Durante a sua permanência de mais três décadas nos AÇORES, os Pumas estacionados nas Lajes realizaram cerca de 26 mil horas de voo,em cerca de três mil missões operacionais salvaram, mais de três centenas e meia de pessoas.
Nas suas missões inter-ilhas nasceram nos Pumas 16 crianças e foram transportados 2300 doentes entre as diferentes ilhas do Arquipélago. QUATRO DÉCADAS DE VIDA, (foram para a tropa em 1969, sem passarem pela OTA; “tiveram cunha”)…
Os Pumas da Força Aérea Portuguesa operam desde 1969, altura em que PORTUGAL adquiriu 13 aeronaves para conseguir maior capacidade de transporte na GUERRA do Ultramar (um Puma podia transportar entre 18 a 20 homens, quando os Alouette III só transportava cinco). Seis unidades destinaram-se aos conflitos em Moçambique. Foram intensivamente utilizados pelas FORÇAS ESPECIAIS em Angola, nomeadamente na intersecção de colunas de guerrilheiros vindos das fronteiras do Congo e da Zâmbia, servindo também na evacuação sanitária e apoio logístico.
O primeiro voo operacional do Puma foi a 23 de Outubro de 1970, em missão de transporte de manobra em Santa Eulália, no norte de Angola.


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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #48 em: Maio 20, 2015, 09:47:51 pm »
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Questionado acerca dos helicópteros Puma que Portugal vai voltar a tentar vender por ajuste direto, Aguiar-Branco afirmou: “é uma situação que já vem sendo tentada desde 2007, é uma situação que nós desejamos que possa ocorrer, não podemos é sujeitar-nos, como temos sujeitado, à lei da concorrência e da transparência no sentido de fazer isto por concurso público e por convite”.

“A verdade é que eles para serem reconfigurados para operarem nas Forças Armadas portuguesas não fazem sentido neste momento”, concluiu o ministro da Defesa Nacional.

http://www.tvi24.iol.pt/politica/aguiar ... s-patrulha
 

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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #49 em: Maio 20, 2015, 09:59:52 pm »
Se ninguém os quer, quase dados, e há quem defenda que servem para as nossas FAs...
 

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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #50 em: Maio 20, 2015, 10:50:11 pm »
Citação de: "night_runner"
Se ninguém os quer, quase dados, e há quem defenda que servem para as nossas FAs...

Na minha opinião os Puma no estado em que se encontram não têm qq utilidade a nível militar. Agora, se os transferíssemos para a Protecção Civil/Inem, especialmente nas Ilhas (Madeira e particularmente os Açores) onde pudessem essencialmente fazer missões de transporte urgentes entre ilhas, era uma grande ajuda pois libertavam os meios da FA para missões mais... agressivas!

O mesmo para utilização no Continente no transporte de Doentes, o BALÚRDIO (desculpem mas sou das Beiras..) que se gasta anualmente nos KAMOV não deve andar longe do que gastaríamos nos PUMA...
 
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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #51 em: Maio 20, 2015, 11:35:09 pm »
Após a recepção dos merlin por 25 milhões e 6,5 milhões ao ano de manutenção, arranjou-se todo o tipo de argumentos para não os converter, mas depois afinal já foram reactivados com parte dá estrutura para os Açores e apesar das células estarem no limite voaram mais 2 anos (também na altura não serviam para nada e afinal...  :mrgreen: ). Agora São velhos e já não servem para nada ( com potentosas máquinas como o ecureuil da protecção civil...  :roll: ) A propósito, à quantos anos os al3 voam na fap e quanto mais tempo se espera que vão voar (o último que voei até pertence ao lote original que foi para a Guiné, imagine-se)? Diria uma novela da globo, mas como não quero ferir susceptibilidades, digo que é uma verdadeira  "pumochachada" com os inevitáveis a aplaudir de pé. :twisted:



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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #52 em: Maio 21, 2015, 12:06:05 am »
Camarada mafets, se 1,5M€ por 15 C-212 ou 15M€ por oito SA330 não são apelativos, se não atraem qualquer interesse por parte de centenas, milhares de empresas e entidades pelo mundo fora... Se estivessem em condições (leia-se, se a relação custo/benefício fosse favorável) já tinham ido há muito! Nem que fosse para o mercado africano ou sul-americano...
 

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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #53 em: Maio 21, 2015, 12:16:56 am »
Citação de: "night_runner"
Camarada mafets, se 1,5M€ por 15 C-212 ou 15M€ por oito SA330 não são apelativos, se não atraem qualquer interesse por parte de centenas, milhares de empresas e entidades pelo mundo fora... Se estivessem em condições (leia-se, se a relação custo/benefício fosse favorável) já tinham ido há muito! Nem que fosse para o mercado africano ou sul-americano...
É como a base de beja. Desde que os alemães saíram escreve-se resmas de interessados e nada (exepto o aeroporto civil, ora se lá ouvesse uma base militar a sério... :wink: ). A mesma coisa com os puma, por portas e travessas à interessados, e depois nada... :roll: vá-se lá perceber isto camarada night. :wink:

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=25040&tm=8&layout=121&visual=49

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=33009&tm=8&layout=121&visual=49

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=499482&tm=8&layout=121&visual=49

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=41726&tm=8&layout=121&visual=49

http://forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?f=27&t=4506


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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #54 em: Maio 21, 2015, 01:08:02 am »
É isso mesmo que os links mostram. Tantas ideias, possibilidades, presumiveis interessados ao longo de todos estes anos, e chega-se sempre à mesma conclusão, não vale a pena. Muita gente sabe isso mas há que continuar a passar a ideia do querer vender, de que se está a reduzir, etc etc. Repito que não quero dizer que não seja possível colocar algumas destas aeronaves a voar, por algum tempo. Simplesmente não é viável a vários níveis. O principal interessado poderia ser algum operador civil que tivesse uma frota já considerável de algum destes modelos. Se existe não sei mas ainda não apareceu por cá...

Quanto a Beja, não sei muito mais do que se foi dizendo nos media. É um assunto bem mais complexo. Mas continuo curioso!  :D
 
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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #55 em: Maio 21, 2015, 02:03:02 am »
Se não os conseguimos vender então mais valia doar. Quem sabe se não conseguiríamos arranjar um tanso qualquer que pagasse depois às OGMA para os colocar a voar novamente.

Quanto à Protecção Civil ou INEM: não sei se os Pumas iriam precisar de trabalhos extensos para obterem novamente as certificações civis ao ponto de ficarem mais caros do que meios contratados.

Quanto a missões nos Açores: simplesmente já não conseguem voar em condições atmosféricas adversas como os Merlin e outros helicópteros mais modernos voam, por isso talvez fosse mais eficiente e barato operar um helicóptero como o AW109 ou AW139 para o transporte de doentes entre ilhas.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #56 em: Maio 21, 2015, 10:31:35 am »
Claro que não vale a pena, nem em 2008 valia, mas depois já se re-activou (afinal sempre serviram para mais 2 anos, sempre foi possivel, os custos eram viáveis ou por motivos de força maior...  ),  para desactivar novamente (anda-se a brincar aos Helicópteros, custos, tripulações, formação e  2 anos volvidos desactivados mas com agora o problema da falta de tripulações  e manutenção dos EH101 novamente a acontecer ). Os Particulares com o dedo político sempre interessados em alugar meios aéreos para combate a incêndios e evacuação médica, o cancro que foi a ex EMA (agora até já fazem evacuação médica, porque não o fizeram desde o inicio? ah contenção de custos  :roll:


Sejamos claros. Os negócios de defesa seja aquisição ou venda de material são uma trapalhada cá no Burgo e só não vê quem não quer. Os aviões apodrecem (alguns lá aparecem nos sucateiros), os navios enchem-se de sucata e nem para desmantela-los se consegue vender, agora são afundados para criar núcleo de mergulhos sendo que novamente à que questionar o que as F.A. ganham com isso, sendo que os PUMA são apenas uma parte de todo um emaranhado que dura à décadas.  POrque em Portugal "nunca à interessados" (mesmo a imprensa especializada anda sempre enganada, é tudo "furo jornalístico"), nem se faz o que o Get it disse e muito bem, custo zero com os custos associados à modernização nas OGMA (como em parte os EUA fazem na AMARG, onde fomos buscar a segunda esquadra de F16).


Após a recepção dos EH101 foi feito um estudo que avaliava em 25 milhões a conversão e 6,5 milhões a manutenção. Não era viável quando um PUMA novo andava à volta dos 16 milhões de USD, e quanto é assinado um contrato em Fevereiro de 2015, de 14,7 milhões de euros mais 46 milhões nos próximos 4 anos para a manutenção dos helis da protecção civi (o PUMA a 6,5 milhões dava 26 milhões de euros em 2005/2006, que mesmo com um acréscimo face à idade das aeronaves parece pouco provável que chegasse aos custos actuais http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4384401)? E quanto custou a re-activação dos Puma em 2008? E quanto custaria agora? (sim, também acho que actualmente seria difícil, mas não em 2005 ou 2010). Vamos falar de números e de custos de formação e manutenção, porque vendo os números disponíveis fica a sensação não apenas dos custos superiores dos helicópteros da protecção civil mas de que toda esta historia, principalmente até 2010/2011, tem algo de profundamente errado e que alguém tem tentado "tapar o sol com a peneira". :roll:



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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #57 em: Agosto 17, 2015, 09:07:51 am »
Devem estar em tão bom estado que nem os sucateiros os quiseram... :roll:

Citar
MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL
Gabinete do Ministro
Despacho n.º 9238/2015

Por meu despacho datado de 23 de abril de 2015 foi lançado o Procedimento por Ajuste Direto com Convite a Várias Entidades para a «alienação a título oneroso de oito aeronaves SA -330 PUMA e material sobressalente».
Considerando que:
a) O referido procedimento foi efetuado por analogia com os termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 24.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, na sua redação atual (1), no respeito pelos princípios gerais da atividade administrativa — máxime nos procedimentos de contratação pública, bem como das normas que concretizam preceitos constitucionais constantes no CPA, pelo Convite e pelo Caderno de Encargos;
b) Durante o período fixado para apresentação de propostas, foram recebidas manifestações de interesse no procedimento por diversas entidades, que efetuaram visitas aos bens a alienar, não tendo sido recebida nenhuma proposta até à data limite de entrega.
Determino, nos termos conjugados da alínea a) do n.º 1 do artigo 79.º e do n.º 1 do artigo 80.º, ambos do CCP:
1 — A anulação do Procedimento por Ajuste Direto com Convite a Várias Entidades para a «alienação a título oneroso de oito aeronaves SA -330 PUMA e material sobressalente» e,
2 — A revogação da decisão de contratar constante do meu despacho datado de 23 de abril de 2015.

(1) A aplicação supletiva deste diploma legal, ainda que com âmbito de aplicação especialmente dirigido para a formação de «contratos de aquisição», encontra -se sobejamente fundamentada em anteriores informações, colhendo unanimidade na doutrina.
31 de julho de 2015. — O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro
Correia de Aguiar -Branco.

https://dre.pt/application/file/70017843
 

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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #58 em: Agosto 17, 2015, 10:53:48 am »
Citação de: "PereiraMarques"
Devem estar em tão bom estado que nem os sucateiros os quiseram... :mrgreen:  :wink:
Citar
Seis helicópteros Kamov, comprados pelo Estado por cerca de 40 milhões, podem vir a ficar parados devido aos custos de manutenção

http://A Força Aérea (FA) acredita que está em condições de assegurar o combate aos incêndios florestais já a partir do próximo ano, sugerindo a recuperação até 2015 de seis helicópteros Puma, aeronaves com mais de 30 anos, que estiveram a voar até Maio passado, na sequência de problemas na manutenção dos modernos Merlin, comprados para os substituir. A informação foi adiantada ao PÚBLICO por uma fonte ligada à Defesa, que explicou que no dispositivo aéreo de combate aos fogos sugerido para o próximo ano pela FA não entrariam os seis helicópteros pesados Kamov, que o Estado comprou e começaram a operar em 2008.

O objectivo da mudança de estratégia seria poupar dinheiro, já que, exemplifica a fonte, o custo de manutenção dos Kamov, que está pago até ao final do próximo ano, é considerado muito elevado. Esta solução implicaria a extinção da Empresa de Meios Aéreos (EMA), uma sociedade de capitais públicos criada em 2007 para operar os dez helicópteros comprados pelo Estado (um dos aparelhos despenhou logo nesse ano).

O dispositivo do próximo ano, segundo o estudo da FA solicitado pelo ministro da Defesa, Aguiar-Branco, em início de Julho, contaria com três Pumas, ficando os restantes três aparelhos disponíveis gradualmente entre 2013 e 2015 (um por ano). Para suprir a sua falta, a FA propõe alugar três helicópteros médios para o ano, um número que iria diminuindo à medida que os restantes Puma ficassem prontos. Fariam ainda parte do dispositivo de 2012 os três helicópteros ligeiros Ecureuil SA350 B3, actuamente a ser operados pela EMA, e três Alouette da FA, que permitem transportar equipas de combate, mas não fazem descargas de água.

A FA propõe estabilizar o dispositivo de combate a fogos até 2015, altura em que passaria a contar com os seis Puma e oito Ecureuil. Tal implicaria vender os seis Kamov que o Estado comprou e, com essa verba, adquirir os restantes Ecureuil. Os quatro helicópteros ligeiros e os seis médios e a respectiva manutenção durante cinco anos custaram ao Estado perto de 105,5 milhões de euros. A esmagadora maioria da verba foi para pagar as despesas dos Kamov.

Outras funções apontadas

A recuperação e adaptação dos Puma terá um custo estimado pela FA em poucos milhões de euros, um investimento que, sustenta-se, poderá ser rentabilizado com o facto dos helicópteros poderem ser também usados para fazer emergência médica, um serviço actualmente contratado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica a uma empresa privada que disponibiliza cinco aparelhos.

A frota que a FA considera satisfatória para combater os incêndios, composta por 14 helicópteros, é substancialmente inferior ao dispositivo que tem estado a operar nos últimos anos. Este ano estão disponíveis 41 meios aéreos durante a fase mais crítica dos incêndios florestais, menos 15 aeronaves que nos dois anos anteriores. Talvez, por isso, a FA admite a utilização de aviões C-130 no combate aos fogos.

O Ministério da Defesa recusa-se a adiantar pormenores sobre o estudo da FA, e o assessor de imprensa, Nuno Maia, confirma apenas que já recebeu o documento. "Estamos a analisá-lo em conjunto com o Ministério da Administração Interna [que tutela a EMA e a Autoridade Nacional de Protecção Civil]". A FA remete explicações para a tutela e a Administração Interna não quis fazer comentários.

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, afirmou ontem que concorda que os meios da Força Aérea colaborem no combate aos incêndios, mas critica a extinção da EMA, argumentando que pode ser necessário alugar aeronaves privadas.

http://www.publico.pt/portugal/jornal/forca-aerea-quer-recuperar-seis-puma-para-combater-fogos-22656855

Cumprimentos

P.S. Em 2011 esta proposta foi recusada pois o MDN afirmou ao CEMFA que a verba da recuperação dos PUMA, operação dos meios da FAP e valores para formação de pessoal eram  muito caros. Os meios entretanto alugados, a EMA e a operação dos meios aéreos próprios custaram aos contribuintes desde então em valores de 2013 e que estão contratualizados até 2017 valores na ordem dos 51,200 milhões de euros (se o valor dos 4 anos anteriores forem os mesmos ou aproximados são 102,400 milhões de euros http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3383182)
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Re: Helicopteros PUMA da FAP: Qual o seu destino?
« Responder #59 em: Agosto 14, 2016, 09:37:09 am »
Se for para re activar os puma para, entre outras missões, se utilizarem no combate a incêndios, de que valores estamos a falar e quais as alterações que seriam necessárias?