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Força Aérea Portuguesa / Re: F-35A Lightning II na FAP
« Última mensagem por Pescador em Hoje às 11:49:45 am »O custo de 1 contrato de aquisição de caças depende do pacote contratualizado que para além dos próprios aviões (inclui armas, peças, simuladores, treino e até manuais), e varia de país para país conforme as opções tomadas. Da ultima vez que verifiquei em média o Gripen na versão E vem por 60M€ enquanto o F-35A quase 90 Milenas. Mas o que custa mais ao longo do tempo é precisamente o custo de manutenção.
Não é de todo seguro que o caça escolhido será o F-35 até porque não seria legal uma compra sem concursos, e anunciar o vencedor antes de acontecer O CEMFA a tomar a decisão final não será este e ainda vai correr muita agua debaixo do moínho. E mesmo depois de ser escolhido até aterrar em Portugal não há garantias, veja-se o caso do NH90 e do EC635, se recuarmos mais no tempo vemos outros exemplos como o Mirage III e o F-5. Li algures que até o F-20 Tigershark esteve na calha até ser cancelado pelo fabricante (numero de potenciais clientes insuficiente para abrir uma linha de produção).
Se fosse eu a decidir, já estaria feito upgrade para F-16V e só abrir concurso com F-35, BAE tempest, AIRBUS FCAS e o NGAD naval (o da USAF será mais pesado) em 2030. Não sei se a SAAB vai desenvolver projecto próprio ou juntar-se a um dos 2 projecto europeus, porque seria interessante outro caça monomotor.
Onde é que foi visto esse valor para o Gripen? Leasing ou em segunda-mão não contam. O que se tem visto, são preços em tudo equivalentes aos do F-35, não havendo vantagem alguma em optar pelo modelo sueco.
O custo de operação é obviamente mais baixo, já o de manutenção e peças, poderá variar, considerando o número de F-35 que serão operados por esse mundo fora, e o consequente volume de peças produzidos. Fazendo parte de um largo grupo de operadores europeus, é possível que dê para obter preços mais baixos ao beneficiar da compra em larga escala de tudo o que é peças (em teoria pelo menos).
Que a vinda do F-35 não é liquida, já se sabe. Agora se não vier F-35, não virá mais caça nenhum novo, porque os preços rondam todos o mesmo, mais coisa menos coisa.
Abrir um concurso com esses candidatos, obriga a que seja feito apenas em 2040/45. Isto implicava que todos os F-16 tivessem sido modernizados, e que os que temos em segunda-mão, consigam aguentar tanto tempo como os PA I. De resto, em 2035, nem FCAS, nem GCAP, nem um hipotético caça sueco estarão disponíveis. Também não é um dado adquirido que o NGAD, seja o da USAF seja o da USN, venham a ser disponibilizados no mercado (a minha aposta é que não o sejam, à semelhança do F-22). E desses todos, o mais barato será sem dúvida o F-35!
Eu se tivesse que apostar, os suecos vão tentar juntar-se a outro programa. Seja o GCAP, seja o FCAS. Isto de desenvolver um caça sozinho, que é suposto ser de uma geração completamente nova, e que para isso precisará de tecnologia de topo que dificilmente estará disponível "off the shelf" como fizeram com o Gripen, vai ser complicado e dispendioso. Talvez tenham a esperança de desenvolver com o Brasil, mas já andam à rasca de dinheiro para comprar mais Gripens além dos 36 originais, quanto mais investir num avião novo...A Holanda a encomendar 265 HARM ER.
Portugal em contraponto é o gajo que olha para o preço de um míssil e começa: "desculpe têm meias doses?".
HARM ER ou AARGM-ER?
E se fossem só esses... vão JASSM-ER, Tomahawks, possivelmente JSM e tantas outras coisas...
Por cá, toma lá 18 AIM-9X e já vais com sorte.
Brazil considera comprar 30 caças adicionais por $2 mil milhões, isso dá cerca de 60 milhões por caça, uma vez que já não são os primeiros JAS-39-E e beneficiam de economia de escala (o pacote original incluía transferência de tecnologia e infra estrutura para montar no Brazil). Se fossemos a reboque disto era o preço que pagávamos, provavelmente menos. As munições teriam de ser incluídas em cima mas essas até nos F-16 faltam de qualquer maneira...
Fonte: https://www.defensenews.com/air/2022/04/29/brazil-orders-more-gripen-jets-mulls-another-large-buy/
"A reboque desses".
Isso é que é preocupante.
Para mais como é aqui dito, para ter um caça até depois de 2060.
Ou seja andar sempre na cauda
Aquilo lá na América do sul é outro planeta, não confundir. Até são BRIC e, daqui a nada estão a comprar aos chineses para fazerem sob licença.
Além do F35 nada mais agora vale a pena pensar para substituir F16 que vão durar mais 10 a15 anos, mesmo a substituir por fases. Salvaguarda-se o caso de algum projecto entretanto a sair esta década, mas isso leva tempo e em principio mais caro por ser um desenvolvimento recente.
Já o disse, temos poucos aviões e até pilotos e, por isso ter esses "submarinos aéreos" traz a vantagem da discrição que outros modelos não tem. Carregar muitas armas nunca será o caso nem que tivéssemos F15E. pois teríamos no máximo carga para meter nuns dois ou três. Os exemplos não faltam, na FAP, Marinha e Exército
Por isso resta a vantagem da discrição e capacidade de operar em rede com outros meios menor valor como os drones