OGMA

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HSMW

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Re: OGMA
« Responder #30 em: Agosto 29, 2011, 04:49:08 pm »
Citação de: "Charlie Jaguar"
Citação de: "PereiraMarques"
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By VMSB

Portuguese company OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal SA carry maintenance works on French Army (Armée de Terre) Eurocopter SA330BA tactical transport helicopters operated by the ALAT (Aviation Légère de l’Armée de Terre) light aviation unit.

The contract includes maintenance of Turbomeca Turmo IIIC4 engines and of some components at every 600/800 flight hours.

The ALAT have in service 96 Puma´s and is to keep 45 helicopters until 2025.

The company won few years ago a contract to provide maintenance services to French Air Force (Armée de l´Air) 14 Lockheed Martin C-130H Hercules transport aircraft but the contract has been terminated due to the low quality of services provided by the Portuguese company.

http://defesaglobal.wordpress.com/

Que vergonha! Como é possível fazer isto a uma empresa que, juntamente com o Arsenal do Alfeite, eram as referências pela excelência na construção e reparação militar aérea e naval respectivamente?

Sim! Vergonha! Daqui a uns tempos andamos nós cá no fórum a rezar para que as OGMA não fechem...
Sabem é fazer greves como aconteceu em Novembro do ano passado. Lá andavam eles todos contentes com as bandeiras vermelhas!
Pensava que a Embraer tinha metido mão naquilo...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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nelson38899

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Re: OGMA
« Responder #31 em: Agosto 30, 2011, 03:52:49 pm »
Olha que estás errado

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01/08/2011

(Infodefensa.com) Madrid – El Consejo de Ministros ha autorizado la celebración del acuerdo marco y los contratos que se adjudiquen basados en el mismo para la revisión del tercer escalón de la flota de doce aviones de transporte C-130 Hércules del Ejército del Aire por un importe máximo de 22,5 millones de euros.

Dicho importe total se distribuirá en cinco anualidades desde el presente año hasta 2015.

Según la reseña del Gobierno, con anterioridad se han realizado tramitaciones de forma individual por cada avión, lo que ha supuesto una inmovilización del avión afectado a la espera de resolver la tramitación del contrato y, en cada caso, aplicar condiciones diferentes de coste y plazo.

Así, mediante el Acuerdo Marco el Gobierno prevé reducir el coste de las revisiones que hay que hacer a lo largo de los próximos cuatro años, ya que se negociará la revisión de hasta nueve aviones y no de uno sólo.

Empresas adjudicatarias en años anteriores para diversos trabajos en la flota de los C-130 Hércules han sido Marshall of Cambridge Aerospace Limited y OGMA, Indústria Aeronáutica de Portugal S.A para la actualización de los C-130 de reabastecimiento en vuelo o Indra y Aerlyper para la modernización de los sistemas electrónicos.

Los C-130 fueron fabricados por la empresa estadounidense Lockheed, entraron en servicio en España en 1973 y están integrados en el Ala 31 de transporte con base en Zaragoza.
http://www.infodefensa.com/?noticia=defensa-abrira-licitacion-para-la-revision-del-tercer-escalon-de-los-c-130-hercules-por-225-millones-de-euros
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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miguelbud

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Re: OGMA
« Responder #32 em: Setembro 21, 2011, 12:55:50 pm »
OGMA perde contrato de meio milhão de euros

Um Falcon da Força Aérea Portuguesa foi enviado para manutenção na Suíça, devido a alegada falta de certificação que a empresa garante ter.

A OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal perdeu o contrato de manutenção de um dos Falcon da Força Aérea Portuguesa. O avião militar foi enviado para a Suíça por alegada falta de certificação da Dassault, a empresa fabricante, levando a empresa a perder um contrato de cerca de meio milhão de euros, mas cuja factura pode chegar a dois milhões.

"O Falcon esteve efectivamente na Suíça em 2010, porque tinha a revisão programada", confirmou fonte oficial do Ministério da Defesa ao Diário Económico. "A Força Aérea tem um contrato para fazer a manutenção dos aviões na OGMA, mas neste caso a empresa não tinha a certificação necessária", explicou a mesma fonte. "Por isso, foi lançado um concurso público, à qual a OGMA não concorreu".

Se a OGMA tivesse a certificação necessária, a manutenção do avião seria feita pelas oficinas de Alverca, assegurou a mesma fonte. Até porque a Empordef, ‘holding' que agrega as participações da Defesa em empresas, é accionista da OGMA, com 35% do capital. Os restantes 65% pertencem à Air Holding, consórcio com participação em 70% da Embraer e em 30% daEADS, fabricante da Airbus.

http://economico.sapo.pt/noticias/ogma- ... 27114.html
 

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Re: OGMA
« Responder #33 em: Janeiro 30, 2012, 08:55:44 pm »
EADS sai do capital da Ogma e Embraer reforça

A EADS saiu do capital da Ogma, uma posição que foi adquirida pela brasileira Embraer, que passou a deter 65% da empresa de aeronáutica portuguesa.

A Embraer Defesa e Segurança assinou um acordo com a European Aeronautic Defense and Space Company (EADS) para adquirir os 30% do capital da Airholding que não detinha, noticiou o site brasileiro “ultimoinstante.com.br”.

A Airholding foi constituida em 2005 pela Embraer e pela EADS, com o objectivo de deter 65% da portuguesa Ogma.
"Este investimento adicional em Portugal visa reforçar a parceria estratégica entre o Brasil e a União Europeia", disse o presidente da Embraer, Luiz Carlos Aguiar, citado pelo Info Money. “A transferência final deve ocorrer após a aprovação dos órgãos reguladores portugueses, dentro de 30 a 90 dias úteis”, afirmou, o responsável.

Assim, a Ogma passa a ser controlada em 65% pela Embraer e o remanescente permanece nas mãos do Estado português através da Empordef.
 

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PereiraMarques

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Re: OGMA
« Responder #34 em: Janeiro 31, 2012, 12:41:30 am »
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By VMSB
The Portuguese company OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal SA has been awarded with a contract for three Lockheed Martin F-16AM Fighting Falcon combat aircraft of the Royal Netherlands Air Force (RNAF) with the option for an additional eleven aircraft.

This new contract follows a European Defense Agency (EDA) tender and consists in the stripping by PMB (Plastic Media Blasting) blasting process, corrosion inspection and treatment followed by a fully new paint.

The company is owned by EMPORDEF-Empresa Portuguesa de Defesa SGPS SA (35%), and by Airholding (65%) which comprise Embraer Defense & Security (70%) and EADS (30%).

OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal SA is upgrading three of the five Portuguese Air Force (Força Aérea Portuguesa-FAP) Lockheed Martin P-3C Orion to the P-3C CUP+ Orion standard. The last aircraft is scheduled to be delivered in June.

http://defesaglobal.wordpress.com/
 

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Re: OGMA
« Responder #35 em: Fevereiro 08, 2012, 09:12:35 am »
Embraer investe 13 milhões para reforçar na Ogma

A brasileira Embraer investiu 13 milhões de euros para reforçar a sua posição na Ogma. No âmbito da construção do novo avião militar KC 390, a fabricante de aeronaves quis aumentar a sua participação no capital da empresa portuguesa de aeronáutica, adiantou fonte oficial da Embraer ao Negócios.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 36819&pn=1
 

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Re: OGMA
« Responder #36 em: Fevereiro 08, 2012, 07:27:05 pm »
Citação de: "miguelbud"
Embraer investe 13 milhões para reforçar na Ogma

A brasileira Embraer investiu 13 milhões de euros para reforçar a sua posição na Ogma. No âmbito da construção do novo avião militar KC 390, a fabricante de aeronaves quis aumentar a sua participação no capital da empresa portuguesa de aeronáutica, adiantou fonte oficial da Embraer ao Negócios.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 36819&pn=1
Eu ando a adorar estas notícias de investimento da Embraer enquanto à já um bom tempo eles têm andado a receber tecnologia portuguesa com valores superiores a custo zero.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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miguelbud

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Re: OGMA
« Responder #37 em: Fevereiro 09, 2012, 01:31:18 pm »
:shock:  :shock:  Importa-se de especificar que tecnologia é essa e de que forma é recebida?
 

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miguelbud

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Re: OGMA
« Responder #38 em: Abril 17, 2012, 10:22:53 pm »
OGMA entrega quase metade dos lucros aos trabalhadores, Estado e Embraer

A OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal anunciou hoje que terminou 2011 com lucros de 10,8 milhões de euros, um valor que representa um crescimento face ao obtido em 2010 (10,5 milhões de euros).

As receitas subiram 17,4% para 141,1 milhões de euros, com o negócio de manutenção a representar mais de três quartos do total. A companhia, em comunicado, salienta que aumentou em 2011 a sua capacidade de exportação tendo 94% das suas vendas sido geradas nos mercados internacionais.

A OGMA decidiu que quase metade dos lucros obtidos no ano passado serão entregues aos trabalhadores e accionistas. 15% do lucro vai ser recebido pelos colaboradores, num total de 1,8 milhões de euros, que serão pagos com o salário do mês de Abril.

Dado que a OGMA emprega actualmente 1.500 pessoas, o prémio médio é de 1.200 euros por trabalhador.

Já os accionistas recebem 3,2 milhões de euros. A Empresa é detida em 65% pela brasileira Embraer e 35% pelo Estado Português, através de Empordef. Ao Estado caberá uma fatia de 1,12 milhões de euros.

"Para além das crescentes adversidades do mercado, o ano de 2011 também foi marcado pelo estreitamento das relações com os clientes em todos os continentes, e a nível interno, com uma gestão rigorosa de custos e com investimentos significativos em formação, melhoria de processos e novas tecnologias", disse Almir Borges, presidente da OGMA, no referido comunicado.

Nas previsões para este ano a OGMA antecipa uma estabilidade dos resultados no negócio da manutenção, enquanto a actividade de aeroestruturas deverá beneficiar com contrato para a participação no desenvolvimento e construção de partes e segmentos para o novo avião militar da Embraer – KC 390.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=551587
 

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nelson38899

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Re: OGMA
« Responder #39 em: Agosto 13, 2012, 11:22:16 am »
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A Ogma está a conseguir fazer frente à crise renegociando os contratos e adicionando clientes. Almir Borges, gestor brasileiro que está à frente da empresa portuguesa de aeronáutica, admitiu que já tem colaboradores no Brasil a trabalhar no novo avião militar da Embraer, o KC-390, e está confiante na participação das empresas nacionais no projecto. Além disso, em entrevista ao Negócios, admitiu que espera ter seis empresas lusas a trabalhar no novo contrato com a Airbus para o C-295.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=573051&pn=1
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: OGMA
« Responder #40 em: Abril 04, 2013, 10:12:21 pm »
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Lucros da Ogma caem 13% em 2012

A Ogma terminou o ano de 2012 com uma quebra de 13% nos seus lucros, para os 9,4 milhões de euros. Almir Borges, presidente do grupo aeronáutico, justificou ao Negócios esta quebra com a "apreciação do euro face ao dólar, o aumento de impostos e a diferença entre os tipos de produtos e serviços intervencionados em 2012 relativamente a 2011".

O volume de negócios da Ogma, em 2012, atingiu os 159,3 milhões, mais 12% do que no homólogo. Por áreas de actuação, o negócio de manutenção alcançou os 124,3 milhões, o que representou 78% do volume total, enquanto o negócio de aeroestruturas gerou cerca de 35 milhões de euros, o que corresponde a uma contribuição de 22% do volume de negócios da Ogma.

Em 2012, a Ogma manteve o seu investimento interno, totalizando cerca de 1,4 milhões de euros aplicados em formação e qualificação. Já os investimentos em infra-estruturas, novos processos e tecnologias atingiram os 5 milhões, refere a empresa em comunicado.

Com este desempenho, a administração da empresa de aeronáutica decidiu, pelo sétimo ano consecutivo, distribuir aos trabalhadores cerca de 1,54 milhões de euros a título de participação nos lucros, com base em critérios de cumprimento de seus Planos de Acção e de Metas Sectoriais. Desde 2006 já foi distribuído aos trabalhadores um total de 9,3 milhões de euros.

Além disso também aprovou a distribuição de cerca de 1,8 milhões de euros a título de dividendos aos accionistas, ou seja, 0,267 euros por acção.

Quanto ao ano que está em curso, Almir Borges não quis detalhar, apenas referiu que "a perspectiva é procurar garantir a sustentabilidade da empresa".

No que concerne a projectos, a Ogma continua a colaborar no desenvolvimento do KC-390, o avião militar que está a ser construído pela Embraer. O processo "está a decorrer conforme o planeamento para esta fase de desenvolvimento".

Já quanto ao contrato com a Airbus para o C-295, o gestor detalhou que "o contrato da fase 2 que prevê a fabricação de peças para a montagem da fuselagem central ainda está em fase final de negociações, com previsão de finalização para o segundo semestre de 2013. A partir daí, o processo de parcerias e desenvolvimento de fornecedores (de empresas portuguesas) deverá ser iniciado" .
 

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mafets

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"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Malagueta

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Re: OGMA
« Responder #42 em: Janeiro 20, 2015, 10:08:11 am »
15.01.2015

Porto de Lisboa: Avião C-130 recebido no terminal multiusos do Poço do Bispo

Trata-se de uma operação pouco habitual e por isso a destacar: o porto de Lisboa recebeu recentemente um avião C-130, proveniente do Gabão, tendo como destino a OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal, onde vai ser reparado e de onde vai sair a voar, após o programa de manutenção definido.

 Transportado num navio de Carga Geral, “MOMENTUM SCAN” com 116 metros de comprimento, até ao Terminal Multiusos do Poço do Bispo, concessionado pelo Porto de Lisboa ao Grupo ETE. O C-130 foi depois transferido para um batelão que o levou até Alverca.

 Por ser inédita, a operação envolveu muitas horas de preparação e execução, desde o desmantelamento e transporte até ao navio no país de origem, passando pela descarga e transbordo para o batelão no Porto de Lisboa e, finalmente, a chegada a Alverca. Uma viagem que totalizou 18 dias.

http://www.cargoedicoes.pt/site/Default ... area=Cargo
 

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Re: OGMA
« Responder #43 em: Maio 02, 2015, 11:16:08 pm »
As OGMA no final de 1940: «Portugal constrói aviões»
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Uma organização aeronáutica, qualquer que seja a sua envergadura, vive pela quantidade e qualidade relativas do material que utiliza - pelas condições particulares que caracterizam a aviação portuguesa, o nosso país não pode aspirar a uma indústria aeronáutica de grandes proporções, quando é certo ser o Estado o seu principal e quasi exclusivo cliente. Um progresso contínuo, praticado pela introdução constante de novos melhoramentos, caracteriza a técnica dos últimos anos, vertiginosamente acelerada no capítulo da investigação, quando serve organismos militares em luta – como no caso actual. E o nosso país, analisadas as bases em que se fundamenta o seu Exército do Ar, não poderia acompanhar, a par e passo, a sucessão de continuidade progressiva, verificada nas nações onde a indústria aeronáutica ocupa um lugar de primeira grandeza.

Entretanto, há que considerar reparações constantes no material em uso permanente: há que ter em conta a montagem dos aparelhos importados. Mas, além disto – e sobretudo não é necessário evidenciar as considerações anteriores, quando se trata de material do material indispensável para a formação e treino do pessoal da aviação, regra geral sem eficiência militar – nem ela é necessária – e, consequentemente alheio aos problemas resultantes do caminhar incessante da técnica.
Eis pois uma parcela que pode e deve ser construída no nosso país. São os aparelhos de instrução, aqueles que estão sujeitos a maiores desgastes, pelas próprias circunstâncias em que são utilizados. A sua renovação impõe-se, pois, como uma necessidade imperiosa, para que a tarefa da Escola Prática de Aeronáutica, donde saem todos os nossos aviadores, se cumpra com o indispensável rendimento.
Foi este o principio que o Estado adoptou - e muito bem.
As Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, em Alverca, compreendem toda a nossa indústria de aviões. E, podemos afirmá-lo, sem receio de sermos contestados, que tanto pelas instalações, como pelo pessoal especializado que ali trabalha, estão aptas ao modelar desempenho da sua finalidade. Além das reparações em todo o material que o Exército do Ar português tem ao seu serviço e nos aviões civis e comerciais, e da montagem dos aparelhos importados, as Oficinas constroem, actualmente, sob licença, os aeroplanos ingleses de treino «Avro-626» e «Tiger-Moth». Também já ali se construíram - inclusivamente os que realizaram o Cruzeiro Aéreo das Colónias – os aviões «Vicker’s», da mesma nacionalidade. E surpreende, de facto, a perfeição dos aparelhos ali construídos, desde a peça mais insignificante, todas elas sujeitas a uma secção de «controlo» onde as dimensões e resistências são rigorosamente verificadas.

Actualmente numa fase de remodelação das várias secções, com a aquisição de maquinaria e ampliação de determinados sectores para satisfazer as exigências sempre crescente duma aviação que, como a nossa e graças ao programa de rearmamento do Governo, atravessa um período sensível desenvolvimento, as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico oferecem aos seus operários óptimas condições de trabalho e de higiene, com amplos e arejados edifícios, maquinaria da mais moderna, refeitório e balneário excelentes. E bem o merecem, porque nos demonstram ali, mais uma vez, que podemos colocá-los entre os melhores do mundo. A indústria aeronáutica portuguesa é uma realidade de que podemos orgulhar-nos e que a maioria desconhece.
Fonte: http://ex-ogma.blogspot.pt/2015/05/as-ogma-no-final-de-1940.html

Cumprimentos,
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Re: OGMA
« Responder #44 em: Maio 03, 2015, 01:16:27 pm »
Embraer ameaça executar “cobrança coerciva” ao Governo português
Citação de: " Nuno Sá Lourenço, Público"
Brasileiros não querem distribuir dividendos nas OGMA. Em causa está um diferendo com o Ministério da Economia português sobre verbas no programa KC-390.

A situação caricata aconteceu no mesmo dia em que o vice-primeiro-ministro se passeava pelas OGMA, vangloriando-se de ter salvado uma das empresas da indústria de defesa portuguesas. No dia 6 de Abril, Paulo Portas compareceu “emocionado” em Alverca do Ribatejo para testemunhar os dez anos de sucesso da privatização das Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA).

“Se tivesse sido o Estado a investir haveria sempre um bom motivo qualquer ligado às crises financeiras para que o Estado não conseguisse investir nesta empresa e esta empresa teria soçobrado”, discursou Portas ao lado dos presidentes da Embraer (accionista maioritário nas OGMA) e do embaixador do Brasil em Lisboa.

No entanto, nesse mesmo dia, os representantes portugueses do Estado português seriam surpreendidos por uma decisão do accionista maioritário nas OGMA. Durante a assembleia-geral, percebeu-se que a Embraer não queria os dividendos relativos a 2014 distribuídos pelos accionistas. Tendo uma participação de 65% na empresa, os brasileiros tinham toda a legitimidade e poder para o fazer, perante os 35% detidos pelo Estado português através da holding estatal Empordef. O argumento oficial utilizado para a decisão foi a necessidade de “investimento” a realizar na empresa. Nomeadamente para a aquisição de um novo sistema de pintura. Pouco depois viria a tornar-se óbvio para a parte portuguesa a verdadeira razão: a Embraer considerava-se credora de 9,5 milhões de dólares num processo que se arrasta há alguns meses.

A posição da Embraer nas OGMA foi, portanto, vista em Lisboa como o sinalizar do mal-estar brasileiro. Ou seja, uma espécie de “cobrança coerciva” ao Estado português à conta do citado “buraco” no programa dos KC-390. Desde o início de 2012 que a Embraer detém dois terços das acções das OGMA. Nesse ano, comprou os 30% que a europeia EADS detinha na empresa portuguesa.

Ao que o PÚBLICO apurou, o Estado português perde assim pouco mais de 500 mil euros com que contava. No ano passado, as OGMA registaram um resultado líquido de cerca de seis milhões de euros. A participação de 35% da Empordef nas OGMA garantia-lhe esse meio milhão de euros de mais-valias.

O inesperado da decisão levou a uma reunião na passada segunda-feira, dia 27, onde os representantes portugueses solicitaram à Embraer a “demonstração das necessidades e o destino” das verbas previstas inicialmente para a distribuição de dividendos. Ainda assim, o assunto não está ainda resolvido, tendo sido adiada a decisão para nova Assembleia Geral, marcada para a próxima quarta-feira, dia 6 de Maio.

É precisamente esse compasso de espera que permite ao Ministério da Defesa responder ao PÚBLICO de forma evasiva. Através do assessor do gabinete de José Pedro Aguiar-Branco, foi dito que o ministério “não tem conhecimento oficial dessa situação”.

Desde há meses que a empresa brasileira e o Ministério da Economia estão enredados num braço de ferro a propósito do programa KC-390 (o avião de transporte militar da Embraer que é parcialmente construído em Portugal). Portugal está envolvido no projecto do KC-390 através do CEiiA, Centro de Excelência para a Inovação e Indústria (desenvolvimento e testes) e das unidades da Embraer no país: as OGMA, em Alverca, e as fábricas de Évora (construção de componentes). O contrato inicial foi assinado em Dezembro de 2011, quando Álvaro Santos Pereira tutelava a pasta da Economia.

Os responsáveis brasileiros consideram-se credores de dinheiros públicos no âmbito do programa celebrado com o Estado português para desenvolvimento desse projecto. O contrato incluía 30 milhões de dólares de contribuições directas a que acresciam outros 9,5 milhões de financiamento indirecto a partir de verbas europeias do QREN. O problema está, ao que tudo indica, no facto dessa última parte ter ficado muito aquém do objectivo final de quase 10 milhões.

Questionado pelo PÚBLICO, Hervé Tilloy, o responsável pelas relações públicas da Embraer na Europa, afirmou: "Não confirmamos essa decisão." Sobre o KC390, Tilloy disse apenas que o processo "está a fazer o seu progresso, como planeado". E acrescentou que não há "nenhum problema" entre a Embraer e o Estado português.

A Embraer considera que existe um compromisso português de fazer chegar esse financiamento. A parte portuguesa, através do ministério da Economia, argumenta que assumira apenas a intenção de fazer “diligências” para o conseguir, sem garantia de resultado satisfatório.

Ao que o PÚBLICO apurou, o problema do programa KC-390 foi referido pela Embraer nas reuniões com a parte portuguesa nas OGMA. E tanto o embaixador brasileiro, Mario Vilalva, como o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, terão dado conta da situação a Paulo Portas nesse dia 6 de Abril.

Este problema, aparentemente, não se limita a Portugal. No passado dia 28 de Abril, o ministro da Defesa do Brasil, Jacques Wagner, reconhecia que a dívida do governo brasileiro à Embraer se cifrava nos 500 milhões de reais (154 milhões de euros) precisamente a propósito do desenvolvimento no Brasil do projecto KC-390.

A semana terminaria com a fabricante brasileira a assumir um prejuízo líquido atribuído aos accionistas de 196 milhões de reais (53 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano.
Fonte: http://www.publico.pt/politica/noticia/embraer-executa-cobranca-coerciva-ao-governo-portugues-1694321?page=-1

Tópico sobre o 390: «Projecto Embraer C-390», «Projecto Embraer/OGMA para Novo Avião de Transporte».

Cumprimentos,
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