EH-101

  • 1095 Respostas
  • 289100 Visualizações
*

FS

  • 95
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #165 em: Abril 30, 2008, 01:01:26 pm »
Politica a parte...

Quem faz a manutenção dos  alouette, da classe de submarinos Albacora e fez a manutenção dos Puma?

Porque e que as OGMA e o Alfeite não adquirem o conhecimento necessário para fazer a manutenção das novas aquisições?

Para que e que se enviaram 200 "técnicos" para acompanhar o desenvolvimento dos novos submarinos, não e para aprenderem a fazer a manutenção?

Digam-me que a tecnologia e mais complicada... acredito... mas os nossos quadros não tem capacidade de apreenderem? Nao temos pessoal qualificado a sair da engenharias???? (E ate a nível de desenvolvimento do pais o que e que este pessoal vai fazer, procurar emprego no estrangeiro?!)...

A mim pareceu que a ideia original de quando se fizeram os contractos era dar a manutenção a entidades portuguesas... E dai a falta de contractos de manutenção... Posso estar enganado... Agora se na pratica as coisas não sairam como previsto...

Citar
E quanto ás OGMA, alguém lhe disse se as Agusta-Westland estava interessada em atribuir o contrato de manutenção ás OGMA?


Caro P44, não percebo a sua pergunta... Nao e o estado português que tem que estar interessado em dar o contracto as OGMA? Ou somos obrigados a ter a manutenção da Agusta-Westland com ou sem contracto?
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #166 em: Abril 30, 2008, 01:38:31 pm »
Citação de: "P44"
 
Ps-também não sou afiliado a nenhum partido politico , muito menos ao PS

Cumprimentos


Ó pzinho, isto chama-se afiliação pela negação :lol:
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18215
  • Recebeu: 5505 vez(es)
  • Enviou: 5874 vez(es)
  • +7132/-9518
(sem assunto)
« Responder #167 em: Maio 01, 2008, 10:50:21 am »
Citar
Caro P44, não percebo a sua pergunta... Nao e o estado português que tem que estar interessado em dar o contracto as OGMA? Ou somos obrigados a ter a manutenção da Agusta-Westland com ou sem contracto?


 :wink: vai na volta...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

lurker

  • Perito
  • **
  • 427
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #168 em: Maio 01, 2008, 05:17:45 pm »
Não faço a menor ideia de como funciona a manutenção dos submarinos.

Voltando aos helicópteros, para as OGMA poderem fazer a manutenção do EH-101 é necessário um investimento em formação que pode não se justificar para as dimensões da nossa frota e continua a ser necessário assegurar o fornecimento de atempado sobresselentes.
Como fabricante e principal empresa de manutenção dos EH-101, a AW tem vantagens significativas nestes aspectos.

Se até a Força Aérea Francesa contrata as OGMA para fazer manutenção dos Puma deles, parece-me perfeitamente possível que a opção mais racional para a FAP seja mesmo contratar a AW.
 

*

FS

  • 95
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #169 em: Maio 01, 2008, 05:43:46 pm »
Por outro lado parece-me que o numero de EH-101 e igual ao numero de Puma's...

De qualquer dos modos parece que vamos ter contracto coma a Augusta...

Após esta novela toda, o que eu vou quer saber e qual sera a taxa de operacionalidade dos nossos helicópteros nos próximos 5 anos com contracto da Augusta...
 

*

lurker

  • Perito
  • **
  • 427
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #170 em: Maio 01, 2008, 05:49:02 pm »
Por acaso, até são mais EH-101 que Puma.

Mas a questão é  que com os Puma as OGMA rentabilizaram-se fazendo manutenção a Puma de outros países. Com os EH-101 pode não haver essa oportunidade no mercado e sem ela pode não fazer sentido investir na capacidade de manter EH-101.

Mas deixe-me sublinhar que isto é apenas uma das hipóteses.
Pode perfeitamente fazer sentido serem as OGMA a fazer manutenção dos EH-101 mesmo para a quantidade de helicópteros que temos.
 

*

jmg

  • Analista
  • ***
  • 640
  • Enviou: 15 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #171 em: Maio 02, 2008, 07:53:37 am »
é tudo uma questão de custos/rentabilidade não é?
Mas no entanto penso que pode estar aí uma oportunidade de negócio.
Tendo as OGMA já um nome reconhecido internacionalmente de qualidade (senão os franceses não nos entregariam os seus pumas), porque não tentar fazer manutenção aos outros países utilizadores?
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

*

lurker

  • Perito
  • **
  • 427
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #172 em: Maio 02, 2008, 02:26:29 pm »
É uma hipótese a explorar mas neste momento parece-me difícil.
Há poucos operadores de EH-101 e poucos EH-101. Ainda por cima alguns usam motores GE em vez dos RR/TM.

- Reino Unido (fabricante), 22 + 44 + 6, RR/TM
- Itália (fabricante), 20, GE
- Dinamarca, 14, RR/TM
- Portugal, 12, RR/TM
- Canadá, 15, GE
- Japão, 1, GE
- Argélia, 6, ?

Há ainda os VH-71 nos EUA mas é óbvio que a manutenção dos helicópteros presidenciais nunca será feita no exterior.
 

*

jmg

  • Analista
  • ***
  • 640
  • Enviou: 15 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #173 em: Maio 02, 2008, 10:28:03 pm »
Um contrato com o Reino Unido é que era.
22+44+6= 72. Nada mau.
E a França não gosta do 101?
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

*

lurker

  • Perito
  • **
  • 427
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #174 em: Maio 02, 2008, 11:01:18 pm »
Eu creio que para a maioria das forças armadas, o EH-101 é uma aeronave desnecessariamente grande e cara para as funções de transporte táctico e helicóptero de fragata. Ao mesmo tempo, é demasiado pequeno para helicóptero pesado.

É sim, um excelente helicóptero para as funções de SAR, CSAR e qualquer outra coisa que inclua voar distâncias extremas sobre territórios hostis.

Isto acaba por lhe limitar um bocado o mercado potencial a países que queiram um meio termo entre heli médio e pesado ou, até agora, países que tenham necessidades de (C)SAR além das capacidades dos helicópteros médios.

Não sei a França tem algumas compras em perspectiva onde o EH-101 possa ser um concorrente.

Se bem me lembro, Alemanha decidiu que os NH-90 não lhe satisfazem as necessidades de CSAR mas ainda está a estudar alternativas.
 

*

jmg

  • Analista
  • ***
  • 640
  • Enviou: 15 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #175 em: Maio 02, 2008, 11:20:18 pm »
Existem então filosofias de emprego diferentes entre NH90 e EH101?
Eu pensava que era só birra dos ramos para não adoptarem o mesmo modelo.
(peço desculpa pela incúria mas isso dos helicópteros para mim é complicado)
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

*

lurker

  • Perito
  • **
  • 427
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #176 em: Maio 03, 2008, 12:03:25 am »
Mais ou menos.

O Reino Unido usa os EH-101 tanto para transporte táctico como como helicóptero orgânico da marinha.
Contudo, são complementados pelos mais antigos Puma, Chinook e Lynx e no futuro, pelos Future Lynx.

A Itália tem 20 EH-101 mas também vai ter uns 115 NH-90 para as funções de transporte tático e helicóptero orgânico da marinha.

No caso do Exército Português, o EH-101 tem de facto uma limitação relativa ao NH-90 que é o facto de não caber num C-130 nem num A-400M.
Contudo, a importância desta limitação é sempre discutível.

A questão principal é mesmo é económica.
O EH-101 tem mais alcance e capacidade de transportar mais tropas e/ou carga que o NH-90 mas é CARO.
Os nossos 4 EH-101 equipados para CSAR custaram uns 25M EUR cada se não estou em erro. O preço de um NH-90 TTH é cerca de 16M EUR.
O EH-101 também é mais caro de manter. Por exemplo, o EH-101 tem 3 motores enquanto o NH-90 tem 2 (usam os mesmos motores).

E Portugal, através das OGMA, tem uma participação de 1,2% no fabrico dos NH-90. 1,2% pode não parecer grande coisa mas uma vez que já há quase 500 NH-90 com encomendas firmes ainda vamos recuperar um bom bocado do investimento.
 

*

jmg

  • Analista
  • ***
  • 640
  • Enviou: 15 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #177 em: Maio 03, 2008, 08:43:23 am »
115?
É enorme. Eu não via a Itália com tanta capacidade.
Se o NH90 e EH101 usam o mesmo motor acho que é mais uma razão para se apostar num empenho das OGMA para fazer manutenção.
Penso que com as mesmas ferramentas, equipamentos de diagnóstico e conhecimento, podiam as OGMA oferecer os seus serviços tanto para os utilizadores de NH90 como de 101.
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

*

lurker

  • Perito
  • **
  • 427
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #178 em: Maio 03, 2008, 02:33:59 pm »
O contrato de manutenção dos EH-101 vai funcionar por períodos de 5 anos, renováveis se o Estado assim o entender, pelo que essa questão pode (e deve) ser re-equacionada então.
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11080
  • Recebeu: 2352 vez(es)
  • Enviou: 3260 vez(es)
  • +740/-1032
(sem assunto)
« Responder #179 em: Maio 03, 2008, 04:41:29 pm »
Citação de: "lurker"
Não sei a França tem algumas compras em perspectiva onde o EH-101 possa ser um concorrente.

Se bem me lembro, Alemanha decidiu que os NH-90 não lhe satisfazem as necessidades de CSAR mas ainda está a estudar alternativas.


Para a Alemanha é possivel pois também acho o NH-90 pequeno para CSAR, mas a França já tem aparelho para isso, é o EC725 Cougar que está na mesma classe do EH101.