Coreia do Sul vs Coreia do Norte

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Lusitano89

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #60 em: Dezembro 04, 2010, 05:26:01 pm »
Seul admite retaliações unilaterais e ataques preventivos a Pyongyang


Da próxima vez que se verifique uma agressão da Coreia do Norte, o Governo de Seul irá retaliar de forma unilateral e recorrendo aos meios considerados necessários, designadamente aviões de combate.

As autoridades sul-coreanas passam a admitir o recurso a acções preventivas, que neutralizem possíveis ameaças do regime de Pyongyang, eliminando-as pela raiz.

As novas orientações para a defesa da Coreia do Sul foram expressas ontem por dois importantes elementos do Governo de Seul: o ministro da Defesa indigitado, Kim Kwan-jin, e Nam Sung Uk, director do Instituto de Estratégia e Segurança Nacional (IESN).

O primeiro falava numa sessão de confirmação na Assembleia Nacional, enquanto o segundo fez os seus comentários num encontro com representantes dos media estrangeiros.

As duas intervenções reflectem uma clara mudança de orientação estratégica por parte do Governo de Seul. Até agora, a Coreia do Sul respondia a posteriori às provocações do regime comunista de Pyongyang, aplicando sanções económicas ou suspendendo os vários tipos de ajuda que concede à Coreia do Norte.

No limite, a resposta verificava--se no plano militar, mas em grau idêntico à agressão. O que sucedeu com o bombardeamento da ilha de Yeonpyeong, a 23 de Novembro, em que a resposta sul-coreana foi o disparo de cerca de 80 tiros de artilharia fixa e autopropulsionada em resposta a número semelhante de obuses norte-coreanos.

A partir de Yeonpyeong, uma resposta militar será a primeira opção para a Coreia do Sul, disse--o claramente Kim Kwan-jin na audição de ontem. E esta opção será exercida com recurso à força aérea que terá como missão eliminar a origem da ameaça. "Sem dúvida que os nossos aviões de combate serão empregues na resposta", com a finalidade de "punir o agressor de forma severa", afirmou Kim.

O futuro ministro considerou, por outro lado, limitada a possibilidade de um conflito aberto na península coreana. "Graças às forças combinadas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, podemos vigiar cuidadosamente todo e qualquer sinal de provocação do Norte e estamos confiantes nos nossos meios para limitar e impedir qualquer provocação", salientou o futuro ministro.

Provocações estas que, segundo o director do IESN, Nam Sung Uk, poderão voltar a suceder. "Há 50% de probabilidades de isso suceder, que irão aumentar à medida que se aproximar o momento de sucessão entre Kim Jong-il, o actual líder da Coreia do Norte, e seu filho Kim Jong-un.

Nam Sung Uk desvalorizou, por outro lado, notícias surgidas em alguns jornais japoneses de que a Coreia do Norte prepararia agora um ataque de artilharia sobre o território continental do Sul, designadamente sobre a capital: Seul. Para aquele analista, Pyongyang nunca desencadeará um provocação, que abra caminho a uma guerra aberta. "Guerra que sabe não estar em condições de ganhar", garantiu.

Em resposta às provocações norte-coreanas, Japão e EUA iniciaram ontem importantes manobras conjuntas, para que foram convidados, pela primeira vez, observadores da Coreia do Sul. O objectivo é evidenciar a solidariedade entre os três países, que vão reunir-se segunda-feira em Washington para analisar a crise.

As forças japonesas estão em alerta desde 23 de Novembro, mas está impedida de lançar acções ofensivas nos termos da Constituição vigente desde 1945.

DN
 

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sergio21699

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #61 em: Dezembro 06, 2010, 09:31:46 pm »
"China preocupada com possibilidade de conflito coreano"--> http://areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?NrNot=982
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Lusitano89

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #62 em: Dezembro 13, 2010, 05:34:39 pm »
O Imbróglio coreano
Alexandre Reis Rodrigues
 


 
As mudanças nas chefias militares das Forças Armadas da Coreia do Norte, em Fevereiro de 2009, já indiciavam o que se está a passar presentemente. Kim Jong Il, em vez de renovar, foi buscar os mais ortodoxos fiéis do regime, numa manobra que então se considerou de captação do apoio militar à passagem de testemunho para o seu terceiro filho Kim Jong-eun. O sinal ficou dado no preenchimento do lugar de ministro das Forças Armadas para que foi escolhido o vice-Marechal Ki Yong Chen, de 73 anos, figura-chave do programa nuclear e de mísseis balísticos e responsável pelos incidentes com a Coreia do Sul em 1999 e 2002, incluindo, nesse mesmo ano, os ensaios nucleares que tanto alarme levantaram em todo o mundo.

Agora discutem-se os riscos de guerra, perante a escalada de tensões criadas por Pyongyang com o afundamento da corveta Cheonam em Março e do bombardeamento da ilha Yeonpyang em Novembro, situações a que, quer a Coreia do Sul, quer os EUA, responderam com grande contenção. Poderão manter essa postura no futuro se os incidentes continuarem?

A Coreia do Sul, ao substituir o ministro da Defesa, depois do afundamento da corveta, procurou dar um sinal de que reagirá em próxima ocasião, sem qualquer intimidação. O actual ministro adoptou um discurso de intransigência na defesa da integridade territorial, numa postura diferente da do seu antecessor, muito criticado pela falta de reacção militar. Os EUA, também até então muito cautelosos, resolveram, finalmente, a voltar aos exercícios militares com a Coreia do Sul, que adiaram sucessivamente depois do incidente de Março, e com o Japão, numa preocupação de deixar inequívoca a sua disponibilidade de apoio militar, surgindo essa necessidade.

O centro da questão continua, como até aqui, no desentendimento entre os EUA e a China sobre a forma de lidar com a Coreia do Norte, não obstante as recentes revelações da Wikileaks darem a ideia de que Pequim poderia estar já a dar sinais de impaciência com o comportamento de Kim Jong Il. Segundo alguns telegramas vindos a público, a China poderia estar a distanciar-se de Pyongyang e encontrar-se mais perto de aceitar a reunificação das duas Coreias, sob o entendimento que o regime não sobreviverá à morte do actual líder. Esta teoria, no entanto, não tem consistência, como veremos; aliás, disse-se o mesmo quando morreu Kim Il-sung em 1994, mas nada aconteceu nesse sentido.

Um afastamento China/Coreia do Norte, de facto, permanece como pouco provável; os telegramas que a Wikileaks revelou referem-se sobretudo a conversas entre diplomatas, que, pelo lado chinês, podem mesmo ter sido “dirigidas” para dar a ideia de abertura a outras soluções e de uma imagem de um país que não pretende impor soluções. A China, em qualquer caso, vai continuar a mostrar-se relutante em perder a “buffer zone” com a Coreia do Sul/EUA, que passou a dispor, através da Coreia do Norte, na sequência da Guerra de 1950/1953.

Em qualquer caso, de momento, nenhum país da zona se mostra interessado numa reunificação; nem mesmo a Coreia do Sul que teria que pagar a maior parte da respectiva factura. O Japão prefere uma Coreia do Norte sob controlo, pois mal grado a ameaça da posse de armas nucleares, Pyongyang não dispõe de veículos capazes de transportar ogivas devidamente miniaturizadas para esse efeito; uma Coreia unificada alteraria a avaliação que Tóquio faz do equilíbrio regional.

A possibilidade de volta às negociações no âmbito do Grupo dos Seis, em que a China tem particularmente insistido ultimamente e que a Coreia do Norte também deseja, continua remota. EUA, Coreia do Sul e Japão estão unidos numa frente que só as aceita se a Coreia do Norte der um sinal prévio de que está pronta a assumir compromissos de abandono do programa nuclear. Neste momento, esta posição faz sentido; aceitar conversações, sem quaisquer concessões prévias de Pyongyang, depois dos dois últimos graves incidentes, seria um sinal de fraqueza, como que uma recompensa pelos erros cometidos.

Também já se tornou claro que Pequim parece contentar-se em usar as negociações para gerir a crise sem ter que procurar resolvê-la; tendo recusado condenar a Coreia do Norte pelo afundamento da corveta, tarda em pronunciar-se sobre o último incidente. A continuar nessa linha, porém, arrisca-se a perder o papel de moderador que tem procurado preservar. As iniciativas diplomáticas de Washington junto de Seul e Tóquio, na procura de uma resposta unificada dos três vão precisamente nesse sentido. A Rússia, a partir do afundamento da corveta, passou a mostrar-se alinhada com as preocupações de segurança de Seul mas não é garantido que tenha abandonado qualquer coordenação com a China.

O mais influente diplomata chinês para a questão das Coreias, Dai Bingguo, apontado como tendo um relacionamento muito próximo de Kim Jong Il e que visitou Pyongyang e Seul, dias depois do incidente de Novembro, procura desdramatizar a situação com a teoria de que Pequim não tem qualquer pretensão de assumir o papel de liderança dos EUA e não quer estabelecer para a região uma espécie de doutrina Monroe; uma forma de dizer que não procura afastar os EUA sob a ideia de que a Ásia é para os asiáticos.

O que, de facto, está em causa, como atrás assinalado, é o relacionamento sino-americano, agora à luz da próxima visita do Presidente chinês Hu Jintao a Washington em Janeiro. O senador democrata Kerry, ex-candidato à Presidência no segundo termo de Bush, defendeu recentemente algumas mudanças significativas, sugerindo a substituição da actual política de contenção por uma política de estreitamento das relações, à semelhança do que foi feito por Nixon e Kissinger em 1972.

Kerry manifestou-se contra as correntes de opinião que defendem uma postura de confronto directo com a China/Coreia do Norte, lembrando que a interdependência económica e financeira exige sobretudo integração; segundo o senador, as desigualdades internas e os graves problemas políticos, sociais e ambientais com que Pequim se debate dispensam a necessidade de exercer muita pressão sobre o regime para fazer mudanças.

A posição da China está, de certo, ligada à percepção da necessidade da “buffer zone” acima referida, mas torna-se difícil compreender como Pequim deixa a situação evoluir para um nível tão crítico de instabilidade regional, não obstante a influência que tem sobre Pyongyang. Mais intrigante ainda é a forma como Kim Jong Il terá encontrado apoio externo para a construção das novas e muito modernas instalações de enriquecimento de urânio e de um reactor experimental de água leve. Com o regime de sanções decretado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas é difícil conceber como terão sido possíveis estes avanços sem a ajuda ou conivência de Pequim. Esta nova realidade acentua a preocupação dos que vêm no programa nuclear coreano não apenas o risco decorrente da posse de armas nucleares mas também o risco de proliferação de materiais e tecnologia, à custa da qual a Coreia do Norte também se financia. Poderão estes aspectos não serem tidos em conta na definição da forma de relacionamento com a China?

Jornal Defesa
 

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Lusitano89

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #63 em: Dezembro 14, 2010, 08:44:29 pm »
China diz ter conseguido acalmar os ânimos da Coreia Norte


O Governo da China indicou hoje que o conselheiro de Estado Dai Bingguo conseguiu na sua recente visita a Pyongyang apaziguar os ânimos da Coreia do Norte e obter apoio para a negociação com a Coreia do Sul.

Nos dias 8 e 9 de Dezembro, Dai esteve em visita oficial à Coreia do Norte, onde se reuniu com o líder norte-coreano, Kim Jong-il, numa tentativa de Pequim de acalmar os ânimos na região após o ataque à ilha sul-coreana de Yeonpyeong, a 23 de Novembro.

A China, desde 2003, é o país anfitrião das conversas para o desmantelamento do programa nuclear norte-coreano, no qual participam também as duas Coreias, Estados Unidos, Rússia e Japão. Todos esses países formam o chamado diálogo de seis lados, cujas negociações estão paralisadas há dois anos.

«As duas partes acham que as conversas de seis lados devem continuar e esforçar-se para conseguir a desnuclearização da península (de Coreia)», disse em conferência de imprensa a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Jiang Yu.

Lusa
 

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sergio21699

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #64 em: Dezembro 17, 2010, 05:12:13 pm »
Citar
Coreia do Norte ameaça ripostar a novo exercício militar da Coreia do Sul
Exercícios militares previstos entre sábado e terça-feira


A Coreia do Norte ameaçou ripostar esta sexta-feira caso a Coreia do Sul avançar com o exercício de tiro real numa ilha sul-coreana, Yeonpyeong, bombardeada em Novembro por Pyongyang.

«Um segundo e um terceiro ataque de autodefesa, imprevisíveis, serão lançados caso o Sul concretize os exercícios com tiros reais que pretende executar entre sábado e terça-feira», avisa o Exército norte-coreano citado KCNA.

«A intensidade e o alcance do poder de fogo serão mais sérios que os de 23 de Novembro», refere ainda o comunicado. Os exercício dessa data resultaram em quatro mortos e 18 feridos.

Esta nova tensão deve-se ao anúncio feito nesta quinta-feira por parte da Coreia do Sul referente à execução de exercícios de artilharia com disparos verdadeiros entre sábado e a próxima terça-feira, consoante as condições meteorológicas. Estes exercícios podem resultar numa possível forte reacção cruzada entre Pyongyang e Seul.
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/coreia-do-norte-coreia-do-sul/1219096-4073.html

Este tópico ameaça cada vez mais passar para o separador "Conflitos do Presente".
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PCartCast

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #65 em: Dezembro 17, 2010, 08:36:46 pm »
Já lá devia estar há muito tempo.... Tecnicamente as duas Coreias estão em Guerra desde a primeira guerra da Coreia nos anos 50 do século passado.

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João Vaz

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #66 em: Dezembro 20, 2010, 12:41:35 pm »
É Natal...









Citar
North Korea 'will not hit back' over Yeonpyeong drills

"North Korea says it will not retaliate despite "reckless provocations" from the South, which held live-fire drills on the flashpoint island of Yeonpyeong.

The North shelled the island last month after similar drills and had threatened more retaliation this time.

But state media quoted the army as saying it was "not worth reacting".

UN Security Council talks ended without a deal on the weekend, reportedly after China refused to agree to a statement critical of its ally, the North.

The South's government has been under huge domestic pressure to take a tough stance towards Pyongyang, in the wake of the 23 November shelling of Yeonpyeong, which killed four people.

'Make dialogue, not war'
 
The South ordered residents of Yeonpyeong and several other islands to take cover in air-raid shelters early on Monday.

Witnesses said the ground shook from the force of the artillery barrages during 90 minutes of firing.

South Koreans feared a military response from the North, but state news agency KCNA reported that the military was not planning any retaliation.

«The revolutionary armed forces of the DPRK [North Korea] did not feel any need to retaliate against every despicable military provocation», KCNA quoted the the army's Supreme Command as saying.

«The world should properly know who is the true champion of peace and who is the real provocateur of a war»."

...

Mais aqui na BBC News



Por enquanto...
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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Lusitano89

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #67 em: Janeiro 10, 2011, 07:06:49 pm »
Coreia do Sul instala sensores submarinos para prevenir ataques norte-coreanos


As forças militares da Coreia do Sul vão instalar sensores submarinos junto à fronteira marítima com a Coreia do Norte para prevenir ataques com submarinos de Pyongyang, noticia hoje um jornal de Seul.

De acordo com o Maeil, o principal jornal económico da Coreia do Sul, Seul está a planear a instalação de sensores em ilhas do Mar Amarelo junto da fronteira com a Coreia do Norte, que foram palco de incidentes em 1999, 2002 e 2010.

A tensão entre as duas Coreias escalou em março de 2010 quando uma corveta da marinha sul-coreana foi afundada na região fronteira custando a vida a 46 militares, num ataque em que a Coreia da Sul, apoiada por relatórios internacionais, acusa Pyongyang, mas em que o governo da Coreia Norte nega qualquer intervenção.

Em novembro de 2010, disparos da artilharia norte-coreana sobre a ilha de Yeonpyeong provocaram a morte a quatro pessoas, entre as quais dois militares.

Um militar da Coreia do Sul, não identificado mas citado pelo jornal, explicou que as autoridades estão a planear a instalação dos sensores nomeadamente nas ilhas de Baengnyeong e Yeonpyeong, junto à fronteira na região do Mar Amarelo.

O centro de controlo dos sensores ficará instalado na ilha de Baengnyeong, a mais próxima do território do norte, mas oficialmente Seul não comenta a situação.

Lusa
 

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nelson38899

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #68 em: Dezembro 19, 2011, 09:40:01 am »
Citar
O presidente da Coreia do Sul apelou à calma e concentração da população nas suas actividades diárias, após o anúncio da morte do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il. Em conversa telefónica, recebeu o apoio do presidente dos EUA no sentido de assegurar a estabilidade na região.

 
"O presidente Lee [Myung-Bak] apelou à população para prosseguir com as suas actividades económicas usuais sem turbulência", disse uma fonte da presidência sul-coreana em declarações à televisão de Seul.

O presidente da Coreia do Sul teve uma conversa telefónica com o presidente norte-americano, Barack Obama, cerca de duas horas depois do anúncio da morte de Kim Jong-il.

"Os dois líderes concordaram em cooperar e monitorizar juntos a situação", disse a mesma fonte.

Um comunicado da Casa Branca refere que Barack Obama "reafirmou o compromisso dos Estados Unidos para com a estabilidade na península coreana e a segurança dos aliados, a República da Coreia".

"Os dois líderes concordaram em manter o contacto em relação a eventuais desenvolvimentos da situação e em darem continuidade a uma coordenação próxima entre as respectivas equipas de segurança", acrescenta a nota.

jn.pt

Citar
O filho mais novo de Kim Jong-il, o jovem Kim Jong-un, parece bem colocado para suceder ao pai, mas analistas ocidentais interrogam-se se o processo de sucessão na hermética Coreia do Norte estará consolidado.

 
"Kim Jong-il teve muitos anos para se preparar. O filho não teve esse tempo. Além da geração do pai, ainda estão no poder várias representantes da geração do avô (Kim il-Sung)", salientou à agência Lusa um diplomata ocidental residente em Seul.

Questionado sobre os efeitos da morte de Kim Jong-il, o mesmo diplomata afirmou: "A curto prazo não vejo qualquer ameaça à estabilidade regional, mas, a médio e a mais longo prazo, não sei".

"Se o processo de sucessão não estiver consolidado, isso criará instabilidade, o que acabará por se projectar regionalmente", acrescentou.

A morte de Kim Jong-il, aos 69 anos, foi anunciada, esta segunda-feira de manhã (hora local), pela televisão norte-coreana.

O filho mais novo, Kim Jong-Un, foi nomeado presidente da comissão encarregue de organizar o funeral, numa aparente confirmação do seu estatuto de sucessor.

jn.pt

Citar
A situação em Seul continuava "calma", esta segunda-feira de manhã, após o anúncio da morte do líder norte-coreano, Kim Jong-il, disse à agência Lusa o embaixador de Portugal na Coreia do Sul, Henrique Silveira Borges.

"Esta tudo calmo", afirmou o diplomata, contactado telefonicamente pela delegação da Lusa em Pequim.

"O governo (sul-coreano) aumentou o grau de alerta e reforçou a vigilância nas zonas fronteiriças, mas, de resto, está tudo calmo", acrescentou.

Colocado em Seul, capital da Coreia do Sul, há quase quatro anos, Silveira Borges está também acreditado como embaixador em Pyongyang, capital da Coreia do Norte.

Tecnicamente, as duas Coreias continuam em estado de guerra: o armistício assinado, em 1953, ainda não foi substituído por um tratado formal de paz.

Kim Jong-il faleceu no sábado passado, com um ataque cardíaco. Tinha 69 anos.

jn.pt

Citar
A moeda única europeia segue em baixa face ao dólar devido aos receios de um aumento da instabilidade na Coreia do Norte.

O euro descia 0,28% até aos 1,30 dólares, numa sessão em que a divisa norte-americana avança face à maioria das divisas mundiais.

Os investidores receiam um aumento da instabilidade na Coreia do Norte, após o anúncio da morte do líder norte-coreano Kim Jong-il, o que está a aumentar o apetite por dólares como um activo de refúgio,

"Avançámos para uma situação onde o dólar americano é visto quase como a moeda mundial de último refúgio", afirmou Tim Riddell, especialista do Australia & New Zealand Banking Group, à Bloomberg. "Existem riscos e fragilidades terríveis na Coreia do Norte, que vão ser adensadas pela transição política de líder", acrescentou o mesmo perito.

Kim Jong-il morreu este sábado aos 70 anos de ataque cardíaco quando realizava uma viagem de comboio e o seu terceiro filho Kim Jong Un é o provável sucessor.

Na Europa, os ministros das Finanças da zona euro vão reunir-se esta tarde através de uma conferência telefónica para discutir diversos dossiers técnicos ligados à crise da dívida na zona euro, nomeadamente os assuntos pendentes da Cimeira da União Europeia de 8 e 9 de Dezembro.

Um tema central será a questão dos empréstimos bilaterais para reforçar os meios do Fundo Monetário Internacional (FMI), num montante de 200 mil milhões de euros, uma das medidas desenhadas na última cimeira europeia. Hoje termina o 'deadline' informal para os países revelarem as suas contribuições para reforçar o Fundo mas há ainda vários Estados que não deram qualquer indicação

economico.pt
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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typhonman

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #69 em: Dezembro 19, 2011, 05:15:42 pm »
Morreu o anão gnomo.. :mrgreen:
 

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #70 em: Dezembro 25, 2011, 09:37:36 pm »
Duvido seriamente que esta "Guerra Fria" se torne numa guerra convencional. O facto da Coreia do Norte ameaçar a Coreia do Sul caso esta realize os exercícios mencionados, faz parte de uma doutrina militar a que se dá o nome de "Massive Retaliation" (Retaliação em massa), também conhecida como "Massive Response" (Resposta Massiva) ou "Massive Deterrence" (Dissuasão Massiva). Esta manobra consiste num princípio básico: "Tu lanças um míssil, eu lanço dez". E através desta intimidação (que tem resultado), a Coreia do Norte consegue manter uma política de "vale-tudo", sabendo que o máximo que os outros países farão é aplicar sanções. Creio que a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o resto das Nações Unidas ainda não se aperceberam que os "nortistas" não querem saber disso.
Ora vejamos porque afirmo isto:

26 de Março de 2010: Enquanto a ROKN (Republic of Korea Navy) e a USN (United States Navy) realizam uma das maiores simulações de exercícios de guerra Anti-Submarina do planeta, O ROKS Cheonan é atingido por um torpedo disparado de um submarino norte-coreano. O navio acaba por se afundar. Foi realizado um inquérito e determinou-se que o torpedo foi realmente disparado por um submarino anão da classe Yono ou Sang-O. Em resposta ao incidente, a Coreia do Sul e as forças norte-americanas estacionadas na Península Coreana reforçaram as suas defesas mas não tomaram quaisquer medidas ofensivas. O ataque causou a morte de 46 marinheiros sul-coreanos.

23 de Novembro de 2010: A Coreia do Norte apresenta uma queixa formal contra a Coreia do Sul, perguntando se o exercício realizado pelos Sul-Coreanos (que era aparentemente rotineiro) foi um ataque contra o norte. A Coreia do Sul nega, afirmando que os tiros disparados durante o exercício foram efectuados longe de território norte-coreano, no sentido contrário do mesmo e dentro de águas sul-coreanas. Desconsiderando a defesa dos sul-coreanos, às 14:34 da hora local, a bateria costeira norte-coreana localizada em Mudo (que por acaso continha um lança-foguetes de 122mm que tinha sido recentemente destacado para essa área) abriu fogo contra a ilha de Yeonpyeong, com a maioria dos disparos dirigidos contra um campo militar. De acordo com um desertor norte-coreano que serviu na bateria agressora, cerca de 108 disparos foram efectuados. A Coreia do Sul retaliou e mandou descolar jactos KF-16 e KF-15. Estes, no entanto, não chegaram a abrir fogo contra a bateria norte-coreana. No final, 2 sul-coreanos morreram e 16 ficaram feridos, enquanto 5 norte-coreanos morreram. As tensões aumentaram entre os dois países. A Coreia do Sul e os Estados Unidos reforçaram as suas medidas de segurança. Não houve qualquer retaliação massiva contra os norte-coreanos.

Isto tudo para dizer o que?
Já ocorreram inúmeros incidentes entre os dois países (estes são os mais recentes que mereceram especial atenção) que poderiam ter levado a uma guerra convencional. Ainda estamos na mesma. Recordo-me também de um exercício com mísseis realizado pelo Exército Norte-Coreano que seguiu em frente apesar de múltiplos avisos por parte do Sul de que tal ocorrência teria consequências. Não houveram quaisquer consequências, nem vão haver caso ocorram novas situações parecidas com estas. Isto porque um ataque contra o Sul implicaria um ataque contra forças norte-americanas e um ataque contra o norte implicaria uma possível escalada nuclear. Porque se o pai era mau, então o filho não há de ser melhor. Afinal de contas, filho de cobra é cobra...
 

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #71 em: Março 18, 2012, 03:58:50 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #72 em: Abril 16, 2012, 05:22:25 pm »

https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #73 em: Junho 15, 2012, 11:16:26 pm »
Se esse museu é na Coreia do norte, que raio é que está lá a fazer um porta-aviões (falo do modelo e da imagem de fundo)?
 

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #74 em: Agosto 20, 2012, 07:10:27 pm »
Seul e Washington iniciaram manobras militares conjuntas


Os Exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos iniciaram hoje as suas manobras militares conjuntas anuais para melhorar a defesa coordenada face à Coreia do Norte, que criticou o exercício que considera ser um "teste de guerra".

Mais de 20 mil soldados norte-americanos e cerca de 56 mil soldados sul-coreanos participam nas manobras designadas "Ulchi Freedom Guardian", informou o Comando das Forças Conjuntas (CFC) em comunicado.

As manobras, que passam por simulações de guerra real assistidas por computador, pretendem reforçar a capacidade de resposta dos dois Exércitos e contarão com a simulação da neutralização de armas de destruição maciça norte-coreanas.

"A 'Ulchi Freedom Guardian' é um exercício chave para fortalecer a preparação das Forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos", salienta o comandante das CFC, James D. Thurman, citado em comunicado, ao realçar que as manobras são baseadas em "cenários realistas".

Observadores das Nações Unidas vão supervisionar as manobras para garantir que estas não violam o acordo de armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-1953).

A agência oficial norte-coreana KCNA informou no domingo que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, atribuiu o título de herói nacional ao destacamento militar que, em novembro de 2010, lançou um ataque contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong, que causou a morte a dois civis e a dois soldados sul-coreanos.

Na sua visita ao destacamento, Kim Jong-un exortou os militares a lutarem numa "guerra santa pela reunificação nacional" e a "transformarem o Mar Amarelo no túmulo dos invasores" em resposta às alegadas provocações da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.

Lusa