« em: Março 06, 2007, 10:04:47 pm »
Cuba: "Arquivo Cuba" com 8.190 casos documentados de mortes no regime Castro
Madrid, 06 Mar (Lusa) - O "Arquivo Cuba" documentou já 8.190 mortes oco rridas durante o processo revolucionário cubano e no regime de Fidel Castro, anu nciou hoje em Madrid a directora do projecto, Maria Werlau.
Werlau deu a conhecer em Espanha o projecto "Arquivo Cuba" numa conferê ncia de imprensa em que esteve acompanhada pelo presidente da Associação Ibero-a mericana para a Liberdade, Antonio Guedes, e os jornalistas espanhóis Rosa Monte iro e Hermann Tertsch, que exortaram a imprensa a "romper o silêncio pelas vítim as cubanas".
De acordo com Werlau, o número de mortos é superior "s que já foram doc umentadas, mas o processo é lento e ambicioso uma vez que este registo não quer só reflectir as vítimas que ocorreram desde 1959 - ano em que Castro tomou o pod er - mas também ampliá-lo até ao ano de 1952, quando começou a ditadura de Batis ta, para que "todos sejam considerados como vítimas e não haja rancor".
"Eu quero contar a história das vítimas, que elas falem por si mesmas", assegura Werlau, que desenvolve este projecto desde 2001, juntamente com o prof essor Armando Lago e que expõem os seus resultados na Internet em www.archivocuba.org .
Segundo Werlau, as mortes "começaram com processos sumários e execuções maciças no paredão, que eram divulgadas pelos meios de comunicação para criar m edo na população".
De acordo com testemunhos recolhidos, morreram camponeses, mulheres grá vidas, estrangeiros e houve até membros do próprio aparelho comunista, "cujos ca dáveres eram passeados e insultados como método de propaganda interna".
Depois, acrescentou, "Castro deu-se contra de que tinha que cuidar da s ua imagem internacional, já que não convinha levar a cabo essas execuções em mas sas porque o medo já estava instaurado e podiam fazê-lo quando quisessem".
Werlau começou este projecto depois de uma estada no Chile porque não e ntendia o apoio recebido por este país da comunidade internacional para esclarec er os casos de desaparecidos e "o silêncio de que sofriam as vítimas cubanas".
Na sua opinião, este silêncio pode ser explicado pela "dupla moral de s er uma ditadura da esquerda e não de direita", ou talvez, reforçou, "pelo ódio a os Estados Unidos".
Destacou ainda a força da propaganda castrista "que investe milhões de dólares e leva a cabo uma campanha de relações públicas no mundo muito boa", em contraste com "os mexericos tontos entre os cubanos no exílio", que distanciaram os cubanos "de dentro e de fora".
De momento, os resultados parciais desta investigação mostram que entre 01 de Janeiro de 1959 e 31 de Outubro de 2006 houve 5.775 casos documentados de execuções e fuzilamentos, 1.231 assassínios extra-judiciais, 200 casos de desap arecidos, e 984 mortes na prisão, que somam um total de 8.190 mortos.
As mortes na prisão, especifica um documento, incluem 159 assassínios, 209 mortes por negligência médica, 264 suicídios, 21 acidentes e 331 por "alegad as causas naturais".