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Economia => Países Lusófonos => Tópico iniciado por: comanche em Novembro 27, 2007, 05:38:58 pm

Título: Guiné-Bissau
Enviado por: comanche em Novembro 27, 2007, 05:38:58 pm
Guiné-Bissau: Defesa consome maior fatia do Orçamento de Estado de 2007


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Bissau, 27 Nov (Lusa) - O sector da Defesa absorve a maior fatia do Orçamento Geral de Estado (OGE) de 2007 da Guiné-Bissau, hoje apresentado no parlamento, com uma dotação de seis mil milhões de francos CFA (cerca de nove milhões de euros), disse à Agência Lusa fonte parlamentar.

Segundo a fonte, o ministério da Defesa Nacional detém a fatia de leão num orçamento de cerca de 90 mil milhões de francos CFA (137 milhões de euros), deixando para trás a saúde pública e a educação.

Em conjunto, a dotação orçamental destes dois ministérios supera apenas em pouco mais de dois mil milhões de francos CFA o previsto para o sector da Defesa, com oito mil milhões de francos CFA no orçamento.

Segundo a fonte, a "incongruência" do orçamento situa-se no facto de o governo ter elegido os dois sectores como prioritários na acção governativa.

Atrás da Defesa, o Ministério das Finanças é aquele que absorve maior a maior fatia do orçamento, detendo cerca de seis mil milhões de francos CFA, indicou ainda a fonte.

O projecto do OGE para 2007, entretanto, já executado em grande medida, deve ser aprovado ainda esta semana.

O ministro das Finanças guinenese, Issuf Sanhá, explicou hoje aos parlamentares que o país apenas está em condições de mobilizar, com os chamados recursos internos, cerca de 35 por cento do valor global previsto no OGE.

Os restantes 75 por cento serão mobilizados junto dos doadores da comunidade internacional, através de empréstimos, ajudas à balança de pagamento ou donativos, sublinhou o governante.

O ministro das Finanças acredita, contudo, que o facto de o país ter chegado recentemente a um entendimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a assinatura de um programa de assistência pós-conflito poderá facilitar a mobilização dos recursos em falta.

A Guiné-Bissau deverá organizar, no primeiro trimestre de 2008, um encontro com os doadores, justamente para pedir apoios concretos para a cobertura do défice orçamental, indicou ainda Issuf Sanhá.

Todo o exercício que os deputados estão actualmente a fazer à volta do projecto do OGE de 2007 vai no sentido de legitimar as contas executadas e perspectivar o orçamento de 2008 o qual deverá ser apresentado aos deputados brevemente, indicou ainda à Lusa a fonte parlamentar.

Título:
Enviado por: André em Novembro 30, 2007, 02:52:46 pm
CE disponibiliza 6 M€ para saúde e ensino na Guiné-Bissau

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A Comissão Europeia disponibilizou hoje seis milhões de euros ao governo da Guiné-Bissau para reabilitação de hospitais, centros de saúde e estabelecimentos de ensino no país.

A convenção de financiamento faz parte do Programa de Reabilitação de Infra-estruturas Sociais e ocorre no âmbito do nono Fundo Europeu para o Desenvolvimento.

Segundo o embaixador Franco Nulli, chefe de delegação da Comissão Europeia na Guiné-Bissau, o programa visa «recolocar as infra-estruturas sociais e rodoviárias (programa já em execução) ao nível do que se encontram antes do conflito de 1998/1999, para permitir o restabelecimento do acesso aos bens e serviços essenciais».

A convenção hoje assinada incide sobre «hospitais, centros de saúde de referência nacional, centros de saúde de base, centros de formação de professores, escolas secundárias e primárias das regiões de Bissau, Biombo, Oio, Gabú, Tombali, Bolama e Cacheu», sublinhou Franco Nulli.

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Issuf Sanhá, destacou, por seu lado, a permanente atenção dispensada pela Comissão Europeia na «procura de soluções para os difíceis problemas que o país enfrenta».

«Com a convenção para a reabilitação de infra-estruturas o governo ficará munido de mais um importante instrumento na permanente luta para a redução da pobreza, objectivo do programa do executivo», aprovado esta semana no parlamento, salientou.

«Aproveito ainda a ocasião para prometer que zelaremos pela boa gestão e aplicação dos fundos», disse Issuf Sanhá.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: typhonman em Novembro 30, 2007, 03:23:56 pm
Sem comentários, anda a UE a investir la dinheiro, enqunto eles o canalizam para a Defesa... So se for para defender as sanzalas... :roll:
Título:
Enviado por: André em Dezembro 06, 2007, 06:10:23 pm
Parlamento aprova Orçamento de Estado 2008

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O parlamento da Guiné-Bissau aprovou hoje, com maioria absoluta, o Orçamento Geral de Estado de 2008, um facto inédito na democracia guineense, isto é, o documento ser apresentado e debatido antes do ano da sua execução.

«É um feito histórico no nosso país, um orçamento do ano seguinte ser aprovado antes do fim do ano. Nunca tinha acontecido no país», declarou o primeiro-ministro Martinho N'Dafa Cabi, sublinhando a «confiança» do parlamento no documento.

Dos 85 deputados presentes na sessão de hoje, apenas o deputado Sola N'Quilin, antigo ministro da Agricultura, se absteve de votar no documento por o considerar «irrealista e ileitoralista».

A Guiné-Bissau deve realizar eleições legislativas em 2008.

O OGE hoje aprovado é orçado em 98 mil milhões de francos CFA (cerca de 149 milhões de euros), tendo um défice de cerca de 60 mil milhões de francos (cerca de 91 milhões de euros).

Em declarações a imprensa, o ministro das Finanças, Issuf Sanhá, disse que o défice será facilmente ultrapassado com a aprovação do programa Pós-Conflito que o país está a negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e consequente realização de uma reunião com os doadores.

O programa Pós-Conflito permitirá ao país receber uma espécie de «aval do FMI» para que os doadores possam desembolsar «importantes fundos» de ajuda ao desenvolvimento, disse Issuf Sanhá.

Na dotação orçamental de 2008, o Ministério das Finanças é aquele que detém a maior fatia com pouco mais de oito mil milhões de francos CFA. O ministério da Defesa Nacional, que detinha maior bolo no orçamento de 2007, está na segunda posição, seguido dos Ministérios da Educação e Saúde Pública.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 06, 2007, 06:30:52 pm
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«irrealista e ileitoralista»


Mania destes gajos de fazer essa coisa das "ileições" :wink:
Título:
Enviado por: André em Dezembro 09, 2007, 06:01:15 pm
UE e Guiné-Bissau assinam acordo de 102,8 milhões de euros

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A União Europeia (UE) assinou hoje um acordo de financiamento do Programa Indicativo Nacional (PIN) da Guiné-Bissau para o período 2008/13, no montante de 102,8 milhões de euros, disse hoje à Agência Lusa fonte do governo guineense.

Segundo o ministro das Finanças guineense, Issufo Sanhá, as autoridades de Bissau consideraram «muito importante» o apoio financeiro dos «27», sublinhando que a organização europeia continuará a ser o principal parceiro da cooperação do país.

Issufo Sanhá adiantou que a verba será distribuída por cinco áreas de intervenção, com a atribuição de 27 milhões de euros para a prevenção de conflitos e reforma das forças de segurança, 26 milhões para projectos de energia e água, 32 milhões para apoio directo ao Orçamento Geral do Estado (OGE), 15 milhões para iniciativas da sociedade civil e 2,8 milhões para programas de emergência alimentar.

O acordo, um dos 30 assinados hoje, entre a UE e estados africanos, vem ao encontro do apelo de ajuda financeira feita pelo Presidente guineense, João Bernardo «Nino» Vieira, na intervenção que proferiu durante a sessão plenária desta manhã na II Cimeira UE/África, que terminou ao princípio da tarde, em Lisboa.

Na ocasião, «Nino» Vieira pediu também a transformação de cerca de 90% da dívida externa guineense em projectos de investimento e outras acções).

O chefe de Estado guineense pediu ainda ajuda aos doadores internacionais para que apoiem os esforços de Bissau nos programas de combate ao tráfico de droga no país.

Nas declarações à Lusa, à margem da cimeira, Iões, para que o país possa livrar-se do peso do serviço da dívida, estimada em 1.100 milhões de dólares (744 milhões de eurossufo Sanhá adiantou que o total da dívida externa da Guiné-Bissau é um dos principais constrangimentos do país, sublinhando que constitui cinco vezes mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Nesse sentido, Issufo Sanhá indicou que estão já em curso contactos avançados para que o Fundo Monetário internacional (FMI) assine com a Guiné-Bissau o programa pós-conflito já em Janeiro de 2008, de forma a que se possa garantir a realização de uma conferência de doadores em Fevereiro ou Março do mesmo ano, em local ainda a definir.

Essa conferência, se correr bem, acrescentou, poderá ajudar a Guiné-Bissau a ultrapassar grande parte dos constrangimentos financeiros com que se depara há mais de uma década.

Por outro lado, e no que diz respeito aos programas de combate ao tráfico de droga e à imigração clandestina, temas que serão abordados numa conferência internacional a realizar em Lisboa a 19 deste mês, Issufo Sanhá adiantou que a Espanha garantiu que vai ser «generosa» na contribuição para a Guiné-Bissau.

Segundo Issufo Sanhá, a decisão foi comunicada hoje de manhã a «Nino» Vieira durante um encontro que manteve com o chefe do governo espanhol, José Luis Zapatero, à margem da cimeira UE/África, em que se ficou também a saber que Madrid decidiu aumentar de 70 para 100 milhões de euros o apoio financeiro à construção de infra-estruturas.

Tendo ainda como pano de fundo o combate ao tráfico de droga na Guiné-Bissau, o presidente guineense aproveitou também a sua estada em Lisboa para se reunir com a secretária-geral adjunta das Nações Unidas, que prometeu também apoio financeiro à Guiné-Bissau.

«Nino» Vieira reuniu-se ainda com o seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, com o objectivo de consolidar as relações políticas bilaterais e dar continuidade aos trabalhos para se definirem os montantes dos projectos de cooperação assinados recentemente entre os dois países lusófonos em Luanda.

O presidente guineense, que chegou sexta-feira a Lisboa a tempo ainda de participar na recepção oficial oferecida pela presidência portuguesa da UE, deixa a capital lusa na próxima segunda-feira com destino a Paris, onde irá efectuar exames médicos de rotina, antes de regressar a Bissau.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Janeiro 31, 2008, 11:44:50 pm
Guiné-Bissau: Forças Armadas querem produzir etanol "dentro de poucos anos"


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Bissau, 31 Jan (Lusa) - As Forças Armadas da Guiné-Bissau vão produzir etanol "dentro de poucos anos" ao abrigo de um programa militar, disse hoje o director-geral de produção, modernização e acção social do Ministério da Defesa, Abel da Silva.

A produção deste combustível faz parte de um conjunto de acções programadas no âmbito dos projectos de produção agro-pecuária das Forças Armadas guineenses, indicou Abel da Silva à Agência Lusa, num balanço sobre a visita a três campos agrícolas efectuada pelo ministro da Defesa, Marciano Barbeiro, acompanhado pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

A produção do etanol é um projecto orçado em cerca de 300 milhões de dólares (202 milhões de euros) e no qual o governo da Guiné-Bissau espera empregar três mil excedentários das Forças Armadas, ao abrigo do programa de reforma, reestruturação e modernização do sector de Defesa e Segurança.

O arranque do projecto apenas está dependente do financiamento da comunidade internacional e do próprio governo guineense, disse Abel da Silva, indicando que até chegar o dinheiro, as Forças Armadas deverão iniciar a produção de arroz, açúcar e aguardente, além da criação de animais.

Para o projecto, o Ministério da Defesa guineense pretende obter um financiamento de cerca de 70 milhões de dólares (47 milhões de euros), disse Abel da Silva.

Segundo este quadro da função pública, a intenção do governo é aproveitar os militares na reserva e os que serão desmobilizados ao abrigo do programa de reforma em actividade produtiva, sobretudo no cultivo do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses.

De acordo com o responsável, as Forças Armadas da Guiné-Bissau consomem anualmente 900 toneladas do arroz importado de países do sudoeste asiático, significando um "grande encargo para o erário público".

"Só o campo agrícola de Salató pode produzir entre 500 a 600 toneladas do arroz por ano, sem contar com os outros campos", afirmou Abel da Silva, que vê na iniciativa uma forma de "aliviar o Estado" nas despesas com os militares.

Para a materialização deste projecto de produção agro-pecuária, o Ministério da Defesa guineense tem já elaborado um programa contando com as experiências das Forças Armadas de Cuba e do Brasil.

Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 09, 2010, 08:18:30 pm
Bissau e Teerão assinam acordos de cooperação bilateral


A Guiné-Bissau e o Irão assinaram hoje um conjunto de acordos de cooperação bilateral, durante a visita do presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, à República Islâmica, divulgou a agência noticiosa iraniana IRNA.

Os acordos, acompanhados de uma declaração conjunta, foram assinados pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois Estados, na presença dos presidentes guineense e iraniano, Mahmud Ahmadinejad.

Os acordos de cooperação incidem sobre indústria extrativa, investimento, banca, seguros, economia em geral e concessão de vistos.

Malam Bacai Sanhá chegou a Teerão no sábado, onde foi recebido de forma "calorosa" pelo seu homólogo iraniano, como descreveu a IRNA, que colocou a notícia na manchete do seu sítio na Internet.
Fonte da Presidência guineense explicou à Lusa que a visita tem por objetivo "reforçar as relações bilaterais e explorar possíveis canais de cooperação".

O Irão e a Guiné-Bissau são membros da Organização da Conferência Islâmica (OCI) e nos últimos tempos têm existido várias aproximações entre Teerão e Bissau.

Recentemente o Irão ofereceu à Presidência da Guiné-Bissau vinte viaturas.

Antes de sair de Bissau, Malam Bacai Sanhá considerou o Irão "um grande país, com potencialidades em termos económicos", que poderão ajudar a Guiné-Bissau a se desenvolver.

Enquanto o Irão enfrenta sanções da ONU e da União Europeia por causa do seu programa nuclear, a Guiné-Bissau vive uma crise política e militar desde o duplo assassínio do Presidente "Nino" Vieira e do chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, em março de 2009.

No passado domingo, o Conselho de Defesa Nacional guineense manifestou a sua aceitação de uma missão internacional de estabilização no país, mas o formato e respetivo mandato estão ainda por definir.

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 29, 2010, 03:30:22 pm
FMI prevê crescimento de 3,5% na Guiné-Bissau este ano


Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que se deslocou à Guiné-Bissau para avaliar a situação económica, anuncia um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5% em 2010, mas sublinhou a necessidade de haver estabilidade.

"Em termos gerais, a missão do FMI prevê um crescimento de 3,5% do PIB real em 2010. A continuada recuperação da economia mundial e a retoma da produção da castanha do caju devem contribuir para uma aceleração moderada do crescimento em 2011, para cerca de 4,3%", afirmou Paulo Drummond, chefe da missão.

Segundo Paulo Drummond a "manutenção da estabilidade política e a melhoria das condições de segurança continuarão a ser fundamentais para as perspectivas económicas".

Em relação ao desempenho no âmbito do programa de Facilidade de Crédito Alargado, o chefe da missão do FMI considerou-o "satisfatório. Foram cumpridos todos os critérios de desempenho e observados todos os indicadores de referência estruturais para a primeira avaliação do programa".

Paulo Drummond salientou contudo que a "despesa interna foi mantida abaixo das metas do programa devido à insuficiência do apoio orçamental e das incertezas relacionadas com esse apoio".

Sobre o alcance do ponto de conclusão para o alívio da dívida externa do país, Paulo Drummond considerou também o desempenho como "satisfatório".

O FMI vai discutir a primeira avaliação ao programa económico do Governo no início de Dezembro, altura em que poderá ser disponibilizado o próximo desembolso de 3,6 milhões de dólares (2,6 milhões de euros).

A missão do FMI, que termina hoje, chegou no passado dia 20 para avaliar o desempenho do país no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado, analisar os planos fiscais do Governo e avaliar o progresso da Guiné-Bissau para atingir o ponto de conclusão da Iniciativa para os Países Pobres Altamente Endividados.

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 13, 2010, 06:11:21 pm
PM guineense garante o relançamento da Guiné Telecom


Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, garantiu aos trabalhadores da Guiné Telecom que o Governo vai desenvolver esforços para relançar a empresa, até há pouco tempo participada pela Portugal Telecom, e que se encontra em falência técnica.

Carlos Gomes Júnior, que falava durante uma visita às instalações da empresa, afirmou que mediante a falta de entendimento entre o accionista Estado da Guiné-Bissau e a Portugal Telecom, o Governo decidiu "assumir as suas responsabilidades" passando a deter por completo o capital social da Guiné Telecom e da operadora dos telefones celulares, Guinétel.

"O Governo, em nome do Estado, teve de assumir as suas responsabilidades, uma responsabilidade social. Negociámos com o nosso antigo parceiro, a Portugal Telecom, comprámos a sua participação e vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para relançar a empresa", indicou o primeiro-ministro guineense.

A Portugal Telecom era até ao passado mês de Outubro sócia da Guiné Telecom, com 40% do capital da empresa, enquanto na operadora dos telefones celulares, Guinétel, a empresa portuguesa detinha 55% do capital social.

"Podemos dizer que houve erros no passado, mas não interessa agora olhar para o passado"

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 12, 2011, 07:24:09 pm
Chineses avaliam oportunidades de investimento na Guiné-Bissau


Um grupo de empresários chineses chega à Guiné-Bissau na quinta-feira para identificar oportunidades de investimento no país, refere um comunicado do Ministério da Economia.

Segundo o documento, a deslocação dos empresários tem como objectivo "identificar oportunidade de investimento nos sectores da agricultura, pesca, energia e indústria, nomeadamente na área do processamento da castanha de caju".

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau.

A deslocação dos empresários chineses, que ficam no país até dia 21, ocorre na sequência da deslocação do primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, a Macau para participar no Fórum de Cooperação Comercial e Económica entre China e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

No recente Fórum Macau, o chefe do Governo chinês, Wen Jiabao, anunciou que Pequim ia disponibilizar nos próximos três anos 730 milhões de euros para desenvolver a cooperação económica com a comunidade lusófona.

Na mesma ocasião, o primeiro-ministro chinês revelou que o seu país vai também criar uma linha de crédito de 176 milhões de euros, destinada aos Estados africanos de língua oficial portuguesa e a Timor-Leste.

Durante a sua estada em Bissau, os empresários chineses vão reunir-se com vários membros do Governo, autoridades regionais e com a Direcção-Geral de Promoção do Investimento Privado.

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 21, 2011, 07:27:21 pm
China vai comprar 40 toneladas de peixe/dia à Guiné-Bissau


A China vai comprar diariamente 40 toneladas do pescado artesanal da Guiné-Bissau e pretende ajudar na criação e divulgação da marca da pesca do país, afirmou Michel Wang, representante de uma delegação de empresários chineses.

Os empresários chineses, que hoje terminam uma visita de uma semana à Guiné-Bissau, analisaram as potencialidades nos setores da agricultura, pesca, energia e indústria, nomeadamente na área do processamento da castanha de caju, que é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau.

Acompanhados pelo secretário de Estado das Pescas da Guiné-Bissau, Mário Sami, os empresários chineses visitaram a ilha de Uracane, no extremo sul do país, tendo anunciado aí que vão passar a comprar diariamente 40 toneladas do pescado artesanal.

Ao mesmo tempo, pretendem fornecer material de pesca, nomeadamente remos e redes aos pescadores artesanais a preços favoráveis. As empresas chinesas do ramo também irão passar a ensinar aos guineenses as melhores técnicas para construção de embarcações de pesca, sublinhou Michel Wang.

O secretário de Estado das Pescas guineense pediu aos empresários chineses para que ajudem os pescadores de Uracane – um dos principais centros de pesca artesanal da Guiné-Bissau- na conservação do pescado.

Mário Sami afirmou ser possível que os chineses instalem câmaras frigoríficas de conservação do pescado na ilha de Uracane, sem, no entanto, adiantar mais pormenores sobre este projeto.

O responsável dos empresários chineses que visitaram a ilha de Uracane na quinta-feira anunciou que a China está disposta a ajudar a Guiné-Bissau a construir e a divulgar a sua marca de produtos da pesca.

Michel Wang defendeu que o país poderia passar a “ganhar mais e ser mais conhecido” com os seus produtos derivados da pesca.

A par da castanha do caju, a pesca é das principais fontes de rendimento e de exportação da Guiné-Bissau.

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Luso-Efe em Abril 09, 2011, 11:17:41 pm
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Guiné-Bissau: Aumento da pressão fiscal deve ser uma prioridade.

Segunda, 17 Janeiro 2011

Guiné-Bissau: Aumento da pressão fiscal deve ser uma prioridade

Bissau - O secretário de Estado do Tesouro da Guiné-Bissau, José Carlos Casimiro, disse esta quinta-feira, que é preciso aumentar o número de pessoas que pagam impostos e combater a economia informal.
«A nível interno a nossa pressão fiscal é extremamente baixa e é preciso de facto que aumentemos a nossa pressão fiscal», disse José Carlos Casimiro citado pela Angop.

A média dos países da União Económica Monetária da África Ocidental (UEMOA) em termos de pressão fiscal é de 14% mas a da Guiné-Bissau é apenas de 7% do PIB nacional.

«Há um esforço importante a fazer e que implica efectivamente um alargamento da base tributária e levar mais pessoas a pagarem o imposto», salientou o secretário de Estado do Tesouro. Para além do aumento do número de pessoas a pagar impostos, é necessário ainda combater o sector informal e «levar as pessoas a verem a importância de estarem no sector formal».

Após o alívio da dívida guineense em mais de mil milhões de dólares, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que o aumento da pressão fiscal na Guiné-Bissau é agora um desafio.

http://www.guinenet.com/section-table/3 ... idade.html (http://www.guinenet.com/section-table/37-economia-guine-bissau/345-guine-bissau-aumento-da-pressao-fiscal-deve-ser-uma-prioridade.html)
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Luso-Efe em Abril 24, 2011, 07:51:33 pm
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Previsões FMI : A economia da Guiné-Bissau deverá crescer 4,3% este ano e 4,5% no próximo ano.

Moçambique, segundo as previsões do Panorama Económico Global do FMI, vai ter um desempenho acima da média da região, com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer 7,5% em 2011 e 7,8% em 2012, segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

As projecções para Cabo Verde, cuja economia recuperou já no ano passado do forte abrandamento sofrido em 2009 em consequência da crise global, mostram uma forte aceleração em 2012, com um crescimento de 6,8%, sendo a previsão para este ano de 5,5%, semelhante ao nível de 2010.

Para os outros dois países africanos de língua portuguesa, o FMI prevê crescimentos das respectivas economias abaixo da média da região este ano.

A economia da Guiné-Bissau deverá crescer 4,3% este ano e 4,5% no próximo ano, e São Tomé e Príncipe 5% este ano e 6% em 2012.

Lusa

http://novasdaguinebissau.blogspot.com/ ... issau.html (http://novasdaguinebissau.blogspot.com/2011/04/previsoes-fmi-economia-da-guine-bissau.html)
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Maio 09, 2011, 07:00:52 pm
Emirados Árabes interessados nos recursos naturais guineenses


Um grupo de investidores dos Emirados Árabes Unidos está interessado nos sectores das pescas, prospecção mineira e infra-estruturas portuárias na Guiné-Bissau, revelou hoje fonte do Ministério da Economia guineense. Segundo a mesma fonte, o governo de Bissau, representado pela ministra da Economia, Plano e Integração Regional, Helena Embalo, assina hoje um memorando de cooperação com os investidores árabes representantes de duas holdings, a International Comercial Investment e a Plambeck Emirates Global, ambos dos Emirados Árabes Unidos.

O memorando, que prevê investimentos a curto e médio prazo nos sectores das pescas, prospecção mineira e infra-estruturas portuárias, é rubricado por Helena Embaló e por um conselheiro do emir dos Emirados Árabes Unidos.

A delegação do Emirado é composta por cinco pessoas.

A delegação é também portadora de mensagens pessoais do príncipe Khalifa Al Nahyan para o Presidente da República e para o primeiro-ministro guineenses.

As duas holdings dos Emirados Árabes Unidos, estão interessadas em negócios nos sectores do petróleo, gás natural, prospecção e eventual extracção de ouro, produção de energia, pesca, transformação de pescado, construção de pontes, estradas e infra-estruturas portuárias.

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 07, 2011, 04:50:52 pm
Guiné-Bissau discute acesso à fibra óptica


O governo da Guiné-Bissau e os operadores dos serviços das telecomunicações estão a discutir hoje, na capital guineense, quais as modalidades possíveis para que o país possa finalmente ter o acesso à fibra óptica. De acordo com Gibril Mane, presidente do conselho de administração da Autoridade Reguladora Nacional das Tecnologias de Informação (ARN), a Guiné-Bissau "já decidiu que vai aderir à fibra óptica, faltando agora avaliar os moldes" em que será feita essa adesão.

De concreto está a discutir-se o regulamento sobre o acesso e oferta de redes e serviços baseados nos cabos submarinos, ou seja, fibra óptica, assinalou Mané, explicando que o país "vai baixar consideravelmente os custos de telecomunicações e aumentar a qualidade dos serviços" com a adesão à fibra óptica.

Gibril Mané afirmou que da parte do Governo de Bissau "há uma vontade total" para avançar com meios, embora reconheça que o serviço "não é barato", pelo que, assinalou, os operadores das telecomunicações terão que comparticipar.

O responsável da ARN disse ter indicações em como serão precisos 42 milhões de dólares (29,8 milhões de euros) por ano para que o país possa estar conectado à fibra óptica.

Actualmente grande parte da comunicação internacional da Guiné-Bissau, serviços de Internet, telefones e transferência de dados, passa pelo Senegal, país que já está conectado à fibra óptica há vários anos, assinalou um responsável do Governo presente no seminário que decorre numa unidade hoteleira de Bissau.

A partir do Senegal parte da comunicação do país com o estrangeiro é distribuída para o resto do mundo via Portugal ou então através da França, especificou ainda o mesmo responsável.

"Se o Senegal quisesse podia ver todas as mensagens de Internet que fazemos aqui na Guiné-Bissau, isto porque, a nossa Internet vem de lá, por causa do servidor que se encontra em Dacar", observou o responsável da empresa Guinetel (telefones celulares) detida pelo Estado guineense.

"A opção é amarrarmo-nos a um cabo de fibra óptica para acabarmos com a dependência nas telecomunicações e reduzir os custos e melhorar a qualidade do serviço", notou Gibril Mané, presidente do conselho de administração da ARN.

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 15, 2011, 01:44:53 pm
UE lança projecto 5,7 Milhões de €€ para energia renovável


A delegação da União Europeia na Guiné-Bissau lançou um projecto orçado em 5,7 milhões de euros para fornecer energia renovável às populações das regiões de Bissorã (norte) e Gabu (leste) no âmbito da luta contra a pobreza naquelas zonas.
O secretário de Estado da Energia guineense, Wasna Papai Danfá, disse que as duas regiões, das mais populosas do país além de Bissau, são também das zonas em que o Estado tem "imensas dificuldades" no fornecimento de energia às populações.

O governante explicou igualmente que o acesso à energia "é um problema real" na Guiné-Bissau sobretudo no interior, onde vive cerca de 70% da população. Apenas 2% das zonas rurais da Guiné- Bissau têm energia eléctrica, acrescentou Papai Danfá.

Para alterar esta situação, o secretário de Estado avançou que o governo pretende apostar num programa de electrificação rural descentralizado baseado na produção de energias renováveis que, na sua opinião, são abundantes na Guiné- Bissau.

"O país possui um potencial gigantesco no que toca às energias renováveis mas que explora pouco", notou Papai Danfá, sublinhando que tal se deve ao elevado custo dos equipamentos.

O delegado da União Europeia na Guiné- Bissau, Joaquim Gonzalez-Ducay explicou que a intervenção europeia no projecto de fornecimento de energia renovável às populações rurais vai contribuir para a erradicação da pobreza e promover o desenvolvimento sustentável daquelas populações.

O embaixador dos "27" em Bissau sublinhou igualmente o facto de o projecto ter em conta a produção de "energia limpa" que defenda o ambiente e combata as mudanças climáticas.

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 24, 2011, 07:24:12 pm
França perdoa dívida de 8,56 Milhões de €€€ à Guiné-Bissau


A França perdoou o total da dívida da Guiné-Bissau, no valor de 8,56 milhões de euros (5,6 mil milhões de francos CFA).

O acordo de perdão de dívidas entre a França e a Guiné-Bissau é assinado amanhã em Bissau, segundo o Ministério das Finanças guineense. O acordo resulta das decisões do Clube de Paris, em Maio passado, no âmbito do qual a Guiné-Bissau obteve o perdão de dívidas num valor de 283 milhões de dólares (211 milhões de euros).

Quando foi anunciado o perdão da dívida, o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, salientou o "grande alívio" para as contas do país, que fica assim com mais dinheiro para sectores como a Educação, a Saúde ou o Emprego para jovens. "A comunidade internacional reconhece os esforços que este governo tem vindo a fazer", vamos continuar a trabalhar "para merecer mais apoios dos nossos parceiros", disse na altura Carlos Gomes Júnior.

Ainda que não fazendo parte do Clube de Paris, Portugal alinhou com as decisões da instituição e em Maio passado anunciou que também iria perdoar a dívida guineense, no valor de 77 milhões de euros. O Brasil e Angola também manifestaram na mesma altura disponibilidade para perdoar a dívida da Guiné-Bissau.

O Clube de Paris é uma instituição informal que junta 19 dos países mais desenvolvidos do mundo e que se destina a ajudar financeiramente países mais pobres. Chama-se assim porque a primeira reunião realizou-se em Paris, em 1956.

Lusa
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Viajante em Março 29, 2022, 12:52:27 am
“Estranho e ilegal”. Governo guineense nacionaliza Armazéns do Povo, maioritariamente de capitais portugueses

O Governo da Guiné-Bissau decidiu nacionalizar a empresa Armazéns do Povo, detida maioritariamente por capitais portugueses, uma situação que o presidente do conselho de administração, Alfredo Miranda, disse hoje à Lusa ser “estranha e ilegal”.

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Os Armazéns do Povo, conglomerado de edifícios públicos, foram vendidos pelo Estado guineense em 1992 e o grupo português Interfina comprou 55% das ações da empresa, a que se juntam mais participações de outros grupos lusos, perfazendo cerca de 96% de capitais portugueses, declarou à Lusa Alfredo Miranda.

O Estado guineense detém um total de cerca de 3% do capital da empresa, observou Miranda que não compreende a decisão do Governo do país em nacionalizar o grupo.

“Nós fomos surpreendidos pela aprovação de um decreto-lei, na última reunião do Conselho de Ministros, que teve lugar na quinta-feira passada, em que, efetivamente, pelo teor do decreto, o Estado decidiu nacionalizar a empresa Armazéns do Povo SARL”, afirmou Alfredo Miranda.

O presidente do conselho de administração precisou ainda que a empresa Armazéns do Povo investiu, nos últimos anos, mais de sete milhões de euros na modernização dos imóveis e ainda emprega, de forma direta, mais de 200 trabalhadores guineenses.

“A empresa Armazéns do Povo SARL é uma empresa de capitais portugueses, mais de 95% do capital é português”, observou Alfredo Miranda, para quem, talvez, seja pelo facto de a empresa se ter modernizado é que poderá suscitar “algum interesse de certas forças”.

O presidente da administração da Armazéns do Povo “não compreende” como é que se decide pela nacionalização de uma empresa privada “de capital maioritário estrangeiro”, e que representa cerca de 15% das exportações de Portugal para a Guiné-Bissau.

O grupo Armazéns do Povo, que se dedica ao comércio de produtos diversos de Portugal para a Guiné-Bissau, está, segundo Alfredo Miranda “em cumprimento de todas as normas” do país e até hoje não foi informado pelas autoridades da decisão da suposta nacionalização.

“O que a empresa pensa fazer é que se faça a justiça, que se cumpra a lei. Todos os documentos da empresa estão em dia, apresentamos o balanço regularmente”, afirmou Alfredo Miranda, realçando que a empresa faz reuniões regulares onde o Estado guineense pode participar como sócio que é.

Miranda notou ainda que o Estado guineense tem um representante permanente no conselho de administração da empresa Armazéns do Povo e que pode facultar todos os documentos, se for o caso, disse.

O presidente da administração também considerou estranho o facto de o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos “não cumprir com a lei” ao não pagar uma indemnização fixada pelo tribunal guineense e ainda mandar invadir as instalações da empresa.

Alfredo Miranda referia-se a um caso em que o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos foi condenado, “com a sentença transitada em julgada”, por ocupação ilegal das instalações da empresa.

“Estranhamente, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos rebentou os nossos cadeados e ocupou as nossas instalações. Pôs lá uma segurança privada. Isso foi na quinta-feira da semana anterior e nesta quinta-feira nós fomos surpreendidos com a decisão do Conselho de Ministros em nacionalizar a empresa”, sublinhou Alfredo Miranda.

Está no horizonte do grupo Armazéns do Povo, que abastece o mercado guineense, entre outros, com produtos de construção civil, eletrodomésticos, produtos alimentares, expandir-se para os países da sub-região africana onde a Guiné-Bissau está inserida, adiantou Miranda.

“E de repente surpreendem-nos com esta decisão que não sabemos como é que podemos posicionar sobre isto”, disse Alfredo Miranda notando, contudo, que a empresa poderá recorrer aos tribunais “se tiver de ser”.

O presidente da administração dos Armazéns do Povo considerou ser “muito mau” para a imagem do país o que se está a passar com a empresa.

https://24.sapo.pt/economia/artigos/estranho-e-ilegal-governo-guineense-nacionaliza-armazens-do-povo-maioritariamente-de-capitais-portugueses

Um país cumpridor!!!!!
Ou é dado ou espoliado!!!!!!
Título: Re: Guiné-Bissau
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 14, 2024, 12:27:13 pm
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