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Tropas Portuguesas para o Libano?

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Votação encerrada: Julho 25, 2006, 07:22:19 pm

Portugal deve enviar tropas para o Libano?

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Miguel

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Portugal deve enviar tropas para o Libano?
« em: Julho 25, 2006, 07:22:19 pm »
Pessoalmente julgo que não, seria um erro muito grave por parte do nosso governo enviar tropas naquela zona.

Devemos privilegiar as operações em Africa,Timor,Europa....

PS: o JQT tem o mesmo topico no FMC, eu queria trazer o debate para estes lados...
 

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pedro

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« Responder #1 em: Julho 25, 2006, 07:41:01 pm »
Eu so gostava de saber o que e que os soldados portugueses iam fazer para la?
Cumprimentos
 

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Jorge Pereira

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« Responder #2 em: Julho 25, 2006, 08:22:12 pm »
Só concordaria se essa intervenção estivesse sob comando da NATO. De outra forma Nunca.

Se for a ONU a levar por diante essa operação nem pensar em pôr lá os pés.

Os constrangimentos inerentes as operações da ONU faria dos soldados que para lá fossem alvos fáceis. Seria o maior presente para o Irão.

O Irão pura e simplesmente passaria a organizar ataques contra essas forças (através do Hezbollah) para ganhar mais tempo para o seu programa nuclear e retirar margem de manobra política para um eventual ataque contra as suas instalações nucleares. Neste momento esse objectivo está a ser atingido.

Se for uma operação da EU, pior ainda. A França e a Espanha estão nitidamente do lado do Hezbollah, com mais ou menos disfarces para não ser tão escandaloso.
A Grã-Bretanha, Alemanha e pelo que tenho visto Portugal são favoráveis à causa israelita. Os outros países estão assim assim. Como se iria colocar uma força no terreno com comando europeu com tamanha divisão? Não estou a ver.

Uma opção que também é possível é um mandato da ONU passado à NATO para intervir. Seria diferente.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Azraael

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« Responder #3 em: Julho 25, 2006, 09:01:39 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
A França e a Espanha estão nitidamente do lado do Hezbollah, com mais ou menos disfarces para não ser tão escandaloso.
A Grã-Bretanha, Alemanha e pelo que tenho visto Portugal são favoráveis à causa israelita. Os outros países estão assim assim. Como se iria colocar uma força no terreno com comando europeu com tamanha divisão? Não estou a ver.
E' nestas alturas que a Europa devia falar a uma so voz... especialmente no que respeita a politica externa e de defesa.

A meu ver, desde que integrada numa forca multinacional com elevado apoio internacional, a participacao portuguesa de qualidade seria util... a nao ser que enviassemos meia duzia de gatos pingados so para podermos dizer que tambem la estamos.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #4 em: Julho 26, 2006, 08:56:21 am »
Citar
Crise no Médio Oriente
Conferência de Roma: europeus condicionam envio de força ao cessar-fogo
26.07.2006 - 08h13   Jorge Almeida Fernandes , (PÚBLICO )

O primeiro objectivo da conferência internacional sobre o Líbano que hoje decorre em Roma é o cessar-fogo, declarou o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi. A organização de uma "força de interposição" sob a égide da ONU estará também no centro da reunião em que particpam os MNE de 15 países, a ONU, a União Europeia e o Banco Mundial.

Europeus, árabes e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, devem apelar a um "cessar-fogo imediato". Depois do seu encontro com Codoleezza Rice, o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, anunciou que Israel conservará uma "zona de segurança" no Sul do Líbano até ao envio duma força internacional, assim como a continuação da ofensiva contra o Hezbollah. Rice viajou ontem de Telavive para Roma, depois de ter conferenciado com Olmert e com o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.

Na conferência de Roma, participam os chefes da diplomacia dos EUA, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Grécia, Chipre, Espanha, Rússia, Turquia, Jordânia, Egipto, Arábia Saudita, Canadá e Itália, o país anfitrião. A delegação do Líbano é chefiado pelo primeiro-ministro, Fouad Siniora. Estarão presentes Kofi Annan, o presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, o chefe da diplomacia europeia, Javier Solana, além de representantes da Comissão Europeia e da presidência finlandesa. Nela deverão ser anunciadas as ofertas de fundos ao Líbano, a título de ajuda humanitária ou para a reconstrução: os sauditas elevaram ontem a sua ajuda para 1500 milhões de dólares.

A missão militar

O apelo ao cessar-fogo não será escutado por Israel, já que a sua ofensiva militar no Líbano está longe de atingir o objectivo mínimo, o afastamento do Hezbollah do Sul do país, e a criação de uma força de estabilização internacional exigirá algum tempo e terá de ver o seu mandato aprovado pelo Conselho de Segurança.

Em Israel, Rice reafirmou que o cessar-fogo é "urgente" mas exige condições que impeçam o regresso ao statu quo ante, ou seja, a decisão de desarmamento do Hezbollah. Olmert repetiu a Rice as condições israelitas para decretar cessar-fogo: a aplicação da resolução 1559 da ONU, que implica o desarmamento do Hezbollah e a ocupação do Sul do Líbano pelo exército libanês.

A força de estabilização, concebida na cimeira do G8 por Tony Blair e Kofi Annan, é uma ideia praticamente adquirida, mas longe de estar definida e formada. Excluída a hipótese de uma operação no quadro da NATO, tal como a participação norte-americana, ela será essencialmente europeia, frisou Javier Solana.

Os principais "candidatos" a integrá-la serão a França, Itália, Alemanha, Grécia e Turquia. A Grã-Bretanha exclui a sua participação, dado o seu envolvimento no Iraque, Afeganistão e Balcãs. A Holanda também se excluiu. A Espanha poderá vir a aceitar. Fala-se na Rússia e noutros países, como o Brasil.

Seria uma força de 10 mil a 20 mil homens, com armamento pesado. Para os israelitas deveria ser composta por países "com verdadeiros meios e experiência militar" e, como disse Olmert, "dispostos a sofrer baixas e a provocá-las". Deve impedir o regresso do Hezbollah ao Sul e desmantelar o seu aparelho militar ao longo da fronteira.

O olhar europeu é algo diferente. Escreve o analista Paul Taylor, da Reuters, que os israelitas já perceberam que não serão capazes de destruir todo o dispositivo do Hezbollah no Sul e desejariam deixar esse trabalho à força internacional. Mas, sem um plano credível de desmilitarização do Hezbollah, os europeus correm o risco de ficar ensanduichados entre Israel e a mais poderosa guerrilha do Médio Oriente.

Por outro lado, diz à mesma agência um diplomata da UE, há um problema político: "É clara a perspectiva de que o Hezbollah deve ser desarmado. Mas nós não podemos ser encarados como executores dos interesses israelitas." Tanto a composição da missão como a definição do mandato vão ser difíceis e complicados, diz outro diplomata.

Agitação diplomática

Para preparar a cimeira, o rei Abdallah da Jordânia encontrou-se ontem com o Presidente egípcio, Hosni Mubarak. Tony Blair encontra-se esta manhã com Jacques Chirac para acertarem uma posição comum. Blair disse esperar que haja um plano para impor o cessar-fogo dentro de dias.

Depois de condenar o Hezbollah, o rei Abdullah, da Arábia Saudita, lançou ontem uma advertência a Israel: "Se a opção da paz falhar como resultado da arrogância israelita, a opção que resta será a guerra e só Deus sabe aquilo que a região testemunhará num conflito que não poupará ninguém."

O Governo libanês rejeitou as condições de cessar-fogo propostas por Condoleezza Rice. Continua a insistir no abandono das Shebaa Farms por Israel, como condição para exigir a retirada do Hezbollah do Sul. Segundo a ONU, este minúsculo território pertence à Síria mas é considerado libanês pelo Hezbollah e serve-lhe de pretexto para actuar contra Israel. Damasco não o reivindica, mas também nunca formalizou a sua cedência. Só a sua cedência por Damasco permitiria a Israel encarar a sua evacuação. O xiita Nabih Berri, presidente do Parlamento, confirmou outro desacordo: "A senhora Rice pôs como condição prévia do cessar-fogo a retirada do Hezbollah para lá do rio Litani [a 20 quilómetros da fronteira] e a instalação de uma força internacional (...)."

A vedeta do dia voltou a ser Rice. Desconhece-se o teor das conversações com Olmert, designadamente quanto ao tempo e às condições do cessar-fogo. Nas declarações públicas, pediu ao Governo israelita que não deixasse deteriorar a situação humanitária no Líbano e repetiu a mensagem: "Chegou o tempo para um novo Médio Oriente. Devemos fazer tudo o que pudermos para criar as bases de uma paz duradoura na região."

Na visita a Ramallah, onde conferenciou com Abbas, repetiu as suas condições para o cessar-fogo no Líbano mas garantiu: "Mesmo quando a situação libanesa esteja resolvida, os EUA continuarão a focar o que acontece aqui. (...) Desejamos voltar à visão de dois Estados vivendo em paz, lado a lado." Homenageou a "coragem" de Abbas. Este pediu o cessar-fogo no Líbano.

Se de facto se avançar com uma força com a participação dos países acima referidos, esses homens correrão sérios riscos de ser carne para canhão. Aliás, chamo a atenção para estas duas citações:

Citar
Para os israelitas deveria ser composta por países "com verdadeiros meios e experiência militar" e, como disse Olmert, "dispostos a sofrer baixas e a provocá-las".

Citar
O olhar europeu é algo diferente. Escreve o analista Paul Taylor, da Reuters, que os israelitas já perceberam que não serão capazes de destruir todo o dispositivo do Hezbollah no Sul e desejariam deixar esse trabalho à força internacional. Mas, sem um plano credível de desmilitarização do Hezbollah, os europeus correm o risco de ficar ensanduichados entre Israel e a mais poderosa guerrilha do Médio Oriente.

Por outro lado, diz à mesma agência um diplomata da UE, há um problema político: "É clara a perspectiva de que o Hezbollah deve ser desarmado. Mas nós não podemos ser encarados como executores dos interesses israelitas." Tanto a composição da missão como a definição do mandato vão ser difíceis e complicados, diz outro diplomata.


Concluindo, devemos (na minha opinião) fazer o que países como os EUA, Grã-Bretanha e Holanda já disseram que iriam fazer: Ficar de fora.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Marauder

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« Responder #5 em: Julho 26, 2006, 12:16:16 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
O Irão pura e simplesmente passaria a organizar ataques contra essas forças (através do Hezbollah) para ganhar mais tempo para o seu programa nuclear e retirar margem de manobra política para um eventual ataque contra as suas instalações nucleares. Neste momento esse objectivo está a ser atingido.


Verdade, se se criar a ideia no mundo ocidental de força ocupante, no entanto pelo menos a força actual da ONU não padece disso.

A minha ideia é....esta 1ª força a ser criada não resolve o problema...o alcance dos misseis que o Hezbollah lança penso que ultrapassaria este tampão de segurança.

A 2ª força , de "limpeza", esta sim teria um papel activo, não tanto "força de paz", mas facilmente vista pelos arabes como força de ocupação ocidental pro-israel (penso que estava-se a referi a esta, Jorge Pereira, isto segundo a ideia americana).

Como opinião pessoal, penso que Portugal deve ficar fora, já estamos um pouco "esticados" em termos de recursos, e, já basta ter seguido as ordens "americanas" para ir para Astan e Iraque, enviar tropas para um conflicto no medio oriente....é super arriscado, que o digam os americanos e franceses. Mas alguém tem que o fazer (será?).


Sem querer desviar a conversa, manifesto a minha total discordancia com a ideia de um exército único, que a meu ver é uma ponte lógica para a federação europeia. Sendo então contra ambas.

Sou contra a actual presença de Portugal na Nato, o papel de defesa substituido pelo ataque, faz com que a Nato seja apenas uma ferramenta americana para "poupar os seus recursos".

Defendo sim um tratado de defesa mútua para os países da UE, isso sim bastaria.

Espero não levar isto muito para off-tópic, mas seria interessante alguém abrir um tópico assim deste género...."Que tipo de associação militar deve Portugal ter com o Mundo?", na volta até abro eu..
 

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Miguel

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« Responder #6 em: Julho 26, 2006, 12:36:53 pm »
Citar
Concluindo, devemos (na minha opinião) fazer o que países como os EUA, Grã-Bretanha e Holanda já disseram que iriam fazer: Ficar de fora.


Absolutamente de acordo.

Deviamos era dizer isso ao MNE L.Amado :roll:
 

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Luso

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« Responder #7 em: Julho 26, 2006, 02:13:06 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
A França e a Espanha estão nitidamente do lado do Hezbollah (...)


Pudera:

http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34

Saudi Arabia Launches Huge Arms Buying Spree; France to Net Most Orders
 
 
(Source: defense-aerospace.com; issued July 22, 2006) (Updated July 25, 2006)
   
 
 By Giovanni de Briganti
 
Saudi Arabia will buy 142 helicopters from France, including 64 NH-90 helicopters such as the one shown here, as well as tanker aircraft and other weapons in the largest arms export deal ever signed by France. (Photo © Eurocopter)PARIS --- The Saudi government last week agreed to purchase a total of 142 helicopters from France, in a deal that will modernize its military helicopter fleet at a single stroke and that, together with additional contracts to follow, firmly establishes France as the kingdom’s main weapons supplier.  
 
The helicopter contract, due to be signed with France’s Sofresa arms export agency, will cover 64 NH-90 battlefield helicopters; 20 Eurocopter Cougar utility helicopters in Combat Search and Rescue version; 42 Eurocopter Fennec light helicopters; four Panther naval Search and Rescue helicopters; and an initial batch of 12 Tiger attack helicopters. The NH-90s are made by NH Industries, a joint company in which France’s Eurocopter has a 62.5% share, while all other types are produced by Eurocopter.  
 
The contract also includes the provision of weapons, spare parts, training services and support equipment, as well as the construction of several helicopter bases, boosting its total value to well over 7 billion euros, sources say. It is the largest single arms export deal ever signed by France.  
 
The NH-90 order includes 10 naval NFH-90s for the Saudi navy; 42 TTH-90 battlefield helicopters for the Saudi Army and 12 more for the Saudi Arabian National Guard, while the Fennec order comprises 30 helicopters for the Saudi air force and 12 for the national guard. The 12 Tigers will be operated by the Saudi Arabian National Guard, which is to eventually procure a total of 36 or 48.  
 
A separate contract will cover an unspecified number of Airbus A330 aerial tankers, similar to the KC-30 that EADS, the corporate parent of both Airbus and Eurocopter, has offered to the US Air Force.  
 
 
Main Saudi Arms Procurement Projects  
(Source: defense-aerospace.com research, press reports; E= euros)  
(Table corrected July 25, 2006)  



 
The new Saudi arms purchases from France are the result of an expanded defense alliance set out in two political framework agreements signed here late on July 21 by the Saudi Crown Prince and Defense Minister, Sultan Ben Abdelaziz Al Saoud. The agreements cover closer defense cooperation between the two countries as well as the supply of a wide range of military hardware. “These agreements, signed at the highest level of the two states, define the scope of our cooperation in the field of military equipment,” French presidential spokesman Jérôme Bonnafont told reporters July 21 adding that “new cooperation projects for military equipment will be implemented.”  
 
In addition to the helicopters and tankers, contracts for which should be signed in the coming weeks, Saudi Arabia also plans to purchase Leclerc main battle tanks, French-Italian FREMM frigates and submarines in 2007 and 2008, while the possible purchase of Dassault Aviation Rafale combat aircraft is still being discussed.  
 
The French orders come as Saudi Arabia last week unexpectedly embarked on a huge weapon buying spree to substantially upgrade its armed forces.  
 
The first contract, announced July 21, covers the supply of 76 Caesar truck-mounted 155mm artillery pieces manufactured by France’s state-owned GIAT Industries, for a value estimated at several hundred million euros. The manufacturer, for whom this is both the largest Caesar contract to date and the largest export contract of the past decade, will confirm neither the customer nor the value.  
 
The previous day, the Pentagon formally notified Congress of its intention to sell 724 Light Armored Vehicles made by General Dynamics Land Systems, London, Ontario and related equipment (worth $5.8 billion) for the Saudi Arabian National Guard. A separate contract was also notified covering the sale of 24 Sikorsky UH-60L Black Hawk armed utility helicopters, worth $350 million, to the Royal Saudi Land Forces. These two contracts will be automatically approved unless Congress opposes them within 30 days.  
 
According to French spokesman Bonnafont, the additional contracts “will be finalized later, depending on the progress of bilateral discussions.” He confirmed that these talks will center on the acquisition by Saudi Arabia of Dassault Aviation Rafale combat aircraft and of Leclerc main battle tanks, made by GIAT Industries. The latter are intended to replace the obsolete AMX-30 tanks operated by the Saudi army’s so-called “French brigade,” and which were originally procured in the 1970s.  
 
A possible Rafale sale to Saudi Arabia has been the subject of much speculation in recent years, but had appeared to fade after Saudi Arabia on December 21, 2005 signed a Memorandum of Understanding with the British government which called for “Typhoon aircraft [to] replace Tornado Air Defence Variant aircraft and others currently in service with the Royal Saudi Air Force.”  
 
At the time, British media reported that the related contract, initially covering 24 Typhoons with at least 48 more to follow, would be signed by June, but none has so far been announced.  
 
The French spokesman’s confirmation that a Rafale sale is being negotiated is a major advance for the French fighter, which formally entered French air force service in late June but which is still looking for its first export customer. It is not clear, however, whether Rafale would be procured instead of, or in addition to, the Typhoon.  
 
No indication has been given of the number of Rafales that Saudi Arabia would buy, but sources say an initial purchase would likely cover 48 aircraft. If confirmed, this would set the deal’s value at around 6 billion euros, including weapons, spares and support equipment.  
 
Saudi Arabia also has a relatively urgent requirement to replace her older coastal defense vessels (four Badr-class corvettes and nine Al Siddiq-class patrol boats) with much larger missile corvettes displacing around 2,000 tonnes. France’s DCN has offered its Gowind design for this requirement.  
 
A second naval requirement is for four to six French-Italian FREMM new-generation multi-purpose frigates to replace the older French-supplied Medina-class (Sawari I project) frigates. These frigates alone are valued at 3 billion euros. In the longer term, the Royal Saudi Navy would like to introduce a submarine flotilla comprising about six conventionally-powered attack submarines, for which DCN is offering its Marlin design, derived from the Scorpene submarine it developed jointly with Spain’s Navantia shipyards group. No value has been quoted for this project.  
 
French companies, along with contractors from China, Russia, the UK and the US, will compete for Saudi Arabia’s Miksa program, an ambitious border control network comprising up to 225 radar stations to monitor the kingdom’s ground borders, coasts and airspace. While this was negotiated directly with France’s Thales Group for several years, Saudi Arabia earlier this year decided to launch a competition; responses to its Request for Information are due in late August, to be followed by a Request for Proposals with a deadline of late December. The project’s value is estimated at 7 billion euros.  
 
-ends-
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Spectral

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« Responder #8 em: Julho 26, 2006, 04:12:59 pm »
Oh Luso olha que os imãs sunitas whabbistas da Arábia Saudita não são propriamente os melhores amigos dos xiitas do Irão e Hizbollah...

A participação numa eventual missão de paz não faz sentido tendo em conta o nível actual de envolvimento das forças portuguesas noutros teatros.

Quanto a quem pensa que os capacetes azuis apenas são alvo do Hizbollah :

Citar
Israel troops 'ignored' UN plea
 
Israel had hit Khiam a number of times earlier on Tuesday

UN peacekeepers in south Lebanon contacted Israeli troops 10 times before an Israeli bomb killed four of them, an initial UN report says.

The post was hit by a precision-guided missile after six hours of shelling, diplomats familiar with the probe say.

UN-led crisis talks in Rome ended with no agreement to urge an immediate ceasefire between Israel and Hezbollah.

In the latest fighting, up to 13 Israeli soldiers were reported killed in southern Lebanon on Wednesday.

Israel has not confirmed any deaths from among its soldiers, but says there have been 20 casualties in the clashes around the town of Bint Jbail.

More than 400 Lebanese and 42 Israelis have died in two weeks of conflict, which began after Hezbollah captured two Israeli soldiers in a cross-border raid on 12 July.
   

Mid-East crisis map
New force for peace?


In other developments:

A Jordanian military plane arrived in Beirut to evacuate some of the most seriously wounded Lebanese civilians

Ten lorries loaded with food and medical supplies arrived in the southern town of Tyre from the capital, Beirut

Hezbollah's leader Hassan Nasrallah warned on TV that his organisation would begin firing rockets further south into Israel than Haifa.

Israeli regrets

The four unarmed UN observers from Austria, Canada, China and Finland, died after their UN post in the town of Khiam was hit by an Israeli air strike on Tuesday.

The UN report says each time the UN contacted Israeli forces, they were assured the firing would stop.

Israeli Prime Minister Ehud Olmert has expressed "deep regrets" over the deaths.

Israel is conducting an investigation into the deaths.

It has rejected accusations made by UN Secretary General Kofi Annan that the targeting of the UN position was "apparently deliberate".

White House spokesman Tony Snow said "something went really wrong" to cause the deaths, but also said there was no reason to suggest the bombing was deliberate.

'Utmost urgency'

The Rome summit, called by US Secretary of State Condoleezza Rice, brought together EU and Arab nations plus the US and Russia, but not Israel, Iran or Syria.

The conference released a declaration expressing "determination to work immediately to reach with utmost urgency a ceasefire to put an end to the current hostilities".

It also said a ceasefire "must be lasting, permanent and sustainable".

The statement called for an international force with a UN mandate for south Lebanon, and the full implementation of existing UN Security Council resolutions calling for the disarming of militias and deployment of Lebanese troops in the border region.
   
Mr Annan said it was important to work with the countries of the region, including Syria and Iran, to find a solution to the crisis.

But Condoleezza Rice was critical of the role of both countries.

"It's not a question of talking to Syria, it's whether Syria's prepared to act," she said.

In an impassioned speech, Lebanese Prime Minister Fouad Siniora warned that more people would die if the ceasefire was delayed, and called for a Lebanese-Israeli prisoner exchange as part of plan to end the fighting.


http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/5217176.stm

Israel caiu direitinho nesta tremenda trapalhada criada pelo Hizbollah/Irão, e tudo o que tem feito apenas tem piorado as coisas. Não percebo como é que alguém pode pensar eliminar permanentemente desta maneira o Hizbollah, mas pronto...
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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antoninho

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« Responder #9 em: Julho 26, 2006, 11:15:39 pm »
Que interesses temos nessa região?
Pagamos o petroleo caro para as nossas possibilidades, para depois países nessa região andarem a comprar armas a aliados nossos, França, Gra-Bretanha, Estados Unidos, Espanha.... e depois vamos mandar tropas para alvo dessas mesmas armas isto soa-me a ridiculo só mandava para lá tropas se fosse para correr co os ditos marmanjos de todo o Libano e não só de 20 km mas o curioso é que não se fala disso ou seja estes têm um estado de direito refem deles e ninguem tem coragem para dizer publicamente, que o que tem que ser feito é a mesma acção do Afeguenistão.
Aí tudo bem, que vá lá uma força, do resto nem pensar, porque a situação vai-se manter, ou pensam manter lá uma força permanente?Quando esta um dia retirar, os ditos cujos tiveram tempo suficiente, para no resto do território, fortalecerem as "trincheiras" e quando a força de interposição saír ainda vai ser pior do que agora, pois os ditos cujos só vão parar quando Israel desaparecer...
 

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Luso

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« Responder #10 em: Julho 26, 2006, 11:26:41 pm »
Amado é muito audaz e solícito... com o corpo dos outros.
E ainda por cima nada fez para os proteger, quando pode...

Citar
Oh Luso olha que os imãs sunitas whabbistas da Arábia Saudita não são propriamente os melhores amigos dos xiitas do Irão e Hizbollah...


Não mas o rei da Arábia Saudita já veio dizer que há o sério risco do conflito escalar se os israelitas "continuarem a portar-se mal"...

Em relação à França: de que lado está a maior vantagem comercial, para eles?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Jorge Pereira

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« Responder #11 em: Julho 26, 2006, 11:40:52 pm »
Citação de: "Luso"
Em relação à França: de que lado está a maior vantagem comercial, para eles?


Ó Luso, francamente! isso não se pode dizer da França. :mrgreen:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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migbar2

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« Responder #12 em: Julho 27, 2006, 12:46:02 am »
Portugal deve ter uma posição anti terrorista, como tal neste caso deve alinhar-se politicamente ao lado de Israel e pronto está feita a partir daí a sua obrigação. Quanto a intervenção militar, acho que a Europa se deveria preocupar mais com o que o Irão pretenderá realmente conseguir com a questão do enriquecimento de uranio. Embora por questões humanitárias possa parecer uma posição egoista, para a nossa Europa é a questão mais importante...e quando os meios não chegam para tudo há que os empenhar no que realmente é mais importante  :evil: .
 

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Marauder

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« Responder #13 em: Julho 27, 2006, 01:27:11 am »
Citação de: "migbar2"
Portugal deve ter uma posição anti terrorista


Quem é que define quem é terrrorista ou não?

Exemplo: UE não considera Hezbollah como grupo terrorista se não estou em dúvida..

Se um estado pratica acções terroristas, então temos direito a atacar esse estado?

O que são acções terroristas?

É por coisas aparentemente tão simples ou talvez nem por isso, que prefiro a posição da Suiça ou da Suécia. Se a gente não se mete com o mundo, o mundo não se vai meter com Portugal..e o tamanho de Portugal só ajuda a isso..
 

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Azraael

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« Responder #14 em: Julho 27, 2006, 01:34:45 am »
Citação de: "Marauder"
Quem é que define quem é terrrorista ou não?
O bom senso? E tens sempre o dicionario:

Citação de: "Dicionario Universal da Lingua Portuguesa"
terrorismo
    s. m.,
        sistema de governar pelo terror e com medidas violentas;
        actos de violência praticados contra um governo, uma classe ou mesmo contra a população anónima, como forma de pressão visando determinado objectivo;
        forma violenta de luta política com que se intimida o adversário;
        modo de impor a vontade por meio da violência e do terror.

Citação de: "Marauder"
Exemplo: UE não considera Hezbollah como grupo terrorista se não estou em dúvida..
Por acaso ate estas... http://jihadwatch.org/dhimmiwatch/archives/005325.php

Citação de: "Marauder"
Se um estado pratica acções terroristas, então temos direito a atacar esse estado?
Obvio que sim... e' o que esta acontecer na faixa de gaza depois do rapto do soldado israelita por elementos ligados ao governo palestiniano/Hamas e o que se passou em 2001 com a invasao do afeganistao, etc...

Citação de: "Marauder"
O que são acções terroristas?
Accoes que procuram provocar o maior numero de baixas civis possivel e/ou manter determinada populacao num constante estado de medo de perder a vida, liberdade, etc...

Citação de: "Marauder"
É por coisas aparentemente tão simples ou talvez nem por isso, que prefiro a posição da Suiça ou da Suécia. Se a gente não se mete com o mundo, o mundo não se vai meter com Portugal..e o tamanho de Portugal só ajuda a isso..
Como ja alguem disse....
Citação de: "Edward Burke"
All that is necessary for the triumph of evil is that good men do nothing.