Substituição da G3

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atirador

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« Responder #180 em: Outubro 08, 2006, 02:25:25 pm »
typhonman, acha mesmo que a diemaco tem melhor mira do que as duas miras da HK G36?
até a versão de exportação da G36 que só tem uma mira de reticulo e superior as miras e alças mecânicas da Diemaco, que nao e nada mais do que uma reles imitação da Clt M16A2, acho eu...
"Piores que o Diabo". - Atiradores
 

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PereiraMarques

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« Responder #181 em: Outubro 11, 2006, 01:04:26 pm »
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Governo recorre para substituir as 'G-3'

Manuel Carlos Freire    
 
O Governo recorreu ontem da decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa, que suspendeu o concurso para o fornecimento da nova arma ligeira para as Forças Armadas, disse ao DN a porta-voz do Ministério da Defesa. O recurso de Nuno Severiano Teixeira para o Supremo Tribunal Administrativo, no limite do prazo, procura evitar novo atraso - e posterior recomeço do zero - num concurso de que se fala desde o final dos anos 80 e que visa substituir as célebres e antiquadas metralhadoras G-3.

O acórdão do Tribunal Administrativo (TA) de Lisboa, segundo noticiou o JN há cerca de uma semana, deu razão aos concorrentes que puseram em causa os pressupostos técnicos do concurso - lançado pelo então ministro Paulo Portas - por, alegadamente, favorecerem objectivamente o construtor alemão da HK-36 [sic].

O ministério, segundo aquele tribunal, "desenhou um conjunto de requisitos técnicos com carácter excludente e fechado, que apenas permitia a permanência em concurso da firma alemã HK, o que consubstancia a violação do referido princípio da imparcialidade". "Não actuou de forma a prevenir o risco de parcialidade", insistiu o tribunal.

O concurso internacional para o fornecimento de nova arma ligeira, no valor de mais de 40 milhões de euros, visa dotar as Forças Armadas com uma nova gama de 31 mil espingardas automáticas, 1700 metralhadoras ligeiras e 6800 pistolas, para substituir as que estão em uso desde os anos 60.

A queixa foi apresentada no ano passado pelo representante em Portugal da austríaca Styer, um dos vários construtores que manifestaram intenção de participar no concurso (como a Swiss Arms, a Beretta, a IMI, a FN ou a Colt). A posição da maioria destas empresas foi transmitida na altura aos responsáveis do Ministério da Defesa, que manteve o concurso, por entender que os critérios definidos correspondiam às exigências da tropa.

Há cerca de dois anos, o DN escreveu sobre este concurso que poderia estar em risco de os militares portugueses ficarem desarmados até 2006, caso o processo não ficasse concluído. Na altura, esta posição mostrava o receio de novos atrasos no concurso devido ao calendário político dos meses seguintes, com um Governo de gestão e eleições em Fevereiro de 2005 (que Sócrates venceu).

Ao longo dos anos realizaram-se testes operacionais a diferentes modelos. Além dos requisitos operacionais, as autoridades têm procurado garantir contrapartidas que incluam as transferências de tecnologia e fabrico em Portugal, bem como o destino das G-3 ainda ao serviço.  

Fonte: http://dn.sapo.pt/2006/10/11/nacional/g ... ir_g3.html
 

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MERLIN

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« Responder #182 em: Outubro 11, 2006, 01:19:17 pm »
Em Portugal começa a ser norma os concursos para material de defesa serem sistematicamente alvo de contestação :evil: !
E verdade que o cadernos de encirgos do concurso foi feito à medida para a G36. Para evitar fazia uma adjudicação directa e pronto, ja que a G36 é a preferida. Por outro lado, o concurso dos helicopteros tinha sido feito a medida para o EH101 e ninguém contestou nesta altura.
Cumptos
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma"
Padrea Antonio Vieira
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #183 em: Outubro 11, 2006, 01:25:12 pm »
Citação de: "MERLIN"
Em Portugal começa a ser norma os concursos para material de defesa serem sistematicamente alvo de contestação :evil: !
E verdade que o cadernos de encirgos do concurso foi feito à medida para a G36. Para evitar fazia uma adjudicação directa e pronto, ja que a G36 é a preferida. Por outro lado, o concurso dos helicopteros tinha sido feito a medida para o EH101 e ninguém contestou nesta altura.
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Duas notas. Primeiro, o concurso dos helicópteros não pode ter sido à medida do EH-101 que, além dele, o S-92 também cumpriu plenamente os requisitos. O concurso das armas poderia efectivamente ser cancelado e decidido o ajuste directo, porém, sem as vantagens a nível de contrapartidas e sempre com maios dificuldade na negociação de preços...
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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MERLIN

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« Responder #184 em: Outubro 11, 2006, 03:16:48 pm »
Sim, mas a FAP queria um heli triturbina e o S92 so tem duas... por isso...
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Pedro Monteiro

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« Responder #185 em: Outubro 11, 2006, 04:10:24 pm »
Citação de: "MERLIN"
Sim, mas a FAP queria um heli triturbina e o S92 so tem duas... por isso...
Cumptos


Desconhecia esse requisito (sabia, de facto, da preferência da FAP pelo EH-101 e pela motorização da Rolls-Royce). Estava formalizado nos requisitos do concurso? Como se explica a passagem do S-92 à fase de negociações?
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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« Responder #186 em: Outubro 12, 2006, 01:54:30 am »
Também nunca ouvi falar de tal requisito nesse concurso. :?

Tem a certeza, caro Merlin?


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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MERLIN

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« Responder #187 em: Outubro 12, 2006, 09:04:07 am »
Nos requisitos "oficiais" do concurso não esta mencionado a opção triturbinas, nem a possibilidade do aparelho ter autonomia suficiente para chegar aos açores, mas informalmente e nos bastidores a FAP sempre defendeu e lutou pela opção triturbinas e grande autonomia que so o EH101 garantia.
De qualquer modo acho que operacionalmente o EH101 era a melhor opção, embora, por uma questão de economia de escala, talvez a opção NH90 deveria ter sido avaliada.
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Pedro Monteiro

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« Responder #188 em: Outubro 12, 2006, 10:23:47 am »
Citação de: "MERLIN"
Nos requisitos "oficiais" do concurso não esta mencionado a opção triturbinas, nem a possibilidade do aparelho ter autonomia suficiente para chegar aos açores, mas informalmente e nos bastidores a FAP sempre defendeu e lutou pela opção triturbinas e grande autonomia que so o EH101 garantia.
De qualquer modo acho que operacionalmente o EH101 era a melhor opção, embora, por uma questão de economia de escala, talvez a opção NH90 deveria ter sido avaliada.
Cumptos


Isso é uma coisa totalmente diferente. É uma preferência. Ou seja, o concurso nunca foi feito à medida do Merlin, tanto que o S-92 foi seleccionado para a fase de negociações (e o Cougar, claro). Portanto, comparando com o concurso para a nova arma ligeira onde os requisitos apontavam pesos e dimensões (apenas) idênticas à da G-36, estamos perante uma situação distinta.
Preferências, todos os ramos têm. É verdade o que diz, mas isso não coincide com o que anteriormente disse. O concurso dos helicópteros, ao contrário da nova arma ligeira, não foi feito à medida de um dado concorrente.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro

PS- As minhas desculpas aos membros pelo off-topic, mas, como se vê, havia que fazer esta correcção à afirmação do Merlin.
 

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antoninho

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« Responder #189 em: Outubro 12, 2006, 11:07:09 am »
Mas esse dito tambem não foi constetado pela fabricante do Cougar, pela eliminação do seu "aparelho"'??
 

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Luso

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« Responder #190 em: Outubro 12, 2006, 11:33:48 am »
Pedia-lhes para terem em atenção o tópico. Sei que as conversas são como as cerejas mas...  :wink:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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ricardonunes

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« Responder #191 em: Outubro 12, 2006, 11:47:16 am »
Substituição da G-3: Governo recorreu para o Supremo

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O Governo recorreu, na terça-feira, da decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa, que suspendeu o concurso para o fornecimento da nova arma ligeira para as Forças Armadas.

A revelação foi feita ao Diário de Notícias pelo porta-voz do Ministério da Defesa, que garantiu ainda que o recurso para o Supremo Tribunal Administrativo, no limite do prazo, procura evitar novo atraso - e posterior recomeço do zero - num concurso de que se fala desde o final dos anos 80 e que visa substituir as célebres e antiquadas metralhadoras G-3.

O acórdão do Tribunal Administrativo (TA) de Lisboa, segundo noticiou o JN há cerca de uma semana, deu razão aos concorrentes que puseram em causa os pressupostos técnicos do concurso - lançado pelo então ministro Paulo Portas - por, alegadamente, favorecerem objectivamente o construtor alemão da HK-36.

O ministério, segundo aquele tribunal, «desenhou um conjunto de requisitos técnicos com carácter excludente e fechado, que apenas permitia a permanência em concurso da firma alemã HK, o que consubstancia a violação do referido princípio da imparcialidade». «Não actuou de forma a prevenir o risco de parcialidade", insistiu o tribunal.

O concurso internacional para o fornecimento de nova arma ligeira, no valor de mais de 40 milhões de euros, visa dotar as Forças Armadas com uma nova gama de 31 mil espingardas automáticas, 1700 metralhadoras ligeiras e 6800 pistolas, para substituir as que estão em uso desde os anos 60.

A queixa foi apresentada no ano passado pelo representante em Portugal da austríaca Styer, um dos vários construtores que manifestaram intenção de participar no concurso (como a Swiss Arms, a Beretta, a IMI, a FN ou a Colt).

A posição da maioria destas empresas foi transmitida na altura aos responsáveis do Ministério da Defesa, que manteve o concurso, por entender que os critérios definidos correspondiam às exigências da tropa.

11-10-2006 7:36:28


http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=246129
Potius mori quam foedari
 

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dremanu

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« Responder #192 em: Outubro 18, 2006, 10:35:51 pm »
Surpreende-me que não houve mais discussão sobre esta decisão do tribunal.

Quando li a decisão do tribunal senti-me indignado, como é possível que um tribunal qualquer tenha a capacidade de por um entrave ao MND de efectuar uma compra essencial!?

E ainda por cima baseando-se num argumento ridículo de que ouve parcialidade!!!!!

Claro que tem que haver parcialidade, para isso se fazem testes para se decidir qual o material que interessa comprar para as FA, caso contrário, então para que servem os testes, mais vale logo comprar o mais barato.

Conseguem imaginar o Departamento de Defesa dos E.U.A. a ter que justificar o critério de decisão de aquisição de armas ligeiras a um tribunal qualquer Americano?

Como é possível que isto aconteça no nosso país?
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Get_It

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« Responder #193 em: Outubro 18, 2006, 11:48:03 pm »
Basicamente as nossas FAs, ou melhor, o MDN não compra directamente as armas ligeiras de modo a obrigar os fornecedores/vendedores a reduzir o custo do produto, ou pelo menos dando contrapartidas em troca da compra.

A culpa aqui não é do tribunal, mas sim de quem criou o concurso. E já se sabia muito bem que a escolhida era a HK com a sua G-36.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Spectral

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« Responder #194 em: Outubro 24, 2006, 05:40:14 pm »
Continuando a discussão do outro tópico ( http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=4568&start=15)  

 
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Sem ser especialista...deixo também a pergunta se o problema não será usarmos uma versão carabina, com o cano mais curto?

Comparar SIG 540 com SIG 543 (em baixo)


Acho que o Pereira Marques é bem capaz de ter acertado no alvo. Se o calibre 5.56 não parece ser o mais indicado para as grandes extensões abertas do Afeganistão, então a utilização de um cano mais curto reduziria ainda mais a velocidade da bala e portanto o alcance.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman