UCAV para a FAP?

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« Responder #30 em: Abril 30, 2009, 03:14:17 pm »
Citação de: "sivispacem"
25 kgs de carga útil????? Mas isso dá para 5 garrafões de tintol!!!

Ou 4 e mais umas  2 dúzias de chouricos......

OK... bad joke!

Mas sinceramente não percebo porque andamos a apostar em desenvolver algo que faz parte da pré-história dos UAV's em veze de apostarmos numa parceria de nível superior...

E outra coisa... alguem ouviu falar numa 'definição de necessidades'? ou nas características dos futuros UAV's ou UCAV's?? ou se há alguma necessidade e intenção de os operar por parte do Exército ou da FA???

Pois.... também me parece que não...

Cumprimentos,

Carlos Ferreira



Bem jeito que dão nao frente da batalha/missão........
Eu pessoalmento prefiro ver crescer um projecto inteiramente portugues com tecnologia portuguesa, e fazer desenvolver a nossa industria do que dar a ganhar o dinheiro a outros, agora claro nao se pode desistir do projecto, temos de melhorar as suas performances e capacidades, mais uns 5 anos de desenvolvimento e temos um excelente UAV, e a plataforma de lançamento para os UCAVS inteiramente desenvolvido e construido em Portugal. Estes projectos sao uma mais valia para nós e nao gastar uns milhoes de euros a comprar predadores e GlobalHawk sem transferencia tecnologica.....
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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sivispacem

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« Responder #31 em: Abril 30, 2009, 04:09:16 pm »
Citação de: "Instrutor"


Bem jeito que dão nao frente da batalha/missão........
Eu pessoalmento prefiro ver crescer um projecto inteiramente portugues com tecnologia portuguesa, e fazer desenvolver a nossa industria do que dar a ganhar o dinheiro a outros, agora claro nao se pode desistir do projecto, temos de melhorar as suas performances e capacidades, mais uns 5 anos de desenvolvimento e temos um excelente UAV, e a plataforma de lançamento para os UCAVS inteiramente desenvolvido e construido em Portugal. Estes projectos sao uma mais valia para nós e nao gastar uns milhoes de euros a comprar predadores e GlobalHawk sem transferencia tecnologica.....


Caro Instrutor,

É por justamente também me agradar o desenvolvimento de um produto e da tecnologia nacionais que falei em 'parceria' e não em 'aquisição'.... agora não me parece é que seja benéfico para nós apostarmos em desenvolver algo de raíz, sem especificações conhecidas e num projecto que mais parece um trabalho de finalistas de uma escola tecnológica... (sem desprimor para os estudantes, claro está...)

Agora o Antex é uma coisinha assim muito pequenina... a resposta não seria o GLobalHawk, está claro - o que faríamos com ele??? - mas nem 8 nem 80!
COm essa carga util a flexibilidade operacional (equipamentos que pode transportar e/ou autonomia) e o desenvolvimento futuro a cp ficam seriamente comprometidos....

Acho eu....

Vamos a ver se não sai daqui mais um missil anti-carro português para substituir os M79.,... lembram-se???

Cumprimentos

CF
 

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Edu

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« Responder #32 em: Abril 30, 2009, 05:10:13 pm »
Bem 25 Kg de carga util (sem contar com o combustivel) não é assim tão mau, para falar verdade até é bastante bom para um UAV de vigilancia. Como é obvio não dá para ser um UCAV, mas na função de vigilancia para recolher informações do inimigo e para apoio à artilharia tem muitas potencialidades. Com 25 Kg já se transporta uma boa camera com todos os sistemas acoplados. Ou então uma boa panoplia de sensores.

Devo dizer que o ano passado e inicio deste ano eu e mais 4 colegas projectamos um UAV de vigilancia com os requisitos de levar uma carga util de 30 Kg, e autonomia de 12 horas em voo, e devo dizer que uma aeronave com as seguintes caracteristicas tem capacidades enormes e é um UAV para ter qualquer coisa como 150 Kg de peso total à descolagem e 7 metros de envergadura (estamos a falar de uma aeronave para voo lento na aerea de vigilancia).

No entanto o mais dificil num UAV não é fazer a aeronave em si, a aeronave até é um avião muito simples. O mais dificil é fazer um bom piloto automático, e isso segundo sei a força aerea não tem grandes avanços nessa area, pelo menos até à algum tempo não tinha. Enquanto que na minha universidade um grupo de dois alunos (actualmente ex-alunos) juntamente com um professor especialista nessa area desenvolveram um piloto automatico totalmente inovador e que já foi validado. Se e força aerea tiver de comprar um piloto automatico não estará a fazer nada de mais, está simplesmente a contruir um aeromodelo de grandes dimensões...
 

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Mercurio

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« Responder #33 em: Maio 01, 2009, 12:19:44 pm »
Ora bem

Os UAV a sério não se vendem nos super-mercados.

Por exemplo, a FAP tem um UAV "Silver Fox" utilizado pelos Marines no Golfo e no Afeganistão (reconhecimento do campo de batalha) que, embora quem olhe para aquilo não dê nada por ele, demorou muitos, muitos meses a chegar, porque teve de passar uma série de filtros USA,  para eles verem se podiam ou não vender o aparelho a este velho aliado.

O Silver Fox foi usado como elemento de investigação para desenvolver o ANTEX. Aparentemente será superado pelo filho!!!

A coisa funciona como comprar um míssil de ultima geração. Nós nunca teremos o último grito de tecnologia do país fabricante, porque é segredo de Estado.

Desenvolver um aparelho deste em portugal tem a vantagem de ser-mos autónomos no assunto, sem ter de pedir aos outros (e pagar muito por isso).

Quando à carga util, é o que menos importa!

25 quilos de sensores, actualmente, é muito material de reconhecimento video e fotográfico (estas coisas hoje em dia pesam gramas!). Recorde-se que o ANTEX maior) tem 15 horas de autonomia para além destes 25 quilos de carga!

De novo, ninguém está a pensar meter armas naquilo, mas se essa fosse a vontade, só temos de aumentar as dimensões do avião, a quantidade de combustivel e comprar outro motor. Esta é a parte fácil do projecto, ..., aqui sim estamos quase na área do aeromodelismo ou da construção caseira de aviões desportivos (muito em voga lá fora!).

Depois vem uma das partes mais complicadas. A VALIDAÇÃO e reconhecimento internacional de que se está a falar de um verdadeiro UAV. Isto porque, quando estas coisas vão para o ar, partilham o mesmo espaço aéreo que os outros aviões. A versão maiorzinha do ANTEX tem sete (7) metros de envergadura! Ninguém gosta (e não será autorizado) voar num local onde anda uma "Coisa" que não se sabe muito bem como é controlada!

É aqui que todo os projectos que não tiverem o apoio da FAP caiem.Para voarem terão de começar a fazê-lo em espaço aéreo restrito de controlo militar, terão de voar muito (mas mesmo muito!) até serem certificados e autorizados a partilhar o espaço aéreo civil com as aeronaves civis...

Por fim, a FAP deve de saber muito bem para que quer ter um UAV (nós é que não temos acesso a toda a informação!).
Aquilo de que estamos a falar aqui, é um aproveitamento civil de um projecto de investigação, desenvolvido na Academia pelos engenheiros e não aquilo que militarmente a nossa aviação de combate pretende ter no futuro.

(acho eu...)
 

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« Responder #34 em: Maio 01, 2009, 10:58:21 pm »
Citação de: "Mercurio"
Ora bem

Os UAV a sério não se vendem nos super-mercados.

Por exemplo, a FAP tem um UAV "Silver Fox" utilizado pelos Marines no Golfo e no Afeganistão (reconhecimento do campo de batalha) que, embora quem olhe para aquilo não dê nada por ele, demorou muitos, muitos meses a chegar, porque teve de passar uma série de filtros USA,  para eles verem se podiam ou não vender o aparelho a este velho aliado.

O Silver Fox foi usado como elemento de investigação para desenvolver o ANTEX. Aparentemente será superado pelo filho!!!

A coisa funciona como comprar um míssil de ultima geração. Nós nunca teremos o último grito de tecnologia do país fabricante, porque é segredo de Estado.

Desenvolver um aparelho deste em portugal tem a vantagem de ser-mos autónomos no assunto, sem ter de pedir aos outros (e pagar muito por isso).

Quando à carga util, é o que menos importa!

25 quilos de sensores, actualmente, é muito material de reconhecimento video e fotográfico (estas coisas hoje em dia pesam gramas!). Recorde-se que o ANTEX maior) tem 15 horas de autonomia para além destes 25 quilos de carga!

De novo, ninguém está a pensar meter armas naquilo, mas se essa fosse a vontade, só temos de aumentar as dimensões do avião, a quantidade de combustivel e comprar outro motor. Esta é a parte fácil do projecto, ..., aqui sim estamos quase na área do aeromodelismo ou da construção caseira de aviões desportivos (muito em voga lá fora!).

Depois vem uma das partes mais complicadas. A VALIDAÇÃO e reconhecimento internacional de que se está a falar de um verdadeiro UAV. Isto porque, quando estas coisas vão para o ar, partilham o mesmo espaço aéreo que os outros aviões. A versão maiorzinha do ANTEX tem sete (7) metros de envergadura! Ninguém gosta (e não será autorizado) voar num local onde anda uma "Coisa" que não se sabe muito bem como é controlada!

É aqui que todo os projectos que não tiverem o apoio da FAP caiem.Para voarem terão de começar a fazê-lo em espaço aéreo restrito de controlo militar, terão de voar muito (mas mesmo muito!) até serem certificados e autorizados a partilhar o espaço aéreo civil com as aeronaves civis...

Por fim, a FAP deve de saber muito bem para que quer ter um UAV (nós é que não temos acesso a toda a informação!).
Aquilo de que estamos a falar aqui, é um aproveitamento civil de um projecto de investigação, desenvolvido na Academia pelos engenheiros e não aquilo que militarmente a nossa aviação de combate pretende ter no futuro.

(acho eu...)


Será isto????
http://www.acrtucson.com/UAV/silverfox/index.htm
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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« Responder #35 em: Maio 01, 2009, 11:06:28 pm »
Alguns projectos existentes acutalmente nas nossas Forças Armadas:

http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... ICULOS.pdf
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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Mercurio

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« Responder #36 em: Maio 01, 2009, 11:28:48 pm »
O silver fox é esse. Como disse, ninguém dá nada por aquilo mas é muito bom.

Quanto ao exercito, ..., não vamos fazer confusões entre um alvo para instruendos utilizarem armas desactualizadas (hoje em di já não se usam estes alvos porque as armas disparam e abatem para além do horizonte)

O Museu do Ar tem destas coisas como elementos museulógicos.

Na FAP também se usavam destas coisas para serem abatidas a tiro pelos F86.
 

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Maginot

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    • http://www.emfa.pt/
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« Responder #37 em: Maio 20, 2009, 03:17:17 pm »
Citação de: "Mercurio"
... até serem certificados e autorizados a partilhar o espaço aéreo civil com as aeronaves civis......)
nem há, nem haverá antes de 2020, legislação para UAVs civis a voar em espaço controlado.

35 kg, como o Mercyrio bem disse, é uma imensidão para payload de sensores. Há "gymbals" com IR+Video, geostabilizados com peso nessa ordem.

Esqueçam por enquanto os misseis, pois bombardear automaticamente é um assunto muito sério para ser posto numa máquina autónoma.

Missões de patrulha e vigilância são o futuro imediato destas aeronaves.
EX MERO MOTU
 

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nelson38899

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« Responder #38 em: Maio 21, 2009, 10:15:09 am »
Citação de: "Maginot"
Citação de: "Mercurio"
... até serem certificados e autorizados a partilhar o espaço aéreo civil com as aeronaves civis......)
nem há, nem haverá antes de 2020, legislação para UAVs civis a voar em espaço controlado.



Olha que não bem nessa data.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva