5.ª Feira, 26 de Abril, 2007
Agravam-se as despesas públicas Não sei até quando, muitos portugueses continuarão a acreditar nas medidas “bem intencionadas” do governo e no seu “bom desempenho económico”.
Não há trimestre que passe, em que não se verifique um agravamento das contas públicas.
Depois de chegados a 2006 com um Défice Público superior a 5,3% do PIB (excluindo as receitas extraordinárias), superior ao de 2004 (sem aumento do IVA e outros impostos), os portugueses mais atentos, olham estupefactos para os festejos de Sócrates do seu irreal Défice de 3,9%.
No Boletim Informativo de Execução Orçamental da Direcção Geral do Orçamento, relativo ao primeiro trimestre de 2007, pode ler-se: “A Despesa do Subsector Estado no primeiro trimestre do ano situou-se em 9.907,1 milhões de euros, representando um aumento de 4,1% relativamente a igual período do ano anterior”.
Esclarecendo ainda, quanto ao teor da Despesa, “procedendo à analise da despesa, verifica-se que as despesas com pessoal (mais 5,3%), as transferências correntes e de capital e as outras despesas correntes foram os principais responsáveis pelo acréscimo da despesa no primeiro trimestre de 2007”.
Estes números desmentem inequivocamente a propaganda do governo. A Despesa pública não está a diminuir, está pelo contrário a aumentar. Claro que para compensar este aumento de despesa os portugueses sofreram uma maior carga fiscal. Disso se dá conta no Boletim ao afirmar-se “Nos três primeiros meses de 2007, a receita fiscal registou um crescimento de 6,8% relativamente a igual período do ano anterior”.
Como sempre, são os contribuintes a pagar o descontrolo das despesas públicas.
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