Notícias da Marinha do Brasil

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mafets

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1095 em: Fevereiro 13, 2018, 12:34:48 pm »
http://www.naval.com.br/blog/2018/02/11/npaocs-das-classes-amazonas-e-river-nao-suportariam-danos-de-combate/
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Por Luiz Monteiro

Vejo que muitos comentaristas acham que os NPaOcs (Navios-Patrulha Oceânicos) ou OPVs (Offshore Patrol Vessels) das Classes “Amazonas” e “River” podem ser transformados em navios de combate, bastando para isso equipá-los com um canhão de 76 mm, lançadores de torpedos e mísseis.

Na verdade, os navios de ambas as classes não são construídos para combater. Eles não foram dimensionados para suportar danos de combate.

Caso recebam um ataque direto de canhão de médio calibre, míssil ou mesmo de uma lancha terrorista repleta de explosivos, será pouco provável que estes navios se mantenham flutuando, pois não possuem estanqueidade adequada ou estações realmente preparadas para combate a incêndios.

Além disso, o casco não possui reforços estruturais para suportar o impacto de munições de médio calibre, mísseis ou a incursão terrorista de uma embarcação pequena e rápida atopetada de bombas.

Entendo que não é viável transformar os NPaOc das classe Amazonas e River em navios de combate incrementando-se seu armamento. Estes navios servem para a missão a qual foram projetados: patrulha marítima.

Para realizar tarefas de policiamento, abordagem a navios mercantes ou a grandes pesqueiros internacionais, canhões de 30 ou 40 mm ou metralhadoras de 20 mm cumprirão bem a missão.

Até concordo que poderia ser instalado um canhão de 76 mm, para intimidação e eventual utilização em defesa das tripulações da Marinha do Brasil (MB) contra navios que passaram a vir para o Atlântico Sul com seus tripulantes armados com fuzis 7,62 – relatos argentinos dão conta de que a tripulação de pesqueiros chineses estão atirando contra os navios da Prefectura Naval (Guarda Costeira argentina).

Porém, eu pararia por aí; nada de mísseis ou torpedos.

Navio de combate deve ser projetado para essa missão e não adaptado a ela.

Na guerra naval, esse tipo de adaptação poderia colocar em risco a vida do pessoal dos nossos navios de patrulha.

A Royal Navy fez diferente quando projetou seus NPaOcs Tipo River 2, desde a sua fase de concepção do projeto, como navios de combate.

Diversas melhorias em relação aos nossos Amazonas foram introduzidas. Assim, os navios River 2 estão aptos a suportar de forma bem melhor os danos de combate.

Por estas razões, entendo que os NPaOc da Classe Amazonas ou navios da classe River que eventualmente possam ser adquiridos em compras de oportunidade devem ser utilizados pela MB exclusivamente em missões de patrulha naval.





Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Vitor Santos

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1096 em: Fevereiro 22, 2018, 08:47:54 pm »
Marinha do Brasil avalia compra de três OPV classe River da RN


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A Marinha do Brasil (MB) está avaliando a conveniência de adquirir os três navios-patrulha oceânicos (OPV – Offshore Patrol Vessel) classe River, da Marinha Real, cuja desativação teve início em outubro do ano passado e irá se estender até dezembro deste ano: o Severn (P282), o Tyne (P281) e o Mersey (P283).

Desativado a 27 de outubro de 2017, o Severn se encontra atracado em Portsmouth aguardando o seu destino final. O Tyne será descomissionado em maio próximo, e o Mersey só navegará ostentando o pavilhão do Reino Unido até dezembro.

Construídos no início da década de 2000, os navios, de 1.700 toneladas, tiveram seu projeto aproveitado, com melhorias, na fabricação das três embarcações destinadas à Força Naval de Trinidad & Tobago que, no começo dos anos de 2010, acabaram repassadas à MB – onde passaram a constituir a chamada classe “Amazonas” (Amazonas, Apa e Araguari) de Navios-Patrulha Oceânicos (NPaOc).

Os primeiros classe River apresentam, contudo, algumas limitações, além do desgaste natural gerado pelo tempo em que se encontram em operação. Entre elas o armamento principal de baixo calibre, a velocidade não superior a 20 nós, e a mais importante de todas: a falta de um convés de voo.

O espaço no convés principal à ré permite apenas operações de Vertical Replenishment, ou Reabastecimento Vertical efetuado por helicóptero – manobra mais conhecida pela sigla VERTREP.

Na Marinha Real Britânica esses navios são mais empregados em missões anti-pirataria, de combate ao narcotráfico, repressão à pesca ilegal, patrulha de águas jurisdicionais e prevenção a ações terroristas.




Batch 2 – O novo lote dos classe River – navios do Batch 2, como os ingleses gostam de dizer – que o grupo BAE Systems está começando a entregar à Marinha Real, deslocam 2.000 toneladas – 300 a mais que os velhos River originais.

Eles têm mais espaço para transportar tropas, possuem um canhão de 30 mm na proa – em vez de uma peça de 20 mm –, velocidade aumentada em quatro nós, dois botes semi-rígidos para abordagem em alto-mar tipo Pacific 24, e convoo capaz de resistir às manobras de um helicóptero de porte médio AW-101 Merlin, de quase 20 m de comprimento e 14,6 toneladas carregado.

A robustez desses novos River é tão grande, que um deles será designado para constituir a guarnição da Royal Navy nas Ilhas Malvinas, em substituição ao HMS Clyde – patrulheiro construído com os planos do Severn (agora desativado), mas equipado com convés de voo.

Um outro River Batch 2 vai patrulhar o Mar do Caribe.

Todos os cinco novos navios River – Forth, Trent, Medway, Tamar e Spey – deverão estar plenamente operacionais por volta do ano de 2020.

Outra vantagem das unidades do Batch 2: a economia de tripulação, que reflete o apreciável grau de automação da embarcação.

Planejado para ser operado por 58 militares – e não por 70, como no caso dos NaPaOcs classe Amazonas – o novo River pode ser tirado de seu atracadouro e levado para o mar com até 34 tripulantes.



FONTE - http://www.naval.com.br/blog/2018/02/22/marinha-do-brasil-avalia-compra-de-tres-opv-classe-river-da-rn/
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1097 em: Fevereiro 22, 2018, 11:37:14 pm »
Apesar de (bem) usados, essa seria uma aquisição positiva que viria de encontro ao dizíamos atrás.
Talent de ne rien faire
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1098 em: Fevereiro 23, 2018, 10:06:42 am »
Na minha perspectiva a utilização do submarino nuclear enquanto armas estratégica, depende principalmente do uso de pelo menos um míssil de cruzeiro, embora com a adição da capacidade para atacar alvos terrestres de misseis anti-navio, passem a ter um papel ainda mais importante. O Brasil sabe disto, tanto que está a desenvolver o AV TM300.


Quanto ao resto, a marinha brasileira parece estar a caminhar no bom sentido, com um conjunto de aquisições e projectos que vão de acordo às necessidades militares mas também de patrulha da Zee. Vão manter uma presença mínima com a aviação naval, apenas com 6 A4 modernizados e os 4 Trader, restando saber de que Porta-Aviões serão usados para manter essa capacidade. Não existindo para já planos para aquisição ou fabrico de um navio desse tipo por parte do Brasil, restam os EUA e a França. Aliás, os últimos vão operar de porta-aviões americanos enquanto o seu está em manutenção.

http://www.thedrive.com/the-war-zone/17648/french-rafale-fighters-will-deploy-aboard-an-american-supercarrier-this-april
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A number of Marine Nationale Rafale-M multi-role fighter jets and E-2C Hawkeye airborne early warning and control aircraft, along with 350 support personnel and aircrew, will deploy aboard the USS George H.W. Bush this Spring. Not only will the multi-national operation work to give Rafale-M aircrews much needed carrier qualifications—France's only carrier has been undergoing a mid-life refit—but it also aims to expand the two countries' abilities to operate fighter aircraft cooperatively from the sea for prolonged periods of time.


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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1099 em: Fevereiro 25, 2018, 07:35:55 pm »
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1100 em: Março 01, 2018, 02:03:20 pm »
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1101 em: Março 11, 2018, 03:27:14 pm »
http://www.naval.com.br/blog/2018/03/08/fotos-da-operacao-unitas-vi-em-1965/
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As fotos deste post foram feitas durante da Operação UNITAS VI em 1965, na área do Rio de Janeiro.













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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1102 em: Março 21, 2018, 08:34:35 pm »
Marinha do Brasil e de Portugal realizam exercícios conjuntos em São Tomé e Príncipe


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A bordo do NRP Zaire, da Marinha Portuguesa, foram efetuadas diversas instruções práticas com o objetivo treinar os militares de São Tomé e Príncipe, ao mesmo tempo, a bordo do NPaOc Amazonas (P 120), realizaram-se diversas abordagem pelos fuzileiros de São Tomé e Príncipe.


Face a interoperabilidade das duas Marinhas amigas, foi possível proporcionar aos militares de São Tomé e Príncipe, que se encontram em instrução com os fuzileiros navais portugueses, a oportunidade de pôr em prática o conhecimento adquirido até ao momento.


FONTE e FOTOS: Marinha Portuguesa / http://www.defesaaereanaval.com.br/marinha-do-brasil-e-de-portugal-realizam-exercicios-conjuntos-em-sao-tome-e-principe/
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1103 em: Abril 01, 2018, 10:37:14 pm »
Estação Antártica Comandante Ferraz – EACF

Construção da nova Base Brasileira na Antártica

Por Monica Gugliano

ANTÁRTICA – No último mês, a repórter Monica Gugliano passou uma semana acompanhando as obras de construção da nova Estação Antártica Comandante Ferraz, base brasileira na Antártica. Viu de perto o trabalho dos mais de 200 operários chineses, dos engenheiros daquele país e dos tradutores que também desembarcaram no continente, além dos esforços da Marinha do Brasil. As antigas “casinhas verdes”, ela conta, parcialmente destruídas por um incêndio em 2012, já quase não podem ser vistas. Veja a seguir como são os trabalhos na estação, fotos e vídeos com o andamento das obras e um infográfico que mostra como ficará tudo ao final, o que deve acontecer até 2020.

PRATICAMENTE UMA OBRA INÉDITA

Sexta-feira em Ferraz. Essa é a denominação que os moradores eventuais e permanentes da Estação Antártica Comandante Ferraz, base antártica que pertence ao Brasil, dão aos encontros de todas as sextas no refeitório. Passa das 20h e há salgadinhos, bebida e boa música. Diversão dentro das possibilidades do lugar isolado na Ilha do Rei George, na Península Keller. Do lado de fora o som é outro e nunca para: o barulho das máquinas escavadeiras e dos quatro guindastes. O verão está terminando, é preciso correr para aproveitar cada instante em que seja possível trabalhar na gigantesca obra da nova Estação iniciada há pouco mais de um ano e prevista para ser inaugurada entre 2019 e 2020.

Seis anos após o incêndio que destruiu grande parte da antiga Estação, a visão que se tem do lugar não é mais a das “casinhas verdes”. Elas ainda estão lá,mas praticamente encobertas pelos gigantescos andaimes e o lodaçal que circunda tudo, descaracterizando a paisagem.

— Nada aqui é convencional — observa o engenheiro civil e capitão de Fragata Newton Fagundes que, ao lado do também engenheiro e capitão de corveta José Costa dos Santos, responde pela fiscalização da obra. — Pelas dimensões, dificuldades, localização e complexidade é praticamente uma obra inédita que envolve soluções de engenharia para ventos de até 200 quilômetros por hora, solos congelados, baixas temperaturas, possibilidade de abalos sísmicos, entre outros.

Operários chineses enfrentam neve e muito frio, mesmo no verão, quando as obras estão a todo vapor

São mais de 200 contêineres, pesando cada um em média 3,5 toneladas, montados em estruturas sustentadas por 54 pilares. Os 432 parafusos grandes usados na construção pesam cerca de seis quilos cada. Somados itens de todo tipo, chega-se a um total de 700 toneladas de aço estrutural de alta resistência e especial para baixas temperaturas. A obra, executada pela companhia estatal chinesa Ceiec (Corporação Chinesa de Importações e Exportações Eletrônicas) ao custo de US$ 99,6 milhões, foi projetada pelo escritório de arquitetura paranaense Estúdio 41.

Quando a Estação for concluída, o complexo em construção poderá receber até 64 pessoas em uma área de cerca de 4,5 mil metros quadrados, com laboratórios, alojamentos e espaços de convivência e de lazer.

— A escolha do projeto foi por meio de um concurso e isso foi fundamental. Chegamos à melhor solução, considerando que precisávamos suprir as necessidades de pesquisa e, ao mesmo tempo, reduzir ao mínimo o impacto da presença humana — explica a arquiteta Cristina Engel de Alvarez, professora na Universidade Federal do Espírito Santo e coordenadora do laboratório de planejamento e projetos em áreas inóspitas.

Fundação: No verão, os trabalhos de construção seguem a todo vapor

Há quase 30 anos que Cristina participa das pesquisas na Estação e é uma das pessoas mais familiarizadas com as três regras que determinam como deve ser feito qualquer trabalho na Antártica: paciência, observação e oportunidade.

— As mudanças no clima e nas condições do tempo acontecem em minutos. Em um instante está tudo bem. Em outro, aparecem rajadas de vento de mais de cem quilômetros por hora. Por isso precisamos de paciência e observação para saber qual é a hora certa de fazer algo e de quanto tempo dispomos — explica o meteorologista Diego Pedroso, primeiro-tenente da Marinha que, embarcado no navio Ary Rongel, é responsável pela previsão meteorológica fornecida à Estação, ao outro navio, o Almirante Maximiano, e aos acampamentos onde ficam os pesquisadores.

Nesta temporada, a arquiteta, os 15 militares da Marinha do Grupo Base (que passam o ano inteiro na Antártica) e outros visitantes sentiram a agitação e as mudanças de costumes. Fora os 217 operários chineses que trabalham na obra e têm um alojamento e refeitórios próprios, há 40 outros funcionários da empresa Ceiec dividindo o espaço do chamado Módulo Antártico Emergencial (MAE). São tradutores e engenheiros que alteraram a rotina antes exclusivamente dos brasileiros.

Acostumados ao frio

Quem acorda de madrugada e sai do alojamento, pode dar de cara com alguma das jovens tradutoras chinesas com o rosto coberto por uma máscara de beleza de argila negra que, segundo elas, é perfeita para hidratar a pele. Há também marmanjos com calça de pijama estampada com o Homer Simpson.

— Vivemos um momento atípico. Acho que estamos todos, principalmente eles, tão longe de casa que não custa ser flexível e deixar as pessoas confortáveis — explica o chefe da Estação, o capitão de Fragata, Marcelo Cristiano Gomes da Silva.

Do outro lado das instalações brasileiras, os operários chineses fazem o possível para se sentirem confortáveis neste extremo do planeta. No alojamento construído para eles, funcionam refeitório, cozinha, dormitórios e espaço para lazer que inclui um karaokê. A comida é toda trazida da China no navio Magnólia, junto com os contêineres e o material necessário para montar a Estação.

Nos carregamentos, toneladas de arroz, farinha e carne suína, quilos de chá, pepinos e cogumelos desidratados, entre outros alimentos. Sem falar nos pacotes de cigarros: eles fumam muito, ao ar livre, indiferentes aos ventos gélidos e às baixas temperaturas. Na prática, o frio não chega a espantá-los. Todos foram recrutados na região chinesa de Harbin, na fronteira com a Rússia, que registra até 40 graus negativos no inverno e é conhecida por um festival de esculturas de gelo.

— Este projeto, em um ambiente tão extremo, é um dos primeiros que fazemos. Mas estamos indo bem — acredita o subgerente do projeto e gerente da obra da Ceiec, Jiao Yang.

Sábado em Ferraz. Passa das 20h. Não há salgadinhos, bebida e muito menos boa música. Moradores eventuais e permanentes são convocados a abandonar o aconchego das instalações e aderir ao mutirão que está descarregando os “marfinites” (caixas plásticas) onde estão boa parte das provisões que vão alimentar os 15 militares e alguns chineses que passarão o inverno na base. Está nevando, venta muito e faz um frio de lascar. O trabalho só para quando todas as caixas estiverem dentro da Estação. O som das máquinas que ajudam a erguer a nova estação do Brasil na Antártica, no entanto, continua sem cessar.

Pesquisa científica pode estar em risco

Na última semana, 18 lideranças científicas brasileiras enviaram um documento ao ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, e ao comandante da Marinha do Brasil, Eduardo Ferreira, alertando para a possibilidade de serem suspensas as pesquisas na Antártica por falta de recursos. Manter programas de desenvolvimento da ciência é o principal requisito para que um país seja um membro consultivo do Tratado Antártico (1961).

Regulamentado em 1991 pelo Protocolo de Madri, o documento estabelece que o continente é uma “reserva natural dedicada à paz e à ciência” e proíbe atividades militares e o uso de armas no território. Ao estabelecer essas normas, o protocolo proibiu a partir de sua assinatura e por 50 anos a exploração econômica dos recursos minerais na região onde cientistas esperam encontrar respostas para questões como a origem do planeta e o aquecimento global .

— Não criticamos o Proantar (Programa Antártico Brasileiro, que coordena a pesquisa e o apoio operacional) da Marinha ou o ministério da Defesa. Eles estão fazendo a parte que lhes cabe, reconstruindo a Estação. Mas em uma casa sem cientistas não se faz ciência. O Brasil investiu R$ 330 milhões na construção e acabou com os recursos da pesquisa — afirma o glaciologista Jefferson Cardia Simões, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e vice-presidente do Comitê Científico para Pesquisas Antárticas (Scar, na sigla em inglês).

No documento, Simões e os outros cientistas alertam para a paralisação absoluta dos trabalhos a partir de julho:

— Desde 2013 não é realizado um edital específico para a pesquisa nacional na Antártica. Mais de 40% da pesquisa é feita no navio Almirante Maximiano. Outra parte acontece nos acampamentos montados em diferentes pontos da região.

Os cientistas destacam que o Proantar é fundamental principalmente para o estudo do clima. É na Antártica que surgem as frentes frias que influenciam a agricultura em várias partes do país. Os recursos de R$ 14 milhões que financiaram 19 projetos por três anos, assinalam, já se esgotaram. E o próximo orçamento, estimam, será ainda mais reduzido. Outro ponto levantado pelos pesquisadores é o fato de que, embora estejam previstos mais de uma dezena de laboratórios na nova Estação, não há verba para a compra de equipamentos e materiais e para manter os bolsistas que fazem o trabalho de campo.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) informou que haverá, para o período entre 2018 e 2020, R$ 11 milhões já garantidos para pesquisas do Proantar. Desse total, R$ 7,1 milhões são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); R$ 2,9 milhões de recursos do orçamento; e R$ 900 mil de emendas parlamentares. O CNPq ainda fará um aporte por meio do qual, diz o ministério, será possível chegar a um valor R$ 14,7 milhões. O edital deverá ser lançado em meados deste ano.

Andamento das obras em vídeo


INFOGRÁFICO


FONTE: O Globo / http://www.defesaaereanaval.com.br/estacao-antartica-comandante-ferraz-eacf/

FOTOS: Monica Gugliano
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1104 em: Abril 11, 2018, 11:50:59 pm »
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1105 em: Abril 23, 2018, 08:20:51 pm »
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1106 em: Abril 25, 2018, 08:43:58 pm »
« Última modificação: Abril 26, 2018, 02:10:40 pm por Lusitano89 »
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1107 em: Abril 28, 2018, 02:03:39 pm »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1108 em: Maio 04, 2018, 11:08:03 am »
Aspirações do Estaleiro Goa Shipyard Limited em relação ao Projeto das Corvetas classe Tamandaré

http://www.naval.com.br/blog/2018/05/03/aspiracoes-do-estaleiro-goa-shipyard-limited-em-relacao-ao-projeto-das-corvetas-classe-tamandare/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #1109 em: Maio 07, 2018, 03:33:13 pm »