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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 24, 2018, 05:52:39 pm

Título: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 24, 2018, 05:52:39 pm
Cláudio Torres: "D. Afonso Henriques não conquistou Lisboa aos mouros, foi aos cristãos"
por Carlos Torres

O arqueólogo, especialista em cultura islâmica, desfaz vários mitos da História. Defende que não houve invasões muçulmanas em massa na Pensínsula Ibérica.

Cláudio Torres olha para o buraco no tecto, por onde entra a pouca luz do sol de Inverno, e exclama: "Foi aqui que tudo começou". O "aqui" é a cisterna medieval, junto ao castelo de Mértola.

"Quando cá vim pela primeira vez, em 1976, trazido pelo presidente da Câmara, o Serrão Martins, meu aluno de História na Faculdade de Letras de Lisboa, havia uma grande figueira junto a este buraco. Espreitei lá para dentro, aquilo estava cheio de lixo, e logo na altura apanhei vários cacos de cerâmica islâmica".

Sentado no que resta das paredes de uma casa com 900 anos, Cláudio Torres aponta para o terreiro junto ao castelo: "Os miúdos costumavam vir para aqui brincar. Havia hortas, assavam-se galinhas, namorava-se às escondidas. Em 40 anos, mudámos isto: já desenterrámos o bairro almóada do século XII, o baptistério do século VI e o palácio episcopal. Se continuarmos a escavar, vamos encontrar o fórum romano".

Hoje com 78 anos, Cláudio Torres anda a escavar Mértola desde 1976. O arqueólogo instalou-se em definitivo com a mulher e as filhas na vila alentejana em 1985. Fundador e director do Campo Arqueológico de Mértola (trabalho que lhe valeu, em 1991, o Prémio Pessoa), é um dos mais conceituados investigadores da civilização islâmica no Mediterrâneo.

Em entrevista à SÁBADO, a propósito da edição 711 (o ano, segundo a História, que marca o início do domínio islâmico na Península Ibérica), o arqueólogo aproveita para desfazer vários mitos das invasões muçulmanas e da reconquista.

Com tantas e tão interessantes informações, decidimos dividir a entrevista em três partes, a publicar hoje e nos próximos dois dias. Na primeira, o arqueólogo aborda o que aconteceu realmente em batalhas como Covadonga e Poitiers (tidas como decisivas para travar o avanço muçulmano), assim como as conquistas de Coimbra e de Lisboa.

Na segunda parte, Cláudio Torres explica como era o actual território português em 711, fala da corrida ao ouro em Mértola e do grande contraste entre as gigantescas e opulentas cidades do sul e as urbes miseráveis como Paris e Londres, feitas de casas de madeira e ruas de lama.

Por fim, o arqueólogo aborda o seu percurso pessoal, as aventuras políticas no PCP, as prisões pela PIDE, a fuga de Portugal para Marrocos num barco a motor, o exílio na Roménia e em Budapeste e ainda o que Portugal poderá fazer para combater os radicais islâmicos do Daesh.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fcdn.sabado.pt%2Fimages%2F2018-02%2Fimg_797x448%242018_02_22_16_30_00_286176.jpg&hash=5137c0e61162794b2999b0c857c372d0)
Cláudio Torres junto à cisterna medieval, debaixo do buraco "onde tudo começou". Foi ali, em 1976, junto às raízes de uma velha figueira, que apanhou os primeiros "cacos islâmicos"

No ano 711, os exércitos muçulmanos que vieram do Norte de África invadiram a Península Ibérica e cinco anos depois já dominavam todo o território pensinsular, antes sob alçada dos visigodos. Como foi possível essa progressão tão rápida?
As coisas não foram bem assim. A arqueologia tem uma linguagem diferente da história escrita. A história escrita é escrita por aqueles senhores que sabem escrever, enquanto a arqueologia vai buscar os restos dos que não sabem escrever. São coisas habitualmente contraditórias. Hoje sabemos, por causa da arqueologia, que não houve nenhuma invasão em 711, não vieram exércitos nenhuns.

Mas isso é o que se aprende nas aulas de História.
Pois, mas a realidade não tem nada a ver com o que é contado nos manuais.

Então, o que aconteceu?
Vejamos… a Península Ibérica, nesse século VIII, tem uma capital que é Toledo. E através dos restos do velho império romano ainda há ligações históricas ao Mediterrâneo, no sul há um conjunto enorme de portos ligados ao Mediterrâneo: Sevilha, Málaga, Almeria, etc, e no sul do que é hoje o território português há Mértola e, numa época mais tardia, Tavira. Pensou-se que Mértola era só uma zona portuária e que a grande cidade era Beja, mas hoje, por razões arqueológicas, estamos convencidos que não. Mértola era uma grande cidade, um grande porto marítimo. Ora, as grandes religiões do Mediterrâneo, o judaísmo, o cristianismo, o islão, que vieram da zona do actual Líbano e Israel, obviamente que não são nunca impostas pelas armas. São religiões de salvação, a sua força tem a ver com o Além. Quer dizer, as pessoas aqui vivem na miséria, são dominadas pelos ricos, mas a sua vingança é depois da morte. Aí, eles é que mandam e os ricos nem entram no Céu. Essas religiões estendem-se rapidamente para os mais pobres, para os dominados. E chegam cá pela dinâmica mercantil dos portos. Não podemos dizer que os cristãos invadiram e conquistaram a Península Ibérica e ela ficou cristã, ou, em relação ao islão, dizer que vieram os muçulmanos a cavalo e de camelo, conquistaram tudo e impuseram o islão, isso é completamente impensável e estúpido.

Mas não houve batalhas, não há nada que prove a vinda desses exércitos muçulmanos do Norte de África?
Houve sempre batalhas, mas isso não tem nada a ver com a expansão de religiões deste tipo. A religião islâmica veio através do comércio, dos portos. O diálogo é a base do comércio, e é através do diálogo que se expandem as ideias, as religiões, as coisas novas. O islão não é imposto à espadeirada. Os militares, quando vêm fazer uma conquista, matam, defendem-se, não há diálogo.

A Península Ibérica não foi ocupada militarmente pelos muçulmanos em 711?
Só mais tarde.

Quando?
No final do século XI, início do século XII. Aí é que há o primeiro império almorávida, e depois almóada, que inclui o Norte de África e a zona da Tunísia, e apanha o sul da Península Ibérica. É um império cujo domínio, tal como aconteceu com o romano e outros, é de uma série de tribos e de militares, não tem nada a ver com religiões.

Portanto, os muçulmanos não conquistaram a Península Ibérica no século VIII?
Não. Em 711 pode ter havido batalhas e escaramuças, mas isso é normal, houve sempre batalhas na zona do estreito de Gibraltar. Ao contrário do que se pensa, o estreito servia para unir, só começou a separar quando aconteceu a primeira invasão séria na Península Ibérica, feita pelos cristãos, pelos cavaleiros da Ordem de Clunny, no século XIII. Aí sim, vieram tropas, hordas militares, e entrou neste espaço o catolicismo, que era uma religião diferente da que estava cá, que era o cristianismo.

E que chegou quando?
Nos séculos V e VI havia na Península Ibérica dois tipos de cristianismo. Na zona de Toledo era um cristianismo ariano, da classe dirigente, dos visigodos. Mais a sul havia outro, ligado à Tunísia, à Alexandria, que era o donatismo, um cristianismo monofisita, de um só Deus, que ia contra a trindade, o Pai, Filho e Espírito Santo. Havia na altura uma guerra entre o sul do Mediterrâneo, donatista e monofisita,  com Bizâncio e Roma, que eram católicos. O sul da Península Ibérica era donatista. Sabemos isso com toda a certeza, até pela arqueologia.

Encontraram vestígios?
Encontrámos em Mértola um cemitério com lápides funerárias desses donatistas, que eram hostis à trindade. Esse cristianismo, que antecede o islão, já é monoteísta, com um só Deus.

E o que aconteceu na Península Ibérica?
Toda essa base cristã do sul, esse cristianismo monofisita converteu-se ao islão devido aos contactos com os portos do Mediterrâneo, com Alexandria, com a Tunísia, o Oriente. Sabemos isso do ponto de vista histórico e arqueológico. Em Mértola, temos os cemitérios dos antigos cristãos monoteístas, temos uma basílica paleo-cristã do século VI e por cima do cemitério cristão temos um cemitério muçulmano já dos séculos VIII e IX. Agora estamos a fazer esse estudo arqueológico, que é a ligação entre um pai que ainda era cristão e um filho que já era muçulmano. O filho quis ser enterrado junto do pai, e sabemos isso porque conhecemos bem os rituais de enterramento muçulmanos, com a cabeça virada para sul. Os resultados vão ser dados pela análise de ADN, mas certamente que vamos constatar que um pai cristão já tem um filho muçulmano. O que vem provar o fenómeno da continuidade.

A entrada do islão na Península Ibérica faz-se pelo comércio?
Precisamente. É através dos comerciantes que vêm nos barcos, até porque é uma religião parecida com a cristã, de salvação, de diálogo.

Há uma convivência sadia entre cristianismo e islão?
O cristianismo monofisita, do Norte de África e do Sul da Península, vem desde o século V. E a maioria vai-se convertendo lenta e pacificamente ao islão. O que resta desses cristãos ainda existe hoje no Egipto, são os coptas, que são monoteístas. Em todo o norte de África, até há bem pouco tempo ainda havia comunidades fortes de donatistas, na Síria, no Líbano, no Iraque – estão agora a liquidá-los na Síria. Ainda conheci, no norte da Síria, várias aldeias em que cada uma ainda tinha a sua comunidade cristã. Viam-se as torres da igreja e o minarete. Só agora é que estão a rebentar aquilo tudo.

Nos livros de História destaca-se a batalha de Covadonga, em 720, em que Pelágio derrota os exércitos muçulmanos. Também é um mito?
O norte da Península Ibérica faz parte de outro território. Há uma espécie de fronteira a meio, que são as montanhas. O sul é Mediterrâneo, o norte é Atlântico, e a fronteira são a serra da Estrela, a serra de Gredos, Guadarrama, serras que vão até ao Ebro. E tudo é diferente do sul para o norte, as rodas dos carros, as técnicas de construção… as casas no sul são de taipa, no norte são de pedra. O norte tem uma ligação forte além-Pirenéus desde Carlos Magno. Ainda hoje existem os caminhos de Santiago, que fazem a ligação de Toulouse, na França, à Galiza. Já o sul, sempre esteve mais ligado ao Mediterrâneo.

O que é que aconteceu realmente em Covadonga? Houve tropas muçulmanas tão a norte?
Iam lá para saquear. Tal como vinham do norte saquear as cidades do sul, roubar mulheres, crianças, gado, riquezas. Toda a Idade Média é feita dos chamados ataques de saqueio, de grupos a cavalo que vão atacar as cidades, e por isso a cidade é defendida com muralhas, com tropas. E então eles atacam os arredores, roubam as casas, levam mulheres e crianças para escravizar.

Mas não eram ataques entre cristãos e muçulmanos? Podia haver cristãos e muçulmanos no mesmo bando de saqueadores?
Claro. Muitos dos bandos que iam atacar Santiago de Compostela, que foi saqueado por exércitos do sul, também tinham membros de tropas das Beiras e de Trás-os-Montes. Eram cavaleiros ligados aos senhores feudais do norte. Eram tudo menos muçulmanos. Iam roubar, só que em vez de irem para sul, iam para norte. Houve sempre cumplicidades nos ataques às cidades, porque mantinham uma certa autonomia, eram quase cidades-Estado, com o seu governo próprio e os seus poderes, as suas riquezas.

Há também registos de uma grande batalha em Poitiers, em 732, em que se refere que é aí que as forças muçulmanas são impedidas de conquistar o Norte da Europa, numa batalha ganha por Charles Martel.
Isso é outro mito. Nessa altura, o atravessamento dos Pirenéus por tropas muçulmanas nunca aconteceu. Houve lutas, mas no sul de França. A França também teve os seus mouros, os albigenses ou cátaros, que foram conquistados pelo reino de França. Eram gente do Mediterrâneo, viviam no sul de França e tinham uma religião diferente dos do Norte. Eram considerados heréticos e foram atacados pelo rei de França, foram massacrados e o seu território foi conquistado e incorporado na França.

Tinham influência do Norte de África?
Eram do Mediterrâneo, estavam ligados ao comércio. As zonas de comércio são diferentes das zonas de camponeses. Havia trocas, tinha-se outra visão do mundo. Nessa altura havia o norte feudal, com os senhores agarrados aos seus castelos a dominar o território e o maralhal eram escravos ligados à terra. O sul era diferente: aí entra o comerciante, há contacto com os portos. E o sul de França também era assim.

Quando é que a religião começa a ser usada na reconquista?
Com a reconquista há um outro cristianismo a entrar na Península Ibérica, o católico, que vem de Roma. Houve tentativas, no século VI, de Bizâncio conquistar o Ocidente. Houve batalhas, Bizâncio conquistou parte do Norte de África, a actual Tunísia, e um pedaço da Península Ibérica, na costa do Mediterrâneo. Mas nunca conseguiu conquistar esta parte do extremo, do actual Algarve, que era hostil a Bizâncio.

Quando é que a fé entra na reconquista? No final do século XI, com as cruzadas?
Antes de irem para o Oriente, as cruzadas começam aqui, na Península Ibérica, com a Ordem de Clunny, que depois vai dar a grande Ordem de Cister, e a reconquista, em Portugal, é comandada pela Ordem de Cister, sediada em Alcobaça, onde está o grande convento. Onde se dá o grande choque é em Coimbra, é aí a fronteira do Mediterrâneo. A reconquista é nos séculos XI e XII, e nessa altura a cidade tinha um cristianismo ligado ao sul, moçárabe, que não tinha nada a ver com Roma. Portanto, em 1111 dá-se o choque, é aí que se dá a grande batalha, perdida pelos cultos cristãos do sul, em que Coimbra é conquistada pelos franceses da Ordem de Cister.

Comandados por D. Henrique?
Coimbra é conquistada pelo D. Henrique, o pai do D. Afonso Henriques, que falava francês. O primeiro a falar alguma coisa de português ou parecido deve ter sido o D. Afonso Henriques. Aquilo era gente de fora. Não tinham muito a ver com isto, nem sequer tinham ideia que havia aqui um cristianismo diferente. A conquista de Coimbra foi uma transformação total. Depois, pouco a pouco foram andando para sul. Por exemplo, D. Afonso Henriques não conquistou Lisboa aos mouros, foi aos cristãos, porque a maioria ainda era cristã. Aliás, há documentos de um cruzado inglês que refere que as pessoas na rua gritavam, antes de serem mortas: "Valha-me Santa Maria!"

Mas aprendemos na escola que D. Afonso Henriques conquistou Lisboa aos mouros. Isso não é verdade?
Claro que não. Lisboa era, na altura, uma cidade mais ao menos autónoma, tinha um território muito importante, que englobava toda a zona do baixo Tejo, que ia até Santarém. Era uma cidade importantíssima, porque permitia o contacto com o Norte, era o grande porto que permitia a navegação do Mediterrâneo para o Báltico: os barcos ficavam em Lisboa à espera que o vento virasse, porque o vento dominante é o noroeste, que é violento, e quando há muito vento nem pensar em seguir viagem, por isso os barcos às vezes ficavam retidos em Lisboa um mês. O mesmo acontecia no cabo de São Vicente, porque para dar a volta ao cabo era preciso que o vento virasse, os barcos ficavam lá, daí ter surgido ali a escola de Sagres.

http://www.sabado.pt/vida/pessoas/detalhe/claudio-torres-d-afonso-henriques-nao-conquistou-lisboa-aos-mouros-foi-aos-cristaos?ref=HP_DestaquesPrincipais
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 24, 2018, 05:53:17 pm
Symbolic use of marine shells and mineral pigments by Iberian Neandertals 115,000 years ago

Dirk L. Hoffmann, Diego E. Angelucci, Valentín Villaverde, Josefina Zapata and João Zilhão

Abstract
Cueva de los Aviones (southeast Spain) is a site of the Neandertal-associated Middle Paleolithic of Europe. It has yielded ochred and perforated marine shells, red and yellow colorants, and shell containers that feature residues of complex pigmentatious mixtures. Similar finds from the Middle Stone Age of South Africa have been widely accepted as archaeological proxies for symbolic behavior. U-series dating of the flowstone capping the Cueva de los Aviones deposit shows that the symbolic finds made therein are 115,000 to 120,000 years old and predate the earliest known comparable evidence associated with modern humans by 20,000 to 40,000 years. Given our findings, it is possible that the roots of symbolic material culture may be found among the common ancestor of Neandertals and modern humans, more than half-a-million years ago.

...

http://advances.sciencemag.org/content/4/2/eaar5255.full
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 24, 2018, 05:53:56 pm
THE TARTESSOS MYSTERY SLOWLY COMES TO LIGHT

An excavation in Badajoz offers surprising insight into this ancient civilization that thrived in the southwest of the Iberian Peninsula from the 9th to the 5th centuries BCE

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Animals sacrificed in a ritual that took place 2,500 years ago in a building unearthed in Guareña, Badajoz. The staircase makes this Tartessian excavation unique in this part of the world.  CARLOS CARCAS

Around 2,500 years ago, close to what is known today as the municipality of Guareña in Spain’s Badajoz province, locals gathered in an enormous two-story building for a banquet and a ritual ceremony in which they sacrificed dozens of valuable animals. Afterwards, they burned the building and buried the remains before abandoning the site.

Frozen in time thanks to the mix of ashes and clay that has protected it down the ages, this building and what happened in it before it was destroyed could provide the key to understanding the late Tartessos period. It may also help to explode some of the myths concerning Hercules and King Arganthonios and this great civilization that flourished in the southwest of the Iberian Peninsula by trading with the Phoenicians from the 9th to the 5th centuries BCE. The people of Tartessos are known to have been both rich and clever, so much so that they impressed Greek historians. Their civilization lasted approximately five centuries but its decadent end has long been shrouded in mystery.

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“There is still a lot of analysis to be done and a lot of buildings to unearth,” say Sebastián Celestino and Esther Rodríguez, archaeologists from the Spanish National Research Council (CSIC) in charge of the Turuñuelo dig that began in 2015. “We’ve scarcely excavated 10 percent.” The remains of 22 sacrificed horses, three cows, two pigs, two sheep and one donkey not only amount to an extraordinary discovery– the biggest example of animal carnage in the entire Mediterranean to date– they also offer new insight into what happened there.

This building is not the only one to have been burned and buried between the end of 500BCE and the start of 400BCE in the region of Las Vegas Altas de Guadiana, whose economic importance grew when refugees flooded in from the heart of Tartessos further south between what is now Seville and Huelva. A series of similar though more basic constructions, such as the sanctuary of Cancho Roano in Zalamea de la Serena or La Mata in Campanario, which housed the territory’s administrative buildings, would also wind up being destroyed by their owners.

This destruction appeared to have taken place almost simultaneously and in some cases after a big celebration such as the one that took place in Turuñuelo. What sets Turuñuelo apart is the scale of the animal sacrifice, and the fact that the horses, which symbolized abundance and distinction, were arranged theatrically in pairs and, in some instances, with their heads entwined.

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A wine cup and other artifacts unearthed during the dig. CARLOS CARCAS
Together with sacks of grain, goblets, scales and precious bronze fragments, this suggests that the people here believed they had incurred the wrath of the gods and were trying to remedy the situation by sacrificing their most valuable possessions, according to Sebastián Celestino.

Previously it was held that the Tartessos civilization floundered when its people fled from an imminent invasion by Celts from the north. However, the almost complete absence of weapons and the enormous amount of time and effort required to bury such a building, estimated to cover almost a hectare of land, undermines this theory. Experts now believe that rather than an invasion, the people of Tartessos felt they were being punished by the gods by an abrupt change of climate, a natural catastrophe or an epidemic.

The archaeologists involved in the excavation insist, however, that all theories are provisional for now. More will be deduced once they know how the animals were sacrificed, how old they were when they met their death and if they were gutted after execution.

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Sebastián Celestino, one of the excavation’s leading archaeologists. CARLOS CARCAS

So far, archaeologists have unearthed a room filled with jewels, pottery, seeds, bronze grates and a huge and exquisitely preserved cauldron. Another vast room has been discovered, furnished with a typically Tartessian adobe altar representing a bull hide and a strange bathtub-cum- coffin. There is also the three-meter high staircase made from a kind of cement that predated the Romans’ use of concrete by a century, and which leads into the courtyard where the animals were found. The fact that the two floors are so well preserved makes the building unique in the Western Mediterranean.

Not surprisingly, the excavation has sparked a great deal of interest within the scientific community, and experts have been keen to collaborate. Rodríguez and Celestino, who is also director of the Mérida Archaeological Institute, have welcomed the collaboration as the project is under-funded, like so many in Spain, and relies on just one grant from the Provincial Council of Badajoz. Now, however, Madrid’s Autonomous University is helping put together some of the animal remains while Cambridge University is analyzing fragments of fabric, some of which could prove to be the oldest wool ever found on the Peninsula.

There is also a team of engineers from the University of Extremadura who have used a scanner with a view to reproducing the site in real size and in 3D. This will help the development of specific algorithms that will enable the fragments to be reassembled into complete objects such as the bathtub or the patio door, explains researcher Pilar Merchán. An exact replica of the patio where the animals were sacrificed will be particularly useful if the site is ever opened to the public.

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Esther Rodríguez, co-director of the excavation. CARLOS CARCAS

Before the skeletons deteriorate, six zooarchaeologists from different research centers are transferring them to their respective laboratories for analysis and, in some cases, to prepare them for conservation– after which they will be returned to the Archeological Museum of Badajoz. “When it was just a case of two horses, I could manage,” says Rafael Martínez Sánchez, an archaeological expert in animal remains from the University of Granada. “But when more and more emerged, I could see I would need help.” An impromptu team was subsequently cobbled together on the back of a dinner in Mérida following a talk on horse sacrifice in the Iberian Peninsula during the Bronze Age.

Extracting the remains of 30-odd animals from the ground after 2,500 years with a pick and shovel is delicate work that requires a certain amount of consideration. While this is being decided, the experts go over their first impressions– a donkey with an enormous head; a pig lacking a rib, which could have been eaten indeed during the banquet; a horse whose hooves may have been removed before it was sacrificed, and so on.

The experts are clearly overwhelmed but also excited; it’s rare to come across such artifacts and biofacts offering data that will reveal what they ate and what illnesses they were subject to. Through DNA analysis, it may also be possible to find out more about the domestication process of the horse on the Peninsula, according to Jaime Lira from Complutense University in Madrid and Carlos III Health Institute.

The people of Tartessos felt they were being punished by the gods by an abrupt change of climate, a natural catastrophe or an epidemic

There is also great potential here for discovering not only how the people of Tartessos lived but what relationship they had with the distant kingdoms on the other side of the Mediterranean. In Turuñuelo, Greek objects have been unearthed and in the architecture of the stairway, building blocks such as those used in Greece can be seen.

Celestino and Rodríguez started the dig with the help of Melchor Rodríguez Fernández, a laborer specializing in archaeological sites, and since then a proliferation of unique objects, buildings and the oldest, best preserved biofacts in the Mediterranean’s protohistory have been providing an excellent opportunity to study this semi-mythical civilization. And what has emerged so far is just the tip of the iceberg: an estimated 90% still remains underground.

English version by Heather Galloway.

https://elpais.com/elpais/2018/02/23/inenglish/1519380491_087016.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 24, 2018, 08:30:21 pm
Egyptian archaeologists discover an ancient cemetery south of Cairo


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Fevereiro 24, 2018, 09:20:32 pm

Extracting the remains of 30-odd animals from the ground after 2,500 years with a pick and shovel is delicate work that requires a certain amount of consideration. While this is being decided, the experts go over their first impressions– a donkey with an enormous head; a pig lacking a rib, which could have been eaten indeed during the banquet; a horse whose hooves may have been removed before it was sacrificed, and so on.

Removeram os cascos ao cavalo antes de o sacrificar?! 
Que cena do mal... :o :o
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 02, 2018, 12:09:00 pm
"Linhas de Torres": Fortes construídos há 200 anos para travar tropas francesas são monumento nacional

(https://thumbs.web.sapo.io/?epic=ZGIzGSZd7IxaXBswO3fMw4vlqrUJxrYa+xIyISI4IqZI5SUyvPBEnU3WO+jcJnLTH33WKcZ9+8v+2E4FG3dMk769D6pgIlNfuPYlkmRmSBXNCCE=&W=800&H=0&delay_optim=1)


Os fortes e estradas militares construídos há 200 anos para defender Lisboa das invasões francesas foram classificados como monumento nacional, informou hoje à Lusa a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

Fonte oficial da DGPC confirmou hoje à agência Lusa que a proposta de classificação foi aprovada na reunião de 21 de fevereiro do conselho diretivo da DGPC para assegurar a salvaguarda deste património associado às chamadas ‘Linhas de Torres Vedras’, no distrito de Lisboa.

A candidatura integrou 128 estruturas militares, como fortes e estradas militares, da primeira e segunda linhas defensivas, mas só 114 foram classificados, tendo 15 ficado de fora por se encontrarem degradados ou destruídos.

Além da classificação como património nacional, vai ser criada uma zona especial de proteção em volta de cada uma das estruturas.

Há sete anos que Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres, que integra as câmaras de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, pedia a inclusão do património no inventário do património nacional.

“As Linhas de Torres são um sistema defensivo – muito bem-sucedido – de dimensão e impacto histórico invulgar, nacional e internacionalmente” refere o parecer da Secção do património Arquitetónico e Arqueológico da DGPC, a que a agência Lusa teve acesso.

Segundo os especialistas, “sintetizam a capacidade estratégica de Wellington e os saberes militares de origem inglesa, portuguesa, mas, também, francesa do fim do século XVIII e do início do século XIX”.

As Linhas de Torres foram construídas sob a orientação do general inglês Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das invasões francesas, para defender Lisboa das forças napoleónicas entre 1807 e 1814.

Em 2010, ano em que se comemoraram os 200 anos da construção das linhas defensivas, foram inauguradas obras de recuperação a que foram sujeitas e Centros de Interpretação, um investimento estimado em cerca de seis milhões de euros.

Em 2014, a empreitada de desmatação, recuperação e reabilitação dos fortes venceu o prémio Europa Nostra, na categoria “Conservação”.

Nesse ano, a Assembleia da República instituiu o dia 20 de outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres.

As Linhas de Torres recebem por ano cerca de 10 mil visitantes.


>>>>>>>>>>>  https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/linhas-de-torres-fortes-construidos-ha-200-anos-para-travar-tropas-francesas-sao-monumento-nacional
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2018, 11:23:39 pm
Destroços do USS Lexington encontrados






A carcaça do porta-aviões americano USS Lexington, afundado em 1942 no Mar de Coral, acaba de ser localizada a cerca de 3000 metros de profundidade e a 800 km da costa leste da Austrália.

Dos 35 aviões de combate que estavam no navio quando foi afundado após uma feroz batalha contra as forças japonesas, durante a II Guerra Mundial, foram ainda identificados 11.
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 08, 2018, 03:56:44 pm
Arte rupestre descoberta no Guadiana "não traz" novidades aos especialistas


(https://thumbs.web.sapo.io/?epic=ZjIzWQZZ6peozxY4AEJYpGoRnL1JM15QzbP/FppM4yc8SqDtlaVkegCCbKN2XqbXRm3mMVfMIL2YZXQcSQtyUk/T7i7ocZtbfdj8xkNFKWCkyT0=&W=800&H=0&delay_optim=1)

As cinco gravuras de arte rupestre descobertas nas margens do rio Guadiana, em Elvas (Portalegre), já identificadas pelos arqueólogos, remontam ao período calcolítico, mas não representam uma novidade para os especialistas.

“O inventário é reforçado com mais este núcleo, mas não traz novidades em relação aos núcleos que já são conhecidos e publicados [desde 2001]”, disse hoje à agência Lusa o arqueólogo Rafael Alfenim, da Direção Regional de Cultura do Alentejo.

Recordando que existem cerca de 300 rochas com gravuras de arte rupestre na área de enchimento da albufeira de Alqueva, Rafael Alfenim disse que este novo núcleo, com cerca de cinco mil anos, não foi estudado no período que antecedeu o encerramento das comportas da barragem alentejana.

Numa conferência de imprensa, hoje realizada nos Paços do Concelho de Elvas, o especialista em arte rupestre António Martinho Batista explicou que as gravuras de arte rupestre, encontradas no início de fevereiro por um antigo militar espanhol, Joaquin Larios Cuello, na zona da ponte da Ajuda, ostentam “motivos não figurativos”.

“É um tipo de arte muito esquematizada, muito abstrata mesmo, aquilo a que nós chamamos arte esquemática peninsular, com motivos de caráter abstrato simbólico”, relatou.

Segundo o especialista, as figuras espelham “linhas meândricas”, sendo imagens “extremamente elaboradas”.

António Martinho Batista, que foi responsável pelo projeto de investigação de arte rupestre na zona do Alqueva, admitiu que podem vir a ser descobertas mais gravuras no Guadiana, na zona raiana de Elvas.

“Vamos completando o inventário que já tinha sido feito em 2001 e, felizmente, a seca não trás só desgraças, neste caso permitiu-nos recuperar arqueologicamente estas cinco rochas”, afirmou.

Estando situadas abaixo da cota máxima da barragem de Alqueva (152 metros), segundo António Martinho Batista, quando subir o nível da água na albufeira, as gravuras, “evidentemente, ficarão submersas”.

No encontro com os jornalistas, a responsável da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA), Ana Paula Amendoeira, explicou que o objetivo da tutela passa por “fazer o estudo, o conhecimento, o levantamento e o inventário” das gravuras, descobertas perto da Ermida de Nossa Senhora da Ajuda, no concelho de Elvas.

A mesma responsável considerou “prematuro” apontar para uma eventual classificação das gravuras, uma vez que o trabalho de investigação “ainda não está concluído”.

Trata-se, segundo a DRCA, que cita os especialistas no terreno, de arte produzida no decurso do período da pré-história recente, denominado como calcolítico (Idade do Cobre), no terceiro milénio a.C., ou seja, há cerca de 5.000 anos.

As primeiras gravuras de arte rupestre no Guadiana foram descobertas na década de 70 do século XX, na zona do Pulo do Lobo, no concelho de Mértola, distrito de Beja, tendo, depois, em 2001 e 2002, sido registados mais achados aquando da construção da Barragem do Alqueva.

Nessa altura, foram identificadas gravuras representando animais e figuras geométricas, ao longo de uma faixa que se estende por mais de dez quilómetros, no concelho de Alandroal, distrito de Évora.

“Descobrimos centenas de figuras, ao longo de muitos quilómetros, na zona de influência da Barragem do Alqueva. A estação principal, aquela que tinha mais gravuras, chama-se Mulenhola”, recordou à Lusa o responsável pelo projeto de investigação de arte rupestre do Alqueva.

“Algumas das gravuras que foram descobertas na parte espanhola, nessa altura, eram paleolíticas. Na parte portuguesa, a maior parte eram gravuras pós-glaciares”, acrescentou António Martinho Batista.


>>>>>>>>>>  https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/arte-rupestre-descoberta-no-guadiana-nao-traz-novidades-aos-especialistas
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 08, 2018, 09:53:01 pm
Identificados os restos mortais de Amelia Earhart


Foi a primeira mulher a atravessar o Atlântico por via aérea e uma importante defensora da luta pela igualdade de género. Amelia Earhart morreu em 1937, quando o avião que pilotava se despenhou sobre o Pacífico. O seu desaparecimento constitui um mistério que dura há décadas.

No Dia Internacional da Mulher, um novo estudo científico concluiu que as ossadas encontradas, em 1940, em Nikumaroro, uma ilha do Pacífico, poderão pertencer à histórica aviadora Amelia Earhart, divulgou esta quinta-feira a Universidade do Tennessee, nos EUA. A aviadora, que quebrou barreiras ao nível da igualdade de género, morreu em 1937 enquanto tentava bater o recorde de primeira mulher a dar a volta ao mundo. O avião que pilotava desapareceu sobre o oceano Pacífico.

Durante anos, os ossos encontrados em Nikumaroro permaneceram um enigma. No entanto, de acordo com o recente estudo Amelia Earhart e os ossos de Nikumaroro, realizado pelo professor emérito da Universidade do Tennessee Richard Jantz, os ossos podem ser, de facto, os restos mortais de Earhart.

Após ter sido encontrado um crânio humano durante uma expedição britânica na ilha em 1940, uma busca mais aprofundada à area resultou na descoberta de vários ossos e parte do que parecia ser um sapato de mulher. Os 13 ossos encontrados foram enviados para análise no ano seguinte, para uma escola de medicina nas Ilhas Fiji, onde foram examinados pelo médico D. W. Hoodless. No entanto, a análise forense concluiu que os ossos pertenciam a um homem de baixa estatura, provavelmente europeu, descartando as ligações a Earhart.

Os ossos de Nikumaroro

Muitas continuaram a ser, contudo, as especulações sobre a morte de Amelia Earhart, com investigadores a acreditarem que a piloto tinha naufragado na ilha de Nikumaroro após o seu avião se ter despenhado, acabando por morrer. Richard Jantz, um dos defensores desta hipótese, argumenta que é provável que a osteologia forense – o estudo dos ossos – ainda estivesse numa fase inicial em 1940, o que poderá ter afectado a avaliação dos restos mortais.

Richard Jantz desenvolveu um programa de computador para analisar os ossos encontrados na ilha, comparando-os com os ossos de Earhart. O programa, chamado Fordisc, estima o sexo e ascendência através de estudos métricos do esqueleto e é usado por antropólogos forenses em todo o mundo. O comprimento dos ossos encontrados foi comparado com as medições de Amelia Earhart, utilizando dados da sua altura, peso, estrutura corporal, comprimento dos membros e proporções com base em fotografias e informações retiradas das licenças de piloto e carta de condução.

As descobertas de Richard Jantz revelaram que os ossos de Earhart eram “mais parecidos com os ossos encontrados em Nikumaroro do que os de 99% dos indivíduos de uma grande amostra de referência”. “No caso dos ossos de Nikumaroro, a única pessoa documentada a quem eles podem pertencer é Amelia Earhart”, conclui o citado estudo, publicado na revista Forensic Anthropology.

O desaparecimento de Amelia Earhart fez surgir imensas teorias sobre o que aconteceu. Mike Campbell, autor do livro Amelia Earhart: The Truth at Last afirma, por sua vez, que a piloto e o navegador Fred Noonan, que a acompanhava na viagem, foram capturados nas ilhas Marshall pelos japoneses. Campbell acredita que Earhart foi torturada e morreu durante a sua detenção, de acordo com o jornal Washington Post.

Uma mulher mais alta do que a média europeia

Em 1998, uma equipa de investigação liderada por Ric Gillespie, director do Grupo Internacional para a Recuperação de Aeronaves Históricas, examinou as medições dos ossos que o médico D. W. Hoodless tinha feito em 1941, comparando-as através de uma base de dados antropológicos. A investigação concluiu que os ossos pertenciam a uma mulher mais alta do que a média europeia, sendo que Earhart era vários centímetros mais alta do que a média.

Já em 2016, Gillespie afirmou ao Washington Post que acreditava que os ossos encontrados em Nikumaroro pertencem a Earhart e que a aviadora passou os seus últimos dias de vida naquela ilha do Pacífico. No mesmo ano, o caso foi entregue a Jeff Glickman, investigador forense, que comparou uma foto da empresa aeroespacial Lockheed onde Earhart figurava de braços expostos com as medições dos ossos encontrados. Não tendo, apesar de tudo, provas científicas concretas, o investigador acreditava que o osso do braço de Earhart correspondia a um dos ossos de Nikumaroro.

Em declarações ao Washington Post, Ric Glickman disse entender o cepticismo de alguns investigadores sobre as suas descobertas, uma vez que são baseadas em notas médicas de há 76 anos. No entanto, acrescentou que a sua investigação deixou claro que Earhart morreu em Nikumaroro.

Em 2017, o Canal Hstória divulgou uma foto que sugeria que Earhart teria morrido no Japão. A foto, retirada dos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos, levava a crer que a piloto tinha sido capturada pelos japoneses, uma vez que mostrava Earhart e o navegador Noonan nas ilhas Marshall. No entanto, após o programa do Canal História ter ido para o ar, um blogger japonês de história militar mostrou que a respectiva fotografia tinha sido publicada num livro japonês em 1935, dois anos antes do desaparecimento em causa. O canal televisivo divulgou, então, um comunicado onde afirmava que seria transparente nas descobertas que fossem feitas sobre Amelia Earhart. “Em última análise, o rigor histórico é o mais importante para nós e para os nossos espectadores”, lê-se no comunicado de acordo com o Washington Post.

Ric Gillespie afirmou ainda a este jornal norte-americano que, apesar de todas as teorias contraditórias, tendo em conta “o peso esmagador das provas”, continua a acreditar que os ossos encontrados em Nikumororo pertencem de facto à primeira mulher que voou sozinha sobre o oceano Atlântico, Amelia Earhart.


>>>>>>>>   https://www.publico.pt/2018/03/08/ciencia/noticia/restos-mortais-descobertos-numa-ilha-do-pacifico-podem-pertencer-a-amelia-earhart-1805855
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 10, 2018, 06:32:34 pm
Requalificação da muralha do castelo de Óbidos adjudicada

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fthumbs.web.sapo.io%2F%3Fepic%3DMzZhg7ncue03jSdyVWOIXud00%2FJ0vliqHfYDOQBXEYXLh29TNvMP7y8Dt3OR6E4YNQYUcazikZ9jeI969gjSuPy2%2B5nFI242D4lEI2lA4Xoy4hE%3D%26amp%3BW%3D800%26amp%3BH%3D0%26amp%3Bdelay_optim%3D1&hash=a5f5b3b91295a6af00c2a5676e30675d)

A obra de reabilitação da muralha do castelo de Óbidos, um investimento superior a 836 mil euros para resolver problemas estruturais daquele património nacional, foi este sábado adjudicada pela autarquia e deverá estar concluída dentro de um ano.

A adjudicação marca o arranque da empreitada de “Reabilitação para colmatação de deficiências e patologias no conjunto urbano vila de Óbidos”, uma obra “de importância fundamental” para a estratégia da autarquia, que pretende “fixar as populações”, evidenciando “património e identidade”, como afirmou o presidente da autarquia, Humberto Marques.

A obra prevê a reabilitação de cerca de um quilómetro do adarve (área circulável) da muralha do castelo de Óbidos, onde será feita “a regularização do topo dos muros, dos paramentos verticais” em zonas onde se identificarem “deficiências construtivas e lacunas de materiais pétreos e argamassas, e tratamento de fissuras em escadas de acesso”, refere o projeto a que a Lusa teve acesso.

A Porta da Vila é outro dos locais onde será feito o tratamento de fissuras e infiltrações e a recuperação da azulejaria, pintura mural, pedra, ferros e talha.

Na Igreja de Santa Maria, o projeto prevê a conservação preventiva e curativa e o restauro do portal, que se encontra em avançado estado de degradação.

Na Porta da Senhora da Graça, além do tratamento de fissuras e infiltrações, será feito o restauro da cobertura da capela.

No Postigo de Baixo será feita uma avaliação da origem “das patologias e deformações da muralha” e a respetiva estabilização, pode ler-se na memória descritiva do projeto, que prevê igualmente a regularização do muro de suporte no Miradouro da Pousada e dos parâmetros verticais da muralha na Torre do Facho.

A empreitada inclui ainda a limpeza de vegetação e infestantes na muralha e castelo a reparação dos candeeiros e um reforço da sinalética alusiva aos perigos de circular no adarve de onde já se registaram algumas quedas de turistas.

“Será colocada sinalética mais agressiva para chamar a atenção das pessoas, mas não haverá nem interdição de passagem, nem cancelas nem falsas guardas, porque esse não foi o entendimento da Direção-Geral do Património Cultural”, explicou o autarca durante a cerimónia de adjudicação.

A obra foi adjudicada por 790.056,53 euros acrescidos de IVA, totalizando mais de 836 mil euros.

A recuperação do espaço foi autorizada pela Direção Geral do Tesouro (proprietária daquele património), e obteve o parecer positivo da Direção Geral do Património Cultural, no âmbito de uma candidatura ao Portugal 2020 – intervenções territoriais integradas, que assegura uma comparticipação de 85% de fundos comunitários.

A reabilitação da muralha tem um prazo de execução de 365 dias, mas a empresa assegurou hoje que será feita de forma a não prejudicar o movimento de turistas e os eventos que se realizam na vila onde decorre, até ao próximo dia 18, o Festival Internacional de Chocolate.


>>>>>>>  http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/requalificacao-da-muralha-do-castelo-de-obidos-adjudicada
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 13, 2018, 02:21:34 pm
Mistério de Cabeças Humanas Empaladas Com 8000 Anos Deixa Investigadores Perplexos

Os arqueólogos nunca antes tinham encontrado este nefasto fenómeno na Escandinávia Mesolítica e têm muitas dificuldades em explicá-lo.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.natgeo.pt%2Fsites%2Fportugal%2Ffiles%2Fstyles%2Fimage_885%2Fpublic%2Fmesolithic_skull_sweden.jpg&hash=a370a9994fd79cb41c720919af8b9c81)
Crânio mesolítico empalado encontrado no fundo de um pequeno lago em Kanaljorden, na Suécia.
7,000 anos de idade - Ticia Verveer no Twitter


Em 2009, estava prevista a construção de uma nova ponte ferroviária sobre o rio Motala Ström, na Suécia. Eis senão quando, os arqueólogos começaram a encontrar no local artefactos que tinham milhares de anos. Ao longo dos anos seguintes, foram encontrados no sedimento calcário do pântano ossos de animais, ferramentas feitas de chifres, estacas de madeira e pedaços de caveiras humanas.

Estes restos pertenciam a caçadores-recoletores do Mesolítico, um grupo que existiu há cerca de 8000 anos entre o Idade da Pedra Lascada e a Idade da Pedra Polida. Estas sociedades eram conhecidas pelo respeito que mostravam pela integridade corporal dos seus mortos — pelo menos até agora.

Em 2011, Fredrik Hallgren da Fundação para o Património Cultural liderou um projeto arqueológico no local de escavação de Kanaljorden perto do rio Motala Ström. Quando a equipa começou a escavar o local, descobriu o primeiro exemplo conhecido de caçadores-recoletores do Mesolítico a dispor caveiras humanas em estacas.

"Tínhamos a esperança de encontrar ossos de animais, mas não um acervo tão rico", diz Hallgreen. "É algo notável."

As descobertas foram publicadas esta semana num estudo na revista Antiquity,  com o espirituoso título "Mantenha a cabeça levantada."

Cabeça Levantada
No local de escavação de Kanaljorden, as caveiras com 8000 anos de nove adultos e uma criança foram encontradas deliberadamente colocadas numa camada densamente coberta de pedras de grandes dimensões. As caveiras não tinham os maxilares e duas tinham estacas de madeira bem conservadas deslocadas no interior. As estacas tinham sido inseridas através das grandes aberturas na parte de baixo das caveiras, o que indica que tinham sido colocadas antes de serem depositadas no lago. Num caso, uma estaca ainda estava a sair do crânio.

Os ossos de animais também estavam dispostos em redor das caveiras, distribuídos de acordo com o tipo de criatura a que pertenciam.

"De alguma forma parecem distinguir humanos de animais, mas também animais de diferentes categorias", afirma Hallgreen.

Duas das caveiras humanas eram femininas, quatro masculinas e duas pertenciam a pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos. Os investigadores encontraram ainda um esqueleto de criança quase completo, cujos pequenos ossos indicam tratar-se de um nado-morto ou de uma criança que morreu pouco depois de ter nascido.

Os crânios das vítimas apresentam lesões óbvias. Existem lesões causadas por força bruta na parte de cima das cabeças e aparentemente têm também outras lesões que mostram sinais de cicatrização. As caveiras femininas apresentam lesões na parte de trás e no lado direito das cabeças e cada uma das caveiras masculinas apresentava um único golpe na cabeça e na cara.

"Não se trata de pessoas que tinham sido atingidas havia pouco tempo e depois colocadas em exposição. "Mais de metade tinha uma lesão cicatrizada na cabeça."

Os investigadores ainda não sabem que armas foram usadas para infligir os ferimentos e não foi possível estabelecer que os golpes foram a causa de morte. Estão ainda a ser realizadas análises de ADN, mas já foi descoberto um grau de parentesco entre dois dos homens.

"Provavelmente não são irmãos, mas poderiam ser primos ou parentes mais distantes", aponta Hallgreen.

Sabemos que a equipa descobriu 400 pedaços de estacas de madeira, algumas das quais tinham sido usadas para dispor objetos que há muito que se desprenderam e caíram. Não sabemos, porém, as razões para este fenómeno.

Em Exposição
A equipa avança com um par de ideias para explicar por que razão as caveiras estavam dispostas nas caveiras. Aparentemente foram colocadas deliberadamente em exposição e é provável que, previamente, tenham sido enterradas num outro local.  Este local funerário é pequeno e, uma vez que se trata do primeiro caso do género numa sociedade de caçadores-recoletores do Mesolítico, não pode ser comparado com outros.

"Não existem casos suficientemente semelhantes", indica Hallgreen. "Também estamos a trabalhar no sentido de saber como é que este local se enquadra no contexto arqueológico da zona e da região."

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.natgeo.pt%2Fsites%2Fportugal%2Ffiles%2Fstyles%2Fimage_1190%2Fpublic%2F04familytree.ngsversion.1463411061856.jpg&hash=f9cf37c6933cc81103b5a36600bde81f)

Outras escavações já demonstraram que os caçadores-recoletores do Mesolítico costumavam respeitar os seus mortos e só mais tarde é que houve grupos conhecidos por começarem a decapitar os inimigos.

"Não temos nenhuma evidência direta de decapitação", escreve a coautora Sara Gummesson da Universidade de Estocolmo num e-mail enviado à National Geographic. "É mais provável que os crânios tenham sido retirados dos corpos durante a decomposição."

As lesões causadas por força bruta nas caveiras podem ter sido infligidas em atos violentos entre pessoas, em raptos ou em qualquer outra situação. Também é possível — embora pouco provável — que as lesões tenham sido causadas por acidente.

Uma vez que as caveiras masculinas e femininas mostram sinais diferentes de lesões, a violência poderia estar deliberadamente relacionada com o género. Também poderão ter sido infligidas num caso de abuso marital, durante ataques ou lutas ou no âmbito de algum tipo de prática cultural. A exposição das cabeças poderá também ser um ato fúnebre, destinado a prestar tributo a membros da comunidade local. Hallgreen diz que as caveiras também poderão ser troféus, embora considere que se trata de uma possibilidade remota.

Está a ser desenvolvida mais investigação para deslindar alguns dos mistérios relacionados com este local funerário. Os investigadores estão também a fazer escavações em locais pantanosos próximos para verificarem se existem semelhanças.

"Há muitos aspetos que poderiam ser discutidos a respeito destas descobertas," escreve Gummesson, "e eu acredito realmente que devemos manter-nos abertos a quaisquer novas descobertas que venham a surgir à medida que o trabalho prossegue."

 :arrow: http://www.natgeo.pt/historia/2018/03/misterio-de-cabecas-humanas-empaladas-com-8000-anos-deixa-investigadores-perplexos
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 16, 2018, 05:18:51 pm
"Homo sapiens". Uma revolução tecnológica há 320 mil anos


Descoberta no Quénia faz recuar no tempo, em dezenas de milhares de anos, a produção de ferramentas sofisticadas e, provavelmente, as trocas entre grupos distantes

À primeira vista seria apenas mais um punhado de lâminas laboriosamente talhadas em obsidiana (um tipo de rocha vulcânica), e de rochas negras e vermelhas próprias para a extração de pigmentos coloridos, mas o achado é muito mais do que isso. Recolhidos por um grupo internacional de arqueólogos e antropólogos em Olorgesailie, no Quénia, estes materiais contam uma história surpreendente: a sua datação faz recuar no tempo, em algumas dezenas de milhares de anos, o momento em que o Homo sapiens começou a usar tecnologias inovadoras em relação aos seus antepassados, e talvez a pintar, e a fazer trocas entre grupos a maiores distâncias.

Em três estudos publicados hoje na revista Science, outros tantos grupos de arqueólogos e antropólogos mostram que as lâminas em obsidiana e as rochas coloridas, bem como a camada de solo onde foram encontradas, em Olorgesailie, têm entre 300 mil e 320 mil anos. Ou seja, têm a mesma idade dos mais antigos fósseis de Homo sapiens que se conhecem, e que foram recentemente descobertos noutra zona de África, em Marrocos.

Por outro lado, o estudo do clima da época anterior ao uso de novas tecnologias que as lâminas de obsidiana indiciam, parece concorrer para a ideia de que há cerca de 300 mil a 320 mil anos houve uma oportunidade ambiental naquela região do Quénia para a inovação tecnológica e cultural.

Sabe-se que o sítio arqueológico de Olorgesailie, que já é estudado e escavado há décadas, foi habitado pelos antepassados dos humanos modernos desde há pelo menos 1,2 milhões de anos. Mas o novo achado e os estudos agora publicados parecem remeter para algo como um primeiro capítulo da história evolutiva do Homo sapiens. Embora não se tenham descoberto fósseis humanos dessa época no local, sabe-se que os humanos modernos já andavam por África pelo menos desde essa altura, como mostra a tal descoberta dos mais antigos fósseis de Homo sapiens, em Marrocos, anunciada em junho do ano passado.

No artigo publicado hoje pela equipa de Rick Potts, diretor do Museu Smithsonian de História Natural , em Washington, nos Estados Unidos, e desde há 30 anos um estudioso do sítio de Olorgesailie, os cientistas propõem que aquelas inovações tecnológicas, bem como novos comportamentos sociais que lhe estão associados, como trocas culturais e de bens com outros grupos humanos mais distantes, e a utilização de pigmentos, terão sido precedidas por grandes alterações ambientais, que terão propiciado aqueles novos comportamentos. Essas alterações passaram pela transformação daquele local árido em zona de pasto, com mais variabilidade de precipitação, pela extinção de animais de grande porte e a chegada de um tipo de fauna de menor dimensão.

"A mudança para um conjunto mais sofisticado de comportamentos, envolvendo maiores capacidades mentais e interações sociais mais complexas pode ter sido o que distinguiu a nossa linhagem de outras espécies humanas da época", diz Rick Potts, citado num comunicado do Museu Smithonian.

Foi a análise das lâminas em obsidiana que mostrou como elas foram uma inovação tecnológica. Até então, as ferramentas de pedra encontradas em Olorgesailie eram uma espécie de massas mal talhadas que, tudo indica, serviam para bater, e que eram feitas no tipo de rocha local.

As lâminas com cerca de 320 mil anos têm duas grandes diferenças: são talhadas de forma muito mais sofisticada e o material, a tal obsidiana, não é dali, mas de zonas que distam entre 25 a 65 quilómetros de Olorgesailie. A juntar a tudo isto, foram também encontradas no local inúmeras obsidianas não trabalhadas, o que indica, segundo os cientistas, que elas teriam sido transportadas para ali para serem depois talhadas, sugerindo uma rede de trocas com outros grupos na região.

Quanto aos pigmentos e às rochas de onde terão sido extraídos - elas apresentam sinais disso - os cientistas desconhecem em que foram utilizados. Mas, como nota Rick Pott, "o uso de pigmentos é em geral considerado como um sinal de uma comunicação simbólica complexa".


>>>>>>> https://www.dn.pt/sociedade/interior/homo-sapiens-uma-revolucao--tecnologica-ha-320-mil-anos-9190786.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 17, 2018, 07:45:15 pm
A epidemia que veio de Espanha e matou mais de 60 mil portugueses


(https://images2.imgbox.com/a4/b8/KmhIoihK_o.jpg)

De um dia para o outro, em 1918, as pessoas começaram a morrer em Vila Viçosa e o número de mortes não mais parou até atingir muitos milhares em pouco meses. Em três ondas, a pneumónica - também conhecida por gripe espanhola - matou principalmente jovens e não poupou nenhuma classe social em Portugal

Nossa Senhora de Fátima pode ter escolhido Jacinta e Francisco para testemunharem as suas aparições na Cova da Iria, mas a pneumónica não os poupou poucos meses depois. Nem a uma mão-cheia de artistas que poderiam ter sido famosos em todo o mundo, como o pintor Amadeo de Souza-Cardoso ou o pianista António Fragoso, ambos jovens mas com uma carreira bastante promissora e já com obra feita, que estavam na idade "preferida" para as vítimas do vírus da também chamada gripe espanhola.

Em Portugal o número oficial de vítimas é superior a 60 mil. A doença varreu o país a uma grande velocidade, tanto assim que a falta de caixões para os funerais foi um dos resultados imediatos, o que fazia que muitas famílias os comprassem por antecipação e guardassem debaixo das camas onde os seus membros agonizavam.

A pneumónica apanha o mundo e as autoridades sanitárias desprevenidas, até porque ainda se desconhecia a existência do vírus, e Portugal não escapa ao surto quando no final de maio de 1918 surge o primeiro caso em Vila Viçosa, e rapidamente o contágio se propaga pelo país de sul para norte. Os mortos portugueses são uma ínfima parte dos mais de 20 milhões de vítimas em todo o mundo - embora existam estimativas que apontam para números bem mais altos -, mas é uma quantidade tão impressionante que pode ser considerada a mais alta para uma doença do género em Portugal.

As origens da pneumónica a nível mundial nunca foram exatamente localizadas, havendo várias teorias (ver peça secundária), entre as quais a de ter nascido na Ásia ou ou em cidades europeias como Brest ou Bordéus. Os últimos estudos apontam os Estados Unidos como o local onde surgiram os primeiros casos.

A sua entrada em Portugal deu-se através dos trabalhadores sazonais portugueses que iam para Badajoz e Olivença e que trouxeram a doença para a localidade alentejana de Vila Viçosa, onde no fim de maio ocorre a primeira morte. No dia 4 do mês seguinte é registado outro caso em Leiria, confirmando a fácil propagação em todo o território, pois vai da zona perto da fronteira com Espanha - seguir-se-á Guarda, Castelo Branco, Beja e Évora - para o litoral e chega rapidamente aos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto. Segundo cálculos oficiais, os índices de maior mortalidade verificaram-se em Benavente, onde sete em cada cem pessoas morreram da gripe.

O desconhecimento do vírus que estava na origem da epidemia dificultou o seu combate e o caos político e social que Portugal vivia tornou ainda mais complexa a sua contenção. As notícias que iam surgindo nos jornais eram poucas, até porque se estava em plena Guerra Mundial. No Diário de Notícias de 29 de maio de 1918, o primeiro título era "A Guerra" - que se manteria por muito tempo a abrir a edição - e só na oitava de dez colunas de noticiário é que surgiam ecos da pneumónica: "A epidemia em Espanha", e avisava-se o seguinte: "É provável que em Portugal também venha a sentir-se." Os sintomas das vítimas eram incompreensíveis para a época e questionava-se se seria cólera.

Vila Viçosa sem memória

Apesar da violência da epidemia em Vila Viçosa, quando se percorre esta terra em busca de memórias o que se verifica é a total ausência de lembranças de uma tragédia que está a fazer cem anos. Talvez por uma questão de feitio da população, foi o que garantiu um morador à reportagem do DN, ninguém quer recordar essa época. Na Associação de Apoio ao Idoso ninguém se lembra da pneumónica, nem sequer de ouvir tal palavra... Diga-se que a associação conta com cerca de 300 sócios e na tarde em causa estavam naquele espaço mais de três dezenas das pessoas com mais idade da região. No entanto, vários evocam o ditado "De Espanha nem bom vento nem bom casamento", que nada tem que ver com a doença - refere-se ao vento Suão e aos maus casamentos reais ibéricos - mas que ficou ligado à pneumónica no século passado.

Um dos que recordam o ditado é o senhor Pompílio, de 84 anos, que ao fim de muita insistência lá se recorda de ter ouvido falar da pneumónica: "Pois, morreu muita gente na altura mas não me lembro de mais nada." Após mais alguma insistência, acrescenta: "Foi uma epidemia em que morreu muita gente." E fica-se por aí, tendo o interrogatório cerrado aos restantes resultado pouco, preferem jogar às cartas. Quando se pergunta se a jogatana está boa, um deles responde: "Para o que é está sempre bom." Abel, o responsável da associação, explica que não é só aquilo que os idosos de Vila Viçosa ali fazem, pois há excursões e sardinhadas, tudo à conta dos 50 cêntimos mensais de quota, o mesmo preço de um café nas instalações. Trabalhou nas Finanças locais durante 35 anos e conhece toda a gente, mesmo não sendo nascido em Vila Viçosa. Sugere que se fale com o sócio mais velho, Clemente, de 94 anos. Alguém refere que é um indivíduo com uma "memória fora do normal" e que "sabe dessas histórias todas".

Antes de se chegar à sua porta, passa-se pelo estabelecimento de José Mariano, 93 anos, que vende jornais. A resposta sobre os efeitos da pneumónica na localidade repete-se. De nada se lembra. Fica-se a conversar e a insistir na pergunta até que se rompe a barreira e recorda que ouviu contar coisas sobre muitas mortes. Há sempre a palavra família envolvida porque a pneumónica não escolhia um mas vários membros do agregado familiar. Talvez essas memórias estejam apagadas porque a sua própria mãe morreu cedo. Com muita insistência, lá interrompe a leitura do Diário de Notícias e relata um pouco da história da sua vida: "Lembro-me de quando a minha mãe morreu, quanto à gripe, não." Depois diz: "Lembro-me da pneumónica, mas lembro-me de outras gripes, como a que matou a minha mãe quando eu tinha 3 anos. Eram dezenas e dezenas a morrer por aí com tuberculoses como ela." E a sua avó nunca lhe contou nada? "Aquilo não se curava, as pessoas morriam todos os dias às duas e às três. Nem havia caixões para tanta gente, as pessoas eram jogadas para a terra", recorda. Continua: "Havia muita pobreza... Eu, antes de ir para a escola, andava com o pé descalço. Fui abandonado muito em pequenino e andei sempre aos tombos, às abas das minhas tias e da minha avó." Indo à questão que a reportagem pretende, volta a insistir--se: e as pessoas tinham medo da pneumónica? "Eram muito atrasadas e a assistência não era como agora, na altura não havia nada. A pessoa estando com uma febre, agasalhava-se e tomava coisas quentes a ver se aquilo passava. Mas não passava."

Está na hora de ir procurar o mais velho de Vila Viçosa, o senhor Clemente. "Pode ser que ele se lembre", remata José Mariano. Também aqui a disponibilidade é pouca e quando entreabre a porta é sempre com vontade de voltar a fechá-la e dar a conversa por terminada: "Não me lembro de nada." Insiste-se e lá vem a mesma lengalenga: "Ouvi pessoas mais velhas contar que morreram muitas pessoas..." Continua sem convicção: "Era o que se ouvia dizer destes tempos. Ó meu amigo, estou muito esquecido."

Pobres responsáveis por epidemia

(https://images2.imgbox.com/df/bb/A03fApie_o.jpg)

Já a norte existe mais memória sobre a pneumónica. A investigadora Alexandra Esteves lembra-se de testemunhos da própria avó, que contava como fora grande o flagelo no Alto Minho: "Falava muito da gripe porque ela teve tifo e ligava-a à outra epidemia, muito maior." A investigadora tem em curso um trabalho sobre epidemias nesta região do país por ter encontrado semelhanças entre as de cólera do século XIX e depois a pneumónica no início do século XX: "Os comportamentos dos doentes foram os mesmos e as medidas das autoridades praticamente iguais. O grande problema era o de a população não aceitar a restrição de movimentações, não se respeitarem boas práticas de higiene e existir a ideia de que eram os pobres os responsáveis pela propagação da doença. Aliás, foram sempre eles o bode expiatório na cólera, no tifo, na varíola e na pneumónica, apesar de em qualquer caso a doença entrar tanto no casebre como no palácio."

Na região mais próxima à fronteira espanhola viveu-se o pânico porque, diz, "foi uma gripe que levou muita gente em Melgaço, Monção, Valença e Cerveira, bem como nos concelhos de Paredes de Coura e de Viana do Castelo". Entre as razões que agravavam o alastramento da epidemia estava a assistência hospitalar: "Os hospitais eram para pobres e havia uma grande resistência das outras classes sociais em ingressarem nesse espaço. Queriam ser tratados em casa e ficar junto dos seus familiares, o que ajudava à propagação da doença. Foi mesmo um dos principais motivos para que nesta região a doença se descontrolasse." Acrescenta outra condicionante: "Em 1918, vivia-se um cenário marcado por uma crise política, a falta de bens essenciais e a nível sanitário eram condições terríveis. Faltavam médicos e muitos foram vítimas da doença; faltavam produtos para tratamento e as populações preferiam as mezinhas; havia uma grande desconfiança das populações relativamente ao saber médico; as casas do Minho não eram lugares de grande conforto, na maior parte das vezes um espaço dividido com os animais, sem casas de banho e uma relação preconceituosa com a água. Tudo isso limitava o controlo da doença."

Para tornar a situação mais complexa, a propagação era rápida devido a haver nesses meses de verão muita circulação de pessoas por causa do trabalho agrícola em diferentes locais, além da proliferação de festas e romarias: "Eram deslocações que aconteciam muitas vezes para o outro lado da fronteira, onde a doença grassava de forma intensa. Controlar as populações era coisa impossível, pois reagiam mal às determinações das autoridades sanitárias, tendo mesmo existido violência."

Alexandra Esteves escolheu este tema para investigar devido ao seu interesse no estudo do sistema penal em finais do século XVIII e XIX nesta região: "Ao estudar as cadeias estamos a falar em espaços também de morte por serem insalubres e deparei-me com a posição das autoridades face a surtos epidémicos." No caso da cólera não faltam fontes, mas para a pneumónica o que prima é a sua ausência: "Até as notícias nos jornais são poucas porque acontece um silenciamento em torno da doença." Esse silêncio foi uma das razões que a levaram a querer saber o porquê de a maior epidemia da história da humanidade ser tão pouco estudada, tanto em Portugal como no resto da Europa: "Os testemunhos orais são difíceis de encontrar e, por norma, referem uma doença que rapidamente levou muitos jovens. Uma explicação para o silêncio é a colagem à Primeira Guerra Mundial, com mortes mais difíceis de aceitar. Só que esta explicação não convence totalmente porque as principais vítimas são jovens e o falecimento causaria grande comoção social." Por isso tudo, conclui, "falta um grande estudo a nível do território nacional para se perceber o que aconteceu".

Um presidente junto do povo

Quando se questiona se se poderia ter combatido a pneumónica de forma diferente do que aconteceu em Portugal em 1918, a investigadora Helena Rebelo de Andrade, do Instituto Ricardo Jorge, considera que não: "Tendo em conta os conhecimentos da época, fez-se tudo o que era possível. Não se conhecia o vírus e existia uma grande discussão na literatura médica da época sobre a causa da doença. Como a primeira onda teve um carácter mais benigno do que a segunda, que se caracterizou por casos mais graves, com relatos de síndrome de dificuldade respiratória aguda, de pneumonia fulminante com mortes súbitas, muitos duvidaram de que se tratasse apenas de gripe". Dessa forma, eram várias as "opiniões divergentes" quanto às causas e às formas mais eficazes de tratar a doença. "Apesar de todo o arsenal de conhecimento decorrente das descobertas da bacteriologia do final do século XIX, os conhecimentos sobre a gripe eram incipientes. As medidas tomadas para combater a pandemia foram semelhantes às aplicadas para o tifo exantemático e para a peste bubónica, com banhos obrigatórios e a desinfeção de roupas e casas, o isolamento de doentes e dos seus contactos, as vistas domiciliárias e a notificação obrigatória dos epidemiados, com a cidade dividida em áreas sanitárias e a obrigatoriedade de guias sanitárias para os viajantes. Perante a gravidade da segunda onda, tomaram-se muitas medidas para combater a pandemia num curto espaço de tempo, mas no entanto insuficiente perante a rapidez e a violência da epidemia e a enorme carência de recursos."

Quanto ao papel de Ricardo Jorge, Helena Rebelo de Andrade refere-o como importante: "Na qualidade de diretor do Conselho Superior de Higiene e de diretor-geral de Saúde, a Ricardo Jorge deve-se a coordenação do combate à epidemia de gripe em 1918 e 1919, tendo promovido medidas sanitárias que passaram, entre outras, pela informação da população, a organização de serviços sanitários de emergência, a imposição de medidas preventivas. Perante a gravidade da segunda vaga da epidemia, foi--lhe atribuído ainda as funções de comissário-geral extraordinário do governo. Severo crítico do fecho das fronteiras de Espanha, Ricardo Jorge empenhou--se, sob o pseudónimo de Doutor Mirandela, na denúncia, em artigos de opinião, do Muro da China erguido pelos espanhóis, defendendo a ineficácia do cordão sanitário."

A resposta política em 1918 teve ainda uma grande ajuda do presidente Sidónio Pais, atuação que a investigadora confirma: "Ele fez da pneumónica uma bandeira política, viajou pelo país inteiro numa campanha de proximidade com a população numa altura muito conturbada. Éramos um país maioritariamente rural, com sucessivas epidemias e as consequentes crises sanitárias, a viver uma crise política e com a Primeira Guerra Mundial como pano de fundo."

Quanto ao facto de a população jovem ser das mais afetadas, aponta várias razões: "A movimentação das tropas poderá ser uma, pois é uma população jovem ativa e que está junta nos aquartelamentos militares, favorecendo uma taxa de ataque maior, além de que os mais velhos já tinham tido contactos anteriores com gripe que deixaram alguma proteção. Também a má nutrição decorrente da extrema pobreza deixava a população mais vulnerável, contribuindo para propagar a doença e aumentando o número de casos mais graves."

Amadeo e António Fragoso

Se no povo de Vila Viçosa falta memória, já os descendentes de portugueses cuja carreira ficou pelo caminho não se esquecem. É o caso do pianista António Fragoso, que vivia na Pocariça, local onde a pneumónica foi devastadora e atingiu dezenas de famílias. Para o descendente Eduardo Fragoso foi um dos casos mais dramáticos na povoação: "Os meus avós viram partir quatro filhos em cinco dias e o pianista foi o primeiro a morrer." A mãe de Eduardo Fragoso foi a única que se salvou e quis homenagear o irmão divulgando ao máximo a sua obra, tendo conseguido um contrato com a Valentim de Carvalho para editar a obra completa, mesmo que o incêndio do Chiado tivesse provocado a destruição de parte do espólio. Grande parte da obra foi gravada, como a Integral para Canto, Piano e Câmara e várias peças emitidas pela Emissora Nacional. Neste centenário da morte será editada uma biografia atualizada à luz de todas as descobertas mais recentes, como a de ter composto a primeira obra aos 12 anos.
É também o caso do pintor Amadeo de Souza-Cardoso, que há poucos anos teve uma mostra quase integral da sua obra exposta na Fundação Calouste Gulbenkian e mais recentemente no Grand Palais em Paris. O historiador Luís Damásio, casado com uma familiar do pintor, tem estudado a sua vida e vai publicar uma biografia em dois volumes com novos e importantes aspetos, designadamente sobre as condições da própria morte do pintor nascido em Manhufe.

É o caso de uma última carta do pintor dirigida ao irmão António, em que "já descrevia alguns sintomas de mal-estar. Vai ter o cuidado de se prevenir pois Amadeo revelava um pressentimento trágico para o futuro da família". A 25 de outubro, "depois de uma noite de grande aflição, morre em Espinho", conclui o historiador.

A pneumónica não abandonou Portugal antes de ter feito mais de 60 mil vítimas mortais. Após a primeira onda que vai de maio a final de julho, a segunda irá até janeiro do ano seguinte. A terceira onda, que nem todos os países registaram, irá durar até ao verão de 1919. Enquanto isso, a 4 de outubro de 1918, o jornal A Luta publicava a seguinte notícia: "Pode dizer-se que já alastrou por todo o país, e em Lisboa grassa com intensidade. Mandou o governo que não prosseguissem os exames nos liceus e que todos os estabelecimentos de ensino não funcionem até nova ordem. É certo que os teatros e os animatógrafos continuam abertos, e aí a multidão, para efeitos de contágio, é mais perigosa do que nas escolas. Divergem as opiniões quanto à natureza da doença..."




>>>>>>>>>> https://www.dn.pt/portugal/interior/a-epidemia-que-veio-de-espanha-e-matou-mais-de-60-mil-portugueses-9195035.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 19, 2018, 03:08:05 pm
Humanos cruzaram-se pelo menos duas vezes com o homem de Denisova

(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=0246e8b8-fe9e-4e37-b2f1-1cbd8dfd9c29&w=579&t=20180319124100)

O ADN do misterioso homem de Denisova foi sequenciado completamente pela primeira vez em 2010

Os nossos genes carregam as marcas dos nossos encontros com os Neandertais mas também com diferentes populações do homem de Denisova, indica um estudo publicado na revista científica Cell. O artigo salienta que os nossos antepassados se cruzaram não com uma, mas com duas populações diferentes do homem de Denisova.

A descoberta de que os Homens de Neandertal e modernos não estavam sós é relativamente recente: os restos que permitiram identificar o ADN destes hominídeos foram encontrados na caverna de Denisova, no Sul da Sibéria, em 2008.

Agora, um estudo utilizou um novo método de análise genética para comparar um genoma inteiro do homem de Denisova. "É surpreendente que possamos analisar a história humana através dos dados genéticos de humanos atuais e determinar alguns dos eventos que aconteceram no passado", disse a autora do estudo, Sharon Browning, num e-mail enviado à CNN, que publica as conclusões do estudo.

A professora de investigação do Departamento de Bioestatística da Universidade de Washington refere ainda que neste estudo, encontraram "dois episódios distintos da mistura do homem de Denisova", que vêm acrescentar dados ao que já era conhecido sobre o contributo dos Neandertais no ADN dos humanos modernos.

O ADN de Denisovanos foi sequenciado completamente pela primeira vez em 2010, o que levou à descoberta de que esta espécie se tinha cruzado com os nossos antepassados. Estudos posteriores revelaram, por exemplo, que populações da Oceânia herdaram mais ADN do homem de Denisova - cerca de 5%.

Havia populações distintas de denisovanos

Agora, os cientistas foram capazes de estabelecer que houve um segundo contacto. Ao comparar o genoma do homem de Denisova das Montanhas Altai com o de mais de 5600 de habitantes da Eurásia e da Oceânia, os cientistas perceberam que os humanos do este da Ásia estão mais "próximos" deste, enquanto com as populações da Oceânia passa-se o contrário.

"Fica também claro que havia populações distintas de Denisovanos, em vez de uma única população", refere Browning. "O facto de que as duas populações terem divergido sugere que estas não se misturavam muitas vezes entre si, talvez devido à separação geográfica".

Uma possível explicação é a de os nossos antepassados da Oceânia terem encontrado um grupo de Denisovanos do sul, enquanto os asiáticos orientais encontraram um grupo do norte.

Browning e os colegas planeiam estudar outras populações para encontrar indícios da mistura de outras espécies humanas arcaicas no ADN do homem moderno, além de Neandertais e Denisovanos.


>>>>>>>>>>  https://www.dn.pt/sociedade/interior/chineses-e-japoneses-foramos-mais-influenciados-pelo-homem-de-denisovan-9197979.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 22, 2018, 11:47:03 pm
Desvendado o mistério da "Múmia Alienígena"


(https://images2.imgbox.com/c5/f5/EvxqtYKl_o.jpg)


Ata foi descoberta no Chile. Seria humano? Alienígena? A investigação aos ossos revelou-se surpreendente e útil para o futuro da medicina

Ata foi encontrada no Chile, em 2003, na cidade fantasma de La Noria, no deserto de Atacama. Um esqueleto mumificado de 13 centímetros que parecia ser, à primeira vista, o de um recém-nascido com múltiplas mutações genéticas. Mas também podia ser um alienígena.

Foi o empresário espanhol, Ramón Navia-Osorio, quem primeiro comprou a múmia e em 2012 permitiu que um médico chamado Steven Greer usasse imagens de raios X e tomografia computadorizada (TC) para analisar o esqueleto. O debate começava.

Apesar de ter o tamanho de um feto, os testes iniciais sugeriram que os ossos encontrados dentro de uma bolsa, abandonados, eram os de uma criança de seis a oito anos. Nada mais falso.

Além da altura excecionalmente pequena, o esqueleto tinha várias características físicas incomuns. Tinha menos costelas do que é normal - 10 pares de costelas, em vez de 11 e uma cabeça em forma de cone.

Essas características particulares levantaram a suspeita de que os restos mumificados poderiam ser de um primata não-humano. Tavez um alienígena, conforme sugere o documentário Sirius.

Porém, a investigação científica do ADN dos ossos revelou que o indivíduo era humano. O estudo apresentou várias evidências de que Ata era uma recém-nascida do sexo feminino com múltiplas mutações em genes associados a nanismo, escoliose e anormalidades nos músculos e no esqueleto. E que os restos mortais poderiam ter sido abandonados há pelo menos 40 anos.

"Uma vez que entendemos que era humano, o próximo passo foi entender como algo poderia vir a ficar assim", disse Garry Nolan, professor de microbiologia e imunologia da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, à National Geographic.

"O que foi impressionante e nos levou a especular que havia algo estranho nos ossos era a aparente maturidade dos mesmos (densidade e forma). Houve uma maturação proporcional dos ossos, fazendo com que o corpo parecesse mais velho apesar de o espécime ser pequeno. Essa discrepância levou à maioria das pesquisas. Acreditamos que um ou mais genes mutantes foram responsável por isso", disse o mesmo investigador à BBC News.

Para cientistas como Nolan, os estudos de Ata têm o potencial de melhorar a compreensão dos distúrbios genéticos do esqueleto. Logo, têm o potencial de ajudar os outros e de melhorar a medicina.

"Analisar uma amostra intrigante como o genoma de Ata pode ensinar-nos a lidar com amostras médicas atuais, que podem ser originadas por múltiplas mutações", disse Atul Butte, diretor do Instituto de Ciências da Saúde Computacional da Universidade da Califórnia, em San Francisco, à CNN.


>>>>>>>  https://www.dn.pt/sociedade/interior/esqueleto-mumia-surpreende-investigadores-9208186.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Março 23, 2018, 11:04:23 am
E que os restos mortais poderiam ter sido abandonados há pelo menos 40 anos.

Como é?!  ??? ???
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 23, 2018, 12:03:03 pm
E que os restos mortais poderiam ter sido abandonados há pelo menos 40 anos.

Como é?!  ??? ???

Sim afirmativo
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 26, 2018, 11:40:30 pm
O Homem já sobreviveu a uma mudança súbita de clima


Há 11.000 anos, os nossos antepassados sobreviveram a uma queda abrupta de temperaturas. Viveram assim mais de 100 anos

Os cientistas têm alertado para o impacto das alterações climáticas na sobrevivência do próprio ser humano. A boa notícia é que os nossos antepassados já sobreviveram a algo parecido.

Há 11.000 anos, os humanos tiveram de enfrentar uma súbita quebra nas temperaturas: de 10 a 40 graus, que duraram mais de um século. A descoberta foi feita através de vestígios recolhidos no sítio arqueológico Star Carr, no Yorshire do Norte, em Inglaterra, da Idade da Pedra média. As principais conclusões foram publicadas, esta segunda-feira, na revista Nature Ecology & Evolution.

"A população de Star Carr, uma das primeiras colónias na Inglaterra depois da última idade do gelo, teve de ser muito resiliente à instabilidade climática, capaz de preservar e manter uma sociedade estável, apesar do stresse ambiental", justificou Ian Candy, autor do estudos e professor de geografia na Universidade Royal Holloway de Londres, por email enviado à CNN.

Os cientistas das universidades de York e Royal Holloway acreditam que este episódio de queda abrupta das temperaturas é maior do que aquele que aconteceu há 8200 anos e que está já bastante estudado. "Estas descobertas mudam a ideia que tínhamos da interação entre as sociedades pré-históricas e as alterações climáticas. Os eventos climáticos abruptos de Star Carr são tão grandes, se não maiores, do que a magnitude do que aconteceu há 8200 anos e ainda assim as populações foram resilientes perante o impacto desses acontecimentos", acrescentou o professor.

O estudo cruzou as temperaturas que se fizeram sentir naquela época, com os artefactos que foram sendo encontrados em Star Carr. As provas mostram que a presença humana foi uma constante nos 100 anos de temperaturas baixas. Foi nesta altura que os glaciares começaram a recuar e as suas águas frias entraram no Oceano Atlântico norte.

Apesar das florestas terem sido afetadas por este frio, os nossos antepassados caçadores-recolectores sobreviveram porque nunca lhes faltou, por exemplo, as peles e a carne de veados-vermelhos.

A má notícia é que à época, a densidade populacional era bem menor, aumentando as hipóteses de fuga para outros locais. "A população atual coloca muito mais pressão nos recursos dos quais dependemos, muitos dos quais vão ser afetados pelas alterações climáticas futuras. Além disso, a população de Star Carr fazia parte de uma tradição de ultrapassar experiências dramáticas de mudanças de clima no final da última idade, extrema instabilidade climática fazia parte da vida deles. Pelo contrário, a nossa sociedade tem conhecido séculos, ou mesmo milénios de estabilidade climática", explicou Ian Candy.


>>>>>>>   https://www.dn.pt/sociedade/interior/homem-ja-sobreviveu-a-uma-mudanca-subita-de-clima-9216119.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 30, 2018, 01:00:49 pm
Pegadas pré-históricas com 13 mil anos revelam segredo da colonização americana

(https://static.globalnoticias.pt/jn/image.aspx?brand=JN&type=generate&guid=82d16dbf-656d-4439-b231-f7d320e63ed5&t=20180329130400)


Um grupo de investigadores descobriu 29 pegadas humanas numa camada de sedimentos na costa da ilha de Calvert, no Canadá, que terão pelo menos 13 mil anos, altura em que a humanidade estava a chegar ao fim da última era glaciar e o nível do mar era dois a três metros mais baixo do que hoje. A descoberta indica que a colonização da América poderá ser anterior ao que hoje se pensa.

Apesar de ainda não se conhecer a quantas pessoas pertencem as marcas deixadas na praia, que não fica muito longe de Vancouver, os investigadores acreditam que encontraram pelo menos três tamanhos diferentes nas pegadas, podendo mesmo uma das marcas pertencer a uma criança.

"Temos procurado locais arqueológicos nesta costa e foi assim que descobrimos as pegadas. O mais provável é que tenham sido deixadas numa área que estava logo acima da linha do mar, há 13 mil anos", disse, citado pelo jornal The Guardian, Duncan McLaren, da Universidade de Victoria e investigador do Hakai Institute.

No artigo publicado em acesso aberto, na revista científica Plos One, a equipa de investigadores descreve como começou as escavações em 2014, depois de terem descoberto depósitos de lixo, com mais de seis mil anos, feitos com conchas. No mesmo local, encontraram ferramentas feitas em pedra.

"Este local tem uma praia protegida que deve ter atraído as pessoas durante milhares de anos. Como o nível da água do mar se manteve estável na região, durante os últimos 14 mil anos, acreditamos que se trata de uma zona com muito potencial em termos arqueológico", revelou o responsável pelo estudo.

A primeira pegada humana foi desenterrada sessenta centímetros abaixo da superfície da atual praia. Entre 2015 e 2016 a equipa de investigadores regressou ao local e encontrou mais 28 pegadas. Algumas das pegadas estavam ainda bem definidas, o que permitiu concluir que têm três tamanhos diferentes. "Tivemos que escavar com muito cuidado e devagar, o que foi muito difícil devido à corrente da maré"; admitiu McLaren.

Esta nova descoberta fortalece a teoria de que os seres humanos viajaram ao longo da costa, passado entre zonas de gelo e mar, que serviam de refugio a animais e plantas. Nick Ashton, curador do British Museum, acredita que este estudo traz novas pistas sobre a colonização da América, que poderá ter acontecido há mais tempo do que se pensa. "A revelação agora feita suporta a ideia de que as primeiras pessoas nas Américas chegaram da zona esta da Ásia, numa altura em que o mar estava em níveis baixos", disse,


>>>>>>>>  https://www.jn.pt/mundo/interior/pegadas-pre-historicas-com-13-mil-anos-revelam-segredo-da-colonizacao-americana-9222305.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 10, 2018, 12:05:57 am
Osso de um dedo indica outro caminho do Homo sapiens para fora da África


Uma falange de um dedo da mão, com 3,2 centímetros de comprimento, será o suficiente para ajudar a confirmar uma nova história da expansão da espécie humana para fora de África. A descoberta foi feita em 2016 num sítio arqueológico explorado por uma equipa internacional de cientistas chamado Al Wusta, numa região onde actualmente se situa o deserto de Nefude, na Arábia Saudita, e foi divulgada esta segunda-feira na revista Nature Ecology & Evolution. O pedaço de osso tem 85 mil anos e é o mais velho vestígio de um Homo sapiens encontrado fora de África, dizem os autores do artigo.

Reza a história que a grande onda migratória da nossa espécie para fora de África aconteceu há cerca de 65 mil anos. Descobertas recentes em sítios arqueológicos em Israel, na Austrália, Leste asiático e outros locais, já apontavam para a existência de provas de fluxos migratórios anteriores a essa viagem a grande escala. Um artigo da revista Science publicado no início deste ano, por exemplo, apresentou ao mundo um fóssil humano encontrado no sítio de Misliya, em Israel, que faz recuar até há quase 200 mil anos a data de saída de alguns “bandos” de Homo sapiens de África.

Agora, uma equipa internacional de cientistas, num projecto liderado pelo Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana, junta mais uma prova ao conjunto de pistas já existentes sobre uma viagem (várias viagens, aliás) para fora de África que começaram mais cedo do que o previsto. “É importante reconhecer que não existiu uma única e rápida onda migratória para fora de África. O que defendemos é que existiram múltiplas expansões e a colonização da Eurásia foi bem mais complexa do que nos dizem os livros da escola”, explicou Michael Petraglia, arqueólogo na Universidade de Oxford, no Reino Unido, e um dos autores do artigo, durante a conferência de imprensa organizada pela revista Nature sobre o estudo. Apesar de admitir que, em termos evolutivos e tendo em conta os resultados de análises ao ADN de fósseis, “a grande maioria” das populações asiática e europeia parecem fazer parte desta grande onda migratória ocorrida há 65 mil anos, o cientista sublinha que “isso não significa que os movimentos migratórios anteriores não tenham sido importantes”.

Este movimento, de que falam no artigo, não só é anterior à “grande onda” como geograficamente surpreendente. Os fósseis (do dedo e alguns ossos de animais) e ferramentas de pedra foram descobertos a uma considerável distância do Levante, a região no Médio Oriente que é considerada como a principal porta de entrada da nossa espécie na Eurásia, o que leva os cientistas a defender que, além de ter começado mais cedo, a expansão foi mais abrangente do que se julgava. As provas apresentadas no artigo revelam, assim, que existiram também bandos de Homo sapiens caçadores-recolectores no coração da Arábia, mais especificamente no sítio de Al Wusta, a cerca de 650 quilómetros da costa de Israel. “Antes desta descoberta, sempre se acreditou que as tentativas iniciais de dispersão para a Eurásia foram um falhanço e permaneceram restritas às florestas mediterrânicas do Levante, na porta de saída de África”, refere um comunicado do Instituto Max Planck.

Um calo na falange

As imagens que acompanham o artigo publicado na Nature Ecology & Evolution mostram a terra seca que invadiu o lugar. É o deserto de Nefude, na Arábia Saudita, mas os autores do artigo garantem que era algo muito diferente há 85 mil anos. Seria uma zona verdejante e até um lugar onde existia uma pequena lagoa de água doce. Ali, especulam os cientistas perante as descobertas feitas agora, terá estado há muito tempo um bando de algumas dezenas de caçadores-recolectores. As provas desta passagem são 308 ferramentas de pedra, fósseis de animais como hipopótamos e uma falange média de Homo sapiens. Não se sabe se o pedaço de osso com 3,2 centímetros de comprimento era de um homem ou de uma mulher, da mão direita ou esquerda, presume-se que seja do terceiro ou quarto dedo (médio ou anelar) e sabe-se que esta falange apresenta um pequeno alto no osso que os cientistas sugerem que possa ser o resultado de um ferimento ou “elevado nível de actividade física” no fabrico ou uso de ferramentas de pedra.

O fóssil foi encontrado em 2016, à superfície da terra, no sítio arqueológico que era estudado por esta equipa internacional de cientistas desde 2014. Huw Groucutt, arqueólogo da Universidade de Oxford e do Instituto para a Ciência da História Humana Max Planck e principal autor do artigo, confirma que foi um inesperado “momento Eureka”. O cientista conta que foi Iyad Zalmout, investigador no Departamento de Paleontologia da instituição responsável pelo levantamento geológico na Arábia Saudita que viu o pequeno osso, durante uma caminhada.

“Imediatamente percebeu que era um osso humano”, acrescentou, adiantando que não foi encontrada mais nenhuma parte do corpo deste indivíduo. Nessa mesma noite, no hotel, passaram horas a ver imagens e artigos científicos para comparar este fóssil com outros e confirmar que era um pedaço de um dedo de um “Homo sapiens”.

“Tem uma forma que é distintiva das outras espécies”, refere Huw Groucutt. A falange foi enviada para Universidade de Cambridge, no Reino Unido, onde foi analisada com exames de microscopia, depois viajou para a Austrália, onde se fez uma datação directa. E essa é, segundo os autores, outra das “mais-valias” desta descoberta.

A datação apresentada no artigo para o fóssil do dedo não se baseia apenas nos sedimentos e outros elementos do ambiente à sua volta, como muitas vezes acontece, mas é, frisam, “uma datação directa”, conseguida com a técnica por urânio-tório que recorre a um laser para fazer buracos microscópicos no fóssil analisando os vestígios de elementos radioactivos. As análises revelaram que o fóssil teria aproximadamente 88 mil anos, refere o comunicado do instituto Max Planck. Outras datações feitas a outros fósseis animais e sedimentos apontam para uma datação com aproximadamente 90 mil anos.

Segundo os autores do artigo, para as datações forma usadas três técnicas diferentes e todas resultam numa “mesma história coerente”. No título do artigo os cientistas optam por uma datação mais conservadora e referem "Homo sapiens na Arábia há 85 mil anos”.

“Esta descoberta mostra, pela primeira vez, de forma conclusiva que membros da nossa espécie colonizaram uma região extensa do Sudoeste da Ásia e que não estiveram apenas circunscritos ao Levante. A capacidade destas pessoas colonizarem tão cedo e de forma tão alargada esta região coloca em causa a visão que tínhamos até agora sobre os locais e o falhanço das primeiras dispersões para fora de África”, conclui Huw Groucutt no comunicado.

O director do projecto, Michael Petraglia, também celebra a importância da descoberta e acrescenta um aviso: “A Península Arábica tem sido encarada como estando fora do palco principal da evolução humana. Esta descoberta coloca finalmente a Arábia no mapa como uma região-chave para compreender as nossas origens e expansão para o resto do mundo. À medida que os trabalhos no terreno vão progredindo vamos continuar a fazer descobertas impressionantes na Arábia Saudita.”


>>>>>>>>>>  https://www.publico.pt/2018/04/09/ciencia/noticia/osso-de-um-dedo-indica-outro-caminho-do-homo-sapiens-para-fora-da-africa-1809697
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 11, 2018, 08:47:09 pm
Colecionar esqueletos de dinossauros é uma tendência, e estes foram vendidos por mais de um milhão de euros cada

(https://thumbs.web.sapo.io/?epic=MjdmPpaZ/PSFZtA0D9HHQmdKMCe4q0n+dAruaQkDkv1mCWmfKpDSUeZXenLqgK+N8zcHsaMplDpBz8qkgoXuss8NrVymfdA3OhWC+l/AMyXuRD8=&W=800&H=0&delay_optim=1)


Os esqueletos de um alossauro e de um diplodoco foram vendidos esta quarta-feira, 11 de abril, em Paris, por mais de 1,4 milhões de euros cada.

"Um comprador único adquiriu os dois dinossauros. Um particular estrangeiro" que arrematou os exemplares pela Internet, indicou a casa de leilões Binoche et Giquello, responsável pela venda.

Os dois exemplares superaram o preço estimado. O diplodocus, avaliado entre 450.000 e 500.000 euros, foi vendido por 1.443.820 euros (1.781.180 dólares), e o alossauro, estimado entre 550.000 e 650.000 euros, foi arrematado por 1.407.700 euros (1.736.620 dólares).

O "pequeno" alossauro com 60 dentes afiados, mede 3,8 metros de comprimento. Mas seu colega de leilão, o diplodoco, tem 12 metros, do nariz ao rabo.

"O mercado dos fósseis já não é reservado exclusivamente aos cientistas: os dinossauros tornaram-se tendência, objetos de decoração, como os quadros", explicou à AFP Iacopo Briano, especialista da casa de leilões.

Entre os seus famosos colecionadores destacam-se os atores de Hollywood Leonardo DiCaprio e Nicolas Cage, segundo Briano.

Cage chegou a ter de devolver um crânio de Tarbossauro, que havia sido extraído ilegalmente da Mongólia.

"Nos últimos dois ou três anos, os chineses tornaram-se mais interessados pela paleontologia, e têm procurado grandes espécimes de dinossauros encontrados no seu território, para os museus ou mesmo para particulares", disse Briano.

Os novos compradores estão a concorrer contra multinacionais, europeus e americanos ricos e os compradores "tradicionais" de esqueletos de dinossauros, acrescentou Briano.

Em 1997, a McDonald's e Walt Disney estavam entre os doadores que financiaram os 8,36 milhões de dólares necessários para comprar Sue — o Tiranossauro Rex mais completo e bem conservado do mundo — para o Field Museum of Natural History, em Chicago.

"Milhões de pessoas vêm vê-lo, isso dá uma publicidade incrível às empresas", explica Éric Mickeler, especialista em história natural da casa de leilões Aguttes.

Um terceiro dinossauro, um terópode que será leiloado pela casa Aguttes a 4 de junho, mede nove metros de comprimento por 2,60 de altura.

Carnívoros, como o alossauro, saem mais caro que seus congéneres herbívoros.

"As pessoas querem dentes!", explica Mickeler. E também que haja uma história para contar, que apresentem, por exemplo, marcas de combates ou de doenças incuráveis.

Também são consideradas outras características, como a raridade do espécime, a percentagem de ossos verificados e a beleza do seu crânio.

"São preços totalmente absurdos", denuncia Ronan Allain, paleontólogo do Museu de História Natural de Paris. "É o mundo do luxo, não é para nós", acrescenta.


>>>>>>>>  https://24.sapo.pt/vida/artigos/colecionar-esqueletos-de-dinossauros-e-uma-tendencia-e-estes-foram-vendidos-por-mais-de-um-milhao-de-euros-cada
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 16, 2018, 08:43:38 pm
Submarino nazi encontrado na Dinamarca


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 16, 2018, 09:35:16 pm
Menino de 13 anos descobre tesouro viking


(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=3b7a1fbc-5aec-459e-9aa9-74ba60fe1354&t=20180416200400)

Depois da descoberta da criança, especialistas encontraram moedas e joias com mais de mil anos numa ilha do Mar Báltico. O tesouro remonta à época do rei de origem viking que levou o cristianismo à Dinamarca, Harald.

Luca Malaschnichenko, de 13 anos, já pode contar ter o seu nome para sempre associado à arqueologia.

Em janeiro, o jovem, acompanhado por René Schön, voluntário de um programa local de arqueologia, e por um detetor de metais, fez uma descoberta incrível.

Na localidade agricola de Rügen, uma ilha do norte da Alemanha, banhada pelo Mar Báltico, o aparelho detetou qualquer coisa. Os jovens conseguiram extrair fragmentos de moedas da terra e imediatamente perceberam que tinham encontrado algo.

Imediatamente avisaram as autoridades, que tiveram de esperar até ao fim de semana passado para procederem às escavações necessárias para voltar a trazer à luz do dia um tesouro viking de mais de mil anos, da época do célebre rei dinamarquês Haroldo 1° da Dinamarca.

A descoberta incluí moedas de prata, pérolas, colares, alfinetes de peito e até mesmo um martelo de Thor, do final do século X.

Detlef Jantzen, o arqueólogo chefe do Escritório Regional de Arqueologia e Conservação de Monumentos do estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, o qual levou a cabo os trabalhos, disse ao jonal espanhol El País que este "é um tesouro excepcional. Esta é a primeira vez que encontramos um achado desta grandeza e qualidade a sul do Báltico".

As peças do século X terão sido enterradas entre 980 e 990.

O rei Harald morreu em 986 no norte da Europa, deixando para trás um tesouro enterrado e um legado muito particular que chegou aos nossos dias em forma de homenagem: a tecnologia bluetooth.


>>>>>>>>>  https://www.dn.pt/mundo/interior/menino-de-13-anos-descobre-tesouro-viking-9264086.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 09, 2018, 02:19:29 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 16, 2018, 06:47:59 pm
Textos sobre sexo descobertos no diário de Anne Frank


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 20, 2018, 12:22:23 am
Arqueólogos descobrem pão que antecede a agricultura em 4.000 anos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 25, 2018, 07:58:10 pm
Descobertos em Monção "dezenas" de artefactos com milhares de anos


(https://images2.imgbox.com/20/e7/XUDfSUj9_o.jpg)


Os arqueólogos portugueses e espanhóis descobriram algumas dezenas de artefactos, sobretudo bifaces, mas também machados de mão com entre 200 a 300 mil anos", explicou Odete Barra à agência Lusa.

A descoberta resultou de um projeto de investigação transfronteiriço intitulado "Miño-Minho: Os Primeiros Habitantes do Baixo Minho", que decorreu, em simultâneo, na freguesia de Bela, concelho de Monção, distrito de Viana do Castelo, e, em Espanha, na província de Burgos.

"Do lado de Portugal os trabalhos decorreram na freguesia de Bela e, do lado espanhol, nas localidades de Porriño e As Neves".

Segundo Odete Barra, "os utensílios, bastante rudimentares, mas em bom estado de conservação, são importantes para estudar a ocupação do território, naquela região".

"Os artefactos foram encontrados em estratos arqueológicos que os foram preservando, em bom estado, até aos dias de hoje, e que permitem verificar a utilização dos mesmos", especificou.

Entre 25 de junho e 03 de julho realizaram-se mais trabalhos arqueológicos, "tendo-se identificado um número significativo de artefactos de pedra lascada, como bifaces e machados de mão".

"A descoberta ocorreu num talude que ladeia um antigo caminho rural e na base de um muro que delimita um terreno agrícola. Com o objetivo de avaliar a sua importância, procedeu-se à limpeza e verticalização do referido talude, o que permitiu recolher, uma vez mais, uma amostragem expressiva de materiais de pedra lascada", sustentou.

Aquela investigação foi a terceira realizada desde 2016, sendo que "os próximos trabalhos, a desenvolver em abril e maio de 2019, terão como principal objetivo a realização de uma escavação no referido terreno agrícola, onde foram recolhidos artefactos importantes, avaliando, com maior profundidade, a relevância deste sítio arqueológico".

Odete Barra adiantou que, em 2016 e 2017, os trabalhos incidiram na União de Freguesias de Messegães, Valadares e Sá e, este ano, centraram-se na freguesia de Bela.

O projeto, participado por investigadores portugueses e espanhóis, das universidades de Lisboa, Porto e Minho e do Centro Nacional de Investigación sobre la Evolución Humana, em Burgos, contou com o apoio da Câmara de Monção, da Junta de Freguesia de Bela, e do proprietário do terreno, onde decorreu a sondagem arqueológica.


:arrow: https://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/descobertos-em-moncao-dezenas-de-artefactos-com-milhares-de-anos-9631192.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 09, 2018, 02:18:18 pm
British Museum devolve ao Iraque peças pilhadas após queda de Saddam Hussein


Objetos com 5.000 anos, saqueados do Iraque após a queda do regime de Saddam Hussein, vão ser devolvidos ao país de origem depois de terem sido identificados por peritos do British Museum, anunciou hoje a instituição.

Os objetos serão formalmente entregues na sexta-feira ao embaixador do Iraque no Reino Unido, Salih Husain Ali, que já agradeceu ao British Museum "os esforços excecionais que tem desenvolvido para devolver as antiguidades pilhadas no Iraque".

Oito pequenos objetos apreendidos em maio de 2003 pela polícia londrina a um vendedor local, que não dispunha de documentação sobre a proveniência das peças, foram confiados a peritos do British Museum que determinaram provirem de Tello, no sul do Iraque, onde o museu coordena um programa de escavações.

Muitos desses objetos, entre os quais três cones de argila com inscrições cuneiformes, indicam tratar-se de peças provenientes de um templo da cidade suméria de Girsu, atualmente designada como Tello.

Um pequeno amuleto em mármore branco representando um quadrúpede, um bloco de mármore vermelho com dois animais de quatro patas, um bloco de calcedônia gravado, uma pequena cabeça de clava em alabastro e um seixo polido gravado com escrita cuneiforme constam dos objetos encontrados.

"Esta colaboração entre o Iraque e o Reino Unido é vital para a preservação do património iraquiano", disse o embaixador do Iraque no Reino Unido, Salih Husain Ali, citado pelo museu.

Para o diretor do British Museum, Hartwig Fischer, o regresso das peças ao Iraque "simboliza as muito sólidas relações de trabalho com os colegas iraquianos encetadas nos últimos anos".

Há muito que o British Museum está empenhado na salvaguarda dos tesouros da história iraquiana.

Já em 2003 advertira contra a pilhagem do património cultural do país e, em 2015, lançou um programa para formar peritos iraquianos nas mais recentes tecnologias de modo a estes poderem conservar e documentar a sua herança cultural.

Presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 a 09 de abril de 2003, Saddam Hussein foi deposto após a invasão do país por uma coligação de tropas norte-americanas e britânicas, que acusavam o presidente iraquiano de possuir armas de destruição em massa.

Em 05 de novembro de 2006, o antigo presidente do Iraque foi acusado de ter causado a morte a perto de 150 xiitas iraquianos em 1982, tendo sido executado, por enforcamento, em dezembro de 2006.


:arrow: https://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2018-08-09-British-Museum-devolve-ao-Iraque-pecas-pilhadas-apos-queda-de-Saddam-Hussein
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 21, 2018, 05:18:49 pm
Arqueólogos estudam ataque à aldeia de Cambedo em 1946


(https://images-cdn.impresa.pt/sicnot/2018-08-21-DOC.20180821.24685019.PSC_01_210818.jpg/original/mw-1600)


Arqueólogos estão a escavar numa casa em Cambedo destruída em 1946, após um ataque da GNR e Exército a esta aldeia do concelho de Chaves onde estavam refugiados guerrilheiros espanhóis que fugiram à ditadura franquista. "Cambedo 1946" é um projeto de arqueologia contemporânea que está a estudar a resistência às ditaduras ibéricas (1926-1975) e a solidariedade na fronteira entre Trás-os-Montes e a Galiza.

O ponto de partida para a investigação é a casa da dona Albertina. Nas suas ruínas uma equipa de cinco arqueólogos liderada por Rui Gomes Coelho está a escavar e a procurar vestígios com recurso a um detetor de metais.

No pátio da casa os investigadores descobriram esta terça-feira uma insígnia de metal da Guarda Fiscal. É um achado que consideram importante e que pode estar relacionado com o ataque à aldeia e à casa da dona Albertina, onde estavam refugiados dois guerrilheiros espanhóis.

Nas ruínas do que foi a corte dos animais, que ficava por baixo da cozinha, foram descobertos objetos, como um prato com o desenho da Torre de Belém, e que estão relacionados com o dia-a-dia da mulher que era localmente conhecida como "tia Albertina", uma devota que vivia para a igreja e que ensinava a doutrina aos mais novos.

Rui Gomes Coelho explicou que esta casa de granito foi "duramente bombardeada" pelo Exército e nunca foi reconstruída. No dia 21 de dezembro foram disparados cerca de "70 projéteis de morteiro" numa área concentrada da aldeia.

Do lado espanhol da fronteira estava a Guarda Civil, com quem o cerco tinha sido concertado. Desse ataque resultaram vários mortos e feridos e muitos habitantes da aldeia foram presos e interrogados.

"A ideia é fazermos a deteção dos episódios da batalha no momento em que os guerrilheiros se refugiam na parte detrás desta casa e depois começam a ser bombardeados pela GNR e pelo Exército. Estamos a tentar encontrar fragmentos desses projéteis dos morteiros e das balas utilizados", explicou o arqueólogo.

A casa da dona Albertina é encarada pelos investigadores como uma espécie de "cápsula do tempo, uma autêntica janela para o modo de vida dos habitantes de Cambedo em 1946".

(https://images-cdn.impresa.pt/sicnot/2018-08-21-DOC.20180821.24685035.PSC_10_210818.jpg/original/mw-1600)

Era uma aldeia de contrabandistas e, segundo o arqueólogo, as atividades da guerrilha antifranquista sustentavam-se muito na organização dessas rotas.

"Nós queremos dar visibilidade à comunidade que sustentava socialmente a própria guerrilha. Tinham interesses em comum e por isso é que estavam juntos nesta luta, neste fenómeno de resistência", afirmou.

Os arqueólogos estão também a fazer uma prospeção de antigos abrigos guerrilheiros que existiram nesta região.

Esta vai ser, segundo Rui Gomes Coelho, uma semana de trabalho intensivo, mas depois, o objetivo é ampliar o projeto e regressar a Cambedo no próximo ano.

O arqueólogo, natural de Vila Franca de Xira, trabalha na Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos da América.

A equipa é ainda composta por Xurxo Ayán Vila, arqueólogo galego que dirige o projeto de arqueologia comunitária do Castro de San Lorenzo em Monforte de Lemos, Lugo, a arqueóloga brasileira Márcia Hattoori, que tem trabalhado sobre a ditadura militar no Brasil, o arqueólogo galego Carlos Otero, e o luso-espanhol Rodrigo Paulos.

Para o vice-presidente da Câmara de Chaves, Francisco Melo, este projeto é importante porque ajuda a "conhecer as raízes" e a impedir que a história "desapareça da memória coletiva".

"Houve guerra e a guerra não foi assim tão distante. Temos que conhecer para que não voltem a acontecer fenómenos destes. É a memória da guerra para preservação da paz", salientou.


:arrow: https://sicnoticias.sapo.pt/pais/2018-08-21-Arqueologos-estudam-ataque-a-aldeia-de-Cambedo-em-1946
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 22, 2018, 12:05:30 pm
"A descoberta do século". Arqueólogos encontram nau naufragada no rio Tejo ao largo de Cascais

(https://thumbs.web.sapo.io/?epic=ZDBm4yyiwwMWwrmeu9tu3hg5qRLlb3A0iY1gwTgsVWnPp7FDvIwsBSiEfkefupXKXwJtbBp0DP850l2kJNxb2KwErvTQjcu7VblU1iBzrgOXr10=&W=770&H=0&delay_optim=1)


Uma equipa de arqueólogos da Câmara Municipal de Cascais, do Projeto Municipal da Carta Arqueológica Subaquática do Litoral, descobriu uma nau que terá naufragado entre 1575 e 1625, e que é considerada a “descoberta do século”, segundo o município.

A descoberta, feita num mergulho junto ao ilhéu do Bugio, no rio Tejo, no passado dia 03 de setembro, resultou do Projeto da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais (ProCASC), aprovado pelo município em 2005, e que tem por objetivo recolher todo o tipo de informação histórica, numa campanha de investigação subaquática.

Em declarações à agência Lusa, o diretor científico do ProCASC, Jorge Freire, explicou que os vestígios da nau foram encontrados a uma profundidade média de 12 metros, junto ao Bugio, e abrangem uma área aproximada de 100 metros de comprimento por 50 metros de largura.

“Vê-se o escudo de Portugal, a esfera armilar, portanto, por aí, estamos seguramente a falar de um achado de desígnio nacional muito semelhante àquilo que foi a Nossa Senhora dos Mártires [uma nau portuguesa também do Caminho das Índias, descoberta em 1994], utilizada como motivo da Expo98, só com uma diferença, porque esta está em melhor estado de conservação, daquilo que nos é possível ver à superfície. A área também é muito maior do que foi exumado na Nossa Senhora dos Mártires”, afirmou o diretor e mergulhador do projeto.

Alguns dos artefactos, que estavam em perigo de ser perdidos, foram recolhidos e colocados em água nas reservas municipais, informou a autarquia. Entre eles é possível encontrar faiança, pimenta da Índia e uma tampa em bronze.

Segundo Jorge Freire, esta descoberta é “diferente das outras”, uma vez que foi feita em “ambiente científico”.

“A maior parte das descobertas no país foram feitas por achado fortuito, a maior parte das descobertas em Cascais, e esta em particular, foram feitas em ambiente científico. O que estamos a fazer neste momento é mapear todos os achados que estão à superfície, para termos um diagnóstico daquilo que está visível, para ver qual a evolução do sítio em termos de sedimentação, e perceber a própria dinâmica do sítio”, esclareceu.

Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), em declarações à agência Lusa, esta é “uma das descobertas arqueológicas mais significativas da última década”.

“O reconhecimento feito pela própria comunidade científica de que se trata da descoberta da década, do século, em termos de arqueologia marítima, é para nós uma grande satisfação. [Assim como] a possibilidade de a termos feito também em conjunto, num programa que não envolve só a Marinha Portuguesa como a Direção-Geral do Património Cultural, a Câmara Municipal de Cascais e os técnicos da Câmara Municipal de Cascais, assim como a Universidade Nova de Lisboa”, afirmou Carlos Carreiras.

Segundo o diretor do ProCASC “brevemente” a nau irá transformar-se num campo-escola, para a formação académica de alunos das universidades.

“Temos uma ausência de campos para formar arqueólogos e ela [nau] vai ser transformada, nesse sentido [num campo-escola], porque está lá a nau e um conjunto de navios de outras cronologias muito perto deste sítio, que também necessitam de ser intervencionados, e vamos juntar-nos num planeamento. Temos um programa pré-definido para isto, que terá subjacente este campus universitário. Em breve estará em funcionamento”, acrescentou.

De acordo com Jorge Freire, o campo-escola será criado através da Cátedra UNESCO "O Património Cultural dos Oceanos", tutelada pelo Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com a Marinha Portuguesa e a Direção-Geral do Património Cultural.


:arrow: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/descoberta-nau-da-carreira-da-india-naufragada-ao-largo-de-cascais
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 17, 2018, 10:00:11 pm
Arqueólogos revelam nova data para a erupção do Monte Vesúvio


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 01, 2018, 07:45:01 pm
Arqueólogos têm de desenterrar 40 mil cadáveres em Londres


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 24, 2018, 04:26:49 pm
Encontrados em Pompeia restos mortais de cavalos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 26, 2018, 09:24:49 pm
Navio negreiro português classificado como património nacional da África do Sul


Os destroços do navio negreiro português São José, que naufragou ao largo da Cidade do Cabo em 1794, causando a morte a mais de 200 escravos, foram declarados este mês património nacional da África do Sul. Este sítio arqueológico subaquático, a que correspondem aqueles que serão eventualmente os primeiros vestígios alguma vez encontrados de um navio que se afundou ainda com escravos africanos a bordo, está agora classificado e é motivo de uma nova exposição.

O São José Paquete de África transportava 512 negros acorrentados. Vinha de Lisboa, de onde saiu em Abril de 1794, e passou por Moçambique para carregar escravos. Em Dezembro, encetava uma viagem que se previa que durasse perto de quatro meses, rumo ao Brasil, onde os escravos eram esperados como mão-de-obra forçada nas plantações de cana-de-açúcar. Mas a difícil travessia do Cabo da Boa Esperança revelar-se-ia fatal. Fará precisamente 224 anos esta quinta-feira, 27 de Dezembro, que o navio encontrou um rochedo e se estilhaçou, a cerca de 50 metros da costa, na zona de Clifton, perto da Cidade do Cabo. O comandante, o português Manuel João Perreira (irmão do proprietário do barco, António Perreira), e a tripulação sobreviveram, mas estima-se que 212 pessoas — metade dos escravos — terão morrido afogadas. Os escravos sobreviventes foram depois vendidos na Cidade do Cabo.

Durante mais de dois séculos, o navio esteve submerso. Os caçadores de tesouros que primeiro encontraram os seus destroços, há cerca de 30 anos, identificaram-no inicialmente como um navio holandês, mas em 2015, depois de uma investigação dos arqueólogos do projecto Slave Wrecks Project, concluiu-se que se tratava do navio português São José Paquete de África.

Um dos elementos essenciais para a sua identificação foram as barras de ferro com que o navio saíra de Portugal e que serviam de lastro ou contrapeso, conforme a carga humana variável. A informação constava do manifesto de carga do São José depositado no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa.

A classificação oficializada no início do mês coincidiu com a inauguração de uma exposição no Museu Iziko, da Cidade do Cabo. Unshackled History: The Wreck of the Slave Ship, São José, 1794 exibe alguns artefactos recuperados do fundo do mar, incluindo, além das referidas barras de ferro, grilhetas e correntes usadas para prender os moçambicanos escravizados, que estavam cobertas por sedimentos e areia.

Se não tivesse naufragado pelo caminho, o São José Paquete de África teria cumprido uma das primeiras viagens de tráfico humano entre Moçambique e o Brasil, rota que se tornaria frequente e estaria activa durante mais de um século. “Estima-se que mais de 400 mil pessoas da costa oriental africana tenham feito essa viagem entre 1800 e 1865. Transportadas em condições desumanas em viagens que demoravam dois a três meses, muitas não sobreviveram à viagem”, recorda o museu sul-africano.

A mostra conta ainda com uma simulação interactiva do local do naufrágio e dos respectivos destroços, uma ferramenta desenvolvida pelo Museu Smithsonian de História e Cultura Afro-Americana, que acolheu já uma exposição sobre o navio português e que está intimamente associada ao projecto – não sem algumas críticas pela sua preponderância sobre a do país africano. De acordo com a South African Broadcasting Corporation, o United States Ambassador’s Fund for Cultural Preservation doou cerca de 420 mil euros para a investigação do Slave Wrecks Project em 2016.

“Portugal foi pioneiro no tráfico transatlântico. Mais de 40% dos escravos foram levados em navios portugueses, um valor superior ao de qualquer outro país – Espanha, Grã-Bretanha, França, Holanda”, lembrava em 2016 ao PÚBLICO o antropólogo Stephen Lubkemann, coordenador internacional do Slave Wrecks Project.


:arrow: https://www.publico.pt/2018/12/26/culturaipsilon/noticia/navio-negreiro-portugues-classificado-patrimonio-nacional-africa-sul-1855900?fbclid=IwAR0vPgWUZNEVg9HVsph5954_ShGbwefr0jrFj7qxICrmDYTzcPYXOmlpcSY
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 02, 2019, 01:22:55 pm
O atribulado pergaminho que esteve à venda no OLX já é da Torre do Tombo


O pergaminho do século XIV que foi apreendido no Porto pela Polícia Judiciária (PJ) depois de ter estado à venda no site de classificados OLX já pertence ao Estado e deve chegar ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), em Lisboa, na próxima semana. “A aquisição já está concretizada”, revelou ao PÚBLICO o director do ANTT, Silvestre Lacerda. Finalmente, após algumas atribulações, o documento com a escritura da entrega do Castelo de Lisboa ao Conde de Barcelos vai poder "enriquecer o património arquivístico nacional”.
 
O pergaminho datado de 1383 foi formalmente adquirido pelo ANTT no último dia do ano. “Fizemos o pagamento de acordo com o valor que estava indicado quando foi colocado à venda no OLX, os 750 euros”, precisa Silvestre Lacerda, explicando que o documento foi "objecto de análise no laboratório da PJ”, após a sua apreensão em Novembro do ano passado. Ultrapassada a “tramitação burocrática” necessária, o pergaminho quatrocentista chegará à sua morada final.

Aí, depois de alguns procedimentos técnicos, passará a estar ao dispor de todos os investigadores e cidadãos que solicitem a sua consulta. Manter este documento histórico no domínio público permitirá aprofundar e afinar o conhecimento acerca "desta época conturbada do nosso país, e dos seus intervenientes”, explica o historiador e antigo director-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. “É mais um documento de uma época de transformação em Portugal, associada à Revolução de 1383-85”, contextualiza.

Deste pergaminho agora formalmente adquirido pelo Estado consta a ordem do Rei D. Fernando ao Alcaide do Castelo de Lisboa, Martim Afonso Valente, para que a fortificação fosse entregue ao Conde de Barcelos, Dom João Afonso Telo. Será um de três exemplares existentes do documento e data de 1383. “Escritura de entrega do Castelo de Lisboa que fez o Alcaide do mesmo, Martim Afonso Valente, ao Conde de Barcelos, Dom João Afonso Telo, o qual prestou ‘preito e menagem’ ao primeiro, de acordo com o determinado pelo rei Dom Fernando, pela carta de 16 de Janeiro de 1383, tresladada nesta escritura. Entre as testemunhas do acto esteve presente o Alcaide do Castelo de Faria, Diogo Gonçalves. Tabelião: Peres Esteves. 1383, Janeiro 26, Castelo de Lisboa”, lia-se na descrição no OLX.

O facto de ter surgido à venda num site onde se transacciona todo o tipo de bens corriqueiros foi um dado insólito na história deste pergaminho. Muitas vezes, diz Silvestre Lacerda, "estes documentos estão em mãos de particulares” e são passados de geração em geração dentro de uma família, ficando privados da prerrogativa de "acesso público” que o depósito na Torre do Tombo assegura: “Os arquivos nacionais têm esta dimensão de possibilitar o acesso generalizado dos cidadãos àquilo que é parte integrante do nosso património.”

Um valor inestimável

No final de Outubro, o pergaminho do século XIV com a escritura da entrega do Castelo de Lisboa ao Conde de Barcelos estava à venda no site de classificados OLX. Detalhando as suas características e o seu relevo histórico, o vendedor identificado como Luís Sampaio pedia por ele 750 euros. O tema chega à imprensa através do PÚBLICO, a 2 de Novembro, mas já antes a Torre do Tombo tinha sinalizado o seu interesse e manifestado ao proprietário a intenção de exercer o direito de opção na sua compra.

Esse direito do Estado está previsto no Decreto-Lei n.º 16/93 quando esteja em causa a “venda de um bem arquivístico classificado ou em vias de classificação”. Mas mesmo não cumprindo o pergaminho em causa esse requisito, a Lei 107/2001 indica que essa salvaguarda abrange todos os documentos com mais de 100 anos considerados relevantes.

Luís Sampaio demorou dez dias a dar resposta ao primeiro email da Torre do Tombo, datado de 20 de Outubro. Quando finalmente o fez, foi para responder, laconicamente, que o documento já tinha sido vendido, sem mais acrescentar. Os responsáveis do ANTT alertaram então a PJ, que anunciou no dia 20 de Novembro ter apreendido o pergaminho – indicando que o vendedor, identificado apenas como “um coleccionador de Gaia”, e que seria também o proprietário do bem, o entregou “voluntariamente”.

A PJ explicou então, em comunicado, que iria proceder a uma peritagem técnica, “dada a importância e o valor inestimável do documento”. Silvestre Lacerda explica agora que os especialistas da Torre do Tombo se disponibilizaram para fazer essa “análise diplomática” do pergaminho (no âmbito da disciplina com o mesmo nome dedicada à análise documental) e que só falta agora “fazer a respectiva descrição técnica para poder digitalizá-lo e integrá-lo na base de dados [do ANTT]." Cumprido esse último procedimento, ficará "à disposição do público e dos investigadores”.

A investigação aberta pela PJ tinha ainda como objectivo, como disse então ao PÚBLICO o coordenador de investigação criminal Pedro Silva, investigar os contornos do negócio e a sua licitude, nomeadamente a eventual existência de algum crime de receptação ou furto em volta do pergaminho. Questionado sobre se o inquérito já terminou, o director do ANTT disse que “a proposta será de arquivar o processo” na sequência dos últimos desenvolvimentos.

O futuro da escritura de entrega do Castelo de Lisboa pode passar por uma exposição ao público já no próximo mês. Silvestre Lacerda indicou ao PÚBLICO haver a intenção, que terá ainda de ser apresentada às outras entidades responsáveis, de o integrar numa exposição dedicada à Lisboa medieval a inaugurar em Fevereiro. A iniciativa conjunta do Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa e do ANTT, coordenada pela professora e medievalista Amélia Andrade, poderá ser o primeiro momento de exposição pública deste atribulado documento original após a saga que foi a sua aquisição.

:arrow: https://www.publico.pt/2019/01/02/culturaipsilon/noticia/pergaminho-seculo-xiv-venda-olx-ja-comprado-torre-tombo-1856352?fbclid=IwAR1tOaFmhDw7vOR7lldA8zmBMfGf1oFzIMegVDpgT65Z0loUxgk1jWbEWcs
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 13, 2019, 09:12:52 pm
Imagens inéditas do navio inglês naufragado na Foz do Arelho

São as primeiras imagens subaquáticas deste barco de cruzeiro, cujo afundamento em 1892 conta também a história de uma grande tragédia. Das 122 pessoas que estavam a bordo, apenas nove sobreviveram.


:arrow: https://sicnoticias.sapo.pt/pais/2019-01-13-Imagens-ineditas-do-navio-ingles-naufragado-na-Foz-do-Arelho?fbclid=IwAR1ypHkpEz6sYIpStFA1v509P9Kw9DhzI-BoQ0Ht4pKSktGV9MUDKnBMywI
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 19, 2019, 11:42:08 am
Arquivo Histórico da Marinha identifica documento inédito de Gago Coutinho

(https://images2.imgbox.com/ea/c1/ExgCmt62_o.jpg)

O Arquivo Histórico da Marinha identificou um documento inédito do almirante Gago Coutinho (1869-159), um “Projeto de Aparelho de Sinaes por Luz Eléctrica”, apresentado ao Conselho do Almirantado em setembro de 1897, foi divulgado esta sexta-feira.

Este documento, bem como um outro intitulado “Aditamento à Memória sobre um Novo Aparelho de Sinaes Eléctricos”, proposto ao Comando da Divisão da Reserva, em agosto de 1899, foram descobertos na documentação avulsa “Processos de Oficiais da Armada – Classe Marinha”, que pode ser consultada no Arquivo Histórico da Marinha (AHM), anunciou hoje a Armada, em comunicado.

Este ano celebram-se os 150 anos do nascimento do almirante Carlos Viegas Gago Coutinho, que foi um cientista e um dos empreendedores, com Sacadura Cabral, da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922.

Em 2014, o historiador Rui Miguel da Costa Pinto, autor de uma biografia do almirante, chamou a atenção para a “documentação não catalogada ou inventariada” relativa a Gago Coutinho, e que se encontrava dispersa por vários organismos, como o AHM ou a Sociedade de Geografia de Lisboa, entre outros.

“Gago Coutinho contribuiu de forma irrepreensível para a cultura científica dos séculos XIX e XX, dando-lhe projeção internacional, não se limitando ao cinzentismo de um país amarrado a preconceitos ideológicos”, salienta o investigador na sua obra “Gago Coutinho. O último grande aventureiro português”, publicada pela Eranos.

Referindo-se ao cientista e aventureiro nascido em Lisboa, em 1869, Costa Pinto atesta: “O facto de, durante 50 anos, a figura de Gago Coutinho ter sido analisada, sobretudo pelo seu contributo para a travessia aérea de Lisboa ao Rio de Janeiro, e não pela sua importância enquanto homem da ciência, é uma falha na nossa historiografia, muito aproveitada pelos regimes políticos vigentes até aos dias de hoje”.

Quanto à travessia aérea, o historiador refere que Gago Coutinho desvalorizou o feito, tendo afirmado que não foi mais que um episódio da sua vida, e realçou que tanto ele como Sacadura Cabral eram geógrafos.

“Não esqueçam que eu e Sacadura Cabral éramos geógrafos”, escreveu Gago Coutinho, citado pelo seu biógrafo. “Estávamos habituados a tratar com astros e ter uma vida arriscada. Aquilo que fizemos não foi mais do que a continuação da nossa vida de geógrafo”.

Anteriormente, em 1921, Gago Coutinho, como navegador, efetuou com Sacadura Cabral uma viagem aérea experimental de Lisboa ao Funchal.

Gago Coutinho, que morreu em 1959, no seu apartamento na rua da Esperança, no bairro lisboeta da Madragoa, “foi um grande expoente da lusofonia”, escreve Costa Pinto, referindo que, de “forma incansável, realizou conferências e palestras em academias e instituições altamente prestigiadas no estrangeiro, mas também em círculos de emigrantes espalhados pelo mundo fora, de forma abnegada e desinteressada do ponto de vista económico”.

Politicamente, Carlos Viegas Gago Coutinho definiu-se como monárquico, “mas, mais tarde, abraçou os ideais republicanos, que acabaria por deixar de corresponder às suas expectativas, pela instabilidade política entretanto verificada”.

Segundo o historiador, que o cita, “afirmava-se como um ‘nacionalista liberal’, que nunca se tinha filiado ‘em partidos para ser mais livre de pensar, contra ou a favor dos governantes’”. O almirante confessava-se “mais democrático que autoritário”, nas suas próprias palavras.


:arrow: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/arquivo-historico-da-marinha-identifica-documento-inedito-de-gago-coutinho
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 07, 2019, 12:42:46 pm
Biblioteca Corvina exposta em Budapeste


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 19, 2019, 09:50:08 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 24, 2019, 08:50:43 pm
Espanha já sabe quantos navios seus naufragaram nas Américas entre os séculos XV e XIX

(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=4b472ea4-90e8-4e13-9cac-7237620d7164&w=800&h=450&t=20190224201351)

O Ministério da Cultura espanhol já tem uma relação de todos os naufrágios de navios espanhóis nas costas americanas do Atlântico, ocorridos entre 1492 e 1898, noticia o El País.

A lista, que levou cinco a elaborar, a partir dos vários arquivos existentes no país, conta com um total de 681 navios, que se afundaram ao longo de quatro séculos junto à costa do Panamá, Cuba, República Dominicana, Bahamas, Bermudas e Haiti e Estados Unidos.

De acordo com o El País, o objetivo desta relação do património submerso elaborada não pretende a sua recuperação do fundo do mar, mas a sua preservação nos sítios onde se encontram, em colaboração com as autoridades dos respetivos países, prevenindo eventuais saques por parte de caçadores de tesouros.

De todos os naufrágios agora recenseados, apenas se conhecem restos materiais e arqueológicos de 23% deles.

Naquela região do globo, o maior número de navios espanhóis afundados (249) está junto a Cuba, seguindo-se as costas dos Estados Unidos, com 153, a antiga Florida, com 150, o Panamá, com 66 e a República Dominicana e Haiti, com 63. Há ainda outros 63 naufrágios históricos documentados no Golfo do México.

Na esmagadora maioria dos casos (91,2%), a causa dos afundamentos foram tempestades e furacões, Os restantes deveram-se a acidentes (encalhamentos e colisões), combates, e ainda ataques piratas.

Entre os naufrágios históricos espanhóis está desde logo o da nau Santa Maria, capitaneada pelo próprio Cristóvão Colombo aquando da sua mítica viagem pioneira. O navio acabou por encalhar à chegada e perdeu-se.


:arrow: https://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/espanha-ja-sabe-quantos-navios-seus-naufragaram-nas-americas-entre-os-seculos-xv-e-xix--10614437.html?fbclid=IwAR0ssHAnbia2syJuPCyEhu89rLI7LSRjwpRDUKS_JlRKe4MTyIb8U7kSHgg
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 04, 2019, 12:11:54 pm
Erosão ameaça estátuas da Ilha da Páscoa



Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 05, 2019, 12:36:28 pm
Arqueólogos descobrem "tesouro cientifico" no México



Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2019, 03:27:23 pm
Vista para Acrópole ameaçada por novas construções


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 07, 2019, 06:12:22 pm
Documentos de Einstein são tornados públicos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 20, 2019, 10:55:17 am
Astrolábio português reconhecido como o mais antigo do mundo


(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=3c9b60fe-368e-47af-8e2d-b9683e3b6f21&t=20190319214712)


Um artigo científico publicado por investigadores da universidade inglesa de Warwick revela que o Guinness reconheceu oficialmente um astrolábio da armada portuguesa de Vasco da Gama como o mais antigo do mundo.

A peça arqueológica, agora inscrita no Livro dos Recordes Mundiais, foi feita entre 1496 e 1501 e é o único exemplar de um astrolábio decorado com o símbolo nacional - no caso, o brasão das armas reais portuguesas, que também a torna o único disco sólido de origem verificável.

Os autores do artigo - David L. Mearns, Jason M. Warnett e Mark A. Williams - publicado sexta-feira, no Jornal de Arqueologia Náutica, explicam que o processo de verificação e certificação do disco como um astrolábio só foi possível com recurso a imagens laser que permitiram construir um modelo a três dimensões.

O astrolábio foi descoberto em 2014 no interior da caravela Esmerada, afundada no oceano Índico durante a segunda viagem de Vasco da Gama à Índia (1502-1503).

A par do astrolábio, o Guinness certificou também a autenticidade de um sino recuperado no interior da mesma caravela e onde estava inscrita a data de 1496.

Os marinheiros portugueses foram os primeiros a usar um astrolábio, em 1481, durante uma viagem ao longo da costa ocidental de África.

Sendo o mais antigo astrolábio usado pelos marinheiros de 1500, os autores consideram que ele permite preencher uma lacuna cronológica no desenvolvimento desses instrumentos - podendo mesmo ser um instrumento de transição entre o astrolábio planisférico clássico e o astrolábio de tipo aberto que começou a ser utilizado antes de 1517.


:arrow: https://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/astrolabio-portugues-reconhecido-como-o-mais-antigo-do-mundo-10701355.html?fbclid=IwAR162YzdtkOf_UttAvYNs_YkUs__tgH9FSg50uu7uU3W7JBHHX9rDurzH28
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 30, 2019, 11:54:13 am
"Foram os árabes muçulmanos que começaram o tráfico de escravos em grande escala"

O antropólogo e economista franco-senegalês Tidiane N'Diaye considera que o tráfico de escravos árabo-muçulmano realizado durante quase mil anos ainda não foi reconhecido em toda a dimensão. Falta virar esta página.

(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=c698ad2a-d3e7-4e87-a71b-7b4ccc58766e&w=800&h=450&t=20190318142107)

O tráfico de escravos árabe-muçulmano é o tema da investigação de Tidiane N'Diaye o comércio

João Céu e Silva
18 Março 2019

Tidiane N'Diaye publicou O Genocídio Ocultado em 2008, mas mais de uma década depois o que acusa de ser um encobrimento de práticas esclavagistas árabo-muçulmanas entre o sétimo e o décimo sexto, quase mil anos, ainda se mantém.

Sem ignorar o tráfico transatlântico que se segue durante quatro séculos, considera que "os árabes arrasaram a África Subsariana durante treze séculos ininterruptos" e que a "maioria dos milhões de homens por eles deportados desapareceu devido ao tratamento desumano e à castração generalizada".

Para o investigador franco-senegalês, é mais do que tempo de "examinar e debater o genocidário tráfico negreiro árabo-muçulmano como se faz com o tráfico transatlântico".


A sua introdução ao ensaio O Genocídio Ocultado é muito violenta. Pode dizer-se que a escravatura arábo-muçulmana foi a mais dura?
É preciso reconhecer que as implosões pré-coloniais inauguradas pelos árabes destroem sem dúvida os povos africanos, que não tiveram um intervalo desde sua chegada. Como mostra a história, os árabes-muçulmanos estão na origem da calamidade que foi o tráfico e a escravatura, que praticaram do século VII ao século XX. E do sétimo ao décimo sexto século, durante quase mil anos, eles foram os únicos a praticar este comércio miserável, deportando quase 10 milhões de africanos, antes da entrada na cena dos europeus. A penetração árabe no continente negro iniciou a era das devastações permanentes de aldeias e as terríveis guerras santas realizadas pelos convertidos a fim de obter escravos de vizinhos que eram considerados pagãos. Quando isso não era suficiente, invadiram outros alegados "irmãos muçulmanos" e confiscaram os seu bens. Sob este acordo árabe-muçulmano, os povos africanos foram raptados e mantidos reféns permanentemente.

A recente islamização dos povos africanos excluiu as práticas de escravidão?
O islão só permite a escravização de não-muçulmanos. Mas em relação aos negros, os árabes utilizaram os textos eruditos como os de Al-Dimeshkri: "Nenhuma lei divina lhes foi revelada. Nenhum profeta foi mostrado em sua casa. Também são incapazes de conceber as noções de comando e de proibição, desejo e de abstinência. Tem uma mentalidade próxima da dos animais. A submissão dos povos do Sudão aos seus chefes e reis deve-se unicamente às leis e regulamentos que lhes são impostos da mesma maneira que aos animais. "

Considera existir um "desprezo dos árabes pelos negros no Darfur". Mantém-se até à atualidade?
Sim. No inconsciente dos magrebinos, esta história deixou tantos vestígios que, para eles, um "negro" continua sendo um escravo. Eles nem podem conceber que os negros estejam entre eles. Basta ver o que está a acontecer na Mauritânia ou no Mali, onde os tuaregues do norte jamais aceitarão o poder negro. Os descendentes dos carrascos, como os das vítimas, tornaram-se solidários por motivos religiosos. Mas existem mercados de escravos na Líbia! Somente o debate permitirá superar essa situação. Recorde-se que em França, durante o comércio de escravos e a escravatura, havia filósofos do Iluminismo, como o Abade Gregório ou mesmo Montesquieu, que defendiam os negros, enquanto no mundo árabo-muçulmano os intelectuais mais respeitados, como Ibn Khaldun, também eram obscurantistas e afirmavam que os negros eram animais. Nenhum intelectual do Magrebe levantou a voz para defender a causa dos negros. É por esta razão que este genocídio assumiu tal magnitude e continua. No Líbano, na Síria, na Arábia Saudita, os trabalhadores domésticos africanos vivem em condições de escravatura. A divisão racial ainda é real na África.

Quando se fala de genocídio o holocausto surge logo. Pode-se fazer comparações, apesar da duração temporal, com a do tráfico negreiro árabe?
Desde o início do comércio oriental de escravos que os muçulmanos árabes decidiram castrar os negros para evitar que se reproduzissem. Esses infelizes foram submetidos a terríveis situações para evitar que se integrassem e implantassem uma descendência nesta região do mundo. Sobre esse assunto, os comentários de uma rara brutalidade das Mil e Uma Noites testemunham o tratamento terrível que os árabes reservavam aos cativos africanos nas suas sociedades esclavagistas, cruéis e depreciativas particularmente para os negros. A castração total, a dos eunucos, era uma operação extremamente perigosa. Quando realizada em adultos, matou entre 75% e 80% dos que a ela foram sujeitos. A taxa de mortalidade só foi menor nas crianças que eram castradas de forma sistemática. Mas 30% a 40% das crianças não sobreviveram à castração total. Hoje, a grande maioria dos descendentes dos escravos africanos são na verdade mestiços, nascidos de mulheres deportadas para haréns. Apenas 20% são negros. Essa é a diferença com o comércio transatlântico.

Afirma que o tráfico negreiro transatlântico foi menos devastador que o comércio árabo-muçulmano. O que os diferencia?
Eu só falo de genocídio para descrever o comércio de escravos transaariano e oriental. O comércio transatlântico, praticado por ocidentais, não pode ser comparado ao genocídio. A vontade de exterminar um povo não foi provada. Porque um escravo, mesmo em condições extremamente más, tinha um valor de mercado para o dono que o desejava produtivo e com longevidade. Para 9 a 11 milhões de deportados durante essa época, existem hoje 70 milhões de descendentes. O comércio árabo-muçulmano de escravos deportou 17 milhões de pessoas que tiveram apenas 1 milhão de descendentes por causa da maciça castração praticada durante quase catorze séculos.

(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=ad060a93-28e5-4a2f-8a17-a674d7d955a3&t=20190318142107)
O autor Tidiane N'Diaye

Pode dizer-se que os árabes são os "inventores" da escravatura tal como a definimos hoje?
Na verdade, foi o Império Romano quem mais praticou a escravidão. Estima-se que em determinada altura quase 30% da população do império era escrava. Quanto à África, deve-se notar que, enquanto a propriedade privada não existia, as pessoas funcionariam em cooperativa. Quando a propriedade privada cresceu, eram precisos mais braços para trabalhar. Foi então que os conflitos começaram e cresceram e os vencidos foram então reduzidos à escravidão. Estima-se que, no século XIX, 14 milhões de africanos estavam escravizados. A escravatura interna existia antes e durante o tráfico árabo-muçulmano e transatlântico. Foram os árabes muçulmanos que começaram o tráfico de escravos em grande escala. Como Fernand Braudel apontou, o tráfico de escravos não foi uma invenção diabólica da Europa. São os muçulmanos árabes que estão na origem e o praticaram em grande escala. Se o tráfico atlântico durou de 1660 a 1790, os muçulmanos árabes atacaram os negros do sétimo ao vigésimo século e foram os únicos a praticar o tráfico de escravos.

Acusa o mundo árabe-muçulmano de fazer um genocídio meticulosamente preparado. É uma questão de que não se fala porquê?
Este é realmente um pacto virtual selado entre os descendentes das vítimas e os algozes, que resulta em negação. Este pacto é virtual, mas a conspiração é muito real. Porque neste tipo de "Síndrome de Estocolmo ao estilo africano", em que tudo se coloca sobre as costas do Ocidente. É como se os descendentes das vítimas tenham decidido nada dizer. Que os estudiosos e outros intelectuais árabes-muçulmanos tentassem fazer desaparecer essa realidade até ser uma mera lembrança dessa infâmia, como se nunca tivesse existido, até pode ser compreendido. No entanto, é difícil perceber a atitude de muitos cientistas - e mesmo de afro-americanos que se convertem cada vez mais para o islão -, pois é uma espécie de auto-censura. É por isso que decidi publicar este livro, uma tentativa para quebrar o silêncio porque a história e antropologia não estão ao nível de uma crença religiosa ou de uma ideologia, mas de factos provados que não podemos esconder para sempre.

Como vê o papel de Portugal nesse trafico transatlântico?
Os portugueses tinham acidentalmente capturado um nobre mouro Adahu, em 1441. Este último ofereceu-se para comprar sua liberdade em troca de seis escravos negros e isso ocorreu em 1443. Depois disso, Dinis Dias desembarcou no Senegal e trouxe para Lagos quatro cativos, situação que marca o início do tráfico sistemático. Os portugueses foram, assim, os primeiros a importar escravos para o trabalho agrícola. Eles transportavam entre 700 e 800 cativos por ano desde os postos comerciais e fortes na costa africana. Os pioneiros neste tráfego foi Gonçalves Lançarote em 1444. Em seguida, foi a vez do navegador Tristão Nunes comprar aos mouros um número significativo de cativos africanos, para aumentar o seu número em São Tomé e Portugal. Em 1552, 10% da população de Lisboa consistia de escravos mouros ou negros. Aqui também há um trabalho de memória a ser feito...

A colonização europeia de África suavizou a anterior crueldade sobre os povos do continente ou manteve-a?
Se essa colonização pudesse ter um rosto, seria aquele que está na origem de dramas inesquecíveis. Depois dos compromissos históricos dos pensadores iluministas com ideias racistas, desde meados do século XIX que também há teorias que se infiltraram nas cabeças de um grande número de intelectuais como a do racismo científico. Se no início das conquistas, os ingleses apresentavam a superioridade científica e técnica da sua civilização sobre a dos povos "atrasados", em seguida procuraram uma "justificativa racial" para fazer a colonização. Sociólogos e cientistas britânicos decidiram elevar essa manobra ao apresentar os povos negros como sendo "seres vivos, semelhantes aos animais". E foram inspirados por uma das referências científicas da época, Charles Darwin, que concluiu o seu trabalho da seguinte forma: "O homem subiu da condição de grande macaco para o homem civilizado, passando pelas fases do homem primitivo e do homem selvagem. O melhor grau de evolução foi alcançado pelo homem branco." Todas essas construções levaram a calamidades como a do apartheid.


O Genocídio Ocultado - Investigação histórica sobre o tráfico negreiro árabo-muçulmano

Tidiane N'Diaye

(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=e8ee9873-b0c9-4f60-9942-f22bed91e24b&t=20190318142107)

https://www.dn.pt/cultura/interior/foram-os-arabes-muculmanos-que-comecaram-o-trafico-de-escravos-em-grande-escala-10680721.html
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 15, 2019, 04:57:09 pm
Presidente da Grécia pede Mármores do Partenon ao Museu Britânico



Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 16, 2019, 10:57:51 am
Macron promete reconstrução de Notre-Dame


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 05, 2019, 05:37:24 pm
Sarcófagos com mais de 4 mil anos encontrados no Egito


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 10, 2019, 03:22:57 pm
Milhares procuram corpos de soldados russos da II Guerra Mundial



Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 19, 2019, 04:28:22 pm
Coliseu abre as portas para visitas noturnas


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 31, 2019, 02:35:23 pm
Da Vinci tinha Défice de Atenção ?


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 17, 2019, 03:46:13 pm
Vende-se a arma que matou Van Gogh


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 18, 2019, 02:25:15 pm
Túneis das Termas de Caracala abertos pela primeira vez ao público


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 11, 2019, 03:31:10 pm
Rota cultural no Algarve desvenda legado islâmico que une Portugal e Espanha



Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 14, 2019, 04:16:08 pm
Duas novas pirâmides do Egito abertas ao público



Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 21, 2019, 05:02:48 pm
Noheda, a "Pompeia de Espanha", abre finalmente ao público



Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 26, 2019, 05:52:40 pm
Osso gigante de dinossauro descoberto em França


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 28, 2019, 12:17:56 pm
Análises forenses a ossadas no caso "Emanuela Orlandi"


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 04, 2019, 12:16:51 pm
Município brasileiro ensina que foi Espanha a descobrir o Brasil


Em Cabo de Santo Agostinho, município nordestino brasileiro, ensina-se às crianças que foi o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón quem descobriu o Brasil, contrariando a versão leccionada na maioria das escolas, de que foi o português Álvares Cabral.

Nesta cidade costeira, localizada no estado brasileiro de Pernambuco, não há espaço nas primeiras lições de História para o lusitano Pedro Álvares Cabral, porque, segundo explicou à agência Lusa a secretária municipal da Educação do Cabo, Sueli Lima Nunes, cerca de três meses antes da chegada do português a solo brasileiro, Pinzón atracava nas praias do Cabo de Santo Agostinho.

“26 de Janeiro de 1500, com o Tratado de Tordesilhas a dividir os países entre Espanha e Portugal, Vicente Yáñez Pinzón atraca aqui em Cabo de Santo Agostinho, dando-lhe o nome de ‘Santa María de la Consolación’. Porém, ele não se pôde apropriar desta terra devido ao tratado”, afirmou Sueli Nunes, acrescentando que o actual nome da cidade foi dado pelos portugueses, aquando da sua chegada àquele território.

Num livro didáctico escolar a que a Lusa teve acesso, em que está descrita a história do Cabo de Santo Agostinho, desde o berço indígena até à actualidade, é uma pintura do busto de Pinzón que serve de entrada ao período dos descobrimentos.

“No livro ‘Terra Pernambucana’, de Mário Sette, há um capítulo intitulado “a primeira gaivota”, no qual é descrita a grande odisseia de Vicente Yáñez Pinzón que teria avistado a terra em 26 de Janeiro de 1500 (...) Há quem afirme não ser tão precisa esta data, mas terá sido entre 20 de Janeiro e 20 de Fevereiro de 1500”, descreve o manual escolar, sem mencionar Cabral, cuja chegada ao Brasil foi registada em 22 de Abril de 1500.

Sueli frisa que não é apenas nos manuais escolares e livros didácticos que Pinzón surge como uma figura importante para os cabenses, habitantes daquele município. A memória do navegador espanhol está presente por toda a cidade, desde monumentos, livros, em nomes de lojas, e até em fachadas de padaria.

“Vicente Yáñez Pinzón é uma referência, e se essa referência está colocada na cidade do Cabo de Santo Agostinho, é assim que nós ensinamos, com essa construção. Até porque existe todo um referencial científico que comprova a chegada do espanhol aqui ao Cabo”, salientou a secretária da Educação.

Assinado em 07 de Junho de 1494, o Tratado de Tordesilhas, firmado na cidade espanhola com o mesmo nome, determinou a divisão do mundo “descoberto e por descobrir” em duas partes, através de uma linha imaginária traçada a 370 léguas a oeste de Cabo Verde, de polo a polo, que garantiu os direitos de exploração das terras a oeste à coroa espanhola, e a leste a Portugal.

Cerca de seis anos após a assinatura do Tratado, os irmãos espanhóis Pinzón organizaram uma frota, com quatro caravelas, comandadas por Vicente Pinzón e partiram no sentido Oeste. Em meados de Janeiro chegaram ao cabo de Santo Agostinho, na costa de Pernambuco. Sabendo que estavam em terras portuguesas, e tendo em conta o acordo firmado em Tordesilhas, o navegador espanhol rumou para norte, segundo a plataforma ‘online’ Ebiografia.

Porém, há historiadores que afirmam que a terra denominada de ‘Santa Maria de la Consolación’ por Pinzón era afinal a ponta do Mucuripe, em Fortaleza, no estado do Ceará, e não o Cabo de Santo Agostinho, tese que é defendida no livro “Vicente Pinzón e a Descoberta do Brasil”, do jornalista Rodolfo Espínola, e pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagen.

Teoria essa que em nada afecta a devoção dos cabenses pelo espanhol.

“Pinzón ficou cá por poucos dias, devido ao tratado com Portugal, mas apesar do pouco tempo, foi bastante significativo para todos nós”, reforçou a secretária, que mestre em Ciências da Educação.

O navegador dá ainda nome a um festival no Cabo de Santo Agostinho, que se realiza em 26 de janeiro, data em que os cabenses estimam que o navegador espanhol tenha pisado uma ponta de terra que avança sobre o mar, hoje chamada de Vila da Nazaré, por influência dos portugueses.

Em entrevista à agência Lusa, o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Clayton da Silva Marques, revelou que há um interesse turístico por parte da autarquia local em explorar a imagem de Pinzón, nomeadamente na tentativa de atrair público de língua espanhola.

“O Brasil foi descoberto aqui no Cabo de Santo Agostinho. Então, aproveitamos o dia 26 de Janeiro para fazer uma grande comemoração. (...)Fizemos um festival com dança flamenca, com elementos culturais espanhóis, mostrando os pontos turísticos do município. É um momento muito importante”, declarou o governante local.

Em 2002, o agora ex-deputado brasileiro João Feu Rosa apresentou à Câmara dos Deputados um projecto de lei que visava alterar a data oficial do Descobrimento do Brasil de 22 de abril de 1500 para 26 de Janeiro de 1500, momento em que Pínzón chegou ao país sul-americano. Porém, até ao momento, o projecto não foi aprovado.


 :arrow: https://www.publico.pt/2019/08/04/tecnologia/noticia/municipio-brasileiro-ensina-espanhol-descobrir-brasil-1882322?fbclid=IwAR0mB6HZC_B7t2pQYl1sTHq1VN0BBDOVAvSrQPRSE21wcVCI7QRwseKr__Q
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 29, 2019, 02:14:13 pm
Descoberta fóssil revela rosto de antepassado humano


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 27, 2019, 09:38:43 am
Na pré-história, os bebés já bebiam leite de origem animal em biberões

Equipa de cientistas analisou pequenos vasos com cerca de 3000 anos e concluiu que eram usados como biberões para alimentar bebés com leite de origem animal.

https://www.publico.pt/2019/09/27/ciencia/noticia/prova-antiga-biberoes-leite-origem-animal-1887886
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Viajante em Setembro 27, 2019, 10:26:07 am
Na pré-história, os bebés já bebiam leite de origem animal em biberões

Equipa de cientistas analisou pequenos vasos com cerca de 3000 anos e concluiu que eram usados como biberões para alimentar bebés com leite de origem animal.

https://www.publico.pt/2019/09/27/ciencia/noticia/prova-antiga-biberoes-leite-origem-animal-1887886

Os vegan vão ficar chocados por descobrirem que o homem já foi omnívoro!!!!!!!
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 14, 2020, 10:44:25 am
Pompeia vai reabrir rodeada de esplendor


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 28, 2020, 02:26:52 pm
Citar
Quando Constantino subiu ao trono, em 306, o cristianismo era pouco mais do que uma seita esotérica oriental. Se naquela época alguém sugerisse que se tornaria na religião de Estado do Império Romano, seria recebido por um coro de gargalhadas, tal como aconteceria se, hoje, alguém sugerisse que, por volta de 2050, o movimento Hare Krishna será a religião de Estado dos EUA. Em outubro de 1913, os bolcheviques eram uma pequena fação radical russa. Nenhuma pessoa razoável teria previsto que, em apenas quatro anos, eles se apoderariam do país. Em 600 d.c., a noção de que um grupo de árabes que vivia no deserto conquistaria em breve uma vasta região, que se estendia do oceano Atlântico até à india, era ainda mais descabida. De facto, se o exército bizantino tivesse sido capaz de repelir a sua investida inicial, o islão teria, provavelmente permanecido um culto obscuro cuja existência só seria conhecida de uma mão-cheia de crentes. Os académicos teriam, então, um trabalho muito fácil, caso pretendessem explicar o motivo de uma fé baseada numa revelação a um mercador de meia-idade, oriundo de Meca, nunca teria sido capaz de se enraizar.

Esta conclusão desilude muitas pessoas que preferem que a história seja determinista. O determinismo é atraente porque insinua que o nosso mundo e as nossas crenças são um produto natural e inevitável da história.

Harari, Yuval Noah ; Guerra, Rita Carvalho e, 1979- - Sapiens : história breve da humanidade : de animais a Deuses. 1.ª ed.. Amadora : Elsinore, 2018. 504 p. . ISBN 978-989-8864-08-6
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Maio 29, 2020, 02:12:31 am
Os primeiros contactos com vida extraterrestre irão deitar por terra parte das atuais religiões. Outras irão surgir.

Não vês o Alienígenas no canal História?!  :mrgreen:
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lightning em Maio 29, 2020, 02:24:17 am
Não vês o Alienígenas no canal História?!  :mrgreen:

Quando não está a dar a loja de penhoras ou os gajos que fazem facas é o que vejo.

Ou fixe, fixe é teorias da conspiração misturadas com o Hitler e outras cenas da 2a guerra mundial.
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 04, 2020, 11:41:04 am
Descoberta no Alentejo "estrutura única na Pré-História da Península Ibérica"

(https://images.impresa.pt/sicnot/2020-08-04-110164008_3151641011582285_2942756620045691638_o.jpg/original/mw-860)

Escavações arqueológicas no complexo dos Perdigões, no distrito Évora, identificaram "uma estrutura única na Pré-História da Península Ibérica", anunciou hoje a empresa Era-Arqueologia.


 Em declarações à agência Lusa, o arqueólogo responsável, António Valera, disse tratar-se de "de uma construção monumental em madeira, de que restam as fundações, de planta circular e com mais de 20 metros de diâmetro".


 Segundo Valera, esta construção "seria composta por vários círculos concêntricos de paliçadas e alinhamentos de grandes postes ou troncos de madeira, a qual foi já exposta em cerca de um terço da sua planta".



Citar
Trata-se de "uma construção de carácter cerimonial", um tipo de estrutura apenas conhecido na Europa Central e nas Ilhas Britânicas, de acordo com o arqueólogo responsável, com as designações como 'Woodhenge', "versões em madeira de Stonehenge", ou 'Timber Circles' (círculos de madeira).


"Esta é a primeira a ser identificada na Península Ibérica, estando datada entre 2800-2600 antes de Cristo (a.C.), ou seja, será anterior à construção em pedra de Stonehenge [em Inglaterra] , para a qual se tem avançado uma cronologia em torno a 2500 a.C.", sublinhou o arqueólogo.


 A estrutura agora identificada localiza-se no centro do grande complexo de recintos de fossos dos Perdigões e "articula-se com a visibilidade sobre a paisagem megalítica que se estende entre o sítio e a elevação de Monsaraz, localizada a nascente, no horizonte".



Citar
"Um possível acesso ao interior desta estrutura encontra-se orientado ao solstício de verão, reforçando o seu carácter cosmológico", referiu Valera, realçando que "esta situação é também conhecida noutros 'woodhenges' e 'timber circles' europeus, onde os alinhamentos astronómicos das entradas são frequentes, sublinhando a estreita relação entre estas arquiteturas e as visões do mundo neolíticas".


Importância do complexo dos Perdigões nos estudos do Neolítico Europeu


O arqueólogo realçou que "esta descoberta reforça a já elevada importância científica do complexo de recintos dos Perdigões no contexto internacional dos estudos do Neolítico Europeu, aumentando simultaneamente a sua relevância patrimonial", que foi reconhecida em 2019 com a classificação como Monumento Nacional.


 O sítio arqueológico dos Perdigões, nos arredores de Reguengos de Monsaraz, corresponde a "um grande complexo de recintos de tendência circular e concêntrica definidos por fossos, abrangendo uma área de cerca de 16 hectares e tendo um diâmetro máximo de cerca de 450 metros", segundo informação da Era.


 Este sítio está ser escavado há 23 anos pela empresa e tem reunido colaborações de várias instituições e investigadores nacionais e estrangeiros.


 O sítio apresenta uma cronologia de cerca de 1400 anos, desde o final do Neolítico Médio (cerca 3400 a.C.) e o início da Idade do Bronze (cerca de 2000 a.C.) e "é visto essencialmente como um grande centro de agregação de comunidade humanas, onde se desenvolveriam práticas cerimoniais, se geriam relações identitárias, culturais e políticas entre diferentes grupos".


 A sua implantação na paisagem "é representativa do seu carácter cosmogónico", situando-se "num anfiteatro natural, aberto ao vale da Ribeira de Vale do Álamo, onde se localiza uma das maiores concentrações de monumentos do megalitismo alentejanos. As entradas dos recintos mais exteriores, e outras em recintos mais interiores, estão orientadas aos solstícios ou aos equinócios, funcionando o horizonte para o qual está virado como um autêntico calendário anual do nascer do sol", segundo a Era - Arqueologia.

https://sicnoticias.pt/cultura/2020-08-04-Descoberta-no-Alentejo-estrutura-unica-na-Pre-Historia-da-Peninsula-Iberica
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 17, 2020, 04:07:30 pm
"Gato" milenar descoberto no Peru


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 15, 2020, 06:24:00 pm
Egito revela a descoberta de mais de 100 sarcófagos intactos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 22, 2020, 06:16:16 pm
Nova descoberta arqueológica em Pompeia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 26, 2020, 06:20:06 pm
Balcão de "fast-food" descoberto em Pompeia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Janeiro 06, 2021, 08:02:42 pm
(https://i.imgur.com/Z09QIDS.jpg)

Thracian chariot found in the village of Karanovo, 1st century AD

https://museum-of-artifacts.blogspot.com/2015/10/thracian-chariot-found-in-village-of.html?m=1&fbclid=IwAR2PMb8rmBwyv7ERjKlqbnTYOxl7oUv4tH5XFL5GVBxHnA1w_9MYfhdxsZk
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 29, 2021, 05:30:03 pm
Dinossauro descoberto na Patagónia será o maior de sempre


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 29, 2021, 11:56:06 pm
"Antiguidades de sangue" roubadas geram milhões em mercados de arte europeus


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 02, 2021, 08:55:08 pm
Gruta Cosquer partilha os segredos com o mundo


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 15, 2021, 06:15:20 pm
Destroços de possível navio holandês do século XVII encontrados em Melides

(https://funkyimg.com/i/3aPHo.jpg)

Destroços arqueológicos de uma embarcação, possivelmente um navio holandês do século XVII, foram encontrados na sexta-feira na lagoa de Melides (Grândola) e recolhidos para análise e identificação, revelou esta segunda-feira a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

De acordo com a DGPC, num comunicado esta segunda-feira divulgado, as fortes chuvadas ocorridas no início deste mês deixaram expostos, "durante um breve período", os destroços de uma embarcação que se suspeita ser "Schoonhoven", um navio holandês que, "segundo registos históricos, naufragou ao largo de Melides a 23 de janeiro de 1626".

ANÁLISE À MADEIRA DOS DESTROÇOS

No local, foi feito um registo tridimensional do destroço e colhida "uma amostra duma tábua de forro exterior da embarcação", que será estudada para validar aquela hipótese.

A investigação incluirá uma análise aos anéis de crescimento da madeira (dendrocronologia) dos destroços encontrados, o que permitirá saber "a data de abate da árvore que deu origem à tábua, a sua espécie, ou ainda o tipo de clima onde cresceu".

Segundo a DGPC, os trabalhos no local foram feitos "de emergência" pela equipa do projeto "Um mergulho na História", especializado em "deteção, escavação e divulgação de naufrágios históricos".

"A monitorização e avaliação" foram asseguradas por uma equipa do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), em conjunto com a Direção Regional de Cultura do Alentejo e a Câmara Municipal de Grândola.

Na operação estiveram ainda envolvidas ainda a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, a Guarda Nacional Republicana (GNR), a Capitania do Porto de Sines e a Autoridade Marítima Nacional.

O achado arqueológico, "só visível durante a maré-baixa", "foi reenterrado pelas dinâmicas do estuário prestes também a desaparecer quando a Lagoa fechar de novo", refere a DGPC em comunicado.

NAVIO HOLANDÊS, COM 400 TONELADAS, PARTIU A 20 DE DEZEMBRO DE 1625 DA ILHA DE TEXEL

Segundo a DGPC, outros destroços, possivelmente do mesmo na navio, já tinham sido antes identificados por mergulhadores na lagoa de Melides.

Há documentação que regista que aquele navio holandês, com 400 toneladas, partiu a 20 de dezembro de 1625 da ilha de Texel, nos Países Baixos, naquela que seria a "sua terceira viagem em direção à Ásia, num percurso que se vê interrompido pelo seu naufrágio na costa de Portugal".

"O navio terá sido arrojado contra a costa, ou tentado abrigar-se em Melides numa última manobra desesperada", refere a DGPC.

"A documentação inédita, pertencente quer ao Arquivo Histórico Ultramarino, quer aos Arquivos Holandeses, permitiu, não só identificar Melides como o local da ocorrência deste naufrágio como também dar a saber as diligências desenvolvidas por instituições locais no sentido de arrecadar os salvados arrojados à costa", lê-se na nota de imprensa.


 :arrow: https://sicnoticias.pt/pais/2021-02-15-Destrocos-de-possivel-navio-holandes-do-seculo-XVII-encontrados-em-Melides?fbclid=IwAR00FbBtJKNZ8fJrMFX-88tqzTxOvlr8aRFe5PrCKoMPyH2_gqT3OMaRdYk
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 18, 2021, 08:30:58 pm
Cientistas apresentam ADN mais antigo do mundo


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 28, 2021, 11:09:02 am
Novo achado arqueológico em Pompeia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 05, 2021, 05:06:46 pm
Pompeia - A cidade perdida encontra-se no Coliseu de Roma


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Março 10, 2021, 12:04:19 am
(https://scx2.b-cdn.net/gfx/news/hires/2021/secretsofsea.jpg)


Secrets of sealed 17th century letters revealed by dental X-ray scanners

The senders of these letters had closed them using 'letterlocking' - the historical process of intricately folding and securing a flat sheet of paper to become its own envelope.
Letterlocking was common practice for secure communication before modern envelopes came into use, and is considered to be the missing link between ancient physical communications security techniques and modern digital cryptography.

https://phys.org/news/2021-03-secrets-17th-century-letters-revealed.html?fbclid=IwAR3eJbs65ZtspiDok4-Ys72KoqjGxTxKms94Wcy_rrk2KymhqHskRDDl4Dg

https://www.nature.com/articles/s41467-021-21326-w


(https://media.springernature.com/lw685/springer-static/image/art%3A10.1038%2Fs41467-021-21326-w/MediaObjects/41467_2021_21326_Fig1_HTML.png?as=webp)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 10, 2021, 10:48:26 am
A segunda vida dos budas destruídos pelos talibãs


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 12, 2021, 07:22:07 pm
Um "computador" com dois mil anos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 16, 2021, 05:41:13 pm
Arqueólogos israelitas encontram fragmentos de textos bíblicos
As dezenas de novos manuscritos do Mar Morto foram encontrados durante as investigações da Autoridade Israelita de Antiguidades na Judeia e datam do período entre o século III A.C. e o século I D.C..

(https://bordalo.observador.pt/v2/rs:fill:1000/q:85/c:1933:1085:nowe:0:0/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2017/10/09160237/jesus-cristo.jpg)

Arqueólogos israelitas anunciaram a descoberta de dezenas de novos manuscritos do Mar Morto incluindo um texto bíblico numa caverna onde se acredita ter sido escondido durante uma revolta judaica contra o Império Romano, há 1.900 anos.

Os fragmentos de pergaminho apresentam linhas de texto em grego dos livros dos profetas Zacarias e Naum. De acordo com a Autoridade Israelita de Antiguidades, os fragmentos submetidos ao sistema de datação por carbono são do século II sendo os primeiros a serem encontrados no deserto a sul de Jerusalém em mais de 60 anos.

Os investigadores admitem que as novas peças encontradas podem pertencer aos fragmentos de pergaminho encontrados no local conhecido como a “Caverna dos Horrores”, por terem sido encontrados 40 esqueletos humanos durante escavações nos anos 1960. Acredita-se que os textos tenham sido escondidos durante a revolta Bar a, uma sublevação armada contra Roma durante o período do Imperador Adriano, entre os anos 132 e 136 D.C..

Os artefactos foram encontrados durante as investigações da Autoridade Israelita de Antiguidades do deserto de Judeia no sentido de serem evitadas pilhagens. Os Pergaminhos do Mar Morto, uma coleção de textos judaicos encontrados em cavernas do deserto, perto de Qumran, nos anos 1940 e 1950, datam do período entre o século III A.C. e o século I D.C..

https://observador.pt/2021/03/16/arqueologos-israelitas-encontram-fragmentos-de-textos-biblicos/
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 03, 2021, 07:50:51 pm
Cortejo de Múmias desfila no Egito


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 05, 2021, 06:15:24 pm
Inauguração do novo Museu Nacional da Civilização Egípcia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 10, 2021, 02:57:23 pm
"Cidade dourada perdida" encontrada no Egito


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 03, 2021, 08:50:06 pm
Chão novo e vida nova para o Coliseu de Roma


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 20, 2021, 03:56:27 pm
Mistério da origem de Colombo desvendado este ano


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 25, 2021, 06:53:01 pm
Nero: o homem e o mito em exposição em Londres


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 26, 2021, 11:50:20 pm
Exposição mostra vida de há 4500 anos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 28, 2021, 05:11:31 pm
Cientistas israelitas identificam novo antepassado pré-histórico


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 02, 2021, 05:52:23 pm
Encontrado Navio romano do século II a.C.


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: smg em Agosto 06, 2021, 09:30:53 pm
Boa noite .Deixo este vídeo interessante sobre os primeiros tempos da presença romana no noroeste peninsular com a chegada das legiões e os campos militares  . Um abraço .
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Daniel em Agosto 21, 2021, 01:23:48 pm
SERÁ TOMAR A JERUSALÉM DO OCIDENTE? A COMPARAÇÃO NÃO É (SÓ) COINCIDÊNCIA
https://24.sapo.pt/vida/artigos/sera-tomar-a-jerusalem-do-ocidente-a-comparacao-nao-e-so-coincidencia
(https://thumbs.web.sapo.io/?W=2100&H=1050&delay_optim=1&crop=center&epic=MzZjcQQg+9ecRJ0YFRQ+RYsYClQzOqXq59uO1K4PSf5FMCdVRPXA6JEkRui6ASipqaIkKHugDbkeR6HoZrOsWo91Y7Is6AsjyNkf3FwDQ2xL2mg=)
Citar
Alguns dizem que tem uma ligação com a Terra Santa, outros acreditam que está aqui escondido o mítico tesouro de Cristo, e há ainda quem fale em seres sobrenaturais que guardam a cidade. Pegámos na mochila e viemos descobrir com os nossos próprios olhos. Estamos em Tomar e ouvimos dizer que há segredos escondidos por aí.
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Setembro 10, 2021, 01:52:29 pm

A large bronze mask was discovered at the Sanxingdui archaeological site, Sichuan Province, China.
According to Xu Feihong, archaeologist in charge of the ritual pit no. 3, the mask is “the largest bronze mask unearthed in Sanxingdui, and even the largest in the Shang and the Zhou dynasties.”
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: smg em Setembro 18, 2021, 09:55:20 pm
Decidi 'desenterrar' esta reportagem da Sinal TV porque deve estar para breve a abertura do museu das termas terapêuticas romanas . Esta tarde passei por Chaves e fiquei com a ideia que aquilo está finalmente quase pronto . Segundo os especialistas estão entre as 5 de maiores dimensões e mais bem conservadas do antigo Império Romano . Vestígios de um tempo em que AQUAE FLAVIAE era um dos principais pólos daquilo que se designa hoje em dia por 'turismo' , já que como é sabido os romanos eram grandes apreciadores de águas termais . Por causa de um conjunto de problemas e erros não foi possível até hoje inaugurar o museu .
P.S. : carregando no canto inferior direito do vídeo tem-se uma melhor visualização com ecrã total .
www.videos.sapo.pt/tQTs0HhRepz4vWvBeVIN
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: smg em Setembro 27, 2021, 09:11:01 pm
Boa noite . Deixo aqui um endereço para quem quiser ver o documentário ' os enigmas do cabeço da mina ' galardoado a semana passada com o prémio de melhor filme de arqueologia pré-historica pelo Museo e Istituto Fiorentino do Preistoria Paolo Graziosi de Itália .
https://ruipedrolamy.com/os-enigmas-do-cabeco-da-mina/
Recomendo a quem gosta desses temas de arqueologia e tiver cerca de 25 minutos de tempo livre .
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 28, 2021, 11:06:37 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 06, 2021, 01:00:14 pm
Detetada presença humana nos Açores 700 anos antes da chegada dos portugueses


O estudo sugere que os primeiros colonizadores do arquipélago eram "provavelmente" oriundos do norte da Europa e que encontraram "condições climáticas favoráveis para navegar em direção aos Açores no final da Alta Idade Média, devido à predominância dos ventos do nordeste e o enfraquecimento dos de oeste".

Um estudo internacional, que contou com a participação de investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos - Açores (CIBIO), detetou presença humana nos Açores 700 anos antes da chegada dos portugueses, foi revelado nesta quarta-feira. Em comunicado, o CIBIO-Açores esclarece que o estudo reconstruiu as condições em que os Açores foram habitados pela primeira vez e o impacto que a presença humana teve nos ecossistemas do arquipélago.

Uma das principais conclusões da investigação, publicada na revista PNAS, é que as primeiras evidências de presença humana nas ilhas foram detetadas 700 antes da chegada dos portugueses no século XV, nomeadamente à ilha de Santa Maria em 1427 e às ilhas do Corvo e das Flores em 1452.

O estudo sugere ainda, tendo por base diferentes simulações para determinar as condições climatéricas, que os primeiros colonizadores do arquipélago eram "provavelmente" oriundos do norte da Europa e que encontraram "condições climáticas favoráveis para navegar em direção aos Açores no final da Alta Idade Média, devido à predominância dos ventos do nordeste e o enfraquecimento dos de oeste".

"O trabalho agora publicado regista a chegada dos primeiros colonos às ilhas no final da Alta Idade Média", salienta o CIBIO - Açores, acrescentando que a investigação contraria o consenso de que o arquipélago nunca tinha sido habitado até à chegada dos portugueses.

Citado no comunicado, Pedro Raposeiro, investigador do centro açoriano e primeiro autor do artigo, sublinha que a investigação "demonstra a importância de promover estudos multidisciplinares entre as ciências naturais e as ciências humanas" para que exista "uma visão mais ampla do que realmente aconteceu no passado".

Os investigadores analisaram e dataram, recorrendo a técnicas geológicas, químicas, físicas e biológicas, cinco sondagens de sedimentos recuperados do fundo de lagos das ilhas de São Miguel, Pico, Terceira, Flores e Corvo.

"Detetaram nos sedimentos lacustres a presença de esteróis, fração muito abundante da matéria orgânica nas fezes de mamíferos, e de fundos coprófilos, que são interpretados como indicadores da atividade humana", esclarece o centro.

Também citado no comunicado, Timothy Shanahang, investigador da Universidade do Texas (Estados Unidos da América), esclarece que os intestinos dos mamíferos produzem "em abundância esteróis e estanóis fecais que são bem preservados nos sedimentos lacustres e são um indicador único e inequívoco da presença de grandes mamíferos em determinados períodos do passado".

"Além disso, os compostos produzidos pelo intestino humano e pelo gado são diferentes, o que nos permite distingui-los", afirma.

Já Santiago Giralt, um dos principais autores do artigo, acrescenta que, devido à posição geográfica, as ilhas dos Açores "não eram habitadas por grandes mamíferos" e que o aparecimento do "coprostanol nos sedimentos pode ser atribuído à presença de humanos e do estigmastanol aos ruminantes, como vacas, cabras ou ovelhas".

A partir do estudo do pólen, fragmentos fósseis de plantas e resíduos de carvão presentes nos sedimentos, a investigação caracterizou ainda o impacto das primeiras ocupações humanas nos ecossistemas das ilhas, que levou a "profundas alterações ecológicas e ambientais".

"Embora as fontes históricas descrevam os Açores como densamente florestados e intocados, este trabalho evidencia a discrepância que existe entre os registos fósseis e os registos históricos que servem na maioria das vezes como referência para identificar ecossistemas prístinos", afirma Pedro Raposeiro.

Além dos investigadores do centro da Universidade dos Açores, o estudo contou em Portugal com a colaboração do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), do Instituto Dom Luiz, da Universidade de Lisboa, e da Universidade de Évora.

Na investigação participaram também especialistas do Geosciences Barcelona (GEO3BCN-CSIC), do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Autónoma de Barcelona, do Centro de Pesquisas Ecológicas e Aplicações Florestais (CREAF), do Instituto de Pesquisas Marinhas (IIM-CSIC), do Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN-CSIC), da Universidade da Corunha (UC), da Universidade de Barcelona (UB), da Universidade do Texas, da Universidade de Brown dos Estados Unidos da América, da NIOZ (Holanda), da Universidade de Amsterdam (Holanda), da Universidade de Bern (Suíça) e da Universidade Edith Cowan (Austrália).


 :arrow: https://www.dn.pt/sociedade/detetada-presenca-humana-nos-acores-700-anos-antes-da-chegada-dos-portugueses-14192384.html?fbclid=IwAR2Toe49Xt_rhps0wnps54ywz75osoPJCqshBklltMvoJlsJuA5KqPScD_E
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 19, 2021, 07:58:24 pm
Espada do tempo das cruzadas encontrada em Israel


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Novembro 05, 2021, 07:51:51 pm

Evidências biológicas da presença de nórdicos nos Açores antes da chegada dos portugueses. 
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 04, 2021, 04:17:03 pm
Tesouro de 300 mil euros dum acidente aéreo de 1966 finalmente partilhado


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 05, 2021, 12:50:04 pm
Austerliz recria história sem público


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 06, 2021, 04:14:36 pm
Sete códices de Alfonso X em exposição no Mosteiro do Escorial


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 18, 2021, 12:26:23 pm
Templo de Hércules pode estar submerso na baía de Cádis


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: smg em Dezembro 21, 2021, 07:54:00 pm
FINALMENTE ! Abriu hoje ao público o museu das termas romanas em Chaves .
Deixo aqui a reportagem da Sinal TV para quem quiser conhecer melhor esse achado singular .
Boas Festas a todos .
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Dezembro 21, 2021, 10:46:20 pm

Viseu em busca do tempo perdido O filme do Museu de História da Cidade
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 29, 2021, 11:45:42 am
Rosto do faraó Amenhotep I revelado sem desembrulhar múmia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 06, 2022, 04:50:41 pm
Sicília envia fragmento do Partenon à Grécia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 08, 2022, 02:42:33 pm
Nova espécie de dinossauro?


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: smg em Janeiro 09, 2022, 10:12:53 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 21, 2022, 05:36:30 pm
Arqueólogos exploram espécie de "Atlântida" romana


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 25, 2022, 05:22:37 pm
Novos achados no Vale do Côa revelam vida de antepassados


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 15, 2022, 02:09:19 pm
Descobertas indicam que Homo Sapiens existe na Europa há mais tempo


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Viajante em Março 09, 2022, 11:57:02 am
Mais de um século após ter afundado, o Endurance foi encontrado junto à costa da Antártida

O navio do explorador Ernest Shackleton foi localizado junto à costa da Antártida. O Endurance não era visto desde que afundou, em 1915, no mar de Weddel, mas uma expedição que partiu da África do Sul no mês passado encontrou-o.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=ZTVlkcyNveoeGjvzTNJicbjAf454BuecpkjnFuGj7roeOzzqPqE6cGMTXurLv4o8c0oa3dq7Nf3K9MZmRVpJwDOnfNQvV3WuE6tGak5hBavdAR0=)

Na infinita escuridão do oceano, o leme do Endurance continua estóico no fundo de 3.008 metros, como se à espera de que algum par de mãos o conduza dali para fora. O navio do explorador anglo-irlandês Ernest Shackleton foi encontrado ao largo da Antártida, anunciou uma organização responsável pelo feito, citada pelo jornal ‘The Guardian’.

O Endurance não era visto desde que foi esmagado pelo gelo e afundou no mar de Weddel, em 1915. No mês passado, um mês após o centenário da morte de Shackleton, uma expedição partiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, com o objetivo de localizar a embarcação — e conseguiram-no, a cerca de quatro milhas a sul da posição originalmente assinalada pelo capitão do navio, Frank Worsley.

“A expedição Endurance22 chegou ao seu objetivo”, disse o líder da expedição, John Sears. “Fizemos história polar com a descoberta do Endurance e completámos com sucesso a busca por um navio afundado mais desafiante do mundo”, cita o ‘Guardian’.

“Estamos muito emocionados por termos localizado e capturado imagens do Endurance”, acrescenta Mensun Bound, diretor da expedição de exploração organizada pela Falklands Maritime Heritage Trust, citado pela agência Lusa. O explorador disse que o navio está intacto no fundo do mar, “num estado de conservação fantástico”.

"Até se consegue ler o nome do Endurance inscrito num arco na popa", contou, acrescentando que o navio foi descoberto a cerca de seis quilómetros do local do naufrágio.

A expedição de busca, que envolveu cerca de 100 pessoas, deixou a Cidade do Cabo em 05 de fevereiro a bordo de um quebra-gelo sul-africano, na esperança de encontrar os destroços antes do final do verão austral.

A expedição Endurance22 usou tecnologia de ponta, incluindo dois drones submarinos, para explorar a área, que Shackleton descreveu na altura como "a pior parte do pior mar do mundo" devido às suas condições de gelo.

Em 1914, o explorador Ernest Shackleton (1874-1922) embarcou no navio Endurance para a sua terceira viagem à Antártida e planeava atravessar a região via Pólo Sul.

Contudo, em 1915, o barco encalhou e afundou-se ao fim de 10 meses, ao ser esmagado pelo gelo.

A expedição tornou-se lendária por causa das condições de sobrevivência da tripulação, ao todo eram 28 elementos e todos sobreviveram, que acampou por meses no gelo antes deste derreter. Ernest Shackleton e seus companheiros partiram em pequenas embarcações para a ilha Elefante, ao largo da Península Antártida.

Da ilha, o explorador e a sua equipa fizeram uma viagem traiçoeira de 1.300 quilómetros até à ilha de Geórgia do Sul, com o barco "James Caird", tendo chegado ao seu destino 16 dias depois, corria o ano de 1916.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/mais-de-um-seculo-apos-ter-afundado-o-endurance-foi-encontrado-junto-a-costa-da-antartida
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 19, 2022, 03:22:30 pm
Descobertos sarcófogos na necrópole de Saqqara


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 08, 2022, 12:52:03 pm
Encontrada a localização da primeira sepultura de Cristovão Colombo


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Maio 04, 2022, 06:42:36 pm
História universal do erotismo nas ruínas de Pompeia

Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: ricardonunes em Maio 26, 2022, 10:44:58 am
Comecei a ver esta serie de 5 episódios, Lost Relicts of the Knights Templar, nao sei se conhecem.
O canal Historia esta foca esta serie no achado de algo que foi vendido/transportado para a Suíça e posteriormente adquirido por um colecionador Inglês, encontrado em Tomar nos anos 60.

Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 23, 2022, 08:35:36 pm
Morreu o paleontólogo francês Yves Coppens


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 08, 2022, 04:23:45 pm
Descoberta nova espécie de dinossauro na Argentina


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Viajante em Setembro 10, 2022, 12:23:51 am
Achado identifica origem em Aveiro de anforetas espalhadas pelo mundo

A descoberta de anforetas numa igreja de Aveiro põe em causa a classificação de idênticos achados por todo o mundo, atribuídos a produção do sul de Espanha, de acordo com um estudo agora divulgado.

(https://media-manager.noticiasaominuto.com/1920/naom_5a86ad2b5940d.jpg)

O arqueólogo do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Ricardo Costeira da Silva revela, num artigo sobre o espólio cerâmico exumado aquando das obras de reabilitação da Igreja de Santo António de Aveiro, que foram ali encontradas 25 anforetas e um cantil.

O trabalho refere que "as condições e contexto de achado permitem atribuir a este lote uma cronologia precisa (1524) associada à primeira fase de construção do edifício e a recolha de numerosos recipientes inteiros e com defeito de fabrico atesta a sua produção local".

Em declarações à Lusa, Ricardo Costeira da Silva revela dados novos que corroboram a conclusão: "conseguiu-se comprovar esta produção regional, não só das anforetas mas também de outros tipos de recipientes cerâmicos, através de análises arqueométricas que realizámos num trabalho interdisciplinar e com a colaboração da Universidade do País Basco".

Na coleção de cerâmica recuperada "no carrego da abóboda" do coro-alto da Igreja de Santo António, "além de cerâmica utilitária e da cerâmica do açúcar em que Aveiro foi preponderante, destaca-se o grupo composto por várias anforetas que se encontravam praticamente omissas do registo arqueológico local e que agora se identificam, categoricamente, como produções originárias desta cidade".

O conjunto cerâmico ficou à vista numa intervenção arqueológica realizada por Andreia Lourenço, aquando da substituição do soalho do coro-alto da Igreja de Santo António, que se deparou com elevado número de recipientes intactos ou com perfil completo, sendo considerado "de grande interesse e singularidade".

Esse interesse advém do facto de, até essa descoberta, não haver provas da produção dessas peças em Portugal, sendo classificadas como tendo origem no sul de Espanha as que foram sendo localizadas em naufrágios e trabalhos arqueológicos em diversos pontos do globo.

Trata-se de "um grupo específico de contentores destinado ao armazenamento e transporte de longa distância, composto por um cantil e 25 anforetas", contabiliza Ricardo Costeira.

Exemplares idênticos têm sido recolhidos em vários pontos do globo, o que, para o arqueólogo, "é uma prova flagrante da participação e importância de Aveiro nas rotas comerciais da época Moderna".

"A Terra Nova é sem dúvida o sítio com mais elementos de anforetas conhecidas provenientes de Aveiro, mas alguns naufrágios nas Antilhas, costa africana e até ao Japão, revelam alguns elementos que podem efetivamente ser de Aveiro", explica Ricardo Costeira.

As anforetas são recipientes típicos do período de expansão ibérica e eram usadas no transporte e conservação de diversos produtos, a bordo dos navios, sendo regularmente encontrados em naufrágios ou contextos portuários.

Durante muito tempo, arqueólogos e especialistas em cerâmica consideraram-nas como uma produção típica dos séculos XVI a XVIII e exclusiva do sul de Espanha, apesar das frequentes referências escritas encontradas nos livros portuários portugueses dos séculos XVII e XVIII.

"A coleção de 25 anforetas, procedentes de contexto arqueológico seguro, contribui decisivamente para a correta distinção entre objetos portugueses e espanhóis, uma vez que a sua produção em Aveiro não levanta, neste momento, quaisquer dúvidas", conclui Ricardo Costeira da Silva.

Tanto mais, acrescenta, que "as anforetas de Aveiro distinguem-se facilmente das produções oriundas das oficinas do sul de Espanha que, por norma, apresentam pastas claras e porosas".

https://www.noticiasaominuto.com/pais/2069882/achado-identifica-origem-em-aveiro-de-anforetas-espalhadas-pelo-mundo
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 07, 2022, 09:56:22 pm
Danos "irreparáveis" nas estatuas Moai


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 15, 2022, 08:35:29 pm
Rainha Margarida da Dinamarca inaugura museu interativo sobre extinção no planeta


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 20, 2022, 11:42:26 am
Arqueólogos dizem ter encontrado túmulo de São Nicolau na Turquia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 28, 2022, 08:32:16 pm
Vitrais da catedral de Notre-Dame estão a ser restaurados em Colónia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 22, 2022, 07:19:20 pm
Do Tik Tok para o estrelato: Influenciadores dão vida a Abadia quase milenar


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 05, 2023, 02:26:26 pm
Mármores retirados do Pártenon regressam à Grécia em breve


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 13, 2023, 08:33:38 am
Possível descoberta de embrião fossilizado de dinossauro


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 25, 2023, 12:35:26 pm
As sepulturas dos cavaleiros da Ordem de Santiago


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 25, 2023, 05:52:19 pm
Em busca do tesouro Nazi nos Países Baixos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 27, 2023, 02:50:07 pm
Novas descobertas arqueológicas nas proximidades do Cairo


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 06, 2023, 01:37:56 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Luso em Março 02, 2023, 09:41:17 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 04, 2023, 05:14:04 pm
A Caverna de Cosquer: Uma Obra Prima com o Tempo Contado


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 11, 2023, 07:53:10 pm
Restos de naufrágio na costa basca contam tráfico de escravos no Portugal do século XVI


O Portugal do século XVI está retratado num livro publicado em Espanha sobre os destroços de um navio que naufragou na costa basca carregado com mercadorias para comprar escravos em África, como manilhas de latão.

“Iturritxiki”, da arqueóloga Ana María Benito Domínguez, publicado no ano passado pela Sociedade de Ciências Aranzadi e tema de um artigo recente do jornal El Pais, tem como ponto de partida as escavações arqueológicas submarinas na última década do século XX na baía de Getaria, no País Basco espanhol (norte de Espanha), cenário de vários naufrágios ao longo da história por causa dos ventos e dos temporais no mar cantábrico.

A maioria dos destroços retirados do mar faziam parte da carga de um navio mercante fretado pela coroa portuguesa em Antuérpia (atual Bélgica) e que se afundou em Getaria entre 1522 e 1524, segundo o relato do livro, que cita documentos da época, além de historiadores e outras investigações científicas contemporâneas.

A equipa coordenada por Ana María Benito retirou do mar da baía de Getaria 172 lingotes de cobre com mais de uma tonelada de peso no conjunto, caldeirões de cobre e 313 manilhas de latão (cuja composição é, em mais de 60%, também cobre) que faziam parte da mercadoria do navio fretado em Antuérpia e que teria, como primeiro destino, Lisboa, para seguir depois para a costa ocidental africana.

Em 1587, segundo documentos da época, já haviam sido recuperados na baía de Getaria lingotes e 600 “argolas” de latão (depois designadas “manilhas”) que iam a bordo do barco naufragado.

Todo este cobre – em lingotes ou em objetos manufaturados – era encomendado e comprado por Portugal “de forma massiva” no centro da Europa para o comércio em África, sobretudo, para comprar escravos, como se lê nas páginas de “Iturritxiki”.

As “manilhas” eram uma espécie de pulseiras, já usadas desde séculos anteriores em África como moeda de troca, como adorno ou para dotes, mas também como símbolo de poder e prestígio.

“Classificadas como moeda primitiva”, as manilhas eram um “meio de pagamento do óleo de palma, do ouro, do marfim e, principalmente, de escravos em África”, descreve o livro.

Foram usadas em África como moeda de troca até ao século XX e hoje ainda surgem representadas no dinheiro – em moedas e notas – de países africanos.

De toda a carga de cobre que levava o barco naufragado em Getaria no século XVI, as centenas de manilhas de latão eram “talvez a mais lucrativa” porque custavam aos portugueses “uns dez reis” na Flandres e “multiplicavam por 12 vezes o seu valor” em África, onde as vendiam por 120 reis, escreve Ana María Benito em “Iturritxiki”.

Era então possível comprar um escravo por oito a dez manilhas na costa ocidental africana, segundo autores e documentos citados no livro.

“No reinado de Manuel I [rei de Portugal entre 1495 e 1521], calcula-se que se importaram desde a Flandres cerca de 1.250 toneladas de manilhas e recipientes para o comércio africano. Neste período, chegavam a África cerca de 130.000 peças por ano”, acrescenta o texto.

No século XVI, lembra o livro, “a coroa portuguesa tinha o monopólio desta empresa”, o comércio de escravos, “embora genoveses e castelhanos aparecessem frequentemente associados aos lusitanos neste tráfico”.

Por serem tão valiosas, o transporte das manilhas fazia-se “com grande confidencialidade”, mas é possível encontrar referências em “documentos internos” e sabe-se hoje que, por exemplo, quando saiu para a viagem de circum-navegação, em 1519, Fernão de Magalhães levava nos seus barcos 2.000 manilhas de latão e 2.000 manilhas de cobre para trocas comerciais.

“As manilhas são relativamente comuns nos destroços de naufrágios entre o século XVI e XIX em toda a Europa e África”, mas as de Getaria são as mais antigas conhecidas até agora, segundo “Iturritxiki”.

Além da mercadoria de cobre, foram encontrados outros objetos do mesmo barco, como alfinetes, um dedal, armas (pequenos canhões) e instrumentos de navegação.

Foi também encontrada uma moeda de Manuel I de Portugal que levou à conclusão de que, “provavelmente, o comerciante e parte da tripulação eram portugueses”.

Os lingotes de cobre estavam marcados com o escudo da família Fugger, comerciantes e banqueiros de Augsburgo, no sul da Alemanha, e “os principais fornecedores de matérias-primas para a coroa portuguesa”, prossegue o relato de “Iturritxiki”.

Os destroços deste naufrágio enquadram-se “na primeira era da globalização” e refletem “a atividade comercial e colonial do mundo conhecido, onde se relacionavam dois governos poderosos, Alemanha e Portugal, através da cidade portuária com mais vitalidade da Europa: Antuérpia”, lê-se no livro.

“O desastre do naufrágio provocou o congelamento de um momento da história. Os objetos recuperados supõem um símbolo das relações comerciais intercontinentais no Século de Ouro”, prossegue o texto, que acrescenta que o périplo que a embarcação deveria ter feito “traçava perfeitamente uma das vias mercantis mais importantes do século XVI e a principal levada a cabo pelos portugueses: o comércio de cobre e latão desde a Europa para África e Ásia”.

Em declarações à Lusa, Ana María Benito explicou que as escavações em Getaria foram feitas na última década do século XX e antes deste livro, que escreveu na sequência de um convite da Sociedade de Ciências Aranzadi, tinha publicado “alguns artigos científicos curtos” sobre o tema.

Os objetos recolhidos na baía de Getaria estão atualmente num depósito de materiais arqueológicos e de património em Irún, no País Basco, não estando expostos ao público.

 :arrow:  https://observador.pt/2023/03/11/restos-de-naufragio-na-costa-basca-contam-trafico-de-escravos-no-portugal-do-seculo-xvi/
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 12, 2023, 07:00:50 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 13, 2023, 03:12:27 pm
No século XVI, um mapa-múndi encarnou num bobo da corte: "O número de tolos é infinito"

(https://images4.imagebam.com/e6/a3/72/MEJDWLP_o.png)

Um mapa europeu do século XVI mantém-se, há perto de cinco séculos, como mistério da cartografia. O informalmente apadrinhado Mapa-Múndi dos Tolos, junta à representação da então Terra conhecida, inúmeras referências de caráter enigmático. A licenciosidade permitida ao bobo da corte serviu ao autor anónimo do mapa para personificar naquela figura as maleitas do mundo.

O número de habitantes no Continente Meridional é provavelmente superior a 50 milhões (...) totaliza uma extensão de 8,567 Km, maior do que toda a parte civilizada da Ásia, da Turquia até à extremidade oriental da China". No século XVIII, Alexander Dalrymple, geógrafo escocês descrevia desta forma a existência de um hipotético continente não descoberto no Pacífico Sul, a Terra Australis Incognita. Defensor da teoria da existência deste supercontinente no Hemisfério Sul, Dalrymple dele relatou forma e existência na sua obra de 1770-1771, An Historical Collection of the several Voyages and Discoveries in the South Pacific Ocean. A hipótese da materialização de uma vasta massa de terra meridional não configurava uma novidade no século XVIII, antes uma construção que ganhara forma na visão do mundo de Ptolomeu, no século II da nossa era, mais tarde, na Idade Média, na conceção das terras Antípodas e, posteriormente, em mapas renascentistas. A presença a sul de uma Terra Australis apoiava-se na ideia de que as regiões continentais do Hemisfério Norte deveriam ter concomitante correspondência em área àquela encontrada nos territórios do Hemisfério Sul. Uma configuração continental que ganhou expressão na obra publicada, em Antuérpia, a 20 de maio de 1570. Theatrum Orbis Terrarum, considerado o primeiro Atlas moderno, assinado pelo cartógrafo e geógrafo Abraham Ortelius, natural do antigo Ducado de Brabante, localizado no sul dos Países Baixos e norte da atual Bélgica. Nas 31 edições lançadas até 1612, o Atlas de Ortelius cresceria dos 70 mapas e 87 referências iniciais para 167 mapas e a tradução em sete idiomas. A Terra Australis Incognita apresenta-se soberana em Typus orbis terrarum, mapa-múndi oval do cartógrafo que, em 1575, seria designado geógrafo do rei de Espanha, Filipe II.

Nesse mesmo ano de 1575, uma representação planisférica da Terra, inspirada no mapa de Ortelius, destacava-se na obra do cartógrafo francês Jean de Gourmont. O mapa oval de Ortelius, com a sua Terra Australis, encena no trabalho de Gourmont um papel antropomórfico ao encarnar e substituir o rosto de um bobo da corte. Este, fixa diretamente o interlocutor, cada um de nós, com aquela que era uma das representações em mapa do mundo conhecido e suposto do século XVI. Da mesma época, crê-se que entre 1580 e 1590, um gravador em Antuérpia laborou no mapa que elevou a natureza sinistra do bobo da corte de Gourmont. Conhecido informalmente como o Mapa-Múndi dos Tolos, esta representação em planisfério do globo terrestre, com aproximadamente 35 por 48 cm, mantém-se até à atualidade como um mistério para cartógrafos e historiadores. "A incómoda verdade contada neste mapa é que o mundo é um lugar sombrio, irracional e perigoso, que a vida real é desagradável, brutal e breve. O mundo é, literalmente, um lugar tolo", escreve o jornalista e escritor Frank Jacobs, autor do livro de 2009, Strange Maps: An Atlas of Cartographic Curiosities. (Sobre Frank Jacobs não é de desmerecer uma visita aos seus artigos sobre mapas publicados no jornal The New York Times sob o título "Borderlines").

A propósito da origem e autoria do Mapa-Múndi dos Tolos, pendem há séculos diversas teorias. Ao bobo da corte, no seu trajar excêntrico, era permitida a crítica aberta ao poder através do uso do humor, da música, da narrativa, de trocadilhos, estereótipos e imitação. De acordo com Frank Jacobs no artigo The Fool's Cap Map of the World, publicado no site Big Think, ao bobo da corte permitia-se "um tipo de crítica só possível se fosse neutralizada pela aparência grotesca do louco - de preferência um anão corcunda e ligeiramente torto, ou seja, alguém que não deve ser levado muito a sério".

Entre as hipóteses sobre a autoria do mapa prepondera aquela que o aponta como uma criação do punho de Oroncé Finé, matemático e cartógrafo francês do século XVI, que em 1531 apresentou a sua versão da Terra Australis, um território sulcado de rios. Entre as inúmeras inscrições que encontramos no mapa, o nome do cientista gaulês destaca-se no canto superior esquerdo da imagem. Uma hipótese de paternidade da representação de um mundo encarnado num bobo da corte que é contrariada pela data de falecimento de Finé, o ano de 1555, então com 50 anos, cerca de três décadas antes do surgimento de Mapa-Múndi dos Tolos.

A acentuar o caráter enigmático do mapa estão as muitas frases epigramáticas com alusões mordazes e satíricas inscritas no tronco, cabeça e objetos empunhados pelo bobo da corte. Frases que lamentam a ostentação do mundo como a expressão em latim Vanitas, vanitatum et omnia vanitas ("Vaidade das vaidades, tudo é vaidade"); a eloquente citação retirada de Eclesiastes, livro do Antigo Testamento, e que podemos ler na parte inferior do mapa, Stultorum numerus est infinitus ("O número de tolos é infinito"); a frase creditada a Lúcio Aneu Cornuto, filósofo estoico romano do século I d.C., Auriculas asini quis non habet ("Quem não tem orelhas de burro?") ou a expressão latina Nosce te ipsum ("Conhece-te a ti mesmo"), a encimar o mapa.

Um rol de expressões que inclui a citação de Plínio, o Velho, retirada do livro dois da sua Naturalis Historia do século I: "Este é o mundo, e esta é a substância de nossa glória, esta é a sua sede, é aqui que ocupamos posições de poder e cobiçamos riquezas, e lançamos a humanidade em alvoroço e lançamos guerras, mesmo civis".

Ayesha Ramachandra, professora de Literatura Comparada na Universidade de Yale, detém-se longamente no Mapa-Múndi dos Tolos no artigo que lhe dedica na revista New Literary History, editada no âmbito da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. No texto How to Theorize the "World": An Early Modern Manifesto, Ramachandra não deixa escapar um paralelismo entre a realidade sintetizada no mapa do século XVIII e o tempo presente: "a imagem explora alegoricamente as relações entre o global e o local, o universal e o particular, ao conciliar a vasta abstração do mundo mapeado com a particularidade das pessoas que o habitam (...) O mapa chega-nos como um remanescente de uma época paralela de uma explosão de informações e uma nova consciência global, que enfrentou o desafio semelhante de integrar uma infinidade de novos detalhes num todo coerente".


 :arrow:  https://www.dn.pt/internacional/no-seculo-xvi-um-mapa-mundi-encarnou-num-bobo-da-corte-o-numero-de-tolos-e-infinito--15990228.html?fbclid=IwAR1mKOnLis7RitbVY-QWTQO5kr7HCGBRxbue-mIvM44CmM90vaJPinSDOGE
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 22, 2023, 01:30:03 pm
Escultores de Notre-Dame reconstroem as gárgulas danificadas pelo incêndio de 2019


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 22, 2023, 08:55:58 pm
Descodificaram o ADN de Beethoven a partir do seu cabelo

(https://images4.imagebam.com/66/43/14/MEJO638_o.jpg)


Alguns fios de cabelo preservados por fãs foram estudados e permitiram descobrir um pouco mais sobre a vida (e a morte) do compositor alemão.

O compositor Ludwig van Beethoven (1770-1827) tinha hepatite B, que ainda lhe agravou a cirrose que havia de o matar, aos 56 anos.

O seu código genético também tinha uma configuração que o deixava particularmente vulnerável ao cancro no fígado, o que os seus hábitos diários, de grande consumo de álcool, só agravaram esta situação.

Além disso, descobriram os investigadores da equipa internacional do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana que descodificaram o ADN com 200 anos do alemão, um dos seus ascendentes de uma geração recente tivera um filho fora do casamento (foram também investigados cinco membros da linha patriarcal do compositor).

A fama do compositor, logo à sua época, fez com que muitos lhe pedissem que enviassem madeixas de cabelo como recordação. E apesar de alguns serem por vezes enganados -- o The Washington Post recorda a história da senhora que, numa primeira vez, recebeu pelo de bode, mas que o próprio Beethoven quando soube da sua humilhação apressou-se a enviar-lhe um pedaço do seu cabelo -- a maioria são verdadeiros.

Os cientistas tiveram todo o cuidado a analisar as amostras obtidas e concluíram que oito eram verdadeiras. E uma vez que, no seu testamento, o próprio Beethoven pedia aos irmãos para que prosseguissem o estudo das razões para a sua surdez (o músico viveu mais de 25 anos sem audição), os cientistas sentiram-se autorizados a estudá-lo.

No entanto, tanto quanto a ciência hoje sabe, não foi encontrada qualquer razão genética para a perda de audição daquele que é, por muitos, considerado o maior compositor de todos os tempos.


 :arrow:  https://www.dn.pt/ciencia/decodificaram-o-adn-de-beethoven-a-partir-do-seu-cabelo-16052908.html?fbclid=IwAR0d6kBt2hNQscZtaPHmuonnjlWeH-h_Gci7P1OJKuOtHfhFHn2cY9fy4Cw
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 25, 2023, 08:11:15 pm
Explicando a descoberta do "corredor oculto" na Grande Pirâmide do Egito!


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 30, 2023, 05:21:17 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FsejR5NWAAIATjD?format=jpg)

E pagavam o IVA?
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 31, 2023, 11:49:29 am
A primeira estudante brasileira em Coimbra chamava-se América do Sul

Nascida no Maranhão, tinha 19 anos quando entrou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde hoje encontramos a bisneta.

Domitila de Carvalho é um nome incontornável na História das mulheres portuguesas pelo seu pioneirismo no Ensino Superior. Em 1892, tornou-se a primeira aluna da Universidade de Coimbra (UC). Ela com 20 e a academia com 602 anos de idade. Frequentou os cursos de Matemática, Filosofia e Medicina. Mas enquanto Domitila estudava, ainda sem traje académico que na época era proibido às mulheres, nascia no Brasil outra vanguardista.

(https://i0.wp.com/coimbracoolectiva.pt/wp-content/uploads/2022/03/Bisavo%CC%81-Ame%CC%81rica-do-Sul-Fontes-Monteiro-1.jpg?resize=692%2C1024&ssl=1)

No dia 30 de julho de 1898, nasce em casa, no Largo do Carmo, em São Luís do Maranhão, a menina América do Sul Fontes Monteiro (sim, isso mesmo). Não existe registo de como foi a vida desta nordestina brasileira até Setembro de 1917 mas, em Outubro desse ano, América assina um documento onde pede: «Exmo. Sr. Reitor da Universidade de Coimbra. América do Sul Fontes Monteiro, filha de Bernardino Monteiro e Maria de Jesus, natural do Maranhão, Estados Unidos do Brazil, pretende matricular-se e inscrever-se em todas as disciplinas do primeiro ano da Faculdade de Letras – secção de Filologia Germânica – para o que junta os documentos exigidos no referente edital. Pede a Vossa Excelência se digne deferir.»

(https://i0.wp.com/coimbracoolectiva.pt/wp-content/uploads/2022/03/IMG_7015.jpg?resize=1024%2C768&ssl=1)

Este documento, guardado no Arquivo da UC, é hoje a confirmação do pioneirismo desta brasileira para o estudo das populações universitárias. América do Sul foi a primeira mulher do Brasil a vir para Portugal estudar na Universidade de Coimbra, mudando o género de uma longa lista que começou em 1574 com Manuel de Paiva Cabral, pernambucano, que se licenciou em Leis. Ou seja, o Brasil demorou 343 anos para enviar uma aluna e acrescentar o feminino na lista de brasileiros estudantes.

Na Faculdade de Letras, América do Sul frequentou Língua e Literatura Inglesa e Alemã, Curso prático de Inglês e Alemão, Filologia Portuguesa, História de Portugal, História Geral da Civilização, Filosofia, História Medieval e ainda Geografia de Portugal e Colónias. Era para ter concluído o Curso em 1920, mas cancelou a matrícula um ano antes. O que fez uma mulher como América desistir da empreitada? A família acredita que a culpado se chamava Sebastião: «Não conheci a minha avó América, sei que teve três filhos, todos já desaparecidos e que abandonou o curso para casar com o meu avô que, entretanto, tirou o curso de Direito em Coimbra», explica a neta Maria Hermínia Quintela, professora em Lamego.

(https://i0.wp.com/coimbracoolectiva.pt/wp-content/uploads/2022/03/IMG_7007-rotated.jpg?resize=768%2C1024&ssl=1)

Quando América transitou para o seu segundo ano do Curso de Letras, Sebastião se tornava caloiro de Direito, os dois nomes aparecem juntos na documentação dos matriculados em 1918. Casaram dois anos depois e foram viver para Vila Real. Foi a história de amor entre América e Sebastião que desviou a maranhense dos estudos, mas este amor só tirou o diploma à brasileira, Sebastião concluiu o curso e tornou-se doutor. Viveram relativamente pouco tempo como casal, ele morreu aos 45 e América com 61. Perderam uma filha adolescente e criaram dois rapazes. Os seus descendentes retomaram fortemente os laços com Coimbra: dos 10 netos, seis formaram-se aqui e entre os 18 bisnetos, quatro já passaram pela mais antiga universidade portuguesa.

(https://i0.wp.com/coimbracoolectiva.pt/wp-content/uploads/2022/03/IMG_6056.jpg?resize=1024%2C683&ssl=1)

Maria Beatriz Claro da Fonseca Cid de Oliveira é um destes frutos nascidos a partir da semente de América do Sul. A mestranda na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação reconhece sua importância: «A história dela é repassada de geração em geração na minha família e motivo de muito orgulho. Candidatei-me para Coimbra por realmente querer estudar nesta cidade e talvez o passado de América me tenha influenciado. É um privilégio estudar aqui tendo em conta o exemplo da minha bisavó», diz Beatriz.

As mulheres na Universidade de Coimbra podem ter demorado para adentrar no mundo académico mas, uma vez inseridas, trataram de esgarçar o espartilho das barreiras. A partir dos anos 60, a evolução acontece muito rapidamente e a viragem dá-se em 1983, quando o número de alunas suplanta o de alunos na universidade. Hoje, os brasileiros representam a maior comunidade de estudantes internacionais na UC, são 15% do total discente e destes, as mulheres são maioria e tudo começou na jovem América do Sul Fontes Monteiro.

https://coimbracoolectiva.pt/historias/temas/cultura/a-primeira-estudante-brasileira-em-coimbra-chama-se-america-do-sul/
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Abril 04, 2023, 12:54:03 am

El enigma de Centum Cellas
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: smg em Abril 06, 2023, 10:42:14 pm
Vídeo sobre o chamado ' menino do Lapedo ' achado perto de Leiria . Um abraço .
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 08, 2023, 05:45:28 pm
Portugal ergueu a mais antiga capela do Índico e agora apoia reabilitação

(https://images4.imagebam.com/69/2b/5e/MEK16TH_o.jpg)


A capela mais antiga do Índico foi construída por portugueses há 500 anos e vai ser requalificada em 2023, com um projeto recheado de história e detalhes.

Oprojeto de reabilitação bebeu do misticismo e espanto que a edificação provoca a quem a visita, explica o arquiteto autor do trabalho. "Durante dias em que estive na capela, pude presenciar visitantes que se prostravam, que se ajoelhavam, faziam orações, mesmo alguns que não eram religiosos admiravam a imponência do local", conta o arquiteto Muahammad Cássimo à Lusa.

"Eles sentiam o peso" da história do local.

Foi numa noite estrelada de luar que pensou que "com uma luz discreta, amarela", a capela ganharia um entorno à altura das reações dos visitantes, num ambiente que passaria a estar acessível durante visitas noturnas.

A iluminação está prevista e orçada e vai ser uma realidade. Além disso, a capela de Nossa Senhora do Baluarte ostenta várias características raras, capazes de provocar espanto.

É a construção de alvenaria mais antiga de toda a costa africana do oceano Índico, mais antigo edifício europeu hoje de pé, assente num banco de coral, mesmo à beira do mar (numa das marés vivas de 2021, as ondas cobriam-na, conta o guia) e nasceu mesmo antes de ser construída a fortaleza da ilha de Moçambique, que mais parece um gigante ao seu lado.

O edifício resistiu a ataques contra a armada portuguesa, venceu ciclones, mas agora tem a base esventrada por cinco séculos de marés e o esqueleto corroído pelo salitre, impregnado pelo vento.

Os governos de Portugal e Moçambique e a construtora Mota Engil assinaram em fevereiro um memorando de entendimento para a reabilitação que deverá arrancar em maio.

"Um dos maiores problemas são as falhas no baseamento", cuja muralha "foi descomposta", deixando a sustentação ameaçada por "buracos que chegam a três metros" de profundidade, por onde as ondas entram e tiram os aterros, ficando as pedras sem suporte.

No limite, se nada se fizesse, parte da capela podia colapsar nas ondas.

Mas o restauro da base mostra como o trabalho vai ter várias peculiaridades: naquela secção só vai ser possível trabalhar com a maré baixa e com cuidados acrescidos.

Além disso, na capela, "há elementos arquitetónicos que podíamos até chamar de arqueológicos" e para a recuperação dos quais se requer a presença de especialistas moçambicanos e portugueses, como é o caso de um túmulo emparedado que foi vandalizado.

"Aqui há 12 túmulos, todos de pessoas importantes", explica Momade Raisse, guia da fortaleza de São Sebastião e da capela de Nossa Senhora do Baluarte.

Aponta para alguns e vai recitando as descrições com que recebe os visitantes: "um bispo sepultado em 1588", um "governador-geral do século XIX" e um outro túmulo "que não conseguimos distinguir, porque a escrita desapareceu há muito tempo".

Todos os dias, das 08:30 às 16:30, é possível visitar a capela, mas é aos fins-de-semana que as visitas costumam aparecer, descreve à Lusa.

Raisse não sabe quando é que ali houve uma missa pela última vez, mas o misticismo persiste e já houve visitantes a deixar dinheiro na pedra do altar, como num ofertório, apesar de o interior estar igualmente despido, corroído e manchado pela humidade.

O guia tem cuidado onde põe os pés na zona do "nártex", ou seja, numa espécie de alpendre largo cuja cobertura ruiu faz tempo, à entrada da capela, no mesmo sítio onde permanece o resto de um púlpito e de uma parede, cuja pedra parece ter sido trazida de Portugal.

"Todas as decisões no projeto de recuperação foram pensadas para dar maior durabilidade" à capela, explica Muhammad Cássimo, que espera que as "gerações vindouras" reforcem os cuidados de manutenção de um património histórico valioso e com forte potencial de atração turística.

"Estamos a introduzir algumas técnicas, porque não sabemos se vamos ter outra oportunidade destas" no âmbito dos trabalhos de recuperação, destacou à Lusa.

Por exemplo, a argamassa do reboco vai ser preparada para durar mais tempo e estão previstos tampos móveis para evitar a entrada da água durante marés vivas.

Os ciclones que sempre fizeram parte da costa moçambicana estão agora "mais frequentes" e o projeto reforça essa resistência às intempéries, acrescentou.

O arquiteto e a capela são velhos conhecidos.

Muhammad Cássimo, 38 anos, é natural da Ilha de Moçambique e só saiu da província para se formar em arquitetura, uma via escolhida porque desde miúdo brincava entre ruínas de edifícios -- a Ilha foi declarada Património Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1991 e a fortaleza e a capela são só dois dos vários edifícios classificados.

"A minha meta: quando mais casas reabilitar, melhor. Quando acabei o curso, voltei", conta à Lusa, um regresso em que acompanhou o arquiteto José Forjaz na reabilitação da capela em 1997.

Já ali passou muitas horas, diz que até mapeou fissuras que depois viu crescer e tornarem-se fendas bem visíveis.

"Já fiz viagens noturnas" e os navegadores de 'dhow' - embarcação à vela da região - dizem que a capela iluminada "vai facilitar-lhes a vida", sobretudo em dias de mar agitado e quando na ilha não há energia.

A requalificação vai reavivar a função de vigia no acesso ao mar alto que há 500 anos fez com que a contruíssem no extremo norte da ilha (que haveria de ser a primeira capital de Moçambique), encavalitada sobre pedras de coral, à espreita da rota da Índia.

 :arrow:  https://www.noticiasaominuto.com/cultura/2293136/portugal-ergueu-a-mais-antiga-capela-do-indico-e-agora-apoia-reabilitacao?fbclid=IwAR3ApZAT5oRnET8VQFEuzZnSmqT00t1MocwxMGW0OQu44wjtjP6UWoA5sBs
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 15, 2023, 04:56:21 pm
Quatro anos de obras em Notre Dame


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 20, 2023, 12:18:11 pm
NOVO CAPÍTULO DA BÍBLIA FOI ENCONTRADO DENTRO DE UM TEXTO DE 1.750 ANOS


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 20, 2023, 03:00:08 pm
Múmia dos Alpes: as revelações do DNA do Homem do Gelo


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 21, 2023, 09:52:33 am
Cidades Perdidas: Revelando A Cidade De Nan Madol


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 27, 2023, 05:11:08 pm
(https://images4.imagebam.com/dc/3f/98/MEKGQPA_o.png)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 04, 2023, 08:17:04 pm
Lascaux IV - Salvar a Arte Rupestre


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 07, 2023, 03:48:25 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 08, 2023, 08:33:47 pm
Documentário - A Culinária na Pré história


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 09, 2023, 11:57:08 pm
A Ilha dos Piratas


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 12, 2023, 08:20:32 pm
O Grande Museu Egípcio


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 23, 2023, 04:58:27 pm
Raro mosaico da era romana descoberto na Síria


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 27, 2023, 12:55:22 pm
Local do assassinato de Júlio César em Roma está aberto ao público


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Junho 27, 2023, 05:50:06 pm
Inteligência Artificial pode traduzir textos da Mesopotâmia?


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 07, 2023, 07:47:16 pm
Os Misteriosos cães mumificados do Antigo Egito


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 11, 2023, 07:07:03 pm
Reconstrução de Notre Dame alcança etapa fundamental com a colocação de treliças no telhado


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Julho 13, 2023, 05:37:37 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 04, 2023, 09:47:02 am
Fóssil de uma baleia gigantesca foi encontrado no Peru


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 11, 2023, 05:30:03 pm
Na Albânia, um lago esconde os vestígios da mais antiga aldeia lacustre da Europa


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 17, 2023, 09:28:43 am
Roubo "altamente incomum" no British Museum de Londres


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 24, 2023, 09:00:20 pm
Paleotocas - As misteriosas cavernas pré-históricas


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 28, 2023, 08:42:06 am
Sérvia: encontrados vestígios de navio antigo em mina de carvão


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 28, 2023, 10:12:37 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 29, 2023, 06:53:59 pm
Humanos no Brasil Há 25.000 Anos? É o que aponta pesquisa!


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 03, 2023, 05:00:02 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 08, 2023, 12:25:31 pm
Macedónia do Norte e Grécia restauram frescos de igreja com mais de 800 anos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 12, 2023, 03:52:39 pm
“Indiana Jones da arte" recupera quadro de Van Gogh


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 16, 2023, 04:58:07 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 22, 2023, 09:10:56 am
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 26, 2023, 08:05:08 pm
Espadas romanas são encontradas escondidas em caverna de Israel!


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 27, 2023, 12:18:54 pm
O tratamento de beleza de David


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 30, 2023, 04:03:17 pm
The Y-chromosomal Heritage of the Azores Islands Population

P. R. Pacheco1,2, C. C. Branco1,2, R. Cabral1,2, S. Costa1,2, A. L. Araujo´ 3 , B. R. Peixoto1,2, P. Mendonc¸a3 and L. Mota-Vieira1,2∗ 1Molecular Genetics and Pathology Unit, Hospital of Divino Esp´ırito Santo, Ponta Delgada, Sao Miguel Island, Azores, Portugal ˜ 2 Instituto Gulbenkian de Ciencia, Oeiras, Portugal ˆ 3Hematology Department, Hospital of Divino Esp´ırito Santo, Ponta Delgada, Sao Miguel Island, Azores, Portugal

Summary

The Azores, a Portuguese archipelago located in the north Atlantic Ocean, had no native population when the Portuguese first arrived in the 15th century. The islands were populated mainly by the Portuguese, but Jews, Moorish prisoners, African slaves, Flemish, French and Spaniards also contributed to the initial settlement. To understand the paternal origins and diversity of the extant Azorean population, we typed genomic DNA samples from 172 individuals using a combination of 10 Y-biallelic markers (YAP, SRY-1532, SRY-2627, 92R7, M9, sY81, Tat, SRY-8299, 12f2 and LLY22g) and the following Y-chromosomal STR systems: DYS389I, DYS389II, DYS390, DYS391, DYS392, DYS393 and DYS385. We identified nine different haplogroups, most of which are frequent in Europe. Haplogroup J∗ is the second most frequent in the Azores (13.4%), but it is modestly represented in mainland Portugal (6.8%). The other non-European haplogroups, N3 and E3a, which are prevalent in Asia and sub-Saharan Africa, respectively, have been found in the Azores (0.6% and 1.2%, respectively) but not in mainland Portugal. Microsatellite data indicate that the mean gene diversity (D) value for all the loci analysed in our sample set is 0.590, while haplotype diversity is 0.9994. Taken together, our analysis suggests that the current paternal pool of the Azorean population is, to a great extent, of Portuguese descent with significant contributions from people with other genetic backgrounds.

Prevalent Y-chromosome Lineages in Azores Islands The non-random distribution of distinctive stable HGs provides patterns of genetic affinity and clues concerning past human movements. Here we investigated the genetic background of the male Azorean population, and discussed the results in light of existing historical records. HG J∗ , defined by the 12f2 deletion, is largely confined to Caucasoid populations, with its highest frequencies being found in Middle Eastern populations. It is thought to have originated in the Middle East, where it accounts for over one third of the Y-chromosomes of Jewish, Turkish and Arab populations (Bosh et al. 2001; Nebel et al. 2001). Our data show that in the Azores this haplogroup is the second most common, with a frequency of 13.4%, twice as high as in mainland Portugal (6.8%; Rosser et al. 2000). Using a sampling strategy based on the three geographical groups of the Azores.

islands, Montiel and colleagues (in this issue) found lineage J at a lower frequency (8.6%) for the whole archipelago, although their study revealed a similar frequency (14.5%) for the islands of the Central group. The high frequency of lineage J raises the question of whether early Jewish settlers left a significant imprint in the genetic pool of the Azorean male population. The overall northwest (NW) African contribution to the Iberian Y-chromosome pool has been calculated as 7%, with the highest level of contribution (14%) being found in Andalusians from southern Iberia (Bosch et al. 2001), a result that is consistent with the population movement associated with Islamic rule in Iberia (Pereira et al. 2000). The frequency of the NW African lineage E∗ (xE3) in mainland Portugal and the Azores (11.7% and 10.5%, respectively) is similar. Montiel and colleagues (in this issue) also found comparable values (13.0%) for the archipelago. The results obtained by us and Montiel at al. suggest several hypotheses for the presence of this lineage in the present-day population of the Azores: a direct input of Moorish prisoners, the influence of early Portuguese settlers, or a contribution of both Moorish prisoners and Portuguese. Lineage E3a, defined by mutation sY81, shows a subSaharan distribution pattern. This HG is the most frequent in west African populations, and its presence can be interpreted as resulting from sub-Saharan gene flow. The occurrence of lineage E3a in the Azores is the result of African influence, since it has been detected neither in Europe, nor in Iberian samples (Semino et al. 2000; Bosch et al. 2001; Rosser et al. 2000). The presence of sub-Saharan African slaves in the archipelago since the beginning of its settlement is well documented (Matos 1989). Therefore, we conclude that the 1.2% Ychromosomes with the E3a background represent the male descendants of black slaves from Guinea, Cabo Verde and Sao Tom ˜ e.´ Lineage N3, defined by a Tat biallelic polymorphism, is specific to Asians and northern Europeans, and has not been found in the Iberian peninsula or in other European countries (Rosser et al. 2000; Helgason et al. 2000). This mutation probably arose in the Mongolia/China area, and its present distribution stretches from Japan to Norway (Zerjal et al. 1997). The presence of this lineage in the Azores (0.6%) is intriguing. Historical records of the presence of Asians or Mongolians in the archipelago are not known, but Bruges-Armas and colleagues (1999) have recently described the presence of Mongolian HLA genes at a high frequency in the Terceira Island population (Azores). Thus, it is possible that the N3 Lineage may have been introduced during the expansion of trade navigation between Europe, America and Asia, in the XVI and XVII centuries, when the Azores had a strategic role due to its geographic position (Russel-Wood, 1998). Lineage R1b8, defined by a C→T base substitution at the SRY-2627, arose recently in Iberia. This lineage has its highest frequency in Basques (11%) and Catalans (22%), but in other regions these chromosomes are rare or absent (Hurles et al. 1999). In the Azores, its frequency is marginal (0.6%), probably reflecting the descendants of Spaniards who came to the islands during the reign of Spain over Portugal, from 1580 to 1640 (Matos, 1989). Lineage R1a is most frequent in central eastern Europe, comprising approximately half of the chromosomes in Russian, Polish and Slovakian samples. In contrast, frequencies in southeast and southwest Europe are low. In our sample set, R1a is four times more common than in mainland Portugal (Rosser et al. 2000), which may be explained by the following reasons: (i) this chromosome only arrived with Portuguese settlers, and subsequently increased in frequency; (ii) some chromosomes came with Portuguese settlers, while others came directly from central eastern Europeans; and (iii) they are an exclusive contribution from central eastern Europe. Records and papers exploring historical settlement show that some Europeans (e.g. Flemish) contributed to the peopling of the Azores, so we believe that all of the above hypotheses are possible.

Fonte: https://www.academia.edu/18134784/The_Y_chromosomal_Heritage_of_the_Azores_Islands_Population?email_work_card=view-paper

Por isso é que eu gosto da música dos Sardaukar!  :o s1x2x

Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Turlu em Outubro 02, 2023, 12:21:22 pm
Já tinha lido algo sobre esta intrigante presença de ADN asiático, principalmente na Ilha Terceira e realmente a explicação mais lógica é a indicada neste estudo. Terá a ver com o facto de termos sido ponto de escala da navegação vinda quer das "Índias Orientais" quer das "Ocidentais".

Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 03, 2023, 10:41:16 am
Já tinha lido algo sobre esta intrigante presença de ADN asiático, principalmente na Ilha Terceira e realmente a explicação mais lógica é a indicada neste estudo. Terá a ver com o facto de termos sido ponto de escala da navegação vinda quer das "Índias Orientais" quer das "Ocidentais".

(https://www.redemagic.com/blog/wp-content/uploads/2016/07/blog-meme-alienigenas-do-passado-magic.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Turlu em Outubro 04, 2023, 12:39:58 pm
Já tinha lido algo sobre esta intrigante presença de ADN asiático, principalmente na Ilha Terceira e realmente a explicação mais lógica é a indicada neste estudo. Terá a ver com o facto de termos sido ponto de escala da navegação vinda quer das "Índias Orientais" quer das "Ocidentais".

(https://www.redemagic.com/blog/wp-content/uploads/2016/07/blog-meme-alienigenas-do-passado-magic.jpg)

 ;D Se calhar foram os que aterraram no Pico Careca, ao pé dos bunkers americanos da zona do Cabrito.

https://www.geocaching.com/geocache/GC427FJ (https://www.geocaching.com/geocache/GC427FJ)

Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 07, 2023, 03:26:34 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Luso em Outubro 07, 2023, 05:01:06 pm
- Está quedo, Lusito89!!!!
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 09, 2023, 04:55:33 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 11, 2023, 01:35:08 pm
Tesouros Históricos e Segredos da Inquisição em Trancoso: Explorando a Casa do Bandarra


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 15, 2023, 06:22:08 pm




Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 18, 2023, 03:22:07 pm
TERIA A VIDA SURGIDO DE UM TUMOR BENIGNO?


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 22, 2023, 05:03:28 pm
Os laços entre a Europa à China através da história da navegação


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 24, 2023, 07:05:38 pm
CIDADES PERDIDAS NA AMAZÔNIA? Novas revelações arqueológicas!


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 05, 2023, 12:03:40 pm
Os laços entre a Europa e a China através do fabrico da seda


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 06, 2023, 09:25:02 am
Howard Carter e o túmulo de Tuntankhamon | Um Ponto na História


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 07, 2023, 02:55:05 pm
Foram encontradas cartas de amor escritas aos marinheiros franceses há 250 anos


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 07, 2023, 05:42:32 pm
Citar
The haunting sound that Roman soldiers would have heard from their Celtic enemies before battle was produced by the Celtic Carnyx. This ancient wind instrument was used by the Celts during the period from 300 B.C. to 200 A.D.

According to the Greek historian Polybius, the Carnyx was employed in warfare to rouse troops to battle and to strike fear into the hearts of their opponents. Due to its significant height, the instrument's sounds could carry over the heads of those engaged in battles or ceremonies.

https://twitter.com/historyinmemes/status/1721314751844684215
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: HSMW em Novembro 08, 2023, 02:21:57 am
Citar
The haunting sound that Roman soldiers would have heard from their Celtic enemies before battle was produced by the Celtic Carnyx. This ancient wind instrument was used by the Celts during the period from 300 B.C. to 200 A.D.

According to the Greek historian Polybius, the Carnyx was employed in warfare to rouse troops to battle and to strike fear into the hearts of their opponents. Due to its significant height, the instrument's sounds could carry over the heads of those engaged in battles or ceremonies.

https://twitter.com/historyinmemes/status/1721314751844684215






Depois depende é da habilidade do musico...
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 10, 2023, 05:22:43 pm
Múmias de Ouro


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 27, 2023, 11:20:15 am
Madona de Donatello passa da rua para um museu



Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 28, 2023, 07:38:20 pm
Pinturas rupestres descobertas na Serra da Lousã explicam ocupação pré-histórica


Vestígios de pinturas rupestres pós-paleolíticas descobertos num abrigo rochoso da Serra da Lousã ajudam a conhecer melhor as comunidades que há milénios habitaram o centro de Portugal, disse hoje um arqueólogo envolvido nos trabalhos.
Pinturas rupestres descobertas na Serra da Lousã explicam ocupação pré-histórica

“Foram identificados dois painéis com figuras geométricas e digitações de cor avermelhada”, adiantou à agência Lusa o investigador Filipe Paiva, que vive na Lousã.

O estudo das figuras e das marcas de dedos, “ainda que estejam em muito mau estado de conservação, devido a recentes incêndios” na área do Abrigo da Cascata, foi realizado com recurso a “tecnologias inovadoras de registo e edição de imagem”.

Filipe Paiva descobriu em 2007 aquele abrigo com gravuras na freguesia de Serpins, concelho da Lousã.

“Mas seriam precisos 15 anos para que fossem reunidas as condições” que permitiram “retomar e ampliar os trabalhos de pesquisa que vieram a revelar uma importância científica e patrimonial inesperada”.

Em 2007, além das pinturas, Filipe Paiva já tinha “encontrado muito material arqueológico no abrigo”, designadamente cerâmicas e artefactos líticos.

Entretanto, em 2023, foram efetuadas novas descobertas, no âmbito de uma tese de mestrado do consórcio europeu de universidades em arqueologia pré-histórica, que inclui o Instituto Politécnico de Tomar (IPT).

A tese, segundo o mestre em arqueologia, foi defendida em Ferrara, na Itália, por Negasi Nega, um aluno do IPT de nacionalidade etíope, estando agora “diversos artigos científicos” em preparação.

“O Abrigo da Cascata revela ocupações no Neolítico e na Idade do Bronze, entre cerca de 3.500 e 1.000 antes de Cristo, o que corresponde ao período em que as pinturas terão sido executadas”, afirmou à Lusa.

“Os motivos são parcialmente idênticos aos que a equipa encontrou junto ao vale do Tejo, nos abrigos do Pego da Rainha, em Mação”, explicou, indicando que é também possível descobrir desenhos semelhantes em Espanha, “sempre na mesma crista quartzítica”.

“Estarão, possivelmente, associados a rotas de mobilidade de pastores ao longo do caminho de festo que percorre o topo da serra”, de acordo com Filipe Paiva, cujo achado “foi devidamente registado” no Portal do Arqueólogo, após reconhecimento científico das pinturas esquemáticas por uma equipa do IPT da qual faziam parte os docentes José Gomes, Pierluigi Rosina e Luiz Oosterbeek.

“A importância do estudo deste abrigo é excecional, com relevante interesse para a compreensão das comunidades que ocuparam o centro interior do atual território português”, acentuou.

Os trabalhos já efetuados resultaram de “uma colaboração entre diversas instituições” (IPT, Instituto Terra e Memória, Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, Museu de Arte Pré-Histórica de Mação e Mestrado Erasmus Mundus em Quaternário e Pré-História), envolvendo ainda os arqueólogos Filipe Paiva, Sara Garcês, Hugo Gomes, Hipólito Collado, Virginia Lattao, Pierluigi Rosina e Luiz Oosterbeek.

Além do trabalho arqueológico, Filipe Paiva, de 40 anos, está ligado a uma unidade de turismo rural da família e possui uma empresa que promove diferentes atividades com motas, como competições, exibições, ensino e desportos de montanha, entre outras.


 :arrow: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/pinturas-rupestres-descobertas-na-serra-da-lousa-explicam-ocupacao-pre-historica?utm_source=app_SAPOJornais&utm_medium=app&utm_campaign=app_inbrowser_SAPOJornais
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 29, 2023, 06:15:22 pm
Top 10 Tesouros do Egito Antigo


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 30, 2023, 01:57:38 pm
Rainhas que Mudaram o Mundo: Hatshepsut


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 08, 2023, 05:05:36 pm
Paris: Catedral de Notre Dame deverá abrir ao público a 8 de dezembro de 2024


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 15, 2023, 06:26:20 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 20, 2023, 10:30:09 am
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 20, 2023, 07:50:19 pm
A Senhora Sapiens


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 28, 2023, 10:15:31 am
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 09, 2024, 11:50:03 am
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 10, 2024, 02:50:07 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 19, 2024, 09:47:52 am
Não é só Pisa: Torre inclinada de Bolonha gera preocupações


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 30, 2024, 12:06:38 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 04, 2024, 04:58:02 pm
(https://images4.imagebam.com/c5/73/36/MERTGBF_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 07, 2024, 09:42:08 am
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 16, 2024, 08:40:12 pm
(https://images4.imagebam.com/90/36/f7/MES264E_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 17, 2024, 06:17:10 pm
(https://images4.imagebam.com/7e/21/f1/MES2UW3_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 21, 2024, 03:09:34 pm
(https://images4.imagebam.com/0e/07/dc/MES5825_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 22, 2024, 05:58:29 pm
Restauro da obra-prima de Bernini


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 22, 2024, 06:14:17 pm
(https://images4.imagebam.com/b2/ef/2c/MES5U22_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 24, 2024, 03:19:54 pm
(https://images4.imagebam.com/5a/23/49/MES6ZBE_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 27, 2024, 03:30:05 pm
Papiro de 2.000 ANOS foi DECIFRADO!


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 28, 2024, 07:30:23 pm
(https://iili.io/JMfdHaj.png)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 04, 2024, 04:24:12 pm
(https://images4.imagebam.com/b5/1c/06/MESCIML_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 04, 2024, 07:37:09 pm
GRANDE SARCÓFAGO de 2.600 anos é encontrado NO EGITO!


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 05, 2024, 11:37:19 am
(https://images4.imagebam.com/fb/24/15/MESD2VB_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 08, 2024, 03:47:03 pm
(https://images4.imagebam.com/78/b8/1d/MESF6K8_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 12, 2024, 05:00:04 pm
(https://images4.imagebam.com/9c/35/7d/MESHG3W_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 13, 2024, 05:23:10 pm
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 15, 2024, 12:07:36 pm
(https://images4.imagebam.com/d3/bf/5e/MESJ11T_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 16, 2024, 04:42:15 pm
(https://images4.imagebam.com/6d/8f/9c/MESJRMH_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Março 21, 2024, 06:38:56 pm
(https://iili.io/JhHHaUJ.png)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 03, 2024, 11:57:06 am
Apresentado novo passeio pedestre no Fórum Romano


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 08, 2024, 02:32:04 pm
(https://images4.imagebam.com/1a/ce/fd/MESVU8V_o.jpg)
Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 12, 2024, 11:47:06 am
Descoberto salão de banquetes em Pompeia


Título: Re: Arqueologia/antropologia/ADN
Enviado por: Lusitano89 em Abril 16, 2024, 05:00:04 pm
Incêndio faz colapsar pináculo de edifício histórico da bolsa de Copenhaga