ETA em Portugal

  • 7 Respostas
  • 3268 Visualizações
*

Jaromil

  • Membro
  • *
  • 56
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
ETA em Portugal
« em: Fevereiro 07, 2010, 02:27:50 am »
Não resisto a comentar toda esta descoberta!

Vai fazer um mês, que foram detidos aqui em Portugal, os dois supostos elementos da ETA! Na altura duas pessoas de grande responsabilidade garantiam ao país que nenhuma base da ETA existia em Portugal. Um deles o Senhor Secretário Geral do SIRP e o outro o Senhor Ministro da Administração Interna, ambos garantiam o mesmo, que não existiam bases da ETA em Portugal. Posso postar os link's das noticias, mas se fizerem uma pesquisa breve encontram no DN e afins várias noticias sobre isso. Menos de um mês e descobre-se que afinal existe pelo menos uma base, e com quantidade de explosivos suficientes para deitar abaixo a ponte 25 de Abril, duas vezes! Não quero que "rolem cabeças" mas é importante que estas pessoas percebam que não podem afirmar assim este tipo de coisas, que estão a implicar não só o seu nome pessoal, como também o nome dos serviços de informações e de Portugal, obviamente. Porque ou os nossos serviços sabiam e os responsáveis mentiram, algo que não deveriam ter feito, se não querem falar calam-se, ou então os nossos serviços não sabiam e isso dá uma bonita imagem de competência..... se o Senhor Ministro tivesse ficado caladinho, nada disto teria acontecido, assim, ou ele é mentiroso ou os nossos serviços incompetentes... escolham......
 

*

Ranger Rebelde

  • Perito
  • **
  • 413
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +0/-0
Re: ETA em Portugal
« Responder #1 em: Fevereiro 07, 2010, 02:43:12 pm »


Segurança
Chefe das secretas: "não há bases da ETA em Portugal"
por CARLOS RODRIGUES LIMA - 14 Janeiro 2010



Secretário-geral dos serviços secretos declarou ao DN que há "forte cooperação" entre as forças de segurança no caso e garantiu que "não há bases da ETA em Portugal".

Júlio Pereira, secretário-geral dos Serviços de Informação da República, o órgão que coordena a actividade dos serviços secretos portugueses, declarou ao DN que "há uma forte cooperação entre as forças policiais e os serviços de informação" para acompanhar a hipótese de uma eventual existência de uma base da ETA em Portugal". O "chefe" dos serviços secretos portugueses garantiu, porém, ser "especulativa" a ideia de que, de facto, existe ou uma base ou uma plataforma de apoio aos etarras.

"Sabemos que nos últimos anos houve uma série de episódios relacionados com elementos da ETA em Portugal. E estamos a acompanhar de perto todas as situações", acrescentou o secretário-geral, dizendo ao DN que a análise do SIS (Serviço de Informações e Segurança) no último Relatório de Segurança Interna mantém-se inalterada. No documento, o SIS garantia não ter sido detectada "qualquer actividade da ETA, nem qualquer estrutura permanente de apoio logístico em território nacional".

Tal não quer dizer que a organização separatista basca pretenda instalar em Portugal uma espécie de base, seja ela permanente ou apenas de recuo. Ainda ontem, o jornal El País afirmava que os etarras detidos em Torre de Moncorvo teriam uma casa alugada em Portugal. Fonte da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da PJ não confirmou ao DN esta informação.

Seja como for, inspectores da PJ ligados à investigação do terrorismo e fontes dos serviços secretos admitem, como hipótese, que, face à repressão de que a ETA tem sido alvo em França, a organização procure deslocalizar algumas bases para Portugal. Mas, operacionalmente, segundo as mesmas fontes tal poderia ser um erro: "As zonas de fronteira são localidades pequenas, onde toda a gente se conhece. Qualquer movimento fora do normal poderia levantar suspeitas e isso é um risco para os etarras", explicou uma das fontes contactadas. O "desvio" para as grandes cidades - onde os operacionais poderiam passar despercebidos - é outra das hipóteses em cima da mesa. Mas, também, era uma situação que comportava alguns riscos, sobretudo com o transporte de explosivos. "Nos últimos casos que tiveram uma ligação a Portugal, há um elemento em comum: os operacionais foram detectados em trânsito. Ou seja, quanto mais andarem, mais riscos há de serem, acidentalmente, apanhados", precisou outra fonte contactada pelo DN. O mesmo interlocutor recordou que recentemente foi descoberto uma célula do IRA (Exército Republicano Irlandês) no Algarve, cuja actividade era o financiamento deste grupo através do contrabando.


FONTE: Diário de Notícias
« Última modificação: Fevereiro 07, 2010, 02:49:33 pm por Ranger Rebelde »
 

*

Ranger Rebelde

  • Perito
  • **
  • 413
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +0/-0
Re: ETA em Portugal
« Responder #2 em: Fevereiro 07, 2010, 02:44:43 pm »


Encontrado provável esconderijo da ETA em Portugal

A polícia encontrou engenhos explosivos numa vivenda perto de Óbidos. Há fortes suspeitas de que a casa tenha sido utilizada por terroristas bascos

Patrícia Fonseca com Ricardo Fonseca
9:35 Sexta-feira, 5 de Fev de 2010  


A operação desta madrugada reforça as suspeitas de que a ETA tem bases de apoio em Portugal.

A casa, situada em Casal da Avarela, Óbidos, estava alugada a duas pessoas. A proprietária do terreno terá alertado as autoridades ao verificar que a vivenda estava fechada há vários dias.

O jornal espanhol El Mundo avança o nome de dois presumíveis etarras, suspeitos de terem estado naquela moradia há cerca de uma semana. Desde 2006 que Oier Mielgo e Andoni Fernández são procurados pela polícia espanhola.

As autoridades desconfiam que tenham sido estes homens a abandonar uma carrinha com material explosivo perto de Óbidos, no dia 1 de Fevereiro.

Este episódio reforçou as suspeitas sobre a existência de células da ETA em Portugal.

Tal como a VISÃO noticiou, essa já era a convicção da polícia, quando foram detidos em Moncorvo, no início de Janeiro, os etarras Garikoitz García Arrieta e Iratxe Ortiz de Barrón. Na carrinha conduzida por Arrieta encontravam-se 10 quilos de explosivos, três armas de fogo e um conjunto de matrículas francesas.

Em Junho de 2007, as autoridades descobriram ainda um carro abandonado em Ayamonte, uma localidade encostada à fronteira com o Algarve. O Fiat tinha sido alugado em Quarteira e transportava 115 quilos de nitrato de amónio e detonadores.

Em Agosto desse ano, um grupo de etarras usou um veículo com matrícula portuguesa para executar um atentado à bomba ao quartel da Guardia Civil de Durango.

É este conjunto de casos que leva a polícia portuguesa a acreditar que a ETA possui uma ou mais bases de apoio em Portugal.

Entretanto, a polícia já foi forçada a alargar o perímetro de segurança em redor da vivenda, devido à grande quantidade de explosivos que foi encontrada.

A operação desta madrugada não teve, ao que a VISÃO apurou, a colaboração das autoridades espanholas, tendo as investigações resultado, em exclusivo, do trabalho da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da Polícia Judiciária, dos serviços de informações portugueses e da GNR.


FONTE: VISÃO
 

*

Ranger Rebelde

  • Perito
  • **
  • 413
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +0/-0
Re: ETA em Portugal
« Responder #3 em: Fevereiro 07, 2010, 02:48:32 pm »
Como diria o outro: "Afinal havia outra..." :evil:
Rolar cabeças? Já deveriam estar a ser "decepadas"... :N-icon-Axe:
 

*

VICTOR4810

  • Perito
  • **
  • 368
  • +0/-1
Re: ETA em Portugal
« Responder #4 em: Fevereiro 07, 2010, 10:29:47 pm »
Ha sido un gran servicio de la Policía Portuguesa y un ejemplo de la colaboración que debe existir entre dos países demócratas para combatir a una banda de criminosos.
  Un 10 para Portugal y para la Guardia Nacional Republicana.¡
  Obrigado.
  Victor.
1.492, DESCUBRIMOS EL PARAISO.
"SIN MAS ENEMIGOS QUE LOS DE MI PÁTRIA"
 

*

Falcão

  • Administrador
  • *****
  • 399
  • Recebeu: 10 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +12/-13
    • http://forumdefesa.com
Re: ETA em Portugal
« Responder #5 em: Fevereiro 08, 2010, 09:16:04 am »
Citar
Investigação

Secreta espanhola esteve em Portugal sem avisar o SIS

por SÓNIA SIMÕES

As autoridades de Madrid  já suspeitavam da presença da ETA no País

Elementos da Direcção de Comunicações e Sistema de Informação da GNR já se tinham cruzado em território português com operacionais do Centro Nacional de Inteligência (CNI), a secreta espanhola. Mas estes nunca prestaram qualquer informação do que estavam a fazer ao Serviço de Informações e Segurança (SIS) português.

Fonte policial disse ao DN que nos serviços de informações da GNR já tinha circulado a informação de que estariam em Portugal elementos da secreta espanhola, provavelmente à procura de ligações da ETA. A informação chegou a ser passada aos superiores hierárquicos, mas "nunca foi valorizada", refere a fonte. E por isso nem sequer foi posta por escrito. Aliás o próprio ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou até - quando dois etarras foram detidos na Torre de Moncorvo em Janeiro - que não existiam bases da ETA em Portugal.

As suspeitas de que a ETA estivesse a abandonar o território francês para fixar bases em Portugal começou logo em 2007, quando dois elementos da Guardia Civil ficaram feridos na sequência de um atentado da ETA em que foi usado um carro português. Na altura, o juiz espanhol Baltasar Gar-zón enviou ao procurador-geral da República português, Pinto Monteiro, um pedido formal para a criação de uma equipa judicial conjunta que investigasse o atentado em Durango, no País Basco.

Rui Pereira também se reuniu com o ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, e acordaram colaborar através de outro tipo de equipas para apurarem as ligações da ETA em Portugal. Nenhuma das equipas passou do papel e não houve qualquer cooperação excepcional entre polícias a propósito da ETA.

Ao que o DN apurou junto de fonte do SIS, a secreta portuguesa não tinha sequer em cima da mesa nenhum indício concreto da presença da ETA em Portugal, mas os seus analistas conceberam hipóteses teóricas sobre os locais onde a organização terrorista poderia estar instalada. Como a GNR detém o exclusivo do patrulhamento na maior parte do território português, as acções de fiscalização do trânsito foram vistas como o primeiro passo para a detecção de algo suspeito. Assim, nos últimos meses, o SIS e a GNR estabeleceram um plano de intensificação das operações stop, com especial atenção à circulação de carrinhas. Aos operacionais chegou a justificação de que era necessário reduzir o índice de criminalidade e o sentimento de insegurança dos cidadãos.

Esta falta de partilha de informação poderá ter estado na base de a GNR ter apreendido uma carrinha na última segunda-feira, nos arredores de Óbidos, com detonadores e engenhos explosivos no interior e não ter, sequer, comunicado à Polícia Judiciária - com competência para investigar actos terroristas. Significa que a carrinha usada pelos dois etarras agora procurados esteve quatro dias na posse da GNR sem nunca haver ligação a uma suspeita de actos terroristas, muito menos da ETA. "Estávamos perante um crime de desobediência [à ordem de paragem] e era isso que estávamos a investigar", justificou fonte da GNR.

Também as fotografias dos suspeitos que terão habitado a vivenda nos arredores de Óbidos, e que terão fugido à pressa de casa após terem escapado a uma operação stop, só foram enviadas para todos os postos da GNR na noite de sexta-feira. Já as imagens circulavam - vindas das autoridades espanholas - pela Internet.

Aliás, toda a informação sobre o caso está agora a ser veiculada, através do Ministério do Interior, aos jornais espanhóis. Só ontem ao início da noite, os ministros da Administração Interna e da Justiça divulgaram um comunicado às redacções. Referem que foram apreendidos 800 quilos de explosivos - quando Espanha fala em mais de 1300. Sem falar na ETA, dizem os ministros que "se evitou a possível realização de futuros atentados terroristas".

"Prosseguem as acções tendentes a reprimir actividades desta natureza, em estreita cooperação com as autoridades espanholas e com observância das competências da Polícia Judiciária", acrescentam. Lembrando o segredo de justiça e de Estado.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... cao=Centro

Cumprimentos
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8536/-4167
Re: ETA em Portugal
« Responder #6 em: Fevereiro 08, 2010, 12:23:21 pm »
Citar
O jornal falou com fontes policiais, segundo as quais nos serviços de informações da GNR já tinha circulado a informação de que a secreta espanhola estaria em Portugal, provavelmente à procura de ligações da ETA. No entanto, a informação “nunca foi valorizada”, diz a fonte ouvida pelo “Diário de Notícias”, jornal que lembra que o próprio ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou não existirem bases da ETA em Portugal quando, em Janeiro, foram detidos dois etarras em Torre de Moncorvo.

As suspeitas de que a organização tivesse intenções de se estabelecer em Portugal já são de 2007, quando a ETA utilizou um carro português num atentado. Na altura, lembra o DN, Rui Pereira e o ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, acordaram colaborar para apurar as ligações da ETA a Portugal. Mas a intenção não foi posta em prática. O DN apurou que a secreta portuguesa não tinha sequer em cima da mesa nenhum indício concreto da presença da organização em território português.

Ontem, os ministérios portugueses da Justiça e da Administração Interna anunciaram que vão continuar a esforçar-se para combater em Portugal actividades ligadas a práticas terroristas, sem fazer qualquer referência à ETA.

Na passada sexta-feira, a GNR detectou uma moradia, em Óbidos, onde estavam armazenados vários quilos de material explosivo e que, alegadamente, tinha sido alugada a membros da ETA. Num comunicado difundido ontem, os Ministérios da Administração Interna e da Justiça cifram em cerca de 800 quilos as quantidades de explosivos encontrados: 500 quilos de nitrato de amónio e “engenhos explosivos perfazendo um peso total de 300 quilos”.

Em contrapartida o Ministério do Interior espanhol tinha no sábado referido em comunicado 1500 quilos de explosivos. Fonte do Ministério do Interior espanhol explicou que Portugal apenas contabilizou “o material que estava misturado e pronto a utilizar”, enquanto Espanha “teve em conta todo o material que serve para fabricar explosivo”.

A mesma fonte recordou que o comunicado difundido ontem em Lisboa apenas se refere a uma substância concreta, nitrato de amónio, mas refere também ter sido encontrado “material diverso, passível de ser utilizado na construção de engenhos explosivos”. Nesse material, sublinha Espanha, encontram-se substâncias como o pó de alumínio a pentrita, ácido sulfúrico e nitrato de potássio, que a ETA usa na elaboração dos seus explosivo.

Somando esse outro material ao referido pelas autoridades portuguesas chega-se a um total de 1500 quilos.


É bem feito, nós não aprendemos, que de lá nem bom vento nem bom casamento...Que vergonha!
 

*

foxtrotvictor

  • Perito
  • **
  • 481
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +5/-1
Re: ETA em Portugal
« Responder #7 em: Março 15, 2010, 10:54:16 pm »
Um bando de maltrapilhos, saídos da kale borroka, que gostam de fumar os seus porros e utilizam fertilizantes agrícolas para improvisar explosivos. Longe vão os tempos do Goma 2 Eco.