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Indústrias de Defesa e Tecnologia Militar => Tecnologia Militar => Tópico iniciado por: Fábio G. em Maio 09, 2004, 02:26:31 am
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Em 2003, a Russia pôs em órbita 12 novos satélites militares. O principal objectivo destes lançamentos é reaprovisionar e manter a sua infrastutura militar em órbita. Ainda vários sistemas em terra entraram em funcionamento, incluindo radares na Bielorrussia e sistemas optrónicos no Tayikistão.
Pouco a pouco a Russia vai recuperando o seu poder militar.
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E eu já escrevi noutros locais que de mansinho a Rússia está a preparar-se para dentro de 10 anos poder ter capacidades para voltar a dar murros na mesa das negociações.
Nessa altura a Rússia não se "encolheria" como quando em 98 se atacou a Sérvia.
A estratégia deles é serem subestimados.
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Nessa altura a Rússia não se "encolheria" como quando em 98 se atacou a Sérvia.
1999.
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Nessa altura a Rússia não se "encolheria" como quando em 98 se atacou a Sérvia.
A estratégia deles é serem subestimados.
A Rússia anda a aprender com a China - a discrição é a chave do negócio...
Pelos vistos estão a perceber a vantagem das comunicações e da informação no campo de batalha moderno. É sintomático que apostem primeiro em satélites (cuja frota actual se calhar já estaria a ficar um pouco envelhecida), e só depois em equipamento mais "convencional" (e mesmo assim apostando cada vez mais na qualidade em detrimento da quantidade).
Com o Putin a ajudar os Russos a recuperar o orgulho nacional, e a economia a dar sinais de retoma, talvez a Rússia consiga reaver parte do seu antigo poderio nos próximos anos (próxima década)...
Mas possivelmente a maior implicação estratégica é a crescente transferência de tecnologia Russa para potências emergentes - a Índia e a China...
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JNSA:
A aproximação entre a Rússia a a China, é fruto e simultâneamente consequência do aumento da influência norte-americana na Ásia central, de que o recente golpe na Geórgia foi o útimo episódio.
Quanto à proximidade entre o Paquistão e a China por um lado, e entre a Índia e a Rússia por outro, estes últimos serão peões dos grandes para serem chamados quando fizerem falta.
Mas também não é de excluir que nos próximos 5 anos se assista a uma aproximação gradual entre a China e índia, deixando o Paquistão à margem.
Ricardo Nunes:
Há dias troquei o Vasco da Gama pelo Bartolomeu Dias, depois escapou-me o lançamento à água do USS Ronald Reagan, e hoje troquei 98 por 99 em relação à guerra contra a Sérvia.
Estarei com Alzheimer?
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Mas também não é de excluir que nos próximos 5 anos se assista a uma aproximação gradual entre a China e índia, deixando o Paquistão à margem.
Não será ao contrário - aproximação da China ao Paquistão?
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Ricardo Nunes:
Há dias troquei o Vasco da Gama pelo Bartolomeu Dias, depois escapou-me o lançamento à água do USS Ronald Reagan, e hoje troquei 98 por 99 em relação à guerra contra a Sérvia.
Estarei com Alzheimer?
:shock:
Oh Rui! Não diga isso nem a brincar! Todos nos trocamos às vezes. É perfeitamente normal.
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JNSA:
Actualmente já existe uma certa aproximação entre a China e o Paquistão que interessa a ambos.
O Paquistão, que até é um aliado do ocidente, mas que tem uma base social e religiosa complexa pode de repente resvalar para um "estado pária" como se costuma dizer.
E ao Paquistão interessa essa aproximação à China para se "defender" da Índia.
Por outro lado esta aliança interessa à China para manter a Índia em sentido e não dar azo a que se promovam problemas nos Himalais, que se projectassem ao Tibete (que como sabe é um ponto fraco da China em termos internacionais).
Mas se um dia a Índia e a China deixarem de lado as rivalidades, essa aproximação poderá levar à marginalização do Paquistão.
Posso estar enganado, mas alguma da tecnologia paquistanesa dos mísseis balísticos vieram da China.
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Exacto, Rui, a China e o Paquistão são aliados naturais na zona, face à Índia.
Por isso é que achei estranho quanto falou de uma aproximação da China à Índia - no actual contexto parece-me altamente improvável, mas nunca se sabe...