São problemas em que deveriamos pensar, quando os governos tentam reformar algum sector da economia.
Falamos dos desempregados, dos excluidos e dos 20% da população que vive abaixo da linha de pobreza, mas quando nos toca a nós, nada fazemos para tentar evitar o problema.
Nesse aspecto somos parecidos aos franceses, que sabem que a sociedade tem que mudar, mas que protestam contra a mudança quando ela lhes bate à porta.
Protestamos contra tudo e contra todos. Até criticamos o Euro, quando o que o Euro fez foi por a descoberto os tradicionais problemas da economia portuguesa.
Somos o Estado-Nação mais antigo do mundo (só superados provavelmente pelo Japão) mas esquecemo-nos de que isso tem consequências.
Desde 1ª Dinastia, que temos um Estado interventor. O Estado e a organização do Estado, criou um país unificado, mas também criou a dependência desse mesmo Estado.
Infelizmente estou convencido de que não podemos resolver os problemas sem terapias de choque.
Infelezmente, também concluo que a imigração é uma forma que os portugueses elegeram para tentar fugir à terapia de choque.
Os governos tentam incentivar a iniciativa privada e aumentar o espirito empreendedor dos portugueses, mas os portugueses não sabem o que fazer, e a solução é a imigração.
Portanto, o principal problema, é não só a deficiência no sistema educativo, mas também a falta de capacidade empreendedora dos portugueses.
Parecemos ter dificuldade em criar produtos para vender. Por isso há séculos que somos um país de comerciantes. Desde o tempo do Marquês de Pombal, que as iniciativas para instigar nos portugueses maior capacidade para «empreeder» têm tido resultados fracos.
A maioria das pequenas empresas portuguesas não são resultado de empreendedorismo genuíno, mas sim da necessidade.
Não adianta deitar as culpas para cima deste ou do governo anterior. Eles terão seguramente muitas culpas em muita coisa, mas o problema principal, é a mentalidade dos cidadãos no seu todo.
Cumprimentos