Preços Baixos atraem Portugueses a Espanha

  • 11 Respostas
  • 5061 Visualizações
*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18291
  • Recebeu: 5534 vez(es)
  • Enviou: 5942 vez(es)
  • +7159/-9537
Preços Baixos atraem Portugueses a Espanha
« em: Abril 03, 2007, 11:28:16 am »


http://jn.sapo.pt/

Citar

Espanha seduz portugueses
 
Espanhóis já não precisam de promoção especial aos preços da sua gasolina. Todos sabem que encher o depósito paga a viagem desde Portugal


Ana Peixoto Fernandes

Os portugueses habituaram-se, em período de Páscoa, à invasão de espanhóis. Mas uma outra acontece, todos os dias, em sentido contrário. Milhares de portugueses, sobretudo os que vivem próximo da raia, são atraídos pelas compras em Espanha. Os preços são mais baixos e ainda há o bónus de se encher o depósito do carro com menos euros. Um cenário alicerçado numa política de impostos menos agressiva do Estado espanhol no IVA e no ISP. Preços mais baixos, para salários mais altos em 2006, o salário mínimo de um português rondava os 437 euros, em Espanha os 631 euros.

Jorge Passos, empresário de Viana do Castelo e membro do Conselho Nacional da Associação das PME Portugal, elaborou um estudo que revela uma realidade incontornável os preços dos bens de primeira necessidade em Espanha são muito atraentes em relação aos praticados em Portugal.A discrepância do IVA e, no caso dos combustíveis, do ISP (imposto sobre produtos petrolíferos), estão a cavar um "fosso" cada vez maior entre o custo de vida português e espanhol, e, consequentemente, a arrastar milhares de consumidores para o país vizinho.

O empresário efectuou, em Junho de 2006 e de novo em Janeiro deste ano, um estudo com base num cabaz de 77 produtos alimentares, de higiene pessoal e geral, bebidas e parafarmácia. Passos levou em conta um universo de cerca de 80 mil habitantes dos concelhos da raia minhota, entre Caminha e Melgaço. E concluiu que, se um agregado familiar comprar o cabaz que seleccionou, uma vez por mês, em território espanhol (em super ou hipermercados de referência), pode poupar cerca de 151 euros.

"Notei, do primeiro para o segundo estudo, um agravamento global do preço do cabaz na ordem dos 30%. E de 35,5% se incluirmos a gasolina", diz Jorge Passos. No primeiro estudo, a diferença do preço do cabaz entre Portugal e Espanha situava-se nos 116 euros. Seis meses depois, em Janeiro deste ano, o empresário concluiu que a vantagem de comprar em Espanha já atingia os 151 euros.

Mas Jorge Passos fez mais. Supôs que uma família portuguesa com residência em zona de fronteira, ao deslocar-se a Espanha para comprar o cabaz, aproveitaria para abastecer o automóvel. Nesse acaso, a poupança ascenderia, segundo o estudo efectuado em Janeiro deste ano, a 171 euros mensais - 20 por via do preço mais baixo dos combustíveis.

Numa análise aos produros do cabaz - que inclui 46 produtos de mercearia, 19 de higiene e limpeza, oito bebidas e quatro artigos de parafarmácia e afins -, o empresário concluiu, por exemplo, que no caso dos produtos para bebés a diferença de preços é "brutal". A explicação reside na percentagem de IVA 4% em Espanha, contra 21% em Portugal. Na maioria dos outros bens do cabaz, os espanhóis cobram 12% de IVA, enquanto o Estado português cobra 21%.

Passos concluiu, por outro lado, que se apenas 10% das famílias da região por si estudada fizessem compras em Espanha, isso resultaria numa "transferência de cerca de 1,2 milhões de euros por mês" para os comerciantes do país vizinho. E lembra que, se a mesma estimativa se fizer para as regiões fronteiriças de Chaves, Quintanilha, Vilar Formoso, Monfortinho, Badajoz e Vila Real de Santo António, serão "quase 11 milhões de euros de compras mensais em Espanha que podiam ser feitas em Portugal".


Empresa de transportes poupa 450 mil euros por ano com gasóleo espanhol

A "João Pires - Internacional Transportes" faz questão que os números sejam divulgados e até já os fez chegar, através de duas cartas, em Maio do ano passado e em Janeiro deste ano, ao ministro da Economia em números redondos, a transportadora revela ter obtido uma poupança média de cerca de 450 mil euros ao fim de um ano a abastecer a sua frota de 120 camiões nos postos de combustíveis de Espanha. Em 2006, esta empresa, sedeada em Vila Nova de Cerveira, a pouco mais de cinco quilómetros de território espanhol, desde que abriu a ponte internacional sobre o rio Minho, consumiu, segundo revelou, ao JN, o seu proprietário, João Pires, quase sete milhões de litros de gasóleo, mas apenas 850 mil litros foram comprados em Portugal. O grosso do combustível, cerca de seis milhões de litros, foi atestado pela sua frota no país vizinho, o que lhe permitiu poupar quase meio milhão de euros. A estratégia de gestão de João Pires alterou-se desde que, em 2005, o preço dos combustíveis começou a subir de forma desenfreada, mas a alteração só foi radical mais recentemente, depois dos aumentos verificados no IVA e no ISP em Portugal. "Tivemos de reforçar a nossa política de compras de combustíveis em Espanha, sob pena de perdermos competitividade no mercado e conduzirmos a empresa a situações de prejuízo que poderiam ser fatais para a sua continuidade", afirma o proprietário. Em 2004, a João Pires abasteceu cerca de 62% do total do gasóleo consumido nesse ano em Portugal; em 2005, foram 45%; e no ano apssado já foram apenas 12,5%. Em Espanha, compraram 84% do gasóleo consumido em 2006.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2490
  • Recebeu: 45 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +461/-579
(sem assunto)
« Responder #1 em: Abril 04, 2007, 06:57:05 pm »
Viva Espanha
 

*

Doctor Z

  • Analista
  • ***
  • 825
  • +1/-0
    • http://www.oliven
(sem assunto)
« Responder #2 em: Abril 05, 2007, 11:43:08 am »
Vamos ver se 2008 e 2009 vão ser os anos da baixa da carga fiscal ...
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

*

Aponez

  • Membro
  • *
  • 289
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #3 em: Abril 07, 2007, 11:15:35 am »
P44 o periodista debería de se informar melhor, o SMI (Salario Mínimo Interprofesional) en España non é de 631 euros é de aprox, 570 euros, segue a ser maior que o portugues pero non tanto como gostariamos os que o temos de cobrar :roll:
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #4 em: Abril 10, 2007, 02:28:14 pm »
Citação de: "Aponez"
P44 o periodista debería de se informar melhor, o SMI (Salario Mínimo Interprofesional) en España non é de 631 euros é de aprox, 570 euros, segue a ser maior que o portugues pero non tanto como gostariamos os que o temos de cobrar :shock: ¿Ainda hai quen cobra menos de 600 euros ao mes por xornada completa? ¿E onde é eso, amigo?
 

*

Aponez

  • Membro
  • *
  • 289
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #5 em: Abril 12, 2007, 01:25:51 pm »
Ese es el SMI establecido por el gobierno para este año, en cuanto a donde se cobra, pues mira sin ir más lejos en la lonja de Ribeira, y no por jornada completa, yo lo dejé en marzo del año pasado, ahora supongo que cobrarán algo más, pero cuando yo lo dejé nuestro sueldo era de 540 euros mes y lo único que tenías seguro era que entrabas a las 17:00 la hora de salida en cambio era, digamos que, irregular :evil:

Obviamente despues de 2 meses me las piré (en cuanto encontré otra cosa :? )
 

*

jomite

  • 8
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #6 em: Abril 28, 2007, 03:49:11 pm »
Os Portuguese vão ás compras a espanha...mas... muitos vão e ficam por lá!
Só vêm de férias!

Conheço várias pessoas que foram para espanha trabalhar e em alguns cásos estudar, por muito que me custe admitir hoje em dia espanha está-se a tornar a "salvação" de muitos Portugueses!

O desemprego, salários baixos e a falta de prespectivas de futuro são na minha opinião os principais motivos deste fluxo migratório.

Em breve no mês de agosto não vão ser apenas os carros de matricula francesa a "invadir" as nossas estradas!

Parece que o ditado que de "espanha nem bons ventos nem bons casamentos" está a ficar desactualizádo.

fica aqui um link de um artigo do El Pais sobre os Portugueses que procuram espanha para trabalhar:

http://www.elpais.com/articulo/internac ... int_13/Tes

Espero sinceramente que Portugal consiga superar os problemas que atravessa e que os nossos politicos façam um bom trabalho, porque se o défice baixou foi muito graças ao aperto de cinto dos portugueses.
Na empresa onde trabalho este ano fomos aumentádos...já lá iam CINCO anos sem aumentos.
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7489
  • Recebeu: 967 vez(es)
  • +4595/-871
(sem assunto)
« Responder #7 em: Abril 28, 2007, 09:58:06 pm »
São problemas em que deveriamos pensar, quando os governos tentam reformar algum sector da economia.

Falamos dos desempregados, dos excluidos e dos 20% da população que vive abaixo da linha de pobreza, mas quando nos toca a nós, nada fazemos para tentar evitar o problema.

Nesse aspecto somos parecidos aos franceses, que sabem que a sociedade tem que mudar, mas que protestam contra a mudança quando ela lhes bate à porta.

Protestamos contra tudo e contra todos. Até criticamos o Euro, quando o que o Euro fez foi por a descoberto os tradicionais problemas da economia portuguesa.

Somos o Estado-Nação mais antigo do mundo (só superados provavelmente pelo Japão) mas esquecemo-nos de que isso tem consequências.

Desde 1ª Dinastia, que temos um Estado interventor. O Estado e a organização do Estado, criou um país unificado, mas também criou a dependência desse mesmo Estado.

Infelizmente estou convencido de que não podemos resolver os problemas sem terapias de choque.

Infelezmente, também concluo que a imigração é uma forma que os portugueses elegeram para tentar fugir à terapia de choque.

Os governos tentam incentivar a iniciativa privada e aumentar o espirito empreendedor dos portugueses, mas os portugueses não sabem o que fazer, e a solução é a imigração.

Portanto, o principal problema, é não só a deficiência no sistema educativo, mas também a falta de capacidade empreendedora dos portugueses.

Parecemos ter dificuldade em criar produtos para vender. Por isso há séculos que somos um país de comerciantes. Desde o tempo do Marquês de Pombal, que as iniciativas para instigar nos portugueses maior capacidade para «empreeder» têm tido resultados fracos.

A maioria das pequenas empresas portuguesas não são resultado de empreendedorismo genuíno, mas sim da necessidade.

Não adianta deitar as culpas para cima deste ou do governo anterior. Eles terão seguramente muitas culpas em muita coisa, mas o problema principal, é a mentalidade dos cidadãos no seu todo.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

garrulo

  • Perito
  • **
  • 531
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #8 em: Abril 28, 2007, 10:05:45 pm »
Papatango por fin dice algo sensato.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

*

jconc

  • 29
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #9 em: Abril 29, 2007, 10:51:32 am »
Os trabalhadores espanhois ganham muito mais do que os seus colegas portugueses, portanto, nao percebo qual a razao de os precos em Espanha sao mais baixos do que em Portugal?
Vergonha nao e?
Por mares nunca de antes navegados...
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8530
  • Recebeu: 1623 vez(es)
  • Enviou: 684 vez(es)
  • +940/-7279
(sem assunto)
« Responder #10 em: Abril 29, 2007, 12:33:46 pm »
"Os governos tentam incentivar a iniciativa privada e aumentar o espirito empreendedor dos portugueses"

Propaganda.
Num país onde o direito à justiça é uma treta e onde as assimetrias de informação são mais que muitas e por diversos motivos  e que só favorecem os espertalhaços, e onde as grandes empresas são favorecidas em deterimento das pequenas, é muito difícil que a iniciativa privada vingue. Além disso não há uma rede de fornecedores de produtos intermédios de qualidade ou de máquinas-ferramenta capaz de abastecer pequenas empresas.
Eu já pensei nisso e ainda penso. A única forma que vejo de ter independência e deixar o funcionalismo público (presentemente uma tortura, pelo menos para mim) é iniciar uma empresa que se dedique exclusivamente à exportação. Agora começar do nada e ainda ter pagamentos especiais por conta é do caraças.
Os incentivos?
Isso é só para os amigos.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Menacho

  • Investigador
  • *****
  • 2815
  • Recebeu: 302 vez(es)
  • Enviou: 60 vez(es)
  • +6/-50
(sem assunto)
« Responder #11 em: Maio 01, 2007, 07:10:02 pm »
En Badajoz, los fines de semana vienen miles de portugueses a hacer a suas compras a los Hiper, ademas de llenar a sua carro de gasolina muito mais barata..................el ahorro mensual para las familias de Elvas, Campomaior y comarca se estima en unos 175-250€ mensuales, si hacen a suas compras en Espanha.................

Un ejemplo, los pañales de bebe, son un 60% mais baratos aqui!!

Cada vez so mais los portugueses que compran casa aqui, y trabajan tamben............

La frontera cada dia es algo mais difuso................. :D