ARMAMENTO VS PONTES, TGV, AEROPORTO

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Edu

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« Responder #45 em: Janeiro 08, 2009, 11:22:06 pm »
Pessoalmente também discordo do TGV, eu moro na covilhã se me quiser deslocar até lisboa de carro, atendendo a que tenho limite de velocidade de 120 km/h, demoro cerca de 2h30m, se me descolar de autocarro demoro pouco mais de três horas, mas se resolver ir no comboio intercidades, que é o mais rapido, demoro 4h10m, e atenção lisboa é a cidade de grande dimenção onde mais rapido posso chegar, se quizer ir para o porto demora mais tempo, se quizer ir para coimbra demoro mais tempo, isto para não falar em grande parte do resto do país... Certamente pessoas que morem noutras zonas do país teram historias semelhantes para contar. Ora isto é uma vergonha, o comboio que tem potencialidades de ser muito mais rapido que o automovel é muito mais lento em portugal, e assim penso que a primeira prioridade a nivel de caminhos de ferro de passageiros seria sem duvida ligar convenientemente o país e não a preocupação de nos ligar em alta velocidade ao estrangeiro, sem duvida que se eu viver em Lisboa me pode dar muito jeito ir de tgv para madrid, mas e se eu não viver em lisboa, então e se eu não quiser ir para madrid?? Nesses casos o tgv não me serve para nada, o nosso país já sofre imenso com o exodo do interior, cada vez há menos gente no interior, e em vez de se tentar contrabalançar isso criando boas ligações entre todo o país de forma a que uma pessoa que more no interior tenha acesso a tdo o resto do país e não veja a sua vida prejudicada e atrasada pela inexistencia desse acesso, na realidade vemos algo que vai aumentar ainda mais as desigualdades entre quem mora em lisboa e quem não mora em lisboa.

A primeira prioriadade dos nossos governos deveria ser acima de tudo ligar o país, quando o país estivesse bem ligado entre si ai sim ligavamos-nos ao estrangeiro.

Em termos de comboios de mercadorias também há muito que se lhe diga, enquanto que no litoral ainda se veem comboios de mercadorias no interior daquilo que eu tenho noção eles são inexistentes, penso que simplesmente não se usam, camiões esses veem-se muitos, ora se o país estivesse bem ligado em comboios de mercadorias que oferececem rapidez em relação ao transporte rodoviario isso seria muito bom para o país noutra area que é a area energetica`. É que um camião inevitavelmente vai andar a petróleo, e o petróleo tem de ser importado, já o comboio anda a electricidade, a electricidade embora parte seja produzida com recurso a importação de combustiveis fosseis, há no entanto uma parte que é produzida sem ter que importar nada (eolicas, barragens, solar, bio-massa, etc.....), ou seja a utilização em larga estala do comboio de mercadorias mermitiria sem duvida a medio-longo prazo reduzir a nossa dependencia energetica, as nossas importações, e o nosso defice da balança comercial.
No entando em vez de se pensar nisto perfere-se pensar em nos ligar a espanha.... talvez nos queiram vender a espanha a médio-longo prazo...
 

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AC

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« Responder #46 em: Janeiro 09, 2009, 12:57:53 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
Sugiro linhas "convencionais" onde façam falta e requalificação das existentes. Sugiro a utilização intensiva das auto-estradas do mar.


Em poucos trajectos faz mais falta que Lisboa - Madrid.
Dada a distância, faz todo o sentido que seja uma linha de alta velocidade.
Dada a nossa relação comercial com o resto da Europa, faz todo o sentido que seja em bitola europeia.

O conceito de linhas "convencionais" é demasiado vago: o custo de construir uma linha com determinadas características é demasiado dependente da geografia que se tem de atravessar.
O que num percurso pode ser demasiado caro para justificar, noutro pode ser um investimento claramente benéfico.

O conceito de recuperar linhas existentes é sedutor mas problemático. Antes de mais é caro e demorado como se viu com a modernização da linha do Norte.
Além do mais, as restantes linhas existentes têm percursos que honestamente têm pouco interesse para o país e para as populações que passam.

Por exemplo, imagine os problemas e custos em converter a linha da Beira Alta de via única para via dupla. E ainda por cima, todo esse esforço para modernizar uma linha que não passa a menos de 30m de carro de Viseu, a cidade mais populosa da região.

O transporte marítimo tem o seu valor indiscutível mas tem características completamente diferentes: é muito mais lento são poucos os locais fora do litoral que estão acessíveis de barco.
Para chegar a qualquer outro lugar, são necessários transportes rodoviários ou ferroviários.

Se não investirmos no transporte ferroviários vamos continuar totalmente dependentes do transporte rodoviários e do petróleo que o move.

E não esqueçamos que o contribuinte não só tem pago a construção da maioria das estradas como tem também pago a sua manutenção, o seu policiamento, o cuidado dos feridos e mortos dos acidentes que lá ocorrem.
 

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AC

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« Responder #47 em: Janeiro 09, 2009, 01:29:17 am »
Edu,

o comboio tem muitas potencialidades mas também um grave problema: é inflexível.
Está longe de ser uma bala mágica para lidar com os problemas de àreas com pouca densidade populacional. Invariavelmente, as pessoas tendem a favorecer normalmente a flexibilidade do carro e o comboio tem pouco uso, independentemente da qualidade do serviço que presta.

Dito isto, Covilhã e Castelo Branco são, a meu ver, suficientemente grandes para beneficiar de uma ligação ferroviária melhor que a decadente linha da Beira Baixa.

A Beira Alta vai beneficiar da linha Aveira-Guarda-Salamanca mas a inexistência de um plano semelhante para a Covilhã e Guarda é, provavelmente, o maior buraco nos planos futuros para a ferrovia em Portugal.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #48 em: Janeiro 09, 2009, 11:48:53 pm »
AC vamos lá ver: O objectivo do TGV foi e será sempre o transporte de pessoas de forma rápida entre dois pontos ou cidades mais ou menos distantes. O transporte de mercadorias segundo me foi explicado é oneroso e até complexo (as composições são diferentes). Vale a pena? Faz sentido gastar estes biliões na construção e depois outros tantos na manutenção para se poder ir de forma rápida de Lisboa a Madrid?

Quantas pessoas têm essa necessidade? E as mercadorias? É assim importante mandar mercadorias a 300 e tal km hora para Madrid? E não me venham dizer que é para ligar Portugal à Europa, porque quem quer ir para a Europa não vai de comboio até Madrid para depois ir até, por exemplo, Paris, quando pode apanhar um voo directo, mais barato e mais rápido para lá chegar! Não faz sentido.

Até lhe digo mais, há estudos não oficiais que apontam que transportar um metro cúbico de carga por TGV sai muito mais caro que o transporte rodoviário, para já não falar, como é óbvio, que será ainda muito maior a diferença se se comparar com o marítimo. Assim sendo, quem vai optar pelo transporte de carga através do TGV?
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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FoxTroop

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« Responder #49 em: Janeiro 10, 2009, 12:42:23 pm »
Concordo que uma linha de TGV entre Lisboa e Madrid, agora Lisboa Porto?!!!  Só vai servir para encher bolsos a uns quantos.
 

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nelson38899

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« Responder #50 em: Janeiro 10, 2009, 05:44:04 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Concordo que uma linha de TGV entre Lisboa e Madrid, agora Lisboa Porto?!!!  Só vai servir para encher bolsos a uns quantos.


Portugal não necessita de tgv mas sim de uma linha de pendular que ligue todas as capitais de distrito a lisboa
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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HSMW

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« Responder #51 em: Janeiro 10, 2009, 06:19:33 pm »
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "FoxTroop"
Concordo que uma linha de TGV entre Lisboa e Madrid, agora Lisboa Porto?!!!  Só vai servir para encher bolsos a uns quantos.

Portugal não necessita de tgv mas sim de uma linha de pendular que ligue todas as capitais de distrito a lisboa

Mas afinal o que é que o TGV faz que o Alpha Pendular não faça?
É só pela velocidade?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Lightning

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« Responder #52 em: Janeiro 10, 2009, 06:28:51 pm »
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "FoxTroop"
Concordo que uma linha de TGV entre Lisboa e Madrid, agora Lisboa Porto?!!!  Só vai servir para encher bolsos a uns quantos.

Portugal não necessita de tgv mas sim de uma linha de pendular que ligue todas as capitais de distrito a lisboa


E as capitais de distrito entre si.
 

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nelson38899

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« Responder #53 em: Janeiro 10, 2009, 06:33:20 pm »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "FoxTroop"
Concordo que uma linha de TGV entre Lisboa e Madrid, agora Lisboa Porto?!!!  Só vai servir para encher bolsos a uns quantos.

Portugal não necessita de tgv mas sim de uma linha de pendular que ligue todas as capitais de distrito a lisboa

E as capitais de distrito entre si.


concordo consigo. Pessoalmente prefiro o alfa a 240Km/h do que o TGV a 300Km/h
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
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Cabecinhas

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« Responder #54 em: Janeiro 10, 2009, 07:03:13 pm »
Se conseguir dar os 300km/h, a essa velocidade são precisos não sei quantas dezenas de quilómetros para travar o bicho em segurança, ou seja basicamente a distância entre estações Lisboa Porto, mais coisa menos coisa.
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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AC

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« Responder #55 em: Janeiro 10, 2009, 08:16:42 pm »
Caro Jorge Pereira,

as mercadorias não vão ser transportadas a 300km/h nem nada que se pareça. Vão ser transportadas a 100-140km/h como em qualquer linha normal. Aliás, um dos problemas que aquele texto anterior referia era a dificuldade de misturar comboios de mercadorias a 100-140km/h com comboios de alta velocidade a 350km/h.

O interesse de a linha de alta velocidade Lisboa-Madrid prende-se com duas coisas com capacidade para o transporte de mercadorias prende-se com duas coisas.
Primeiro, neste momento não temos uma ligação ferroviária decente para o transporte de mercadorias para Espanha.
As linhas da Beira Alta e da Beira Baixa são linhas de via única, em mau estado e com limitações sérias de velocidade (< 40km/h nalguns locais) e peso. Estes problemas são complicados (e caros) de resolver: a linha é única, pelo que obras de modernização implicam interromper o serviço durante anos, são antigas pelo que há imensas povoações ao lado da linha e não há espaço para duplicar a via e atravessam locais complicados.

E não ter uma boa ligação ferroviária a Espanha representa várias perdas para o país. Por um lado, como nosso principal parceiro comercia há imensa mercadoria que é transportada entre Espanha e Portugal via rodoviária. Por outro lado, há muitas cidades espanholas que estão mais perto de portos portugueses que espanhóis pelo que uma boa ligação ferroviária Espanha poderia

A outra razão é a questão da ligação à Europa. Não por causa do transporte de passageiros porque, como bem diz, ninguém vai fazer Lisboa - Paris de TGV quando pode apanhar um vôo directo.
Mas sim por causa do transporte de mercadorias: vai ser construída na mesma bitola que o resto da Europa usa e Lisboa - Madrid - Barcelona - Perpignan vai ser, para já, o único caminho possível para comboios de mercadorias entre Portugal e o resto da Europa.

O facto de ser em bitola europeia tem, de facto, uma desvantagem grande: a integração com o resto da rede Portuguesa e Espanha, em bitola ibérica, torna-se díficil, demorado e caro.
Mas Espanha tem o mesmo problema que nós relativamente ao resto da Europa e a tendência deles também é para expandir a rede em bitola europeia.

Quanto à quantidade de pessoas que precisam/querem viajar entre Lisboa e Madrid, os estudos da RAVE afirmam que 1,6M/ano de pessoas fazem viagens de longo curso nesse eixo em 2003. Com a opção do TGV, isto tenderá a aumentar.
A julgar pela experiência existente com outras linhas de alta velocidade, o serviço de passageiros Lisboa - Madrid irá cobrir facilmente os custos de operação e manutenção.
Já o retorno do investimento que o Estado vai fazer nisto, é sempre díficil dar uma resposta. Além do lucro que o serviço possa dar, há os benefícios que trás para a economia (por exemplo, o turismo). Mas também é dinheiro que poderia ter sido investido noutra coisa.
 

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AC

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« Responder #56 em: Janeiro 10, 2009, 08:19:36 pm »
Citação de: "HSMW"
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "FoxTroop"
Concordo que uma linha de TGV entre Lisboa e Madrid, agora Lisboa Porto?!!!  Só vai servir para encher bolsos a uns quantos.

Portugal não necessita de tgv mas sim de uma linha de pendular que ligue todas as capitais de distrito a lisboa
Mas afinal o que é que o TGV faz que o Alpha Pendular não faça?
É só pela velocidade?


HSMW, a não ser andar mais depressa, nada.

Mas como já referi antes, a linha do Norte já não chega para as encomendas e não há modernização que resolva: é preciso aumentar o número de vias no eixo Lisboa - Porto.
E a forma mais fácil de o fazer é mesmo construir outra linha nova.
 

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nelson38899

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« Responder #57 em: Janeiro 10, 2009, 08:50:47 pm »
Citação de: "AC"
Caro Jorge Pereira,



As linhas da Beira Alta e da Beira Baixa são linhas de via única, em mau estado e com limitações sérias de velocidade (< 40km/h nalguns locais) e peso. Estes problemas são complicados (e caros) de resolver: a linha é única, pelo que obras de modernização implicam interromper o serviço durante anos, são antigas pelo que há imensas povoações ao lado da linha e não há espaço para duplicar a via e atravessam locais complicados.


Não concordo consigo, por muitas dificuldades que a renovação dessa linha possa ter, a construção de uma linha para o pendular que ligue as capitais de distrito do interior ás do litoral não é necessariamente obrigatório interromper o serviço, basta construir uma linha ao lado da actual e quando a nova estiver pronta pode-se renovar a antiga fazendo o transporte pela nova.

Eu nunca percebi essa obsessão por Castela. Porque que raio é necessário essa urgência de ligações quando ainda temos capitais de distrito que ainda não são servidas por uma auto estrada. Se estamos numa era global e nós temos uma auto estrada tão importante que é o mar, para que é tanta gente quer dar tanta importância a Castela quando o nosso objectivo devia ser o mundo.
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Lightning

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« Responder #58 em: Janeiro 10, 2009, 10:00:01 pm »
Citação de: "nelson38899"
Eu nunca percebi essa obsessão por Castela.


Penso que a obsessão não é tanto por Castela, mas mais pela Europa, isto é, tornar Portugal  o porto de desembarque de navios que vem para a Europa, e depois enviar isso por comboio Europa fora.
 

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AC

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« Responder #59 em: Janeiro 11, 2009, 01:45:39 am »
nelson,
No caso da linha da Beira Alta, duplica a via é problemático porque passa por algums sitios bem manhosos.
Mas no que diz respeito à linha da Beira Alta, isto é uma discussão académica: vai haver uma nova linha Aveiro - Viseu - Guarda - Salamanca. A modo que a sua ideia de ter uma ligação decente entre todas as capitais de distrito vai ficar 2 distritos mais perto: Viseu (que não tem comboio) e a Guarda (porque o IC na linha da beira alta não é propriamente decente).

No que diz respeito à linha da Beira Baixa não lhe sei dizer se é fácil ou não a duplicação da via.

Não é bem uma obcessão por Castela ou pela Europa. É mais uma questão de realismo: Portugal importa e exporta imenso para Espanha e para a UE, é uma realidade pura e dura da economia nacional, e a maior parte disso vem via rodoviária, em estradas que foram e continuam a ser pagas principalmente pelo contribuinte (principalmente o antigo IP5 cuja conversão em A25 custou uns 700M EUR) e com custos económicos e ambientais mais elevados do que se viessem de comboio.
E à medida que o resto da Europa for resolvendo os problemas do transporte ferroviário de mercadorias, esse diferencial de custos vai prejudicar cada vez mais a economia Portuguesa.