Plano terrorista desmantelado no Reino Unido

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ricardonunes

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« Responder #15 em: Agosto 15, 2006, 04:00:24 pm »
Eu não vi, raramente vejo, a entrevista do Sr. Vitorino.
Mas li o artigo de opinião publicado a 11/08/06 no DN, e não me parece que defenda a teoria da "conspiração maquiavélica" ou a dos atentados que "não" se estavam a preparar, mas poso ser eu que esteja a fazer uma interpretação errada das suas palavras, ou o Sr. muda de opinião passados 4 dias.

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Londres, de novo
In Diário de Notícias, 11|Agosto|2006

Londres volta a estar no centro da agenda terrorista internacional. Sem surpresa, contudo.

O cenário dantesco que se avizinhava tinha traços infelizmente já bem conhecidos: o alvo, os interesses britânicos e norte-americanos; os meios, os aviões; as finalidades, a promoção em massa da morte de inocentes e a destruição da confiança num elemento central das sociedades abertas, a liberdade de deslocação.

No momento em que escrevemos são ainda escassos os dados concretos sobre a mega- operação desencadeada pelas autoridades policiais britânicas. Os relatos parciais indiciam uma conjura terrorista de larga escala (falando-se em dez a 20 aviões como alvo), seguida pelos serviços de informações e policiais há vários meses e desarticulada no último momento, à beira da fase de operacionalização dos atentados.

Como já escrevi nesta mesma coluna há um mês, por ocasião do aniversário dos atentados de 7 de Julho de 2005 na capital britânica, Londres continuaria a ser um alvo preferencial e particularmente apetecível para alimentar a retórica terrorista.

As suspeitas sobre os autores, neste momento, apontam mais uma vez para grupos terroristas radicais islâmicos referenciáveis à constelação da Al-Qaeda. A investigação permitirá determinar quantos (e quais) são britânicos, à semelhança dos atentados do ano passado, bem como as conexões destas redes entre si e com outros centros terroristas internacionais.

O sucesso do desmantelamento desta operação parece coroar uma acção prolongada no tempo de investigação de suspeitos devidamente identificados graças à cooperação internacional. Muito provavelmente os próximos dias permitirão saber até que ponto na sua identificação foi relevante o sistema de cooperação entre europeus e norte-americanos designado por Passenger Name Record, que consiste na obrigação de as companhias aéreas que efectuam voos transatlânticos recolherem e fornecerem às autoridades fronteiriças americanas um conjunto de dados pessoais dos passageiros para efeitos de despistagem prévia de potenciais terroristas. Esta informação poderá ser relevante para concluir as novas negociações deste tipo de acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos, na sequência da decisão do Tribunal de Justiça que pôs em causa a base legal usada nos acordos ainda vigentes neste momento.

Conforme também escrevi aqui, sobre o atentado de Londres de Julho de 2005, o que então mais me impressionou foi o facto de a investigação levada a cabo ter determinado que os explosivos usados haviam sido feitos com base em produtos adquiridos sem dificuldades de maior, quer em drogarias, quer em perfumarias no Reino Unido. Já então chamei a atenção para o facto de que a possibilidade de fabricar este tipo de engenhos explosivos com base em produtos de uso corrente representava não só uma ameaça acrescida para a nossa segurança mas constituía também um desafio à concepção e desenvolvimento de uma nova geração de scanners para garantir a segurança dos aeroportos e das aeronaves.

Estes últimos acontecimentos de Londres comprovam-no à saciedade.

Por muito relevante que seja a tecnologia na garantia da segurança, convém ter presente que normalmente os artefactos tecnológicos estão sempre atrás da imaginação doentia e assassina dos que querem impor a lei do terror. Neste caso há mais de um ano que sabíamos que este tipo de explosivos poderia ser utilizado num projecto de grande dimensão, pelo que agora se impõe - com urgência - uma revisão integral dos mecanismos de detecção de explosivos instalados nos nossos aeroportos.

Mas o upgrade da tecnologia não dispensa o papel central da prevenção do terrorismo baseado nas fontes humanas, na acção das forças policiais e dos serviços de informações na detecção, vigilância e detenção dos suspeitos de acções terroristas, desejavelmente antes de passarem aos actos.

Trata-se, neste capítulo, de um dos domínios mais complexos da luta antiterrorista: seguir os suspeitos e vigiar as acções preparatórias durante um tempo suficiente para detectar a rede terrorista em toda a sua extensão e em todas as suas conexões globais, mas actuar para a desarticular no preciso momento em que se possa evitar o acto terrorista e a morte de vítimas inocentes.

Os passageiros que hoje, em Heathrow e em vários outros aeroportos do mundo, estão a sofrer os incómodos do cancelamento dos voos serão decerto os primeiros a perceberem como as suas vidas beneficiaram desta operação antiterrorista bem sucedida, a ponto de poderem continuar a viver!

Talvez hoje aqueles que põem em causa a legitimidade destas acções antiterroristas em nome de uma defesa às vezes ingénua às vezes mal intencionada das liberdades públicas compreendam melhor que os constrangimentos que a luta contra o terror impõe às nossas liberdades colectivas, desde que fundamentados e proporcionais, são a melhor garantia de podermos continuar em liberdade... e vivos!
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« Responder #16 em: Agosto 15, 2006, 04:21:52 pm »
Citação de: "ricardonunes"
Eu não vi, raramente vejo, a entrevista do Sr. Vitorino.
Mas li o artigo de opinião publicado a 11/08/06 no DN, e não me parece que defenda a teoria da "conspiração maquiavélica" ou a dos atentados que "não" se estavam a preparar, mas poso ser eu que esteja a fazer uma interpretação errada das suas palavras, ou o Sr. muda de opinião passados 4 dias.


Ricardonunes, interpretaste erradamente o "post". Estava a ser irónico, daí as "aspas" e o itálico, ... ironia dedicada especialmente aos (o) defensores da teoria da conspiração, com inspiração e alguma transpiração (devido ao calor). Provavelmente a inspiração não foi tanta assim. :wink:
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RedWarrior

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« Responder #17 em: Agosto 15, 2006, 06:13:16 pm »
Citação de: "TOMKAT"
E conseguiram que nenhum familiar dos presumíveis e inocentes terroristas detidos, clamasse a inocência dos seus familiares
Caso isto tenha sido engendrado pela CIA/MI5, achas que era essa a parte dificil do plano ?? Santa inocência... Qualquer traficante de droga o faz quando se sente apertado, paga a uns marmanjos para se deixarem apanhar com uns quilinhos e irem dentro, deixando a bófia a pensar que apanhou o peixe graudo, quanto mais um serviço de informações...

Citação de: "TOMKAT"
Uma sondagem entre muçulmanos da Grã-Bretanha diz que 81 por cento se consideram mais muçulmanos do que britânicos.

 Ser muçulmano é normalmente uma opção espiritual, ser britânico não é opção nenhuma, quanto muito uma opção por questões de qualidade de vida feita por quem acabou de imigrar.
 Isso é um pergunta estúpida, desde quando é que ser muçulmano implica não se ser britânico ?? Era a mesma coisa que perguntar a um católico se ele se sente mais católico do que português
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« Responder #18 em: Agosto 15, 2006, 07:05:08 pm »
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Uma sondagem entre muçulmanos da Grã-Bretanha diz que 81 por cento se consideram mais muçulmanos do que britânicos.

É de desconfiar da lealdade desses cidadãos para com o seu país? É. Mas há também uma lição positiva a ler na sondagem. Como se faz um sondagem? Por abordagem directa ou por telefone. Em qualquer dos casos, é possível pensar que quem responde sabe que a polícia pode chegar a ele: ou porque se lhe conhece o telefone ou porque foi visto a responder.

Ora, mais de quatro em cinco não tiveram medo de dizer o que quiseram. Agiram como cidadãos britânicos, isto é, gente livre. Se respondessem num país muçulmano (num qualquer) não fariam o mesmo. Parafraseando um poeta, para os seus muçulmanos, a Grã-Bretanha ainda se estranha, mas já está entranhada.

Ferreira Fernandes


Um pouco alias como os judeus. Conclusao: todos os semitas sao traidores.

Curiosa tambem a alegacao de que os familiares nao clamaram a inociencia dos detidos, pois ainda ontem a CNN (versao americana, nao a internacional que se ve ai) entrevistou os familiares de um dos detidos no RU e eles estavam precisamente a alegar da inocencia do detido - o que alias seria de esperar, independentemente de o tipo estar ou nao implicado nos atentados.
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TOMKAT

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« Responder #19 em: Agosto 15, 2006, 08:01:15 pm »
Citação de: "RedWarrior"
Citação de: "TOMKAT"
E conseguiram que nenhum familiar dos presumíveis e inocentes terroristas detidos, clamasse a inocência dos seus familiares
Caso isto tenha sido engendrado pela CIA/MI5, achas que era essa a parte dificil do plano ?? Santa inocência... Qualquer traficante de droga o faz quando se sente apertado, paga a uns marmanjos para se deixarem apanhar com uns quilinhos e irem dentro, deixando a bófia a pensar que apanhou o peixe graudo, quanto mais um serviço de informações...

Raios,... era este o detalhe que me escapava, os presumíveis terroristas foram pagos pelo Bin Laden para serem capturados, pois claro,... óbvio... só pode ser isso. Ou será que foram os familiares que foram pagos pela CIA/MI5 para não defenderem os seus familiares "injustiçados"? Ou será que foi o Bin Laden, quase quase a ser capturado, ofereceu dinheiro tanto aos detidos para se deixarem prender, como aos familiares para não se manifestarem ?.....

Cabecinha pensadoooora.... :toto:


Citação de: "NVF"
Um pouco alias como os judeus. Conclusao: todos os semitas sao traidores.

A conclusão de traidores é tua NVF, nada no texto refere isso.
A interpertação deve ser outra e as questões a colocar serão o porquê da percentagem ser superior na Inglaterra que em países muçulmanos de facto.


Citação de: "NVF"
Curiosa tambem a alegacao de que os familiares nao clamaram a inociencia dos detidos, pois ainda ontem a CNN (versao americana, nao a internacional que se ve ai) entrevistou os familiares de um dos detidos no RU e eles estavam precisamente a alegar da inocencia do detido - o que alias seria de esperar, independentemente de o tipo estar ou nao implicado nos atentados.


Os protestos foram tão ruidosos e feitos com tanta convicção que não chegaram à esmagadora maioria dos orgõas de informação europeus...
à pois, esses também foram comprados pela CIA/MI5.....
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Luso

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« Responder #20 em: Agosto 15, 2006, 11:47:14 pm »
Citação de: "RedWarrior"
Ser muçulmano é normalmente uma opção espiritual, ser britânico não é opção nenhuma, quanto muito uma opção por questões de qualidade de vida feita por quem acabou de imigrar.


Estas crianças...
Ser britânico é uma opção. Acredite.
Ser português também é uma opção.
Os que não querem ser portugueses tratam disso emigrando, mudando de nome e deixando de falar português e comer rojões e bacalhau.
Adeus e fiquem bem.
Os outros, os cobardes por não terem a coragem dos primeiros (nem o talento para vencer as adversidades), a escumalha, a escória infecta que contamina este país e que por aqui fica apenas deseja transformar isto numa terra de ninguém, ou melhor, numa terra a conquistar por outros sabidolas que lhes alimentam o ego e a vaidade doentia que disfarça a enorme falta de auto-estima. E que julgam que os novos senhores lhes vão ajudar a concretizar as "opções pessoais".

Que tipo de pessoa será o Soldado Vermelho? (pergunta retórica)

Não escolheu o país onde nasceu. Portanto tem o direito de o renegar, segundo o seu raciocínio;

Não escolheu os pais. Portanto, tem o direito de os renegar também (e os avós, os tios, as tias e sobretudo as primas!)

Querendo ser pai, não escolheu ter uma menina. Portanto tem o direito de a rejeitar. Se tivesse um filho este teria o direito de rejeitar o pai;

Não escolheu estar doente (se bem que há quem escolha). Tem o direito de se queixar, de se lamentar, da sociedade, do estado, do governo, dos pais que não escolheu (e os avós, os tios, as tias e sobretudo as primas!);

Não escolheu os colegas de trabalho. Tem o direito de lhes limpar o sebo. Mas não se despede porque não tem coragem;

Não escolheu viver. Tem o direito de se atirar de uma ponte (alta, de preferência e não às segundas e sextas, antes e depois dos feriados).

Enfim, tudo muito natural, uma verdeira e saudável filosofia civilizacional!
- Temos HOME!

Caramba, quando é que começa a encarar a vida de frente?
(Pergunta retórica, não responda. Não quero saber.)
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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NVF

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« Responder #21 em: Agosto 15, 2006, 11:56:45 pm »
Citação de: "TOMKAT"

Os protestos foram tão ruidosos e feitos com tanta convicção que não chegaram à esmagadora maioria dos orgõas de informação europeus...
à pois, esses também foram comprados pela CIA/MI5.....

Isto talvez ajude a explicar o porque do pequeno eco dado 'as posicoes dos familiares:

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Also on Monday, a court ruled that police could hold one of the 23 suspects for questioning until August 16. Meanwhile, a lawyer for two of those in custody accused police of denying her full access to her clients. The attorney, Mudassar Arani, said British suspects' families had been moved to hotels.
from http://www.cnn.com/2006/WORLD/europe/08 ... index.html

Mas claro, quando os orgaos de informacao europeus nao fazem o seu trabalho e' o povo que permace ignorante dos factos.
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RedWarrior

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« Responder #22 em: Agosto 16, 2006, 12:53:38 am »
Citação de: "Luso"
Os que não querem ser portugueses tratam disso emigrando, mudando de nome e deixando de falar português e comer rojões e bacalhau.
O condeno é esse tipo de imposições culturais e políticas que vêm pregadas à nacionalidade que me é imposta no nascimento. Ninguém me obriga a comer rojões e bacalhau por ter BI português.
 Queres outro exemplo deste tipo de pensamento fascizante??

Citação de: "Papatango"
A nação portuguesa, que é um grupo de pessoas com uma determinada forma de ver o mundo e sentir as realidades

 Ou pensas como eu ou és traidor à pátria...

Citação de: "Papatango"
Não escolheu o país onde nasceu. Portanto tem o direito de o renegar, segundo o seu raciocínio

 Então foi porque não percebeste o meu raciocínio. Eu não tenho que o aceitar nem renegar, não tenho que ter orgulho nem vergonha ( como disse o Azraael numa thread em que já diziam que os iberistas deviam ser fuzilados ), isto porque não existe qualquer conduta ideológica, religiosa, cultural ou comportamental impressa no "ser português", para mim ser português é apenas ter nacionalidade portuguesa e isso não tem implicações muito profundas na minha vida, tanto que defendo o bem-estar das populações acima da nacionalidade, um exemplo: Se o projecto iberista conduzisse a uma melhoria significativa do nível de vida das populações, eu era o primeiro a trocar a nacionalidade pela qualidade de vida.
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alfsapt

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« Responder #23 em: Agosto 16, 2006, 12:10:36 pm »
Citação de: "RedWarrior"
...para mim ser português é apenas ter nacionalidade portuguesa e isso não tem implicações muito profundas na minha vida,

Implica ao menos que não precise de saltar vedações ou parecido para entrar na Europa ocidental à procura de melhor qualidade de vida, que os seus antepassados não tenham garantido em "indiferente" terra Natal. Acha que as implicações seriam mais profundas se em vez de português tivesse uma nacionalidade da Europa de Leste?

Citação de: "RedWarrior"
tanto que defendo o bem-estar das populações acima da nacionalidade, um exemplo: Se o projecto iberista conduzisse a uma melhoria significativa do nível de vida das populações, eu era o primeiro a trocar a nacionalidade pela qualidade de vida.


Consta que não basta vender a nacionalidade e até é preciso trabalhar para se conseguir melhor qualidade de vida. Isso ou ganhar o Euromilhões.

Se bem que percebi, entre nascer e crescer Português ou Espanhol não existem muito diferentes implicações para si, pelo no que respeita à educação, saúde e justiça, por serem dependentes do Estado que invariavelmente está associado à nacionalidade, considera funcinarem em sistemas semelhantes.

A diferença, deduzo, será na oferta de emprego e respectivas remunerações. Algo que incondicionalmente está associado à globalização das economias e sistemas financeiros. Considera então obsoleta a figura do Estado na defesa da qualidade de vida das populações?
A que nível devem as populações fazer-se representar?
Acha então que devem ser reunidos os poderes decisivos num Governo Central supranacional?
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma."
Padre Antonio Vieira
 

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Luso

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« Responder #24 em: Agosto 16, 2006, 01:33:06 pm »
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Se o projecto iberista conduzisse a uma melhoria significativa do nível de vida das populações, eu era o primeiro a trocar a nacionalidade pela qualidade de vida.

Segundo o racicínio do Guerreiro Vermelho, é caso para pensar que ele está disponível a vender o seu corpinho e a sua dignidade "pela qualidade de vida".
Se isso for verdade o Guerreiro não se precisa preocupar com mais nada (dizem que há gostos para tudo)...

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Queres outro exemplo deste tipo de pensamento fascizante??


 :twisted:
« Última modificação: Agosto 16, 2006, 08:46:33 pm por Luso »
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othelo

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« Responder #25 em: Agosto 16, 2006, 08:33:17 pm »
ReD WaRriOr

Por a maioria dos politicos e uma  franja da sociedade Portuguesa, pós 25 de Abril, pensar dessa forma e por falta de consciência nacionalista (o quanto baste) é que actualmente a nossa nação é que está neste estado de deterioração lenta, mas parece-me que inevitavel.

Actualmente esta nação e contráriamente à maioria dos paises europeus, que tem populações indigenas, que se orgulham da sua nacionalidade e pais, encontra-se à venda pelo melhor preço e são pessoas como você, que dão azo a q os nossos politicos sejam a miséria e vergonha que são, espelhando de certa forma os cidadãos q antes referi.

Mas como democrata que sou e embora não respeitando, por motivos óbvios a sua opinião, tenho que a aceitar.
Olho por Olho, Dente por Dente
 

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RedWarrior

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« Responder #26 em: Agosto 17, 2006, 09:55:13 pm »
Citação de: "Luso"
Segundo o racicínio do Guerreiro Vermelho, é caso para pensar que ele está disponível a vender o seu corpinho e a sua dignidade "pela qualidade de vida".
Isto porque tu partes do princípio que preservar a minha nacionalidade é preservar a minha dignidade. Se vês a nacionalidade como parte da tua dignidade é problema teu, eu respeito a tua opinião desde que respeites a minha.

Citação de: "Luso"
Para este moço decididamente não há princípios.

 ...Injustificados. Uns vivem para a moral, outros para a justificar e outros para a contrariar. Não duvido da sinceridade do teu patriotismo, apenas duvido da sua racionalidade, mas como nem tudo neste mundo tem que ser racional...aceito. Agora queres me convencer que isso é um "príncipio" ?? Existem pessoas que ainda não aceitam que o patriotismo hoje em dia se reduz ao futebol.
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ricardonunes

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« Responder #27 em: Agosto 20, 2006, 03:07:47 pm »
Caridade sob suspeita
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Instituição de apoio social poderá estar envolvida nos ataques falhados em Heathrow.
    

Uma associação de caridade britânica é suspeita de ter ligações com os elementos detidos no âmbito do inquérito sobre o plano terrorista para fazer explodir aviões comerciais. O diário britânico The Times diz que cinco dos 24 suspeitos detidos na Grã-Bretanha trabalharam para a ”Crescent Relief London”.
A organização de solidariedade social “Crescent Relief London”, em Birmingam, no centro de Inglaterra foi criada em 2000 por Abdul Rauf, um paquistanês imigrante em Inglaterra. Uma das actividades da associação foi a recolha de apoios para as vítimas do sismo de 8 de Outubro de 2005 no Paquistão.

As suspeitas começaram quando a imprensa britânica denunciou possíveis ligações da associação a cinco dos 24 detidos no âmbito da mega-operação da polícia britânica no dia 10 de Agosto, quando terão sido evitadas uma série de explosões em voos comerciais com destino aos EUA.

Um dos filhos de Abdul Rauf , Rashid, de 25 anos, foi detido no Paquistão pela sua presumível participação no plano. O Ministério paquistanês dos Negócios Estrangeiros garantiu que Rashid Rauf não estava ligado a nenhuma das associações de caridade envolvidas no auxílio às vítimas do tremor de terra.

O outro filho do fundador da “Crescent Relief London”, Tayib, 21 anos, foi detido a 10 de Agosto nas operações levadas a cabo pela polícia britânica.

Abdul Rauf também foi interpelado no Paquistão, sem se saber se as autoridades apenas o desejam interrogar sobre o papel do seu filho ou se também o consideram suspeito.

Contactado pela agência France Press, uma porta-voz do organismo britânico de controlo das associações de caridade afirmou que as alegações da imprensa foram levadas "muito a sério". A Charity Comission anunciou ontem ter aberto um inquérito e que as supostas ligações serão investigadas até à exaustão.
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Cabeça de Martelo

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« Responder #28 em: Agosto 20, 2006, 09:47:25 pm »
Citação de: "RedWarrior"
 ...Injustificados. Uns vivem para a moral, outros para a justificar e outros para a contrariar. Não duvido da sinceridade do teu patriotismo, apenas duvido da sua racionalidade, mas como nem tudo neste mundo tem que ser racional...aceito. Agora queres me convencer que isso é um "príncipio" ?? Existem pessoas que ainda não aceitam que o patriotismo hoje em dia se reduz ao futebol.


Meu caro fala por ti! Há pessoas que nem sequer gostam de futebol (como é o meu caso), e em que o sentimento de patriotismo foi ensinada desde pequeno. É uma questão de de uma boa educação regada com muito amor e carinho. Resultado: uma pessoa com "cabeça, tronco e membros", que não não se deixa levar por extremismos (tanto os de direita como os de esquerda).  :G-deal:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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ricardonunes

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« Responder #29 em: Agosto 21, 2006, 09:56:14 am »
Terrorismo: paranóia atrasa voo em Málaga
Motim de passageiros


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A onda de paranóia e histerismo desencadeada pelo anúncio de desarticulação de atentados contra aviões no Reino Unido está a causar sucessivos incidentes xenófobos. Na semana passada, um grupo de britânicos de férias em Espanha recusou deixar descolar o seu voo de regresso de Málaga para Manchester por considerar que dois asiáticos a bordo, que supostamente falavam árabe, tinham ar suspeito.
“O avião ainda não estava cheio mas havia pessoas a recusar embarcar. Falava-se de dois passageiros de ar suspeito, com casacos de pele vestidos, roupas largas e cabelos compridos”, explicou Jo Scofield, um dos passageiros.

Os mais preocupados fizeram queixa à tripulação minutos antes da descolagem, dizendo temer pela sua segurança e exigiram a intervenção da Polícia. Depois de alguns passageiros abandonarem o Airbus A320 da ‘Monarch Airlines’, em protesto pela permanência dos asiáticos, estes acabaram por ser retirados e o avião inspeccionado. Sem resultado. A partida aconteceu três horas depois, sem os suspeitos a bordo. Os dois asiáticos, cuja nacionalidade não foi revelada, viajaram num voo seguinte depois de a companhia aérea lhes ter pedido desculpas.

O incidente foi criticado pela oposição britânica, que considera situações como esta “uma vitória para os terroristas”. A responsabilidade, afirmou Patrick Mercer, é do governo de Tony Blair, que até agora não tranquilizou os passageiros, levando-os a “agir de forma irracional”.

Entretanto, a associação de caridade britânica Crescent Relief London, que recolheu fundos para as vítimas do sismo de 2005 no Paquistão, é suspeita de ter ligações com suspeitos de implicação nos atentados falhados contra aviões comerciais. Tudo porque dois filhos do fundador da associação estão entre os detidos por envolvimento no plano terrorista.

"NUNCA SENTIMOS AGRESSIVIDADE"

“Nós fomos sempre exemplares. A comunidade islâmica é pacífica, os portugueses conhecem-nos há muito”, afirmou ao Correio da Manhã o imã da mesquita de Lisboa, Xeque Munir, garantindo que desde as últimas notícias envolvendo cidadãos islâmicos em planos terroristas “não houve quaisquer incidentes” com islâmicos portugueses.

“Nós não temos nunca reagido a comentários menos agradáveis, mas também nunca sentimos qualquer agressividade”, garantiu ainda, salientando que esta situação não sofreu quaisquer alterações desde que foram divulgadas notícias sobre a desarticulação de mega-atentados contra aviões comerciais no Reino Unido.

Quanto ao facto de nesse caso, como em situações anteriores, haver uma implicação de comunidades islâmicas, Munir salientou que “a nossa realidade é diferente das de outras comunidades islâmicas da Europa”. “Os muçulmanos que vivem em Portugal são portugueses e não vivem em guetos, situação que tem benefícios para todos” explicou.

DESENVOLVIMENTOS

ACUSADOS

Mais de metade dos 23 detidos por suspeita de envolvimento no plano para derrubar aviões deverão ser acusados de terrorismo.

IMIGRAÇÃO

Numa altura em que a oposição britânica exige mais restrições à imigração, uma sondagem revela que 75% dos britânicos estão de acordo.

SEGURANÇA

Em resposta a pressões crescentes, o Reino Unido anunciou que espera suavizar nos próximos dias a segurança nos aeroportos britânicos.


http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=91&p=200
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