Exercício "Able Protector 2007"

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Exercício "Able Protector 2007"
« em: Novembro 08, 2007, 09:20:33 pm »
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Defesa: Comandante de exercício naval alerta que Portugal poderá ser afectado por imigração ilegal por via marítima  
   

    Simon Kamm, da Agência Lusa  



    Lisboa, 08 Nov (Lusa) - Portugal ainda não é afectado pela imigração clandestina por via marítima mas poderá vir a ser, afirmou o responsável de um exercício militar naval de controlo de actividades ilegais no mar, que decorreu hoje nas águas de Sesimbra.  

     

    O exercício "Able Protector 2007" - centrado no controlo e despistagem de actividades ilegais no mar, como a imigração clandestina - decorreu no âmbito da "Iniciativa 5+5", de que fazem parte Portugal, França, Itália, Espanha, Malta, Argélia, Líbia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia.  

     

    À medida que um navio mercante se aproximava das águas portuguesas para desembarcar imigrantes ilegais oriundos de um país fictício da África Ocidental, uma aeronave de patrulhamento marítimo Orion P3P, da Força Aérea Portuguesa (FAP), que seguia os movimentos do barco suspeito, alerta uma fragata da Marinha de Guerra Portuguesa.  

     

    Após ter recebido o alerta, cerca das 13:30, o navio "NRP Vasco da Gama", com helicóptero e capacidade para 200 homens, dirige-se para a área e, minutos mais tarde, intercepta a embarcação suspeita.  

     

    Imediatamente um helicóptero, com uma equipa de abordagem composta por quatro fuzileiros, descola do navio, com o objectivo de fazer o reconhecimento da embarcação mercante.  

     

    Na ponte de comando do "NRP Vasco da Gama" a tripulação estabelece contacto com o dito navio e prossegue a sua identificação, pedindo-lhe informações sobre a sua origem, último porto de paragem, tipo de mercadoria e tripulação.

     

    Entretanto, às 13:48, a embarcação suspeita activa um pedido de emergência (SOS) devido a uma falha técnica, desencadeando uma acção de busca e salvamento marítimo.  

     
    O helicóptero, que há minutos atrás tinha descolado da plataforma da fragata da Marinha Portuguesa, dirige-se à embarcação e, por ar, insere o pelotão de abordagem.  

     

    Os fuzileiros fazem a segurança do navio mercante para que, alguns minutos mais tarde, elementos da Polícia Marítima possam proceder à abordagem, com o objectivo de identificar a tripulação e tomar as diligências necessárias.

     

    A Polícia Marítima detecta no navio a presença de vários imigrantes ilegais, com um elemento a necessitar de apoio médico urgente devido a uma fractura exposta.  

     

    De imediato, a Força Aérea Portuguesa é alertada e destaca uma aeronave de salvamento marítimo, um helicóptero EH-101, a fim de proceder à evacuação médica do imigrante clandestino, transportando-o para o hospital mais próximo, nos arredores de Lisboa.  

     

    O navio mercante é então escoltado pela Marinha Portuguesa até entrar no porto de Lisboa, onde elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) accionam os mecanismos de controlo dos imigrantes ilegais.  

     

    Estas foram algumas das acções levadas a cabo hoje nas águas a sul de Sesimbra e que fizeram parte do exercício militar naval "Able Protector 2007".  

     

    Este exercício naval, que se insere no plano de actividades para 2007 da "Iniciativa 5+5" e no qual participaram 10 países europeus e do Magrebe da bacia do Mediterrâneo Ocidental, foi aprovado pelos ministros da Defesa dos países-membros em Dezembro de 2006, com o objectivo de treinar o controlo de actividades ilegais como a imigração clandestina.  

     

    Exercitar operações militares conjuntas para desenvolver o conhecimento e a aplicação de legislação nacional e internacional relacionadas com a imigração ilegal e outras actividades ilícitas no mar, bem como exercitar procedimentos de busca e salvamento marítimo em áreas de jurisdição portuguesa foram outros dos objectivos deste exercício.  

     

    Silvestre Correia, o comandante da operação conjunta, que envolveu diversos meios navais e aéreos das Forças Armadas Portuguesas, disse aos jornalistas que Portugal "ainda não é um país de destino de imigrantes ilegais por via marítima, mas que poderá vir a sê-lo quando os outros Estados como a Espanha reforçarem o controlo da sua fronteira marítima".  

     

    "A costa algarvia está muito próxima do sítio eleito para destino da imigração ilegal para a Europa, nomeadamente a zona do Mediterrâneo à volta da Espanha e Itália, pelo que Portugal poderá ser um possível alvo", afirmou.

     

    No entanto, Silvestre Correia sublinhou que Portugal "participa e está muito envolvido" no combate ao fenómeno da imigração ilegal, no âmbito do acordo das operações da Agência para o Controlo das Fronteiras Externas da União Europeia (Frontex) e que o país se encontra "preparado para uma eventual vaga de imigração" ilegal.  

     

    O responsável explicou, também, que Portugal "tem colaborado a vários níveis com a Frontex, através do envio de meios de patrulhamento para a zona do Norte de África e África Ocidental, com o objectivo de prevenir a saída de imigração ilegal para a Europa".  

     

    "O nosso envolvimento com a Frontex e a realização de acções no âmbito da 'Iniciativa 5+5', uma parceria que se destina à estabilização e pacificação do Mediterrâneo, vai continuar", afirmou, sublinhando que Portugal dispõe de "meios navais e aéreos que estão sempre em prontidão".  

     

    Por sua vez, o comandante do navio da Marinha "NRP Vasco da Gama", Gouveia e Melo, afirmou que, embora a imigração ilegal em águas portuguesas não seja muito comum, "o treino através destes exercícios é fundamental".  

     

    Pedro Sassetti Carmona, assessor do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, explicou que este exercício visou "não só transmitir aos países participantes o empenho de Portugal na Iniciativa, mas também demonstrar os procedimentos empregues pelas autoridades portuguesas no combate às actividades ilícitas e busca e salvamento no mar".  

     

    A acompanhar o exercício estiveram diversas entidades, entre as quais observadores internacionais dos vários países integrantes da "Iniciativa 5+5", elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e da Guarda Nacional Republicana (GNR).  

     

    O "Able Provider 2007" envolveu diversos meios navais e aéreos das Forças Armadas Portuguesas, tendo a Marinha disponibilizado uma fragata da classe Vasco da Gama com helicóptero, a corveta da classe João Coutinho NRP "Pereira D'Eça" (que simulou de embarcação suspeita), um pelotão de abordagem e uma equipa da Polícia Marítima.  

     

    Por sua vez, da Força Aérea participaram um helicóptero Merlin EH 101 e uma aeronave de patrulhamento marítimo Orion P3P.  

     

    Já em Setembro do ano passado, Portugal tinha organizado no âmbito do "Diálogo 5+5" o exercício "Able Provider 2006", que envolveu meios da Marinha, Força Aérea e Protecção Civil.  
















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Exercício Able Protector 07, destinado a testar operações conjuntas relacionadas com a imigração e activididades ilegais no mar. Participaram uma fragata, uma corveta, um pelotão de abordagem, uma equipa da polícia marítima, um helicópetro Merlin e um avião Orion P3P, ao largo de Sesimbra, 08 Novembro 2007. JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Daniel

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« Responder #1 em: Novembro 09, 2007, 05:50:50 am »
Belas fotos  :wink: