Miguel, posso comentar esta sua afirmação...
de que serve o GALE se não temos superioridade aérea?
de que serve o NAVPOL se não temos meios de proteção e apoio as forças desembarcadas?
... de diversas maneiras. Como por exemplo: De que servem os F-16s se não temos AWACs?
É preciso sermos coerentes nas atribuições de missões que fazemos a cada unidade. Temos de diferenciar quais têm empregos tácticos e quais estão vocacionadas para um emprego a nível estratégico. O seu exemplo não faz sentido - especialmente no caso dos C-130. Eu defendo os P-3 na força aérea ( devido à sua complexidade e emprego em conjunto com o próprio centro de busca e salvamento no Montijo ) mas acho que uma utilização pela marinha poderia funcionar - como é exemplo a Real marinha holandesa.
Zero total? O importante é dar mobilidade às tropas. E eu não entendo como é que podem defender o emprego de helis claramente destinados ao transporte táctico de tropas do exército, na força aérea, sabendo todas as complicações burocráticas e competições inter-ramos que existem.
Deixe-me perguntar-lhe uma coisa: o que pensa que seria mais eficiente para as tropas? NH-90 no exército, ou na força aérea? Eu estou convencido que a presença de um pequeno corpo aéreo no exército não provoca nenhum problema.
Pensar em grande não é ter as coisas organizadas. Pensar em grande era se, ao bom estilo de um nosso antigo companheiro, viessemos propor 120 NH-90, 80 EH-101 e já agora 50 CH-47.
Ou seja, seria possível ter todas as aeronaves na força aérea. Mas também é possível possuir um GALE. É uma questão de sabermos o que será mais eficiente.
Se utilizarmos uma analogia semelhante à usada pelo Miguel então também poderia dizer que, como os UAV´s têm asas, também têm de ser utilizados pela Força Aérea.
Parece-me claro que todos concordam que faria mais sentido um SkyGuardian ( exemplo ) ser utilizado pelo exército.
Ninguém está a discutir a grandeza ou desaparecimento das forças armada Miguel. Está-se a discutir a sua organização e a maneira de as tornar mais eficientes.
Um abraço,
PS
É importante referir também o facto que o Spectral já aqui trouxe: Portugal participa no programa NH-90 com 1.2% de share, na sua maioria comparticipados à Edisoft.