E não deixa de ser engraçada a reacção de alguns dos islamistas radicais.
No Irão. os Imãs aflitos congratulam-se com a revolução popular que comparam à revolução de 1979, quando os iranianos ainda não esqueceram os milhares de mortos nas ruas das cidades iranianas, e a revolta esmagada com uma crueldade mongol pela GESTAPO do regime assassino de Ahmadinejad.
Na faixa de Gaza os assassinos do HAMAS, chegaram ao poder como um movimento contra a corrupção da FATAH (verdadeira aliás), mas hoje, transformaram-se numa Mafia que vive do contrabando, da corrupção e da extorsão.
Até na faixa de Gaza já houve protestos contra o HAMAS, mas esses protestos foram logo debelados.
E o caso mais sintomático é o do regime do Partido Socialista da Siria.
É o mais brutal e criminoso de todos os regimes brutais e criminosos do médio oriente.
No entanto, está toda a gente caladinha e ninguém protesta.
Não acham engraçado... :roll: :roll:
De qualquer forma Israel deve colocr as barbas de molho, ainda que eu ache que a questão egipcia é diferente.
O Egipto, como tem sido afirmado por vários observadores nunca teve um exército com tradição de reprimir o povo, por isso a reacção do exército egipcio não é assim tão anormal.
Na Siria e no Iraque dos Partidos Baas Socialistas, o exército exterminou comunidades inteiras por protestarem contra o governo.
Eu acho que grave realmente, seria um protesto contra a casa real saudita.
A Arábia Saudita, funciona mais ou menos como os Emiratos, só que os emires não são autónomos.
Os ingleses mantiveram-se até aos anos 70 numa quantidade de emiratos (Qatar, Dubai, Fujaira, Ras Al-Kaima, Barem, Abu-Dhabi etc.)
Desses, o Qatar e o Barem decidiram ficar como estados independentes e os outros juntaram-se numa federação que conhecemos como Emiratos Arabes Unidos.
Na Arábia Saudita, existem também vários emires e principes, mas estão dependentes do Emir dos Crentes, e líder da família Saúd, designada como família protectora dos lugares santos.
Aliás, Arábia Saudita, é basicamente a área controlada pelo clã Saúd, na peninsula arábica.
Se alguns desses principes se desentendem, e se voltam a re-arranjar as alianças entre si (coisa extremamente comum antes da criação da Arábia Saudita), então será um Deus-nos-acuda.
A estabilidade em toda a peninsula arábica, depende da capacidade dos Saud para defender os lugares santos. Se isso não for possível, nem sei o que poderia acontecer. Os Xiitas, poderiam aparecer para salvar a situação. E o ódio entre árabes e judeus, não é nada quando comparado ao nível de ódio que pode haver entre árabes e persas.
O Egipto é importante, sim, mas enquanto os militares receberem dinheiro da América...
O extremismo islâmico tem que ficar na gaveta.
A Irmandade Muçulmana, é no entanto uma organização de terror. Sobre isso não pode haver dúvida.
Eles tentarão no futuro próximo aparecer como um partido aceitável para um sistema ocidental.
Mas diz-nos a experiência, que não há povo mais dissimulado e desleal que o árabe.
Os árabes não têm os mesmos conceitos de obrigação perante a palavra dada que existem no ocidente. Isso é o próprio Corão que permite, ao determinar que Deus tudo desculpa, se houver justificação.
Por isso, quando um árabe diz que vai fazer uma coisa, eu só acredito quando vir.
Ainda ontem, depois do primeiro discurso do Mubarak, vimos os jovens a dizer que estavam dispostos a morrer pela democracia no Egipto.
Entre morrer pela Democracia e morrer por Deus, em nome do Corão, conforme mandará a Irmandade Muçulmana dentro de alguns meses, vai uma distância igual a ZERO !
O palco está montado.
Aguardemos.