Certo
Nascido em Lagos (Algarve) 1847 - morreu em Lisboa 1925
Governador da Índia - 1897 a 1900
Governador de Moçambique - 1914-1915
Governador de Moçambique - 1900-1900
Governador de Moçambique - 1890-1891
Projectou e, em grande parte, dirigiu a construção do caminho de ferro entre Lourenço Marques e o Transval. Bem como a planificação da cidade de Lourenço Marques.
8º Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (15/5/1916 a 14/7/1924)
O General Joaquim José Machado, iniciador dos caminhos-de-ferro em Moçambique, e também em Angola, foi um grande homem do seu tempo, um dos construtores das colónias.
"Se há um nome emblemático para o período moderno da presença portuguesa em Moçambique (o período que sucede ao antigo regime e põe o acento nas Obras Públicas) esse nome é o de Joaquim José Machado.
Major de engenharia, foi escolhido para chefiar a Expedição das Obras Públicas em Moçambique pelo grande impulsionador da nova política colonial, o ministro Andrade Corvo.
Chegou a Lourenço Marques a 7 de Março de 1877. Organizou e instalou os Serviços de Obras Públicas na então Província de Moçambique. Foi a Joaquim José Machado e aos serviços que chefiou que se ficaram a dever algumas das obras mais espectaculares que ainda hoje se observam em Moçambique. As primeiras das quais serão os Caminhos de Ferro e o traçado da cidade de Lourenço Marques.
Foi Joaquim José Machado quem elaborou o projecto de ligação ferroviária entre Lourenço Marques e Pretória e quem dirigiu a sua construção. Entre as muitas outras obras realizadas pela Expedição que chefiava d estaca-se o Hospital da Ilha de Moçambique, conjunto de edifícios de particular qualidade arquitectónica e, para a época e lugar, realização de engenharia admirável.
Saiu da Colónia de Moçambique no final da missão mas a ela regressaria como Governador dos Territórios da Companhia de Moçambique primeiro e como Governador da Província depois. Então General foi Governador-Geral de Moçambique por três vezes: 1889-1891, 1900, 1914-1915."
[texto incluído no catálogo "I Centenário da Ligação Ferroviária Lourenço Marques - Pretória" (Embaixada de Portugal, 1995). Não estando assinado presume-se que seja da autoria de José Capela]
Paul Kruger, que viria a nomear Machadodorp em sua honra, ofereceu-lhe honorários (paralelos) pelo seu trabalho na construção da ligação ferroviária Pretória-Lourenço Marques (Delagoa Bay). E, se se atender a que esta era a época da explosão da exploração de diamantes, tais pagamentos nunca poderiam ser modestos. Ao que o General respondeu, recusando, "O que Portugal me paga é suficiente!".