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Economia => Mundo => Tópico iniciado por: Luso em Setembro 29, 2008, 08:27:11 pm

Título: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 08:27:11 pm
Eu coloquei isto na página sobre economia mas creio que, de tão... clara, que aqui deveria ser postada.
Vejam que vale a pena!

http://www.youtube.com/watch?v=H5tZc8oH--o (http://www.youtube.com/watch?v=H5tZc8oH--o)
Título:
Enviado por: komet em Setembro 29, 2008, 08:34:49 pm
O vídeo parece ter sido removido... se conseguir encontrar outra fonte, agradecia  :wink:
Título: Re: Crise Financeira
Enviado por: ShadIntel em Setembro 29, 2008, 08:36:07 pm
Citação de: "Luso"
Eu coloquei isto na página sobre economia mas creio que, de tão... clara, que aqui deveria ser postada.
Vejam que vale a pena!

http://www.youtube.com/watch?v=H5tZc8oH--o (http://www.youtube.com/watch?v=H5tZc8oH--o)

Porra, nem sequer tive tempo para fazer o download do vídeo, que já era retirado do Youtube.  :evil:
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 09:21:09 pm
Ele tem que aparecer novamente!

É uma machada MORTAL no Obama e nos Democratas. Com fontes - ex. Washington Post, etc.

Básicamente a coisa resume-se ao seguinte:

O financiamento do mercado subprime deve-se à política de financiar com a sanção do Estado, aqueles que não podem pagar - os mais pobres. Quem a defendeu? Partido Democrata.

Trata-se de dinheiro fácil que fomenta a procura e faz disparar os preços. O acesso à habitação ficou na prática mais caro e a partir daí foi uma pescadinha de rabo na boca.
Isto é o resultado da intervenção do Estado na economia. Antes disso os preços estavam estáveis.

O paralelo nacional pode ser encontrado no boom imobiliário que resultou dos juros baixos que aumentaram artificialmente o poder de compra e a procura e consequentemente a inflação dos preços. É o mesmo princípio do facilitismo.
Quem tentou a acabar com este esquema muito patrocinado por Clinton foi a administração Bush. Já em 2005 McCain alertava para o perigo desta crise. Foram feitas propostas para acabar com isto e foram chumbadas repetidamente pelos democratas. "Os pobres têm também direito à habitação", diziam.

Adivinhem quem patrocina em forte a campanha de Obama que - SEMPRE - defendeu o financiamento do subprime?
Os ricaços dos bancos que faliram.

Um mimo o vídeo e a banda sonora o máximo.
O Obama não passa de uma p*** séria, destas que nós aqui bem conhecemos.

Esse vídeo tem que aparecer novamente.

Já agora: acabo de ver o Costa Ribas na Sic Notícias: Ah coisinha asquerosa! Tendencioso até dizer chega. E mentiroso! E burro!
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 09:26:51 pm
Citar
This video is no longer available due to a copyright claim by Warner Music Group


 :roll:
Follow the money...
Título:
Enviado por: ShadIntel em Setembro 29, 2008, 09:37:10 pm
Vi apenas o primeiro minuto, mas o que o Luso nos relata aqui é mais ou menos o que esperava do vídeo. Infelizmente, creio que há demasiada gente hipnotizada pelo Obama para procurarem perceber os estragos para que já contribuiu, e aqueles muito piores que faria se fosse eleito. Obama fala muito de "change", mas quem mudou parece terem sido os eleitores americanos; tenho a sensação - em parte confirmada por testemunhas directas - que muitos se tornaram mais "europeus", e esperam cada vez mais do estado, acreditam em promessas vazias e impossíveis de cumprir... Só espero que não sejam os votos do raio da "geração rap/hip hop" a decidir a eleição...  :evil:
Título:
Enviado por: ShadIntel em Setembro 29, 2008, 09:47:42 pm
Citação de: "Luso"
Citar
This video is no longer available due to a copyright claim by Warner Music Group


 :?:

 :roll:
Título:
Enviado por: André em Setembro 29, 2008, 09:52:10 pm
Digam o que disserem eu apoio o Obama, prefiro ele a uma administração Bush parte 3, com uma galinha em forma de gente como vice ...  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: ShadIntel em Setembro 29, 2008, 09:56:46 pm
Citação de: "André"
Digam o que disserem eu apoio o Obama, prefiro ele a uma administração Bush parte 3, com uma galinha em forma de gente como vice ...  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: dremanu em Setembro 29, 2008, 10:02:57 pm
A situação está a ficar bem séria. Se os Americanos não resolvem esta crise financeira estou p'ra ver o que vai acontecer pelo mundo, é que está a ficar semelhante à crise que levou à grande depressão.
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 10:17:48 pm
Não é a mesma coisa, nem de longe nem de perto mas também ajuda a compreender.
E de que maneira.

http://www.youtube.com/watch?v=W-Os0Pz59iE (http://www.youtube.com/watch?v=W-Os0Pz59iE)
http://www.youtube.com/watch?v=yitIMOp0 ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=yitIMOp0mhI&feature=related)
http://www.youtube.com/watch?v=6PeGDp-- ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=6PeGDp--4Xw&feature=related)

O Alves dos Reis era um menino de coro.
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 10:23:51 pm
Citação de: "André"
Digam o que disserem eu apoio o Obama, prefiro ele a uma administração Bush parte 3, com uma galinha em forma de gente como vice ...  :roll:  :roll:


- Oh menino, você julga que está a falar com quem?
O que é que nos interessa se você apoia o Obama?
"Uma galinha em forma de gente como vice"?
Mas que raio de argumento é esse - que nem argumento é?

Este espaço não é uma escola primária. Aqui estão adultos. Argumente racionalmente.
Título:
Enviado por: André em Setembro 29, 2008, 10:27:32 pm
Citação de: "Luso"
O Obama não passa de uma p*** séria, destas que nós aqui bem conhecemos.


Este argumento também não é de um senhor como sua majestade ...  :lol:  :wink:
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 10:30:39 pm
Citação de: "André"
Citação de: "Luso"
O Obama não passa de uma p*** séria, destas que nós aqui bem conhecemos.

Este argumento também não é de um senhor como sua majestade ...  :lol:  :wink:


Os argumentos antecedem o emprego desse termo técnico. Entretanto vá aprendendo qualquer coisinha.
Mas pelo caminho não deixe de acender uma vela pelo Obama...
Título:
Enviado por: André em Setembro 29, 2008, 10:37:09 pm
Citação de: "Luso"
Citação de: "André"
Citação de: "Luso"
O Obama não passa de uma p*** séria, destas que nós aqui bem conhecemos.

Este argumento também não é de um senhor como sua majestade ...  :lol:  :wink:

Os argumentos antecedem o emprego desse termo técnico. Entretanto vá aprendendo qualquer coisinha.
Mas pelo caminho não deixe de acender uma vela pelo Obama...


Por muitos argumentos que antecedam, não há desculpa para uma linguagem de tasca como essa. Acenda também não uma mas sim duas velinhas pelo McCain e pela querida Sarah Palin ...  :wink:
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 10:40:08 pm
Menino, eu não sou cidadão americano. Eu não voto nessas eleições.
E não sei se reparou mas estamos a falar do subprime e porque é que a "coisa" foi alimentada como foi. Informe-se!
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 10:49:44 pm
Porque é que a imprensa não diz que isto resulta de "empréstimos sociais"?

http://www.youtube.com/watch?v=UsWh5-SJ ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=UsWh5-SJVm8&feature=related)
http://www.youtube.com/watch?v=Gek8-dI2 ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=Gek8-dI2I0I&feature=related)
Título:
Enviado por: dremanu em Setembro 29, 2008, 11:07:25 pm
Luso:

A culpa não é só dos democratas, é tambem em GRANDE parte da administração Bush. Tiveram a oportunidade durante oito anos de por termo ao crescente problema, e não fizeram nada.
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 11:14:26 pm
Citação de: "dremanu"
Luso:

A culpa não é só dos democratas, é tambem em GRANDE parte da administração Bush. Tiveram a oportunidade durante oito anos de por termo ao crescente problema, e não fizeram nada.


Não se deve negar essa evidência. A administração Bush deverá ser criticada pela lassidão a nível económico(gestão). E falo porque acompanhava os programas americanos de armamento mas não a economia americana. Um deixa andar comfrangedor.
Agora está aí à vista.

Entretanto arranjei um parecido...

http://www.youtube.com/watch?v=C1vSqF9Hm7A (http://www.youtube.com/watch?v=C1vSqF9Hm7A)
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 29, 2008, 11:25:21 pm
Outro também esclarecedor.
Vendo bem, com tudo isto o outro vídeo até não faz falta.

http://www.youtube.com/watch?v=YGnZMGDG ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=YGnZMGDG4k4&feature=related)
Título:
Enviado por: P44 em Setembro 30, 2008, 11:29:50 am
Citação de: "ShadIntel"
Citação de: "André"
Digam o que disserem eu apoio o Obama, prefiro ele a uma administração Bush parte 3, com uma galinha em forma de gente como vice ...  :roll:  :roll:


é...é uma conspiração mundial :roll: santa paciência, 8 anos de desgraça não vos chegou????
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 30, 2008, 05:13:27 pm
Citação de: "P44"
é...é uma conspiração mundial :roll:


Eu era o dos que pensava que isso seria era de maluquinhos, daquelos tipos que tinham medo dos helicopteros negros, etc.

Mas pelo que vejo já nem pestanejo.
Pessoalmente, simpatizo com o McCain, com o seu trajecto pessoal e o seu sacrifício.
Para a presidência daria o meu voto a Ron Paul, porque parece que tem as ideias muito bem arrumadas e certas. Seria uma fonte de estabilidade, isenção e... independência dos Estados Unidos face a outras... coisas.
Título:
Enviado por: Luso em Setembro 30, 2008, 06:31:30 pm
O vídeo apagado pelos vistos já anda a dar que falar...
Entretanto, fica aqui uma explicação semelhante mas mais meiga:

http://pajamasmedia.com/rogerkimball/20 ... epression/ (http://pajamasmedia.com/rogerkimball/2008/09/29/who-caused-the-biggest-financial-crisis-since-the-great-depression/)

Citar
Who caused “the biggest financial crisis since the Great Depression?”

The Root Cause

* According to Senator Chris Dodd (D. CT) the “root cause” of the problem is “the housing foreclosure crisis.”

Not 100% accurate, perhaps–it’s really a credit crisis–but close enough for government work, especially from someone who has just happens to chair the Senate Banking Committee and who, completely coincidentally, has been such a conspicuous beneficiary of preferential mortgages and who, also coincidentally, leads the list of those who have received campaign contributions from Fannie Mae and Freddie Mac. (Guess who comes in 2nd and 3rd?)

* But what caused the housing crisis to which Senator Dodd alludes? The housing “bubble.”

* And what caused the housing bubble? “Sub-prime,” i.e., risky, mortgages; that is, mortgages made to people who, in the normal course of things would have to pay a premium in order to obtain a mortgage (if they could obtain one at all) because

a) they had bad or non-existent credit

b) their income was insufficient or

c) both.

Packaging the American Dream

A home of your own. It’s part of the American dream. Work hard, save up for a down payment, pay your bills on time and, presto, you, too, can buy a home.

For decades the government has done things to help Americans to realize the dream, e.g., graciously allowing citizens to keep some of their own money to help pay for the interest on a mortgage (the official term for this is a “tax deduction,” but I prefer my locution since it emphasizes the fact that it is YOUR MONEY we are talking about).

But what about people who do not work hard (if they work at all)? What about people who have not saved up for a down payment? What about people who do not pay their bills on time (if they pay them at all)? Why shouldn’t they get to live the American dream?

That was the question that led to

 ”The Community Reinvestment Act” (see here for more).

* The original Community Reinvestment Act was signed into law in 1977 by Jimmy Carter. Its purpose, in a nutshell, was to require banks to provide credit to “under-served populations,” i.e., those with poor credit.

The buzz word was “affordable mortgages,” e.g., mortgages with low teaser-rates, which required the borrower to put no money down, which required the borrower to pay only the interest for a set number of years, etc.

* In 1995, Bill Clinton’s administration made various changes to the CRA, increasing “access to mortgage credit for inner city and distressed rural communities,” i.e., it provided for the securitization, i.e. public underwriting, of what everyone now calls “sub-prime mortgages.”

Bottom line? It forced banks to issue $1 trillion in sub-prime mortgages.

$1 trillion, i.e., a thousand billion dollars in sub-prime,i.e., risky, mortgages, in order to push this latest example of social engineering.

But wait: how did it force banks to do this? Easy. Introduce a federal requirement that banks make the loans or face penalties. As Howard Husock, writing in City Journal way back in 2000 observed: “Bank examiners would use federal home-loan data, broken down by neighborhood, income group, and race, to rate banks on performance. There would be no more A’s for effort. Only results—specific loans, specific levels of service—would count.” Way back in 1994, for example, Barack Obama sued Citibank on behalf of a client who charged that the bank “systematically denied mortgages to African-American applicants and others from minority neighborhoods.”

* In 1997, Bear Stearns–O firm of blessed memory–was the first to get onto the sub-prime gravy train.

* Fannie Mae & Freddy Mac–were there near the beginning, too.

Anatomy of a bubble

Step 1. The intoxication: “My house is worth millions!” From 1995 - 2005, the number of sub-prime mortgages skyrocket. So did the house prices.

Step 2. The hangover: “Oh my God, my house isn’t selling. What went wrong?”

Why didn’t someone try to stop it?

Someone did: “The Bush administration today recommended the most significant regulatory overhaul in the housing finance industry since the savings and loan crisis a decade ago,” The New York Times, September 11, 2003.

But someone intervened to stymie the Bush administration. Who? The New York Times reports:

Supporters of the companies said efforts to regulate the lenders tightly under those agencies might diminish their ability to finance loans for lower-income families. . . . “These two entities — Fannie Mae and Freddie Mac — are not facing any kind of financial crisis,” said Representative Barney Frank of Massachusetts, the ranking Democrat on the Financial Services Committee. “The more people exaggerate these problems, the more pressure there is on these companies, the less we will see in terms of affordable housing.”

Why didn’t someone else ring the alarm?

Someone else did. In 2005, John McCain  co-sponsored the “Federal Housing Enterprise Regulatory Reform Act,” which among other things provided for more oversight of Freddie & Fannie. The bill didn’t pass. Guess who blocked it?

The bill was reintroduced in 2007. But again, no luck. Fannie Mae and Freddie Mac had friends in the Senate:

* Chris Dodd, a recipient of “sweetheart” loans from a Freddie and Fannie backed company.

* The junior senator from Illinois, i.e., Barack  Obama, who turned to Jim Johnson, former head (1991-1998) of Fannie Mae, to help advise him on whom to pick for the vice-presidential slot on his ticket. From 1985 to 1990, incidentally, Johnson was managing director of Lehman Brothers. Remember them?

* You might also want to check out one of Barack Obama’s other advisors: Franklin Raines, former CEO of Freddie Mac: see here , for example, or here , or here.

Towards the end of the video, we read this salutary observation: “Everyone deserves a home, not a house of cards.”

Who gave us the house of cards? Watch the whole thing here   (original link was  here). And then pass it along to everyone you know.

Se bem que eu prefiro este:

http://www.madogre.com/News.html (http://www.madogre.com/News.html)

Citar
WTF happened today: For those that don't know, mainly by now because the video I posted yesterday has been removed by YouTube, let me catch you up. The Democrats are to blame for the financial mess America has gotten in to. Because they pushed Fannie Mae and Freddy Mack to make even more loans to those who shouldn't have gotten loans. High Risk loans, which the industry so cleverly calls “Sub Prime”. Don't want to offend the Poor, you see. Well, with eased credit restrictions, more risk was taken. A lot of risk was taken. And when they didn't take enough risk, the likes of Barack Obama sued Fannie Mae into making more loans at even greater risk. This pushed housing markets into higher prices. On top of the higher prices and inflated values... we got higher gas prices. Again, thanks to the democrats blocking energy development and generally being the moronic assholes that they are. When gas prices got too high, the poor suddenly lost the ability to pay the mortgage. These risks that were taken suddenly turned sour and the housing industry just took a giant shit. This also pulled the credit industry down with it. The Democrats then penned a chunk of legislation designed to “help”. They worked a little bit with some Republicans so they can call the effort Bi-Partisan and got some 60 to 64 or so Republicans to actually agree to it... then when everything looked great, Nancy Pelosi shit-canned the whole thing and as a result of Nancy Pelosi's bullshit, the stock market tanked hard and America lost something over a Trillion Dollars. Then Nancy Pelosi blamed the Republicans, because Nancy Pelosi doesn't give a shit about America – only caring for keeping the Democrats, and herself, in power. Because in her twisted mind, it's all Bush's fault. Look guys, America runs, not on gold or cash... but on Credit. And without it, America is screwed. The Democrats control Capitol Hill. The House and the Senate... all of Congress. They could have passed this with or without any Republican help or hindrance... but instead of helping the country – they flushed it just so they have a something else to blame the Republicans for. It's quite literally shooting themselves in the foot just so they can scream that it's the Republicans fault for giving them then, even though the Dems took the gun out of the Republican's hands. Because of this bullshit gaming, America is in a deep hurt that we don't even fully grasp yet. In one day, the Democrats set back the American economy at least a year. Many Americans have lost their shirts today. Many Americans have suffered financial losses greater than Katrina and Ike put together could have done. I'm getting reports from people who are completely ruined because of Nancy Pelosi. Mrs Speaker of the house had the power to totally trash a large portion of the American Dream, and she did it. Because she is an evil, spiteful bitch. We needed something to happen today. And it didn't happen. Regardless of what you believe about The Bailout, all of America is suffering now. I point the finger at Nancy Pelosi.

The Democrats like to say that their policies pulled us out of the Great Depression... caused by the stock market crash. Like the crash the Democrats caused today. Except that the crash that happened today is much worse than the crash that happened back in the 30's... and the Democrats didn't pull us out of it. WWII pulled us out of it.

We are completely fucked.

And the Democrats have the unmitigated gall to blame Republicans for this.

My outrage is complete. I can't even speak on this anymore.
Título:
Enviado por: ShadIntel em Setembro 30, 2008, 07:47:44 pm
Citação de: "Luso"
Se bem que eu prefiro este
Eu gosto dos dois; o primeiro está repleto de factos incontestáveis fáceis de verificar, o segundo resume bem a situação, de forma simples e... explicita, para além de dizer todo o bem que eu próprio penso da Nancy Pelosi...

Sobre o fracasso do voto de ontem no congresso, também gostei destes artigos:

Citar
No one's clean in this mess
Democrats and Republicans must share the blame for the failure to pass a $700-billion bailout plan.
Jonah Goldberg

On Sunday evening, Republican House Minority Leader John A. Boehner explained his considered opinion on the $700-billion Wall Street bailout plan: It's a "crap sandwich," he said, but he was going to eat it.

Well, it turned out he couldn't shove it down his colleagues' throats. The bill failed on a bipartisan basis, but it was the Republicans who failed to deliver the votes they promised. Some complained that Democratic Speaker Nancy Pelosi drove some of them to switch their votes with her needlessly partisan floor speech on the subject. Of course Pelosi's needlessly partisan. This is news?

The Republican complaint is beyond childish. Democratic Rep. Barney Frank, a man saturated with guilt for this crisis, nonetheless was right to ridicule the GOP crybabies on Monday. "I'll make an offer," he added. "Give me [their] names and I will go talk uncharacteristically nicely to them and tell them what wonderful people they are and maybe they'll now think about the country."

Would that Frank had been imbued with such a spirit earlier. Frank, chairman of the House Financial Services Committee, has spent the last few years ridiculing Alan Greenspan, John McCain and others who sought more regulation for Fannie Mae's market-distorting schemes -- the fons et origo of this financial crisis. Now he says "the private sector got us into this mess." His partner in crime, Senate Banking Committee Chairman Christopher J. Dodd (D-Conn.), a chief beneficiary of Fannie Mae lobbyists' largesse, claims this mess is the result of poor oversight -- without even hinting at the fact he is in charge of oversight of banks. They sound like pimps complaining about the prevalence of STDs among prostitutes.

And let us not forget that the Democrats, with a 31-seat majority, could not get 95 of their own to vote for the bailout, largely because it didn't provide enough taxpayer money to their left-wing special interests. Would that they thought about the country.

The one man who truly tried to treat this crisis like a crisis -- McCain -- was ridiculed by Senate Majority Leader Harry Reid, who implored him to come to Washington to help in the first place. And the news media, which now treat any Republican action that threatens a Barack Obama victory as inherently dishonorable, uncritically accepted the bald Democratic lie that McCain ruined a bipartisan bailout deal last Friday.

This is not to say that McCain knows what to do. Faced with an unprecedented financial crisis involving frozen global credit markets and a maelstrom of moral hazard, his standard response is to talk about wiping out earmarks and eliminating waste, fraud and abuse. Memo to Mr. McCain: Waste, fraud and abuse are the only things holding the system together at this point.

Obama is no better. The man has spent two weeks irresponsibly excoriating his opponent for saying the fundamentals of the economy are strong -- a perfectly leaderly thing for McCain to have said during a panic. Then, campaigning in Colorado on Monday, the day the market plunged 777.68 points, Obama proclaimed: "We've got the long-term fundamentals that will really make sure this economy grows."

Perhaps after Al Qaeda seizes Baghdad, a President Obama would finally declare, "Hey, we can win this thing!"

Meanwhile, President Bush, his popularity ratings stuck at below-freezing numbers, has decided to cling to Treasury Secretary Hank Paulson for warmth on the grounds that the vaunted former Goldman Sachs chair has the credibility to sell the solution to a problem he's been exacerbating for 18 months. When a reporter for Forbes magazine asked a Treasury spokesman last week why Congress had to lay out $700 billion, the answer came back: "It's not based on any particular data point." Rather: "We just wanted to choose a really large number."

There's a confidence builder.

As for the reputedly free-market firebrands of the congressional GOP, with whom my sympathies generally lie, I cannot let pass without comment the fact that they controlled the legislative branch for most of the last eight years. Only now, when capitalism is in flames, does this fire brigade try to enforce the free-market fire codes without compromise.

I loathe populism. But if there ever has been a moment when reasonable men's hands itch for the pitchfork, this must surely be it. No one is blameless. No one is pure. Two decades of crapulence by the political class has been prologue to the era of coprophagy that is now upon us. It is crap sandwiches for as far as the eye can see.
http://www.latimes.com/news/opinion/la- ... k=ntothtml (http://www.latimes.com/news/opinion/la-oe-goldberg30-2008sep30,0,5468292.column?track=ntothtml)

Citar
Bailout Politics
By Thomas Sowell

Nothing could more painfully demonstrate what is wrong with Congress than the current financial crisis.

Among the Congressional "leaders" invited to the White House to devise a bailout "solution" are the very people who have for years created the risks that have now come home to roost.

Five years ago, Barney Frank vouched for the "soundness" of Fannie Mae and Freddie Mac, and said "I do not see" any "possibility of serious financial losses to the treasury."


Moreover, he said that the federal government has "probably done too little rather than too much to push them to meet the goals of affordable housing."

Earlier this year, Senator Christopher Dodd praised Fannie Mae and Freddie Mac for "riding to the rescue" when other financial institutions were cutting back on mortgage loans. He too said that they "need to do more" to help subprime borrowers get better loans.

In other words, Congressman Frank and Senator Dodd wanted the government to push financial institutions to lend to people they would not lend to otherwise, because of the risk of default.

The idea that politicians can assess risks better than people who have spent their whole careers assessing risks should have been so obviously absurd that no one would take it seriously.

But the magic words "affordable housing" and the ugly word "redlining" led to politicians directing where loans and investments should go, with such things as the Community Reinvestment Act and various other coercions and threats.

The roots of this problem go back many years, but since the crisis to which all this led happened on George W. Bush's watch, that is enough for those who think in terms of talking points, without wanting to be confused by the facts.

In reality, President Bush tried unsuccessfully, years ago, to get Congress to create some regulatory agency to oversee Fannie Mae and Freddie Mac.

N. Gregory Mankiw, his Chairman of the Council of Economic Advisers, warned in February 2004 that expecting a government bailout if things go wrong "creates an incentive for a company to take on risk and enjoy the associated increase in return."

Since risky investments usually pay more than safer investments, the incentive is for a government-supported enterprise to take bigger risks, since they get more profit if the risks pay off and the taxpayers get stuck with the losses if not.

The government does not guarantee Fannie Mae or Freddie Mac, but the widespread assumption has been that the government would step in with a bailout to prevent chaos in financial markets.

Alan Greenspan, then head of the Federal Reserve System, made the same point in testifying before Congress in February 2004. He said: "The Federal Reserve is concerned" that Fannie Mae and Freddie Mac were using this implicit reliance on a government bailout in a crisis to take more risks, in order to "multiply the profitability of subsidized debt."

Chairman Greenspan added his voice to those urging Congress to create a "regulator with authority on a par with that of banking regulators" to reduce the riskiness of Fannie Mae and Freddie Mac, a riskiness ultimately borne by the taxpayers.

Fannie Mae and Freddie Mac do not deserve to be bailed out, but neither do workers, families and businesses deserve to be put through the economic wringer by a collapse of credit markets, such as occurred during the Great Depression of the 1930s.

Neither do the voters deserve to be deceived on the eve of an election by the notion that this is a failure of free markets that should be replaced by political micro-managing.

If Fannie Mae and Freddie Mac were free market institutions they could not have gotten away with their risky financial practices because no one would have bought their securities without the implicit assumption that the politicians would bail them out.

It would be better if no such government-supported enterprises had been created in the first place and mortgages were in fact left to the free market. This bailout creates the expectation of future bailouts.

Phasing out Fannie Mae and Freddie Mac would make much more sense than letting politicians play politics with them again, with the risk and expense being again loaded onto the taxpayers.
http://www.realclearpolitics.com/articl ... itics.html (http://www.realclearpolitics.com/articles/2008/09/bailout_politics.html)[/quote]
Título:
Enviado por: André em Setembro 30, 2008, 10:31:07 pm
Crash
Pedro Curvelo

A crise financeira dos EUA está cada vez mais forte e ameaça afundar não só o sistema financeiro mundial como a própria economia mundial.

Perante este cenário, a administração Bush gizou um plano para limpar os balanços dos bancos norte-americanos dos activos «tóxicos», numa operação que custaria, no mínimo, 700 mil milhões de dólares aos contribuintes dos EUA. Este valor representa cerca de quatro vezes o PIB português.

Em pleno período eleitoral, o Congresso norte-americano chumbou o plano Paulson, originando fortes quedas nos mercados bolsistas mundiais. Entretanto, os resgates de bancos sucedem-se a um ritmo avassalador – após vários bancos norte-americanos, chegou a vez dos europeus Fortis, Dexia e Bradford & Bingley.

Face a tamanha tempestade, os responsáveis de vários países europeus e asiáticos desdobram-se em garantias de que os respectivos sistemas financeiros são sólidos e que não existem riscos de falência. Mas também ninguém acreditava no tsunami que varreu o sistema financeiros dos EUA...

Esta falência do sistema resulta, entre outras coisas, de atitudes irresponsáveis dos bancos, que concederam créditos a quem manifestamente não tinha condições para os pagar. O nível de vida de grande parte da população mundial tem vindo a aumentar de forma artificial, com endividamentos insustentáveis, de uma forma que não podia ter um final feliz.

Até à bonança ainda falta um longo período de mau tempo e as vítimas continuarão a auumentar...

Diário Digital
Título:
Enviado por: P44 em Outubro 01, 2008, 08:29:27 am
Citação de: "Luso"
Citação de: "P44"
é...é uma conspiração mundial :roll:

Eu era o dos que pensava que isso seria era de maluquinhos, daquelos tipos que tinham medo dos helicopteros negros, etc.

Mas pelo que vejo já nem pestanejo.
Pessoalmente, simpatizo com o McCain, com o seu trajecto pessoal e o seu sacrifício.
Para a presidência daria o meu voto a Ron Paul, porque parece que tem as ideias muito bem arrumadas e certas. Seria uma fonte de estabilidade, isenção e... independência dos Estados Unidos face a outras... coisas.


Luso,
o McCain é uma pessoa que eu até admirava , mas as manobras que fez e as reviravoltas que deu só demonstram que coloca a sua ambição pessoal acima de quaquer outra coisa, é apenas mais um politico vira-casacas que vende a mãe para ganhar o "tacho"...e pelo que te conheço tu detestas politicos assim
Título:
Enviado por: P44 em Outubro 01, 2008, 08:34:39 am
http://www.time.com/time/magazine/artic ... 50,00.html (http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,1844550,00.html)

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The Ponzi Economy
By Michael Kinsley Thursday, Sep. 25, 2008

They keep telling us that this is the worst financial crisis since the Great Depression. But there is at least one difference: in the Great Depression, nobody needed to be told they were in a depression. Today, except for relatively few investment bankers and somewhat more middle-class homeowners, who would guess that things are so dire? Life goes on, reasonably normally. Maybe it's easier to get a cab in New York City--a reliable real-life indication of an economic downturn--but then maybe the effect of the financial crisis is canceled out by the effect of that other crisis, the one about energy. Now, there is a crisis you can sink your teeth into. But this? It's like some terrible, ominous dream where you're being pursued by this huge, ugly, horrible ... what, exactly?



And this $700 billion that Treasury Secretary Hank Paulson wants--it sounds like a lot. But then so does the $400 billion annual deficit that the Federal Government was already heading for before this new thing came along. And yet that didn't seem to have any real-life effect either. Nor have any of the other gargantuan numbers that have floated past us in the generation since Ronald Reagan declared in his first Inaugural Address that society is like a family and has to live within its means. We took this as an invitation for our families to start borrowing like the Federal Government. So now we have the national debt, credit-card debt, student-loan debt, plus Social Security and other government promises that amount to more debt (although they aren't on the official books).

Then there is the debt that set off this crisis: mortgage debt. Overly easy mortgage borrowing financed the house-price bubble. The bursting of that bubble set off the chain reaction of financial implosions that we are experiencing at the moment. Yet you rarely hear politicians calling it a bubble. In fact, constantly rising real estate prices seems to be regarded as some kind of natural right, or at least a natural state to which we must return as soon as possible. Getting prices "moving again"--which means moving higher--is one all-but-explicit goal of the Paulson bailout. If house prices head back up, fewer mortgages will exceed the value of the asset that backs them up, foreclosures will drop, and bankers will be willing to lend again. More generally, in a nation of homeowners, people will get back that cozy feeling that they are getting richer without lifting a finger. "Confidence"--today's great missing ingredient--will be restored. The crisis will end. The dreamer awakes and takes out a second mortgage, and we all live happily ever after.

But building restored confidence on real estate would be foolish. How is the country any richer if the exact same stock of existing housing is suddenly worth, say, 20% more? Other markets produce things. They sell what they produce. When prices go up, they produce more. Not so with real estate, for the most part. This market consists primarily of trading the same thing again and again. And you know the old saw about land: They're not making any more of it. Real estate is the only major consumer market in which how much you'll pay someone depends on your belief about how much someone else will pay you. In this market, prices go up when people believe they will continue to go up. To restore confidence would mean restoring belief in the greater fool. That shouldn't be hard. It's built into human nature. This is why another term for a Ponzi or pyramid scheme is a confidence trick.

It's been obvious for years that real estate was a bubble ready to burst. Politicians and government officials deserve the pounding they are getting for failure to take action sooner. Of course, there weren't a lot of warnings that houses were becoming too valuable (or calls for greater regulation of anything) from the politicians and commentators who are now so indignant. What was not so obvious was the ability of real estate, which has always had a slightly rakish air, to drag even the most respectable and conservative parts of the economy down with it. Other problem areas, like Social Security, also have a Ponzi-scheme flavor: the claims on some pile of money exceed the size of the pile. In many of these schemes, the average American plays both the victim and Ponzi himself.

Cassandra has had a tough assignment during the past three decades. She keeps warning of catastrophe, yet things have kept getting better and better. But maybe this is her moment. Maybe this is when the economy stops being something you watch on television and starts being something you live with.
Título:
Enviado por: Luso em Outubro 01, 2008, 06:51:36 pm
Dicionário da Crise Miguel Botelho Moniz @ 11:48 am

“Catástrofe” - O que acontece a banqueiros e investidores imprudentes quando os contribuintes não vêm, através de programas governamentais, salvar-lhes a pele.

“Fim do mundo da prosperidade” - O que acontece quando a realidade cai em cima de pessoas habituadas a dinheiro fácil criado pela expansão de crédito e que, por isso, vivem acima das suas capacidades.

“Pureza ideológica” - A insistência de pessoas teimosas em não pagar do seu bolso a irresponsabilidade de terceiros.

“Fim do capitalismo” - Descida de 6 ou 7% no índice DJIA. Já aconteceu uma meia dúzia de vezes nos últimos 80 anos.

“Disparar” - Verbo muito utilizado por jornalistas para descrever uma subida de 0,1 p.p. em determinado índice ou preço.

“Afundar” - Verbo contraposto ao anterior para descidas de 0,1 p.p.

“Salvação nacional” - Desculpa usada pelos poderes executivos para acumularem mais poderes para si próprios, em detrimento dos cidadãos e à custa dos contribuintes.

“Medidas urgentes” - Acções propostas pelos estados que devem ser aprovadas antes de dar demasiado tempo às pessoas para pensarem nelas. O carácter de urgência é tanto maior quanto maior a necessidade de salvação nacional (ver acima).

“Falha de regulação” - Incapacidade das autoridades em antever os problemas criados pelas suas anteriores intervenções no mercado.

“Falência” - Terrível flagelo que afecta algumas empresas nas economias de mercado. Estima-se que, todos os anos, as referidas economias vejam entre 2 e 3 milhões de empresas irem à falência.

“Capitalismo selvagem” - Sistema de organização política no qual indivíduos de matriz socialista não conseguem que os agentes económicos ajam como eles gostariam. O sistema é caracterizado por falhas de regulação e falências ocasionais (ver acima).

“Bush” - Político americano que, apesar de só ter estado oito anos no poder, consegue ser responsável por todos os erros de política económica desde - e incluindo - a extinção do sistema Bretton Woods em 1971.

“O que é teu é nosso” - Sindroma que faz pessoas que não investiram na bolsa sentirem-se prejudicadas pelos prejuízos de outras pessoas que efectivamente investiram na bolsa.

“Short-termism” - Expressão inglesa que caracteriza o comportamento de pessoas que avaliam o comportamento dos fundos de pensões de outras pessoas em função da evolução dos índices bolsistas dos últimos dias.

“Short-selling” - Pérfida prática através da qual o estado promete pagar uma reforma a cada cidadão no futuro em troca de que esse cidadão pague a reforma de um terceiro no presente.

“Inflação” - Método fiscal utilizado pelo estado para pedir mais emprestado hoje e pagar menos amanhã, sendo a diferença paga por todos cidadãos (mesmo os que não pagam impostos).

http://oinsurgente.org/2008/10/01/dicionario-da-crise/ (http://oinsurgente.org/2008/10/01/dicionario-da-crise/)
Título:
Enviado por: AC em Outubro 01, 2008, 07:48:50 pm
Citação de: "P44"
Luso,
o McCain é uma pessoa que eu até admirava , mas as manobras que fez e as reviravoltas que deu só demonstram que coloca a sua ambição pessoal acima de quaquer outra coisa, é apenas mais um politico vira-casacas que vende a mãe para ganhar o "tacho"...e pelo que te conheço tu detestas politicos assim


Infelizmente, é virtualmente impossível chegar a presidente ou primeiro-ministro de um país sem fazer conseções a determinados sectores do eleitorado e da máquina partidária.
Os políticos sem manchas são populares em conceito mas muito pouco votados na prática.

Aliás, considerando a sua posição no partido Republicano (e lembremo-nos, que o McCain começou na mó de baixo sem que ninguém lhe desse a menor hipótese de ser o candidado do partido Republicano), o facto de o McCain ter chegado onde chegou é perfeitamente espantoso.

As conceções à ala mais conservadora, como a escolha da Sarah Palin para VP são uma necessidade incontornável.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Outubro 01, 2008, 09:58:11 pm
Citação de: "Luso"
Dicionário da Crise Miguel Botelho Moniz @ 11:48 am


Brevemente, num blog perto de si, Dicionário da Democracia por Cátia Vanessa de Oliveira Salazar c34x
Título:
Enviado por: Luso em Outubro 01, 2008, 10:14:11 pm
Ora aí está o tal vídeo novamente e com mais "molho"...

http://www.youtube.com/watch?v=nRmB93Mc ... /News.html (http://www.youtube.com/watch?v=nRmB93McZeI&eurl=http://www.madogre.com/News.html)

E outro diferente. Uma lição para quem quiser aprender.

http://www.youtube.com/watch?v=_MGT_cSi ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=_MGT_cSi7Rs&feature=related)
http://www.youtube.com/watch?v=wwC7q_gdex0&NR=1 (http://www.youtube.com/watch?v=wwC7q_gdex0&NR=1)
Título:
Enviado por: AC em Outubro 02, 2008, 01:35:42 am
Caro Luso,
ainda só vi o primeiro video e não me vou dedicar a analisar tudo ao pormenor mas assim de repende, encontrei um erro significativo, relativo ao polémico CRA (Comunity Reinvestment Act).

A maioria dos empréstimos subprime (~80%) foram feitas por instutuições financeiras que... não estão sujeitas ao CRA. Ou pelo menos não estavam até 1999.

Isto porque o CRA só se aplica a instituições onde os clientes depositem dinheiro. As instituições que fizeram a maioria dos empréstimos subprime e que temos visto em dificuldades são bancos de investimento que não oferecem (ou não ofereciam) esse serviço.

Isto porque nos E.U.A, desde 1933 a 1999 vigorou uma lei que basicamente tornava mutualmente exclusivo os "bancos"comerciais" onde os clientes depositam dinheiro e os "bancos de investimento".
Em 1999 foi aprovado uma lei (Gramm-Leach-Bliley Act) que desregulou mais um bocado o sector financeiro e permitiu que os bancos exercessem as duas funções.

E só para que conste, o Gramm-Leach-Bliley Act foi introduzido por republicanos. O que é basicamente o que os democratas usam para culpar os republicanos da crise.
Título:
Enviado por: Luso em Outubro 02, 2008, 06:47:52 pm
Realmente nesta história não há santos, AC.
O quer só por si também dá que pensar.
Título:
Enviado por: komet em Outubro 02, 2008, 11:20:20 pm
Os judeus a fazerem justiça à fama  :twisted:
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Outubro 03, 2008, 12:48:31 am
Citação de: "AC"
A maioria dos empréstimos subprime (~80%) foram feitas por instutuições financeiras que... não estão sujeitas ao CRA. Ou pelo menos não estavam até 1999.

 
so uma pequena nota, os 80% que se refere sao o prime, os outros 20% e que sao o sub-prime, para dar um pequeno exemplo, se uma pessoa quer financiar uma casa ela pode pedir 2 emprestimos, 1 para cobrir os 80% e outro para os 20% so passou a ser possivel estes emprestimos depois da mudanca da lei que se refere.
Título:
Enviado por: AC em Outubro 03, 2008, 07:54:40 pm
Não percebi nada do que disse. :)
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Outubro 04, 2008, 12:34:11 am
Citação de: "AC"
Não percebi nada do que disse. :)


Ainda bem, muitos que recoreram ao sub prime ainda hoje nao percebem como isso funciona

Fora isso o que eu apontei  foi que voce disse que os 80% do valor do emprestimo e o subprime isto nao e verdade os 80% do valor do emprestimo sao o prime, os restantes 20% do valor e que sao o sub prime, isto devia ser dinheiro vivo que as pessoas teem, mas quando se comecou a substituir dinheiro por 2 hipotecas a segunda hipoteca chamou-se subprime! Porque em caso de falencia, o detentor do prime tem prioridade em colectar!
Título:
Enviado por: AC em Outubro 04, 2008, 02:04:22 am
Ah, agora percebi.

Mas os 80% a que me referia eram outra coisa. Só me estava a refer aos empréstimos "subprime", nada a ver com os empréstimos "prime":

O que estava a dizer é que do total de empréstimos "subprime" concedidos nos E.U.A, 80% foram concedidos por bancos  que, em 1995 quando o Clinton mexeu no CRA, não estavam nem podiam estar sujeitos ao CRA.
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Outubro 04, 2008, 02:59:14 am
Citação de: "AC"
Ah, agora percebi.

Mas os 80% a que me referia eram outra coisa. Só me estava a refer aos empréstimos "subprime", nada a ver com os empréstimos "prime":

O que estava a dizer é que do total de empréstimos "subprime" concedidos nos E.U.A, 80% foram concedidos por bancos  que, em 1995 quando o Clinton mexeu no CRA, não estavam nem podiam estar sujeitos ao CRA.


Isso e verdade!
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Outubro 08, 2008, 03:52:23 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg137.imageshack.us%2Fimg137%2F6223%2Facrisefinanceiraiq7.jpg&hash=d6eca9e4c5734b3802a6284c14e20af2) (http://http)
Título:
Enviado por: dremanu em Outubro 08, 2008, 09:20:37 pm
Meus amigos, poupem o vosso dinheiro e controlem as despesas, porque este momento vai piorar e vai demorar tempo antes de melhorar.
Título:
Enviado por: Miguel em Outubro 09, 2008, 06:48:57 pm
Ver este video sobre a crise

 :arrow: http://fr.youtube.com/watch?v=XPvWQ5Pp_Ag (http://fr.youtube.com/watch?v=XPvWQ5Pp_Ag)
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 09, 2008, 11:57:59 pm
Entretanto na Islandia, o país com o 4º. PIB per capita mais alto do mundo.



Crise financeira: Bolsa islandesa suspende negociação, crise diplomática com Londres


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Reiquejavique, 09 Out (Lusa) - A Islândia suspendeu as operações do seu mercado bolsista por dois dias e assumiu hoje o controlo do banco Kaupthing, a principal instituição bancária do país, enquanto luta para salvar a sua economia da bancarrota.

Com esta nacionalização, os três maiores bancos do país, confrontados com uma grave crise financeira, passaram para o controlo do Estado.

A crise financeira que atormenta esta pequena nação nórdica descambou também numa crise diplomática com a Grã-Bretanha: o governo islandês tomou como ofensa a decisão de Londres de congelar contas dos seus bancos falidos ao abrigo das leis antiterrorismo para proteger os depositantes britânicos.

Enquanto isto, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, considerou hoje "totalmente inaceitável" a atitude do governo islandês, que congelou as contas dos clientes britânicos do banco online Icesave, filial da islandesa Landsbanki, nationalizada.

"O que se passa na Islândia é totalmente inaceitável", declarou o primeiro-ministro à cadeia de televisão BBC, indicando ter dito ao primeiro-ministro islandês Geir Haard que a acção tomada pelo seu país era " ilegal ".

"Vamos congelar os activos das sociedades islandesas no Reino Unido quando pudermos fazê-lo, tomaremos acções suplementares contra as autoridades islandesas sempre que for necessário para recuperar o dinheiro", prosseguiu Brown.

Alguns minutos depois, interrogado na cadeia de televisão Sky News, declarou: "Os bancos islandeses faliram, as autoridades islandesas devem assumir as suas responsabilidades por isso.

A legislação antiterrorista de 2000 foi utilizada para este congelamento porque a sua secção 2 possibilita ao governo bloquear os activos "em caso de ameaça à estabilidade financeira do país".

Segundo Londres, Reiquejavique terá recusado garantir os depósitos dos clientes britânicos, que seriam mais de 300.000 no Icesave e totalizam 4 mil milhões de libras (5,1 mil milhões de euros).

O governo britânico teve de vir em seu auxílio e iniciou negociações com as autoridades islandesas para recuperar aquelas somas.

Por seu lado, a Associação das colectividades locais britânica (LGA) revelou que 108 dos seus membros indicaram ter depositado activos num valor total de 798,95 milhões de libras (1,02 mil milhões de euros) junto dos bancos islandeses - o LGA agrupa 466 condados, municipalidades ou distritos em Inglaterra e no País de Gales.

Também a autoridade reguladora alemã do sector financeiro (BaFin) anunciou hoje o congelamento das contas na Alemanha do Kaupthing, o maior banco islandês agora nacionalizado, com 30.000 clientes alemães angustiados sobre o destino das suas contas em risco.

Os activos da sucursal alemã do Kaupthing elevam-se a 308 milhões de euros para 30.800 clientes, precisa o BaFin.

Segundo o Financial Times Deutschland de sexta-feira, cerca de 200 milhões de euros foram já retirados na Alemanha com carácter de urgência desde o início da semana.

As sucursais do banco islandês na Bélgica, no Luxemburgo, na Noruega e na Finlândia congelaram também as suas operações.

Título:
Enviado por: André em Outubro 10, 2008, 12:07:53 am
Não é só na Islândia ...  :?  :roll:

Governo Holandês disponibilizou 20 mil milhões de euros para bancos e seguradoras

O Governo holandês anunciou hoje que disponibilizou 20 mil milhões de euros para financiar as instituições financeiras na Holanda durante a crise de crédito actual, decorrente da crise financeira mundial.

O ministro das Finanças da Holanda, Wouter Bos, disse que o dinheiro estará disponível para qualquer banco ou seguradora que sejam "essencialmente saudáveis".

Wouter Bos explicou hoje que esta medida se destina "a proteger as instituições financeiras essencialmente saudáveis contra choques extremos".

Lusa
Título:
Enviado por: PedroM em Outubro 10, 2008, 04:24:22 pm
No Jornal de Negócios de hoje:

Cada dia que passa traz-nos uma nova decepção: ontem foi a confirmação de que os juros não descem, apesar do que fazem os bancos centrais. O que dirão daqui a vinte anos os livros de História desta crise financeira global? Uma nota de pé de página sobre um movimento de salvação nacionalizada da banca depois de uma era de abundância falsificada? Ou um capítulo inteiro sobre a autodestruição de um sistema que da liberdade fez libertinagem?


Não foi propriamente uma surpresa que as taxas Euribor não descessem depois do corte de taxas directoras concertado por seis bancos centrais. Nem para os economistas, nem para os mercados, nem para os leitores deste jornal. Mas isso não impede que a actual distância entre a taxa com que o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos e os juros que os bancos pagam e recebem quando emprestam dinheiro entre si seja uma assustadora bússola desorientada da situação que vivemos.

Para quem paga empréstimos, a não descida da prestação é frustrante e é injusta. Para quem quer fazer política monetária é dramática.

Nunca as taxas Euribor estiveram tão altas. Mas esse não é o perigo. É-o a distância que separa as duas taxas, a do BCE e a do mercado. Em Janeiro, aquela estava nos 4%, esta nos 4,6%. Hoje, uma está nos 3,75%, a outra nos 5,4%. A diferença quase triplicou. Nos Estados Unidos, pior: a distância foi multiplicada por 13 vezes em dez meses, hoje o Fed cobra 1,5% enquanto as taxas de mercado estão nos 4,75%.

A razão pela qual uma taxa deixou de acompanhar a outra já foi explicada: o crédito está congelado, os bancos não emprestam dinheiro uns aos outros e os que emprestam cobram um prémio de risco elevado, e que é muito maior nos Estados Unidos do que na Europa. Ou seja, não há oferta, logo não há mercado.

Significa que os bancos centrais estão manietados, os instrumentos de que dispõem não põem o mercado a funcionar. Pior ainda no Fed, que por mais riscos que corra baixando os juros (incorrendo inclusive naquilo que na teoria de Keynes se chama Armadilha da Liquidez) não consegue reduzir o custo do financiamento da economia. O mecanismo de transmissão está avariado.

Os banqueiros centrais vão tirando balas da cartucheira mas os tiros não matam nada. A crise só se resolve à bomba. Daí o recurso a medidas excepcionais, como a que a Fed decidiu esta semana, de comprar papel comercial. Na prática, está a emprestar dinheiro directamente às empresas, o que é inédito e mesmo de legalidade duvidosa.

Ora também o Banco Central Europeu admite recorrer a medidas desesperadas como a que faz hoje manchete deste jornal: fazer com que, por decreto ou por acordo, os créditos passem a ser indexados não à Euribor de 5,4%, mas à taxa directora de 3,75%. Mesmo sendo uma medida temporária, seria a suspensão do mercado, o que por estes dias já não surpreende ninguém: afinal, se o mercado não funciona na fixação da taxa Euribor, por que se há-de fazer de conta que funciona e continuar a cobrar esses juros às famílias e às empresas endividadas?

É por isso que é o próprio BCE que diz que o facto das famílias não estarem a pagar menos nos seus empréstimos é injusto: os bancos hoje estão a financiar-se essencialmente no BCE mas continuam a cobrar prestações mensais a taxas de mercado.

É impressionante como o mundo mudou em meia-dúzia de semanas. Talvez seja isso que os livros de História registem: que foi preciso uma loucura para acabar com outra loucura.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=335144 (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=335144)
Título:
Enviado por: komet em Outubro 10, 2008, 04:56:37 pm
Como andará a coisa por Israel?  :twisted:
Título:
Enviado por: André em Outubro 10, 2008, 05:08:04 pm
Citação de: "komet"
Como andará a coisa por Israel?  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 10, 2008, 06:53:33 pm
komet: Tv fosse interessante (para ti e para nós), se procurasses e compartilhasses a informação.

Q eu saiba, a indústria de defesa deles continua bem e a ganhar contratos dos países mais variados do mundo.
Título:
Enviado por: komet em Outubro 10, 2008, 07:02:12 pm
Citação de: "Chicken_Bone"
komet: Tv fosse interessante (para ti e para nós), se procurasses e compartilhasses a informação.

Q eu saiba, a indústria de defesa deles continua bem e a ganhar contratos dos países mais variados do mundo.


Não duvido. Aliás, aos donos das economias americanas e europeias nunca faltou nada  :wink:
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 10, 2008, 07:56:17 pm
Mais vale provares isso.

Qt a não lhes faltar algo...não é bem verdade.
Qual tem sido o povo constantemente perseguido em milhares de anos por serem qm são?
Não te esqueças q já foram escravizados, estão constatemente a serem expulsos por q são mais bem sucedidos no meio d pessoal ignorante e invejoso, etc. E, apesar d td continuam a lutar e a passar a perna aos invejosos. Eles são a prova q contesta a frase que tens na tua assinatura.

Uma grande parte de grandes personalidades foram e são judeus. Otarios, como Portugal usou a Inquisição para mandá-los embora e, para onde eles foram? Holanda, etc. Resultado: A Holanda expandiu-se e passou-nos a perna.

Sendo "bom" português, já deves ter ouvido falar em Pedro Nunes. Adivinha q religião se pensa q ele foi? Uma pista em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_nunes (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_nunes)

Como achas q a Alemanha progrediu tanto? De certeza q n foram só os povos "bárbaros" que se andavam a matar uns as outros de forma barbárica (sic) q fizeram com q o país se elevasse da maneira.

O engraçado é que o pessoal conta com esta etnia/grupo (ou como queirais chamar) para melhorar a vida (se não, não os poriam como conselheiros reais, em cargos de extrema importância, etc)  e, depois acusam-nos de serem bem-sucedidos, trapaceiros, etc. Grande hipocrisia.

Se admiras coragem, determinação, perseverança e... capacidade de sobrevivência basta olhares para esse povo.

Um grande caso de inveja foi o da Igreja Católica, claro. Um mais recente, veio de um pintor falhado e vagabundo, q mentiu ter estado na frente de guerra, q só tinha um tomate (enquanto mandava matar os deficientes...), com complexos d grandeza (mas sem nunca ter atingido algo grande na vida) q s limitou a expandir a inveja existente e publicar 1 livro cheio de mentiras.
Título:
Enviado por: komet em Outubro 10, 2008, 08:21:13 pm
Expandiram-se à custa do quê? Tens visto o resultado... agora querem injectar não sei quantos biliões nos bolsos dos mesmos? Porque não injectam no bolso do contribuinte? Incentiva à economia de outra maneira e ajuda os mais desfavorecidos...

Faz-me lembrar a bd que vi em q dois mendigos, um sem-abrigo e um banqueiro, a pedir na rua.. crise e tal, de repente vêsse um rio de moedas caír no chapéuzinho do banqueiro... para o outro nada, foi o estado salvador!
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 10, 2008, 08:38:04 pm
hmmmm...então achas q todo o pessoal que trabalha ou o pessoal sénior em grupos financeiros sao judeus. Da mesma maneira todo o português é agricultor e foge da matematica como o hitler fugia das mulheres.

Além do mais, a injecção de dinheiro não começou nos EUA. O Banco Europeu já havia começado meses antes. Os panilas dos americanos e o seu presidente (q n é judeu e q tem imposto a religião de base cristã) é q demoram mil anos a entrar com o dinheiro. N esquecer que o Japonocas tb já haviam começado com a injecção.

li ou vi uma vez que os judeus sempre tiveram formação escolar entre eles. isso d facto, explicaria pq enquanto q o resto do pessoal andava a fugir da escola, eles aprendiam algo de util. E, mesmo que só aprendessem a escrever a fazer cálculos básicos...é como o proverbio q diz algo deste genero "na terra d cegos, qm tem 1 olho é rei".

pegando nessa do mendigo, qts vezes na história é q mts judeus perderam todos os seus haveres e recuperaram a vida que tinham?
O que achas q aconteceu aos milhoes d judeus no preludio e durante a Segunda Guerra? perderam os pertences, viajaram, mendigaram, trabalharam e prosperaram.
Título:
Enviado por: komet em Outubro 10, 2008, 09:16:34 pm
Citar
hmmmm...então achas q todo o pessoal que trabalha ou o pessoal sénior em grupos financeiros sao judeus.


Não acho... é um facto, eles até se orgulham disso... não tenho nada contra os judeus, apenas contra estes "judeus", sou contra toda e qualquer injecção de capital, promove o desleixo e a incúria... ao fim ao cabo quem vai pagar é sempre a classe média, porque ainda pode tirar dinheiro da boca dos filhos para dar aos bancos.

Os judeus ajudam-se uns aos outros e até aí não discordo consigo, nem condeno. O resto é fácil imaginar.

Bom, é melhor para de falar de judeus, porque hoje em dia isso é tomado nazismo e ódio irracional e xenófobo. Dificilmente se discute um tema étnico nos dias que correm sem ser apelidado de tal.
Título:
Enviado por: Miguel em Outubro 10, 2008, 10:19:24 pm
Citação de: "komet"
Como andará a coisa por Israel?  :twisted:
Título:
Enviado por: Miguel em Outubro 11, 2008, 10:51:10 am
estranho a morte do lider da extrema direita na austria, esta noite durante esta crise :?:
Título:
Enviado por: Duarte em Outubro 11, 2008, 06:12:53 pm
Infelizmente, parece que o anti-semitismo está bem vivo.

Quando a crise aperta, são sempre os judeus que têm as culpas. A história repete-se.

 :(
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 11, 2008, 06:32:15 pm
Citação de: "Chicken_Bone"
Mais vale provares isso.

Qt a não lhes faltar algo...não é bem verdade.
Qual tem sido o povo constantemente perseguido em milhares de anos por serem qm são?
Não te esqueças q já foram escravizados, estão constatemente a serem expulsos por q são mais bem sucedidos no meio d pessoal ignorante e invejoso, etc. E, apesar d td continuam a lutar e a passar a perna aos invejosos. Eles são a prova q contesta a frase que tens na tua assinatura.

Uma grande parte de grandes personalidades foram e são judeus. Otarios, como Portugal usou a Inquisição para mandá-los embora e, para onde eles foram? Holanda, etc. Resultado: A Holanda expandiu-se e passou-nos a perna.

Sendo "bom" português, já deves ter ouvido falar em Pedro Nunes. Adivinha q religião se pensa q ele foi? Uma pista em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_nunes (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_nunes)

Como achas q a Alemanha progrediu tanto? De certeza q n foram só os povos "bárbaros" que se andavam a matar uns as outros de forma barbárica (sic) q fizeram com q o país se elevasse da maneira.

O engraçado é que o pessoal conta com esta etnia/grupo (ou como queirais chamar) para melhorar a vida (se não, não os poriam como conselheiros reais, em cargos de extrema importância, etc)  e, depois acusam-nos de serem bem-sucedidos, trapaceiros, etc. Grande hipocrisia.

Se admiras coragem, determinação, perseverança e... capacidade de sobrevivência basta olhares para esse povo.

Um grande caso de inveja foi o da Igreja Católica, claro. Um mais recente, veio de um pintor falhado e vagabundo, q mentiu ter estado na frente de guerra, q só tinha um tomate (enquanto mandava matar os deficientes...), com complexos d grandeza (mas sem nunca ter atingido algo grande na vida) q s limitou a expandir a inveja existente e publicar 1 livro cheio de mentiras.


é isso mesmo ! os judeus sao o povo "escolhido" e claro esta sao muito inteligentes... mais do que os outros ! Até digo mais : todos os portugueses inteligentes sao de origem judia, como o tal Pedro Nunes .
Sobretudo em matematica eles sao muito bons !
Olha os gajos do banco Lehmann, (nao é um  nome judeu?) como eles fizeram as contas ...
So que eu embirro com "povos escolhidos" e com "raças eleitas" e coisas do género... sobretudo quando, sob pretexto de terem sido sempre umas vitimas, justificam desde ha 60 anos o terrorismo de estado que israel tem praticado. Toda esta confusao que temos actualmente com os arabes tem como origem o conflito israelo-arabe...ou nao é ?

Eu até sou um grande admirador dum judeu que se chamava Jesus Cristo, mas às vezes penso que se calhar nao passa tudo de mais uma invençao de judeus  :):)
Título:
Enviado por: Miguel em Outubro 11, 2008, 06:38:41 pm
Quem condenou o Christo a morte???

Foi os Judeus verdade???

Alguma naçao podia fazer aquilo que eles fazem na palestina?

Abrem os olhos!!!!
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 11, 2008, 06:45:03 pm
Esse crime ja prescreveu Miguel ahahahahahahahah
Título:
Enviado por: Duarte em Outubro 11, 2008, 07:22:12 pm
Citação de: "Miguel"
Quem condenou o Christo a morte???

Foi os Judeus verdade???

Alguma naçao podia fazer aquilo que eles fazem na palestina?

Abrem os olhos!!!!

Mas foram os Romanos que Lhe executaram. Seguindo a sua lógica, devem ser os Italianos os culpados pela crise financeira?  :lol:

E querem os senhores propor alguma "solução final" para este problema dos judeus?  Ficam em muito má companhia se assim é..
 :evil:
Título:
Enviado por: komet em Outubro 11, 2008, 07:31:34 pm
Ironicamente, a economia americana está nas mãos dos chineses exactamente devido à ganância dos cabeças americanos, pois preferem fazê-lo a gerar emprego no próprio país!
Título:
Enviado por: Miguel em Outubro 11, 2008, 08:53:57 pm
O Duarte nao pode perceber......(contaminado pela doutrina yankee-sionista)

Estou feliz :banana:  :banana:

O fim do Império Americano começou.....

Nunca imaginava que ainda ia ver isto dos meus olhos.....


Nunca mais o mundo vai ser igual a partir de hoje....

Vamos voltar a ver potencias como a Russia,China,India,etc.....

Pessoalmente penso que a UE ou CEE vai acabar, ver apenas o que se passou quando fizeram domingo passado uma reuniao apenas a 4 (frança,GB,Alemanha,Italia) e os outros ... O nosso governo até protestou....


Restabelecer a ordem e disciplina em Portugal com um presidente forte é a nossa soluçao, desenvolver a nossa economia, as nossas forças armadas etc.... estou a sonhar

US GO HOME
Título:
Enviado por: André em Outubro 11, 2008, 08:57:34 pm
Citação de: "Miguel"
O Duarte nao pode perceber......(contaminado pela doutrina yankee-sionista)

Estou feliz :banana:  :roll:  :wink:
Título:
Enviado por: Duarte em Outubro 11, 2008, 09:04:31 pm
Citação de: "André"
Citação de: "Miguel"
O Duarte nao pode perceber......(contaminado pela doutrina yankee-sionista)

Estou feliz :banana:  :roll:  :wink:



 :conf: Que grande confusão vai aí..

O fim do império americano? Qual império? As economias mundiais estão tão interligadas, que o mal que desejas aos americanos ainda te vai tocar a ti e a muitos outros também.

Isto é apenas uma correcção normal do mercado. Já houve muito pior, e os EUA, e outros paises sobreviveram. Não vai ser desta.

Haja bom senso.
Título:
Enviado por: Miguel em Outubro 11, 2008, 09:10:10 pm
Duarte

Anda para o nosso lado :wink:  deixa la esses tipos coms as suas hamburguers os seus raps etc....
Título:
Enviado por: komet em Outubro 11, 2008, 09:17:47 pm
Para quem tem créditos mal parados acima do PIB mundial... não vejo grandes perspectivas... e para ajudar a dívida externa americana é galopante... está tudo na mão de potências orientais...
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 11, 2008, 09:24:39 pm
Miguel:Seria melhor pensares na importância da economia americana;representa cerca de 28% da economia mundial (percentagem espectacularmente exorbitante). o Japão (q era a 2º maior ate ha pouco tempo) "só" tinha 10%; diferença bastante razoavel.

Por isso, como s tem vindo a notar, s os EUA perdem, o resto perde.

Agora, compartilho um pouco a tua alegria, pq acho q os otarios dos americanos já deviam ter começado a mexer o cu ha bastante mais tempo e mudar os super sistemas d só verem lucro à frente das fuças, d n regularem e com 1 sistema judicial estupido.

Em sumario, td bem q queiras q eles sofram, mas tv, em vez d desejares q levem 1 pontape nas bolas, t devesses ficar pela dor d dentes q n incapacita, mas q é incomodativa o suficiente para q mudem as suas maneiras de cowbois (sic).
Título:
Enviado por: Duarte em Outubro 11, 2008, 09:34:25 pm
Citação de: "Miguel"
Duarte

Anda para o nosso lado :shock: Eu até nem gosto de rap  :lol:
Título:
Enviado por: legionario em Outubro 12, 2008, 04:01:03 pm
Eu sou muito ignorante en economia, mas nao seria melhor para os governos 'injectarem" dinheiro nas familias em dificuldade para que estas possam pagar os seus emprestimos à habitaçao ?
Outra maneira de fomentar o consumo seria tambem  aumentar as reformas e pensoes minimas. O dinheiro entraria assim no sistema financeiro beneficiando quem precisa.
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 12, 2008, 04:42:46 pm
Essa é a ideia do Paulinho, abolir o rendimento mínimo e aplica-lo no aumento das pensões. Esta a meu ver é uma ideia com pés e cabeça.
Título:
Enviado por: P44 em Outubro 13, 2008, 12:10:23 pm
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FORÇA, FORÇA COMPANHEIRO GORDON!


Ferreira Fernandes  

Qando disseram a Picasso, já velho, que os seus rabiscos de 45 segundos valiam uma fortuna, ele rectificou: "Não me levam 45 segundos, levaram-me 82 anos." O episódio foi contado, na semana passada, pelo primeiro-ministro inglês Gordon Brown. Ele estava a sublinhar o valor da experiência - a dos outros -, para chamar atenção para a sua. Ontem, o Palácio do Eliseu, em Paris, recebeu os líderes europeus que acabaram por decidir a nacionalização parcial da banca. Algum desconcerto havia de pairar naqueles salões prenhes de gente que viveu os últimos 20 anos a gabar o liberalismo puro e duro. O anfitrião Nicolas Sarkozy, por hábito mais expansivo, ilustrava esse mal-estar generalizado. Havia, porém, um experimentadíssimo político sobre aquilo que a reunião magna iria decidir: Brown. Já na Pré-História (no ano passado), ele resolvera a crise do privado Northern Rock com dinheiros do Banco de Inglaterra e há duas semanas fez o mesmo com o banco HBOS. Ele conhece o plano para salvar bancos: nacionalizá-los. Sócrates, se quisesse ter brilhado, poderia ter dito: "Sabem, sou do país do Vasco Gonçalves."|


http://dn.sapo.pt/2008/10/13/opiniao/fo ... ordon.html (http://dn.sapo.pt/2008/10/13/opiniao/forca_forca_companheiro_gordon.html)
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Enviado por: André em Outubro 17, 2008, 12:06:02 pm
«Crise financeira vai durar entre 18 e 36 meses»

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.asiantribune.com%2Ffiles%2Fimages%2FMohammad%2520Yunus3.jpg&hash=3e549edf70da42c21fd9a8815dd4ab8e)

O economista e prémio Nobel da Paz Muhammad Yunus alertou em entrevista exclusiva à Agência Lusa que os próximos quinze dias são cruciais na resolução da crise financeira, que previu durar pelo menos até 2010

«A tendência é que leve muito tempo: entre 18 e 36 meses. O tempo necessário para que o processo [da crise] volte atrás», disse à Agência Lusa Muhammad Yunus, o criador do microcrédito que fundou o Banco Grameen e recebeu o Nobel da Paz em 2006 pelos esforços para retirar populações da pobreza extrema concedendo-lhes pequenos empréstimos.

O antigo professor de Economia afirmou que «as próximas duas semanas são críticas para verificar se os níveis de confiança voltam ao normal» sem os quais os bancos não voltam a conceder empréstimos para reanimar o sistema económico.

Yunus frisou também que o pior ainda não passou e que a instabilidade pode repetir-se em breve.

«Esta crise não será a última. Pode voltar a acontecer no futuro próximo. Nos próximos 10, 20 anos, e será pior se voltarmos às tendências que condenamos agora como o capitalismo de casino, como o jogo nas bolsas de valores ou como a especulação a tornar-se jogo em vez de negócio».

Se a crise atingir a economia real vai destruir anos de esforços para reduzir a pobreza em todo o mundo, alertou também Yunus, autor do livro O Banqueiro dos Pobres.

«Os que estavam a tentar fugir da pobreza são empurrados de volta e não conseguem fugir. Aqueles que acabaram de sair da pobreza são sugados de volta», disse.

«Se um milionário perde meio milhão tem outro meio milhão. Sente-se mal, mas tem ainda muito dinheiro de sobra. Se um pobre perde o emprego perde tudo, até a roupa que traz no corpo. Perde a ração diária de comida. Os pobres perdem tudo», sublinhou.

Em 1976, ao perceber que os bancos recusavam emprestar aos mais pobres, que não ofereciam garantias, Yunus criou o Banco Grameen, que empresta pequenas quantias sem exigir garantias, papéis ou identificação.

O banco tem agora 6,6 milhões de clientes - quase todos a criar pequenos negócios próprios para fugir da pobreza - e orgulha-se de ter uma taxa de recuperação de 98,85 por cento.

Com uma crise que começou no sistema de crédito norte-americano e se espalha agora a todo o sistema monetário internacional, Muhammad Yunus apela a uma solução internacional rápida e concertada.

«É preciso mais esforços do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, dos governos dos diferentes países», afirmou.

«Sempre que há perturbações económicas, são os mais pobres que sofrem mais, não importa onde estejam, seja em países ricos ou pobres», conclui o Nobel da Paz.

Lusa
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Enviado por: Chicken_Bone em Outubro 17, 2008, 07:39:52 pm
Jet Airways readmite 1900 trabalhadores

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A companhia aérea indiana Jet Airways vai readmitir os 1.900 trabalhadores que despediu na quarta-feira, depois de o presidente da transportadora ter confessado que vê-los em lágrimas o perturbou.

"Não consigo dormir à noite, perturba-me o facto de os ver em lágrimas. Por isso apresento as minhas desculpas por este terrível sofrimento e traumatismo", declarou Naresh Goyal em conferência de imprensa.

"Trata-se de uma decisão pessoal, na qualidade de pai de família, que este empregados possam voltar ao trabalho", acrescentou.

Quarta-feira, a transportadora anunciara o despedimento de 1.900 pessoas, ou seja, 15 por cento da massa salarial da empresa, devido à diminuição do tráfego de passageiros e à subida nos preços do petróleo.

O despedimento deste empregados provocou uma mini-tempestade política num país onde os sindicatos e o meio associativo são muito activos.

O ministro da Aviação Civil, Praful Patel, disse à imprensa que avisou na quarta-feira Naresh Goyal para a necessidade de "encontrar em 24 horas uma solução para este problema".

Desde quarta-feira, centenas de hospedeiras e comissários de bordo desfilaram em uniforme, alguns chorando, no aeroporto de Nova Deli.

Perante o anúncio de regresso ao trabalho, sorriram de contentamento, abraçaram-se ofereceram doces aos passageiros no aeroporto de Bombaim.

Os despedimentos, sem precedente desde a fundação da Jet Airways em 1992, foram anunciados dois dias após a companhia ter feito uma aliança com a sua concorrente Kingfisher, num sector plena falência na Índia.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1030670 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1030670)
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Enviado por: P44 em Outubro 24, 2008, 08:09:20 am
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Greenspan: crise revelou 'falha' na ideologia capitalista

Há 10 horas

NOVA YORK (AFP) — O ex-presidente do Federal Reserve (Fed) americano, Alan Greenspan, afirmou nesta quinta-feira que a crise financeira das últimas semanas revelou uma "lacuna" na ideologia capitalista na qual sempre acreditou.

"Sim, constatei uma falha. Não sei até que ponto é significativa ou duradoura, mas me deixou bastante desconcertado", admitiu Greenspan durante uma audiência no Congresso.

Greenspan, acusado de ter permitido o crescimento da bolha imobiliária cuja explosão provocou a crise financeira, foi confrontado com suas próprias declarações pelo presidente do Comitê de Controle de Ação Governamental da Câmara dos Representantes, o democrata Henry Waxman.

"Tenho uma ideologia. Minha opinião é a de que os mercados livres e competitivos são, de longe, a (melhor) maneira de organizar a economia. Testamos a regulação, nenhuma funcionou de verdade", havia declarado Greenspan antes da crise, segundo Waxman.

O ex-presidente do Fed disse nesta quinta no Congresso que o mercado de crédito vive "uma tsunami que se vê uma vez a cada século".

Dirigindo-se aos membros do Comitê encarregado da reforma governamental, Greenspan enfatizou que, na atual situação, "os bancos centrais e os governos se vêem obrigados a adotar medidas sem precedentes" e que os Estados Unidos dificilmente "evitarão um aumento das demissões e do desemprego".

Greenspan sobreviveu no Fed a quatro presidentes, duas recessões, uma década de crescimento, além da grande bolha da internet; bateu o recorde de permanência no cargo, tendo sido considerado o salvador da economia mundial ao reagir rapidamente ao "crash" da bolsa de outubro de 1987 e à crise financeira asiática.

Também comandou uma série de baixas impressionantes das taxas de juros depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Consciente do peso das suas palavras, seus discursos, que ele costumava escrever no banho, eram sempre muito prudentes, às vezes até enigmáticos. Mesmo seu comentário mais famoso, "a exuberância irracional" dos mercados em dezembro de 1996, foi cuidadosamente cercado por uma reflexão sobre a explosão da bolha financeira... no Japão.

Filho de um operador da bolsa e de uma vendedora, Alan Greenspan nasceu no dia 6 de março de 1926 em Nova York, três anos antes do "crack" da bolsa de 1929.

Foi criado em um pequeno apartamento na cidade, onde ele se dedicava a resolver problemas complicados de matemática desde bem pequeno. Depois do segundo grau, freqüentou a escola de música e trabalho como clarinetista e saxofonista de jazz em uma orquestra.

"Eu era ótimo como amador, mas um profissional mediano. Compreendi rápido meus limites no campo da música e deixei a orquestra para cursar a universidade de Nova York", disse.

Estudou economia e fundou em 1954 uma empresa de consultoria que funcionou até 1987. Entrou na política em 1968 como conselheiro econômico da campanha presidencial de Richard Nixon. Depois, fez parte da equipe de economistas do presidente Gérald Ford.

Em 1987, foi nomeado à frente do Fed pelo presidente Ronald Reagan, no lugar de Paul Volcker.

http://afp.google.com/article/ALeqM5hmI ... ecHo_IDrPQ (http://afp.google.com/article/ALeqM5hmI6ZkxBeMo6Orh8GnecHo_IDrPQ)
Título:
Enviado por: André em Outubro 24, 2008, 12:45:06 pm
O mundo vive «uma crise sem precedentes», alerta Sarkozy

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse hoje que «o mundo está mal» e vive «uma crise sem precedentes».

A persistente crise financeira «põe em perigo o próprio futuro da humanidade», afirmou Sarkozy na abertura da 7ª edição da ASEM (Encontro Ásia-Europa), que decorre até sábado em Pequim com a participação de 43 países dos dois continentes.

Nicolas Sarkozy, que detém a presidência da União Europeia até ao final do ano, apelou à participação na anunciada cimeira internacional sobre a crise financeira global, que vai realizar-se em Washington dia 15 de Novembro.

A Europa «vai apresentar-se unida» e «deseja que a Ásia apoie este esforço», disse o Presidente francês.

A resposta da comunidade internacional à crise - afirmou Sarkozy - poderá assinalar «o momento em que o mundo entrou no século XXI».

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que discursou na mesma cerimónia, defendeu tambem «uma resposta global» à crise e condenou o proteccionismo.

«Não podemos enfrentar os desafios actuais fehando a porta e olhar apenas para a nossa casa (...) Abertura e interdependência são as duas faces da moeda da globalização», disse Durão Barroso.

«No globalizado mercado de hoje - salientou ainda o presidente da Comissão Europeia - todos necessitamos de estar envolvidos».

Lusa
Título:
Enviado por: rafafoz em Outubro 24, 2008, 02:14:06 pm
O Meu medo nessa crise é o tempo que levara para ela acabar.
Pois alguns falam em 1 ano outros mais, só que sem uma certeza clara.
O Brasil esta com altos estoques guardados esperando pela demanda externa, com a crise financeira as exportações diminuirão e o mercado interno teme que a demanda interna não consiga suprir toda ela, causando um excedente de produtos em estoque, semelhante à crise de 1930.  :?
Complicado, pois ninguém mudou nada, não adiantaria somente recuperar os mercados e continuar da mesma forma que esta, assim poderia acontecer uma nova crise, com esse mercado sem controle.
Título:
Enviado por: André em Outubro 25, 2008, 12:25:38 am
FMI vai emprestar 1.600 milhões de euros à Islândia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai emprestar 2.100 milhões de dólares (cerca de 1.600 milhões de euros) à Islândia depois de as contas públicas do país terem sido fortemente afectadas pela crise financeira internacional.

«O objectivo principal é apoiar os esforços da Islândia para se ajustar à crise económica de uma forma mais ordenada e menos dolorosa», disse o director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn.

Uma delegação da instituição alcançou um acordo com o governo islandês, falta apenas o crédito ser aprovado pelo Conselho Executivo do FMI, onde estão representados os 185 países membros do organismo, o que deve acontecer no início de Novembro.

A ser aprovado, a Islândia terá no imediato acesso a 833 milhões de dólares (cerca de 657 milhões de euros), o restante será cedido em tranches durante os dois anos de duração do programa.

O montante a ser aprovado pelo FMI é extremamente elevado tendo em conta o peso da Islândia na instituição representando 1.190 por cento da sua contribuição para o fundo, como reconheceu Strauss-Kahn, que assegurou que as medidas tomadas pelo governo islandês para resgatar o país da crise justifica esse esforço.

«A Islândia desenhou um programa económico ambicioso, cuja meta é estabelecer a confiança do sistema bancário, estabilizar a Coroa mediante política macroeconómicas energéticas e ajudar o país a conseguir a consolidação fiscal a médio prazo após o colapso do sistema bancário», afirmou.

O FMI prevê que em 2009 o PIB da Islândia recue 10 por cento, depois de o ano passado ter crescido 4,9 por cento

Lusa
Título:
Enviado por: PedroM em Outubro 30, 2008, 11:39:14 am
A crise financeira e económica é bem real e o aspecto mais negativo será sem qualquer dúvida o aumento do desemprego. No entanto até que ponto a crise será ou não profunda ninguém sabe. Por isso aqui fica um texto com um ponto de vista diferente e interessante sobreo assunto.

No fundo aqueles que ontem nos vendiam horizontes cor de rosa e niveis de vida de sonho, são os mesmos que hoje nos condenam à pobreza. Saberão do que estão a falar?

No Diário Económico de hoje:

A crise dos milionários?
Os mesmos especialistas que revelam alguma ignorância no diagnóstico da crise, revelam também um enorme atrevimento pessimista nas previsões.

Seja nos jornais portugueses, seja nos estrangeiros, seja nas televisões portuguesas, ou nas lá de fora, não há quem não pronuncie, com toda a convicção do mundo, que vem aí uma grande recessão económica mundial. Analistas ou comentadores, políticos ou empresários, todos eles afirmam, sem um pingo de dúvida, que o planeta vai viver meses e anos terríveis, e que o desemprego e ausência de crescimento serão o futuro próximo da nossa aldeia global. No entanto, e curiosamente sem verem nisso nenhuma contradição, a maior parte das mesmas pessoas confessa não saber bem, nem sequer perceber bem, o que se passou e porque aconteceu esta actual mega-crise financeira. Ou seja, as mesmas pessoas e os mesmos especialistas que revelam alguma ignorância na análise e no diagnóstico, revelam ao mesmo tempo um enorme atrevimento pessimista nas previsões. É assim como se um médico, ao observar-nos pálidos e a tremer, nos dissesse que não fazia a mínima ideia do que nos estava a acontecer, mas tinha a certeza absoluta que iríamos sofrer muito nos próximos tempos! Curioso, não é? Eu acho que sim, e se calhar porque sou do contra, tenho algumas dúvidas de que venha aí o dilúvio, e que a tragédia global vá ser assim tão grave.

Nos últimos vinte anos, o mundo financeiro mundial desenvolveu-se de uma forma altamente acelerada. Bancos, comerciais ou de investimentos, hedge funds, fundos de fundos e mil e uma outras instituições, fizeram crescer brutalmente o valor dos activos financeiros mundiais. As bolsas atingiram valores nunca antes atingidos e, por todo o mundo, os activos financeiros subiram, levando atrás de si os valores de muitos mercados imobiliários. No entanto, esse dinheiro, que criava mais dinheiro e que criava ainda mais dinheiro – a “superbolha”, como lhe chama George Soros – não era dinheiro das pessoas normais, das classes médias ocidentais, mas sim das próprias instituições financeiras e das grandes fortunas mundiais. É claro que isso gerou um enorme desvio de riqueza, e por isso se diz que aumentou o fosso entre ricos e pobres, seja na América, seja nos outros países ocidentais. Os “novos ricos” vieram da alta finança, e eram os que tinham enriquecido com esses investimentos. Porém, não eram assim tantos como isso. O crescimento colossal dessa economia financeira beneficiou relativamente pouca gente, não mais de 10 por cento da população americana, e ainda menos da europeia. Houve novos milionários, mas essa riqueza foi mais institucional que pessoal. É claro que, com as taxas de juro baixas, toda a gente beneficiava, mas nem toda a gente enriquecia. As classes médias ocidentais não se tornaram grandes investidoras nas bolsas, em especial na Europa.

Ora, quando tudo começa a correr mal, a riqueza que é destruída é essencialmente a riqueza das grandes instituições, dos bancos, dos fundos, e a riqueza dos grandes, pequenos e médios milionários. As principais vítimas do esvaziamento das bolhas financeiras são essas, e não as classes médias. Para um milionário, perder 20 dos seus 40 milhões, pode ser um problema, mas ele não vai propriamente viver na penúria, nem debaixo da ponte. Portanto, e se os governos garantirem que o sistema bancário continua a funcionar, as maiores perdas financeiras não atingem as classes médias nem em grande parte as empresas não financeiras. Perdem muito os “novos ricos”, os milionários, e as instituições financeiras, mas não a maioria das populações. Haverá certamente uma contracção “recessiva”, devido às más expectativas e ao pessimismo generalizado que vai pelo mundo, mas pode não vir a passar-se a tal mega-recessão de que toda a gente fala, e que todos dizem vir aí.

A riqueza que o mundo financeiro gerou durante vinte anos foi essencialmente virtual e foi certamente parar a bolsos de uma minoria. É possível que, com algum bom senso e habilidade geral, as perdas sejam suportadas também por essa mesma minoria.

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 79274.html (http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1179274.html)
Título:
Enviado por: AC em Outubro 30, 2008, 10:48:17 pm
O texto está largamente correcto mas aprecia apenas uma parte do problema.

Resumindo o texto: a maioria das pessoas não investiu as suas poupanças em acções ou fundos de investimento. E como resultado disso, não estão a ver as suas poupanças desvalorizar como resultado da crise.
Até aí concordo.

Contudo, os efeitos da crise no sistema financeiro não se resumem à desvalorização de portfólios de investimento.
A desvalorização dos fundos de investimento reflecte o facto de os investidores estarem a tentar converter os seus portfolios em activos mais seguros.

Como resultado disso, há menos liquidez disponível para fazer empréstimos, financiar empresas, etc o que leva a um abrandamento da economia que afecta todos, principalmente as classes média e baixa.
Título:
Enviado por: P44 em Novembro 25, 2008, 02:40:41 pm
Conjuntura: Reino Unido: Governo baixa IVA de 17,5 para 15% durante um ano


O governo britânico anunciou hoje que vai reduzir o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em 2,5 por cento a partir de segunda-feira e durante um ano até ao final da recessão.
A medida foi anunciada hoje pelo ministro das Finanças, Alistair Darling, na Câmara dos Comuns, na apresentação do relatório que antecipa o orçamento do próximo ano.

A redução vem em pleno período de compras de Natal, reflectindo a preocupação do governo em estimular o consumo e ajudar os retalhistas a aumentarem as receitas.

Assim, a taxa máxima do IVA no Reino Unido passa de 17,5 por cento para 15 por cento, enquanto alguns produtos, como cadeiras para crianças e combustível para uso doméstico, continuam a pagar cinco por cento de IVA.

A medida foi justificada por Darling com a necessidade de «colocar dinheiro na economia imediatamente».

Estas mudanças não deverão ser sentidas no tabaco, combustíveis e alcool, produtos sobre os quais os impostos vão subir para manter os preços actuais e desincentivar o consumo.

O valor do IVA deverá regressar ao nível actual no início de 2010, quando o governo espera que «a recuperação já esteja em curso».

Diário Digital / Lusa

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Título:
Enviado por: HaDeS em Dezembro 03, 2008, 06:47:37 pm
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Setor de serviços da zona do euro atinge baixa recorde em novembro

da Folha Online

O setor de serviços da economia da zona do euro registrou queda em novembro, elevando as pressões para que o BCE (Banco Central Europeu) corte sua taxa de juros nesta quinta-feira (4). O índice Purchasing Managers Index para a zona do euro, elaborado pelo instituto de pesquisa Markit, ficou em 42,5 pontos, contra 45,8 em outubro. Foi o menor indicador nos 10 anos em que a pesquisa é realizada.
O indicador ficou muito abaixo dos 43,3 esperados pelos economistas. Resultados abaixo de 50 pontos indicam contração da atividade; acima desse patamar indicam expansão.

"O índice é extraordinariamente baixo. Há recorde de baixa em todos os países com exceção da Alemanha, mas mesmo lá houve uma redução substancial", disse o analista Jürgen Michels, do Citigroup. "Há muito espaço para o BCE cortar os juros (...) Acreditamos que 0,75 ponto percentual será o consenso, mas não descartamos um corte de 1 ponto percentual."

Na Alemanha, a atividade no setor teve queda, para 45,1 pontos no mês passado, contra 48,3 pontos um mês antes; na França, o índice passou de 47,5 pontos para 46,2 pontos.

Na Alemanha, algumas empresas informaram que um grande número de clientes está adiando ou simplesmente cancelando encomendas e pedidos devido à falta de capital de giro, em meio à crise financeira.

Todos os sete componentes do índice tiveram redução no mês passado --incluindo o indicador de preços pagos e cobrados pelas empresas do setor, seguindo a queda de preços do petróleo. A inflação na zona do euro ficou em 2,1% em novembro na zona do euro, contra 3,2% em outubro. Segundo Michels, a inflação não está apenas caindo, mas sim desaparecendo.

O índice conjunto, de atividade no setor de serviços e no setor manufatureiro também atingiu recorde de baixa, ficando em 38,9 pontos, contra 43,6 em outubro.

Também no índice conjunto, o indicador de preços pagos caiu para 49,1 pontos, primeiro resultado abaixo dos 50 pontos desde julho de 2003.

O componente do índice referente ao mercado de trabalho caiu para 47,9 pontos em novembro, contra 48,4 um mês antes.

O índice de expectativas para a atividade no setor nos próximos 12 meses caiu para 41,6 pontos, contra 42,3 pontos em outubro.
Título:
Enviado por: legionario em Dezembro 20, 2008, 10:45:36 am
Bernard MADOFF, antigo patrao do Nasdaq (isto é que esta aqui uma casa bem governada  :lol: ) , acusado duma fraude no valor de 50 000 milhoes de dolares.
Entre os gulosos que investiram no seu sistema piramidal na mira de dinheiro facil, encontram-se o banco Santander exposto à altura de 2,33 bilhoes de dolares ; o banco HSBC com 1 Bd  ; o Royal Bank of Scotland 600 Md ; e riquissimos especuladores da sua propria comunidade judia como Elie Wiesel ou Steven Spielberg, estes ultimos financiando as suas organizaçoes "caritativas" com fundos provenientes da especulaçao ...

O homem arrisca alguns anos de prisao, mas por enquanto encontra-se em prisao (dourada) domiciliaria com uma pulseira eléctronica.
Título:
Enviado por: André em Dezembro 21, 2008, 06:18:10 pm
Banco de Espanha admite «grande depressão» mundial

A incerteza sobre a Economia mundial é actualmente «total» e existem possibilidades de uma «grande depressão» global, previu hoje o Governador do Banco de Espanha, Miguel Ángel Fernandez Ordoñez.
«A falta de confiança é total. O mercado interbancário não funciona e gera ciclos viciosos: os consumidores não consomem, os empresários não contratam, os investidores não investem e os bancos não emprestam», afirmou ao jornal El País.

Segundo o responsável, «existe uma paralisia quase total à qual ninguém escapa».

O governador do Banco de Espanha considera que a retoma económica global, que foi antecipada para o fim 2009 ou início 2010, pode ser atrasada por «falta de confiança».

Uma retoma relativamente rápida é possível graça à queda do preço do petróleo e à baixa das taxas, reconhece Ordoñez, que admite no entanto a possibilidade de um ciclo vicioso que aprofunde a falta de liquidez no sistema.

«Isso levar-nos-ia perante uma grande depressão, que não é de excluir», afirmou.

A crise financeira actual é «a mais grave desde a Grande Depressão» de 1929, sublinhou ainda o responsável, para quem as previsões do Fundo Monetário Internacional - que fixa numa quebra de 0,3 por cento do Produto Interno Bruto dos países desenvolvidos em 2009 depois de ter fixado em 1,4 por cento para este ano - são «bastante razoáveis».

Segundo o governador do Banco de Espanha, será «lógico» que o conselho dos governadores do Banco Central Europeu, onde tem assento, decida na próxima reunião de Janeiro uma nova baixa das taxas, caso se verifique, «entre outras variáveis», que a inflação se situe «claramente» nos dois por cento.

Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 28, 2008, 06:15:11 pm
Crise financeira cria dificuldades, mas também abre oportunidades - Teresa Lehmann

A vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Ana Teresa Lehmann, defendeu hoje, em Genebra, que a actual crise económica internacional, além das dificuldades que cria, também abre oportunidades.

"Por um lado, torna o crédito mais difícil, o que faz com que o mercado fique menos dinâmico, mas, por outro cria oportunidades porque a maior parte do investimento é para aquisições e, nesta altura, há muitas empresas a preços de saldo", afirmou a especialista, em declarações à Lusa.

A vice-presidente da CCDRN, especialista em processos e estratégias de internacionalização, proferiu hoje, em Genebra, Suiça, uma conferência no Graduate Institute of International and Development Studies, um dos centros mundiais de referência nesta área.

Ana Teresa Lehmann, que foi um dos 12 oradores convidados para este encontro internacional, abordou a evolução das estratégias dos grupos internacionais no contexto de incerteza gerado pela actual crise económica mundial.

"As estratégias das empresas variam em função dos recursos e das competências locais, ou seja, que o mundo tem forma, não é plano", afirmou Lehmann, numa alusão ao livro de Thomas Friedman, intitulado 'O Mundo é Plano', em que faz uma análise da globalização.

Para a vice-presidente da CCDRN, "apesar da globalização, a maior parte das empresas internacionais não tem uma estratégia global".

"Por mais que consigam atingir os seus objectivos globais, o que têm é, na melhor das hipóteses, soluções regionais, ao nível da Europa ou da América Latina, por exemplo", defendeu.

Ana Teresa Lehamnn salientou ainda que a atracção de investimentos é "uma corrida em que estão envolvidos todos os estados", considerando que, em Portugal, "apesar de haver muitas empresas a fechar e a deslocalizar-se, as mais interessantes ainda estão no país".

Na perspectiva de Teresa Lehmann, o problema nestes casos não se coloca em termos de concorrência com empresas portuguesas, mas com filiais do mesmo grupo instaladas noutros países.

"A fábrica da Opel na Azambuja não concorre com a AutoEuropa, mas com a fábrica que a Opel tem em Espanha", frisou a especialista.

Lusa
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Enviado por: 123go em Janeiro 02, 2009, 05:28:51 pm
Vejam apartir do minuto 33'

http://tv.rtp.pt/multimedia/index.php?p ... 0&escolha= (http://tv.rtp.pt/multimedia/index.php?pagURL=arquivo&tvprog=16478&idpod=20539&formato=flv&pag=arquivo&pagina=0&data_inicio=&data_fim=&prog=16478&quantos=10&escolha=)

Para compreender a crise.

http://www.chrismartenson.com/crashcourse (http://www.chrismartenson.com/crashcourse)
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Enviado por: André em Janeiro 05, 2009, 12:20:28 pm
Investigadores descobrem semelhanças entre a crise actual e uma bolha de crédito na Idade Média

Paralisação dos mercados de crédito, subida das taxas interbancárias, falta de liquidez e falências de instituições financeiras. São títulos que têm inundado as páginas dos jornais nos últimos meses. Mas recuando até à época medieval constata-se que a crise financeira ou a criatividade contabilísitca não são uma novidade dos tempos modernos.

De acordo com um estudo de investigadores da Universidade de Reading, em Inglaterra, o sistema financeiro já se encontrava em estado bastante avançado no século XIII. Eram cobradas taxas de juro ajustadas ao grau de risco e à duração dos empréstimos e definidos colaterais sobre os créditos concedidos. Os financiadores eram sobretudo mercadores italianos, como os Ricciardi de Lucca, ou burgueses flamengos que criaram entre eles algo semelhante ao sistema interbancário actual. A sofisticação financeira incluía até contratos de futuros sobre lã, por exemplo, que poderiam servir de colateral a empréstimos concedidos.

O rei de Inglaterra Eduardo I, retratado no filme "Braveheart", foi o primeiro soberano inglês a criar uma relação financeira sistemática com mercadores, nomeadamente com os italianos Ricciardi. Esta família financiava o trono em moldes que os autores consideram similar a "uma conta corrente moderna que incorpora mecanismos de dívida", o que permitia ao monarca financiar os exércitos e a construção de castelos. Os Ricciardi obtiam crédito junto de outros mercadores europeus, criando um sistema semelhante ao mercado interbancário.

No entanto, havia limitações. Cobrar juros por um empréstimo era proibido na época, sendo classificado pela Igreja como usura. Este entrave obrigava as partes envolvidas na concessão de crédito a fazer "contabilidade criativa" para ocultar que estavam a transgredir as regras religiosas.

A crise de 1294

Os Ricciardi começaram a financiar Eduardo I durante a década de 80 do século XIII, altura que os autores do estudo classificaram como sendo de acesso a dinheiro fácil e barato. Mas a bolha de crédito acabaria por rebentar. Em 1294 o Papa, um dos maiores 'players' financeiros do mundo medieval, exigiu o retorno do valor dos empréstimos concedidos. Ao mesmo tempo rebentou uma guerra entre a França e a Inglaterra, com a Coroa gaulesa a aumentar de forma significativa os impostos aos mercadores. Estes factores criaram perturbações nos mercados de crédito, tornando o dinheiro mais caro e escasso. Para os investigadores, citados pela BBC, a situação "tem semelhanças notáveis com as dificuldades actuais, com a principal causa a ser a falta de liquidez no mercado monetário".

Assim, quando Eduardo I contava com a continuação do financiamento dos Ricciardi, a família italiana, que estava fortemente alavancada, não conseguiu dar resposta. Como medida de retaliação, o soberano inglês confiscou as propriedades dos Ricciardi em Inglaterra, precipitando a falência dos seus habituais financiadores. A medida de Eduardo I saiu-lhe cara. O monarca teve de procurar créditos de curto prazo, com juros elevadíssimos, junto de outros mercadores. Chegou a ter de pagar uma taxa anualizada de 150%.

Questionados pela BBC sobre como Eduardo I teria lidado com a crise financeira actual, os autores do estudo sugeriram que, provavelmente, teria colocado os gestores dos bancos em prisão domiciliária, sem julgamento, até o governo conseguir recuperar o máximo possível dos seus activos.

Económico
Título:
Enviado por: André em Janeiro 06, 2009, 07:14:26 pm
Milionário alemão suicida-se após perdas astronómicas

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimages.forbes.com%2Fmedia%2Flists%2F10%2F2006%2F2ORL.jpg&hash=ed047c08a7d151d6b95e23a92dd6b5c4)

O 94.º homem mais rico do mundo foi encontrado morto na segunda-feira no sul da Alemanha. O milionário Adolf Merckle era um dos maiores accionistas da farmacêutica Ratiopharm e perdeu milhões na flutuação dos títulos da Volkswagen.

As autoridades alemãs acreditam que Merckle se suicidou e não têm pistas que apontem para um homicídio. O corpo do investidor germânico foi encontrado junto a uma linha ferroviária no sul do país. O milionário ter-se-á atirado para a frente de um comboio.

Um comunicado divulgado pela família Merckle confirma que Adolf se suicidou que este se sentia «arrasado» pelas avultadas perdas resultantes da crise financeira internacional.

Merckle perdeu cerca de 400 milhões de euros na flutuação do valor das acções da Volkswagen, que registaram movimentos inéditos (de valorização e desvalorização) devido aos rumores de que a casa germânica estava prestes a ser adquirida pela Porsche - notícia já confirmada.

O milionário era herdeiro do império farmacêutico Phoenix Pharmahandel e um accionista de referência da Ratiopharm e da cimenteira Heidelberg. Contava ainda com importantes participações em companhias ligadas ao sector automóvel, ao software e aos têxteis.

Merckle, que no início de 2008 contava com uma fortuna de cerca de 9 mil milhões de dólares, era o 94.º homem mais rico do planeta, mas terá acumulado perdas milionárias ao longo do último ano, agravadas pelas incertezas em relação a 2009.

«Os problemas que a crise financeira causou às suas empresas e as incertezas das últimas semanas, bem como um sentimento de impotência, arrasaram o empresário e pai de família, que decidiu pôr fim à vida», lê-se no comunicado da família.

Merckle, de 74 anos, deixa para trás quatro filhos e um império financeiro mergulhado em incerteza.

SOL
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Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 07, 2009, 10:44:24 am
Jogam na bolsa como quem joga nos casinos e agora quem paga são os trabalhadores das empresas do qual ele era dono... :evil:
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Enviado por: 123go em Janeiro 10, 2009, 02:30:51 am
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=346122 (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=346122)

O mundo é uma pirâmide


A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) tem vindo a alertar para a necessidade de melhorar a literacia financeira.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) tem vindo a alertar para a necessidade de melhorar a literacia financeira. Devido à progressiva substituição dos sistemas de segurança social com regime contributivo e de benefício garantido por regimes de capitalização com contribuição definida, as famílias dependem cada vez mais de si próprias para assegurar o rendimento durante o período de reforma, importando que façam escolhas informadas de aplicação das suas poupanças. Assim, como sugere a OCDE, os particulares têm necessidade de adquirir conhecimentos sobre o funcionamento dos mercados financeiros e desmistificar alguns conceitos tradicionais.

É relativamente consensual que as famílias terão de constituir uma poupança entre 20% e 30% do seu rendimento presente para assegurar um padrão de consumo durante a reforma semelhante ao que desfrutam actualmente. Nos países europeus, parte da poupança é realizada através de contribuição social compulsiva. Enquanto nos EUA, a poupança para a reforma assenta em fundos de pensões privados, constituídos por particulares ou empresas, num regime de contribuição definida, na Europa, apesar de estarem em retrocesso, ainda dominam os regimes contributivos de benefício garantido.

Nos EUA, os trabalhadores, que agora se estão a reformar, vão receber os frutos da sua poupança acumulada, ao longo de anos, em fundos. Estes terão sido investidos em instrumentos financeiros ou imobiliário, dependendo a sua rendibilidade da evolução dos mercados. Na actual conjuntura, poderão não receber muito mais do que investiram, arriscando-se a receber menos. A evidência com que os americanos a caminho da reforma se defrontam não é muito diferente da que se deparará às novas gerações dos trabalhadores europeus, em cujos países o regime de protecção da segurança social tem encolhido. Tem-se abandonado o sistema em que quase independentemente das contribuições realizadas ao longo da vida os estados asseguravam uma pensão futura conhecida à partida.

O regime de segurança social dominante da Europa, até recentemente, não era/é mais que um gigantesco esquema de pirâmide. Os trabalhadores que iam entrando para a segurança social, com as suas contribuições, iam pagando as pensões definidas dos trabalhadores que se iam reformando. Este esquema funcionou perfeitamente enquanto as populações europeias continuavam a crescer saudavelmente. Contudo, com o envelhecimento da população, é cada vez maior o número de reformados face aos trabalhadores que entram no sistema, tornando-o insustentável.

O esgotamento do esquema de pirâmide implicou a revisão do modelo de segurança social na Europa, reduzindo benefícios definidos e evoluindo para esquemas mais próximos da realidade americana: capitalização e contributo definido - ou seja tipo PPR.
Esta alteração do modelo da segurança social, aproximando os trabalhadores europeus dos desafios dos seus congéneres americanos, não os coloca, contudo, ao abrigo de esquemas de pirâmide.

Considerando uma economia "estável", com população estagnada e com paradigma tecnológico maduro, é a entrada contínua de novos compradores num mercado que permite a valorização dos activos de compradores anteriores (excluindo a remuneração decorrente dos dividendos e cupões). Nos últimos anos, na Europa e no Japão, esteve mais gente a comprar acções e obrigações que a vender, porque os trabalhadores estavam a constituir as suas poupanças em fundos privados ou públicos. Com o envelhecimento da população, esta tendência tende a inverter-se. Há mais gente a chegar à idade de reforma e a resgatar os seus fundos, vendendo os activos, que a entrar no mercado de trabalho e a constituir novas poupanças. Esta realidade piramidal coloca um importante desafio à valorização das poupanças no futuro. A recente estagnação da bolsa e dos activos financeiros japoneses é um vislumbre do possível comportamento futuro do rendimento das poupanças em sociedades tecnologicamente maduras e envelhecidas. Sem alterações de padrão tecnológico e/ou de dotação de recursos, a dinâmica económica tende a replicar, proximamente, um comportamento de pirâmide ditado pela evolução demográfica. Não será por acaso que alguns dos principais mitos fundadores da humanidade assentam em alegorias centradas em pirâmides.

Videos


http://www.chrismartenson.com/crashcour ... ilure-save (http://www.chrismartenson.com/crashcourse/chapter-13-national-failure-save)

http://www.chrismartenson.com/crashcour ... mographics (http://www.chrismartenson.com/crashcourse/chapter-14-assets-demographics)
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Enviado por: 123go em Janeiro 10, 2009, 02:37:29 am
Alguns economistas do mercado livre, tais como Thomas Sowell, argumentam que os sistemas de segurança social são na realidade esquemas de Ponzi em larga escala.

Sowell e outros salientam que nos sistemas de segurança social os pagamentos são directamente provenientes de impostos e / ou outros tipos de contribuições não voluntárias e que nunca provém de poupanças ou investimentos. Em vez disso, as contribuições actuais (de um conjunto de indivíduos, que beneficiarão mais tarde) são utilizadas para pagar os benefícios correntes (de um outro conjunto de indivíduos).

Sowell e outros afirmam que o sistema de repartição começou a mostrar as suas falhas inerentes à medida que a demografia das economias ocidentais caminha para um maior número de pensionistas e um menor número de trabalhadores, devido ao declínio da taxa de natalidade e ao aumento da esperança de vida.

Os programas de aposentação geridos pelos governos nacionais, apesar de envolverem a transferência de impostos sobre trabalhadores para os pensionistas, diferem todavia numa série de características básicas usualmente encontradas nos esquemas de Ponzi, mas que não são fundamentais para estes:

    * Os sistemas de aposentação, como a segurança social, são abertamente designados por aquilo que são. Num esquema de Ponzi genuíno, os autores falsamente afirmam que existe um negócio que gera as receitas prometidas. Na segurança social, as pessoas sabem de onde o dinheiro provém e os actuários fornecem previsões escritas das futuras entradas e saídas de dinheiro.

    * Os sistemas de aposentação prometem um estipêndio aos reformados, não os rápidos e exorbitantes lucros aos investidores actuais que os esquemas de Ponzi invariavelmente oferecem.

    * Os sistemas de aposentação assentam no poder do estado em taxar os seus cidadãos para assegurar o financiamento, em oposição a contribuições voluntárias dos futuros beneficiários. Na prática, este poder de taxar tem sido usado sob a forma de impostos consignados, desconto para a segurança social por exemplo, se bem que em teoria um imposto geral pudesse ser usado para complementar o pagamento dos trabalhadores. (Historicamente, nos Estados Unidos, a segurança social tem sido quase sempre excedentária, pelo que tal ainda não se tornou um problema). Se e quando o processo político for usado para aumentar as contribuições ou diminuir os benefícios (incluindo o aumento da idade de reforma) afim de equilibrar as receitas e as despesas, certamente haverá oposição dos que pagarão mais ou receberão menos, mas os políticos têm apenas duas escolhas, se as receitas são insuficientes (além de pedir dinheiro emprestado, ou gradualmente acabarem com a segurança social).

    * A ideia de tornar a segurança social num sistema "totalmente financiado" tem sido discutida várias vezes, mas fracassou sempre no custo. O custo aumentou fazendo com que qualquer mundança fundamental tenha sido adiada.

    * A longo prazo, os sistemas de aposentação pagam um montante sensivelmente igual ao que foi pago pelo contribuinte acrescido de juros. No curto prazo, os excedentes da segurança social podem ser usados para cobrir o déficit das finanças públicas, tal como tem acontecido nos Estados Unidos desde que as taxas de contribuição para a segurança social foram aumentadas em 1983.

    * Os sistema de aposentação são em muitos aspectos seguros e não tanto sistemas de investimento. Uma pessoa que morra antes da idade da reforma não recebe nada de volta (independentemente daquilo que tenha pago). Alguém que viva até uma idade avançada continua a receber independentemente daquilo que tenha descontado. Por outro lado, alguém com deficiência, mesmo com uma idade relativamente jovem (muito antes de ter feito contribuições significativas para o sistema) ainda recebe até ao fim da vida. Devido a isto, o aposentado típico que não tenha ficado incapacitado vê uma taxa de retorno inferior à taxa de juro sem risco.

    * Ao contrário dos esquemas de Ponzi, as receitas (impostos) e as despesas (prestações) podem ser calculadas de forma bastante precisa a curto prazo (cinco a dez anos) e previstas (com uma série de pressupostos) para prazos superiores. Um colapso repentino é portanto pouco provável, dependendo da definição de "repentino".

A Administração da Segurança Social americana fornece a seguinte resposta[1] à acusação de "esquema de Ponzi" aplicada a um sistema de repartição como a Segurança Social:

    Existe uma analogia superficial entre um esquema em pirâmide ou de Ponzi e os sistemas de repartição, em ambos o dinheiro dos participantes que entram mais tarde é usado para pagar os benefícios dos que entraram antes. Mas a semelhança termina aqui. Um sistema de repartição pode ser visualizado como uma conduta, com o dinheiro a fluir dos contribuintes actuais num extremo para os beneficiários actuais no outro extremo. Portanto, poderíamos imaginar que num dado momento podiam haver, digamos, 40 milhões de beneficiários à saída da conduta; desde que houvessem 40 milhões de contribuintes à entrada, o programa poderia ser mantido indefinidamente. Não é necessária a duplicação do número de participantes de cada vez que um pagamento é feito aos beneficiários actuais. (Não tem de haver precisamente o mesmo número de trabalhadores e de beneficiários num dado momento, é apenas necessário que haja uma relação estável entre ambos.) Desde que o montante de dinheiro à entrada da conduta se mantenha aproximadamente em equilíbrio com o dinheiro pago à saída, o sistema pode continuar para sempre. Não há nenhuma progressão insustentável a impelir o mecanismo de um sistema de repartição de pensões, pelo que não é um esquema em pirâmide ou de Ponzi.

    Se a demografia da população fosse estável, então um sistema de repartição não teria altos e baixos impulsionados pela demografia e nenhuma pessoa reflectidamente seria tentada a compara-lo a um esquema de Ponzi. No entanto, como a demografia da população tende a subir a descer, o saldo num sistema de repartição tende a subir a descer igualmente. Durante os períodos em que entram mais novos participantes no sistema do que os que recebem benefícios, tende a haver um superavit (como nos primeiros anos da Segurança Social). Durante os períodos em que o número de beneficiários cresce mais depressa do que o número de novos participantes (como acontecerá quando os baby boomers se reformarem), tenderá a haver um deficit. Esta vulnerabilidade aos altos e baixos da demografia constitui um dos problemas do financiamento dos sistemas de repartição. Mas este problema não tem nada a ver com esquemas de Ponzi, ou qualquer outra forma fraudulenta de financiamento, é simplesmente a natureza dos sistemas de repartição.

O sistema monetário

Pode argumentar-se que os sistemas monetários baseados na dívida são essencialmente esquemas de Ponzi sofisticados. O dinheiro baseado na dívida, i.e. num sistema de reservas bancárias fraccionárias exige o pagamento de juros sobre o dinheiro criado pela concessão do empréstimo. Devido ao pagamento de juros em curso, há sempre menos dinheiro em circulação do que aquele que está em dívida. O pagamento dos juros e da dívida exige por conseguinte cada vez mais e maiores empréstimos junto dos bancos. O resultado é um sistema em crescimento exponencial que necessariamente colapsará quando o desequilíbrio entre o dinheiro em circulação e a dívida for demasiado grande, com a correspondente transferência de propriedade dos bens físicos dos devedores para os credores: os bancos privados. Através da criação e extinção de moeda bancária, os bens físicos são efectivamente "colhidos" pelos bancos e posteriormente vendidos aos que têm dinheiro para os comprar.

O efeito "boomerang" na criação e extinção de moeda bancária pode também criar um ciclo de expansão e contracção na economia à medida que a moeda bancária é criada (aumentando assim a base monetária) e subsquentemente destruída (diminuindo a base monetária) quando uma bolha inflada estoura, resultando assim num colapso dos preços e na secagem da liquidez nesse mercado, o que permite aos bancos a venda em leilão da execução das hipotecas de activos em dificuldades e recicla-los no mercado a preços de saldos.

http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Esquema_de_Ponzi (http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Esquema_de_Ponzi)

http://www.alp.pt/Forum/forum_posts.asp?TID=106 (http://www.alp.pt/Forum/forum_posts.asp?TID=106)
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Enviado por: P44 em Janeiro 14, 2009, 04:21:22 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Jogam na bolsa como quem joga nos casinos e agora quem paga são os trabalhadores das empresas do qual ele era dono... :evil:

entretanto...



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14/01/09 - 12h22 - Atualizado em 14/01/09 - 12h25
 

Nortel recorre à lei de falências nos EUA

Da France Presse


WASHINGTON, 14 Jan 2009 (AFP) - As filiais nos Estados Unidos da gigante canadense de equipamentos de telecomunicações Nortel recorreram à proteção da lei de falências em um tribunal federal de Delaware, segundo documentos judiciais divulgados nesta quarta-feira.



A Nortel, que já foi a maior empresa do Canadá, luta desde o colapso da bolha da internet e esperava uma mudança no panorama do setor de telecomunicações. Enfrentava obrigações de 107 milhões de dólares.



A empresa perdeu 3,4 bilhões de dólares no terceiro trimestre e o faturamento caiu 14%.


http://g1.globo.com/Noticias/Economia_N ... S+EUA.html (http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL955233-9356,00-NORTEL+RECORRE+A+LEI+DE+FALENCIAS+NOS+EUA.html)
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Enviado por: André em Janeiro 26, 2009, 05:37:58 pm
Crise pode dar origem a uma nova ordem mundial diz Gordon Brown

A crise financeira não deve ser uma desculpa para um regresso ao proteccionismo mas antes ser vista como um parto "difícil de uma nova ordem mundial", avisou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

Num discurso que deve pronunciar hoje, segundo os seus serviços, Gordon Brown apela aos países para evitarem "a improvisação dos pessimistas" e "fazer o ajustamento necessário para um futuro melhor e para estabelecer novas regras para esta nova ordem mundial".

Sexta-feira, as estatísticas confirmaram que a Grã-Bretanha entrou em recessão.

Nos dias precedentes, o governo anunciou um novo pacote de medidas destinado a injectar crédito na economia.

Mas para o primeiro-ministro, que acolhe a 02 de Abril uma cimeira do G20 em Londres, há a necessidade de encontrar uma resposta mundial para permitir um regresso ao crescimento.

O chefe do executivo britânico considerou que a crise colocou o Mundo perante a seguinte escolha: "Podemos ser tentados a deixar esta crise ser um sinal de início da recessão da globalização".

"Como alguns querem podemos fechar os nossos mercados aos capitais, aos serviços financeiros, ao comércio e à mão-de-obra e assim reduzir os riscos da globalização", prosseguiu Brown.

"Mas isso vai reduzir o crescimento mundial, privar-nos dos benefícios do comércio mundial e encurralar milhões de pessoas na pobreza", acrescentou.

"Ou então podemos assumir essas ameaças e esses desafios com os quais nos confrontamos hoje como contracções dolorosas para dar à luz uma nova ordem mundial e a nossa tarefa hoje não é nada mais nada menos do que permitir uma transição para uma nova ordem internacional em benefício de uma sociedade mundial em expansão", sublinhou.

A cimeira dos países do G20 em Londres, a 02 de Abril, será consagrada à crise financeira, e Brown já manteve conversações com o presidente francês Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente norte-americano Barack Obama, para preparar esta reunião.

Para esse efeito, Gordon Brown deve reunir-se com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, com o primeiro-ministro sul-coreano, Han Seung-Soo, e o japonês, Taro Aso, bem como o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, no Fórum económico mundial em Davos (Suíça) esta semana.

O seu gabinete de Downing Street comunicou que Brown espera encontrar com os seus homólogos "a melhor maneira de poder trabalhar conjuntamente a nível internacional para reformar o sistema financeiro, a expansão económica e a criação de empregos em novos sectores como o ambiente".

O G20 agrupa os membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão), mais a África do Sul, a Arábia Saudita, a Argentina, a Austrália, o Brasil, a China, a Coreia do Sul, a Índia, a Indonésia, o México, a Rússia, a Turquia e a União Europeia.

Lusa
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Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 11, 2009, 01:02:39 am
Leiam esta entrevista que, apesar de ser dada à Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, não encontrei na Internet em português.

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ENTREVISTA AL PROFESOR FEKETE

"El Plan de Obama será un fracaso, traerá el colapso del dólar y la quiebra de EEUU"

El profesor Fekete, uno de los teóricos de la economía más originales del panorama actual, aporta sus opiniones en una entrevista a la Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão. La política monetaria del BCE y la Reserva Federal han originado la tormenta financiera internacional.

Al ser preguntado por las principales causas de la crisis, el profesor Antal E. Fekete se mostró rotundo: “Sólo hay una causa principal, la misma que explica la Gran Depresión de los años 30: La destrucción del capital. El capital se ha venido erosionando o consumiendo desde hace décadas, sin darnos cuenta. El proceso acaba cuando ya no hay más capital para consumir. Después de los siete años de vacas gordas, deben comenzar los siete años de vacas flacas”.


¿Y a qué se debe este proceso de destrucción de capital? Básicamente, se debe “a la irresponsable política monetaria de Estados Unidos al bajar deliberadamente el tipo de interés hasta cero”, ya que, como explica: “unos tipos de interés en descenso”, que como matiza, es algo distinto a bajos pero estables tipos de interés, “tienen efectos letales pero que pueden pasar inadvertidos”. Así, “al bajar los tipos de interés, el valor liquidativo de la deuda aumenta, con lo que lejos de reducirla, se aumenta la carga de la deuda”.


De esta manera explica lo ocurrido en EEUU y Reino Unido: Al aumentarse el valor de los pasivos y los activos permanecer constantes, el capital se va consumiendo hasta que las firmas, ya sean bancos o compañías automovilísticas, se convierten en insolventes y dejan de poder atraer el crédito.

Asimismo, explica que el origen de las burbujas crediticias y su inevitable final, la depresión, “no tiene nada que ver con el sistema de producción capitalista, sino con la supresión de la tasa de interés por el gobierno, a través de su agente, el banco central”.

Basándose en la historia del surgimiento de la banca central en Estados Unidos, con la institución de la Reserva Federal en 1913, matiza que en sus inicios ésta no tenía porqué generar ciclos, ya que no se le permitía monetizar la deuda del gobierno. Sin embargo, esta prohibición se levantó a comienzos de la década de 1920, y la Fed comenzó a realizar las llamadas ‘operaciones de mercado abierto’ y a expandir el crédito a tasas disparatadas.

Consecuencia visible del cambio de política monetaria en el país norteamericano fue el estallido inicial de la Gran Depresión. Para el profesor Fekete, la legalización de esta práctica convirtió el principio del gobierno limitado en papel mojado.


"El plan de emergencia de Obama va a fracasar"


El profesor canadiense no podría estar más en desacuerdo con las medidas que están tomando los gobiernos, en especial el de Estados Unidos: “El plan de emergencia de la administración Obama va a fracasar. Consiste en las mismas panaceas que nos han traído a la actual depresión”. No obstante, no carga las tintas sobre Barack Obama, sino sobre “una camarilla reaccionaria de Keynesianos y Friedmanitas que han secuestrado la Casa Blanca, antes de que el nuevo presidente tuviera oportunidad de hacer nada”.

Sobre la política monetaria que está llevando a cabo la Reserva Federal, a través de inyecciones masivas de liquidez y tipos de interés cerca del 0 %, piensa que no solo no tendrá impactos positivos sobre la economía real, sino que afectará muy negativamente al dólar y llevará a la quiebra al estado norteamericano debido al rápido incremento del valor liquidativo de la deuda del gobierno que genera este tipo de políticas. Utiliza el ejemplo de Japón para afirmar que “bajar tipos de interés no es el remedio para la deflación, sino veneno para la economía”.

Acerca de los rumores de nacionalizaciones de bancos, sostiene que no solucionaría nada de la crisis bancaria, y compara la medida con reordenar las sillas de la cubierta del Titanic para evitar su hundimiento.


Tampoco comulga con la reciente idea de Obama de crear un ‘banco malo’ que atraiga los activos tóxicos, definiéndola como “completamente imbécil”, argumentando que “los activos tóxicos deberían ser liquidados inmediatamente y su titulización cancelada”.

Pero sus críticas en el terreno monetario van mucho más allá de problemas coyunturales: “No puede existir un buen banco bajo un régimen de dinero inconvertible. Si quieres tener buenos bancos, tendrás que re-introducir glóbulos de oro en el flujo sanguíneo del sistema monetario. Un sistema monetario enfermo, como es el de la moneda inconvertible, inevitablemente contamina incluso a los buenos bancos”
 
Previsión y recomendaciones

Sus previsiones de futuro son muy pesimistas, sosteniendo que la situación económica ha llegado a su límite, y si se continúa así, el colapso del dólar y de todo el sistema monetario está al llegar. Además, se atreve a pronosticar que después del periodo actual deflacionario, veremos una hiperinflación.

Su receta para salir de la depresión de la mejor manera posible es reemplazar lo antes posible el actual sistema de dinero fiduciario e inconvertible, por uno en el que el oro juegue un papel fundamental como el baluarte último de la liquidez de todo el sistema.

Así, propone que cualquier país pequeño, como Portugal, podría tomar sus propios pasos hacia delante, permitiendo la circulación del oro como dinero. La consecuencia principal de este plan, asegura el profesor, sería el flujo de capital que iría a parar a Portugal, convirtiéndose este país en el paraíso de los inversores. Más tarde, otros países podrían imitar a Portugal, y de esta manera caminar hacia un sistema monetario mundial mucho más estable y sólido.

Por último, alerta de los trágicos y devastadores efectos que podría tener el seguir dándole la espalda al oro. Según él, si no se pone remedio, esto puede significar el desmoronamiento de la civilización y la erosión de la ley y el orden, la pobreza masiva y el empobrecimiento de ricos y pobres, y la vuelta al mundo a una nueva Edad Oscura.



Circulação de ouro como dinheiro, um valor seguro e sempre convertível.

Para reflectir.
Título:
Enviado por: ShadIntel em Fevereiro 11, 2009, 04:54:55 pm
Citação de: "Jorge Pereira"
Leiam esta entrevista que, apesar de ser dada à Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, não encontrei na Internet em português.

A entrevista está disponível em inglês na sua íntegra:
http://www.professorfekete.com/articles ... ession.pdf (http://www.professorfekete.com/articles%5CAEFHowToStopTheDepression.pdf)
Título:
Enviado por: 123go em Fevereiro 13, 2009, 10:56:50 am
http://www.youtube.com/watch?v=9nJ7LM3iyNg&eurl= (http://www.youtube.com/watch?v=9nJ7LM3iyNg&eurl=)

http://www.youtube.com/watch?v=7_PmVbNv ... bscription (http://www.youtube.com/watch?v=7_PmVbNvH5k&feature=subscription)
Título:
Enviado por: P44 em Fevereiro 16, 2009, 04:12:03 pm
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A 'fraud' bigger than Madoff

Senior US soldiers investigated over missing Iraq reconstruction billions


By Patrick Cockburn in Sulaimaniyah, Northern Iraq


Monday, 16 February 2009

In what could turn out to be the greatest fraud in US history, American authorities have started to investigate the alleged role of senior military officers in the misuse of $125bn (£88bn) in a US -directed effort to reconstruct Iraq after the fall of Saddam Hussein. The exact sum missing may never be clear, but a report by the US Special Inspector General for Iraq Reconstruction (SIGIR) suggests it may exceed $50bn, making it an even bigger theft than Bernard Madoff's notorious Ponzi scheme.

"I believe the real looting of Iraq after the invasion was by US officials and contractors, and not by people from the slums of Baghdad," said one US businessman active in Iraq since 2003.

In one case, auditors working for SIGIR discovered that $57.8m was sent in "pallet upon pallet of hundred-dollar bills" to the US comptroller for south-central Iraq, Robert J Stein Jr, who had himself photographed standing with the mound of money. He is among the few US officials who were in Iraq to be convicted of fraud and money-laundering.

Despite the vast sums expended on rebuilding by the US since 2003, there have been no cranes visible on the Baghdad skyline except those at work building a new US embassy and others rusting beside a half-built giant mosque that Saddam was constructing when he was overthrown. One of the few visible signs of government work on Baghdad's infrastructure is a tireless attention to planting palm trees and flowers in the centre strip between main roads. Those are then dug up and replanted a few months later.

Iraqi leaders are convinced that the theft or waste of huge sums of US and Iraqi government money could have happened only if senior US officials were themselves involved in the corruption. In 2004-05, the entire Iraq military procurement budget of $1.3bn was siphoned off from the Iraqi Defence Ministry in return for 28-year-old Soviet helicopters too obsolete to fly and armoured cars easily penetrated by rifle bullets. Iraqi officials were blamed for the theft, but US military officials were largely in control of the Defence Ministry at the time and must have been either highly negligent or participants in the fraud.

American federal investigators are now starting an inquiry into the actions of senior US officers involved in the programme to rebuild Iraq, according to The New York Times, which cites interviews with senior government officials and court documents. Court records reveal that, in January, investigators subpoenaed the bank records of Colonel Anthony B Bell, now retired from the US Army, but who was previously responsible for contracting for the reconstruction effort in 2003 and 2004. Two federal officials are cited by the paper as saying that investigators are also looking at the activities of Lieutenant-Colonel Ronald W Hirtle of the US Air Force, who was senior contracting officer in Baghdad in 2004. It is not clear what specific evidence exists against the two men, who have both said they have nothing to hide.

The end of the Bush administration which launched the war may give fresh impetus to investigations into frauds in which tens of billions of dollars were spent on reconstruction with little being built that could be used. In the early days of the occupation, well-connected Republicans were awarded jobs in Iraq, regardless of experience. A 24-year-old from a Republican family was put in charge of the Baghdad stock exchange which had to close down because he allegedly forgot to renew the lease on its building.

In the expanded inquiry by federal agencies, the evidence of a small-time US businessman called Dale C Stoffel who was murdered after leaving the US base at Taiji north of Baghdad in 2004 is being re-examined. Before he was killed, Mr Stoffel, an arms dealer and contractor, was granted limited immunity from prosecution after he had provided information that a network of bribery – linking companies and US officials awarding contracts – existed within the US-run Green Zone in Baghdad. He said bribes of tens of thousands of dollars were regularly delivered in pizza boxes sent to US contracting officers.

So far, US officers who have been successfully prosecuted or unmasked have mostly been involved in small-scale corruption. Often sums paid out in cash were never recorded. In one case, an American soldier put in charge of reviving Iraqi boxing gambled away all the money but he could not be prosecuted because, although the money was certainly gone, nobody had recorded if it was $20,000 or $60,000.

Iraqi ministers admit the wholesale corruption of their government. Ali Allawi, the former finance minister, said Iraq was "becoming like Nigeria in the past when all the oil revenues were stolen". But there has also been a strong suspicion among senior Iraqis that US officials must have been complicit or using Iraqi appointees as front-men in corrupt deals. Several Iraqi officials given important jobs at the urging of the US administration in Baghdad were inexperienced. For instance, the arms procurement chief at the centre of the Defence Ministry scandal, was a Polish-Iraqi, 27 years out of Iraq, who had run a pizza restaurant on the outskirts of Bonn in the 1990s.

In many cases, contractors never started or finished facilities they were supposedly building. As security deteriorated in Iraq from the summer of 2003 it was difficult to check if a contract had been completed. But the failure to provide electricity, water and sewage disposal during the US occupation was crucial in alienating Iraqis from the post-Saddam regime.


http://www.independent.co.uk/news/world ... 22987.html (http://www.independent.co.uk/news/world/americas/a-fraud-bigger-than-madoff-1622987.html)
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 16, 2009, 04:20:14 pm
EUA investigam fraude histórica no Iraque


As autoridades norte-americanas iniciaram uma investigação sobre o papel de altas patentes do Exército no desvio dos fundos de reconstrução do Iraque.

O dinheiro desaparecido era destinado ao esforço de reconstrução do Iraque após o derrube de Saddam Hussein, e caso se venham a confirmar os valores avançados, esta será a maior fraude da história dos Estados Unidos, noticia o jornal norte-americano “New York Times”.

O periódico adianta que a soma exacta que foi desviada poderá nunca ser conhecida, mas um relatório elaborado pelo Inspector-Geral Especial dos EUA para a Reconstrução do Iraque sugere que esta poderá ser superior a 50 mil milhões de dólares (39 mil milhões de euros), superando assim o montante envolvido na fraude Madoff.

Assim, a investigação iniciada pelas autoridades federais dos EUA investiga agora as acções dos altos responsáveis norte-americanos envolvidos no programa de reconstrução do Iraque, avança o jornal, que cita entrevistas com altos responsáveis do Governo e documentos judiciais.

“Acredito que o verdadeiro saque do Iraque após a invasão [de 2003] foi efectuada pelos responsáveis norte-americanos e pelas empresas que receberam contratos e não pelas pessoas dos bairros da lata de Bagdad”, disse ao jornal britânico “The Independent” um empresário norte-americano que está presente no país há quase seis anos.

O “The Independent” revela que, apesar das somas colossais gastas pelos EUA para reconstruir o Iraque desde 2003, não têm sido vistas obras em Bagdad, com excepção da construção da nova embaixada dos Estados Unidos no país.

Um dos poucos sinais visíveis da reconstrução da infra-estrutura iraquiana tem sido a atenção constante do governo em plantar palmeiras e flores nas faixas existentes entre as estradas principais. Estas obras são destruídas e replantadas passados poucos meses, revela o artigo.

O jornal adianta que os líderes iraquianos estão convencidos de que o desvio ou desperdício de enormes somas só poderá ter acontecido se altos responsáveis norte-americanos estivessem envolvidos na fraude.

Um exemplo destas alegações é o facto de em 2004-2005 todo o orçamento para obtenção de material militar do Iraque foi usado para comprar helicópteros soviéticos que não conseguiam voar e carros cuja blindagem não conseguia parar uma bala de espingarda. Embora na altura o roubo tenha sido atribuído aos responsáveis iraquianos, o facto é que eram as altas patentes do Exército dos EUA que controlavam na altura o Ministério da Defesa do país.

Diário Económico
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Enviado por: André em Fevereiro 18, 2009, 12:55:28 am
General Motors vai despedir 47 mil mundialmente e pode precisar de mais 16,6 mil milhões de dólares

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fpitstopbrasil.files.wordpress.com%2F2008%2F11%2Fgm.jpg&hash=611f8421ee3235653ae1e7444d867639)

A General Motors, maior construtora automóvel dos EUA, anunciou terça-feira que irá despedir 47 mil pessoas em todo o mundo, encerrar cinco fábricas nos EUA e que deverá precisar de 30 mil milhões de dólares para superar crise.

A construtora apresentou terça-feira ao Governo dos EUA um plano de reestruturação profundo, ao abrigo do acordo com o Congresso do qual, em troca, a empresa recebeu 13,4 mil milhões de dólares de empréstimo do Estado.

O plano entregue ao Departamento do Tesouro afirma que empresa poderá necessitar de mais 16,6 mil milhões de dólares de financiamento público, caso as condições económicas se agravem, mas que poderá tornar-se rentável em dois anos e devolver o total dos fundos emprestados até 2017.

A administração norte-americana irá rever os planos de reestruturação da General Motors e da Chrysler até 31 de Março, podendo revogar os empréstimos concedidos às duas construtoras caso o Governo não aprove os planos.

A revisão dos planos poderá ser estendida até Abril mas se o Governo norte-americano revogar os empréstimos as empresas poderão ser forçadas a abrir falência.

A General Motors prevê ficar sem liquidez financeira antes do prazo de revisão dos planos terminar, pedindo mais apoio financeiro ao Governo, baseando-se na previsão mais pessimista do mercado automóvel.

Em Janeiro, a empresa pediu ao Governo norte-americano um empréstimo de 18 mil milhões de dólares, recebendo apenas um compromisso de empréstimo de 13,4 mil milhões, incluindo quatro mil milhões de dólares que recebeu esta semana.

Lusa
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 19, 2009, 01:42:48 pm
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Feb. 17 (Bloomberg) -- German Finance Minister Peer Steinbrueck said euro-region countries may be forced to bail out cash-strapped members of the 16-nation bloc, going further than his counterparts in saying euro states can’t be allowed to fail.

“Some countries are slowly getting into difficulties with their payments,” Steinbrueck said late yesterday in a speech in Dusseldorf. “The euro-region treaties don’t foresee any help for insolvent countries, but in reality the other states would have to rescue those running into difficulty.”

Steinbrueck’s comments underscore mounting investor concerns as European nations pile on debt to bail out banks and counter the deepest recession since World War II. The EU governing treaty says member states aren’t liable for other members’ obligations.

While declining to identify countries facing problems, the German finance chief said Ireland, which has a widening budget deficit, is in a “very difficult situation.” The comment came in response to a question from the audience. Ireland’s debt- rating outlook was cut by Moody’s Investors Service Jan. 30.

The European Commission predicts budget shortfalls this year of 11 percent of gross domestic product in Ireland, 3.7 percent in Greece, 6.2 percent in Spain and 3.8 percent in Italy, compared with 2.9 percent in Germany. The EU ceiling is 3 percent.

Euro Weakens

The euro fell below $1.26 for the first time since early December. The difference in yield, or spread, between 10-year Irish and German bonds widened nine basis points to 257 basis points today. It widened by almost six times since the middle of last year as investors demanded higher premiums to hold Irish debt.

The Irish government is committed to restoring sustainability to public finances by 2013, the Dublin-based finance ministry said today in an e-mailed statement. At 41 percent of gross domestic product, the country’s debt is below the EU average of 60 percent, it said.

EU rules don’t “really constrain the ability of euro area countries to support one another during a period of exceptional stress,” David Mackie, chief European economist at JPMorgan Chase & Co. in London, said in a research note. “It’s hard to imagine that the region as a whole wouldn’t come up with a package of measures to support the individual economy.”

Governments including Germany’s may call in help from international organizations first before committing funds and pushing their own budgets deeper into the red to help others.

‘Very Unlikely’

The German government, presiding over Europe’s biggest economy, is “very unlikely” to provide help to troubled euro- region members by selling bonds jointly, Juergen Michels, an economist at Citigroup Inc. in London, said in an interview, adding that it would be a “very expensive solution.”

“The most likely option is that the European Investment Bank or some other multinational organization will start supporting these countries by buying government bonds or by providing direct support,” Michels said. “That would help narrow spreads and reduce refinancing costs.”

Investors should keep buying bonds of European governments that have “more flexibility in funding requirements in the short term,” Barclays Plc analysts said today.

It’s better to be “adding positions here rather than in the periphery, where any renewed funding concerns may weigh more heavily,” Huw Worthington, a fixed-income strategist at Barclays Capital in London, wrote in a research note.

Default ‘Remote’

The chance of Ireland defaulting on its debts is “remote,” Moody’s Investors Service analyst Dietmar Hornung said today in a telephone interview. “Our rating and outlook on Ireland remain appropriate” and “Ireland remains a creditworthy issuer.”

Widening yield spreads are “worrying developments,” Luxembourg Finance Minister Jean-Claude Juncker, who represents the countries sharing the euro at international meetings, said at a Group of Seven gathering in Rome on Feb. 14, according to an unpublished prepared “speaking note.”

Michels said the EU can help governments that are finding it hard to sell their bonds without violating the bloc’s “no bail-out” clause. Any insolvency of a euro region country would be “fraught with significant costs” for the EU as a whole.


 :shock:
Título:
Enviado por: Hymy em Fevereiro 26, 2009, 07:55:55 pm
Lo del New World Order suena a conspiración judeomasónica  :lol:  O quizá una raza de reptilianos, a lo David Icke, inicie su dominio del mundo e imponga un gobierno global.
Título:
Enviado por: P44 em Março 05, 2009, 03:17:35 pm
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Pascal Deschamps/Reuters
05 Março 2009 - 13h50
BCE reduz
Taxa de juro desceu para 1,5%
O Banco Central Europeu (BCE) desceu esta quinta-feira a taxa de juro da Zona Euro em 0,5 pontos percentuais, para um novo mínimo de 1,5%, anunciou a instituição.

Esta é a quinta vez que o conselho de governadores do BCE diminui, desde Outubro, o preço do dinheiro, para o valor mais baixo de sempre desta taxa desde a criação da instituição monetária.

Esta decisão já era esperada pelos analistas e os valores estarão em vigor a partir de 11 de Março.


CM
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Março 07, 2009, 04:44:56 pm
http://news.yahoo.com/s/ap/20090307/ap_ ... to_execute (http://news.yahoo.com/s/ap/20090307/ap_on_re_us/expensive_to_execute)
In hard times, executions become question of cost

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After decades of moral arguments reaching biblical proportions, after long, twisted journeys to the nation's highest court and back, the death penalty may be abandoned by several states for a reason having nothing to do with right or wrong:

Money.

Turns out, it is cheaper to imprison killers for life than to execute them, according to a series of recent surveys. Tens of millions of dollars cheaper, politicians are learning, during a tumbling recession when nearly every state faces job cuts and massive deficits.

So an increasing number of them are considering abolishing capital punishment in favor of life imprisonment, not on principle but out of financial necessity.

"It's 10 times more expensive to kill them than to keep them alive," though most Americans believe the opposite, said Donald McCartin, a former California jurist known as "The Hanging Judge of Orange County" for sending nine men to death row.

Deep into retirement, he lost his faith in an eye for an eye and now speaks against it. What changed a mind so set on the ultimate punishment?

California's legendarily slow appeals system, which produces an average wait of nearly 20 years from conviction to fatal injection — the longest in the nation. Of the nine convicted killers McCartin sent to death row, only one has died. Not by execution, but from a heart attack in custody.

"Every one of my cases is bogged up in the appellate system," said McCartin, who retired in 1993 after 15 years on the bench.

"It's a waste of time and money," said the 82-year-old, self-described right-wing Republican whose sonorous voice still commands attention. "The only thing it does is prolong the agony of the victims' families."

In 2007, time and money were the reasons New Jersey became the first state to ban executions since the U.S. Supreme Court reinstated the death penalty in 1972.

Democratic Gov. Jon Corzine commuted the executions of 10 men to life imprisonment without parole. Legal costs were too great and produced no result, lawmakers said. After spending an estimated $4.2 million for each death sentence, the state had executed no one since 1963. Also, eliminating capital punishment eliminated the risk of executing an innocent person.

Out of 36 remaining states with the death penalty, at least eight have considered legislation this year to end it — Maryland, Nebraska, Colorado, New Mexico, Montana, New Hampshire, Washington and Kansas — an uncommon marriage between eastern liberals and western conservatives, built on economic hardship.

"This is the first time in which cost has been the prevalent issue in discussing the death penalty," said Richard Dieter, director of the Death Penalty Information Center, a data clearinghouse that favors abolition of capital punishment.

The most recent arguments against it centered on the ever-increasing number of convicts cleared by DNA evidence.

Some of the worst cases occurred in Illinois. In 2000, then-Gov. George H. Ryan placed a moratorium on executions after 13 people had been exonerated from death row for reasons including genetic testing and recanted testimony. Ryan declared the system "so fraught with error that it has come close to the ultimate nightmare, the state's taking of innocent life."

He commuted the sentences of all 167 death row convicts, most to life imprisonment without parole. His moratorium is still in effect.

Across the country, the number of prisoners exonerated and released from death row is more than 130, with thousands of appeals clogging the courts.

Death penalty trials are more expensive for several reasons: They often require extra lawyers; there are strict experience requirements for attorneys, leading to lengthy appellate waits while capable counsel is sought for the accused; security costs are higher, as well as costs for processing evidence — DNA testing, for example, is far more expensive than simple blood analyses.

After sentencing, prices continue to rise. It costs more to house death row inmates, who are held in segregated sections, in individual cells, with guards delivering everything from daily meals to toilet paper.

In California, home to the nation's biggest death row population at 667, it costs an extra $90,000 per inmate to imprison someone sentenced to death — an additional expense that totals more than $60 million annually, according to a 2008 study by the state's Commission on the Fair Administration of Justice.

The panel, which agreed with California Chief Justice Ronald M. George that the state's death penalty system was "dysfunctional," blamed exorbitant costs on delays in finding qualified public defenders, a severe backlog in appellate reviews, and a high rate of cases being overturned on constitutional grounds.

"Failures in the administration of California's death penalty law create cynicism and disrespect for the rule of law," concluded the 117-page report.

Some prominent Californians have asked Gov. Arnold Schwarzenegger to get rid of executions. Especially now, as service cuts and tax increases are pegged to fill a $42 billion budget hole. But it appears that the Republican governor will not abandon capital punishment anytime soon.

Meanwhile, the nationwide number of death sentences handed down has declined over the past decade, from 284 in 1999 to 111 in 2008. Reasons differ significantly, depending on who's providing them: Pro-death penalty activists say it's because crime rates have declined and execution is a strong deterrent; abolitionists say it's because jurors and judges are reluctant to risk taking a life when future scientific tests could prove the accused not guilty.

Executions, too, are dropping. There were 98 in 1999; 37 in 2008.

Still, the costs of capital punishment weigh heavily on legislators facing Solomon-like choices in these dismal economic times.

In Kansas, Republican state Sen. Caroline McGinn is pushing a bill that would repeal the death penalty effective July 1. Kansas, which voted to suspend tax refunds, faces a budget deficit of nearly $200 million. McGinn urged fellow legislators "to think outside the box" for ways to save money. According to a state survey, capital cases were 70 percent more expensive than comparable non-death penalty cases.

In New Mexico, Gov. Bill Richardson recently said his longtime support of capital punishment was wavering — and belt-tightening was one the reasons. As the state tries to plug a $450 million budget shortfall with cuts to schools and environmental agencies, a bill to end executions has already passed the House as a cost-saving measure. The state supreme court has ruled that more money must be given for public defenders in death penalty cases, but legislators have yet to act.

In Maryland, a 2008 Urban Institute study said taxpayers forked out at least $37.2 million for each of five executions since the death penalty was re-enacted in 1978. The survey, which examined 162 capital cases, found that simply seeking the death penalty added $186 million to prosecution costs. Gov. Martin O'Malley, who disdains the death penalty on moral and financial grounds, is pushing a bill to repeal it.

There are many, of course, who refuse to change their minds, believing execution is the ultimate wage of the ultimate sin. They also say that death penalty cases don't have to be so expensive.

Kent Scheidegger, legal director of the Criminal Justice Legal Foundation, a pro-capital-punishment group, said, "Having an effective appeals process might very well cost less."

States "calculate the cost as if these people are going to spend their whole lives on death row. We should be revamping the appeals process so that these cases move more quickly," Scheidegger said.

But court systems and their costs vary greatly among states, as does the time it takes to exhaust appeals. It's doubtful that change could come quickly enough to generate savings during this roiling recession.

"It's all about money," said McCartin, the former California judge. "The reasons I changed my mind were between that and how the victims' families just get raped during appeals."

But if convicted killers get life imprisonment instead of death, is that letting them off easy?

Not a chance, says 52-year-old Gordon "Randy" Steidl. He lived on death row and then in the general prison population, after his sentence was commuted to life. He preferred his former accommodations.

Steidl was released in 2004 after being exonerated of the 1986 stabbing deaths of a newlywed couple in Paris, Ill. He had an alibi for the night of the murders, corroborated by others. But he was convicted on eyewitness testimony provided by the town drunk and the town drug addict. Both later recanted.

The state of Illinois spent $3.5 million trying to execute him, "only to end up giving me a life sentence," Steidl said. "And then 5 1/2 years after that, I was exonerated."

He spent 12 years in a tiny cell on death row. Then he was thrown into "gen pop," with its snarling mass of an open cellblock, where the prospect of being stabbed, raped or worse loomed constantly, alongside deafening noise and psychotic cell mates.

"If you really want to kill someone, give them life without parole," Steidl said in an even voice. He speaks of his troubled past as if it was trapped under glass or locked behind bars — visible but no longer able to torture him.

"It's worse than dying."
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Enviado por: André em Março 09, 2009, 07:48:17 am
Economia global deverá contrair-se pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial

A economia mundial deverá contrair-se, em 2009, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial e o comércio global vai sofrer a maior quebra em 80 anos, previu esta segunda-feira o Banco Mundial.

As previsões do Banco Mundial são mais pessimistas do que as do Fundo Monetário Internacional (FMI) que, em Janeiro, previa que a economia mundial crescesse 0,5 por cento em 2009.

O relatório do Banco Mundial não faz qualquer previsão específica, afirmando apenas que o crescimento mundial vai ficar cinco por cento abaixo do seu potencial.

O Banco de Mundial adianta ainda que os países em vias de desenvolvimento são os que vão suportar o maior embate da contracção da economia global, devendo enfrentar uma falta de liquidez entre 270 a 700 mil milhões de dólares para pagarem as suas importações e o serviço de divida.

Washington já reagiu a este cenário. Lawrence Summers, conselheiro económico da Casa Branca, sublinhou numa entrevista publicada este domingo que a economia mundial «tem necessidade de mais procura», e o G20 deve esforçar-se para responder a esta necessidade nestes tempos que exigem «uma acção extraordinária dos poderes públicos».

Para além desta medida orçamental, o banco central norte americano efectua há vários meses uma política monetária de apoio à actividade em virtude da qual injecta centenas milhões de dólares no circuito económico.

A menos de um mês da cimeira dos chefes de Estado e de governo do G20, que deve começar a 2 de Abril em Londres, o apelo de Summers junta-se de certa maneira ao do Fundo Monetário Internacional (FMI), que exortou sexta-feira os Estados a estudar novas medidas de relançamento para 2010.

TSF
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Enviado por: André em Março 16, 2009, 05:58:48 pm
Recuperação económica mundial pode começar dentro de cinco a seis meses


Ram Charan, considerado um dos consultores mais influentes do mundo, afirmou hoje, em Lisboa, que a recuperação económica mundial poderá começar dentro de cinco a seis meses, assim que as medidas tomadas pelos Estados Unidos começarem a produzir efeitos.

"Estou muito optimista em relação às medidas que estão a ser tomadas pelas autoridades norte-americanas no sentido de recuperar o sistema financeiro. Penso que levará 5 a 6 meses para começarmos a ver os resultados", afirmou durante uma conferência de imprensa após a sua participação na "CEO Conference", organizada pelo Barclays e pela Jason Associates.

Ram Charan mostrou-se ainda optimista em relação às previsões feitas hoje pelo presidente da Reserva Federal norte-americada, Ben Bernanke, que apontam para o final da recessão em 2009 e o início da recuperação económica em 2010.

"As suas previsões baseiam-se num grande conhecimento. As acções estão no terreno e se os bancos começaram a emprestar dinheiro entre si, veremos o fim da crise", defendeu.

Ram Charan, considerado um dos maiores especialistas mundiais na implementação de novas estratégias de negócios, afirma que três das principais medidas a tomar pelos responsáveis das empresas são: assegurar a liquidez, competir pela diferenciação dos produtos e reunir todo o talento que for necessário.

O consultor considera ainda que a inovação deve estar no centro das preocupações das empresas e que não deve ser sacrificada em tempos de crise.

"Inovação é a chave. Inovação é o que diferencia em tempos de crise. Pode ajudar-nos a ganhar", defendeu.

Quanto aos conselhos deixados aos cerca de 80 presidentes-executivos (CEO) portugueses, Ram Charan afirmou que os líderes têm de manter a "credibilidade e a integridade".

"Têm de manter a integridade, credibilidade e nunca podem defender aquilo em que não acreditam. Depois é comunicar, comunicar e comunicar", disse.

O consultor defendeu ainda que teria sido útil para os governantes portugueses terem estado presentes na conferência de hoje.

"O governo não pode agir isolado, tem de trabalhar em conjunto com as empresas e este era um óptimo sítio para trocar ideias e criar uma rede de relações. Isso tem acontecido em muitos países", concluiu.

Lusa
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Enviado por: P44 em Março 18, 2009, 02:01:18 pm
Geithner anuncia liquidação da AIG

há 45 minutos

WASHINGTON, EUA (AFP) — O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, anunciou nesta terça-feira que a seguradora AIG, centro de uma vasta polêmica sobre o pagamento de bônus milionários a seus executivos, será liquidada de "maneira ordenada".

A AIG também devolverá ao governo o valor gasto com os bônus e terá uma redução progressiva dos fundos disponibilizados pelo Estado para socorrer a seguradora, revelou Geithner.

Ao lado do diretor executivo, Edward Liddy, "trabalharemos sobre as medidas para liquidar a AIG de maneira ordenada e para proteger o contribuinte americano", disse Geithner.

Liddy foi designado pelo governo federal para administrar a AIG, em setembro passado, após o socorro federal à seguradora.

Em carta enviada à presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, Geithner destaca que buscará "todos os meios responsáveis para acelerar esta liquidação ordenada" da AIG.

O American International Group (AIG), que registrou em 2008 o maior prejuízo da história americana - 99,3 bilhões de dólares -, já foi beneficiado por quatro créditos de socorro do Estado, totalizando 180 bilhões de dólares.

Segundo Geithner, a AIG terá que devolver o valor total dos bônus já pagos, que somam 165 milhões de dólares.

O secretário do Tesouro destaca ainda na carta enviada à Pelosi que pediu a Liddy que suspenda "centenas de milhões de dólares" de pagamentos de bônus previstos para este ano.

Liddy, que dirige um grupo com 79,9% do capital controlado pelo Estado, está engajado na aplicação das diretrizes do governo para as empresas socorridas com verbas públicas, garante Geithner.

Os dirigentes da AIG colocaram a seguradora no olho do furacão ao decidir pelo pagamento de 450 milhões de dólares em bônus, apesar da situação crítica do grupo e do socorro financeiro concedido pelo Estado.

O anúncio da liquidação ocorre após uma enxurrada de protestos contra a AIG e depois do presidente americano, Barack Obama, afirmar sua "total confiança" em Geithner, rejeitando qualquer insinuação de que este tenha cometido um erro no caso dos bônus.

A ira contra a AIG foi multiplicada nesta terça-feira com o anúncio do secretário de Justiça e Procurador-Geral do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, de que onze executivos da seguradora que deixaram o grupo receberam prêmios que somaram 42 milhões de dólares.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, deu um ultimato à AIG, exigindo que a seguradora revise os bônus concedidos a seus executivos.

"Enviamos uma carta à AIG pedindo a renegociação dos contratos que incluem estes bônus escandalosos (...) Se o grupo não obedecer, o presidente (da comissão de Finanças do Senado) Max Baucus vai emitir, nas próximas 24 horas, um projeto de lei destinado a devolver o dinheiro aos contribuintes mediante a imposição de altas penalidades", avisou Reid durante entrevista coletiva.

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Enviado por: P44 em Março 19, 2009, 05:03:48 pm
Crise: FMI volta a baixar previsões e espera primeira contracção da economia mundial desde 2/a Guerra Mundial
19 de Março de 2009, 15:07

Washington, 19 Mar (Lusa) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou hoje a baixar as suas previsões para a economia mundial e prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do planeta registe este ano a sua primeira contracção desde a Segunda Guerra Mundial.

Menos de dois meses após a publicação das anteriores previsões, o FMI aponta agora para uma contracção do PIB mundial entre 0,5 e 1 por cento, uma descida que a instituição considera justificar novas medidas contra a crise.

As economias avançadas deverão conhecer "uma recessão profunda", com um recuo de 3 a 3,5 por cento do PIB, afirma o FMI.

Nos Estados Unidos, esta contracção será de 2,6 por cento e no Japão de 5,8 por cento. Estes dois países correm "um risco elevado" de deflação, segundo o FMI. Na zona Euro, o risco é "moderado" mas o PIB deverá perder 3,2 por cento.

Nos países emergentes e em desenvolvimento, a previsão de crescimento foi igualmente revista em baixa e o crescimento deverá ser apenas entre 1,5 e 2,5 por cento.

"A actividade económica mundial cai, com as economias mundiais a registar a maior quebra do pós-guerra, apesar de esforços públicos enérgicos", constata o Fundo.

Segundo a instituição, o prolongamento da crise financeira "minou a actividade económica mundial mais do que fora antecipado".

Em 2010, a actividade deverá voltar a arrancar lentamente, com um crescimento mundial positivo de 1,5 a 2,5 por cento.

Estas previsões constam de uma nota, agora divulgada, que o FMI redigiu para preparar a reunião dos ministros das Finanças do G20, no fim-de-semana passado em Londres.

O Fundo considera que os Estados ainda não fizeram o suficiente para enfrentar esta recessão e concluiu que, no seio do G20, o objectivo de consagrar o equivalente de dois por cento do PIB a planos de relançamento ainda não foi atingido.

"As respostas nacionais à crise mundial encontram-se ainda numa fase inicial" pelo que continuam a ser "necessárias medidas para restabelecer a estabilidade financeira", afirmou a instituição multilateral.

"Atrasos na implementação de políticas globais para estabilizar as condições financeiras levariam a uma agravação da espiral negativa entre a economia real e o sistema financeira, levando a uma recessão ainda mais profunda e longa", refere o FMI.

Com efeito, "com progressos limitados até agora para resolver o problema dos activos invendáveis, a incerteza quanto à solvabilidade dos bancos continua elevada, impedindo um regresso da confiança dos mercados", salienta a instituição, considerando que "as condições de crédito permanecem gravemente deterioradas".

O FMI deve publicar em Abril previsões mais pormenorizadas, antes da sua tradicional reunião de Primavera.

MRO.

Lusa/Fim
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Enviado por: 123go em Março 20, 2009, 09:50:49 pm
Entrevista a Joe Berardo.

http://radioclube.clix.pt/player/frame_ ... be&linha4= (http://radioclube.clix.pt/player/frame_player_6_4.asp?speed=3&wma=/rcponline/rubricas/grande/grande_2009-03-15.wma&album_cover=/upload/j/joe%20berardo%20150%202.jpg&linha1=Arquivo%20de%20Programas&linha2=Joe%20Berardo&linha3=R%C3%A1dio%20Clube&linha4=)

http://radioclube.clix.pt/player/frame_ ... -03-15.wma (http://radioclube.clix.pt/player/frame_player_7.asp?speed=3&wma=/rcponline/rubricas/grande/grande_2009-03-15.wma)
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Enviado por: 123go em Março 22, 2009, 01:53:00 pm
Obama Received a $101,332 Bonus from AIG

http://www.examiner.com/x-268-Right-Sid ... s-from-AIG (http://www.examiner.com/x-268-Right-Side-Politics-Examiner~y2009m3d17-Obama-Received-a-101332-Bonus-from-AIG)
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Enviado por: 123go em Março 22, 2009, 03:17:39 pm
China Slowdown and Gold For Bread - Zimbabwe

http://www.youtube.com/watch?v=LKGG490Z ... re=channel (http://www.youtube.com/watch?v=LKGG490ZSlw&feature=channel)

http://www.youtube.com/watch?v=7ubJp6rmUYM&feature (http://www.youtube.com/watch?v=7ubJp6rmUYM&feature)
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Enviado por: 123go em Março 22, 2009, 03:27:32 pm
Forbes newsletter

http://www.newsletters.forbes.com/servl ... m=21334300 (http://www.newsletters.forbes.com/servlet/ControllerServlet?Action=DisplayPage&Locale=en_US&id=ProductDetailsPage&SiteID=es_764&productID=10292900&pgm=21334300)

Marc Faber

http://www.youtube.com/watch?v=zu32YriY ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=zu32YriYOzU&feature=channel_page)

http://www.youtube.com/watch?v=tKgynzmy ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=tKgynzmyFYs&feature=channel_page)

http://www.youtube.com/watch?v=NuwgoUlq ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=NuwgoUlq1Xc&feature=channel_page)

http://www.youtube.com/watch?v=-l_QLmbX ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=-l_QLmbXCvs&feature=channel_page)

http://www.youtube.com/watch?v=SjF4V238Muo&eur (http://www.youtube.com/watch?v=SjF4V238Muo&eur)

http://www.youtube.com/watch?v=KP_fkmNg ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=KP_fkmNgzdM&feature=channel_page)

http://www.youtube.com/watch?v=q4Dl7JTLEQs&eurl (http://www.youtube.com/watch?v=q4Dl7JTLEQs&eurl)

http://www.youtube.com/watch?v=CeMKVOmp ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=CeMKVOmp5yo&feature=channel_page)
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Enviado por: 123go em Março 22, 2009, 08:28:52 pm
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Enviado por: André em Março 24, 2009, 12:24:16 am
Comércio mundial deverá registar em 2009 pior contracção desde 1945 - OMC


O comércio mundial deverá registar em 2009 a pior contracção desde 1945 e recuar nove por cento em volume devido aos efeitos da recessão mundial, segundo as ultimas previsões da Organização Mundial do Comércio publicadas hoje.

"A queda da procura mundial provocou a mais grave recessão económica registada em décadas levará a uma redução das exportações de nove por cento em volume em 2009", sublinharam os economistas da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Esta contracção "não tem precedentes depois da II Guerra Mundial", acrescenta o relatório da OMC.

A contracção "será particularmente vincada nos países desenvolvidos que registarão este ano um recuo de 10 por cento nas suas exportações", prevêem os economistas da organização, sublinhando que nos países em desenvolvimento, cujo crescimento depende mais do comércio, as exportações não subirão mais de dois a três por cento em 2009.

Para 2008, segundo estimativas preliminares, os economistas da OMC apontam para uma taxa de crescimento do comércio mundial a rondar os dois por cento, contra um aumento de 5,5 por cento em 2007.

Em Março de 2008, a taxa de crescimento do comércio mundial cifrava-se nos 4,5 por cento, tendo então sido reduzida para menos de metade.

A queda acentuada no crescimento do comércio mundial a partir de Março de 2008 explica-se, segundo os economistas da Organização Mundial do Comércio, pela queda inesperada e muito acentuada da produção mundial durante o quarto trimestre de 2008.

Lusa
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Enviado por: nelson38899 em Março 27, 2009, 10:04:59 am
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Obama pode travar acordo sobre clima


Refém da oposição do Congresso, o Presidente arrisca-se a comprometer ou adiar o consenso global para a redução das emissões de carbono na conferência de Copenhaga, em Dezembro.

A história repete-se. Depois de não ratificar o Tratado de Quioto, na década de 1990, os EUA ameaçam voltar a comprometer a luta global contra as alterações climáticas.

Refém da oposição do Congresso federal, Barack Obama arrisca-se a ser o mau da fita da conferência da ONU, no final do ano, em que o mundo deverá selar um novo acordo para limitar a poluição e substituir o actual tratado de Quioto, que cessa em 2012.

De acordo com o jornal The Guardian, responsáveis da Casa Branca avisaram que o Presidente dificilmente terá o apoio interno a tempo da conferência que se realizará na capital da Dinamarca. Sem a assinatura de Obama, outros países deverão querer ficar à margem do compromisso.

Segundo fontes citadas pelo diário britânico, Obama precisará de, pelo menos, mais seis meses e de resultados positivos na sua política económica para conseguir convencer os opositores a ratificar a proposta de tratado.

"As negociações de Copenhaga sobre as alterações climáticas em Dezembro virão numa momento difícil", disse Stephen Byers, presidente da Taskforce Internacional para as Alterações Climáticas.

"Não podia ser pior altura para a Administração Obama. A comunidade internacional tem de reconhecer isto. Se for preciso, devemos estar preparados para dar-lhes mais tempo. Não para que fujam ao compromisso e se escapem às suas responsabilidades, mas para garantir que eles têm condições políticas para assinar um acordo à altura do desafio".

Obama podia dar a sua assinatura no futuro tratado de Copenhaga sem o apoio declarado do Congresso e esperar que depois pela ratificação do Senado. O Departamento de Estado considerou até a hipótese de o texto não ser considerado um tratado e ganhar força de lei por decreto presidencial.

Porém, a Casa Branca não deverá adoptar qualquer desses planos de contingência com receio de hostilizar os senadores para futuras batalhas ao apresentar-lhes uma solução imposta.

Para além da maioria dos republicanos, há 15 democratas eleitos por estados da cintura industrial - dependentes da indústria pesada e grandes emissores de carbono - que se opõem à penalização dos poluidores.

O Presidente americano propôs-se reduzir as emissões para níveis em 2020 para níveis de 1990. A meta foi considerada insuficiente pelos Governos europeus e Washington está a tentar convencer os seus aliados que compensará por isso daí para a frente. A meta traçada é reduzir as emissões em 80% até 2050.

Para o conseguir, Obama tenta levar por diante a promessa de criar um mercado de carbono. Mas, face à oposição, terça-feira, o Presidente assumiu que vai tomar atenção a dificuldades específicas dos estados.

Para além do ambiente, a economia é outro tema que está a deixar Congresso e Presidente de costas voltadas. Ontem o secretário do Tesouro defendeu no Capitólio o aumento do poder da Administração sobre as instituições financeiras que provocaram a crise.

Timothy Geithner propôs a criação de uma instituição que regule os fundos de risco e os instrumentos financeiros exóticos que até agora fugiam ao controlo público impostos aos bancos.

Geithner disse aos congressistas que há uma grande desconfiança no sistema financeiro. "Para resolvermos isto, precisamos de uma reforma. Não são pequenas correcções à margem, mas novas regras para o jogo", explicou.

O secretário do Tesouro pediu aos Congresso que aprove as suas propostas. Mas a oposição republicana, desconfiada do papel do Estado na economia, deverá vender caro o seu voto.

John Campbell, congressista republicano pela Califórnia, disse ao Guardian: "Há consenso de que queremos uma mudança, mas não há acordo sobre como essa mudança deve ser."
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior ... Am%E9ricas (http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1182966&seccao=EUA%20e%20Am%E9ricas)


afinal o yes we can, não pode nada!
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Enviado por: André em Março 27, 2009, 12:06:13 pm
Não se esqueçam que ele não é Deus ...  :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: teXou em Março 27, 2009, 01:15:05 pm
... e que tem que contar com os lobbys, a oposição e as realidades económicas.

Uma democracia vá !  :wink:
Título:
Enviado por: André em Março 27, 2009, 11:42:27 pm
Lula culpa «gente branca e de olhos azuis» pela crise financeira


O presidente brasileiro afirma que «esta crise foi causada pelo comportamento irracional de gente branca e de olhos azuis», e disse que, até agora, não conhece «nenhum banqueiro negro ou índio». Lula e Gordon Brown, reuniram-se em Brasília para falar da crise económica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, de visita a Brasília, afirmaram, esta quinta-feira, que impulsionar o comércio é tão importante como ajudar os bancos a superar problemas financeiros, e uma forma de minimizar o impacto da crise na economia global

Brown foi mais específico e antecipou que, na cimeira do G20, que reúne os países mais ricos e principais emergentes, que será realizada em Londres a 2 de abril, proporá a criação de um fundo de 100 mil milhões de dólares «para assegurar que as empresas possam exportar».

As contribuições de cada país para o fundo global deverão ser discutidas, mas o primeiro-ministro britânico disse confiar que o valor proposto será aceite pelos países do grupo, pois é o «mínimo necessário» para impedir maiores efeitos sobre o comércio mundial.

Lula criticou o programa anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para a compra de activos sem liquidez dos bancos.

«Se o dinheiro que será usado para comprar activos podres fosse para o comércio, seria muito melhor» , afirmou Lula, acrescentando que «o importante agora é recuperar o crédito».

Brown reconhece que a queda do comércio é o «mais recente» efeito da crise global, e citou relatórios que advertem de que as exportações mundiais vão cair pela primeira vez em 30 anos, e destacou que, por isso, o assunto não poderá ser ignorado na cimeira do G20.

«É preciso dar um passo à frente e adoptar medidas que revertam a falta de crédito que secou o comércio mundial» , afirmou o primeiro-ministro britânico.

Lula e Brown concordam que é urgente reparar o sistema financeiro, estabelecer controlos rígidos aos bancos internacionais, acabar com os paraísos fiscais, criar uma nova ordem econômica e reformar os organismos multinacionais.

Para o presidente brasileiro, o mundo está diante um momento «de incerteza», que exige «mais decisões políticas» do que económicas, «há a necessidade de recuperar a confiança e credibilidade dos governantes».

Brown evitou identificar os responsáveis pela crise, mas Lula reiterou que a situação atual não foi criada pelos países pobres, que «não podem nem devem» ser os mais prejudicados por suas consequências outra vez», afirmou.

Após a reunião com Lula, Brown viajou para São Paulo de onde parte para Viña del Mar, no Chile, para assistir à reunião de Líderes Progressistas, na qual encontrará novamente o presidente brasileiro.

SOL
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Março 28, 2009, 12:11:59 am
UI CALOR!  :shock:  :?
Título:
Enviado por: 123go em Março 31, 2009, 10:07:31 am
Os banqueiros de Wall Street têm todos algo em comum, mas não é a pele branca com olhos azuis.
Título:
Enviado por: legionario em Março 31, 2009, 06:59:15 pm
Chamam-se Madoff, Rockfeller, Rotchilds ...
Wall Street fechou as portas durante o ano novo judeu  :roll:  da para ver quem é que manda ali .
Título:
Enviado por: André em Março 31, 2009, 08:46:03 pm
Pois é, e não se esqueça que quem governa a França é um judeu ... cuidado ...  :mrgreen:  :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Março 31, 2009, 11:12:42 pm
Bolsas/EUA: Mercados encerram em alta o melhor mês em mais de seis anos

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Nova Iorque, 31 Mar (Lusa) - A Bolsa de Nova Iorque encerrou hoje em alta, no seu melhor mês em mais de seis anos, impulsionada pelos bons resultados da banca e pela aposta dos investidores nos títulos das empresas com melhores resultados no primeiro semestre.

O índice industrial Dow Jones progrediu 86,90 pontos, ou 1,16 por cento, para os 7.608,92 pontos, enquanto o Nasdaq, índice tecnológico, valorizou 26,79 pontos, ou 1,178 por cento, terminando nos 1.528,59 pontos.

O alargado Standard & Poor's 500 encerrou a valorizar 10,34 pontos, ou 1,31 por cento, terminando o mês nos 797,87 pontos.

Wall Street terminou o semestre com nota positiva, registando o melhor resultado mensal desde Outubro de 2002, com o principal índice da praça nova-iorquina, o Dow Jones, a valorizar 7,7 por cento durante o mês de Março.

A sessão de hoje fica marcada pelos bons resultados dos títulos dos bancos, motivados pelo rumor de que estariam a realizar mais empréstimos: o Bank of America valorizou 13,10 por cento, o Citigroup 9,52 por cento e o JPMorgan Chase 6,96 por cento.

A impedir maiores ganhos esteve novo mau resultado da General Motors, que sofreu uma desvalorização de 28 por cento nos seus títulos durante a sessão de hoje, quando na segunda-feira já havia desvalorizado 25,41 por cento.

A motivar ganhos pela generalidade dos índices estiveram as contas de final de semestre dos investidores, que decidiram premiar as empresas que melhores resultados tiveram nos últimos três meses comprando os seus títulos.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interio ... id=1187144 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1187144)
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Enviado por: legionario em Abril 01, 2009, 07:45:37 pm
A reuniao do G20 amanha em Londres nao começa muito bem : EUA e GBR nao concordam com as posiçoes francesa, alema...e brazileira . Estes pretendem medidas de controlo sobre os mercados e uma regulamentaçao mais apertada do sector financeiro.
A China tambem alinha com Sarkozy mas este teve que pagar o preço de tal aliança e declarou hoje que a França reconhece a soberania da China sobre o Tibete e que nao aceitaria a independencia deste territorio.

As principais razoes desta crise ja começam a ser evocadas à boca cheia pelos lideres europeus e pelo Lula : os americanos consumiram demasiado estes ultimos anos e os EUA para pagar ...fabricou bilioes de dolares. O mercado ficou saturado da nota verde , favorecendo as operaçoes especulativas ...

Os russos nao querem mais o dolar como moeda de referencia e propoêm a adopçao duma moeda mundial.  Esta bem visto, essa dos americanos pagarem as compras com dinheiro (falso) que eles mesmo fabricavam ! nao esta ma, nao senhor ; mas a confiança agora acabou-se.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Abril 01, 2009, 08:51:59 pm
Caro legionario, isso está correcto e tudo muito bem mas o grande problema é a que cabaz de divisas é que essa moeda mundial vai ficar indexada? Quem é que a vai imprimir? Será fiduitária ou terá uma base (Ouro ou outra commodity)?

Não é viavel neste momento nada disso. A pouca capacidade para um projecto desses será uma moeda padrão ouro. Mas neste momento não existe ouro no mundo que possa tomar o valor de tal moeda perante as outras.
Título:
Enviado por: legionario em Abril 02, 2009, 06:56:53 pm
O G20, entre muitas coisas,deixa a semente duma autoridade economica mundial (supra-nacional).
Exit os paraisos fiscais , os salarios dos traders passam a estar regulamentados e as impressoras vao fazer horas extra para fabricar os milhoes necessarios ao relance da economia :(
Nao sei se chega para debelar a economia mundial...

Ninguem falou em voltar ao padrao ouro que eu saiba, ... mas russos e chineses pretendiam a criaçao duma moeda mundial, pelos vistos nao conseguiram.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Abril 02, 2009, 08:15:29 pm
Os russos e os chineses têm as maiores reservas de titulos do tesouro americano no mundo. Se os USA continuarem a imprimir mais e mais dolares para pagar o defice exterior, neste estado actual de coisa o dolar colapsa.

Nessas condições os paises que têm titulos americanos vão tentar desfazer-se deles e a espiral para a destruição do dolar e para uma inflação brutal nos USA será imparavel.

Para mais com a entrada da nova moeda arabe que reune os paises exportadores de petroleo na zona e que vai passar a tabelar o preço dessa materia, o refluxo de dolares para dentro dos USA vai fazer com que o dolar passe a valer menos que o papel onde está impresso. Criar mais dolares só vai tornar a coisa muito pior para os USA.

Penso que a Europa é quem tem mais condições de escapar sem grandes danos a isto tudo.
Título:
Enviado por: 123go em Abril 05, 2009, 09:52:49 pm
Salbuchi analista internacional

http://www.youtube.com/watch?v=UlDNMB6w ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=UlDNMB6wYmI&feature=channel_page)

http://www.youtube.com/watch?v=78ddURof ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=78ddURofMWs&feature=channel_page)
Título:
Enviado por: 123go em Abril 07, 2009, 06:32:15 pm
A história repete-se:


http://www.youtube.com/watch?v=3sGs8eFl ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=3sGs8eFld1U&feature=related)

http://www.youtube.com/watch?v=xgF9E0Ex ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=xgF9E0ExlbE&feature=channel_page)



http://www.youtube.com/watch?v=dEp1D5hA ... annel_page (http://www.youtube.com/watch?v=dEp1D5hAGO8&feature=channel_page)

http://www.youtube.com/watch?v=X4pDIwMukA8 (http://www.youtube.com/watch?v=X4pDIwMukA8)
Título:
Enviado por: André em Abril 27, 2009, 08:19:22 pm
Gripe pode custar 3 biliões à economia mundial


O Banco Mundial estimou no ano passado que uma pandemia de gripe pode custar três biliões de dólares (2,28 biliões de euros). Aviação e turismo podem ser fortemente afectados.

O surto de gripe suína, que já matou uma centena de pessoas no México, pode complicar ainda mais as contas da economia mundial, que sofre já com a maior crise desde a Grande Depressão.

Em 2008, o Banco Mundial calculou que uma pandemia de gripe poderá custar 3 biliões de dólares (2,28 biliões de euros) e resultar numa quebra de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Há seis anos, a China contagiou o mundo com o perigoso vírus da pneumonia atípica - um surto que custou ao Extremo Oriente e às ilhas do Pacífico cerca de 40 mil milhões de dólares (30,5 mil milhões de euros). O vírus durou seis meses e matou 775 pessoas entre os oito mil infectados em 25 países.
Sempre que existem pandemias de gripe, as pessoas deixam de viajar e evitam locais públicos, o que tem reflexos na economia mundial, nomeadamente nos sectores da aviação e do turismo.

As companhias aéreas disseram que, até momento, não houve ainda uma decisão de restringir as viagens entre os EUA e o México. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a eventual restrição de voos por parte dos países seria uma medida fútil, uma vez que a doença já se espalhou.

Certo é que, mesmo sem restrições, as pessoas já estão a evitar viajar para estes destinos, decisões que têm reflexo nos mercados de capitais. As acções da British Airways, por exemplo, estão a viver o pior dia em oito anos na bolsa de Londres.

Também há sectores que podem colher dividendos da pandemia. A indústria farmacêtica é o exemplo mais claro. O "Tamiflu" da Roche e o "Relenza" da GloxoSmithkline são os medicamentos recomendados para o tratamento da gripe sazonal e já se mostraram eficazes no combate ao novo vírus suíno. Não é por isso de estranhar que as acções destas empresas ensaiem ganhos de 3% na sessão de hoje.

Os efeitos da gripe também se fazem sentir nos pequenos negócios do dia-a-dia. O preço dos 'hot dogs' nos Estados Unidos, por exemplo, caíram para o valor mais baixo em dois meses este fim-de-semana.

Diário Económico
Título:
Enviado por: André em Abril 28, 2009, 12:48:54 am
África pode ser o continente mais atingido pela crise global


África poderá tornar-se o continente mais atingido pela crise económica global, com consequências humanas «devastadoras», alerta o Banco Mundial, que defende a concessão de 20 mil milhões de dólares aos países africanos mais atingidos.

«A crise económica global pode conduzir a uma crise humana em África. Se se verificar uma desaceleração do crescimento que tem sido típica no passado, calculamos que mais 700.000 crianças morrerão antes de atingirem um ano de idade», salienta o Banco Mundial, em nota hoje divulgada a propósito da Reunião de Primavera da instituição, no passado fim-de-semana.

«A pobreza estava a decrescer e muitos indicadores de desenvolvimento humano - em particular a prevalência do VIH/SIDA - estavam a melhorar. Agora, as esperanças suscitadas por uma década de crescimento estão a ser goradas. O que se segue, poderá ser agitação política e social», adianta.

O impacto nos países africanos é verificável na redução dos fluxos de capital privado, que estão em declínio, depois de em 2007 terem pela primeira vez excedido o montante de ajuda externa ao continente.

No passado recente, afirma, «o aumento das entradas de capital tinha criado expectativas de que as economias africanas tinham dado a volta - para ver agora essas expectativas goradas por razões de que os africanos não têm a mínima culpa».

Também as remessas de emigrantes africanos, que normalmente são contra-cíclicas, aumentando quando as famílias estão em dificuldades, deverão diminuir 4,4 por cento em 2009.

«Desta vez, a crise está nos países que enviam as remessas», afirma o Banco Mundial.

Também são esperados cortes ao nível da ajuda externa dos países ocidentais a África, a par de quebras nos orçamentos públicos de nações como Angola, fortemente dependentes das receitas de matérias primas como o petróleo.

«Até mesmo aqueles exportadores de petróleo que pouparam cuidadosamente as suas inesperadas receitas petrolíferas em 2008 (Angola, Gabão e Nigéria) estão a ressentir-se, porque o seu sector não-petrolífero é muito reduzido e muito dependente de despesas governamentais. Prevê-se que o PIB de Angola caia 23 por cento em termos nominais», salienta o Banco Mundial.

«Embora seja a região menos integrada na economia global», adianta, «África poderá ser a mais atingida pela crise económica mundial».

O impacto acaba por ser agravado em muitos países que já registavam desequilíbrios macroeconómicos, como a Etiópia que tem uma taxa de inflação de 60 por cento ou o Gana que tem um défice fiscal de 14 por cento do PIB.

O crescimento médio das economias africanas, que no ano passado ascendeu a 6,4 por cento à boleia dos preços recorde das matérias-primas, irá abrandar, na melhor das hipóteses, segundo as últimas previsões.

Mas, salienta, «uma quebra de dois a três pontos percentuais pode ter consequências devastadoras para uma região de baixos rendimentos».

«A maioria dos governos tem escassa ou nenhuma margem fiscal para estimular a procura. Muitos estão preocupados que os compromissos da ajuda não sejam cumpridos e hesitam por isso em antecipar desembolsos», adianta.

Até agora, a reacção tem passado por reescalonar as prioridades de despesa, aprofundar as reformas, reversão de políticas ou explorando novas fontes de financiamento.

Para fazer face à difícil conjuntura dos países africanos, o Banco Mundial propõe um pacote de ajudas avaliado em pelo menos 20 mil milhões de dólares, nomeadamente para apoiar a balança de pagamentos e as necessidades infraestruturais de África.

«Esta não é uma carência nova: é o que os líderes mundiais pensavam em 2005 que seria necessário para que África tivesse uma razoável possibilidade de alcançar os objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). Se alguma vez houve necessidade imperiosa desses recursos adicionais, essa vez é agora», conclui a instituição.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Abril 28, 2009, 09:55:01 pm
«Ainda não chegámos ao fundo da crise» diz Embaixador dos EUA


Thomas Stephenson, embaixador norte-americano em Portugal, declarou nas Conferências do Palácio 2009 que «ainda não batemos no fundo da crise e que há ainda algumas preocupações para solucionar antes de entrarmos na retoma».

Thomas Stephenson falava nas Conferências do Palácio 2009, promovidas pela Associação Comercial do Porto, no Palácio da Bolsa.

O diplomata norte-americano apresentou um panorama global negativo da conjuntura internacional, sem deixar de sublinhar a importância que teve o novo presidente dos EUA, Barack Obama, na conjugação de esforços globais para iniciar um movimento de força para ultrapassar rapidamente a crise económica mundial.

No entanto, Stepehenson acredita que os tempos difíceis ainda não passaram, e que o pior ainda não chegou.

«Ainda não batemos no fundo da crise e que há ainda algumas preocupações para solucionar antes de entrarmos na retoma», alertou o diplomata.

«Estamos a aproximar-nos do fundo», sentenciou.

No entanto, Stephenson sublinhou o optimismo da banca portuguesa.

«Recentemente, tive a oportunidade de tomar o pequeno-almoço com alguns banqueiros amigos, em Lisboa, e eles davam sinais de estar mais optimistas do que algumas semanas antes», confidenciou.

O embaixador norte-americano é um dos mais de 120 convidados das Conferências do Palácio 2009, e esteve segunda-feira no Porto para discutir as prioridades diplomáticas da nova administração da Casa Branca, declarando que «estamos todos juntos na luta contra esta adversidade».

SOL
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Enviado por: P44 em Maio 09, 2009, 11:47:03 am
Prémio Nobel Joseph Stiglitz,

"A doutrina de direita sobre a economia de mercado falhou claramente"

Joseph Stiglitz, prémio Nobel e ex-presidente do Banco Mundial, defendeu hoje que a "doutrina de direita sobre a economia de mercado falhou claramente", evidenciando a importância da regulação nos mercados.

Rui Peres Jorge


Joseph Stiglitz, prémio Nobel e ex-presidente do Banco Mundial, defendeu hoje que a “doutrina de direita sobre a economia de mercado falhou claramente”, evidenciando a importância da regulação nos mercados.

O economista considera que a ideia de que os mercados não precisam de regulação porque se autocorrigem é para Stiglitz uma questão do foro da ideologia e não da economia. “A ideia de que os mercados são perfeitos só é possível num mundo com informação perfeita, ora a informação é sempre imperfeita”, afirmou.


Stiglitz defende que toda a investigação científica em economia confirma a importância da regulação mas acrescentou ainda aos seus argumentos quer a experiência da actual crise, quer a experiência do Chile de Pinochet quando o ditador, aconselhado por Milton Friedman, experimentou um movimento de desregulação do seu sistema financeiro. “Essa experiência custou aos chilenos um quarto de século a pagar dívidas”, disse.

Stiglitz falou numa conferência de imprensa hoje no Estoril à margem das Conferências do Estoril que decorrem até amanhã.

diario economico
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Enviado por: André em Maio 12, 2009, 12:25:54 pm
Nobel da Economia não acredita em recuperação económica rápida

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fgraphics8.nytimes.com%2Fimages%2F2007%2F11%2F07%2Fbooks%2Fpaul-krugman-190.jpg&hash=b8fd58d6198e489731a1370ef63a1049)

Os mercados accionistas têm sido suportados pelas expectativas de uma recuperação económica rápida, o que é "extremamente improvável", defende o Nobel da Economia, Paul Krugman.

As especulações de que os pacotes de estímulo do governo e os cortes dos juros em todo o mundo vão reanimar a economia mundial levaram o índice bolsista MSCI World a disparar 37% desde o dia 9 de Março, dia em que registava o pior desempenho desde 1995.

"A mim parece-me que os mercados estão a subir com base na recuperação rápida da economia e a descontar uma recessão em forma de 'V', o que eu considero extremamente improvável", afirmou hoje Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia em 2008, citado pela Bloomberg.

O economista considera que as injecções de capital para reanimar a economia decididas pelos governos e pelos investidores podem representar "uma perigosa complacência".

As estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas a 22 de Abril, anteviam uma contracção de 1,3% da economia mundial este ano, bastante mais pessimista que o cenário projectado em Janeiro em que apontava para um crescimento de 0,5%.

A recuperação não está garantida e vai depender dos esforços para reequilibrar as contas dos bancos e das medidas para promover a procura, explicou na altura o FMI.

Diário Económico
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Enviado por: André em Maio 14, 2009, 03:09:45 pm
Mundo deve estagnar durante 10 anos segundo Paul Krugman

O Prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, alertou hoje para o facto de que a economia mundial pode ficar em estado de semi-estagnação durante uma década.

“O mundo no seu todo está a parecer-se bastante com o Japão durante a sua "década perdida", disse hoje Krugman durante um fórum em Taipei, capital de Taiwan, citado pela Bloomberg.

"Estou muito optimista sobre o mundo em, diremos, 2030. São os próximos dez anos ou coisa assim que me preocupam", acrescentou o Nobel da Economia.

O especialista adiantou que, embora uma repetição da Grande Depressão dos anos 30 seja agora menos provável, a economia global enfrenta um fraco consumo privado e um nível elevado de desemprego nos EUA e na Europa que não deverá descer.

Entre as semelhanças com os problemas do Japão, Krugman incluiu um sistema financeiro em dificuldades, a fraca procura e o "apoio orçamental útil, mas limitado" por parte dos governos.

Na verdade, disse o Nobel da Economia, a recessão global é "pior do que o Japão na sua ‘década perdida’, porque a quebra inicial foi mais profunda e, ao contrário dos nipónicos, o mundo não pode comerciar com o exterior a saída da crise".

"Se todo o planeta fosse registar um forte excedente comercial [como fez o Japão durante a ‘década perdida’] teremos de encontrar outro mundo com o qual fazer trocas comerciais", disse Krugman.

As previsões de Krugman são similares às do também Prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz, bem como do antigo presidente do Banco Mundial James Wofensohn.

Diário Económico
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Maio 15, 2009, 03:01:12 pm
para n abrir um topico novo...

 
Luxemburgo: portugueses são 30 % dos desempregados

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Problema do desemprego motiva comunidade lusa a participar numa manifestação, no próximo sábado.

Os portugueses representam actualmente 30 % dos desempregados no Luxemburgo, problema que os levará a participar sábado numa manifestação nacional contra a crise económica, indicou o conselheiro das comunidades naquele país.

"Das 14 mil pessoas desempregadas no Luxemburgo, 30 % são portugueses, num universo de 480 mil habitantes do país", declarou à Agência Lusa Eduardo Dias, membro do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e líder sindical no Luxemburgo.

"A comunidade portuguesa é a mais atingida pela crise económica no Luxembrugo, tanto na questão do desemprego, como na questão salarial", indicou.

Eduardo Dias salientou ainda que há 80 mil portugueses residentes no país, dos quais 35 mil são trabalhadores activos.

O conselheiro espera que no sábado, "uma grande concentração de portugueses participe na manifestação contra a crise económica", que decorrerá na Place de La Gare, no centro do Luxemburgo, mas não conseguiu quantificar o número de pessoas da comunidade que estarão presentes no evento.

"O apelo para a realização de uma manifestação foi feito pela OGBL (associação sindical de que Eduardo Dias faz parte), e foi aceite por outros sindicatos e movimentos associativos, que agora organizam em conjunto esta manifestação nacional", referiu.

"A crise financeira é cada vez mais uma crise social, estamos a assistir a um aumento do número de desempregados no país e as empresas trabalham cada vez mais com o que chamamos de regime do desemprego técnico, trabalha-se uns dias e outros não", disse o sindicalista, acrescentando que são muitos os trabalhadores nesta situação.

Segundo Eduardo Dias, a manifestação de sábado, além de servir para protestar contra a crise financeira, é uma forma de confrontar as organizações patronais que "pretendem colocar em causa as regalias sociais já obtidas, como indexação automática dos salários e das pensões, além dos montantes do subsídio de desemprego".

A manifestação será uma forma também de reivindicar junto dos partidos políticos um compromisso para lutar contra estes efeitos negativos da crise financeira mundial no país, já que há eleições europeias e legislativas, ambas a 07 de Junho


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1233595 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1233595)
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Enviado por: P44 em Maio 22, 2009, 11:49:08 am
avisem o belmiro de azevedo e outros pobrezinhos...

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Crise
Milionários alemães disponíveis para pagar mais impostos

João Cerca
21/05/09 19:11


A ideia é rejeitada pelos partidos de direita que defendem, pelo contrário, uma descida de impostos.


Um imposto sobre as grandes fortunas pode avançar na Alemanha já este ano. Um grupo de milionários alemães propôs a criação de um novo imposto para reforçar os cofres do Estado.

Dieter Lehmkuhl, psiquiatra na reforma, lidera um grupo de cidadãos que propõe a criação de uma taxa de 5% sobre todos os rendimentos anuais superiores a 500 mil euros, para os próximos dois anos.

Já para as empresas o tecto mínimo é de três milhões de euros, de forma a não englobar as micro e pequenas empresas.

Caso a colecta atinja os 50 mil milhões de euros, o grupo impõe que o dinheiro seja aplicado na admissão de mais pessoal nas áreas social, da ecologia e do ensino, e no aumento do rendimento mínimo garantido e outras ajudas sociais.

"Se não for assim, a crise acabará por ser paga por aqueles que não beneficiaram dela e não contribuíram para a provocar" argumentou Dieter Lehmkuhl, acrescentado que tomou a iniciativa "movido pelo sentido de justiça".

Em 2005, Bruno Haas e Peter Kraemer, multimilionários alemães, pediram à Chanceler Angela Merker o fim do "paraíso fiscal para os mais ricos" na Alemanha.

A proposta de taxar as grandes fortunas tem sido defendida nos últimos tempos pelos partidos políticos de esquerda.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Maio 22, 2009, 01:00:07 pm
Caro P44, a isso chama-se consciência social. São pessoas que compreendem e sabem que a fortuna deles foi conseguida com o esforço de todos os que trabalharam para eles. E também sabem que sem essas pessoas rapidamente as suas fortunas desaparecem. Também sabem que se parte da sua fortuna não for de novo redistribuída pela base de modo a circular de novo, a aglutinação desse capital no topo levará ao estancamento do crescimento e da perda de todos.

Agora levar os "pulhiticos" cá do burgo juntamente com a supostas elites a ter uma consciência desse calibre é que vai ser difícil. Acredito mais no no Pai Natal do que em uma medida dessas em Portugal, ainda mais vinda dos nossos "pseudo-capitalistas"
Título:
Enviado por: P44 em Maio 23, 2009, 04:11:37 pm
Plenamente de acordo, Caro Foxtroop, era necessário outro grau "civilizacional" , digamos assim, do qual nós estamos muito longe.
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Maio 23, 2009, 04:30:23 pm
Partir de um punhado de pessoas para "uma civilização" vai um passo um bocado grande, não, ó engº. de qualidade? Achas a amostra representativa?

Não digo que temos a mesma percentagem de empresas com consciência corporativa que certos países germânicos nórdicos, mas tb não me parece que estejamos assim tão longe. Tendes os casos da PT e da Amorim, por exemplo.
Título:
Enviado por: P44 em Maio 23, 2009, 05:11:28 pm
caro osso-de-galinha, o busílis da questiuncula é que os bons exemplos costumam ser a excepção e não a regra....

e por favor, a maneira de ser dos alemães não tem nada a ver com o zé portuga
Título:
Enviado por: André em Maio 24, 2009, 11:57:42 pm
Presidente do Banco Mundial prevê crise muito prolongada


O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, considerou, numa entrevista hoje publicada em Espanha, que a crise mundial poderá resultar numa «grave crise humana e social», se não foram tomadas a tempo medidas adequadas.

«Se não tomarmos medidas, existe o risco de se chegar a uma grave crise humana e social, com implicações políticas muito importantes. As medidas de relançamento podem ser determinantes», declarou Robert Zoellick ao jornal espanhol El Pais.

«O que começou como uma grande crise financeira e se tornou numa profunda crise económica, deriva actualmente para uma crise de desemprego», sublinhou.

«Se criarmos infra-estruturas que empreguem pessoas, isso pode ser um meio de associar estes desafios a curto prazo com estratégios a longo prazo», acrescentou Zoellick.

O presidente do Banco Mundial afirmou que dado «este contexto, ninguém sabe verdadeiramente o que se vai passar e o melhor é estar pronto para qualquer imprevisto».

«Existe aquilo que chamo o "factor x" e que nunca vemos chegar, como a gripe» A (H1N1), acrescentou, alertanto também para outras «zonas de sombra»: «os perigos ligados ao proteccionismo e à dívida privada no mundo emergente, apesar das ajudas do FMI» (Fundo Monetário Internacional).

O presidente do Banco Mundial sublinhou que a recuperação económica tardará a chegar e quando ocorrer será de «baixa intensidade durante muito tempo» porque a indústria não tem escoamento e o desemprego vai continuar a crescer.

Zoellick considerou pouco provável que se repita uma depressão como a dos anos 30, embora «se acontecesse, seria terrível», com alto custo social, sobretudo nos países em desenvolvimento.

Por outro lado, disse que o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, com quem se reuniu esta semana em Madrid, é «optimista por natureza» por acreditar que a recuperação «pode chegar antes do que se pensa».

Lusa
Título:
Enviado por: André em Maio 27, 2009, 12:22:35 am
Ponto de viragem pode estar próximo, diz Ariel Cohen


Ariel Cohen, perito em questões de política internacional, afirmou acreditar que a crise financeira global estará «próximo de um ponto de viragem» e que os Estados Unidos poderão impulsionar outros países a sair dela.

«Os Estados Unidos foram o primeiro país a mergulhar nesta crise e deverão ser também o primeiro país a sair dela. Esperemos que possam impulsionar outros países a fazerem o mesmo», disse à Lusa o analista norte-americano à margem da sua participação na conferência internacional «The Upside of a Downturn: Strategic responses to the crisis», reunião que termina hoje em Sintra.

Para este perito em economia e segurança internacional, comentador na CNN, NBC e BBC-TV e colunista de jornais como The Washington Post, The Wall Street Journal, ou The Washington Times, «uma das coisas que ficou demonstrada com a crise actual é a interdependência global entre as economias e a importância de não apontar o dedo ou fazer acusações, mas agir em conjunto, cooperar tendo em vista a resolução da crise».

A crise suscita conflitualidade e leva à instabilidade social, essencialmente em países mais pobres, onde, por exemplo, um aumento do preço da energia pode levar a um aumento do preço dos bens alimentares.

Mas um aumento de conflitos entre Estados é menos provável, «até porque não resolve nada», acrescentou.

Ariel Cohen apontou, no entanto, a disputa entre a Rússia e a Ucrânia em torno do gás russo - uma questão que no início deste ano levou alguns analistas a admitir a possibilidade de um conflito armado entre Moscovo e Kiev - como exemplo de um aumento do nível de conflitualidade na Europa.

Ainda sobre a Rússia, uma das suas áreas de estudo, Cohen destacou que a cimeira com a União Europeia realizada a semana passada não foi conclusiva e que Moscovo se recusa a assinar a Carta Europeia de Energia.

«Não vejo a Rússia a responder à crise. A Rússia tem tomado posições muito intransigentes sem dar respostas concretas à crise», criticou.

Ariel Cohen manifestou-se também preocupado com a democracia e os direitos cívicos na Rússia.

«Vemos assassínios de jornalistas, vemos figuras da política e dos negócios como (Mikhail) Khodorkovsky num segundo julgamento com acusações que pretendem colocá-lo na prisão para sempre», afirmou.

«A administração Obama quer melhorar as relações com a Rússia. Compreendo que a Rússia possa ser um parceiro importante, mas até agora ainda não vimos isso», afirmou.

Questionado sobre a situação no Médio Oriente, Ariel Cohen disse acreditar que a resolução do conflito israelo-árabe só poderá ser resolvida a médio e a longo prazo.

«A administração Obama gostaria de ter uma solução rápida para o conflito israelo-árabe, como gostaria de melhorar rapidamente as relações com a Rússia, como gostaria de tudo rapidamente», afirmou.

«Pensar que se resolve o problema em seis meses ou um ano é ingenuidade», acrescentou, sublinhando que é melhor refrear as expectativas.

Apesar das advertências, Ariel Cohen elogiou o presidente Barack Obama por ter recebido em Washington o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, «sem declarações bombásticas».

«Vamos ver agora o que o presidente Obama vai fazer no próximo dia 4 de Junho, quando discursar no Egipto», referiu, em alusão à declaração que o presidente norte-americano vai fazer sobre a política de Washington para o Médio Oriente.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Fevereiro 26, 2010, 03:11:48 pm
Primeiro-ministro
“Confirmaram-se os piores receios sobre a Grécia”

Margarida Vaqueiro Lopes
26/02/10 13:30


O primeiro-ministro grego afirmou hoje perante o Parlamento que os danos da crise que assola o país são "incalculáveis".

"A história confirma os nossos piores receios. Os danos são incalculáveis e não apenas financeiros ou orçamentais, mas também ao nível da posição do Estado", afirmou o socialista Yorgos Papandreu.

"Hoje, o nosso dever é esquecermos os custos políticos e pensarmos somente na sobrevivência do país. As políticas do passado obrigam-nos agora a mudanças brutais e a reduzir os privilégios que se têm acumulado", reforçou o primeiro-ministro, que de seguida questionou o Parlamento helénico: "Vamos deixar que o país entre em bancarrota ou vamos reagir? Vamos deixar que os especuladores nos estrangulem ou vamos agarrar o destino com as nossas mãos?"

Durante o seu discurso, Papandreu lembrou ainda a disponibilidade da UE em ajudar o país, que enfrenta o enorme desafio de, até 2013, reduzir o défice dos actuais 12,7% para um valor abaixo de 3% do PIB, tal como impõem as regras de Bruxelas.

As últimas notícias podem dificultar ainda mais essa tarefa, dado que Standard & Poor's e Moody's sinalizaram esta semana que no próximo mês podem proceder a um novo ‘downgrade' na classificação da dívida grega.

http://economico.sapo.pt/noticias/confi ... 82665.html (http://economico.sapo.pt/noticias/confirmaramse-os-piores-receios-sobre-a-grecia_82665.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Abril 27, 2010, 04:35:58 pm
27-04-2010 16:29 - S&P corta "rating" da Grécia para "lixo"

A Standard & Poor’s cortou hoje o “rating” da Grécia para “junk”, o que representa um corte de três níveis, anunciou a agência de notação financeira que também

O “rating” passou de BBB+ para BB+, sendo que esta última classificação de risco está abaixo do limiar mínimo que o BCE requer para ceder liquidez.

Uma classificação de “junk”, ou “lixo”, é atribuída à dívida que a agência de notação financeira considera ser provável entrar em incumprimento.

 

 
Jornal de Negócios - Nuno Carregueiro
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: canardS em Maio 10, 2010, 04:31:44 pm
Gran Bretaña, el auténtico PIG de Europa.




Mientras todos se fijan en Grecia y en los llamados PIGS, el Reino Unido, inventor del término, está pasando a solas un verdadero calvario económico. Su deuda y déficit públicos no tienen nada que envidiar a los de Grecia.

2010-05-10

FERNANDO DÍAZ VILLANUEVA Libertad Digital

A mediados de los noventa, en plena expansión posthatcherista, los periodistas británicos se inventaron el término PIGS para denominar de manera informal a las economías del sur de Europa. Las iniciales del acrónimo hacían referencia a Portugal, Italia, Grecia y España, con la desafortunada coincidencia de que esa palabra en inglés significa “cerdos”. Eran otros tiempos, a mediados de los años noventa el Reino Unido era el país que más y mejor crecía de la Unión Europea, miraba a los demás por encima del hombro y se permitía hacer hasta desagradables chistecitos con los países del sur.

Las cosas han cambiado. En plena crisis de la deuda, con todos mirando fijamente a Atenas y de reojo a Madrid y Lisboa, ha pasado desapercibida la otra crisis, la del Reino Unido, que, tal vez por no estar en la eurozona, ha escamoteado sus propios problemas detrás del canal de la Mancha. Informaba la semana pasada The Independent que los británicos ven cada vez más la televisión, más que nunca antes, al menos desde que se realizan mediciones al respecto.

Los británicos disfrutan de una amplia oferta televisiva, de mucho fútbol, de las mismas series que aquí y de buenas pantallas planas compradas durante la burbuja. Se quedan en casa por todo eso, sí, pero también porque muchos no pueden ir a ningún otro lado, ya que el ocio más barato es aplastarse en el sofá delante de la tele.

Eso de quedarse en casa es sólo un indicador, y ni mucho menos el peor. El Reino Unido arrastra el mayor de los déficits públicos del G-20, del orden de un 13%, superior al de España, al de Grecia, al de Irlanda y al de cualquiera de los países con las cuentas seriamente comprometidas. La deuda soberana, por su parte, ronda el 100% del PIB, el doble que nuestro país. Si no se ha visto en las mismas que Grecia se ha debido a una cuestión puramente temporal.

Atenas ha tenido que refinanciar 20.000 millones de euros de un golpe mientras que a Londres los principales vencimientos le quedan aún lejos, a 14 años vista. La economía británica, bueno es recordarlo, es inmensa, una de las más grandes, completamente imposible de rescatar. Si llegase a suspender pagos su Gobierno el mundo entero se sumiría en una crisis sin precedentes. Eso en lo que toca al sector público.

En endeudamiento privado es altísimo. De promedio, cada británico debe a los bancos un 170% de su ingreso anual. Los hogares ingleses están incluso  más endeudados que los norteamericanos. Los artificialmente bajos tipos de interés que ha fijado el Banco de Inglaterra no hacen más que intentar, en vano, reinflar la burbuja crediticia.

Una de las más urgentes tareas que tiene por delante el nuevo inquilino del 10 de Downing Street es reinventarse la política monetaria desde cero. En cuanto suban los tipos, que más tarde o más temprano lo harán, el dinero volverá a estar a un precio más acorde con el del mercado, pero se llevarán por delante a multitud de empresas y familias hipotecadas.

Más de 6 millones de funcionarios

Por de pronto, el Estado tiene que seguir pidiendo prestado fuera porque gasta tanto que no le llega. En el Reino Unido hay 6,1 millones de funcionarios, lo que no está nada mal para un país de 62 millones de habitantes, 15 más que España, y una población activa de unos 30 millones. Durante el periodo laborista el funcionariado ha crecido de un modo exponencial. Casi un millón en poco más de una década.

Unos funcionarios que ganan buenos salarios, mejores incluso que en la empresa privada y, para colmo, suben más rápidamente. Los números: los británicos que trabajan para el Estado ganan un promedio de 462 libras esterlinas semanales frente a las 451 de los que lo hacen para el sector privado.

Los primeros han experimentado una subida del 3,7% el último año frente a los segundos, que lo han hecho sólo un 1,8%. En resumen, por cada cuatro asalariados privados hay un funcionario. El Gobierno de Gordon Brown, por su parte, se ha conformado con presentar un proyecto de recorte de empleos públicos que afectaría a unas 350.000 personas, una cantidad inapreciable que, además, podría tener un coste político considerable en la calle.

Como en España, el sector privado se está ajustando el cinturón mientras el Estado gasta más. El desempleo se acerca al 8% y tiene ya en la cola del paro a 2,5 millones de personas. Una cifra ridícula en comparación con la nuestra, pero alarmante en un país en el que el desempleo había virtualmente desaparecido durante la última década.

A cambio, el Estado ha de gastar una suma altísima todos los meses en los subsidios a la población no activa, mayormente estudiantes, que suma la impresionante cifra de 8 millones de personas. El equivalente a toda Andalucía. Si cada vez trabajan menos, hay más funcionarios y crece la nómina de subsidiados el panorama es desesperanzador para el que venga.

La libra devaluada

Según muchos, una de las ventajas de no estar en la zona euro es que el Gobierno británico podría jugar con la moneda a placer dejándola flotar en los mercados o devaluándola directamente para recuperar la competitividad perdida por los altos salarios y la anterior fortaleza de la divisa británica. Y así ha sido, la libra se ha devaluado un promedio del 30% con respecto al euro en los dos últimos años.

Las consecuencias de la depreciación han sido también inmediatas. Se han drenado las reservas del país y sus ciudadanos son más pobres, especialmente, los que residen fuera. De España han tenido que salir ya varios miles de expatriados y jubilados que no podían soportar el alto coste de la vida. Una pensión británica, que daba para mucho en la Costa del Sol en 2007, hoy da para bastante menos.

Y si bien hace dos años esa devaluación pudo hacerle algún bien a la recalentada economía británica, hoy lo que muestra son sus puntos débiles. Nadie se fía de la libra porque el Gobierno gasta sin medida y porque el Banco de Inglaterra ha comprado cantidades ingentes de deuda soberana, es decir, ha monetizado esa deuda, la ha convertido en libras esterlinas de nueva creación que han ido directas a costear los programas gubernamentales, tal y como pretende hacer ahora el Banco Central Europea (BCE).

Esas libras se han extendido rápidamente por el resto del tejido productivo llamando a la puerta del verdadero coco de toda crisis económica: la inflación y su corolario de subida de precios. Mientras que en la zona euro la inflación se ha mantenido a raya gracias a la atonía de la demanda y a que el BCE no ha cometido ninguna locura, en el Reino Unido -ya sometido a presiones inflacionistas en plena fase de euforia- la inflación sobrepasa con holgura el 3% y llegó casi a tocar el 6% en 2008.

Si no ha subido más es porque el consumo se ha contraído y ha aumentado el ahorro. De todo ese dinero que el Banco de Inglaterra ha puesto en circulación parte se ha quedado en los bolsillos de los ciudadanos. Evidentemente no va a ser así eternamente.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabecinhas em Maio 18, 2010, 09:42:54 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi121.photobucket.com%2Falbums%2Fo215%2FCabecinhas%2FScreen-shot-2010-05-17-at-13705-PM-.png&hash=aded9867b7f4a60cffe831e676b78786)

Epá alguém que me elucide quanto a isto...  :snipersmile:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabecinhas em Junho 04, 2010, 06:47:56 pm
Sai bomba!
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Autoridades admitem que a Hungria pode entrar em bancarrota

A Hungria pode entrar em bancarrota, admitiu hoje um porta-voz do Governo do país, citado pela agência de informação financeira Bloomberg, que afirmou que o Governo anterior “manipulou” e “mentiu” sobre o estado da economia.

“Não é nenhum exagero” falar em bancarrota, disse Peter Szijjarto, porta-voz do primeiro-ministro Viktor Orban, citado pela Bloomberg.

A comissão de inquérito ao estado da economia, chefiada pelo Secretário de Estado Mihaly Varga, vai apresentar os dados preliminares sobre o estado da economia no fim-de-semana.

Depois de conhecidos os resultados, o executivo de Budapeste lança um plano para a recuperação das contas públicas.

“É claro que a economia está numa situação grave, precisamos de uma tábua rasa para formular o nosso plano de acção para a economia”, disse o porta-voz.

No entanto, o responsável garantiu que o Governo não vai desistir de baixar os impostos, mesmo que seja confirmado o défice orçamental de sete por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

“As instruções são claras: cortes de impostos, simplificação do sistema fiscal, apoiar o crescimento económico e aumentar da competitividade”, disse Szijjarto.

O forint, a moeda húngara, caiu hoje 1,6 por cento, para 286,67 por euro. Ontem a moeda húngara já tinha caído 2,5 por cento, após Lajos Kosa, um vice-presidente do partido da oposição Fidesz Orban, dizer que a Hungria tinha uma “oportunidade muito pequena” para evitar uma situação semelhante à da Grécia.

Fonte:http://economia.publico.pt/Noticia/autoridades-admitem-que-a-hungria-pode-entrar-em-bancarrota_1440546
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: zeNice em Junho 12, 2010, 02:36:59 pm
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: sergio21699 em Junho 15, 2010, 11:36:53 am
Moody`s corta «rating» da Grécia para «lixo»
«Rating» desce quatro níveis e está agora classificado como «junk»


Agora foi a sério. A agência de notação financeira Moody's baixou esta segunda-feira o rating da dívida da Grécia, classificando-o como junk (lixo).

O corte de quatro pontos para Ba1 terá vindo para ficar. A Moody's baixou também o rating grego de curto prazo de prime-1 para não-prime.

Isto apesar de a agência de notação financeira admitir que o fundo de estabilidade europeu «elimina qualquer risco de curto prazo de incumprimento por falta de liquidez e encoraja a implementação de um conjunto de reformas estruturais credíveis e executáveis e compatíveis com o incentivo» e que há uma «elevada probabilidade de estabilizar o custo da dívida em níveis suportáveis», disse a analista da Moody's, Sarah Carlson, citada pela Reuters.

Ainda assim, «os riscos macroeconómicos e de implementação associados a este programa são substanciais e mais consistentes com um rating Ba1», salientou a agência.

«Não é nada de fazer abalar a terra»

As reacções não se fizeram esperar. «Globalmente, esta é uma desculpa para o euro puxar para trás. Tivemos um bom desempenho desde a semana passada, então esta notícia» interfere com os «movimentos da moeda em consolidação», disse o estrategista de câmbio da Westpac, Richard Franulovich.

Podemos cair para o terreno dos 1,22 dólares», mas o euro tem «pernas para andar» e «vejo-o a subir para os 1,24 e 1,25 dólares», defendeu.

Uma avaliação esperada. É assim que a maioria dos analistas vê o corte de rating da Grécia por parte da Moody's. «Por isso, não é nada de abalar a terra. Na medida em que o mercado de acções deverá descer um bocadinho com base nestas notícias, o mercado da dívida pública poderá assistir a uma maior procura, mas ambos os mercados parecem estar a ignorar a notícia», assegurou Marty Mitchell, um técnico chefe de mercado de Stifel Nicolaus.

«Se fosse com Espanha era pior»
Um eventual corte de rating de Espanha teria efeitos mais catastróficos no mercado. «O mercado está a encarar isto com calma», não é «um choque com tanto pessimismo» por se tratar da Grécia. «Se estivéssemos a falar de um outro país como Espanha, poderia ter sido diferente», garantiu o estrategista Ryan Detrick, da Schaeffer's Investment Research.

Também a Standard & Poor's tinha já descido o rating da Grécia para o mesmo nível de risco elevado que aponta para uma grande probabilidade de entrada em incumprimento.

Os mercados europeus fecharam a sessão desta segunda-feira em alta. Só depois se soube que a Grécia foi deitada ao «lixo» pela Moody's. Veremos qual a reacção dos investidores durante a semana que agora se inicia.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/grecia-moody%60s-junk-rating-classificacao-divida/1169891-1730.html
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Junho 25, 2010, 02:50:16 pm
Governo grego coloca ilhas à venda para reduzir dívida


O Governo grego planeia colocar à venda ou alugar a longo prazo algumas das quase seis mil ilhas do país como «medida desesperada» para reduzir a sua dívida, noticia esta sexta-feira o jornal britânico The Guardian.

Segundo o jornal, entre as áreas a colocar à venda consta a ilha de Mykonos, um dos principais destinos turísticos da Grécia, esperando as autoridades helénicas encontrar um investidor que desenvolva um novo complexo turístico de luxo.

Os investidores, na sua maioria russos e chineses, também estariam interessados em propriedades na ilha de Rodes.

Entre os potenciais interessados, o The Guardian refere o multimilionário russo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea.

O site http://www.privateislandsonline.com (http://www.privateislandsonline.com) oferece a ilha de Nafsika, com uma área de quase 500 hectares e situada no Mar Jónico. O preço pedido é de 15 milhões de euros. Contudo, outras ilhas de menores dimensões encontram-se à venda por valores inferiores a dois milhões de euros.

Apenas 227 das cerca de seis mil ilhas gregas no Mediterrâneo são habitadas.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 30, 2010, 11:34:24 am

Não podemos ficar-nos, com esforço e dedicação ainda chegaremos ao 1.º lugar! c34x  :oops:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Agosto 07, 2010, 06:45:55 pm
Entrevistas sobre o futuro
A Europa vai ser comprada pela China e pelos príncipes árabes

A Alemanha quer o euro porque quer redesenhar o mapa monetário mundial. A China quer o euro porque não quer ficar sozinha com os EUA. Portugal, para sobreviver, vai ter de tirar partido da globalização. No cenário, optimista, de a globalização sobreviver à crise.Por Teresa de Sousa

José Manuel Félix Ribeiro, economista, em véspera de aposentação, foi subdirector-geral do Departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP) e foi aí que produziu os mais conhecidos exercícios de cenarização sobre a economia portuguesa, sobre os futuros possíveis da Europa ou do mundo. Raramente dá entrevistas. O que pensa é o produto de uma mente brilhante somada a uma vasta informação sobre o que se passa no mundo: em Pequim ou na casa real saudita, nos sectores mais inovadores dos EUA ou na prodigiosa empresa de petróleos norueguesa. Evita opiniões taxativas sobre o país. Fornece hipóteses num contexto internacional de profunda incerteza. Polémico e pessimista.

extensa entrevista aqui:
http://jornal.publico.pt/noticia/05-08- ... 962145.htm (http://jornal.publico.pt/noticia/05-08-2010/a-europa-vai-ser-comprada-pela-china-e-pelos-principes-arabes-19962145.htm)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 07, 2010, 08:20:11 pm
Um dos textos mais interessantes que li nos últimos tempos. Grande descoberta P44! :G-beer2:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Agosto 18, 2010, 12:12:05 am
http://www.newsweek.com/2010/08/15/interactive-infographic-of-the-worlds-best-countries.html
E Espanha com uma enorme estabilidade politica...  :roll:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 28, 2010, 04:17:41 pm
:arrow: http://www.zerohedge.com/article/introd ... ld-war-iii (http://www.zerohedge.com/article/introduction-road-through-2012-revolution-or-world-war-iii)

Digam o que acham.
Título: Que crise económica? Os lucros aumentam!
Enviado por: Vingança em Outubro 03, 2010, 01:11:25 pm
Fonte: http://lahaine.org/petras/articulo.php? ... more=1&c=1 (http://lahaine.org/petras/articulo.php?p=1818&more=1&c=1)
Por James Petras.

Enquanto os progressistas e os esquerdistas escrevem sobre as "crises do capitalismo", os industriais, as companhias petrolíferas, os banqueiros e muitas outras grandes empresas de ambos os lados do Atlântico e da costa do Pacífico encaminham-se sorrateiramente para a banca.

A partir do primeiro trimestre deste ano, os lucros das empresas dispararam entre vinte a mais de cem por cento (Financial Times, 10/Agosto/2010, p. 7). Na realidade, os lucros das empresas subiram mais do que antes do início da recessão em 2008 (Money Morning, 31/Março/2010). Contrariamente aos bloggers progressistas as taxas dos lucros estão a subir em vez de descer, principalmente entre as maiores empresas (Consensus Economics, 12/Agosto/2010). O acréscimo dos lucros empresariais é consequência directa do agravamento das crises da classe trabalhadora, dos funcionários públicos e privados e das pequenas e médias empresas.

No início da recessão, o grande capital eliminou milhões de postos de trabalho (um em cada quatro americanos ficou desempregado em 2010), conseguiu recuos dos patrões dos sindicatos, beneficiou de isenções de impostos, de subsídios e de empréstimos praticamente sem juros dos governos locais, estaduais e federal.

Quando a recessão bateu no fundo temporariamente, os grandes negócios duplicaram a produção com a restante mão-de-obra, intensificando a exploração (maior produção por trabalhador) e reduziram os custos passando para a classe trabalhadora uma fatia muito maior dos encargos com os seguros de saúde e com os benefícios de pensões a aquiescência dos responsáveis milionários dos sindicatos. O resultado é que, embora as receitas tenham diminuído, os lucros subiram e os balancetes melhoraram (Financial Times, 10/Agosto/2010). Paradoxalmente, os directores-gerais utilizaram o pretexto e a retórica das "crises" oriunda dos jornalistas progressistas para impedir os trabalhadores de exigirem uma fatia maior dos lucros florescentes, ajudados pela reserva cada vez maior de trabalhadores desempregados e sub-empregados como possíveis "substitutos" (amarelos) no caso de acções de protesto.

A actual explosão de lucros não beneficiou todos os sectores do capitalismo: a sorte grande saiu sobretudo às maiores empresas. Em contrapartida, muitas pequenas e médias empresas registaram altas taxas de falências e de prejuízos, o que as tornou baratas e presa fácil para aquisição pelos "grandes chefões" ( Financial Times, 01/Agosto/2010). As crises do capital médio levaram à concentração e centralização do capital e contribuíram para a taxa crescente de lucros das empresas maiores.

O diagnóstico falhado das crises capitalistas feito pela esquerda e pelos progressistas tem sido um problema omnipresente desde o fim da II Guerra Mundial, quando nos foi dito que o capitalismo estava ’em estagnação’ e se dirigia para um colapso final. Os recentes profetas do apocalipse viram na recessão de 2008-2009 a queda definitiva e total do sistema capitalista mundial. Cegos pelo etnocentrismo euro-americano, não viram que o capital asiático nunca entrou nas "crises finais" e a América Latina teve uma versão suave e passageira ( Financial Times. 09/Junho/2010, p. 9). Os falsos profetas não conseguiram reconhecer que os diferentes tipos de capitalismo são mais ou menos susceptíveis às crises… e que algumas variantes tendem a sofrer rápidas recuperações (Ásia, América Latina, Alemanha) enquanto outras (EUA, Inglaterra, Europa do Sul e do Leste) são mais susceptíveis a recuperações anémicas e precárias.

Enquanto a Exxon-Mobil arrebanhou mais de 100% de aumento de lucros em 2010 e as empresas de automóveis registaram os seus maiores lucros dos últimos anos, os salários dos trabalhadores e o seu nível de vida diminuíram e os funcionários públicos sofreram pesados cortes e despedimentos maciços. É óbvio que a recuperação de lucros empresariais se baseia na mais dura exploração da mão-de-obra e de maiores transferências de recursos públicos para as grandes empresas privadas. O estado capitalista, com o presidente democrata Obama à frente, transferiu milhares de milhões para o grande capital através das operações de salvamento, empréstimos praticamente isentos de juros, cortes nos impostos e pressionou a força de trabalho a aceitar salários mais baixos e reduções na saúde e das pensões. O plano da Casa Branca para a ’recuperação’ resultou para lá de todas as expectativas – os lucros empresariais recuperaram; "só" a grande maioria dos trabalhadores é que se afundou mais nas crises.

As previsões falhadas dos progressistas quanto à morte do capitalismo são consequência directa da subavaliação da dimensão com que a Casa Branca e o Congresso iria pilhar o erário público para ressuscitar o capital. Subavaliaram o grau com que o capital iria ser aliviado para sacudir toda a carga da recuperação de lucros para cima das costas dos trabalhadores. Neste aspecto, a retórica progressista sobre a "resistência da força de trabalho" e o "movimento sindical" reflectiram a falta de compreensão de que praticamente não tem havido qualquer resistência à redução dos salários sociais e monetários porque não existe organização da força de trabalho. O que se intitula como tal está completamente ossificado e ao serviço dos defensores da Wall Street do Partido Democrata na Casa Branca.
Processo precàrio

O que o actual impacto desigual e injusto do sistema capitalista nos diz é que o capitalismo consegue ultrapassar as crises aumentando apenas a exploração e anulando décadas de "ganhos sociais". Mas o actual processo de recuperação de lucros é altamente precário porque se baseia na exploração de inventários actuais, taxas de juros baixas e cortes nos custos da mão-de-obra (Financial Times, 10/Agosto/2010, p. 7). Não se baseia em novos investimentos privados dinâmicos nem no aumento da capacidade produtiva. Por outras palavras, são "ganhos ocasionais" – não são lucros provenientes de receitas de vendas acrescidas nem de mercados de consumo em expansão. Como poderiam ser – se os salários estão a diminuir e o desemprego, o sub-emprego e a redução da mão-de-obra é maior do que 22%? Obviamente, esta explosão de lucros a curto prazo, com base em vantagens políticas e sociais e num poder privilegiado, não é sustentável. Há limites para os despedimentos maciços de funcionários públicos e para os ganhos de produção a partir da exploração intensificada da mão-de-obra… alguma coisa tem que ceder. Uma coisa é certa: O sistema capitalista não vai cair nem ser substituído por causa da sua podridão interna ou"contradições".
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 15, 2010, 05:17:13 pm
Wall Of Worry Redux: 24 Statistics Confirming America's Decline

 :arrow: http://www.zerohedge.com/article/wall-w ... as-decline (http://www.zerohedge.com/article/wall-worry-redux-24-statistics-demonstrating-americas-decline)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 16, 2010, 12:37:34 pm
Luso olha o teu amigo... :twisted:

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Bernanke aquece expectativa de novas medidas monetárias em novembro

De Agencia EFE – Há 18 horas

Washington, 15 out (EFE).- Os mercados já dão como certo que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) tomará novas medidas de estímulo em sua reunião dos dias 2 e 3 de novembro, depois que seu presidente, Ben Bernanke, reconheceu nesta sexta-feira que as circunstâncias requerem "mais ação" monetária.

Em uma conferência em Boston (Massachusetts), Bernanke se referiu aos dois "calcanhares de Aquiles" da economia americana - o alto desemprego e a ausência de tensões inflacionárias -, o que indica um perigo de deflação ou queda dos preços ao consumidor.

"Estas circunstâncias tornam necessário um relaxamento adicional e cauteloso da política monetária", disse.

Tendo em vista que o Fed tem pouca margem de manobra para baixar os juros, que se encontram abaixo de 0,25%, os analistas dão por certo que a autoridade monetária lançará um novo programa em massa de compra de dívida pública, que fará subir as taxas de juros reais e estimulará a economia.

Quase em paralelo ao discurso de Bernanke, o Governo dos Estados Unidos divulgou os últimos dados de inflação no país, que confirmam a ausência de tensões inflacionárias às quais o presidente do Fed se referia.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,1% em setembro e deixou a inflação anual dos últimos 12 meses em 1,1%.

Este número, que quase não subiu nos últimos meses, se situa na faixa baixa do que o Fed considera "saudável", com uma inflação de 1% a 2%.

Sobre a economia americana planeja há muito tempo a sombra da deflação, um fenômeno econômico de consequências negativas porque paralisa a despesa e o investimento, perante a perspectiva de queda de preços, e faz com que os salários baixem.

O outro problema é que a economia está crescendo a um ritmo tão pausado, que não é capaz de criar emprego. Os últimos números indicam que a taxa de desemprego é de 9,6%, um número muito alto em uma sociedade que não oferece uma ampla cobertura ao desempregado.

Nesta situação, Bernanke foi claro hoje ao justificar a necessidade de que a autoridade monetária abra de novo a torneira da política monetária.

"Parece que estamos em um caso claro que requer mais ação monetária", indicou em sua conferência.

Como é habitual, Bernanke não deu detalhes dos planos da instituição, mas todos os analistas dão por certo que, ao término da reunião do Comitê Aberto dos dias 2 e 3 de novembro, o Fed anunciará um ambicioso plano de compra de bônus do Tesouro, como já fez no passado.

Durante os tempos mais duros da crise, o Fed lançou um programa de compra de dívida pública e de ativos vinculados ao mercado imobiliário no valor de US$ 1,7 trilhão.

Bernanke explicou que este programa deu os resultados esperados porque permitiu a queda dos juros hipotecários e o respaldo à recuperação deste mercado.

Agora, disse Bernanke, o Fed está contemplando a possibilidade de lançar um novo programa, sem especificar a quantia. Alguns meios de imprensa financeiros falam em US$ 500 bilhões, enquanto outros afirmam que não ultrapassará os US$ 100 bilhões.

Desde que as taxas de juros estão perto de 0%, o Fed tem pouca capacidade de manobra para estimular a economia com cortes de juros, por isso que embarcou em um novo método, que chama de "facilidade quantitativa" ("quantitative easing").

Na prática, este método representa injetar fortes quantidades de dinheiro no sistema mediante a compra em massa de títulos no mercado, como fez com o programa de US$ 1,7 trilhão, e como planeja fazer agora.

Este método permite baixar a rentabilidade da dívida e, além disso, injetar liquidez no sistema. Outro dos efeitos é que se barateia o dólar, como consequência direta da injeção de dinheiro no sistema

Ben Bernanke aproveitou a conferência de hoje para explicar, no entanto, que este sistema - que o Banco da Inglaterra também aplicou - tem seus custos e seus riscos, especialmente por seu caráter inovador.

"Uma das desvantagens da compra de ativos frente às medidas monetárias convencionais é a pouca experiência que temos para avaliar seu impacto na economia", indicou.

"Isto faz com que seja desafiante, por exemplo, julgar o volume apropriado e o ritmo de compra dos ativos", indicou.

"Outro dos riscos é que a confiança do público sobre a capacidade da instituição para sair suavemente desta medida no tempo apropriado diminua. Ou seja, que o Fed seja capaz de se desfazer destes títulos em breve e sem criar tensões inflacionárias", apontou Bernanke.

Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: linergy em Outubro 20, 2010, 09:32:43 pm
" A miséria é fruto de um plano"
Ponham o som baixo,este video começa com ruído..

Confessions of an Economic Hit Man
http://www.youtube.com/watch?v=yTbdnNgqfs8 (http://www.youtube.com/watch?v=yTbdnNgqfs8)

Quem provocou a crise preparou-se para ela..
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: linergy em Novembro 02, 2010, 05:09:36 pm
Criam o problema
http://www.globalresearch.ca/index.php? ... &aid=21245 (http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=21245)

e oferecem a solução

http://www.brasschecktv.com/page/718.html (http://www.brasschecktv.com/page/718.html)

que é criar um problema maior.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 05, 2010, 11:02:37 am
Citar
O Presidente do Banco Central Europeu, vai á bolsa, enquanto espera pede 1 café, mas este café está intragável diz ele, GRITAM na bolsa, é o café , é o café, lá vem o café por ai baixo. Entretanto o Respeitavél Presidente, reparou - ah esqueci-me do açucar, GRITAM na bolsa é açucar, é o açucar.
Assim se vive de espéculações....
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 05, 2010, 11:15:24 am
:shock:  :?
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 05, 2010, 12:20:01 pm
:shock:  :?
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 26, 2010, 03:24:37 pm
Citação de: "manuel.liste"
Lo que pongo a continuación es todavía más grave: El Bundesbank y los bancos alemanes, interesados en los rescates porque los rescates les darían más control sobre las economías periféricas, y porque los bancos alemanes saldrían beneficiados.

Lean:

http://www.eleconomista.es/economia/not ... l-BCE.html (http://www.eleconomista.es/economia/noticias/2634154/11/10/Por-que-Weber-apoya-los-rescates-y-critica-las-compras-de-bonos-del-BCE.html)

Y un artículo fundamental, escrito el pasado mes de junio:

http://www.fedeablogs.net/economia/?p=5128 (http://www.fedeablogs.net/economia/?p=5128)

Citar
Quién quiere el “rescate” de España y por qué, por César Molinas

Troquem a palavra Espanha por Portugal e veram que estamos todos a ser  :N-icon-Axe: !
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Luso em Dezembro 13, 2010, 06:27:15 pm
Outra para os bimbos e gozões que se recusam a aceitar o trabalho das sombras:

http://www.nytimes.com/2010/12/12/business/12advantage.html?_r=1
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 18, 2011, 05:56:24 pm
Citação de: "manuel.liste"
Irlanda, el verdadero PIG de la Eurozona: sólo se sostiene imprimiendo billetes

http://www.libertaddigital.com/economia ... 276412160/ (http://www.libertaddigital.com/economia/irlanda-se-salta-a-trichet-y-comienza-a-imprimir-euros-por-su-cuenta-1276412160/)

Portugal y España son ejemplos de ortodoxia germánica si se comparan con los pícaros irlandeses

 :shock:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: FoxTroop em Janeiro 20, 2011, 10:52:17 pm
Citar
NEW DELHI: India is determined to ensure steady crude oil supplies from Iran and is even considering settling payments with gold in the short term before the two countries agree on a mutually accepted currency and a bank to clear the transactions.

"We have written a letter to NIOC ( National Iranian Oil Company )) asking it to suggest a bank where US sanctions are not applicable," a government official involved in the matter said requesting anonymity.

Another official said India could settle crude oil import transaction using gold in the short term, while efforts to resolve the deadlock continue. An Indian delegation, including officials from ministries of external affairs, finance and petroleum, will visit Tehran next week to thrash out the payment issue, officials said.

India's crude oil imports from Iran faced an impasse after the Reserve Bank of India declared that a regional clearinghouse that involved the Iranian central bank could no longer be used to settle oil and gas transactions between the two countries.

http://economictimes.indiatimes.com/new ... 238760.cms (http://economictimes.indiatimes.com/news/news-by-industry/energy/oil--gas/india-iran-mull-over-gold-for-oil-for-now/articleshow/7238760.cms)

Cada um tire as suas conclusões.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 24, 2011, 10:02:35 am
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Março 28, 2011, 04:52:46 pm
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Sobram três Governos socialistas na Europa
Quantos países com governo socialista restam agora em toda a União Europeia?
Depois das últimas eleições na Hungria e no Reino Unido só ficaram 3 países:
Grécia, Portugal e Espanha
… que coincidência!

Como disse Margaret Thatcher
"o socialismo dura até se acabar o dinheiro dos outros".
http://wwwahenriques.blogspot.com/2011/ ... as-na.html (http://wwwahenriques.blogspot.com/2011/03/sobram-tres-governos-socialistas-na.html)

São mesmo ou é treta?
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: FoxTroop em Abril 20, 2011, 01:59:40 pm
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Putin afirma que país conseguiu evitar crise semelhante à de Portugal
20 Abril 2011 | 11:08
Lusa


O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, considerou hoje que a Rússia conseguiu escapar aos graves riscos provocados pela crise económica mundial e apresentou Portugal como exemplo de país que não resistiu ao impacto negativo.
"A economia mundial restabelece-se gradualmente, mas as consequências da crise mostraram ser tão sérias que conduzem a tensão social em muitos Estados", declarou Putin ao fazer um balanço da actividade do governo em 2010.

"Observamos a desestabilização de regiões inteiras, com consequências imprevisíveis. Há 15 dias atrás, Portugal foi obrigado a recorrer à União Europeia para pedir ajuda financeira urgente. Antes, já a Irlanda e a Grécia tinham feito isso", afirmou perante os deputados da Duma Estatal (câmara baixa) do parlamento russo.

"Foi nosso êxito comum que a Rússia, num período muito complicado da crise global, tenha evitado sérios riscos, muito reais, que podiam enfraquecer o país, o seu potencial económico e humano, e levar à deterioração dos padrões sociais", sublinhou.

O dirigente russo frisou que a Rússia deve ser independente e forte para evitar o ditado grosseiro e a ingerência externa.

"Sejamos honestos, no mundo actual, se és fraco, aparece obrigatoriamente alguém que te quer aconselhar, indicar para onde deves avançar, que política tens de realizar. Por detrás de semelhantes conselhos bondosos e discretos estão o ditado grosseiro e a ingerência nos assuntos internos de um Estado independente", frisou.

Vladimir Putin voltou a recordar Portugal ao anunciar a sua proposta de criação de uma comunidade económica única da Grande Europa e de pôr termo ao sistema de vistos entre a Rússia e a UE.

"Estou convencido de que a nossa ideia, dirigida aos nossos parceiros europeus, sobre a criação de uma comunidade harmoniosa de economias de Lisboa a Vladivostoque, terá o apoio dos europeus", declarou.

"Para iniciar, propomos aos colegas europeus a realização de projectos com vista a liquidar os 'lugares estreitos' na nossa cooperação. Realizar na prática a ideia do complexo energético único da Grande Europa", acrescentou.

A Rússia tomou a sua decisão. Quer ser europeia, haja agora lideres na Europa com capacidade para entender e levar isto a bom porto.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Edu em Maio 30, 2011, 04:33:38 pm
Novo pacote de ajuda a um passo da reestruturação da dívida
UE pondera envolver-se na cobrança de impostos na Grécia

30.05.2011 - 10:44 Por PÚBLICO

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O envolvimento internacional na cobrança de impostos e nos processos de privatizações e uma quase reestruturação da dívida são algumas das ideias em negociação pelos líderes da União Europeia (UE) no âmbito do novo pacote de resgate financeiro em preparação para a Grécia.


Estas ideias, que se avançarem representam uma intervenção externa sem precedentes, estão em negociação pelos líderes europeus, segundo a edição de hoje do Financial Times, que avançou a notícia.

Fontes não identificadas envolvidas no processo disseram também que estão a ser consideradas medidas para incentivar os detentores privados de obrigações gregas a aceitarem voluntariamente um prolongamento dos prazos dos reembolsos a fazer por Atenas.

A União Europeia está a preparar um novo pacote de ajuda financeira de emergência à Grécia, que aquele jornal diz que será de 60 mil milhões a 70 mil milhões de euros (além dos 110 mil milhões atribuídos há pouco mais de um ano).

Segundo as mesmas fontes, será possível que cerca de metade deste montante não necessite de recorrer a novos empréstimos nos mercados, sendo obtido através da privatização de activos do Estado e pelas alterações nos termos de reembolso aos credores privados – uma medida que se avançar significa pouco menos que uma reestruturação de dívida.

E assim se acaba com a independência de um país sem recurso às armas, que isto seja um alerta para nós portugueses. O que está a acontecer agora à Grécia vai chegar a nós também.

A questão é: será que os Gregos se deixarão ser conquistados? Eles podem resistir e se resistirem pode significar o fim da União Europeia.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: ShadIntel em Junho 21, 2011, 07:54:15 pm
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Political union cannot fix the euro

by Gideon Rachman

As the Greek crisis worsens, so voices are being raised demanding new and more radical approaches. Forget the sticking plaster bail-outs and slice-by-slice austerity packages. The ultimate solution to the eurozone debt crisis is "political union".

Last week Nout Wellink, the Dutch central bank governor, became the latest senior figure to float this idea, when he argued that the eurozone needs "an institutional set-up that has characteristics of a political union". According to Mr Wellink, "a European finance ministry would be an important step in the right direction". Jean-Claude Trichet, the head of the European Central Bank, has also backed the creation of a European finance ministry - which in turn implies a much larger central budget and more decisions on spending and taxation taken in Brussels, rather than in national capitals.

Those who argue that "political union" is the solution to the current crisis seem to believe that Europe's problem is institutional. Unlike the US, the eurozone does not have the political institutions to back up a common currency. But if Europe was just equipped with a finance ministry or the facility to issue eurozone bonds or to tax citizens directly, everything could be fixed.

This is a profound misdiagnosis of the crisis. The real problem is political and cultural. There is not a strong enough common political identity in Europe to support the single currency. That is why German, Dutch and Finnish voters are revolting against the idea of bailing out Greece again - while Greeks riot against what they see as a new colonialism imposed from Brussels and Frankfurt.

To argue that even deeper political integration is the solution to this mess, is like recommending that a man with alcohol poisoning should treat himself with a more powerful brand of vodka.

It is important to understand that the origins of the current crisis lie precisely in the dream of political union in Europe. For the true believers, currency union was always just a means to that greater end. It was a way of "building Europe". If bits of the construction were missing - such as a European finance ministry - they could be added later. Helmut Kohl, the chancellor of Germany in the early 1990s, was so convinced of the need to bind a united Germany into the European Union that he was prepared to press ahead with the euro, in the face of 80 per cent opposition from the German public.

At a seminar in London last week, Joschka Fischer, a former German foreign minister, who is one of the boldest advocates of deeper European unity, was unrepentant in defending this elitist model of politics. He insisted that most important foreign policy decisions in postwar Germany had been made in the teeth of public opposition. "It's called leadership," he explained.

Such leadership is all very well, if it is vindicated by events. However, if elite decisions go wrong, they create a backlash - which is exactly what is happening in Europe now. German voters were told repeatedly that the euro would be a stable currency and that they would not have to bail out southern Europe. They now feel betrayed and angry. Greek, Irish, Spanish and Portuguese voters were told repeatedly that the euro was the route to wealth on a par with that of northern Europe. They now associate the single currency with lost jobs, falling wages and slashed pensions. They too feel betrayed and angry.

As a result, the space for political manoeuvre is narrowing on either side of Europe's creditor-debtor divide. The Greek government can barely muster a majority to force through its latest austerity package. The German government of Angela Merkel is losing support and is facing an increasingly Eurosceptic public. Meanwhile, radical anti-European parties are on the rise in other creditor nations, such as Finland and the Netherlands. Most European leaders still blithely assert that they will do whatever it takes to save the euro. But these leaders operate in democracies. If they take decisions that voters simply cannot accept, they will lose their jobs.

The relations between the peoples of the EU are cracking under the strain of the euro crisis. In Athens, demonstrators wave EU flags with the swastika imposed upon it. In Germany, the euro crisis has made it permissible to denounce profligate and corrupt southern Europeans. A single currency that was meant to bring Europeans together is instead driving them apart.

The politics of fiscal transfer are tricky, even in long-established nation states. Think of the strains between northern and southern Italy; or between Flanders and Wallonia in Belgium. But the tensions are far worse in a newly created eurozone of 17 nations with different histories, cultures and levels of economic development. Simply ignoring this - and trying to press ahead with a deeper political union - would invite an even more dangerous backlash in the future.

But if political union is not the answer to Europe's problems, what is? There are two possible solutions. The eurozone leaders might somehow patch the current system up.
http://www.ft.com/cms/s/0/7944de54-9b69 ... abdc0.html (http://www.ft.com/cms/s/0/7944de54-9b69-11e0-bbc6-00144feabdc0.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 22, 2011, 11:55:15 am
Enquanto isso no Reich:

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Alemanha prepara redução de impostos de 10 mil milhões de euros

Económico com Lusa  
22/06/11 10:06

O Governo alemão deverá anunciar uma redução de impostos da ordem dos 10 mil milhões de euros no princípio de Julho, que incidirá, sobretudo, sobre rendimentos baixos e médios, confirmaram hoje várias fontes do executivo.

Na sua edição de terça-feira, o matutino Financial Times Deutschland já tinha anunciado que a chanceler Angela Merkel, face à melhoria da situação económica, prometeu ao seu parceiro de coligação, os liberais do FDP, uma baixa dos impostos antes das legislativas de 2013.

O porta-voz do executivo, Steffen Seibert, já tinha admitido a jornalistas em Berlim que a habitual ronda dos partidos da coligação de centro direita a realizar antes das férias de verão deveria debater uma eventual redução de impostos.

"No âmbito da redução da dívida pública, há alguma margem de manobra para aliviar rendimentos mais baixos e rendimentos médios", adiantou Seibert.

Hoje mesmo, o líder parlamentar dos democratas cristãos, Volker Kauder, disse na televisão pública ARD que "a boa situação económica dá margem para descer os impostos".

Em queda nas sondagens desde as legislativas de 2009, em que obtiveram 14,6 por cento dos votos, o que lhes permitiu regressar ao governo federal, os Liberais têm exigido uma reforma fiscal na Alemanha, que já fazia parte do seu programa eleitoral.

Uma tal reforma carece, no entanto, da aprovação do Bundesrat (Conselho Federal), segunda câmara legislativa formada por representantes dos 16 Estados federados, na qual os partidos da coligação perderam entretanto a maioria absoluta, na sequência dos vários desaires deste ano em eleições regionais.

http://economico.sapo.pt/noticias/alemanha-prepara-reducao-de-impostos-de-10-mil-milhoes-de-euros_121174.html
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 07, 2011, 05:06:36 pm
:arrow: http://www.marketwatch.com/story/the-ne ... 2011-07-06 (http://www.marketwatch.com/story/the-next-worse-financial-crisis-2011-07-06)

Ou seja, continua tudo igual.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 07, 2011, 06:13:24 pm
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 09, 2011, 12:36:01 pm
25 Reasons To Buy Gold And Dump Dollars

Read more: http://www.businessinsider.com/25-reaso ... z1Rbh2QeUq (http://www.businessinsider.com/25-reasons-to-buy-gold-and-dump-dollars-2011-7#ixzz1Rbh2QeUq)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 09, 2011, 01:01:40 pm
Um site muito interessante:

 :arrow: http://www.debtbombshell.com/ (http://www.debtbombshell.com/)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 14, 2011, 05:55:29 pm
:arrow: http://www.telegraph.co.uk/finance/chin ... tatus.html (http://www.telegraph.co.uk/finance/china-business/7886077/Chinese-rating-agency-strips-Western-nations-of-AAA-status.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 16, 2011, 04:52:53 pm
Ah pois e tal...

 :roll:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 26, 2011, 12:25:30 pm
Germany's Choice

 :arrow: http://www.stratfor.com/weekly/20110725 ... ice-part-2 (http://www.stratfor.com/weekly/20110725-germanys-choice-part-2)


Vejam o artigo que não vão arrepender-se.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 17, 2011, 03:00:54 pm
Cimeira conjunta
Sarkozy e Merkel querem uma taxa Tobin e um novo governo para a zona euro


Os dois governantes querem uma taxa sobre as transacções financeiras e um novo governo económico da zona euro, liderado por Van Rompuy

A chanceler alemã Angela Merkel chegou hoje ao Eliseu pelas 15h (hora de Lisboa), onde se encontrou com Sarkozy para debater soluções para a crise na zona euro, que tem estado a afectar fortemente os mercados. De acordo com as agências, ambos apresentavam um semblante descontraído.

Além da nova taxa sobre os mercados financeiros, a França e a Alemanha tencionam propôr aos 17 Estados-membros da zona euro que adoptem uma regra de equilíbrio das finanças públicas antes do Verão de 2012, anunciou hoje o Presidente francês, Sarkozy, durante uma conferência de imprensa que se seguiu ao encontro com Merkel.

Já a criação de uma taxa Tobin, a aplicar às transacções financeiras dentro da União Europeia, irá ser proposta em Setembro. "Os ministros das Finanças alemão e francês colocarão sobre a mesa uma proposta comum, em Setembro próximo, para taxar as transacções financeiras.

A necessidade de uma taxa desta natureza é "evidente", declarou por seu turno Angela Merkel, também na conferência de imprensa. No entanto, os dois governantes europeus não avançaram pormenores sobre a modalidade que irá ser proposta.

Uma das possibilidades, que foi popularizada por James Tobin - e passou a servir para nomear este género de taxas - consiste na aplicação de um imposto muito ligeiro sobre os movimentos internacionais de capitais.

Euro precisa de Governo forte

Por outro lado, os dois países irão também sugerir a criação de um "verdadeiro governo da zona euro", indicou Sarkozy, que comentou: "Nós vamos na direcção de uma integração económica reforçada da zona euro".

Este novo governo económico teria um mandato de dois anos e meio e seria dirigido pelo actual presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Esta proposta será incluída numa carta a enviar a Van Rompuy na quarta-feira de manhã, amanhã.

“Queremos expressar a nossa vontade absoluta de defender o euro e assumir as responsabilidades particulares da França e da Alemanha na Europa e termos em todos estes assuntos uma união completa de pontos de vista”, expressou o governante francês.


Contra as euro-obrigações

"Não creio que as euro-obrigações nos irão ajudar actualmente", declarou também Merkel a seguir ao encontro com Sarkozy, reiterando a posição que Berlim tem vindo a defender sobre este tema.

O Presidente francês, por seu turno, considerou que esta opção poderia colocar "gravemente em perigo" os países com as melhores avaliações e que só deverá colocar-se essa hipótese no final de um processo de integração europeia.

A emissão de euro-obrigações, defendida por vários países europeus, destinar-se-ia a substituir as emissões de dívida que são realizadas pelos Estados, algumas das quais têm estado a ser alvo de más avaliações pelas agências de notação financeira.

Também qualquer possibilidade de aumento da dotação do fundo de estabilidade financeira, criado em 2010 para socorrer a Irlanda e depois Portugal, foi para já afastada. Os economistas consideram que os 750 milhões de euros de dotação não chegam para prestar socorro a outros países, como a Itália, mas Sarkozy e Merkel consideraram ontem que o dinheiro disponível é "suficiente".

A reunião de hoje já estava prevista desde 21 de Julho, quando se realizou a cimeira da zona euro relativa aos problemas da dívida grega. Nessa altura, Sarkozy e Merkel acordaram entre si um reencontro “antes do final do Verão”, para discutirem o reforço do Governo económico da zona euro.

Entretanto, os problemas na zona euro têm-se vindo a avolumar, mas também fora da Europa, nomeadamente a revisão em baixa da notação financeira da dívida pública dos EUA pela Standard & Poor’s.

“Os mercados aguardam um sinal muito forte: há algum piloto aos comandos da zona euro? Vamos finalmente falar a uma só voz no seio do eixo franco-alemão e parar de alimentar a cacofonia que dura depois de tantos meses?”, questionava-se um analista francês em declarações à AFP, antes do início do encontro.

 :arrow: http://www.publico.pt/Economia/sarkozy- ... 507865?p=1 (http://www.publico.pt/Economia/sarkozy-e-merkel-querem-uma-taxa-tobin-e-um-novo-governo-para-a-zona-euro_1507865?p=1)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 17, 2011, 03:08:01 pm
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Democracia ("demo+kratos") é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual.

Onde é que isso está a ser respeitado pelo Sarkozy e pela Merkel? Eles decidiram por todos os povos da zona euro e sem dar satisfações a ninguém. Alguém acredita que a UE é ainda uma instituição democrática?

Já parece a "democracia" de Napoleão e o "socialismo" de Hitler.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 26, 2011, 11:02:21 am
Nobel de Economia diz que o mundo tem 50% de hipóteses de entrar em recessão

A economia global tem 50% de hipóteses de entrar em recessão, considera o prémio Nobel da Economia Michael Spence, num momento em que a Europa e os Estados Unidos lutam para manter o crescimento económico.

"Estou muito preocupado", disse Spence em entrevista à Bloomberg TV, em Hong Kong, considerando que uma nova recessão na Europa e nos Estados Unidos rapidamente atingiria os países emergentes.  

"Uma dupla recessão na Europa e na América, onde se situam uma boa parte das economias industrializadas, vai mandar abaixo o crescimento da China em particular e irá espalhar-se para as restantes economias emergentes", afirmou Spence, que considera que há "50%" de hipóteses deste cenário se verificar.

As declarações de Spence, galardoado com o Nobel da economia em 2001, seguem-se aos cortes nas previsões de crescimento global por parte de instituições como o Citigroup ou o UBS, no dia em que banqueiros centrais de todo o mundo se reuniram para o simpósio da Reserva Federal norte-americana, em Jackson Hole, no estado norte-americano do Wyoming.

Ao contrário do rescaldo da crise financeira mundial de 2008, quando a China amorteceu a recessão com um programa de estímulos, desta vez o país só seria capaz de estimular a sua economia interna.

A China "não pode compensar o tipo de perda na procura que iria ter com uma desaceleração nas economias avançadas", disse Spence, explicando que com a inflação chinesa a rodar os 6,5% segundo dados oficiais (um valor que muitos economistas consideram subavaliado) Pequim teria de ter muito cuidado em alimentar o crescimento do crédito.

Quanto ao tão falado programa de estímulo monetário à economia que poderá ser anunciado pelo presidente da Fed, Ben S. Bernanke, em Jackson Hole, Spence considerou que apesar das "expectativas altas" a Fed tem uma "margem limitada" para estimular a economia.

Para Spence, a Fed deveria procurar incentivar empréstimos para ajudar a sustentar o mercado imobiliário.

"Poderia dar mais atenção - na sua qualidade de supervisor de partes do sistema bancário - ao sector da habitação, cuja fraqueza é uma forte âncora da economia", afirmou.

Encorajar os bancos a emprestar dinheiro para a compra de casa ou para socorrer àqueles cujas casas estão em risco poderia ajudar a aumentar os gastos dos consumidores, explicou.


 :arrow: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... tml?page=0 (http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/cieco012435.html?page=0)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: chaimites em Setembro 08, 2011, 05:28:52 am
Hugo Chavez prepara-se para dar a machadada final!

Hugo chavez prepara-se para pedir o repatriamento das reservas de ouro fisico depositadas nos EUA e Europa

A JP morgam  nos EUA nao tem o ouro da venezuela e pode falir! so Inglaterra tem que devolver 100 toneladas de ouro á Veneuela, muito desse  ouro  os bancos ja nao o tem fisicamente pois foi colocado no mercado, para se financiarem, talvez pensando que o dono do ouro nunca o iria levantar fisicamente!

 
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JP Morgan pode quebrar com a repatriação de ouro da Venezuela.

A advogada e investigadora Eva Golinger denunciou domingo no programa "Construindo a Utopia", transmitido pela Sistema Rádio Mundial, que o banco JP Morgan não tem o ouro da Venezuela, pelo que vislumbra uma crise financeira na qual não se deve descartar a compra de ouro por parte da entidade financeira para poder cumprir com os compromissos com o governo venezuelano.
http://www.radiomundial.com.ve/yvke/not ... p?t=499361 (http://www.radiomundial.com.ve/yvke/noticia.php?t=499361)

Estado de Pânico - Banco da Inglaterra tem de entregar 100 toneladas de ouro a Chavez.
22/08/11
Presidente Hugo Chavez quer começar na próxima semana o retorno físico das reservas de ouro da Europa e dos Estados Unidos para a Venezuela. Só o Banco da Inglaterra terá que transportar 99,2 toneladas de ouro para a América Latina.
http://www.deutsche-mittelstands-nachri ... 1/08/23207 (http://www.deutsche-mittelstands-nachrichten.de/2011/08/23207)

A medida foi anunciada um dia após documentos obtidos pelo Wall Street Journal terem mostrado que o governo venezuelano planeja transferir bilhões de dólares das reservas em dinheiro no exterior para bancos na Rússia, China e Brasil, e toneladas de ouro dos bancos europeus para o seu próprio Banco Central.

De acordo com os documentos, o país sul-americano planeja movimentar 211 toneladas de ouro que atualmente guarda no exterior para o Banco Central em Caracas, onde o governo mantém suas remanescentes 154 toneladas de ouro. Segundo a Dow Jones, o Banco Central detinha quase US$ 18 bilhões em ouro no fim do primeiro semestre do ano, representando quase 63% de suas reservas totais. No fim de junho, a Venezuela era o maior detentor de ouro na América Latina, segundo o Conselho Mundial do Ouro.

Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 13, 2011, 01:33:09 pm
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The Crisis of Europe and European Nationalism


By George Friedman

When I visited Europe in 2008 and before, the idea that Europe was not going to emerge as one united political entity was regarded as heresy by many leaders. The European enterprise was seen as a work in progress moving inevitably toward unification — a group of nations committed to a common fate. What was a core vision in 2008 is now gone. What was inconceivable — the primacy of the traditional nation-state — is now commonly discussed, and steps to devolve Europe in part or in whole (such as ejecting Greece from the eurozone) are being contemplated. This is not a trivial event.

Before 1492, Europe was a backwater of small nationalities struggling over a relatively small piece of cold, rainy land. But one technological change made Europe the center of the international system: deep-water navigation.

The ability to engage in long-range shipping safely allowed businesses on the Continent’s various navigable rivers to interact easily with each other, magnifying the rivers’ capital-generation capacity. Deep-water navigation also allowed many of the European nations to conquer vast extra-European empires. And the close proximity of those nations combined with ever more wealth allowed for technological innovation and advancement at a pace theretofore unheard of anywhere on the planet. As a whole, Europe became very rich, became engaged in very far-flung empire-building that redefined the human condition and became very good at making war. In short order, Europe went from being a cultural and economic backwater to being the engine of the world.

At home, Europe’s growing economic development was exceeded only by the growing ferocity of its conflicts. Abroad, Europe had achieved the ability to apply military force to achieve economic aims — and vice versa. The brutal exploitation of wealth from some places (South America in particular) and the thorough subjugation and imposed trading systems in others (East and South Asia in particular) created the foundation of the modern order. Such alternations of traditional systems increased the wealth of Europe dramatically.

But “engine” does not mean “united,” and Europe’s wealth was not spread evenly. Whichever country was benefitting had a decided advantage in that it had greater resources to devote to military power and could incentivize other countries to ally with it. The result ought to have been that the leading global empire would unite Europe under its flag. It never happened, although it was attempted repeatedly. Europe remained divided and at war with itself at the same time it was dominating and reshaping the world.

The reasons for this paradox are complex. For me, the key has always been the English Channel. Domination of Europe requires a massive land force. Domination of the world requires a navy heavily oriented toward maritime trade. No European power was optimized to cross the channel, defeat England and force it into Europe. The Spanish Armada, the French navy at Trafalgar and the Luftwaffe over Britain all failed to create the conditions for invasion and subjugation. Whatever happened in continental Europe, the English remained an independent force with a powerful navy of its own, able to manipulate the balance of power in Europe to keep European powers focused on each other and not on England (most of the time). And after the defeat of Napoleon, the Royal Navy created the most powerful empire Europe had seen, but it could not, by itself, dominate the Continent. (Other European geographic features obviously make unification of Europe difficult, but all of them have, at one point or another, been overcome. Except for the channel.)


Underlying Tensions

The tensions underlying Europe were bought to a head by German unification in 1871 and the need to accommodate Germany in the European system, of which Germany was both an integral and indigestible part. The result was two catastrophic general wars in Europe that began in 1914 and ended in 1945 with the occupation of Europe by the United States and the Soviet Union and the collapse of the European imperial system. Its economy shattered and its public plunged into a crisis of morale and a lack of confidence in the elites, Europe had neither the interest in nor appetite for empire.

Europe was exhausted not only by war but also by the internal psychosis of two of its major components. Hitler’s Germany and Stalin’s Soviet Union might well have externally behaved according to predictable laws of geopolitics. Internally, these two countries went mad, slaughtering both their own citizens and citizens of countries they occupied for reasons that were barely comprehensible, let alone rationally explicable. From my point of view, the pressure and slaughter inflicted by two world wars on both countries created a collective mental breakdown.

I realize this is a woefully inadequate answer. But consider Europe after World War II. First, it had gone through about 450 years of global adventure and increasingly murderous wars, in the end squandering everything it had won. Internally, Europe watched a country like Germany — in some ways the highest expression of European civilization — plunge to levels of unprecedented barbarism. Finally, Europe saw the United States move from the edges of history to assume the role of an occupying force. The United States became the envy of the Europeans: stable, wealthy, unified and able to impose its economic, political and military will on major powers on a different continent. (The Russians were part of Europe and could be explained within the European paradigm. So while the Europeans may have disdained the Russians, the Russians were still viewed as poor cousins, part of the family playing by more or less European rules.) New and unprecedented, the United States towered over Europe, which went from dominance to psychosis to military, political and cultural subjugation in a twinkling of history’s eye.

Paradoxically, it was the United States that gave the first shape to Europe’s future, beginning with Western Europe. World War II’s outcome brought the United States and Soviet Union to the center of Germany, dividing it. A new war was possible, and the reality and risks of the Cold War were obvious. The United States needed a united Western Europe to contain the Soviets. It created NATO to integrate Europe and the United States politically and militarily. This created the principle of transnational organizations integrating Europe. The United States also encouraged economic cooperation both within Europe and between North America and Europe — in stark contrast to the mercantilist imperiums of recent history — giving rise to the European Union’s precursors. Over the decades of the Cold War, the Europeans committed themselves to a transnational project to create a united Europe of some sort in a way not fully defined.

There were two reasons for this thrust for unification. The first was the Cold War and collective defense. But the deeper reason was a hope for a European resurrection from the horrors of the 20th century. It was understood that German unification in 1871 created the conflicts and that the division of Germany in 1945 re-stabilized Europe. At the same time, Europe did not want to remain occupied or caught in an ongoing near-war situation. The Europeans were searching for a way to overcome their history.

One problem was the status of Germany. The deeper problem was nationalism. Not only had Europe failed to unite under a single flag via conquest but also World War I had shattered the major empires, creating a series of smaller states that had been fighting to be free. The argument was that it was nationalism, and not just German nationalism, that had created the 20th century. Europe’s task was therefore to overcome nationalism and create a structure in which Europe united and retained unique nations as cultural phenomena and not political or economic entities. At the same time, by embedding Germany in this process, the German problem would be solved as well.


A Means of Redemption

The European Union was designed not simply to be a useful economic tool but also to be a means of European redemption. The focus on economics was essential. It did not want to be a military alliance, since such alliances were the foundation of Europe’s tragedy. By focusing on economic matters while allowing military affairs to be linked to NATO and the United States, and by not creating a meaningful joint-European force, the Europeans avoided the part of their history that terrified them while pursuing the part that enticed them: economic prosperity. The idea was that free trade regulated by a central bureaucracy would suppress nationalism and create prosperity without abolishing national identity. The common currency — the euro — is the ultimate expression of this hope. The Europeans hoped that the existence of some Pan-European structure could grant wealth without surrendering the core of what it means to be French or Dutch or Italian.

Yet even during the post-World War II era of security and prosperity, some Europeans recoiled from the idea of a transfer of sovereignty. The consensus that many in the long line of supporters of European unification believed existed simply didn’t. And today’s euro crisis is the first serious crisis that Europe has faced in the years since, with nationalism beginning to re-emerge in full force.

In the end, Germans are Germans and Greeks are Greeks. Germany and Greece are different countries in different places with different value systems and interests. The idea of sacrificing for each other is a dubious concept. The idea of sacrificing for the European Union is a meaningless concept. The European Union has no moral claim on Europe beyond promising prosperity and offering a path to avoid conflict. These are not insignificant goals, but when the prosperity stops, a large part of the justification evaporates and the aversion to conflict (at least political discord) begins to dissolve.

Germany and Greece each have explanations for why the other is responsible for what has happened. For the Germans, it was the irresponsibility of the Greek government in buying political power with money it didn’t have to the point of falsifying economic data to obtain eurozone membership. For the Greeks, the problem is the hijacking of Europe by the Germans. Germany controls the eurozone’s monetary policy and has built a regulatory system that provides unfair privileges, so the Greeks believe, for Germany’s exports, economic structure and financial system. Each nation believes the other is taking advantage of the situation.

Political leaders are seeking accommodation, but their ability to accommodate each other is increasingly limited by public opinion growing more hostile not only to the particulars of the deal but to the principle of accommodation. The most important issue is not that Germany and Greece disagree (although they do, strongly) but that their publics are increasingly viewing each other as nationals of a foreign power who are pursuing their own selfish interests. Both sides say they want “more Europe,” but only if “more Europe” means more of what they want from the other.


Managing Sacrifice

Nationalism is the belief that your fate is bound up with your nation and your fellow citizens and you have an indifference to the fate of others. What the Europeanists tried to do was create institutions that made choosing between your own and others unnecessary. But they did this not with martial spirit or European myth, which horrified them. They made the argument prudently: You will like Europe because it will be prosperous, and with all of Europe prosperous there will be no need to choose between your nation and other nations. Their greatest claim was that Europe would not require sacrifice. To a people who lived through the 20th century, the absence of sacrifice was enormously seductive.

But, of course, prosperity comes and goes, and as it goes sacrifice is needed. And sacrifice — like wealth — is always unevenly distributed. That uneven distribution is determined not only by necessity but also by those who have power and control over institutions. From a national point of view, it is Germany and France that have the power, with the British happy to be out of the main fray. The weak are the rest of Europe, those who surrendered core sovereignty to the Germans and French and now face the burdens of managing sacrifice.

In the end, Europe will remain an enormously prosperous place. The net worth of Europe — its economic base, its intellectual capital, its organizational capabilities — is stunning. Those qualities do not evaporate. But crisis reshapes how they are managed, operated and distributed. This is now in question. Obviously, the future of the euro is now widely discussed. So the future of the free-trade zone will come to the fore. Germany is a massive economy by itself, exporting more per year than the gross domestic products of most of the world’s other nation-states. Does Greece or Portugal really want to give Germany a blank check to export what it wants with it, or would they prefer managed trade under their control? Play this forward past the euro crisis and the foundations of a unified Europe become questionable.

This is the stuff that banks and politicians need to worry about. The deeper worry is nationalism. European nationalism has always had a deeper engine than simply love of one’s own. It is also rooted in resentment of others. Europe is not necessarily unique in this, but it has experienced some of the greatest catastrophes in history because of it. Historically, the Europeans have hated well. We are very early in the process of accumulating grievances and remembering how to hate, but we have entered the process. How this is played out, how the politicians, financiers and media interpret these grievances, will have great implications for Europe. Out of it may come a broader sense of national betrayal, which was just what the European Union was supposed to prevent.



Read more: The Crisis of Europe and European Nationalism | STRATFOR

Reparem em quem fez este texto.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: old em Setembro 22, 2011, 04:16:17 pm
Graficos de deudas por paises en Europa.

http://www.libremercado.com/2011-09-20/ ... 276435824/ (http://www.libremercado.com/2011-09-20/cuanta-deuda-publica-y-de-que-tipo-posee-cada-banco-europeo-1276435824/)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fs.libertaddigital.com%2Ffotos%2Fnoticias%2Fdeuba03.jpg&hash=7bd84a6fdb70cbc22ddf429f1e33e84c)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fs.libertaddigital.com%2Ffotos%2Fnoticias%2Fdeuba04.jpg&hash=944cdde8d696b78401a0fb8e3dcb0a62)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fs.libertaddigital.com%2Ffotos%2Fnoticias%2Fdeuba01.jpg&hash=1bf44c8b48f584c9948b188e732960e5)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fs.libertaddigital.com%2Ffotos%2Fnoticias%2Fdeuba02.jpg&hash=7189b39d5fe0eeac0f3016e9276464e5)
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fs.libertaddigital.com%2Ffotos%2Fnoticias%2Fdeuba05.jpg&hash=74db9815c06b42f67c048dd7382b88c3)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: vmpsm em Setembro 23, 2011, 02:42:33 pm
Irish economy continues to grow

The Irish economy grew by 1.6% in the second quarter, official figures show.

It was the second successive quarter of GDP growth, after a revised 1.9% rise in the first three months of the year.

The figures surprised forecasters, who had expected an increase of just 0.25%. It is the first time since 2006 that the Irish economy has expanded for two quarters in a row.

Analysts said higher investment and exports had compensated for consumer demand, which remained weak.

Figures for Irish gross national product (GNP), which excludes output from foreign multinationals based in the Republic, returned to positive territory, rising by 1.1%, after showing a revised 3% decline in the first three months.

The Irish statistics office had originally issued first-quarter figures showing a 1.3% increase in GDP and a 4.3% decline in GNP.

"The overall story here is one of incremental improvement in the Irish economy," said Ulster Bank chief economist Simon Barry.

"However, it continues to be characterised by a situation where the trading sector is looking buoyant and domestic demand continues to stay weak."

http://www.bbc.co.uk/news/business-15019568
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Jorge Pereira em Setembro 29, 2011, 02:57:13 am
Eureca!

http://www.rolandberger.com/media/pdf/R ... 110927.pdf (http://www.rolandberger.com/media/pdf/Roland_Berger_EURECA_project_20110927.pdf)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Outubro 02, 2011, 09:49:36 pm
A Verdade sobre a Crise

Suponhamos que sou um banqueiro e que empresto 1.000 dólares a John Smith, com a garantia da sua fábrica. A seguir, retiro uma parte dos meus outros empréstimos, diminuindo assim o poder de compra na região onde John Smith montou o seu negócio. Em consequência dessa contracção do poder de compra, de "procura", os preços baixarão e John Smith deixará de ganhar dinheiro. Como tem que pagar-me os juros do empréstimo que lhe fiz, começa por reduzir no pessoal e a instalar maquinaria que poupe mão-de-obra. Mas eu continuo a reduzir os meus empréstimos. Os preços continuam a baixar e, no final, John Smith fica sem recursos. Diz-me que não pode continuar a pagar os juros. Então, hipoteco-lhe a fábrica e ponho-a à venda. Faço-lhe uma oferta de 800 dólares, quantia que servirá para pagar o empréstimo que lhe fiz. Um pouco mais tarde começo a emprestar de novo, e os preços voltam a subir. A fábrica de John Smith tem agora muito valor, uma vez que voltou a aumentar – proporcionando poder de compra – a chamada "procura" do que ele fabricava. De maneira que vendo-lhe agora a fábrica por 5.000 dólares, metendo ao bolso, "com toda a legalidade", 4.000 dólares.

– Arthur Nelson Field in The Truth about the Slump.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Luso em Outubro 11, 2011, 06:18:40 pm

Tenho acompanhado alguns noticiários da América do Norte e fico espantado com o baixo nível de boa parte dos comentadores. Este que coloquei é um simples exemplo.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Jorge Pereira em Outubro 15, 2011, 12:37:47 am
Confirma-se o que sempre pensei. Está-se a preparar em Bruxelas um perdão de 50% da dívida grega. O FEEF suportaria esse custo compensando (capitalizando ?) os bancos que vão sofrer (uma grande maioria dos europeus) com esse perdão grego. Não irá haver nenhum tipo de perdão para as dívidas portuguesa, irlandesa ou outra qualquer, mas admito que as condições exigidas pela troika a esses países sejam muito flexibilizadas.

De uma forma inteligente (mas muito demorada) resolvem-se vários problemas: Resolve-se o problema grego, capitalizam-se os bancos e dá-se um sinal claro aos mercados de que nenhum país da zona euro será deixado à sua sorte nem que haverá saídas da zona euro.

Na próxima semana, se Deus quiser, iremos assistir ao início do fim da crise!
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Miguel em Outubro 15, 2011, 01:07:31 pm
Jorge Pereira,

Desde 2008, e direi mesmo 2001, esperamos pelo fim da crise.

Sinceramente para a maioria das populaçoes a crise vai amplificar-se. Cada vez menos rendimentos e inflaçao de bens essenciais e cargas fiscais a subir.

Fico admirado com a calma dos povos europeus, excepto na Grecia :wink:  por isso eles vao um "haircut" da suas dividas. Tirando meia duzia de hippies e fanaticos minguem se levanta.

A  lavagem de cerebro funcionou muito bem. Nem os grandes ditadores do seculo passado sonhavam com um sucesso igual; eles que utilzavam forças policiais brutais.

Dentro de alguns anos vai ser possivel produzir em Europa, produtos ao mesmo preço que na China ou nos BRICS, entao nesse momento poderemos falar de saida de crise.

Cumprimentos.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Jorge Pereira em Outubro 17, 2011, 12:01:45 am
Caro Miguel, neste momento existem claros indícios de que se está a trabalhar seriamente com vista à solução da chamada crise da dívida soberana. O motivo principal pelo qual estou optimista, é que de facto os líderes europeus e mundiais já perceberam os riscos sistémicos desta crise. Ao mesmo tempo, e perante a falta de liquidez dos bancos, e por conseguinte das economias, ao perdoarem parte da dívida da Grécia (não sei se a de mais alguém, a ver vamos) têm a desculpa perfeita para recapitalizar esses mesmos bancos.  A ver vamos.

Sobre a China a conversa seria longa, mas na minha opinião, e não tenho grandes dúvidas quanto a isso, uma das maiores revoluções económicas a nível mundial advirá quando o regime político chinês mudar. Quando será isso? Eis a questão...
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Novembro 08, 2011, 02:41:34 pm
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Nos dias que correm não é fácil ser-se grego.
Das razões económicas já há muitos meses se sabia. Recentemente, e apesar de não admitido oficialmente, sabe-se também que a Grécia esteve à beira de um golpe militar.
Habituados que estávamos a pensar que ditaduras, guerras e instabilidade social eram coisa do passado ou de países menos civilizados, as fundações da orgulhosa Europa tremeram mais uma vez, de tal modo que de repente o espectro de outra grande guerra no Velho Continente apareceu do armário, onde esteve 66 anos.
Curiosamente (ou não), a Alemanha está mais uma vez ligada a essa instabilidade. A Alemanha que foi desmembrada e limitada no armamento que podia possuir depois da II Guerra Mundial, reagrupou-se e cerrou fileiras na única guerra que podia travar: a económica. E foi paulatinamente (como antes) reconquistando a importância que outrora teve pelas armas. Uma guerra calculista, surda, quase invisível, e o que é pior, lícita! O resto da Europa (como antes) ficou a ver, quando se alargou a União Europeia de 12 países para 15, para 19, para vinte e não-sei-quantos, no espaço de poucos anos. Ficou a ver quando foi retirado o direito de veto a um país isolado da União Europeia. Ficou a ver quando se assinaram acordos de comércio com a China, que acabaram com o pouco que sobrou das economias mais frágeis no alargamento a Leste da UE. De todos estes acontecimentos, o único denominador (vencedor) comum foi a Alemanha. Pode dizer-se que a Alemanha aplicou uma variação de "se não os consegues vencer junta-te a eles", trocando a última parte por um "compra-os". E nós deixámo-nos comprar. E até gostámos....  

Ler o resto em  :arrow:  http://www.passarodeferro.com/2011/11/e ... -m553.html (http://www.passarodeferro.com/2011/11/episodios-de-uma-tragedia-grega-m553.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 13, 2011, 06:38:56 pm
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Novembro 14, 2011, 02:39:31 pm
e mais um ex-quadro da Goldman Sachs, Mario Motti, chega a PM...
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Jorge Pereira em Dezembro 09, 2011, 05:01:02 pm
:arrow: Tamanho da dívida dos vários países em relação ao seu PIB (http://http)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 20, 2011, 03:09:56 pm
:arrow: http://www.leap2020.eu/GEAB-N-60-is-ava ... a8481.html (http://www.leap2020.eu/GEAB-N-60-is-available-Global-systemic-crisis-USA-2012-2016-An-insolvent-and-ungovernable-country_a8481.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: psi em Dezembro 20, 2011, 08:21:34 pm
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 28, 2011, 01:52:13 pm
Reino Unido e França: A guerra (dos números) continua

Há muito tempo que a rivalidade entre os dois países não andava com os dentes tão afiados. Com Cameron e Sarkozy de candeias às avessas, a imprensa, sobretudo a britânica, não perde um pretexto para medir forças, mesmo quando estas escasseiam. As mudanças no "ranking" das maiores economias do mundo, ontem divulgado, foi o mais recente.
O estudo foi realizado pelo Centre for Economics and Business Research (CEBR), um instituto britânico de análise económica, e confirma uma previsão já antes avançada pelo Fundo Monetário Internacional: feitas as contas, no fim deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá ultrapassar o do Reino Unido que perde, assim, uma posição, passando a sétima maior potência do mundo.

Inalteradas para já, permanecem as posições da França, que, com o seu 5º lugar, se mantém à frente do Reino Unido, mas atrás da Alemanha, Japão, China e Estados Unidos.

Contudo, as projecções do CEBR para 2020 sugerem que Rússia e Índia vão saltar para os lugares cimeiros. O Reino Unido descerá então para a 8ª posição, perdendo dois lugares, e França descerá ainda mais, passando para o 9º lugar do ranking mundial.

Qual é a “notícia” aqui? A BBC titulou, ainda ontem, “Economia brasileira ultrapassa a do Reino Unido”. A mesma linha seguiu o “The Guardian”, que destacava porém o cenário de 2020 para servir de “consolo” aos britânicos. “A única compensação para os membros do Governo envolvidos com a queda relativa do Reino Unido é que a França vai cair a um ritmo ainda mais acelerado”. O jornal concluía, assim, que o presidente francês “Nicolas Sarkozy ainda se pode gabar da quinta posição da economia francesa (…), mas, até 2020, ela deverá cair para a nona posição, atrás do Reino Unido”.

O “Financial Times”, jornal de referência do mundo dos negócios, optou por não se comprometer e noticiou os resultados do estudo do CEBR com um título tão inócuo quanto pouco esclarecedor: “Brasil sobe um lugar no ranking do PIB”.

Já o site de informação económica, “This is Money”, conseguiu mesmo titular “Economia britânica deve superar a francesa em cinco anos”. “Em 2020, o Reino Unido terá deslizado de sétima para oitava maior economia do mundo, mas a França vai sofrer uma derrocada (“crash”), da quinta para a nona posição”.

Crise do euro renova velhas rivalidades

A rivalidade entre os dois países é ancestral, mas a tensão entre os dois dirigentes voltou a escalar à medida que se agrava a crise do euro e se deterioram os dados económicos, que sugerem o regresso provável da recessão dos dois lados da Mancha, com Cameron a responsabilizar sucessivamente o euro pelo mau desempenho da sua economia.

A ferida latente ficou abertamente exposta depois de na última cimeira europeia, de 9 de Dezembro, David Cameron ter permanecido insensível à pressão de Nicolas Sarkozy vetando, isolado, a reabertura do Tratado de Lisboa para que fossem inscritas regras mais apertadas de disciplina orçamental.

A partir da daí, têm-se sucedido trocas sucessivas de palavras azedas.

Um dos mais recentes episódios foi protagonizado pelo ministro britânico das Finanças, que comparou as contas públicas da França às de Portugal, Itália e Grécia. Os parceiros europeus estão "aterrorizados" com a situação das finanças públicas francesas, disse George Osborne, aconselhando o seu colega francês "a tomar decisões difíceis" para controlar a dívida pública.

Sem demora, François Baroin respondeu que a França “não recebe lições de ninguém” e a “verdade é que a situação da economia britânica é muito preocupante e, neste momento, em termos económicos, preferimos ser a França a ser o Reino Unido". O ministro francês questionou ainda os critérios das agências de rating, que ameaçam retirar à França a notação máxima e não ao Reino Unido – situação, que pouco tempo depois, se equiparou, com Londres a culpar, de novo, o euro.

"Não se pode confiar em quem cozinha tão mal"

O actual clima de animosidade faz lembrar o que se viveu em 2005 entre Tony Blair e o então presidente francês Jacques Chirac. Inconformado com o veto britânico ao planeamento orçamental da União Europeia, que previa a abolição do controverso “cheque britânico” arrancado a ferros por Margaret Thatcher, Chirac terá chegado a dizer numa cimeira com a Rússia que “não se podia confiar em gente que cozinha tão mal” e que a principal contribuição britânica para a culinária tinha sido a doença das vacas loucas. O Eliseu tentou por água na fervura, mas as relações bilaterais ficaram, então, seriamente beliscadas.

À época, o jornal britânico “The Independent” chegou a publicar um suplemento sobre os mil anos de rivalidade franco-britânica, descrevendo como o percurso da História, desde a Batalha de Hastings, à batalha entre Londres e Paris para acolher os Jogos Olímpicos de 2012, passando pela Guerra dos 100 anos, havia tecido uma "inimizade profunda" entre os dois países. Que (menos dito, mas não menos verdade) têm também sido muitas vezes na História – como no presente – aliados quase perfeitos. A sintonia em torno da intervenção militar na Líbia foi apenas o episódio mais recente.

 :arrow: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=527849 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=527849)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Janeiro 03, 2012, 06:18:52 pm
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Grécia admite saída do euro se não receber nova tranche de ajuda

O governo grego admitiu hoje que o país terá que abandonar o euro se não receber uma nova tranche da ajuda internacional no valor de 130 mil milhões de euros.

16:20 Terça feira, 3 de janeiro de 2012

"Se o resgate acordado no final de outubro não for concretizado, estaremos fora do euro", disse um porta-voz do Governo grego, à Skai TV, citado pela Associated Press.

De acordo com Pantelis Kapsis, as negociações que vão decorrer nos próximos meses com os responsáveis pela monitorização da ajuda financeira externa - da União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - vão "determinar tudo", reconhecendo que pode ser necessário reforçar as medidas de austeridade para cumprir as metas exigidas pela 'troika'.

Uma missão da 'troika' internacional é esperada novamente em Atenas, em janeiro, para avaliar os progressos do país para ultrapassar a crise da dívida soberana.

A Grécia recebeu uma primeira tranche de 110 mil milhões de euros, em maio de 2010, tendo o governo imposto medidas de austeridade para estancar a crise da dívida soberana.

"Não há plano para o abandono de países da zona euro"

Já a Comissão Europeia reiterou hoje, na primeira conferência de imprensa do ano, que não existe nenhum plano em cima da mesa para o abandono de países da zona euro.

Questionado sobre uma eventual saída da Grécia em caso de incumprimento dos programas de assistência financeira acordados, um porta-voz do executivo comunitário, Olivier Bailly, sublinhou que "não há nenhum plano para a saída de membros da zona euro em 2012 e adiante".

Na sua mensagem de ano novo, o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, alertou a população do país para as dificuldades que 2012 trará, avisando que é necessário um grande esforço coletivo para evitar o colapso económico e a saída da zona euro.

"Um ano muito difícil, marcado por medidas duras, mas necessárias, está a terminar, e vai começar mais um ano muito complicado", avisou o responsável na mensagem de novo ano, acrescentando que os gregos têm que "continuar os seus esforços com determinação, de forma a que a crise não gere um colapso catastrófico".

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/grecia-admite- ... z1iQ6Y3RwW (http://aeiou.expresso.pt/grecia-admite-saida-do-euro-se-nao-receber-nova-tranche-de-ajuda=f697674#ixzz1iQ6Y3RwW)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 05, 2012, 07:57:55 pm
Hungria, o próximo na mira do FMI ?


A Hungria está a perfilar-se para ser o próxima país europeu a dar as boas-vindas à ajuda externa do FMI. Mesmo sem ser algo inédito na nação magiar – foi a primeira economia europeia a recorrer à instituição, em 2008 -, a nova visita do FMI solta ecos mais audíveis face à crise financeira que tem alastrado pela Europa. Estima-se que, no total, a Hungria necessite de uma verba entre os 15 e os 20 mil milhões de euros para pagar a sua dívida soberana nos mercados. O alerta húngaro voltou a soar quando este semana a sua moeda atingiu um mínimo histórico de desvalorização em relação ao euro, quando quase 324 florins passaram a ser necessários para alcançar o equivalente a uma unidade da moeda única europeia.

A agravar a desvalorização da sua moeda surgiu um novo máximo dos juros de dívida do Estado, a 12 meses, exigidos à Hungria pelos seus investidores no último leilão no mercado primário.

Esta quinta-feira, um novo máximo foi atingido nos 9,96%, valor bem superior aos 7%, uma fasquia que, quando foi ultrapassada pela Itália, fez voltar as atenções dos mercados e das instituições europeias para a economia do país então ainda liderado por Silvio Berlusconi.

Os dois factos acima mencionados seguiram o caminho que parecia já ser traçado em Dezembro, quando, como lembra a BBC, duas das principais agências de notação financeira norte-americanas baixaram o 'rating' húngaro para a categoria de 'lixo', uma palavra que, já antes, as economias de Portugal e Grécia também tiveram que suportar.

Assim, o conjugar de factores desfavoráveis poderá estar prestes a obrigar a Hungria a protagonizar o segundo capítulo da sua relação com o IMF. Em 2008, o país foi o primeiro no território europeia a pedir um resgate à instituição monetária, na altura a rondar os 220 milhões de euros.

UE de "pé atrás" com política húngara

Perante o agravamento do cenário económico do país, o seu negociador oficial para a ajuda externa, Thomas Fellengi, deu já a conhecer a vontade húngara em «alcançar um rápido entendimento» com a UE e o FMI e, segundo a Associated Press, indicou igualmente que as negociações devem começar «sem condições prévias», leia-se, sem exigências por parte das instituições europeias.

Mas tanto a UE como o BCE também já demonstraram a sua insatisfação. No centro das queixas, escreve o El País, estão as novas leis aprovadas pelas recentes alterações à constituição húngara, promovida pelo executivo conservador, e de direita, liderado pelo primeiro-ministro Viktor Orban.

As instituições europeias consideram que as novas leis reduziram a independência do Banco Central do país, e que contrariam a legislação comunitária. A insatisfação exterior acresceu assim a contestação à alteração constitucional, que esta semana tem atirado dezenas de milhares de pessoas, em protesto, para as ruas da capital, Budapeste.

Mas, e face à cada vez mais apertada necessidade em recorrer à ajuda externa, Fellengi soltou que o executivo «está preparado para discutir assuntos constitucionais», ao garantir que «qualquer assunto pode ser discutido à mesa das negociações».

SOL
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: miguelbud em Janeiro 06, 2012, 09:31:24 am
Nao só está na mira do FMI, como também está na pole position para ser a primeira ditadura europeia do século XXI.

As políticas deste governo desde que chegou ao poder há quase 2 anos sao um atentado á democracia:
1- As radios e TVs estao proibidas de passar musica ou programas que contenham linguagem obscena;
2- Retirou poderes ao Tribunal constitucional;
3- O banco central húngaro já nao é um organismo independente.
4- A partir do dia 1 é proibido fumar em qualquer lado a menos que o lugar esteja identificado  (Isto é aplicável na rua).

Junta-se a isto o facto da aprovada lei que qualquer pessoa que tenha tido antepassados hungaros e fale hungaro, pode pedir nacionalidade hungara, mesmo que nunca tenha visitado a hungria. Lei esta que, na minha opiniao, se nao pertencesse á NATO e se o alargamento da Uniao Europeia aos 25 nao tivesse acontecido, poderia ter dado em guerra com a Eslovaquia e eventualmente Roménia.

Ah, e se pensam que o nosso presidente Cavaco Silva é pouco interventivo, entao deviam ver o presidente hungaro, que nao é eleito pelo povo. É recomendado pelo governo  :lol:  Neste momento é um antigo campeao olimpico de esgrima (isto é a unica coisa pela qual é conhecido).
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Janeiro 06, 2012, 12:46:29 pm
Anarquia/Democracia/Ordem/Ditadura...
As barreiras estão cada vez mais ténues...
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 07, 2012, 05:32:37 pm
Grécia investiga alegada fraude de 250 milhões de €€€


As autoridades gregas vão investigar todas as pessoas beneficiadas por subsídios públicos destinados a pessoas com graves deficiências, após vir à tona um anómalo número de casos em diversas regiões que fazem suspeitar de uma fraude generalizada que custaria ao Estado cerca de 250 milhões de euros. Segundo uma reportagem deste sábado do jornal Kathimerini, esta investigação será realizada após o Ministério da Saúde  grego detectar incidências desproporcionais de certos problemas médicos em algumas regiões do país, que enfrenta sérias dificuldades para sanar as suas finanças públicas.

Na ilha de Zante, de apenas 30 mil habitantes, 600 pessoas recebem subsídios por problemas de visão. Outras regiões, como Viotia e a ilha de Kalymnos, apresentam números surpreendentemente elevados de pacientes com asma e com atrasos mentais, respectivamente.

Em Salónica, segunda maior cidade do país, há mil pessoas com supostas deficiências graves, algo que motivou a ironia do vice-ministro da Saúde, Markos Bolaris, que disse que esse número só seria possível se o país tivesse participado na Guerra do Vietname.

Entre os 11 milhões de gregos, há cerca de 200 mil que recebem esses subsídios por incapacidades graves diversas, tanto físicas como mentais.

Em Novembro, a emissora Mega revelou que um médico tinha assinado atestados de incapacidade para cerca de 60 pessoas num município nos arredores de Atenas. Essa reportagem referia-se também ao suposto envolvimento de directores de hospitais na concessão de subsídios por incapacidade.

Segundo declarações de Bolaris à Kathimerini, entre Fevereiro e Março deste ano, será elaborado um novo censo de receptores de subsídios. O governo, com isso, espera economizar cerca de 250 milhões dos 6,2 mil milhões de euros que destina actualmente para essas ajudas.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 08, 2012, 06:23:09 pm
O que reserva 2012 à economia mundial ?


Haverá boas razões para esperar uma retoma saudável? Não propriamente. Um eventual desastre na zona euro poderá alastrar a todo o mundo. Mas não só. É provável que a retoma nos EUA seja frágil. A sombra projectada pelos acontecimentos anteriores a 2007 passa, pois, lentamente.

As previsões de Dezembro da Consensus Economics são sombrias: o crescimento potencial para 2012 situa-se em níveis muito inferiores aos estimados há um ano. Isto aplica-se, em particular, à zona euro, que deverá entrar em recessão. As economias de Itália e Espanha deverão contrair, e o crescimento esperado para França e Alemanha será em tudo marginal. As previsões para o Reino Unido são semelhantes às avançadas para os dois maiores membros da zona euro. Apenas o Japão e os EUA deverão registar algum crescimento económico este ano. No caso dos EUA, o crescimento previsto foi de 2,1% em Dezembro, ligeiramente acima das previsões de Novembro, de 1,9%.

Importa, contudo, contextualizar este desempenho. No terceiro trimestre de 2011, o Canadá era o único dos sete países mais industrializados (G7) cujo PIB se situava muito acima dos máximos anteriores à crise. As economias dos EUA e da Alemanha mantinham-se ligeiramente acima dos respectivos máximos anteriores à crise, enquanto a França se encontrava num patamar ligeiramente abaixo. Reino Unido, Japão e Itália mantinham-se em níveis muito inferiores aos máximos atingidos antes da crise. Retoma? Quem falou em retoma?

A taxa de juro mais alta aplicada actualmente pelos quatro principais bancos centrais é precisamente a do Banco Central Europeu (BCE), de apenas 1%. Os balanços destes bancos centrais também cresceram para níveis dramáticos. Mais: prevê-se que entre 2006 e 2013, o rácio entre a dívida pública bruta e o PIB aumente para 56 pontos percentuais no Reino Unido, 55 pontos no Japão, 48 pontos nos EUA e 33 pontos em França. Por que razão políticas tão drásticas tiveram resultados tão modestos?

Não faltam debates profundamente ideológicos. Eis o paradigma teórico dominante: não pode haver crise financeira e, se isso acontecer, não se lhe pode dar importância - na condição de o dinheiro em circulação não ser afectado, claro. Nesta perspectiva, a rigidez estrutural e a incerteza induzida pelas políticas adoptadas são os dois únicos factores que impedem as economias de progredir. Em minha opinião, não passa de um conto de fadas assente em teorias que reduzem o capitalismo a uma economia de troca directa sob um discreto véu monetário.

Pessoalmente, considero mais persuasiva a perspectiva que aceita que as pessoas cometem erros importantes. A divisão é profunda entre, por um lado, os que defendem que os erros são cometidos pelos governos e a solução reside em deixar o edifício financeiro distorcido ruir - os austríacos -, e os que alegam - mais concretamente os pós-Keynesianos - que a economia moderna é instável por inerência e, como tal, o seu colapso faria com que regredíssemos para a década de 1930 do século passado. Pelo que me toca, subscrevo a segunda perspectiva.

O falecido Hyman Minsky explanou na sua obra premonitória, "Estabilizando uma economia instável", as hipóteses por si formuladas de instabilidade financeira. Em 2009, Janet Yellen, vice-presidente da Reserva Federal americana, afirmou que, "dada a turbulência no mundo financeiro, a obra de Minsky passara a ser de leitura obrigatória".

O que torna a sua obra fascinante é o facto de ligar as decisões de investimento orientadas para um futuro inerentemente incerto aos balanços que os financiam e, consequentemente, ao sistema financeiro. Na perspectiva de Minsky, a alavancagem - e, por conseguinte, a fragilidade - são determinadas pelo ciclo económico. Um período prolongado de tranquilidade vai gerar fragilidade: as pessoas tenderão a subestimar os perigos e a sobrevalorizar as oportunidades. Minsky sublinhou que a "grande moderação" contém em si as sementes da sua própria destruição.

Os anos anteriores a 2007 testemunharam um ciclo de crédito privado extraordinário, nomeadamente nos EUA, Reino Unido e Espanha, sustentados pela subida dos preços da habitação. Quando estas bolhas rebentaram, os défices orçamentais explodiram automaticamente, tal como Minsky previra. Este foi um dos três mecanismos políticos que evitou que o colapso degenerasse numa grande depressão, sendo os restantes a intervenção financeira e monetária. As economias continuam a lutar com o ajustamento pós-colapso. Com as taxas de juro próximas de zero, os défices orçamentais de soberanos solventes oferecem três tipos de ajuda: procura, desalavancagem e melhoria da qualidade dos activos privados.

Até onde se avançou com o processo de desalavancagem? Nos EUA, os avanços foram consideráveis. No terceiro trimestre de 2011, o rácio entre a dívida bruta do sector financeiro e o PIB estava no mesmo nível que em 2001, enquanto o rácio entre a dívida das famílias e o PIB era semelhante ao de 2003. Na opinião da Goldman Sachs, "é provável que o sector imobiliário já tenha atingido o ponto mais baixo, mas cremos que os preços nominais da habitação só atinjam esse patamar no decorrer de 2012". Os EUA estão prontos para a retoma, apesar de limitada pelo aperto orçamental prematuro, pelo processo de desalavancagem ainda em curso, pelos riscos na zona euro e, talvez, pelo aumento dos preços do petróleo. A retoma terá por base uma economia desequilibrada.

A fragilidade da zona euro é, contudo, muito maior. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico prevê uma redução no défice orçamental subjacente da zona euro de 1,4% do PIB entre 2011 e 2012, comparando com os 0,2% do PIB previstos para os EUA. No entanto, o maior perigo para as economias mais frágeis da zona euro é que os sectores público e privado contraiam simultaneamente - a receita ideal para uma crise profunda e prolongada. Os estados soberanos insolventes estarão, talvez, condenados a contrair a sua posição orçamental na ausência de contrapontos adequados, quer externos quer da parte do sector privado. Para estes países, uma recessão na zona euro é sinónimo de calamidade, uma vez que vai atrasar o necessário ajustamento externo. Neste contexto, a proposta do BCE para financiar os bancos através de empréstimos a três anos com taxas baixas, que aqueles poderão emprestar numa segunda fase aos países em maiores dificuldades, é pouco mais do que um paliativo - inteligente, mas desadequado.

Os países de rendimento elevado têm levado a cabo uma série de experiências fascinantes. Uma delas, a desregulação do sistema financeiro e o crescimento impulsionado pelo imobiliário, fracassou. Outra, que obrigou a uma resposta fortemente intervencionista à crise financeira de 2008, funcionou - mais ou menos. Outra ainda está em curso: desalavancagem no pós-crise e regresso a padrões orçamentais e monetários ditos "mais normais". Neste caso, o júri foi dispensado. Na zona euro, contudo, a austeridade orçamental tem sido acompanhada de uma experiência ainda mais drástica: a construção de uma união monetária em torno de um núcleo estruturalmente mercantilista entre países com parca solidariedade orçamental, sistemas bancários frágeis, economias inflexíveis e níveis de competitividade divergentes. Boa sorte para 2012. Vamos todos precisar.


Diário Económico / Financial Times
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 12, 2012, 12:30:54 pm
Deputado de Merkel diz que Grécia vai sair do euro


A Grécia vai ter que sair da zona euro, o país está a lutar com uma montanha de dívida e será incapaz de recuperar sem ter a sua própria moeda, defendeu Michael Fuchs, deputado do partido de Angela Merkel, à Bloomberg.

Para a Grécia "o problema não é se é capaz de pagar a sua dívida - eles não vão, não de todo, nunca", acrescentou ontem em conversa telefónica com a agência noticiosa norte-americana.

As declarações de Michael Fuchs contrariam a posição que tem sido defendida pela líder do seu partido. Há apenas três dias Angela Merkel garantiu numa conferência de imprensa conjunta com Nicolas Sarkozy que não iria deixar nenhum país sair do euro e apelou ao governo grego para terminar as negociações com os credores para o perdão da dívida o mais rapidamente possível para poder receber a próxima tranche de ajuda financeira.

Na mesma conversa com a Bloomberg, Fuchs sublinha porém que a Grécia é um"caso especial" e defende que os outros 16 membros do euro vão resolver os problemas da dívida e mais nenhum país deverá abandonar a moeda única.

O deputado alemão rejeitou ainda a teoria de que a saída da Grécia do euro irá fragilizar países endividados, como Espanha ou Itália. A Itália é um país "rico" e é capaz de resistir a qualquer efeito de contágio, concluiu.

Diário Económico
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: FoxTroop em Janeiro 12, 2012, 01:40:01 pm
Vai haver um "haircut" de 75% da dívida grega, no minimo, mas eles são para ficar no €.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: miguelbud em Janeiro 27, 2012, 03:49:40 pm
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Troika diz que Grécia deve cortar custos na defesa e na saúde

Um documento preliminar da troika – Comissão Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional – insta a Grécia a focalizar-se exclusivamente na redução dos gastos, de modo a cumprir as condições de corte do défice necessárias para obter um segundo pacote de ajuda financeira externa, refere a Bloomberg.

O relatório, datado de 23 de Janeiro, coloca as empresas públicas, de saúde e da área militar no centro de uma vaga de medidas de austeridade correspondente a cerca de 1% do PIB, estimado no ano passado em 217 mil milhões de euros.

Os representantes da troika prepararam estas recomendações no âmbito dos receios de que o governo interino de Lucas Papademos não corresponda às expectativas de controlo do orçamento.

“Não estamos plenamente positivos em relação ao que tem sido feito, mas queremos, em conjunto, delinear um programa para o país”, comentou hoje em Davos, à Bloomberg, directora-geral do FMI, Christine Lagarde.

Recorde-se que Papademos assumiu funções em Novembro, com a missão de assegurar um segundo pacote de financiamento internacional, no valor de 130 mil milhões de euros, delineado na cimeira europeia de 26 e 27 de Outubro.

A Grécia tem de implementar as reformas acordadas e introduzir reformas económicas estruturais, incluindo no mercado laboral e na administração tributária, refere o relatório da troika.

O documento sugere também que a Grécia recapitalize os seus bancos, recorrendo a instrumentos sem direitos de voto. Por outro lado, os cortes nos gastos da saúde devem focalizar-se na redução dos custos farmacêuticos.

Além disso, a Grécia deve dar início a um programa destinado a reduzir em 150.000 o número de funcionários públicos, até 2015, diz o relatório.

A troika diz ainda que o governo grego deve colocar duas ou três grandes empresas na linha da privatização durante o segundo trimestre, de modo a ser consistente com as suas metas de vendas de activos.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 29, 2012, 11:18:05 pm
Ministro das Finanças grego pede respeito pela 'identidade nacional'


O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, apelou hoje à Europa para respeitar «a identidade nacional» da Grécia e o princípio da igualdade entre Estados da União Europeia, após a proposta alemã de colocar Atenas sob tutela orçamental. «Alguém que coloca a um povo o dilema entre a ajuda financeira e a dignidade nacional ignora as lições históricas fundamentais», afirmou Venizelos, antes de partir para Bruxelas, onde participará numa reunião da União Europeia (UE).

«Os nossos parceiros sabem que a União Europeia se baseia na igualdade institucional de Estados-membros e no respeito pela identidade nacional», acrescentou, citado em comunicado.

Venizelos disse ainda que «os dirigentes dos países europeus, em particular dos que têm responsabilidades acrescidas na Europa devido à sua dimensão, sabem como tratar as questões entre parceiros».

Atenas já tinha rejeitado no sábado qualquer perda da sua soberania, depois de ter sido divulgada uma proposta da Alemanha, apoiada por outros países, para colocar a Grécia sob controlo orçamental da UE.

A referida proposta defendia que a Grécia ficasse sob tutela de «um comissário europeu para questões orçamentais» como condição prévia para a obtenção de um segundo programa de empréstimo de 130 mil milhões de euros.

Caso este segundo pacote não seja aprovado, a Grécia poderá entrar em incumprimento a partir de 20 de Março.

«A Grécia tem de melhorar de forma significativa o cumprimento dos compromissos assumidos com os credores» em matéria de redução de défice público, de reformas e de privatizações, diz o documento citado pela France Presse, «caso contrário a zona euro não está em condições de aprovar as garantias» para um segundo programa de empréstimo.

Para cumprir esta condição prévia, o país «deve aceitar uma transferência de soberania orçamental a nível europeu durante um determinado período».

O comissário sugerido seria nomeado pelos ministros das Finanças da zona euro com a missão de garantir o controlo orçamental do governo grego e com o direito de vetar decisões que não respeitassem os compromissos assumidos em relação aos credores.

Segundo o documento, o abandono de soberania da Grécia deveria ser inscrito na legislação nacional «de preferência através de uma emenda constitucional».

A Grécia já está de facto sob tutela parcial dos credores, que têm negociado sucessivos pacotes e programas, avaliados de forma regular, antes da concessão de novas 'tranches' do empréstimo já concedido, mas a proposta alemã marcaria uma perda de soberania sem precedentes.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 05, 2012, 01:47:41 pm
Juncker ameaça Atenas e não descarta insolvência da Grécia


O presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, ameaçou hoje Atenas com o fim das ajudas da União Europeia e não descartou que a Grécia se veja confrontada com a capitulação e a insolvência. Se a Grécia não aplicar as reformas necessárias não poderá esperar que se produzam «os contributos solidários dos demais», afirmou Juncker em declarações à revista semanal alemã Der Spiegel, citadas pela EFE, nas quais augura a bancarrota do país num prazo de dois meses.

«No caso de chegarmos à conclusão que as culpas são todas da Grécia, não haverá um novo programa [de ajudas], o que significa que em Março se produzirá a declaração de quebra», afirma Juncker.

A simples possibilidade da insolvência do país poder acontecer deveria «dar aos gregos músculos, ao passo que neste momento apenas dão sinais de paralisia», acrescentou à revista o presidente do Eurogrupo, lamentando o atraso no processo de privatizações.

«A Grécia deveria saber que não vamos ceder no tema das privatizações», advertiu o chefe de governo luxemburguês, que sublinhou como elemento prejudicial para a imagem do país a «existência de elementos corruptos em todos os níveis da administração».

Jean-Claude Juncker destacou finalmente que antes de uma decisão sobre um novo programa de ajudas, os credores privados terão que ter decidido as respectivas contribuições para o resgate da Grécia e deverá haver conversações com as autoridades helénicas sobre medidas suplementares de poupança.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: FoxTroop em Fevereiro 08, 2012, 08:32:53 pm
Citação de: "FoxTroop"
Vai haver um "haircut" de 75% da dívida grega, no minimo, mas eles são para ficar no €.

Disse-o aqui em meados de Janeiro, já o tinha o ano passado e não fica por aqui. Agora é bem mais claro a principal razão da entrada de capitais chineses em força na Europa (começando por Portugal) e a pressa que têm em entar forte no capital dos bancos europeus.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 15, 2012, 06:42:47 pm
Grécia pode causar "choque superior" à queda da Lehman Brothers
 

O euro é "estruturalmente defeituoso" e poderá colpasar, defende John Paulson, um dos maiores gestores de fundos do mundo.

Numa carta a investidores, Paulson, que tem a seu cargo a gestão de um fundo de 23 mil milhões de dólares (cerca de 17,6 mil milhões de euros ao câmbio actual), avisa que se a Grécia entrar em incumprimento, isso terá efeitos no sistema financeiro mundial mais graves que a falência da Lehman Brothers, em 2008.

"Acreditamos que uma situação de incumprimento na Grécia poderá significar um choque superior para o sistema do que a queda da Lehman, causando imediatamente uma contracção na economia global e uma queda nos mercados financeiros", lê-se na carta, citada pela agência Bloomberg. Nela se acrescenta que se Atenas falhar no pagamento das suas dívidas, o que poderá acontecer já em Março, isso "poderá conduzir a uma crise na banca europeia parecida com o pior que o mundo assistiu em 2008, quando a Lehman faliu".

No mesmo documento, Paulson separa os EUA da actualidade europeia: "Enquanto que nos EUA observámos uma retoma razoável, com leituras positivas nos indicadores avançados no início de 2012 e uma valorização das acções bem acima do histórico, na Europa a crise da dívida soberana permanece como o principal risco nos mercados".

A carta é difundida nas agências num dia em que Financial Times e a Reuters noticiam que alguns líderes europeus estão dispostos a deixar a Grécia entrar em incumprimento e que, nesse sentido, a aprovação do segundo pacote de empréstimos, no valor total de 130 mil milhões de euros, pode ser adiada para Abril, após as eleições no país.

Diário Económico
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: miguelbud em Fevereiro 18, 2012, 10:48:47 pm
Excelente reportagem.

Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Fevereiro 22, 2012, 12:41:51 pm
Citar
21 de fevereiro de 2012 às 2:57

“Os mercados estão acima de todos os homens”
“O capital financeiro usa a arma da dívida para abolir o Estado e escravizar a população europeia”

16/02/2012

Carta aberta de Mikis Theodorakis e Manolis Glezos, reproduzida parcialmente no site da CUT


Leia abaixo os principais trechos da carta aberta divulgada pelo renomado maestro e compositor grego Mikis Theodorakis, e por Manolis Glezos, herói grego que arrancou a bandeira nazista da Acrópole. Ambos têm mais de 80 anos e continuam nas ruas, sofrendo ao lado de seu povo a brutalidade e a covardia da repressão. Um exemplo para as novas gerações:

“Em tempos antigos, o perdão de Solón das dívidas que obrigavam os pobres a ser escravos dos ricos – a chamada reforma Seisachtheia, assentou as bases para a aparição, na antiga Grécia, das ideias da democracia, cidadania, política e Europa: os fundamentos da cultura europeia e mundial.

Lutando contra a classe dos ricaços, os cidadãos de Atenas assinalaram o caminho para a constituição de Péricles e a filosofa política de Protágoras, que disse: “O homem está muito acima de todo o dinheiro”.

Hoje em dia, vemos a vingança dos endinheirados: “Os mercados estão muito acima de todos os homens” é o lema que nossos líderes políticos abraçam com tanto gosto, aliados ao demônio dinheiro como novos Faustos.

Um punhado de bancos internacionais, agências de informação, fundos de investimento, numa concentração mundial de capital financeiro sem precedentes históricos, reivindica o poder na Europa e em todo o mundo e prepara a abolição de nossos estados e nossa democracia, com a arma da dívida, para escravizar a população europeia, colocando no lugar das imperfeitas democracias que temos a ditadura do dinheiro e a banca, o poder do império totalitário da globalização, cujo centro político está fora da Europa continental apesar da presença de poderosos bancos europeus no coração do império.

Começaram com a Grécia, utilizada como cobaia para deslocar-se a outros países da periferia europeia e, pouco a pouco, até o centro. A esperança de alguns países europeus para escapar eventualmente demonstra que os líderes europeus se enfrentam a um novo “fascismo financeiro”, não fazendo melhor do que quando se enfrentaram à ameaça de Hitler no período entreguerras.

Não é uma casualidade que grande parte dos meios de comunicação controlados pelos bancos tratem os países da periferia da Europa como “porcos – pigs” e sua campanha midiática, sádica e racista, vá tingida de desprezo. Seus meios de comunicação não se dirigem somente contra os gregos, mas também contra a herança grega e a antiga civilização grega. Esta opção mostra os objetivos profundos e ocultos daa ideologias e dos valores do capital financeiro, promotor de um capitalismo de destruição.

A tentativa dos meios de comunicação alemães de humilhar símbolos, como a Acrópole ou a Vênus de Milo, monumentos que foram respeitados até mesmo pelos oficiais de Hitler, nada mais é senão expressão do profundo desprezo dos banqueiros que controlam os meios de comunicação, já não tanto contra os gregos, mas sobretudo contra as ideais de liberdade e democracia que nasceram neste país.

O monstro financeiro produziu quatro décadas de isenção de impostos para o capital, todo tipo de “liberalização de mercado”, uma ampla desregulação, a abolição de todas as barreiras aos fluxos financeiros e às especulações, os constantes ataques contra o Estado, a compra de partidos e meios de comunicação, a apropriação do excedente por um punhado de vampiros: os bancos mundiais de Wall Street. Agora, este monstro, um verdadeiro “Estado por trás dos Estados” parece preparado para acertar um “golpe de Estado permanente” financeiro e político, e para mais de quatro décadas.

Necessitamos criar uma frente de resistência potente contra “o império totalitário da mundialização” que está em marcha, antes que seja tarde demais.

A Europa somente pode sobreviver se apresenta uma resposta unida contra os mercados, um desafio maior que o deles, um novo “New Deal” europeu.

Devemos deter de imediato o ataque contra a Grécia e aos outros países da União Europeia na periferia, precisamos por fim a esta política irresponsável e criminosa de arrocho e privatização, que conduz diretamente a uma crise pior que a de 1929.

As dívidas públicas devem ser reestruturadas de forma radical na Eurozona, especialmente às expensas dos gigantes da banca privada. Os bancos devem voltar a ser avaliados e o financiamento da economia europeia deve estar sob controle social, nacional e europeu. Não é possível deixar a chave financeira da Europa nas mãos dos bancos, como Goldman Sachs, JP Morgan, UBS, Deutsche Bank, etc …

Temos que proibir os excessos financeiros incontrolados que são a coluna vertebral do capitalismo financeiro destrutivo e criar um verdadeiro desenvolvimento econômico em lugar de ganâncias especulativas.

A arquitetura atual, baseada no Tratado de Maastricht e nas regras da OMC, instalou uma máquina na Europa para fabricar dívida. Necessitamos uma mudança radical de todos os tratados, a submissão do BCE ao controle político da população europeia, uma “regra de ouro” para um mínimo de nível social, fiscal e meio-ambiental da Europa.

Necessitamos urgentemente uma mudança de paradigma, um retorno ao estímulo de crescimento através da demanda de novos programas de investimento europeus, as novas regulações, os impostos e o controle do capital internacional, uma nova forma de protecionismo suave e razoável numa Europa independente seria protagonista na luta por um mundo multipolar, democrático, ecológico e social.

Chamamos às forças e pessoas que compartilham estas ideias a convergirem, o mais rapidamente possível, numa ampla frente de ação europeia para produzir um programa de transição, para coordenar nossa ação internacional, com o objetivo de mobilizar as forças do movimento popular, para reverter o atual equilíbrio de forças e derrotar aos atuais líderes dos nossos países, historicamente irresponsáveis, com o fim de salvar a nosso povo e a nossa sociedade antes que seja demasiado tarde para a Europa”.


http://www.viomundo.com.br/denuncias/os ... omens.html (http://www.viomundo.com.br/denuncias/os-mercados-estao-acima-de-todos-os-homens.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 24, 2012, 12:23:04 am
Franceses muito preocupados com capacidade do país para enfrentar crise económica


A população francesa está muito preocupada com a capacidade do país para enfrentar a crise económica com 79 por cento dos cidadãos a acreditarem que a França «está em crise», revela uma sondagem. O número de inquiridos a salientarem que acreditam que a França está em crise é muito superior às percentagens apuradas noutros países como os Estados Unidos, onde 52 por cento da população tem a mesma percepção, ou contra 38 por cento dos alemães e de russos ou 35 por cento dos chineses.

À pergunta sobre a percepção dos efeitos da crise na população, junto de amigos ou familiares, 44 por cento dos franceses disse sentir «bastante» os problemas e 40 por cento respondeu sentir-se «muito» afectado. No outro extremo da tabela, 34 por cento dos alemães consideram-se «bastante afectados» e 12 por cento «muito» afectados.

Entre os cinco países alvos da pesquisa, os franceses são aqueles que menos acreditam na competitividade económica do seu país com 29 por cento a entender que a França está «razoavelmente bem» colocada neste capítulo a nível global e três por cento a considerar que está «muito bem» preparada.

A pesquisa foi efectuada por via da Internet, entre 25 de Janeiro e 06 de Fevereiro, pelo Instituto Ifop para o jornal La Croix, através de um método de quotas, tendo sido alvo do inquérito 1.021 pessoas em França, 1.065 na Alemanha, 1.003 nos Estados Unidos, 1.000 na China e 1.020 na Rússia.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Abril 03, 2012, 04:07:15 pm
Holandês de 11 anos sugere uma nova forma para a Grécia sair do euro


 :arrow: http://www.policyexchange.org.uk/images ... ermans.pdf (http://www.policyexchange.org.uk/images/WolfsonPrize/wep%20special%20entry%20-%20jurre%20hermans.pdf)


Um jovem holandês de apenas 11 anos tornou-se o centro de todas as atenções quando apresentou o seu plano de salvação da zona euro.  A solução envolvia fatias de pizza e panquecas  e foi apresentada  num concurso em que concorriam os mais prestigiados economistas europeus. A participação valeu-lhe o prémio simbólico de 100 euros. Jurre Hermans estava entre os 452 candidatos que concorreram ao famoso Prémio de Economia Wolfson com uma proposta de 'solução para a crise'. O concurso, que premeia o vencedor com qualquer coisa como 300 mil euros, foi lançado no passado mês de Outubro por Lord Wolfson com o objectivo de encontrar uma saída credível para a crise do euro.

Mais do que arrojado, por competir com os melhores do meio, o plano do jovem Jurre destacou-se pela clareza das suas comparações.

A ideia é simples: toda a população grega deve dirigir-se aos bancos para trocar os seus euros pela moeda antiga, o dracma, para que o governo possa, depois, redistribuir esses mesmos euros pelos credores, que assim recebem a sua «fatia de pizza».

Depois das trocas bancárias, «a banca dá todos estes euros ao governo grego, formando uma grande panqueca, ou uma pizza».

Depois, «o governo pode começar a pagar as suas dívidas e toda a gente a quem a Grécia devia dinheiro recebe uma fatia dessa pizza». O resultado, para Jurre, é claro: «Como vêem, a pizza é distribuída para todas as empresas e bancos que emprestaram dinheiro à Grécia». E, para o jovem holandês, o problema da dívida fica resolvido.

Mas o próprio Jurre sabe que a sua teoria não é perfeita e, por isso, propõe soluções para os possíveis problemas que possam surgir. Como prevê, «o povo grego pode não querer trocar os seus euros por dracmas, porque sabe que o dracma vai perder valor rapidamente». Certamente, haverá gente a querer esconder euros debaixo do colchão ou a tentar «trocá-los num banco noutro país como a Holanda ou a Alemanha», equaciona o jovem.

Mas também para isso há solução. Para Jurre, quem tentar contornar a obrigação de trocar os euros pela moeda antiga será penalizado com uma multa que será o dobro dos euros que a pessoa em questão tentou esconder.

«Desta maneira, asseguro que todos os gregos levam os seus euros para os bancos gregos e que o governo consegue pagar a sua dívida», garante o jovem preocupado com a crise europeia.

A proposta de Jurre Hermans não consta no 'top 5' dos mais votados pelo painel de júri mas, como resultado do seu esforço, diz o britânico Telegraph, o jovem de 11 anos vai receber a simbólica quantia de 100 euros.

Entre os cinco economistas mais passíveis de vencer o concurso encontra-se o famoso Roger Bootle, do grupo Capital Economics. O Prémio Wolfson é o segundo mais  prestigiado  prémio na área da economia, seguido apenas do Prémio Nobel.

SOL
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 27, 2012, 04:56:28 pm
Instituições dizem que empresa ultrapassou linha da imparcialidade

Banca da Dinamarca rasga contratos com a agência Moody's


Os principais bancos da Dinamarca fartaram-se da alegada "parcialidade" da Moody's e começaram a rasgar os contratos que mantinham com a agência de rating norte-americana.

Uma das instituições que decidiram cortar as ligações com a Moody's foi o Nykredit, que é só o maior emissor europeu de obrigações hipotecárias suportadas por créditos à habitação. Rescindiu, já na semana passada, o contrato com a agência. Em Julho, segue-se a RealKredit, a unidade do Dansk Bank que detém a segunda posição no bolo dos empréstimos para compra de casa concedidos no país.

Já o Jyske Bank, que é o terceiro maior na banca comercial dinamarquesa, confirmou à agência Bloomberg que também está a equacionar romper o contrato com a Moody's.

Todos estes bancos sustentaram que estas posições só foram assumidas depois de intensos contactos com os investidores, que resultaram na percepção de que as análises da agência de rating não são consideradas como um dado determinante nas suas opções de negócio.

Alias, nos últimos meses, os níveis de colocação das emissões de obrigações hipotecárias aumentaram mais de 6%, apesar de a Moody's ter, anteriormente, colocado dúvidas sobre a saúde da "indústria" obrigacionista do país nórdico.

Ouvido pela Bloomberg, um responsável do Jyske Bank, Steen Nygaard, sustentou que a Moody's ultrapassou "a linha da imparcialidade". "Não é apenas o facto de nós termos uma opinião e eles terem outra, contrária à nossa, zangamo-nos e vamos embora. Trata-se de [elementos] fundamentais em que nós, simplesmente, não podemos concordar com os argumentos da Moody's", acrescentou o responsável pelo Departamento do tesouro do banco.

A Dinamarca tem o terceiro maior mercado de obrigações hipotecárias do mundo, com 470 mil milhões de euros sob gestão. Surge, nesta área, logo a seguir aos Estados Unidos e à Alemanha.

Em Junho passado, acusou o sector obrigacionista dinamarquês por não estar a fazer tudo o que devia para reduzir os riscos da sua actividade, nomeadamente, através de um maior equilíbrio entre as maturidades das emissões e as necessidades de financiamento.

Mas nem os próprios operadores do sector levaram muito a sério este aviso. Huus Pedersen, responsável de um dos maiores fundos de pensões da Dinamarca, confia no sector. "É um sistema antigo, que já passou por muitas coisas e que, por isso mesmo, me deixa absolutamente seguro. A história tem mostrado que as agências de rating também cometem muitos erros", afirmou Pedersen à agência Bloomberg.

As agências de notação de risco têm estado sob escrutínio público desde que falharam redondamente na prevenção da crise financeira que eclodiu em 2008 com a falência do Lehman Brother.

 :arrow: http://economia.publico.pt/noticia/banc ... ys-1542866 (http://economia.publico.pt/noticia/banca-da-dinamarca-rasga-contratos-com-a-agencia-moodys-1542866)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Maio 11, 2012, 09:22:31 pm
Schäuble diz que zona euro está em condições de suportar saída da Grécia


O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, afirmou hoje, em entrevista ao jornal Rheinische Post, que a zona euro «está mais resistente» e tem condições para suportar uma saída da Grécia da moeda única. «Os riscos de contágio a outros países são agora menores e a eurozona no seu conjunto é mais resistente», garantiu o político democrata-cristão.

Simultaneamente, Schäuble exortou a Grécia a cumprir os compromissos assumidos com a comunidade internacional, afirmando que os países da Europa e os credores privados de Atenas «já foram bastante generosos».

O ministro alemão disse ainda que se fez «tudo o que foi possível» para salvar a Grécia da bancarrota, mas que «o país tem de compreender que é necessário respeitar os seus compromissos».

«É perigoso fazer crer aos cidadãos que há outro caminho, mais fácil, para sanear as suas finanças e evitar a austeridade, o que é um disparate», declarou.

Entretanto, decorre em Atenas a terceira tentativa para formar novo Governo, após as legislativas de domingo passado, em que nenhum partido obteve maioria absoluta.

Depois do fracasso dos conservadores e da esquerda radical, cabe agora aos socialistas do PASOK tentar formar uma coligação e evitar novas eleições, num momento em que as dificuldades financeiras do país se adensam.

Na mesma entrevista, Schäuble rejeitou também a adopção de programas de crescimento na zona euro fomentados por novas dívidas.

«Pegar em dinheiro que não se tem, não é fazer política de crescimento, esse é o caminho errado», disse o ministro alemão, advertindo que Berlim irá ter muita atenção a este aspecto nas negociações a nível europeu para uma nova estratégia de crescimento. A aprovar no Conselho Europeu de 28 de Junho.

Para Schäuble, o aumento da procura privada, base do crescimento, «deve ser reforçado, fomentando a confiança dos consumidores e investidores nas finanças públicas».

Por isso, a questão fulcral de uma estratégia de crescimento para os países do euro é reforçar a sua competitividade, através de mais reformas estruturais, sublinhou.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Maio 17, 2012, 07:45:10 pm
Europa insiste que cabe à Grécia decidir se sai do euro


Líderes europeus não desistem da Grécia, mas reforçam que cabe aos cidadãos gregos decidir sobre a permanência na zona euro.

O discurso tem sido repetido até à exaustão por vários líderes. A Europa quer que a Grécia permaneça na zona euro, mas essa decisão deve ser tomada pelos cidadãos do país. No entanto, os responsáveis europeus pedem uma coisa: que o futuro governo helénico honre os seus compromissos internacionais.

Isto mesmo disseram hoje Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, e Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos. "Vamos honrar os nossos compromissos em relação à Grécia e esperamos que o governo grego - actual e futuro - cumpra as condições acordadas conjuntamente para a assistência financeira", declarou o responsável português falando na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

"[O euro] é projecto de paz que ainda nos une para além de dificuldades momentâneas. A vontade do povo grego será totalmente respeitada" por Bruxelas, acrescentou Barroso.

Em Oxford, Reino Unido, Rehn seguiu um discurso próximo do presidente da Comissão, reiterando que a União Europeia deseja a manutenção da Grécia no projecto da moeda única. "Mas essa permanência será uma escolha democrática do povo grego" nas eleições do próximo mês, disse.

O comissário deu como exemplo aos gregos os programas de ajustamento na Irlanda e em Portugal, que continuam no "bom caminho". Lembrou contudo que ainda "há muito a fazer". "Temos de manter em curso a consolidação orçamental, mas ao mesmo tempo reforçar as políticas de crescimento", afirmou.

No entanto, apesar de os comentários da última semana terem sido a favor da inclusão da Grécia no euro, os mercados continuam desconfiados. As bolsas europeias fecharam hoje em baixa acentuada pela quarta sessão seguida, reagindo à última posição do Banco Central Europeu (BCE), que confirmou ontem ter recusado ceder liquidez a alguns bancos gregos descapitalizados.

Mario Draghi, presidente da instituição, deixou também alguns sinais de que poderia deixar a Grécia fora da união monetária, dizendo que, apesar de preferir "fortemente" que a Grécia se mantenha no euro, não é sua missão evitar que saia da união monetária. "Não é uma questão que caiba ao Conselho de Governadores decidir", disse, citado pela Bloomberg. Estas últimas movimentações foram contudo interpretadas pelos analistas como tentativa de pressão por parte do BCE sobre o eleitorado grego.

Diário Económico
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Maio 19, 2012, 01:20:43 pm
Trichet defende perda de soberania para alguns países europeus


O antigo presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, sugere a perda de soberania económica para os países que ponham em risco outras nações da zona euro devido à incapacidade de aplicar recomendações das autoridades europeias. Quando esses países não conseguem ou não querem implementar as orientações da Comissão Europeia ou do Conselho Europeu «julgo que deve ser activado excepcionalmente um governo federal», disse Trichet em Washington, citado pela agência de notícias financeira Bloomberg.

O impasse político na Grécia reacendeu os receios do país recuar nas promessas de cortar as despesas públicas e que estão associadas aos pacotes de ajuda financeira no valor de 240 mil milhões de euros.

A situação pode obrigar a suspender os empréstimos e a empurrar a Grécia para o abandono do euro.

«O facto de termos esta ferramenta para prevenir que alguns parceiros da zona euro se comportem de forma perturbadora parece necessária», afirmou Trichet durante uma intervenção no Peterson Institute for International Economics, onde se encontravam o presidente da Reserva Federal norte-americana Ben S. Bernanke e a directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Esta iniciativa, que o ex-responsável do BCE reconhece que é «difícil» de aceitar, teria de ser aprovada pelo Parlamento Europeu para ter um suporte democrático e impedir um governo «tecnocrático ou anti-democrático».

Trichet não referiu explicitamente a Grécia a propósito desta ideia de perda de soberania económica, embora tenha dito que as medidas económicas associadas aos resgates da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional são do interesse do povo grego.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Maio 27, 2012, 01:50:10 pm
Britânicos avisam: se euro cai, fecham fronteiras


A ministra da Administração Interna da Grã-Bretanha disse hoje ao The Daily Telegraph que o Governo britânico está a desenhar uma estratégia de contenção da imigração que deverá ser utilizada caso a Grécia saia do Euro. Theresa May explicou ao diário inglês que se a Grécia entrar em colapso financeiro e for obrigada a abandonar o Euro, a Grã-Bretanha pode adoptar mecanismos de controle da imigração, previstos na lei europeia.

De acordo com May, «é verdade que estamos a desenvolver planos de contingência» caso o número de pessoas em migração à procura de trabalho aumente de forma excepcional. Uma das premissas basilares da União Europeia, a livre circulação de pessoas e bens, poderá vir a ser posta em causa em prol de políticas mais proteccionistas.

Não são boas notícias para os países mais débeis, tais como Portugal, Irlanda e Espanha.

SOL
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Junho 05, 2012, 06:45:18 pm
Metade dos alemães a favor da saída da Grécia da zona Euro


Um em cada dois alemães é a favor da saída da Grécia do euro, e uma grande maioria concorda com a política europeia de austeridade de Angela Merkel, indicou hoje uma sondagem do Instituto Forsa para o semanário Stern.

Só 39 por cento dos inquiridos acham que a Grécia, que repete as eleições legislativas a 17 de Junho, por não ter conseguido formar governo após um escrutínio realizado a 06 de Maio, deve manter-se no euro, de acordo com um inquérito feito, por telefone, a 1.001 alemães.
 
Um em cada três alemães (35 por cento) tem «muito receio» de que a crise grega ponha em risco a moeda única, e 38 por cento têm «algum receio», afirmou o Forsa.
 
No mesmo inquérito de opinião, 59 por cento dos alemães afirmaram não ter «compreensão alguma» para o voto dos gregos em partidos que estão contra o rumo de austeridade, como a aliança da esquerda radical Syriza, que surge nas sondagens com hipóteses de ganhar as eleições em Atenas.
 
A maioria dos participantes na sondagem do Forsa manifestou-se também contra o abrandamento do programa de ajustamento financeiro, negociado pela Grécia com a UE e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), e 62 por cento consideraram que a chanceler Angela Merkel deve manter a política europeia de austeridade, mesmo que haja críticas do novo governo francês.
 
Apesar da instabilidade política, dois em cada três alemães (65 por cento) disseram aos peritos do Forsa que é possível ir passar férias à Grécia sem recear pela segurança, e só 32 por cento manifestaram reservas em viajar actualmente para este país da moeda única.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Junho 05, 2012, 08:37:39 pm
China prepara-se para eventual saída da Grécia do Euro


A China está a preparar um plano para enfrentar a eventual saída da Grécia do euro, disse hoje um jornal oficial, citando um investigador do principal organismo de planeamento económico do país. «O governo chinês está a trabalhar em planos destinados a enfrentar o pior cenário da saída da Grécia [da zona euro] ainda este ano», indicou ao China Daily Wang Haifeng, director do Instituto de Investigação Económica Internacional, grupo de reflexão tutelado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Dois ministérios - Finanças e Comércio - estão envolvidos no referido plano.

O objectivo é «amortecer o possível efeito na taxa de câmbio e fluxos de capital, assim como a influência no comércio», afirmou um economista citado pelo China Daily.

A União Europeia é o maior parceiro comércio da China.

«O mercado financeiro da China sofrerá seguramente um choque de curta duração», disse um académico chinês acerca da eventual saída da Grécia do euro após as eleições legislativas do próximo dia 17.

«Os activos chineses em euros, estimados em mais de vinte por cento das enormes reservas cambiais da China, poderão encolher», alertou Liu Shiguo, investigador do Instituto de Política e Economia Mundiais da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Junho 07, 2012, 06:12:47 pm
Niña de 12 años, Victoria Grant, explica cómo los bancos cometen fraude

 :arrow: http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... 8wUHtdY8w# (http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Yh8wUHtdY8w#)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Junho 13, 2012, 04:13:53 pm
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 22, 2012, 06:05:20 pm
Red alert / Global systemic crisis – September-October 2012: When the trumpets of Jericho ring out seven times for the world before the crisis
- Public announcement GEAB N°66 (June 19, 2012)

The progression of world events unfolds in accordance with the anticipations mapped out by LEAP/E2020 during these last few quarters. Euroland has finally come out from its political torpor and short-termism since François Hollande’s election (1) as France’s president and the Greeks have just confirmed their willingness to resolve their problems within Euroland (2) thus contradicting all the Anglo-Saxon media and Euro sceptics’ “forecasts”. From now on, Euroland (in fact the EU minus the United Kingdom) will therefore be able to move forward and create a true project of political integration, economic efficiency and democratization over the 2012-2016 period as LEAP/E2020 anticipated last February (GEAB N°62. It’s positive news but, for the coming six-month periods, this “second Renaissance” of the European project (3) will really be the only good news at world level.

All the other components of the global situation are in fact pointed in a negative, even catastrophic, direction. Here again, the main media are starting to echo a long-standing situation anticipated by our team for summer 2012. Indeed, in one form or another, more often on the inside pages than in big headlines (monopolized for months by Greece and the Euro (4)), one now finds the following 13 topics:

1. Global recession (no engine of growth anywhere / end of the myth of the “US recovery”) (5)
2. Growing insolvency of the Western banking and financial system and henceforth partially recognized as such
3. Growing frailty of key financial assets such as sovereign debts, real estate and CDSs underpinning the world’s major banks’ balance sheets
4. Fall off in international trade (6)
5. Geopolitical tensions (in particular in the Middle East) approaching the point of a regional explosion
6. Lasting global geopolitical blockage at the UN
7. Rapid collapse of the whole of the Western asset-backed retirement system (7)
8. Growing political divisions within the world’s “monolithic” powers (USA, China, Russia)
9. Lack of “miracle” solutions as in 2008 /2009, because of the growing impotence of many of the major Western central banks (Fed, BoE, BoJ) and States’ indebtedness
10. Credibility in freefall for all countries having to assume the double load of public and excessive private debt (8)
11. Inability to control/slow down the advance of mass and long-term unemployment
12. Failure of monetarist and financial stimulus policies such as “pure” austerity policies
13. Quasi-systematic ineffectiveness henceforth of the alternative or recent international closed groups, G20, G8, Rio+20, WTO,… on all the key topics of what is no longer in fact a world agenda absent any consensus: economy, finances, environment, conflict resolution, fight against poverty…


According to LEAP/E2020, and in accordance with its already timeworn anticipations, just like Franck Biancheri from 2010 in his book “The World Crisis: The path to the World Afterwards”, this second half of 2012 well really mark a major inflection point of the global systemic crisis and the answers to it.

In fact, it will be characterized by an event which is very simple to understand: if, today, Euroland is able to address this period in a promising fashion (9), it’s because, these last few years, it has gone through a crisis of an intensity and depth unequalled since the beginning of the European construction project after the Second World War (10). From the end of this summer all the other world powers, led by the United States (11), will have to face an identical process. It’s at this cost, and only at this cost, that they will subsequently, in a few years, be able to start a slow recovery towards the light.

But today, after having tried all means of delaying the payment on the due date, the hour of payment arrives. And, as with everything, the ability to put off the inevitable comes at a high price, namely the bigger shock of adjusting to the new reality. In fact, it’s a question of the endgame for the world of before the crisis. The seven blasts of the trumpets of Jericho marking the September October 2012 period will cause the “Dollar Wall’s” last sections and the walls which have protected the world as we know it since 1945 to collapse.

The shock of the autumn 2008 will seem like a small summer storm compared to what will affect planet in several months.

In fact LEAP/E2020 has never seen the chronological convergence of such a series of explosive and so fundamental factors (economy, finances, geopolitical…) since 2006, the start of its work on the global systemic crisis. Logically, in our modest attempt to regularly publish a “crisis weather forecast”, we must therefore give our readers a “Red Alert” because the upcoming events which are readying themselves to shake the world system next September/ October belong to this category.

In this GEAB issue, we expand on our anticipations for seven key factors in this September-October 2012 shock, the seven blasts of the trumpets of Jericho (12) marking the end of the world before the crisis. Four Middle Eastern geopolitical factors and three economic and financial elements are involved at the heart of the coming shock:

1. Iran/Israel/USA: The war too far will really happen
2. The Assyrian bomb: the Israeli-American-Iranian match put to the Syria-Iraq powder keg
3. The AfPak chaos: the US army and NATO, hostages in an exit from an increasingly difficult conflict
4. The Arab Autumn: the Gulf countries swept away in the turmoil.
5. United States: « Taxargeddon » will begin from summer 2012 – The US economy in free-fall by autumn
6. Major bank insolvencies due in September-October 2012: The City-Wall Street version of Bankia
7. The untenable irresponsibility of QE in summer 2012 - the US, British and Japanese central banks out of the game


In addition, we expand on our clear recommendations on how to minimize the impact of the shock in preparation on one’s own situation whether an individual or a business or public service decision maker. We also offer this month’s GlobalEurope Dollar Index.

Finally, LEAP/E2020 announces the resumption of its political anticipation training next autumn, which will henceforth take place on line to satisfy the demand coming out of the four corners of the planet. If GEAB is a “fish”, an end product of anticipation, with this training, we hope to teach a growing number of people to “fish” for direction in the troubled waters of the future. Because hopes that the endgame of the world before the crisis leads to the building of a better world after the crisis, it seems essential to us to build the anticipation capacities of as many people as possible. In fact, it’s this absence of anticipation which for the most part has caused the mistakes at the current crisis’ origin.

This training will be organized in partnership with the non-profit Spanish foundation FEFAP (Fondacion por Educacion E Formacion has Politica Anticipation) recently set up thanks to a donation from Franck Biancheri (13).


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Notes:

(1) Henceforth discussions, salutary especially if they are frank and wide-ranging, will be concerned with the long-term average, political integration and the new institutions needed. By the end of summer, the evidence that the Euroland dimension is core will prevail and make it possible to circumvent the difficulty of the 27 country institutions which are in such a state of decay and British omnipresence today that it’s not possible at this stage to entrust them with the important task of setting up Euroland governance. The Holland-Merkel problem sticks much closer to this reality than a “common institutions” divergence or “intergovernmental approach”. The Brussels institutions also belong to the world before the crisis and are unfit to found the Europe of after the crisis. Sources: Deutsche Welle, 11/06/2012; Spiegel, 06/05/2012; El Pais, 10/06/2012; La Tribune, 10/06/2012

(2) Who, in exchange, will make the country’s difficult adjustment after 30 lost years within the EU more tolerable, lost because they were wasted without any modernization of the Greek State at stake. Source: YahooNews, 18/06/2012

(3) MarketWatch 14/06/2012 is even predicting Switzerland’s inevitable integration in Euroland… as LEAP already did some time ago.

(4) As diversion strategies oblige!

(5) Sources: Bloomberg, 15/06/2012; Albawaba, 12/06/2012; ChinaDaily, 05/06/2012; CNNMoney, 11/05/2012; Telegraph, 04/06/2012; MarketWatch, 05/04/2012

(6) Source: Irish Times, 12/04/2012; CNBC, 08/06/2012

(7) Sources: WashingtonPost, 11/06/2012; Telegraph, 11/06/2012; TheAustralian, 15/06/2012; Spiegel, 06/05/2012; ChinaDaily, 15/06/2012

(8) In two years, there has been disarray in the world diplomatic diary.

(9) On this subject, LEAP/E2020 anticipates questions of defence being introduced into the middle of the political integration debate. Just like the Euro was created at the centre of a complex agreement involving strong French support for German unification against the pooling of the Deutsche Mark, the political integration which emerges will involve the “German signature” pooling in return for a form of pooling (at least for the Euroland core) of the French nuclear deterrent. The French leaders will thus discover three things: that the security/defence issue is a major concern for their Euroland partners contrary to appearances (in particular due to the fact of the rapid loss of credibility in US protection), that there is no reason that a complex and difficult debate should be sparked off by this new phase of integration in Germany alone (France also will have to get involved), and finally that public opinion is not against this kind of very practical approach unlike incomprehensible legal texts (as in 2005). As regards defence, we are already seeing a major change: France is turning away from any significant partnership with the United Kingdom without proclaiming it high and low to focus on co-operation with Germany and the continent’s countries. The fact that the United Kingdom always promises and never keeps to its commitments as regards European defence (latest: the joint aircraft carrier development is called into question by the British decision not to adapt its aircraft carrier to accommodate French aircraft) has been finally analyzed for what it was, namely an uninterrupted attempt to prevent the emergence of a European defence. And the drastic reductions in British defence capabilities for budgetary reasons, have made it an increasingly less attractive partner. Sources: Monde Diplomatique, 15/05/2012; Telegraph, 06/06/2012; Le Point, 14/06/2012

(10) A shock amplified in collective European and world psychology by the Europeans’ incapacity during this period to prevent itself from being used by City and Wall Street media wise, in order, on one hand, to, divert attention from their own difficulties and, on the other, to try and “break” this emerging Euroland which was jostling the post-1945 established order.

(11) A country which has seen its inhabitants’ wealth reduced by 40% between 2007 and 2010 according to a recent US Federal Reserve study. A reminder that, in 2006, when we explained in the first GEAB issues that this crisis was going to cause a 50% fall in American households’ wealth, most “experts” considered this anticipation totally absurd. And that’s for 2010. As we have said, US households can expect a further fall of at least 20%. This reminder aims at stressing that one of the greatest difficulties of anticipation work is the immense inertia of opinion and the absence of experts’ imagination. Each reinforces the other to give the impression that no major negative change is just round the corner. Source: WashingtonPost, 11/06/2012; US Federal Reserve, 06/2012

(12) For more information on the story of the trumpets of Jericho: see Wikipedia

(13) It must be one of the very rare players to have brought money into the Spanish banking system these last few weeks. Proof of a convergence between analysis and action.


Mardi 19 Juin 2012

 :arrow: http://www.leap2020.eu/GEAB-N-66-is-ava ... 11079.html (http://www.leap2020.eu/GEAB-N-66-is-available-Red-alert-Global-systemic-crisis-September-October-2012-When-the-trumpets-of-Jericho-ring-out_a11079.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: FoxTroop em Junho 23, 2012, 01:29:52 pm
Pois é Cabeça. Sigo o LEAP à já uns anos bons e a taxa de acerto das previsões deles é estonteante. Toda esta poerira lançada na comunicação social sobre as "Grécias" deste mundo nunca passou de uma cortina a tentar esconder a maior "Grécia" de todas, os USA. Os resultados da economia americana, apesar de martelados a preceito, não conseguem esconder que ela está a mergulhar, contrariando até a mais pessimista das "previsões" dos "especialistas" do costume.

Vão tentar a fuga para a frente e isso vai significar guerra.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Junho 25, 2012, 05:42:59 pm
Chipre é o quinto país a chamar a troika


Caiu mais uma peça no dominó da crise das dívidas soberanas. O Chipre, membro da zona euro, acaba de solicitar ajuda financeira externa para salvar a sua banca.

O rumor circulava horas após a agência de notação financeira Fitch ter colocado o rating cipriota "no lixo", revendo-o de BB+ para BBB- com outlook negativo. A confirmação oficial chegou ao final da tarde. O Governo cipriota solicitou oficialmente o acesso ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira para «conter os riscos para a economia cipriota, sobretudo os provocados pelo efeito de contágio ao seu sector financeiro, devido à grande exposição à economia grega», segundo é expresso num comunicado do Executivo de Nicósia.

O cenário já tinha sido admitido este mês, quando o governador do banco central do Chipre, Panicos Demetriades, alertou que o país estava a ter dificuldades em arranjar 1,8 mil milhões de euros para injectar num dos maiores bancos privados do país até 30 de Junho, data em que poderia entrar em incumprimento e arrastar consigo toda a banca cipriota.

«Quanto mais nos aproximamos da data limite, menos improvável é pedirmos um resgate financeiro», tinha declarado o responsável ao Financial Times. Também o Governo de Nicósia tinha admitido a possibilidade.

A crise no Banco Popular do Chipre (ex-Banco Marfin, segundo maior do país) é atribuída à forte exposição à Grécia. A situação repete-se em todos os sectores da economia da ilha, mas é a banca que motiva maiores preocupações devido ao seu tamanho invulgar – vale o equivalente a 835% do PIB cipriota.

A recapitalização da banca cipriota poderá exigir 5 mil milhões de euros, sendo que esse poderá ser o valor do resgate a anunciar.

Depois de anos de boom económico, o Chipre entrou em crise em 2009 devido ao contágio grego. A situação agravou-se em 2011 com um evento inesperado: uma violenta explosão numa base militar que destruiu a principal central eléctrica do país e causou prejuízos de mais de 2 mil milhões de euros. O acidente foi causado pelo armazenamento deficiente de armamento iraniano apreendido a um cargueiro, dois anos antes, pela marinha cipriota.

Contudo, apesar da crise actual, o Chipre mantém boas perspectivas de crescimento a médio e longo prazo devido às recentes descobertas de reservas de petróleo e gás natural no Mediterrâneo Oriental.

SOL
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Junho 28, 2012, 07:36:25 pm
Eslovénia poderá pedir ajuda externa e "enfrentar cenário grego"


A Eslovénia poderá ser obrigada a pedir ajuda internacional e a «enfrentar um cenário grego», se a oposição não apoiar em Julho as mudanças legislativas para estabilizar as finanças públicas, afirmou ontem o primeiro-ministro do país. «Julho será o momento da verdade, quando o Parlamento votar a inscrição da regra de ouro orçamental na Constituição e sobre a forma como os referendos podem ser organizados», afirmou Janez Jansa, primeiro-ministro conservador, em entrevista à rádio eslovena Ognjisce.

«A votação no Parlamento vai determinar se os eslovenos podem vencer por si próprios a crise económica ou se têm de se sujeitar às condições que outros [a União Europeia] lhes impuserem», acrescentou.

Se os deputados rejeitarem as alterações, a Eslovénia «deverá enfrentar um cenário grego», alertou Janez Jansa.

O seu partido, o SDS (centro-direita), vai submeter ao Parlamento em Julho a inscrição da regra de ouro orçamental (défice estrutural de 0,5 por cento do PIB) na Constituição e uma modificação das regras no que se refere aos referendos para evitar consultas populares sobre as leis cruciais para as finanças públicas.

Para que estas medidas sejam adoptadas, Jansa precisa do apoio de dois terços do parlamento, mas o principal partido da oposição, o Eslovénia Positiva (centro-esquerda), já anunciou que se opõe.

A legislação permite aos partidos políticos, sindicatos e qualquer organização civil que recolha 40.000 assinaturas de apoio que convoquem um referendo e que se oponham a leis já votadas pelo Parlamento. Foi o 'não' no referendo sobre a reforma das pensões que levou à queda do Governo de centro-esquerda de Borut Pahor, em Dezembro de 2011.

Duramente afectada pela crise, a Eslovénia tenta consolidar as suas finanças públicas com medidas de austeridade que pretendem fazer baixar o défice público de 6,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para o intervalo entre os 3,5 e os 4 por cento.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Junho 29, 2012, 02:11:01 pm
E se a Alemanha estiver a preparar a saída do euro?...
28 Junho 2012 | 23:30
Pedro Santos Guerreiro

Mais uma cimeira, mais uma viagem, mais uma voltinha. Certo? Errado. Há agora uma diferença. Enorme. Espanha e Itália adoptaram um discurso de aflição. É altura de encararmos as perguntas difíceis: e se isto der mesmo para o torto? E se o euro acabar? E se no fundo a Alemanha estiver a preparar não a nossa mas a sua saída do euro?


A União Europeia está à beira do descalabro. Falar nisso já não é alarmismo, não falar é que passou a ser negacionismo. O alarme soa já por toda a Europa. Soou ontem, aliás. Desde a Itália e desde Espanha, países que afinal não são grandes demais para falhar, são apenas grandes demais para salvar.

Na Itália, a armadilha chama-se dívida pública. É gigante. E o facto de ser em grande parte dívida interna e não externa começa a deixar de ser atenuante suficiente. Porque pagar taxas de juro mais elevadas é, para uma dívida tão grande, o suficiente para aniquilar o excedente das contas italianas. Para mais, o primeiro-ministro de que os mercados gostam, o tecnocrata Mario Monti, tem uma margem política muito reduzida para implementar medidas de austeridade. Porque lhe falta a legitimidade do voto. E porque a coligação parlamentar é frágil.

Em Espanha, o primeiro-ministro Mariano Rajoy é uma desgraça. Afunda-se em contradições e mostra-se incapaz de liderança política de uma crise que se está a descontrolar. A intervenção junto de alguns bancos espanhóis com problemas mostrou-se ineficaz para sossegar os mercados. E assim os mercados estão a cobrar taxas de juro incomportáveis à própria dívida soberana espanhola. Mais: há bancos que já não estão a conseguir financiar-se nos mercados, disse ontem Rajoy. Supõe-se que se referia não aos bancos com problemas, pois esses estão "cobertos" pela ajuda de cem mil milhões. Estaria então a falar dos maiores bancos espanhóis, Santander, BBVA e La Caixa?

Este cenário de aflição aumenta brutalmente a pressão sobre a Alemanha. O que falta, a França submergir? O que está a acontecer é a precipitação da necessidade de apoiar Itália ou (e?) Espanha, precisamente o que sempre dissemos que aniquilaria o euro. Porque não havia, e não há, dinheiro que chegue para um resgate a esses países. E é por isso que as cimeiras vão avaliando "resgates suaves", tais como a compra pelo Fundo de Estabilização de dívida pública destes países no mercado secundário. Não é para poupar estes países de um resgate como o português. É por não haver dinheiro para ele.

Agora imagine-se na pele de um alemão. Tem a inflação controlada, está a financiar-se a taxas de juro quase nulas e olha para o lado e vê países a pedirem-lhe dinheiro para salvar os seus problemas. Acode-lhes? Ou sacode-os?

A resposta é completamente especulativa mas a pergunta não. Há rumores de um célebre estudo supostamente feito pela Alemanha que avalia o impacto no seu PIB do fim do euro. A Finlândia, ao contrário de outros países (como Portugal), só emprestou dinheiro para a Grécia contra garantias reais: "ouro" (títulos de elevado "rating" e "cash"). Os mercados emprestam dinheiro a taxas nulas à Alemanha, o que significa que preferem não ganhar dinheiro e terem um refúgio - ou mesmo a terem uma opção sobre o marco... Há empresas alemãs, como a Volkswagen, que já estão a fazer contratos com cláusulas que se referem não ao euro mas "à moeda que vigorar". E notícias não confirmadas de grandes bancos europeus que têm planos de contingência para o fim do euro. Seja pelos efeitos de contágio de uma saída desordenada. Seja por uma saída voluntária de países como a Finlândia. Ou mesmo a Alemanha.

Sim, a Alemanha. Atrevamo-nos à pura especulação. A saída para a crise parece passar apenas por uma solução de federalismo, como ainda ontem defendeu Viviane Reding, vice-presidente da Comissão Europeia. Mas esse federalismo, que implicaria a criação de uns Estados Unidos da Europa, parece longínqua porque simplesmente… os europeus não parecem querê-la. E o federalismo não pode ter na raiz se não a democracia.

Se houver federalismo com democracia (e não há outro federalismo), então a Alemanha terá menos poder representativo pelo povo do que tem hoje pelo poder do dinheiro. Essa ideia não agrada aos alemães, como se viu na ideia recente de o poder no Banco Central Europeu ser distribuído em função da posição no capital, o que daria mais poder à Alemanha.

Se a Alemanha não quiser perder esse poder que o federalismo lhe imporia (basta ver como hoje tem mais força que as instituições europeias como a Comissão e o Conselho), e farta que se mostra de passar cheques, então a alternativa para um continente imerso numa crise longa pode ser a ruptura. Sobretudo a partir do momento em que a Alemanha deixe de lucrar com a crise como tem lucrado até aqui: financia-se a taxas de quase zero e "empresta" a 3% ou 4%; tem risco baixo de Alemanha e moeda fraca de país do sul.

A Europa enfrenta um cenário de estagnação à japonesa, de um longo período de nenhum ou de fraco crescimento. Se a Alemanha sair do euro, atrás por exemplo de uma Finlândia que abra essa porta, enfrentará uma quebra imediata no PIB e uma apreciação da sua "nova" moeda, o que reduziria a sua competividade. Para os outros países, como Portugal, seria o fenómeno inverso: ficariam com uma moeda mais fraca, longo poderiam desvalorizar, o que seria bom. Mas perderiam a capacidade de controlar a inflação.

O que está em jogo é mais do que finanças, é uma construção política que visa uma relação de paz entre povos europeus. Mas as finanças estão a rebentar as costuras dessa construção. E está demasiado em jogo para que não nos preocupemos. Esperemos que os alemães gostem mais dos outros povos europeus do que os povos europeus gostam deles.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 65293&pn=1 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=565293&pn=1)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Julho 03, 2012, 12:03:57 am
Israel pediu empréstimo de 1.000 milhões de dólares ao FMI para a Autoridade Palestiniana


Israel pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um empréstimo de 1.000 milhões de dólares destinado à Autoridade Palestiniana que enfrenta uma grave crise financeira, revela a imprensa local. O governador do Banco Central israelita, Stanley Fisher, apresentou o pedido em meados de Abril, durante a conferência anual do FMI em Washington, depois de um encontro com o primeiro-ministro palestiniano, Salam Fayyad, e com a autorização do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de acordo com o diário Haaretz.

A Autoridade Palestiniana pediu a Israel que fizesse o pedido, uma vez que não é um Estado, não estando assim habilitada a fazê-lo, motivo pelo qual o pedido foi rejeitado pelo FMI, por não querer abrir precedentes, de acordo com o mesmo jornal.

A Autoridade Palestiniana enfrenta a «pior crise financeira» desde a sua criação em 1994, declarou no domingo o ministro do Emprego do Governo de Salam Fayyad, Ahmed Majdalani, citado pela agência AFP.

O responsável alertou que se os países árabes doadores não honrarem as suas promessas de donativos, a Autoridade Palestiniana não será capaz de pagar os salários aos seus funcionários em Julho nem as dívidas a empresas privadas da Cisjordânia.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Julho 03, 2012, 07:46:55 pm
Finlândia pode pôr em risco fundo de resgate da zona euro


A Finlândia anunciou hoje a sua intenção de impedir o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) de comprar títulos de dívida soberana no mercado secundário, o que põe em risco o funcionamento do fundo de resgate da zona euro.

«A Finlândia vai, naturalmente, avaliar futuras aquisições caso a caso, mas é provável que bloqueie quaisquer planos do MEE para adquirir obrigações no mercado secundário», disse Pasi Rajala, porta-voz do Governo de Helsínquia, citado pela agência France Press.

Rajala argumentou que «participar em operações nos mercados secundários não faz sentido nenhum».

A dívida soberana é emitida pelo Tesouro de cada país para suprir as suas necessidades de financiamento. Os títulos de dívida podem depois ser negociados por investidores no mercado secundário.

No conselho europeu da semana passada foi decidido que a zona euro iria agir para reduzir os juros pagos por alguns estados-membros, particularmente Espanha e Itália. Estimulando a procura de obrigações no mercado secundário, os respectivos juros desceriam.

Essas intervenções seriam conduzidas pelo Banco Central Europeu, através dos dois fundos de resgate – o MEE (que entra em funcionamento este mês) e o temporário Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

No entanto, o recurso ao MEE para comprar obrigações de dívida soberana e assim estabilizar os juros de países em dificuldades requer unanimidade entre os 17 membros da zona euro.

«No futuro, será necessária uma decisão unânime para as aquisições [do MEE], e parece que não será possível obter unanimidade devido à oposição da Finlândia e da Holanda» lê-se num relatório apresentado hoje no parlamento finlandês pelo Governo do primeiro-ministro Jyrki Katainen.

A Finlândia é dos poucos países da zona euro cujo crédito ainda é avaliado como AAA (nível máximo) pelas agências de notação financeira. No ano passado, Helsínquia atrasou a aprovação de um resgate à Grécia, que só se concluiu através da assinatura de um acordo bilateral com Atenas.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Julho 06, 2012, 04:03:58 pm
Finlândia prefere sair do euro a pagar dívidas dos outros países


A ministra das Finanças finlandesa diz que Helsínquia prefere preparar-se para sair do euro do que pagar as dívidas dos outros países.

Jutta Urpilainen disse em entrevista ao jornal Kauppalehti, de Helsínquia, que apesar de a Finlândia estar "empenhada em fazer parte da zona euro" e que o "euro é benéfico" para o país não está disposta a pagar um preço qualquer e que o país está preparado para enfrentar qualquer cenário, incluindo abandonar a moeda única europeia.

Helsínquia rejeita o Mecanismo Europeu de Estabilidade acordado durante a última cimeira europeia em Bruxelas destinado, sobretudo, a ajudar as economias de Espanha e de Itália. Por outro lado, a ministra do Governo social-democrata finlandês disse à estação de televisão pública da Finlândia que as "negociações com Madrid vão ser difíceis e prolongadas" referindo-se ao processo de ajuda financeira à banca espanhola.

"Nós representamos a linha dura. Temos condições muito rigorosas porque temos de garantir o risco dos contribuintes finlandeses", disse a ministra.

Na mesma entrevista, a ministra esclareceu que sublinhou "perante os países da União Europeia" que o país não vai participar no programa de ajudas ao sistema bancário espanhol se Madrid não apresentar garantias relacionadas com o pagamento sobre o primeiro empréstimo.

A ministra disse ainda desconhecer se outros países vão fazer a mesma exigência a Madrid e acrescentou que as conversações com o Governo de Mariano Rajoy podem começar nas próximas semanas, altura em que se vai conhecer "em concreto" o valor da ajuda.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Julho 06, 2012, 07:38:13 pm
Europa sem o euro «é insignificante no mundo globalizado», diz Carlos Costa


O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, realçou hoje a importância da moeda única para a afirmação da Europa no mundo globalizado, defendendo a criação de mecanismos de reforço à União Económica e Monetária."O euro vai continuar a ser uma grande moeda à escala mundial. No mundo de hoje, a Europa sem o euro seria insignificante", afirmou o governador durante a conferência "Zona Euro, que futuro?", organizada pelo Jornal de Negócios e pelo BES, em Lisboa, reforçando que "há um futuro de sucesso para o euro".

Carlos Costa apontou para a existência de "defeitos na construção da União Económica e Monetária (UEM)", considerando que se viveram "oito anos num quadro de facilidade".

Segundo o governador, para o sucesso da moeda única europeia e da UEM, é necessário "criar uma união bancária e uma união orçamental", porque um tratado de práticas orçamentais "não chega por si".

Carlos Costa sublinhou a importância da "criação das instituições necessárias para dar corpo às regras".

Entre elas, falou da "criação de um fundo de garantia bancária e de uma supervisão financeira" comunitários.

"Precisamos rapidamente de implementar a supervisão integrada no espaço europeu", defendeu o governador, realçando também a necessidade de dotar os fundos de estabilização financeira de capacidade suficiente para demonstrar aos mercados que a Europa tem "mecanismos credíveis de estabilidade".

De acordo com Carlos Costa, tem que ser criada "uma entidade que faça o trabalho que a Fed [Reserva Federal] faz nos Estados Unidos e que o Banco de Inglaterra desempenha", porque o Banco Central Europeu (BCE), na sua opinião, "está muito isolado".

O objetivo é que, em alturas de crise, "quando os bancos estiverem em dificuldades não afetem o soberano [Estados] e vice-versa", explicou.

"Sou a favor da criação de uma câmara alta [na União Europeia], com o equilíbrio entre a dimensão geográfica e a dimensão nacional", concluiu.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: 3520 em Julho 09, 2012, 04:49:26 am
"A UE tal como foi concebida não é suficientemente forte"

François Hollande e Angela Merkel apelaram para que a Europa se mantenha unida no "trabalho hercúleo" de superar a actual crise.
Meio século depois do encontro histórico entre o presidente francês Charles de Gaulle e o chanceler alemão Konrad Adenauer, a 08 de julho de 1962 em Reims, que marcou a reconciliação entre dois países que se combateram em três guerras, Hollande e Merkel apelaram também ao reforço da "relação incontornável" entre a França e a Alemanha.
"O desafio da Europa já não é a sua reconstrução, mas a sua transição", disse o presidente francês no seu discurso, destacando que esse desafio "não é o primeiro, nem será o último, e pode significar um novo ponto de partida".
Os países membros da União Europeia, disse, devem empenhar-se em "aliar competitividade e solidariedade, soberania nacional e compromisso europeu" e acelerar o ritmo para um processo de união política que permitirá à Europa "chegar mais longe".
Angela Merkel sublinhou no seu discurso que o papel de motor atribuído à Alemanha e à França "não é exclusivo" e procura a colaboração dos outros Estados-membros.
"A união económica e monetária, tal como foi concebida há 20 anos, não é suficientemente forte. Devemos aperfeiçoá-la a nível político. É um trabalho hercúleo, mas a Europa é capaz", disse a chefe do governo alemão.
As comemorações da reconciliação foram ensombradas pela profanação, no sábado à noite, de 40 sepulturas de soldados alemães da I Guerra Mundial no cemitério militar de Saint-Etienne-à-Arnes, na Ardenas (norte de França).
Nas cerimónias, François Hollande criticou o incidente e afirmou que "nenhuma força obscura poderá alterar a profundidade da amizade franco-alemã".

LusaEconómico


Países "nórdicos" minam "credibilidade" europeia

O primeiro-ministro italiano criticou certos países "nórdicos" que minam "a credibilidade" das decisões da zona euro.

Mario Monti, que falava à imprensa à margem dos Encontros Económicos de Aix-en-Provence (sudeste de França), sublinhou por outro lado a necessidade de as decisões da cimeira serem "traduzidas em termos operacionais pelo Eurogrupo rapidamente".

O Eurogrupo, que agrupa os ministros das Finanças dos países da zona euro, reúne-se segunda-feira e, novamente, a 20 de julho.

Na cimeira de 28 e 29 de junho, os países da zona euro decidiram flexibilizar os fundos de ajuda para os "bons alunos" da disciplina orçamental, como a Itália, sujeitos a taxas de juro elevadas.

O conselho decidiu também criar um supervisor bancário único, para depois permitir aos fundos europeus recapitalizarem diretamente os bancos em dificuldades, nomeadamente espanhóis, sem sobrecarregar a dívida do país em causa.

As decisões permitiram uma baixa das taxas de juro mas, dias depois, face às reservas levantadas por países como a Finlândia e a Holanda a algumas das decisões, nomeadamente o resgate europeu a bancos espanhóis e italianos, as taxas voltaram a subir.

Essa subida deveu-se, segundo Monti, a "declarações inapropriadas desta ou daquela autoridade política de Estados membros nórdicos com o objetivo, ou pelo menos a consequência, de reduzir a credibilidade do que o conselho decidiu por unanimidade".

O primeiro-ministro italiano lamentou que seja assim possível "desfazer unilateralmente o que foi feito e construído com muito esforço conjunto".

Numa altura em que o efeito de acalmia nos mercados das decisões do conselho europeu de 28 e 29 de Junho parece desvanecer-se, com as taxas de juro pagas por Itália e Espanha a voltarem a subir nos últimos dias, as críticas de Monti parecem ser dirigidas à Finlândia e à Holanda, que depois da cimeira manifestaram reservas quanto a decisões como o resgate europeu a bancos espanhóis e italianos.



Grande Super Mário ! :D  Está na hora de começar a por os actuais dirigentes populistas nórdicos no devido lugar.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Julho 09, 2012, 02:25:11 pm
Olha o 3520!!!!  :D
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Julho 16, 2012, 01:17:48 am
'Troika' está a perder a paciência com a Grécia


O ministro da Economia alemão, Philipp Rösler, afirmou hoje que a paciência da 'troika' em relação à Grécia tem limites e mostrou-se cético no que se refere ao cumprimento do memorando de entendimento por parte de Atenas.

"Tenho a impressão de que a paciência da 'troika' está a acabar e, quanto à capacidade da Grécia para reformar a sua economia, estou cético, pelo menos, depois da experiência que fizemos", disse Rösler, que é também vice-chanceler, à emissora pública de rádio Deutschlandfunk.

As declarações do político liberal surgem no mesmo dia em que o matutino alemão Rheinische Post noticiou que o Governo grego só cumpriu 90 dos 300 compromissos assumidos com a 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

A imprensa alemã diz hoje também que a chanceler Angela Merkel considerou, em reunião com altos responsáveis da coligação de centro-direita, "totalmente inaceitável" a exigência do novo Governo de Atenas para prorrogar por dois anos o programa negociado com a 'Troika' para obter o último resgate de 130 mil milhões de euros.

Alexander Dobrindt, secretário-geral dos democratas cristãos da CSU, partido irmão da CDU de Merkel, foi mais longe, exigindo, em declarações ao Rheinische Post, a "rápida saída" da Grécia do euro.

"De dia para dia, torna-se mais claro que a Grécia só tem hipóteses se sair do euro", disse Dobrindt.

O responsável da CSU propôs, no entanto, que Atenas se mantenha na União Europeia depois de renunciar à moeda única e que haja depois uma espécie de Plano Marshall europeu para reconstruir a economia helénica.

O Plano Marshall foi o programa dos Estados Unidos da América para promover a reconstrução dos países europeus após a II Guerra Mundial e deve o seu nome ao então Secretário de Estado norte-americano, George Marshall.

A terceira fase do plano da CSU contempla o regresso da Grécia ao euro, depois de sanear as suas finanças públicas.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 17, 2012, 05:25:53 pm
Maior banco europeu implicado em lavagem de dinheiro


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/maior-banco-eur ... z20tinmnyX (http://expresso.sapo.pt/maior-banco-europeu-implicado-em-lavagem-de-dinheiro=f740268#ixzz20tinmnyX)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Julho 22, 2012, 01:47:06 pm
Der Spiegel: FMI quer cessar ajudas à Grécia


O Fundo Monetário Internacional (FMI) tenciona cessar as ajudas financeiras à Grécia, o que poderá lançar este país da zona euro na falência já em Setembro, noticia hoje o semanário Der Spiegel, na sua edição electrónica. A intenção do FMI de não libertar mais dinheiro do programa de ajustamento financeiro negociado com Atenas já foram comunicadas à União Europeia, garante o magazine alemão, citando fontes diplomáticas em Bruxelas.

Actualmente, a chamada ‘troika’ do Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e FMI está em Atenas a examinar o cumprimento do memorando de entendimento.

Numerosos especialistas já advertiram, porém, que a Grécia não conseguirá reduzir a sua dívida pública a 120 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, objectivo central do programa traçado para reequilibrar as suas finanças públicas.

Atenas obteve até agora, desde Maio de 2010, dois resgates no total de 240 mil milhões de euros, além de um perdão superior a 50 por cento da dívida por parte da grande maioria dos credores, mas a situação económica do país continua a ser muito crítica.

Se a Grécia obtiver mais tempo para cumprir o programa de ajustamento financeiro, como o novo governo de Antonis Samaras exige, isso custará à UE e ao FMI mais 50 mil milhões de euros, segundo cálculos da ‘troika’.

Acontece que muitos governos da zona euro já não estão dispostos a emprestar mais dinheiro a Atenas, e a Finlândia e a Holanda condicionaram futuras ajudas à participação do FMI.

O risco de uma saída da Grécia da zona euro é, entretanto, considerado «controlável» pelos parceiros da moeda única, como o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, garantiu há algumas semanas, em entrevista ao Der Spiegel.

Para limitar os efeitos de contágio da crise grega a outros países, os governos da zona euro aguardam a entrada em vigor do novo Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE), que já estava agendada para Julho, mas aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional Alemão, agendada para 12 de Setembro.

Para que a Grécia possa assumir os seus compromissos financeiros em Agosto, poderá receber novas ajudas do BCE, embora, em princípio, Atenas tenha de devolver ao banco central europeu 3,8 mil milhões de euros até ao dia 20 do próximo mês.

A confirmar-se a notícia do Der Spiegel sobre o fim da participação do FMI nas ajudas financeiras, a única solução para a Grécia será, no entanto, abrir falência em Setembro e regressar à antiga moeda, a dracma, ensaio sem precedentes na zona euro que deverá abalar profundamente a economia helénica, e afectar também os parceiros europeus.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Jorge Pereira em Julho 24, 2012, 03:56:25 pm
Um dos melhores programas que vi até hoje sobre a crise: a portuguesa, a europeia e a do ocidente. Para ver com muita atenção. Irrepreensível a forma como João César das Neves aborda e explica as questões (muito ao encontro daquilo que eu penso), tirando a visão apocalíptica e populista dos acontecimentos que muitos teimam em usar. Só não percebo como este homem não tem direito a um programa próprio num dos vários canais portugueses.

 :arrow: http://www.tvi24.iol.pt/programa/4407/45 (http://www.tvi24.iol.pt/programa/4407/45)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Julho 30, 2012, 02:08:22 pm
Tony Blair apela aos alemães para que salvem o euro


O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair apelou aos alemães, numa coluna de opinião publicada hoje no jornal alemão Bild, para que salvem o euro, mesmo à custa de um compromisso desagradável. A crise que atravessa a zona euro «é uma experiência nova, que se pode, na melhor das hipóteses, comparar com a dos anos 1930. Todas as alternativas são desagradáveis. Mas a melhor alternativa para a Europa, e sobretudo para a Alemanha, é salvar o euro», escreve Tony Blair.

«Abandonar o euro agora seria catastrófico, sobretudo economicamente, não apenas politicamente», adverte.

Tony Blair reconhece que se exige muito aos alemães: «Financiar os mecanismos de resgate, aceitar uma inflação (mais forte) e atestar as dívidas dos países que não fizeram as reformas necessárias».

Mas, para o antigo primeiro-ministro britânico, a Alemanha não tem outra escolha que não a de aceitar «uma forma de agregação da dívida», enquanto os países em crise devem aceitar as reformas e aplicá-las de acordo com um calendário preciso e realista.

A opinião pública alemã é bastante hostil em relação às medidas adoptadas para tentar ajudar os países da zona euro em dificuldades, sobretudo os do Sul: Grécia, Portugal e Espanha.

O jornal Bild é regularmente porta-voz da larga franja de eurocépticos com alguns artigos provocadores.

De acordo com uma sondagem publicada na edição de domingo daquele diário, 51 por cento dos alemães (contra 29 por cento) consideram que o primeiro poder económico europeu estaria melhor sem o euro, e 71 por cento exigem que a Grécia saia da zona euro, caso não cumpra as metas de austeridade.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 05, 2012, 02:47:23 pm
FMI aprova crédito de 62.000 milhões de dólares a Marrocos


O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou hoje uma linha de crédito de 62.000 milhões de dólares a Marrocos para apoiar as reformas do país e conter riscos em caso de agravamento da crise de dívida da zona euro. O FMI disse que o seu conselho de administração deu luz verde a um primeiro pagamento de 3.550 milhões de dólares, ao qual se somará o restante no segundo ano do empréstimo que Marrocos terá à disposição mas que só utilizará em caso de emergência decorrente de problemas na balança de pagamentos.

De acordo com o Fundo, esta ajuda «vai permitir às autoridades continuarem com a sua agenda de reformas internas, que têm como objectivo alcançar crescimento rápido e abrangente, garantindo uma protecção contra choques externos».

A directora do FMI, Christine Lagarde, disse hoje que Rabat «tem mantido uma trajectória de políticas firmes e um vasto leque de reformas, que contribuíram para os fundamentos macroeconómicos e institucionais sólidos» do país.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 06, 2012, 11:47:34 pm
Bruxelas quer que Grécia mostre vontade em ficar no euro


A Comissão Europeia espera que a Grécia torne públicas o quanto antes as medidas do plano que prevê poupar 11.500 milhões de euros para demonstrar o seu compromisso e afastar o fantasma da saída do euro. «Há um grande esforço dos líderes europeus para encontrar medidas que ajudem a Grécia e evitem uma ruptura da zona do euro. Mas agora a responsabilidade está nas mãos da Grécia», disse à agência de notícias Efe uma fonte da Comissão Europeia em Atenas, que pediu anonimato.

Segundo esta fonte, o governo grego liderado pelo conservador Antonis Samaras abandonou a sua intenção de solicitar uma extensão de prazo no cumprimento dos programas de reformas impostos à Grécia pelos seus credores em troca dos resgates.

Esta decisão foi tomada pelo primeiro-ministro na semana passada depois de ter recebido um telefonema do Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em que este alertou que, se não o fizesse, haveria Estados-Membros a exigir a saída do país da zona euro.

«Uma extensão do programa implicaria mais financiamento, que teria de ser aprovado pelos parlamentos nacionais, e isso parece difícil», acrescentou a fonte.

Para evitar uma saída forçada da Grécia na zona euro, a fonte consultada pela Efe disse que a Comissão Europeia espera que Samaras «além de promessas, tem de começar a levar à prática» as medidas anunciadas, uma vez que «as coisas estão a ser feitas, mas muito lentamente».

Hoje houve mais uma reunião entre o primeiro-ministro e seus parceiros de governo, Evangelos Venizelos, dos socialistas gregos (Pasok), e Fotis Kuvelis, líder do pequeno partido de centro-esquerda Dimar, num encontro em que não foram abordados os cortes, com o debate a centrar-se sobre o processo de privatização e reforma da administração pública.

«Devemos romper o círculo vicioso da imagem negativa do nosso país», disse Venizelos no fim da reunião, enquanto Kuvelis explicou que houve um acordo sobre a criação «investimentos que proporcionem empregos».

Segundo o jornal Kathimerini, os pensionistas serão dos grupos mais afectados pelas novas medidas de austeridade, podendo as pensões ser reduzidas entre cinco e seis por cento, depois de já terem perdido cerca de um quarto do seu valor em cortes anteriores.

A ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), que supervisiona as reformas gregas, deu por terminada no domingo mais uma visita ao país, depois de constatar «avanços» nas negociações com o Governo.

Os membros da ‘troika’ vão apresentar o seu relatório em Setembro ao Fundo Monetário Internacional e ao Eurogrupo para que estes possam decidir se dão ‘luz verde’ à parcela de 31 mil milhões de euros de empréstimo à Grécia.

No entanto, a oposição grega, liderada pelo Syriza (esquerda radical), ameaçou novos protestos se aprovados mais cortes em salários e pensões.

«O problema é que o governo optou por medidas simples como cortes salariais e de pensões, mas as reformas estruturais que deveriam ter sido implementadas há 30 anos ainda não foram realizadas porque são mais difíceis», concluiu fonte comunitária.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 11, 2012, 03:20:42 pm
Berlusconi diz que a saída de um ou vários países da zona euro seria um desastre


O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, afirmou hoje que seria «um desastre» se um ou vários países abandonassem a moeda única, provocando a desintegração da zona euro. Silvio Berlusconi, numa entrevista publicada hoje no diário francês Libération, adiantou que ainda não decidiu se irá concorrer às eleições legislativas de 2013, e negou que tenha dito que não teria importância se alguns países saíssem do euro.

«Nunca utilizei essa expressão. Pelo contrário, sempre afirmei que a saída da moeda única de um ou vários países provocaria a desintegração da zona euro», sublinhou.

Reconheceu que o tema do possível abandono da moeda única foi utilizado por alguns membros do seu partido, o Povo da Liberdade (PdL), mas apenas por questões «táticas para mudar a posição da Alemanha».

Silvio Berlusconi afirmou que, «perante a intransigência sobre a disciplina orçamental e o rigor, que são importantes, são também insuficientes caso não se tomem medidas para o crescimento», acrescentando que estas políticas podem colocar «inevitavelmente um problema de saída do euro, ao menos para salvar a força produtiva de Itália».

O antigo chefe do Governo italiano lamentou que a «união política» que deveria ter sido necessária não tenha acontecido e criticou a oposição da Alemanha e da França a algumas das suas propostas, como a criação de uma força militar comum ou a nomeação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair como presidente do Conselho Europeu.

«Sempre sonhei com os 'Estados Unidos de Europa' e estou pessoalmente a favor de uma eleição direta de um presidente da União Europeia e do reforço dos poderes do Parlamento Europeu», adiantou.

Questionado se houve uma ação concertada do eixo Paris-Berlim para o afastar do poder, respondeu que não sabia, acrescentando que não acreditava que tal tivesse ocorrido.

Berlusconi não foi claro sobre as suas intenções de voltar à política ativa, mas assinalou que o seu partido, «começando pelos deputados», lhe pede que volte para «relançar a popularidade do partido na campanha eleitoral».

«Ainda não decidi, mas uma coia é certa: estive sempre ao serviço do meu país», adiantou.

A sua saída do cargo de primeiro-ministro foi interpretada por Silvio Berlusconi como um sacrifício pelo bem do país: «Deu um passo atrás devido ao meu sentido de responsabilidade. Fui o único primeiro-ministro da história que se demitiu com uma maioria no parlamento e sem ter sofrido uma moção de censura».

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 12, 2012, 06:32:43 pm
Alemanha ameaça bloquear nova ajuda à Grécia em caso de incumprimento


A Alemanha adverte que vai vetar uma nova ajuda à Grécia se Atenas não cumprir na íntegra os termos acordados com a 'troika' no âmbito do pacote de resgate financeiro, mesmo que outros países decidam fazê-lo. O aviso foi dado pelo vice-presidente da coligação do governo alemão, Michael Fuchs, em declarações ao jornal diário Handelsblatt, numa entrevista que será publicada na segunda-feira.

De acordo com o responsável, a Alemanha está preparada para recorrer ao seu poder de veto, caso entenda que a Grécia não está a cumprir o acordado com os credores internacionais (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu).

«Podem citar-me: mesmo que o copo esteja meio cheio, isso não é suficiente para que haja um novo pacote de ajuda», afirmou o membro do governo de Angela Merkel, acrescentando que «a Alemanha não pode nem deve concordar com essa possibilidade».

Na mesma entrevista, Fuchs referiu ainda que mesmo que outros países da zona euro decidam libertar mais fundos, depois de conhecida a avaliação da ‘troika’, «a Alemanha vai usar o seu poder de veto» no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), caso conclua que a Grécia «não cumpriu os requisitos exigidos».

O veredicto da ‘troika', que deverá ser conhecido em setembro, irá determinar se Atenas vai ou não receber a próxima tranche de ajuda financeira, no valor de 31,5 mil milhões de euros. Fuchs advertiu ainda que a Alemanha «atingiu os limites daquilo que considera aceitável».

Reconhecendo que é impossível forçar um país a abandonar a zona euro, o responsável político sublinhou que «o governo grego sabe o que tem de fazer caso não esteja em posição de cumprir as reformas impostas».

Nas suas declarações, o responsável não poupou críticas e declarou-se também contra a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) poder ajudar os países em dificuldades através da compra de títulos de dívida soberana, conforme anunciou na semana passada o presidente da instituição, Mario Draghi.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 16, 2012, 09:03:44 pm
Áustria quer mecanismo para expulsar da Zona Euro países que não cumpram compromissos


O ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco, Michael Spindelegger, pediu que a zona euro crie um mecanismo legal que permita excluir os países membros que não respeitem os critérios e os compromissos europeus.
 
"Temos necessidade de encontrar os meios que nos permitam expulsar qualquer um da zona euro", declarou Michael Spindelegger, que é também vice-chanceler, numa entrevista ao jornal Kurier, a publicar na sexta-feira, mas que foi divulgada hoje no site na internet do jornal.
 
Esse mecanismo será destinado aos países que "não respeitem os seus compromissos", precisou, acrescentando ser necessária uma mudança dos tratados da União Europeia, um processo que poderá durar cinco anos.
 
"Se nós tivéssemos já um tal mecanismo, teríamos então tirado as consequências", sublinhou o ministro, numa referência, segundo o jornal, à Grécia, que já teve dois planos de resgate e que poderá ter necessidade de mais.
 
A criação de um tal mecanismo de saída reforçaria a confiança dos mercados no euro, declarou o ministro, de centro-direita, para quem uma tal ideia é apoiada por países da zona euro como a Alemanha, o Luxemburgo, a Finlândia e a Holanda.
 
Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou, no Canadá, que está comprometida em fazer todos os possíveis para salvar o euro e sublinhou que a Europa tem de aprender a utilizar de forma “mais eficiente” o dinheiro dos fundos estruturais.
 
A chanceler alemã também defendeu a ideia de “maiores direitos de intervenção” nos países que não cumprem os critérios de estabilidade, porque a Europa tem um problema de credibilidade perante os investidores estrangeiros.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 25, 2012, 02:22:07 pm
General Motors Is Headed For Bankruptcy -- Again  :roll:

 :arrow: http://www.forbes.com/sites/louiswoodhi ... tcy-again/ (http://www.forbes.com/sites/louiswoodhill/2012/08/15/general-motors-is-headed-for-bankruptcy-again/)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 09, 2012, 02:48:13 am
Merkel decidida a evitar a «todo o custo» saída da Grécia do Euro


A chanceler alemã, Angela Merkel, está decidida a evitar a "todo o custo" a saída da Grécia da zona euro, com receios de contágio a outros Estados-membros, diz a revista semanal alemã Der Spiegel.

A edição desta semana, que será publicada esta segunda-feira, cita palavras de Merkel a "colaboradores próximos", tendo a chanceler garantido que "tem de ser encontrada uma solução" para a Grécia e a manutenção do país na moeda única.
 
A Der Spiegel assinala que Merkel está consciente de que um abandono da Grécia da moeda única representaria perdas alemãs de 62 mil milhões de euros em ajudas, para lá de todo o impacto político que poderia advir da situação.
 
Nesse sentido, o Governo alemão, escreve a revista, "não descarta" um cenário de coletivização da dívida da zona euro para "estabilizar" Itália e Espanha, uma novidade na posição de Berlim.
 
Angela Merkel tem rejeitado insistentemente, por exemplo, a emissão de “eurobonds", títulos conjuntos da dívida pública entre países da moeda única, considerando-os “o caminho errado" para resolver a crise atual.
 
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou na quinta-feira um programa de “Transações Monetárias Diretas” para a aquisição de obrigações de países da zona euro no mercado secundário de dívida soberana, num montante “sem limites”.
 
O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que este programa de “Transações Monetárias Diretas” (“Outright Monetary Transactions”, na expressão em inglês) se destinará a obrigações entre um e três anos, ou de maturidades mais longas mas que vençam num prazo até três anos.
 
Estas aquisições, acrescentou Draghi, estarão sujeitas a “condicionamentos rigorosos”.
 
O BCE só irá adquirir dívida de países que estejam sob “um programa de ajustamento macroeconómico total [como sucede na Grécia e também em Portugal] ou de um programa preventivo, desde que este inclua a possibilidade de aquisições da parte” dos mecanismos europeus de estabilidade.

Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 06, 2012, 03:23:47 pm
Ex-vice da Moody's apela a revolução na zona euro


O tempo para uma discussão "educada" terminou. O que está em causa no "Sul" da Europa é a diferença entre um futuro de prosperidade ou depressão. Palavras duras de Christopher T. Mahoney, ex-vice presidente da agência Moody's.
Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt (http://www.expresso.pt))
11:37 Sexta feira, 5 de outubro de 2012  



"Está na hora de uma revolução na zona euro, o tempo para uma discussão educada terminou. O que está em causa não são um ou dois por cento de crescimento económico no Sul, mas, pelo contrário, a diferença entre um futuro de prosperidade e um de depressão", refere hoje Christopher T. Mahoney, ex-vice presidente da agência de notação Moody's, num artigo intitulado "Southern Europe Must Revolt Against Price Stability ", publicado no "Project Syndicate".

Essa "revolução" deve ser "liderada pela França, Itália e Espanha", com a França à cabeça, e os seus alvos principais são a Alemanha e o Bundesbank. "O tempo é agora, antes que a Espanha e Itália sejam forçadas a capitular à estricnina e ao arsénio da troika", sublinha.

Mahoney é um veterano de Wall Street que saiu de vice-presidente da Moody's em 2007. Considera-se um "libertário do mercado livre".

"Se o Sul continuar a permitir que o Norte administre o remédio envenenado da deflação monetária e da austeridade orçamental, sofrerá, desnecessariamente, anos e anos", adverte Mahoney, para, depois, apelar à "revolução" do Sul.

"A zona euro é uma república multinacional em que cada país, independentemente da sua notação de crédito, pode atuar como um hegemonista. A Alemanha tem apenas dois votos no conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), não tem controlo e não tem poder de veto. A Alemanha é apenas mais outro membro da união e o Bundesbank apenas mais outra sucursal regional do sistema do euro. O Tratado do BCE não pretendeu ser um pacto de suicídio, e pode ser interpretado de um modo suficientemente aberto para permitir que seja feito o que tem de ser feito. Se o Tribunal Constitucional objetar, então a Alemanha pode sair."

E reforça: "O que advogo é uma rutura pública com o Bundesbank e com os seus satélites ideológicos".

A finalizar, diz: "Talvez seja mais prudente conduzir esta revolta em privado, mas o que acho é que só funciona como ultimato público".



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ex-vice-da-mood ... z28Wr0bHZa (http://expresso.sapo.pt/ex-vice-da-moodys-apela-a-revolucao-na-zona-euro=f758145#ixzz28Wr0bHZa)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Outubro 11, 2012, 05:11:42 pm
FMI DESCOBRE A PÓLVORA :!:  :!:  :!:  :!:

Grécia deve ter mais tempo, diz Lagarde
FMI pede travão à austeridade na Europa

11.10.2012 - 11:32 Por PÚBLICO

A directora-geral do FMI, a francesa Christine Lagarde, pediu aos Estados que ponham uma travão às medidas de austeridade, dando sinais de que a sua instituição está ficar cada vez mais preocupada com o impacto dos cortes governamentais sobre o crescimento.

Lagarde advertiu contra a prioridade aos cortes na despesa e aumentos de impostos: “Por vezes é melhor ter um pouco mais de tempo”, disse durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Tóquio, citada no Financial Times de hoje.

Neste contexto, admitiu também que a Grécia vai precisar de mais dois anos para cumprir o programa de saneamento das finanças públicas e equilibrar o défice, em linha com as exigências dos credores internacionais.

O FMI já dissera antes que havia bons argumentos para dar mais tempo à Grécia, mas esta foi a primeira vez que Lagarde disse concordar com o prolongamento de prazos que tem vindo a ser pedido pelo Governo do primeiro-ministro grego, Antonio Samaras.

No início da semana, o Fundo alertou para que os governos têm subestimado sistematicamente os efeitos recessivos da austeridade. Assim, Lagarde diz agora que, dada a reavaliação do impacto da austeridade no produto, já não é sustentável para os governos europeus agarrarem-se às metas do défice orçamental se o crescimento for decepcionante.

http://economia.publico.pt/Noticia/fmi- ... pa-1566867 (http://economia.publico.pt/Noticia/fmi-pede-travao-a-austeridade-na-europa-1566867)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Edu em Outubro 11, 2012, 07:32:19 pm
Citação de: "P44"
FMI DESCOBRE A PÓLVORA :!:  :!:  :!:  :!:

Grécia deve ter mais tempo, diz Lagarde
FMI pede travão à austeridade na Europa

11.10.2012 - 11:32 Por PÚBLICO

A directora-geral do FMI, a francesa Christine Lagarde, pediu aos Estados que ponham uma travão às medidas de austeridade, dando sinais de que a sua instituição está ficar cada vez mais preocupada com o impacto dos cortes governamentais sobre o crescimento.

Lagarde advertiu contra a prioridade aos cortes na despesa e aumentos de impostos: “Por vezes é melhor ter um pouco mais de tempo”, disse durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Tóquio, citada no Financial Times de hoje.

Neste contexto, admitiu também que a Grécia vai precisar de mais dois anos para cumprir o programa de saneamento das finanças públicas e equilibrar o défice, em linha com as exigências dos credores internacionais.

O FMI já dissera antes que havia bons argumentos para dar mais tempo à Grécia, mas esta foi a primeira vez que Lagarde disse concordar com o prolongamento de prazos que tem vindo a ser pedido pelo Governo do primeiro-ministro grego, Antonio Samaras.

No início da semana, o Fundo alertou para que os governos têm subestimado sistematicamente os efeitos recessivos da austeridade. Assim, Lagarde diz agora que, dada a reavaliação do impacto da austeridade no produto, já não é sustentável para os governos europeus agarrarem-se às metas do défice orçamental se o crescimento for decepcionante.

http://economia.publico.pt/Noticia/fmi- ... pa-1566867 (http://economia.publico.pt/Noticia/fmi-pede-travao-a-austeridade-na-europa-1566867)

Dei por mim a pensar exactamente o mesmo caro P44. Está mais que visto que para a maior parte dos economistas a ecónomia é uma ciência oculta, um genero que magia negra que eles não conseguem compreender.

E o FMI que estava a tentar chupar ao máximo os paises endividados do sul da Europa deu-se agora conta que se a vaca morrer não há mais leitinho para ninguém. É que nem no acto que extorquir e escravizar eles sabem fazer as coisas como deve de ser.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Outubro 16, 2012, 05:59:06 pm
Crise
Suíça prepara exército para colapso do euro

A Suíça, país conhecido pela sua neutralidade, está a tomar precauções pouco convencionais para fazer face aos protestos anti-austeridade que se fazem sentir na Europa.


06:49 - 16 de Outubro de 2012 | Por Eudora Ribeiro
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A Suíça, que não faz parte da zona euro, lançou um exercício militar em Setembro, o ‘Stabilo Due’, para responder à actual instabilidade na Europa e para testar a velocidade a que o seu exército pode ser mobilizado, avança a CNBC.

O jornal Der Sonntag noticiou recentemente que este exercício militar baseou-se num ‘mapa de risco’ de 2010, onde os especialistas do Exército contemplavam a ameaça de conflitos internos, assim como a possibilidade de a Suíça receber refugiados da Grécia, Espanha, Itália, França e Portugal.

O ministério da Defesa suíço adiantou à CNBC que não se pode excluir a necessidade de enviar tropas nos próximos anos para outros países.

“Não está excluída a hipótese de as consequências de uma crise financeira na Suíça poderem provocar protestos e violência”, disse à CNBC um porta-voz do ministério da Defesa, acrescentando que “o exército tem de estar preparado quando a polícia pede ajuda em casos destes”.
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Cerca de dois mil soldados integraram os exercícios militares que decorreram em oito cidades suíças, incluindo soldados de infantaria, a Força Aérea e membros das forças especiais.

O ministro da Defesa Ueli Maurerwarned alertou, citado pela revista Schweizer Soldat, para uma escalada da violência na Europa. “Não posso excluir que possamos precisar do exército nos próximos anos”, disse o governante.
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/1 ... H2Q-WfE-hE (http://www.noticiasaominuto.com/mundo/15038/su%C3%AD%C3%A7a-prepara-ex%C3%A9rcito-para-colapso-do-euro#.UH2Q-WfE-hE)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: scrupulum em Outubro 23, 2012, 10:39:07 am
O EXEMPLO DA ISLANDIA

Islândia mostrou o caminho ao rechaçar a austeridade
por Salim Lamrani
REDE VOLTAIRE | PARIS (FRANÇA) | 20 DE OUTUBRO DE 2012

Quando, em setembro de 2008, a crise econômica e financeira atingiu a Islândia – pequeno arquipélago no norte da Europa, com uma população de 320 mil habitantes –, o impacto foi desastroso, tal como no resto do continente. A especulação financeira levou os três principais bancos à falência, de modo que seus ativos representavam uma soma dez vezes superior ao PIB do país, com uma perda líquida de 85 bilhões de dólares. A taxa de desemprego se multiplicou por nove entre 2008 e 2010, ao passo que, antes, o país gozava de pleno emprego.

A dívida da Islândia representou 900% do PIB e a moeda nacional se desvalorizou 80% em relação ao euro. O país caiu em uma profunda recessão, com uma diminuição do PIB em 11% em dois anos. [1]

Diante da crise

Em 2009, quando o governo quis aplicar as medidas de austeridade exigidas pelo FMI em troca de uma ajuda financeira de 2,1 bilhões de euros, uma forte mobilização popular o obrigou a renunciar. Nas eleições antecipadas, a esquerda ganhou a maioria absoluta no Parlamento. [2]

No entanto, o novo poder adotou a lei Icesave – cujo nombre provém do banco online que quebrou e cujos correntistas eram, na maioria, holandeses e britânicos – com a finalidade de reembolsar os clientes estrangeiros. Essa legislação obrigava os islandeses a reembolsar uma dívida de 3,5 bilhões de euros (40% de seu PIB) – nove mil euros por habitante – em quinze anos e com uma taxa de juros de 5%. Diante dos novos protestos populares, o presidente se recusou a assinar o texto parlamentar e o submeteu a um referendo. Em março de 2010, 93% dos islandeses rechaçaram a lei sobre o reembolso das perdas do Icesave. Quando foi submetida novamente a referendo em abril de 2011, 63% dos cidadãos voltaram a rechaçá-la. [3]

Uma nova Constituição, redigida por uma Assembleia Constituinte de 25 cidadãos eleitos por sufrágio universal entre 522 candidatos, composta por nove capítulos e 114 artigos, foi adotada em 2011. Ela prevê o direito à informação, com acesso público aos documentos oficiais (Artigo 15), a criação de uma Comissão de Controle da Responsabilidade do Governo (Artigo 63), o direito à consulta direta (Artigo 65) – 10% dos eleitores podem pedir um referendo sobre as leis votadas pelo Parlamento –, assim como a nomeação do primeiro-ministro pelo Parlamento. [4]

Assim, ao contrário das outras nações da União Europeia na mesma situação, que aplicaram escrupulosamente as recomendações do FMI que exigiam medidas de austeridade severas, como na Grécia, Irlanda, Itália ou Espanha, a Islândia escolheu uma via alternativa. Quando, em 2008, os três principais bancos do país – Glitnir, Landsbankinn e Kaupthing – desmoronaram, o Estado islandês se negou a injetar neles fundos públicos, tal como havia feito o resto da Europa. Em vez disso, realizou sua nacionalização.

Do mesmo modo, os bancos privados tiveram que cancelar todos os créditos com taxas variáveis que superavam 110% do valor dos bens imobiliários, o que evitou uma crise de subprime, como nos Estados Unidos. Por outro lado, a Corte Suprema declarou ilegais todos os empréstimos ajustados a divisas estrangeiras que foram outorgados a particulares, obrigado assim os bancos a renunciarem a seus créditos em benefício da população. [5]

Quanto aos responsáveis pelo desastre – os banqueiros especuladores que provocaram o desmoronamento do sistema financeiro islandês –, não se beneficiaram da mansidão que se mostrou diante deles no resto da Europa, onde foram sistematicamente absolvidos. Com efeito, Olafur Thor Hauksson, Procurador Especial nomeado pelo Parlamento, os perseguiu e prendeu, inclusive ao ex-primeiro-ministro Geir Haarde. [6]

Uma alternativa à austeridade

Os resultados da política econômica e social islandesa têm sido espetaculares. Enquanto a União Europeia se encontra em plena recessão, a Islândia se beneficiou de uma taxa de crescimento de 2,1% em 2011 e prevê uma taxa de 2,7% para 2012, além de uma taxa de desemprego de 6%. [7] O país até se deu ao luxo de realizar o reembolso antecipado de suas dívidas ao FMI. [8]

O presidente islandês Olafur Grímsson explicou este milagre econômico: “A diferença é que, na Islândia, deixamos os bancos quebrarem. Eram instituições privadas. Não injetamos dinheiro para salvá-las. O Estado não tem por que assumir essa responsabilidade”. [9]

Agindo contra qualquer prognóstico, o FMI saudou a política do governo islandês – o qual aplicou medidas totalmente contrárias às que o Fundo preconiza –, que permitiu preservar “o precioso modelo nórdico de proteção social”. De fato, a Islândia dispõe de um índice de desenvolvimento humano bastante elevado. “O FMI declara que o plano de resgate ao modo islandês oferece lições nos tempos de crise”. A instituição acrescenta que “o fato de que a Islândia tenha conseguido preservar o bem-estar social das unidades familiares e conseguir uma consolidação fiscal de grande envergadura é uma das maiores conquistas do programa e do governo islandês”.

No entanto, o FMI omitiu omitiu a informação de que esses resultados só foram possíveis porque a Islândia rechaçou sua terapia de choque neoliberal e elaborou um programa de estímulo econômico alternativo e eficiente. [10]

O caso da Islândia demonstra que existe uma alternativa crível às políticas de austeridade que são aplicadas na Europa. Estas, além de serem economicamente ineficientes, são politicamente custosas e socialmente insustentáveis. Ao escolher colocar o interesse geral acima do interesse dos mercados, a Islândia mostra o caminho ao resto do continente para escapar do beco sem saída.

Salim Lamrani
Professor. Ensina nas universidades Paris-Descartes e Paris-Est Marne-la-Vallée. Último livro publicado : Cuba. Ce que les médias ne vous diront jamais (Estrella, 2009)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Edu em Outubro 23, 2012, 11:28:37 am
Uma grande lição que mostra que quando se põem os interesses de todo um povo à frente dos interesses da elite as coisas funcionam bem.

Infelizmente na União Europeia dá-se mais importancia à preservação das regalias da elite que do povo, e por isso todos nós sofremos.
Os poderosos estão ainda mais ricos e poderosos enquanto a generalidade da população está cada vez pior.

Caberia a nós saber fazer a diferença.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Outubro 23, 2012, 05:40:32 pm
a frase mais importante é esta
Citar
o FMI  omitiu a informação de que esses resultados só foram possíveis porque a Islândia rechaçou sua terapia de choque neoliberal e elaborou um programa de estímulo econômico alternativo e eficiente.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Novembro 03, 2012, 12:28:09 pm
:roll:

 Crise aproxima Europa do federalismo

Mais uma semana de adiamento de decisões na zona euro. Mas o federalismo pode estar mais próximo.
Daniel do Rosário, correspondente em Bruxelas (www.expresso.pt (http://www.expresso.pt))
9:37 Sábado, 3 de novembro de 2012

Apesar de intensa diplomacia económica ao longo desta semana na zona euro, avolumam-se as dores de cabeça com a Grécia e com Portugal.

Nos bastidores do debate sobre o futuro grego avaliam-se uma segunda reestruturação de dívida ou uma opção de recompra no mercado secundário.

Para onde pender a posição da Alemanha até à cimeira de final deste mês será decisivo.

A situação portuguesa após setembro de 2013, quando o Tesouro terá de começar a financiar-se com emissão de dívida de médio e longo prazo continua a ser uma incógnita.

 

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/crise-aproxima- ... z2BA6Ulavk (http://expresso.sapo.pt/crise-aproxima-europa-do-federalismo=f764209#ixzz2BA6Ulavk)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Edu em Novembro 19, 2012, 02:33:27 pm
Empresas alemãs “congelam” investimentos perante a crise europeia
19.11.2012 - 12:32 Por Lusa, PÚBLICO

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As empresas alemãs “congelaram” os seus planos de investimento e contratação porque esperam um ano “economicamente débil” em 2013, segundo o resultado de um inquérito divulgado hoje pelo Instituto de Economia (IW) de Colónia.

O questionário, feito a cerca de 2300 empresas alemãs, revela que 28% esperam que os seus negócios piorem no próximo ano, enquanto só 24% contam com um aumento da produção.

A deterioração das perspectivas de produção e exportação faz com que só 19% das empresas consultadas na parte ocidental do país contem aumentar o número de empregados no próximo ano, enquanto 28% calculam que deverão cortar postos de trabalho.

No Leste da Alemanha (nos seis Estados federados que resultaram da reunificação do país) existe um empate de 26% entre quem conta aumentar e reduzir trabalhadores.

O inquérito do IW assinala que o mesmo sucede com os investimentos: 29% das empresas da Alemanha ocidental tencionam reduzi-lo em 2013, quando há um ano apenas 16% consideravam essa possibilidade.

Apesar disso, o IW de Colónia não crê que a Alemanha entre em recessão e calcula que a produção industrial aumente, mas menos de 0,75% com a condição de que a crise na zona euro não se agudize.

E assim começa a quebra do crescimento na Alemanha. Esta quebra de crescimento dará em pouco tempo lugar à recessão.

As empresas investem menos. As receitas dos impostos diminuem. E em pouco tempo também os alemães terão de pagar mais impostos para compensar a quebra da economia.

É também assim que começa agora a parte mais critica do periodo que neste momento a europa atravessa.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Dezembro 07, 2012, 11:55:26 am
a hora destes arrogantes está a chegar!!!!


Bundesbank revê em baixa previsões de crescimento da Alemanha

António Carneiro, RTP 07 Dez, 2012, 11:11 / atualizado em 07 Dez, 2012, 11:28


O banco central da Alemanha cortou drasticamente as projeções de crescimento para o próximo ano e reviu em baixa os números da economia germânica para 2012. A previsão para 2013 foi reduzida de 1,6 para apenas 0,4 por cento e, no final do ano corrente, o crescimento ficará pelos 0,7 por cento, quando ainda em junho o Bundesbank apontava para um por cento. As más notícias da economia alemã surgem um dia após o Banco Central Europeu ter previsto a continuação da recessão da economia da Zona Euro em parte devido aos abrandamentos das economias francesa e alemã.

"O ciclo da economia alemã arrefeceu", escreveu esta sexta-feira o banco central alemão. “Existem mesmo indicações de que a atividade económica pode vir a cair no final de 2012 e no primeiro trimestre de 2013”, indica a instituição.

Ainda assim, o Bundesbank refere "haver boas razões para acreditar que a Alemanha vai em breve retomar o caminho do crescimento".

"A boa saúde subjacente à economia alemã sugere que vai superar a estagnação temporária sem grande impacto negativo no mercado de trabalho", diz a nota do banco.

O regulador presidido por Jens Weidmann prevê que, depois de registar um crescimento anémico ou nulo em 2013, a Alemanha possa vir a recuperar algum terreno em 2014, crescendo 1,9 por cento.

"Possibilidade de recessão"

Mesmo assim, o Bundesbank adverte que o equilíbrio dos riscos é negativo e que existe mesmo uma possibilidade de a Alemanha entrar em recessão, que é definida por dois trimestres consecutivos de crescimento negativo.

A Alemanha tem sido um dos motores do crescimento económico da Zona Euro, que neste momento enfrenta a sua segunda recessão desde 2009, mas as novas projeções do banco central indicam que o país de Merkel está cada vez menos imune à crise que afeta os seus parceiros.

Fortemente dependente das exportações, a economia alemã ressente-se da queda das encomendas provenientes da Zona Euro, embora esta esteja a ser parcialmente compensada pelo crescimento registado noutros mercados. A queda nas exportações alemãs regista o seu ritmo mais rápido desde finais do ano passado, apesar de alguns dados recentes mostrarem uma ligeira melhoria do sentimento económico entre os empresários.

Perspetivas sombrias na Zona Euro

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu avisou que se avizinha mais um ano sombrio para a Zona Euro, com uma revisão em baixa das previsões para a economia dos 17 que se deverá contrair 0,3 por cento em 2013, em vez de crescer 0,5 por cento, como tinha sido previsto inicialmente pelo BCE.

Mesmo assim, o BCE decidiu manter inalteradas as suas taxas indicadoras de juro, que já estão no mínimo histórico de 0,75 por cento, e Mario Draghi deu poucos sinais de que a instituição a que preside esteja disposta a reduzir ainda mais as taxas para estimular o crescimento.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49 (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=609732&tm=6&layout=121&visual=49)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Dezembro 17, 2012, 03:52:05 pm
Liikanen
"Não estamos a salvo" de um colapso financeiro

Pedro Duarte  
17/12/12 13:33

O governador do banco central da Finlândia alertou hoje que um eventual colapso do sistema financeiro ainda pode vir a ocorrer.

"A falência de um grande banco pode vir a arrastar todo o sistema financeiro global até ao colapso", disse Liikanen, membro por inerência do conselho de governadores do BCE, em entrevista hoje publicada no jornal alemão ‘Die Welt'.

Para este responsável, que está a trabalhar em conjunto com os peritos da União Europeia numa proposta para uma nova regulação bancária no espaço europeu, notou que a Europa "está melhor preparada do que há alguns anos [para evitar um colapso], mas não estamos nem de perto a salvo" de tal catástrofe. Admitindo que as instituições financeiras europeias estão agora "melhor capitalizadas" do que em 2008, Liikanen avisou que a Europa não tem "legislação para o saneamento e liquidação" dos grandes bancos, em caso de falência dos mesmos.

"O objectivo prioritário de agora deveria ser o de, em caso de uma grande bancarrota na banca, que não voltem a ser os contribuintes que tenham que pagar por tudo, mas sim os proprietários da instituição falida, os seus accionistas, que passem a ser os primeiros a serem responsabilizados. O que aconteceu nestes últimos anos, os resgates estatais aos bancos, deve vir a ser visto no futuro como uma excepção extrema", acrescentou o governador do Banco da Finlândia.


http://economico.sapo.pt/noticias/nao-e ... 58653.html (http://economico.sapo.pt/noticias/nao-estamos-a-salvo-de-um-colapso-financeiro_158653.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Edu em Dezembro 18, 2012, 11:34:49 am
Sindicatos alemães propõem plano Marshall para combater a crise na Europa

Paulo Miguel Madeira  18/12/2012 - 09:52

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A DGB deseja contributos de outras centrais sindicais europeias. Pretende a criação de um imposto sobre as transacções financeiras para pagar investimentos de 200 mil milhões por ano.

Os sindicatos alemães propõem que a crise na Europa seja ultrapassada por uma espécie de Plano Marshall à escala do continente,. Um pacote de mais de dois biliões de euros em dez anos, que crie postos de trabalho com investimento pago pelo sistema financeiro.

A ideia foi lançada pela Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB, na sigla em alemão), mas está aberta a contributos de outras centrais sindicais europeias, cujo envolvimento é desejado pelos alemães. Já chegou à chanceler, Angela Merkel, e deverá ser também enviado ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

“É um plano para investir no futuro da União Europeia, para criar mais e melhores empregos na Europa, um plano para investir na educação e na energia sustentável. São ideias do movimento sindical alemão e esperamos que outras centrais sindicais europeias se juntem ao nosso Plano Marshall com as suas ideias”, disse Christoph Hahn, um dirigente da DGB, à Rádio Renascença, que avançou com a notícia no site.

“Queremos que seja um investimento para dez anos e, em cada ano, queremos investir cerca de 200 mil milhões de euros na Europa”, sublinhou. O dinheiro seria obtido através de um novo imposto sobre as transacções financeiras, pondo os responsáveis pela crise a pagar este plano de ajuda, disse também à Renascença o mesmo dirigente da confederação de sindicatos alemães.

O Plano Marshall foi concebido nos EUA para ajudar a Europa Ocidental a recuperar da destruição sofrida durante a Segunda Guerra Mundial. Decorreu da doutrina do Presidente Truman, anunciada em 1947, e que consagrou o rompimento com a União Soviética e o investimento na Europa Ocidental, para combater o comunismo e assegurar a hegemonia dos EUA. Foi baptizado com o nome do general George Marshall, secretário de Estado à data, e investiu 14 mil milhões de dólares na recuperação europeia entre 1948 e 1952 – o que representava cerca de 140 mil milhões em valores ajustados da inflação em 2006.

A DGB tem no seu site uma página em que apresenta as ideias para este plano e as principais rubricas de financiamento. O texto tem data de 8 de Dezembro. Porém, apenas agora foi noticiado em Portugal, por ocasião da deslocação de Christoph Hahn a Lisboa, para intervir na conferência internacional “As respostas dos consumidores à crise”, organizada pela União Geral de Consumidores, com o apoio da Fundação Friedrich Ebert.




O que é que eu já tinha dito? A Alemanhã mais cedo ou mais tarde ia estar como os outros. Aguentou-se mais por ser mais industrializada e maior.
Mas aqui se vê a diferença entre uns e outros, os sindicatos alemães apresentam soluções concretas e que possivelmente serão ouvidas fruto do maior peso que têm na europa e porque o governo alemão no fundo não está à merce de interesses extrangeiros como o português.

Mas vá-lá que finalmente perceberam que é com inovação e investimento que isto se resolve e não com austeridade. Só é pena que o mal tenha que chegar aos poderosos para se perceber isto
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Dezembro 26, 2012, 05:36:41 pm
Lagarde pede à Alemanha que adie cortes e compense a austeridade no Sul

Lusa e PÚBLICO

26/12/2012 - 14:02

Directora-geral diz que, no futuro, o FMI pode deixar de colaborar financeiramente no resgate.


A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu ao Governo alemão que abrande o processo de consolidação orçamental, de forma a compensar as consequências negativas que a austeridade dos países em crise tem no crescimento económico da zona euro.

Numa entrevista publicada nesta quarta-feira no semanário alemão Die Zeit, Christine Lagarde afirmou que o Governo alemão pode "permitir-se avançar mais devagar do que outros na consolidação". Desta forma, sustentou, a Alemanha poderia minimizar "os efeitos negativos sobre o crescimento" que resultam dos cortes orçamentais nos países em crise.

O Governo alemão aprovou recentemente os planos para o Orçamento do Estado de 2013, nos quais se compromete a anular o défice orçamental durante os próximos três anos. Para Christine Lagarde, enquanto que a "tarefa" para alguns implica continuar os ajustes orçamentais, no caso da Alemanha significa não tentar alcançar tão rapidamente o "défice zero".

Em 2013, defende Lagarde, a economia global vai registar um maior ritmo de crescimento, graças à retoma do dinamismo económico nos EUA e ao papel da China e de outras economias emergentes. No que toca à zona euro, que actualmente se encontra em recessão, o clima económico também deve melhorar, diz a directora-geral do FMI, que aponta, no entanto, para "tarefas" pendentes dos líderes europeus.

Deste rol de tarefas pendentes, Lagarde destacou a introdução de um programa "completamente funcional" de compra de títulos da dívida soberana por parte do Banco Central Europeu (BCE) e a concretização da união bancária.

A directora do FMI reconheceu ainda que nem sempre tem sido fácil "encontrar um consenso" entre o FMI e a União Europeia. referindo-se às conhecidas divergências em torno do último acordo para reestruturar as contas públicas da Grécia.

Neste contexto, Lagarde considerou que, no futuro, é possível que o papel do FMI passe apenas pela supervisão dos programas de reformas dos países da zona euro sem colaborar financeiramente para os resgates. O FMI "não tem que se comprometer financeiramente em todos os casos", sustentou Lagarde.

http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... is-1578626 (http://www.publico.pt/economia/noticia/lagarde-pede-a-alemanha-que-compense-a-austeridade-no-sul-e-adie-cortes-orcamentais-1578626)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Janeiro 17, 2013, 10:58:18 am
ONU alerta para nova recessão mundial

Se não forem adotadas medidas de combate ao aumento do desemprego no mundo poderá vir aí uma nova recessão mundial. O alerta partiu da ONU.

Lusa
8:45 Quinta feira, 17 de janeiro de 2013



A ONU alertou hoje para o "grave risco de uma nova recessão" se não forem adotadas medidas de combate ao aumento do desemprego no mundo e manteve a sua revisão em baixa das previsões de crescimento económico.

O diretor do relatório da ONU sobre a "Situação e Perspetivas da Economia Mundial 2013" , Rob Vos  :arrow: http://www.un.org/en/development/desa/p ... ndex.shtml (http://www.un.org/en/development/desa/policy/wesp/index.shtml) , afirmou que o "agravamento da crise na zona euro, o abismo orçamental nos Estados Unidos e um abrandamento brusco da economia chinesa poderão causar uma nova recessão global" e salientou que "cada um desses riscos poderá causar perdas produtivas globais entre 1 e 3 %".

A ONU considera que as atuais políticas económicas baseadas na austeridade fiscal e nos cortes orçamentais "não conseguem oferecer o que é necessário para incentivar a recuperação económica e conter a crise do emprego".

"Apesar de os esforços terem sido significativos, especialmente na zona euro, a combinação de austeridade orçamental e de políticas monetárias expansivas teve um êxito desigual na hora de acalmar os mercados financeiros e menor êxito teve na hora de fortalecer o crescimento económico e a criação de emprego", refere o relatório.

Consolidação orçamental

A ONU defende então a alteração da estratégia em prol de políticas de consolidação orçamental a médio prazo, e não a curto prazo, num "esforço que deve ser coordenado a nível internacional e alinhado com políticas de criação de emprego e de crescimento sustentável".

Os especialistas das Nações Unidas consideram que a "economia mundial debilitou-se consideravelmente em 2012" e que a expectativa é que continue "deprimida nos próximos dois anos", mantendo a previsão de crescimento de 2,4 % para 2013 e de 3,2 % para 2014.

O relatório destaca que estas taxas de crescimento estão muito longe de contrariar a crise laboral que vários países enfrentam e alerta que, com as atuais políticas económicas, a "Europa e os Estados Unidos poderão demorar outros cinco anos a recuperar os empregos perdidos por causa da 'grande recessão' de 2008 e 2009".

A ONU considera que a debilidade das economias dos países desenvolvidos é a principal causa do abrandamento económico, principalmente dos países europeus, que enfrentam um "círculo vicioso de altas taxas de desemprego, fragilidade do setor financeiro, riscos soberanos crescentes, austeridade fiscal e baixo crescimento".

Previsões da ONU

A recessão em várias economias da zona euro, o abrandamento económico dos Estados Unidos e a deflação no Japão "estão a afetar os países em desenvolvimento, através de uma procura mais débil das suas exportações e de uma maior volatilidade nos fluxos de capital e nos preços das matérias-primas", aponta o relatório.

A ONU manifestou a sua preocupação com a situação das principais economias em desenvolvimento, como a China, que "enfrentam um enfraquecimento da procura de investimento por causa das limitações financeiras em alguns setores da economia e de um excesso de capacidade de produção noutros".

A ONU prevê um crescimento na zona euro de 0,3 % em 2013 e de 1,4 % em 2014, nos Estados Unidos de 1,7 % em 2013 e de 2,7 % em 2014, no Japão de 0,6 % este ano e de 0,8 % no próximo e na China de 7,9 % em 2013 e de 8 % em 2014.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/onu-alerta-para ... z2IEGeLsVQ (http://expresso.sapo.pt/onu-alerta-para-nova-recessao-mundial=f780040#ixzz2IEGeLsVQ)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Janeiro 23, 2013, 10:06:42 am
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Economia | 21/01/2013
A recuperação da Europa dependerá do rápido afundamento da Alemanha

A Alemanha, num delírio moralista, não pode destruir as economias europeias com suas políticas de austeridade sem destruir grande parte de seu próprio mercado. É benéfica a pedagogia da realidade: Helmut Schmidt, notável ex-chanceler alemão hoje com 92 anos, disse numa entrevista que a tragédia europeia do momento é que seus principais líderes nada entendem de economia. Quando a crise se instalar na Alemanha, talvez Angela Merkel comece a entender. A análise é de J. Carlos de Assis

J. Carlos de Assis*

Os últimos indicadores negativos de desempenho econômico na Alemanha são os primeiros sinais de perspectivas mais favoráveis para o resto da Europa: a queda de 0,4% do PIB no quarto trimestre de 2012, anunciada juntamente com um crescimento para este ano de apenas 0,4% (contra expectativas anteriores mais favoráveis), é o primeiro passo de uma lição que a senhora Angela Merkel, a durona chanceler alemã, se recusava a aprender. Em outras palavras, que a Alemanha, num delírio moralista, não pode destruir as economias europeias com suas políticas de austeridade sem destruir grande parte de seu próprio mercado.

A Alemanha é uma economia “export led”, ou seja, no jargão dos economistas, conduzida por exportações. O segredo de seu relativo descolamento da crise europeia mesmo sem fazer um esforço fiscal interno significativo foi manter elevados superávits comerciais principalmente com os Estados Unidos, China e Rússia, explorando o filão dos programas de expansão fiscal desses últimos. Entretanto, tradicionalmente, o resto da Europa representa 60% do mercado de exportação alemão, sendo que a Zona do Europa responde por 40% dele. Obviamente que, cedo ou tarde, a crise da Zona do Euro repercutiria na Alemanha.

Isso tem uma importância política decisiva. A postura oficial alemã em relação à crise no sul da Europa é uma mistura de dogmatismo econômico (neo)liberal com moralismo puritano: os países em crise gastaram mais do que podiam e agora têm que pagar a dívida pública como uma forma de purgar os seus pecados. Não importa que a explosão das dívidas públicas europeias tenha sido o efeito de uma ação coordenada dos Estados para salvar o sistema bancário virtualmente explodido na crise privada iniciada em 2008 nos EUA. Na verdade, exceto Grécia, a situação fiscal dos países europeus (relação dívida/PIB), antes da explosão da crise financeira, era reconhecida como absolutamente saudável.

Diante do susto inicial com a crise de 2008, a senhora Merkel, junto com o senhor Sarcozy, aceitou, nas três primeiras reuniões do G-20 – Washington, Londres e Pittsburg -, a recomendação de políticas coordenadas de estímulo fiscal. Com efeito, em fins de 2009 e início de 2010, a economia ocidental dava sinais de recuperação. Aconteceu então que Cameron foi eleito na Inglaterra e com isso Merkel e Sarcozy ganharam, na reunião do G-20 em Toronto, em meados de 2010, e contra a opinião dos dirigentes norte-americano e chinês, um aliado para reverter a política, se não em nível mundial, pelo menos na Europa. É que, na Europa, os países do sul estavam necessitando de ajuda da comunidade europeia e do FMI para continuar o processo de recuperação de suas economias, o que dava á Alemanha, como líder do bloco, a prerrogativa de ditar as condições da assistência. A partir daí foram impostas as políticas de austeridade em todo o sul da Europa e a depressão voltou.

É em função sobretudo da política imposta pela Alemanha que o resto da Europa não se recupera, aí incluída a França socialista, em virtual estagnação. São três as formas reconhecidas teoricamente de um país sair da recessão: ou pela política de expansão fiscal, ou pela política de expansão monetária, ou pela política externa (exportações). A política de expansão monetária, como se está vendo nos EUA, na Europa e no Japão, é ineficaz quando se está diante de uma situação de fraca demanda agregada. A política de aumento de exportações depende de outros países que estejam em crescimento, absorvendo importações. Resta a única eficaz, a política de expansão fiscal: ela cria demanda pública e arrasta a expansão da demanda privada, estimulando o investimento e o emprego. A política de austeridade fiscal imposta pela Alemanha ao resto da Europa é justamente o oposto disso: reduz o gasto público, corta empregos, salários e pensões, deprime o investimento público e privado, gerando ainda mais desemprego numa espiral descendente.

Diante disso, a salvação da Europa (e do mundo, pois a economia mundial, inclusive a chinesa, sofre inevitável influência da demanda europeia) encontra-se numa inversão de prioridades políticas da Alemanha. E, para inversão dessas prioridades, a economia alemã tem que ser parte da crise a fim de sair de sua posição moral de querer fazer os países pobres europeus pagar pelos supostos pecados de gastar muito. É benéfica a pedagogia da realidade: Helmut Schmidt, notável ex-chanceler alemão hoje com 92 anos, disse numa entrevista que a tragédia europeia do momento é que seus principais líderes nada entendem de economia. Quando a crise se instalar na Alemanha, talvez Merkel comece a entender.

*Economista, professor de Economia Internacional da UEPB, autor, entre outros livros, de “A Razão de Deus”, pela editora Civilização Brasileira.

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=21526 (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21526)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Fevereiro 08, 2013, 12:26:08 pm
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Grécia morre à fome: esta imagem está a correr o mundo

Fotografia mostra milhares de pessoas a tentar chegar à comida que alguns agricultores distribuem

Por: Redacção    |   2013-02-08 11:28

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.lux.iol.pt%2Fmultimedia%2Foratvi%2Fmultimedia%2Fimagem%2Fid%2F13801137%2F420&hash=f938c2de02947697f3ff9083acb8935e)

A fome está de volta à Grécia. E esta é a imagem de um país onde a miséria não para de crescer de dia para dia.

Há dois dias, os agricultores gregos distribuíram frutas e legumes de graça em frente à porta do Ministério da Agricultura, em protesto contra o aumento dos custos de produção.

Para muitos, foi a única oportunidade de conseguir comida em vários dias. Centenas de pessoas rodearam os camiões de comida, de mãos estendidas, gritando e implorando pelos alimentos, empurrando-se uns aos outros. É a imagem do desespero dos gregos, que há muito que perderam a vergonha de mostrar que têm fome.

As imagens são impressionantes e, por isso mesmo, estão por todo o lado: nos jornais e agências de notícias internacionais, e também nas redes sociais.

A Grécia tem a segunda taxa mais alta da Zona Euro (26%) e de acordo com o instituto de estatísticas do país, viu surgirem 400 mil novos pobres num ano (entre 2010 e 2011). Atualmente, um terço da população vive abaixo do limiar da pobreza.

Citado pela Reuters, o deputado Kostas Barkas, do partido da oposição Syriza, revolta-se: «Estas imagens deixam-me zangado. Zangado por um país que não tem comida para comer, que não tem dinheiro para se manter quente, que não consegue chegar ao fim do mês».

A referência ao frio traz à memória mais um caso que é ilustrativo da miséria que se vive na Grécia: sem dinheiro para combustível de aquecimento, muitas famílias gregas estão a queimar madeira e até mobília para se aquecerem no Inverno. Além de estar a provocar um aumento da poluição em Atenas, estes atos de desespero culminaram já na morte de três crianças, num incêndio em Mesoropi, perto de Salónica.

Também citado pela Reuters, o site grego Newsit escreveu que «estas pessoas não são pedintes. São vítimas de uma crise económica que como um furacão passou e deixou por terra famílias inteiras. São vizinhos que até ontem tinham empregos e uma vida normal. Hoje estas pessoas, engolindo o seu orgulho e dignidade, vão onde quer que seja preciso para encontrar um pouco de comida gratuita, como fizeram aqui».
http://www.tvi24.iol.pt/economia---econ ... -6377.html (http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/grecia-fome-pobreza-comida/1417783-6377.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 26, 2013, 05:46:03 pm
Ministro francês diz que BCE deve juntar-se à "guerra cambial"

O BCE deve desvalorizar o euro, juntando-se à "guerra cambial" para fazer face à crise económica na região, defendeu um ministro francês.

"O euro está demasiado forte e não parece corresponder aos fundamentais económicos", referiu hoje o ministro da Indústria francês, Arnaud Monteburg, reclamando maior intervenção "política" na gestão da moeda única. "O Banco Central Europeu (BCE) tem de fazer o seu trabalho", considerou.

Para o responsável político, o BCE "deve preparar-se para confrontar uma nova guerra cambial, segundo a qual a desvalorização da moeda se torna uma ferramenta política".

"O BCE deve gerir a taxa de câmbio" de acordo com as "preferências do Eurogrupo sobre a taxa de câmbio face ao dólar e ao iene", frisou Monteburg.

Aumenta assim de tom as críticas do lado francês quanto à actual taxa de câmbio, depois de o Presidente francês, François Hollande, ter revelado que o euro não deveria flutuar livremente nos mercados, considerando que a moeda única estava excessivamente valorizada. Na resposta, o Governo alemão repetiu por diversas vezes que o nível do euro correspondia aos seus fundamentais de longo-prazo.

Também Mario Draghi, presidente do BCE, considerou a valorização do euro era um sinal de confiança dos mercados na moeda única, mas admitiu, contudo, que uma sobreapreciação teria um impacto muito negativo na economia do euro, ameaçando a sua recuperação.

Recorde-se que o BCE tem como "target" de política monetária a taxa de inflação, actuando apenas no sentido de estabilizar os preços na região, não assumindo qualquer postura quanto à evolução da taxa de câmbio.



 :arrow: http://economico.sapo.pt/noticias/minis ... 63523.html (http://economico.sapo.pt/noticias/ministro-frances-diz-que-bce-deve-juntarse-a-guerra-cambial_163523.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Edu em Março 08, 2013, 09:36:41 pm
Choremos pelos contribuintes do norte da Europa
Daniel Oliveira  8:00 Sexta feira, 8 de março de 2013

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O Banco Central Europeu aumentou os seus lucros no ano passado. Em apenas um ano, 37%. Segundo o próprio e o "Wall Street Journal", isso deveu-se, em parte, ao resgate à Grécia. O seu excedente, por exemplo, que em 2011 já fora de 1,894 milhões de euros, passou, em 2012, para 2,164 milhões de euros .

Mas o BCE está longe de ser o único beneficiário público da desgraça das economias do sul da Europa. Recentemente, o governo da Holanda fez saber que, "no total, o Banco da Holanda irá lucrar 3,2 mil milhões no período 2013-2017 com a participação em operações relacionadas com a crise ". O Estado holandês, através de engenharia financeira, assumiu uma garantia de 5,7 mil milhões ao Banco da Holanda . Em contrapartida, o banco transferiu para o Estado os lucros resultantes das suas operações de ajuda a Estados e bancos. Esse dinheiro permitiu a nacionalização do SNS Reaal (que se arruinou com operações imobiliárias em 2006, apostando em ativos tóxicos em Espanha) e o cumprimento das metas do défice. Vale a pena recordar que Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças holandês, é presidente do Eurogrupo. E ele mesmo assumiu que, apesar dos riscos destas operações de ajuda às economias em aflição, a Holanda terá "ganhos substanciais".

Sabe-se também que, graças a turbulência na generalidade das economias europeias, a Alemanha, dos poucos portos seguros que restam para quem queira guardar o seu dinheiro - e nunca houve tanto dinheiro para guardar -, tem conseguido financiar-se sem custos ou mesmo com juros negativos.

Sempre que ouço os comentadores domésticos verterem lágrimas pelos contribuintes do norte da Europa, vítimas da irresponsabilidade grega, portuguesa e italiana, não consigo deixar de sorrir. Pelo contrário, enquanto a crise económica não chegar a sério a estes países, a situação aflitiva dos países do Sul e os resgates que têm sido obrigados a aceitar - e que têm tido como únicas consequências o agudizar das suas crises e aumento das suas dívidas -, têm sido excelentes notícia para os contribuintes do norte da Europa obrigados, como nós, a pagar as irresponsabilidades dos banqueiros.

Não, Alemanha, Holanda e outras economias europeias não estão a financiar a dívida dos países do Sul. Pelo contrário, as dívidas dos países do sul é que estão a financiar estes Estados. Os contribuintes dos países intervencionados têm pago a relativa estabilidade financeira dos países que financiam os resgates.

Dirão que as coisas são assim mesmo e que só nós somos responsáveis pela nossa situação. Não é bem assim, mas guardo esse debate para a próxima semana, mostrando aqui como a moeda única acentuou os desequilíbrios estruturais já existentes na Europa. Mas mesmo que isso fosse verdade, seria talvez altura de abandonar tanta gratidão para com os nossos credores, sobretudo pelos pobres contribuintes alemães e holandeses. Às vezes, e sobretudo na finança e na política, um pouco de cinismo não é mau conselheiro.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/choremos-pelos- ... z2MzEJEM8E (http://expresso.sapo.pt/choremos-pelos-contribuintes-do-norte-da-europa=f791986#ixzz2MzEJEM8E)


E esta em?
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Março 10, 2013, 06:57:43 pm
alguns começam a abrir os olhos...

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HOJE às 17:14



Juncker: «Os demónios de uma guerra europeia estão apenas a dormir»

O primeiro-ministro do Luxemburgo e ex-chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Junker, acredita que a crise europeia pode resultar numa futura guerra, segundo a revista alemã Der Spiegel.

«Quem acredita que a eterna questão da guerra e paz na Europa não pode voltar a ocorrer, está completamente errado. Os demónios não desapareceram, estão apenas a dormir, como foi demonstrado pela guerra na Bósnia e no Kosovo», disse, comentando os efeitos da crise sobre a sociedade.


«A maneira como alguns da política alemã se têm referido à Grécia, um país severamente atingidos pela crise, deixou feridas profundas na sociedade helénica. Da mesma forma, assustou-me ver manifestantes em Atenas dar as boas-vindas à chanceler alemã, Angela Merkel, envergando uniformes nazis. De repente ressurgem ressentimentos que se pensava terem ficado completamente para trás. Também a campanha eleitoral italiana foi excessivamente anti-alemã e anti-europeia», disse na entrevista à revista.

Juncker lembrou novamente a importância de estarem todos juntos: «É a única oportunidade de não ficarmos de fora do mundo. Os chefes de governo da França, Alemanha e Grã-Bretanha estão conscientes de que a sua voz apenas é ouvida internacionalmente porque é transmitido através do megafone da União Europeia», frisou.

Olhando para as recentes eleições italianas, o ex-chefe do Eurogrupo considera que o resultado não pode ser interpretado principalmente como um voto contra o euro e as reformas políticas europeias.

«Beppe Grillo é principalmente um crítico da classe política do seu país. Silvio Berlusconi prometeu baixar os impostos aos cidadãos. O partido que se posicionou em Itália fortemente contra o euro foi a Liga do Norte, que perdeu muitos votos», disse.

Reiterou ainda que não há outro caminho a não ser uma sólida política orçamental, por mais impopular que possa ser.
«Não se pode fazer uma má política só pelo medo de não ser reeleito novamente. Quem governa deve assumir a responsabilidade pelo seu país e pela Europa», acrescentou.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=620269 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=620269)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabecinhas em Março 11, 2013, 08:22:04 pm
:arrow: http://sorisomail.com/partilha/238743.html
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Março 17, 2013, 08:15:31 pm
The Stunning Bailout Of Cyprus Is A Reminder Of Who's Really In Charge ...
Business Insider By Joe Weisenthal | Business Insider – 4 hours ago

In the recent Italian elections, incumbent Prime Minister Mario Monti recieved a paltry 10 percent of the vote.

In part it was because people didn't like his austerity/reform policies, but the real reason he was so disliked is that he was seen as a "puppet" for Brussels or Angela Merkel, doing their bidding in Italy.

People do not like it when outsiders are calling the shots.

Since the Eurozone crisis started, Germany has basically called the shots. This may be more de facto than de jure, but as the richest country, with the largest coffers, policy has essentially gone by what the Germans want.

This is an unfortunate political reality.

And now we see this on display again.

Frederik Ducrozet, an economist with Credit Agricole, tells Business Insider:

I think the Cyprus deal as it stands a big deal indeed, mostly in terms of bad signaling (as the ongoing normalisation in Eurozone capital flows remains fragile and vulnerable to sudden stops) and politics ( Germany still imposing its rules despite growing discontent in the South ).

There were multiple reports which indicated that Germany told Cyprus: Confiscate your depositors' money or leave the Eurozone.

That's a terrible political dynamic, and on top of Italy it exacerbates a bad overall political situation.

http://finance.yahoo.com/news/stunning- ... 38715.html (http://finance.yahoo.com/news/stunning-bailout-cyprus-reminder-really-151538715.html)

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REPORT: Germany Told Cyprus They Could Tax Their Depositors, Or Leave The Eurozone

Joe Weisenthal   | Mar. 16, 2013, 12:19 PM

The drama out of Cyprus Saturday continues to get more interesting.

The country has been ailing for quite some time, and everybody knew that a bailout was coming.

But the big surprise is that depositors in banks will be subject to an instant one-off tax to raise nearly 6 billion euros.

The background is that because Cyprus has an enormous banking system -— and houses a lot of offshore Russian money — there was not much political appetite to bail it out, even though the amount of cash was minimal.

In fact it seems, Germany was comfortable letting Cyprus go completely.

Faisal Islam — who is the crack economics reporter at U.K. network C4 — tweets that Germany basically gave a quid-pro-quo. Take the deal, or leave the Eurozone.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic5.businessinsider.com%2Fimage%2F51449b19eab8ea8368000015-763-416-600-%2Fscreen%2520shot%25202013-03-16%2520at%252012.16.50%2520pm.png&hash=2f0da79f7639ff619c34db8675393aa9)

http://www.businessinsider.com/report-g ... one-2013-3 (http://www.businessinsider.com/report-germany-told-cyprus-they-could-tax-their-depositors-or-leave-the-eurozone-2013-3)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Edu em Março 18, 2013, 11:50:06 am
Eu diria que esta acção no Chipre vai-se simplesmente mostrar como um verdadeiro tiro no pé para a união europeia.

As consequências serão mais graves do que eles inicialmente previram, e tudo para tentar salvar as grandes fortunas.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Miguel em Março 18, 2013, 05:15:14 pm
Bank Run

Qual empresa ou particular vai ter confiança na UE?

E o começo do fim.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: miguelbud em Março 19, 2013, 11:40:50 am
Dez perguntas & respostas sobre o resgate a Chipre

1. Porque é que Chipre precisa de um resgate internacional?

São fundamentalmente duas as razões apontadas para o Estado cipriota e, sobretudo, dois dos seus maiores bancos estarem na iminência da “bancarrota”: a forte exposição da sua frágil economia e sistema financeiro à Grécia (que foi o primeiro país do euro, ainda em Maio de 2010, a pedir assistência financeira externa e cuja dívida foi alvo de um perdão parcial que erodiu ainda mais a base de capital de bancos cipriotas); e o crescimento descontrolado do peso da banca cipriota, cujos activos estão avaliados em cerca de 800% do PIB do país. A título de comparação, no pico da crise, na Islândia a banca chegou a movimentar o equivalente a 980% do PIB do país; na Irlanda essa proporção rondou 440% do PIB.

2. Qual o valor de que o país precisa?

As necessidades financeiras do país – com 1,1 milhões de habitantes e que pesa 0,2% no PIB da Zona Euro - estão avaliadas em 17 mil milhões de euros.  Em termos absolutos é um valor reduzido, mas em termos relativos está-se perante o maior resgate do euro: iguala o PIB cipriota previsto para 2013.

Os parceiros da Zona Euro chegaram agora a um pré-acordo no sentido de emprestarem 10 mil milhões de euros. Em contrapartida, Chipre terá de avançar com privatizações e outras reformas e gerar, no imediato, receitas adicionais da ordem de 5,8 mil milhões de euros –  é aqui que entra a sugestão de um imposto extraordinário sobre o stock dos depósitos bancários. O FMI mostrou disponibilidade para contribuir para a montagem de um empréstimo internacional, mas ainda não avançou com números. Faltam pouco mais de mil milhões de euros para quadrar as necessidades de financiamento.

3. Porque é que o pedido de ajuda só agora foi equacionado?

Nicosia formalizou o pedido de assistência aos parceiros do euro ainda no Verão de 2012, mas o FMI e os europeus têm fortes suspeitas de a sua banca se ter convertido numa plataforma de lavagem de dinheiro sujo, oriundo das máfias russas. Querem garantias de que a legislação internacional sobre branqueamento de capitais está a ser efectivamente aplicada para evitar que empréstimos garantidos pelos contribuintes europeus salvaguardem sobretudo depositantes russos e dinheiro gerado em actividades ilegais, e pediram uma auditoria externa para o certificar.

Internamente o pedido de ajuda também gerou clivagens, pelo que se esperou pelo resultados das eleições (Chipre tem um sistema de governo presidencialista) que, na segunda volta, em 25 de Fevereiro, deram a vitória ao candidato pró-troika Nicos Anastasiades que defende uma maior aproximação à Europa, e um afastamento da Rússia, a quem o anterior Governo pediu um empréstimo de emergência de 2,5 mil milhões de euros.

4. Porque é que os depositantes foram envolvidos?

Para reduzir as necessidades de financiamento do Chipre e logo, o valor do empréstimo externo, evitando-se uma (ainda) maior explosão da dívida pública cipriota, o que poria em causa a sua sustentabilidade (ou seja, a capacidade de o país a ressarcir) e inviabilizaria também o eventual envolvimento do FMI. Com uma dívida pública que ronda actualmente 84% do PIB, se Chipre pedisse emprestado no exterior a totalidade dos 17 mil milhões de euros de que necessita para financiar o Estado e recapitalizar os seus bancos o rácio passaria para quase 200% do PIB.

5. E porque não se impuseram, antes, perdas aos investidores que compraram obrigações do Estado e dos bancos?

Porque a maioria da dívida pública cipriota foi emitida sob jurisdição do Reino Unido – que não contempla as chamadas CAC (cláusulas de acção colectiva, que permitem que os termos de uma obrigação possam ser alterados por uma super-maioria dos seus detentores) –  o que tornaria praticamente impossível uma reestruturação ordenada como se fez na Grécia que – sublinhe-se – foi prometido pela Europa seria caso único e irrepetível.  Por outro lado, a maior parte dos detentores de dívida pública e bancária são residentes cipriotas, que teriam de suportar inteiramente as perdas. Já boa parte dos depositantes são estrangeiros, sobretudo russos, o que permitirá aliviar o fardo sobre os cipriotas.

6. Porque é que se suspeita que Chipre se tenha convertido numa “lavandaria de dinheiro sujo da máfia russa”?

As entradas e saídas anuais de capitais russos de Chipre (que aderiu ao euro em Janeiro de 2008) terão rondado, anualmente, entre 2009 e 2011, os 120 mil milhões de euros – valor mais do que cinco vezes superior ao do PIB de Chipre, segundo dados do Global Financial Integrity. Esta organização não-governamental, presidida por Dev Kar, antigo economista sénior do Fundo Monetário Internacional (FMI), refere que muitas empresas russas instalaram-se em Chipre, beneficiando da baixa taxa de IRC de 10%, apenas para dar cobertura a circuitos financeiros que permitem "branquear" capitais gerados em negócios ilícitos. O "Financial Times" cita banqueiros de Nicosia, segundo os quais a taxa sobre depósitos custará só aos depositantes russos dois mil milhões de euros – ou seja, quase metade da receita de 5,8 mil milhões de euros que se pretende que o Governo obtenha com esta medida, reduzindo o valor do empréstimo externo.

7. O que é que está a ser proposto para os depositantes?

A proposta inicial do Governo era a de lançar uma taxa extraordinária de 6,75% sobre depósitos até 100 mil euros e de 9,9% sobre os de valor superior. Perante a comoção da população e a ameaça de chumbo do Parlamento, o Presidente cipriota sugere agora distribuição do esforço diferente. Até 100 mil euros, os depositantes serão taxados em 3%; entre 100 mil e 500 euros "pagam" 10% e é introduzida uma fasquia acima de 500 mil euros, que sofre um impacto fiscal de 15%. O montante da receita fiscal que se pretende angariar é o mesmo da proposta inicial: 5,8 mil milhões de euros.

O processo interno de negociação prossegue em Nicosia. Para travar uma fuga de depósitos, os bancos permanecerão encerrados até quinta-feira, 21 de Março e os levantamentos estão condicionados.

8. Porque não foram poupados os pequenos aforradores?

Segundo dois diplomatas envolvidos nas negociações citados pela Reuters, o Presidente cipriota terá recusado uma proposta do BCE de não taxar os pequenos depositantes por não querer uma taxa demasiado agravada, de dois dígitos, sobre os maiores. Os correspondentes em Bruxelas do Financial Times dão, por seu turno, eco ao comentário de um diplomata anónimo que, perante a recusa do Presidente cipriota, terá comentando que Nicos Anastasiades “só teria amigos ricos”. Mas o Presidente cipriota nega e diz que os termos da taxa extraordinária foram sugeridos por Bruxelas.

9. E envolver os depositantes é uma boa solução?

Não chegará a ser uma boa solução, mas envolver os depositantes para reduzir as necessidades de financiamento, logo o valor do empréstimo, logo a dívida de Chipre é para a maioria dos analistas e economistas a menos má das soluções possíveis no caso específico de Chipre, desde que seja percepcionada como tratando-se de um recurso único e irrepetível para não abalar a confiança. Cavaco Silva tem dúvidas de que esse “alicerce” do sistema bancário não tenha sido já ferido.

10. Portugal corre um risco idêntico?

É um cenário improvável. O Eurogrupo, o BCE e a Comissão Europeia sublinharam que esta é uma decisão que se aplica em exclusivo ao Chipre.

 

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, assegura que os portugueses "podem estar tranquilos" porque a tributação bancária "excepcional" ao Chipre "não é transponível para outros países". A DECO considera  também "infundado" o receio de o imposto aos depositantes do Chipre ser alargado a Portugal.

@Jornal de Negócios
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Março 19, 2013, 06:01:36 pm
Chipre: Presidente antecipa chumbo no Parlamento e há rumores de demissão do ministro das Finanças

PÚBLICO

19/03/2013 - 17:24

Partido do Governo deverá abster-se na votação desta terça-feira, inviabilizando a criação de uma taxa sobre os depósitos


O Presidente do Chipre, Nicos Anastasiadis, deu a entender esta terça.-feira que a proposta de criação de uma taxa a aplicar sobre os depósitos, no âmbito do pacote de ajuda financeira, pode não passar no Parlamento. Mas a crise política pode agravar-se já que circulam rumores de que o ministro das Finanças terá pedido demissão.

O presidente do Chipre afirmou nesta terça-feira, citado por órgãos de comunicação nacionais, ter "a sensação" de que o Parlamento vai chumbar o plano, justificando essa decisão com o facto do plano ser "injusto e ir contra o interesse dos cipriotas".

Da proposta que, segundo a agência de notícias cipriota CNA, deverá ser levada a votação no Parlamento consta uma taxa de 6,75% para os depósitos entre 20 mil a 100 mil euros e uma taxa de 9,9% para os montantes acima deste valor. As poupanças mais baixas ficam a salvo, mas, neste cenário, o “tratamento diferente” defendido pelos ministros das Finanças da moeda única para salvaguardar os depósitos até aos 100 mil não se verifica. A votação vai realizar-se esta tarde.

As declarações do presidente reforçam a informação que está a circular em vários meios de comunicação de que o partido do Governo deverá abster-se na votação desta terça-feira, inviabilizando a criação de uma taxa sobre os depósitos

Entretanto, circulam rumores de que o ministro das Finanças do Chipre, Micalis Sarris, terá pedido demissão esta terça-feira mas segundo a CNBC esse pedido ainda não terá sido aceite  pelo presidente do país, Nicos Anastasiadis.

A informação da demissão do ministro das Finanças está a ser veiculada por diversos órgãos de informação mas ainda não foi confirmada oficialmente.

Há inclusive informações contraditórias sobre a manutenção da agenda do ministro, em especial em relação à deslocação a Moscovo com vista a encontrar uma solução para a grave crise em que se encontra o Chipre.  

O parlamento vota esta terça-feira uma taxa sobre os depósitos bancários, no âmbito da plano de resgate do Chipre, situação que está a gerar uma forte crise interna e que pode ter consequências graves, pela fuga de depósitos, noutros países europeus.

A reflectir a incerteza face à demissão, o euro está a cair face ao dólar e as bolsas europeias também estão em queda.

http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... ao-1588346 (http://www.publico.pt/economia/noticia/chipre-ministro-das-financas-tera-pedido-demissao-1588346)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Março 19, 2013, 07:05:18 pm
Crise financeira
Chipre rejeita resgate europeu

Pedro Duarte  
19/03/13 18:19


O Parlamento cipriota não aprovou os termos do acordo com a Troika para o salvamento dos bancos do país, não tendo um único deputado votado a favor do plano.

A proposta europeia foi reprovada com os votos contra dos 36 deputados de toda a oposição, e com a abstenção de 19 deputados do partido DYSYS no governo.

Antes da votação, o presidente do parlamento havia rejeitado um pedido do governo para que o debate fosse adiado pela terceira vez, apelando antes aos deputados para que votassem contra a "chantagem" europeia.

Desde sábado que o presidente Nicos Anastasiades - eleito em Fevereiro com o apoio da chanceler alemã Angela Merkel  :roll: - tem tentado conseguir apoio parlamentar para o resgate no valor de 10 mil milhões de euros, sem o qual o chefe de Estado avisa que os dois maiores bancos do país irão falir quase imediatamente, por falta de liquidez, arrastando consigo todo o Estado e levando à saída do país do euro.

A proposta europeia gerou forte oposição em todo o país por prever a imposição de uma taxa sobre os depósitos nos bancos de 6,75% para quem tem menos de 100 mil euros e de 9,9% para valores superiores a este montante. Mesmo a versão melhorada que foi apresentada esta tarde pelo governo aos deputados - que isentava da taxa todos os depósitos inferiores a 20 mil euros - foi considerada como "inaceitável" pelo parlamento.

"Eles [os parlamentares] sentem que o acordo é injusto e contra os interesses da Nação. Mas eu tenho que admitir que a rejeição não era esperada pela Troika e pelos nossos amigos do Eurogrupo", disse Anastasiades, que já convocou para amanhã uma reunião de emergência dos líderes dos partidos políticos para debater o futuro do país. Já antes do voto, o governador do Banco Central do Chipre, Panicos Demeteriades, tinha avisado que a eliminação da taxa aos pequenos depositantes tornaria impossível obter os 5,8 mil milhões de euros exigidos pela Troika para conceder o empréstimo de emergência, e que, de qualquer modo, a aprovação do plano europeu deveria levar a uma retirada em 24 horas de 10% ou mais dos depósitos nos bancos do país.

Por agora, e para evitar uma corrida aos bancos, o Chipre vai manter os seus bancos encerrados até quinta-feira, enquanto a Bolsa de Valores está fechada até nova ordem.

Os líderes europeus já mostraram flexibilidade relativamente aos termos do resgate, tendo todos os ministros das Finanças afirmado que os pequenos depositantes devem ser isentos da taxa, apoiando em vez disso um aumento para os 15,26% da taxa imposta aos maiores depósitos.

Mas dos 68 mil milhões de euros em depósitos detidos pelos bancos cipriotas, 20 mil milhões são detidos por cidadãos e sociedades russas, quase todos acima dos 100 mil euros, e o executivo cipriota receia que uma taxa elevada sobre estes montantes levaria à saída total dos investidores russos, o que também destruiria o sector financeiro nacional. Moscovo já afirmou que estará disposta a conceder mais empréstimos a Chipre desde que este forneça mais informações sobre os depósitos, de modo a poder apanhar quem esteja a tentar fugir ao fisco russo, ao passo que a ‘utility' estatal russa Gazprom voluntariou-se por seu turno para pagar todo o resgate, desde que o Chipre lhe conceda os direitos exclusivos à exploração das jazidas de gás existentes ao largo da costa do país, rasgando os acordos que já tinha efectuado nesse sentido com empresas dos EUA.

Para os observadores, o Chipre é actualmente palco de uma batalha de influências entre Bruxelas e Moscovo, com os europeus de um lado a quererem poupar os pequenos depositantes e punir as grandes fortunas - muitas delas de origem suspeita - que têm vindo a usar o Chipre como paraíso fiscal, e do outro os russos a tentar evitar que os seus cidadãos mais ricos paguem grandes impostos a um governo estrangeiro.

Europa descarta taxas aos depósitos em outros países

O presidente do Eurogrupo (conselho dos ministros das Finanças da zona euro), o holandês Jeroen Dijsselbloem, reiterou entretanto que o imposto especial sobre os depósitos jamais seria aplicado noutro país europeu que não o Chipre.

"Não vai acontecer noutros países, porque neles o sector bancário não tem um peso tão grande em relação ao PIB [no Chipre os activos dos bancos são oito vezes superiores à riqueza gerada pelo país], e não está envolvido em negócios com tantos riscos", afirmou esta tarde Dijsselbloem ao parlamento holandês.

http://economico.sapo.pt/noticias/chipr ... 65168.html (http://economico.sapo.pt/noticias/chipre-rejeita-resgate-europeu_165168.html)


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o mais triste é que se fosse cá no burgo, os cachorrinhos da merkel votavam todos a favor disto  :evil:  :roll:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Abril 15, 2013, 05:50:36 pm

Grécia vs Alemanha. O próximo duelo joga-se nos tribunais internacionais

Por Catarina Falcão, publicado em 15 Abr 2013 - 08:29 | Actualizado há 9 horas 3 minutos

Depois da Grécia apurar que a Alemanha lhe deve mais de 162 mil milhões de euros em reparações de guerra, o tom do diálogo começa a subir entre os dois países que já ponderam recorrer aos tribunais internacionais para resolver a disputa

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.ionline.pt%2Fsites%2Fdefault%2Ffiles%2Fimagecache%2Fiarticle_photo_400x225%2Fimagens%2F219307.jpg&hash=cd13e960cb61f112b5983c8a0ceb25e1)

Mais de 560 mil mortos, 70 mil judeus enviados para campos de concentração, 50% das infra-estruturas destruídas e 75% da indústria em ruídas foram o resultado de três anos de ocupação nazi na Grécia. Agora, 69 anos depois da saída das tropas de Hitler do país e na mesma semana em que consegue desbloquear a próxima tranche do empréstimo da troika, a Grécia mostra-se disposta a ir até às últimas consequências para que lhe sejam reavidos mais de 162 mil milhões de euros em reparações de guerra que nunca foram pagas na totalidade pela Alemanha - com juros de mora. Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão já acusou os gregos de irresponsabilidade por trazerem esse assunto de volta à discussão pública, mas Dimitris Avramopoulos, ministro dos Negócios Estrangeiros, avisou que Atenas não vai esquecer o passado e que serão, em última instância, os tribunais internacionais a decidir.

Depois do jornal diário grego “To Vima” ter difundido que a Comissão nomeada pelo governo grego em Novembro do ano passado para avaliar o montante de reparações de guerra em dívida pela Alemanha tinha apurado que o valor devido à Grécia era de cerca de 162 mil milhões de euros, as críticas germânicas não se fizeram esperar. Schäuble desvalorizou o assunto considerando as conclusões do relatório do governo “irresponsáveis”. “Em vez de iludir as pessoas na Grécia, seria melhor mostrar-lhes o caminho para as reformas que precisam fazer”, disse o ministro alemão.

A resposta da Grécia, onde o relatório ainda é secreto, conhecendo-se apenas o valor monetário apurado por um conjunto de analistas, não tardou. O ministro dos Negócios Estrangeiros que está a estudar o relatório e a melhor maneira de o utilizar, disse que as reformas para melhorar a situação financeira do país estão a ser levadas a cabo e que as reparações da II Guerra Mundial são um assunto à parte. “Não há qualquer relação entre os dois assuntos. Uma coisa são as reformas financeiras que a Grécia está a fazer neste momento e outra são as reparações de guerra. Este é um assunto pelo qual os sucessivos governos gregos se batem há muitos anos e caberá aos tribunais internacionais decidirem se o caso está ou não encerrado”, disse Avramopoulos.

advogado em causa própria Desde o início da crise, em 2010, muitas associações, cidadãos a título individual e políticos têm recuperado o tema da falta de pagamento por parte da Alemanha das reparações de guerra acordadas após o final da II Guerra Mundial, não só em resposta ao comando germânico das políticas de austeridade que têm sido impostas, mas também como uma possível solução para a falta de financiamento que a Grécia atravessa. A petição online para a Alemanha “honrar as suas obrigações para com a Grécia”, pagando os empréstimos e as reparações pelas “atrocidades cometidas durante a guerra” já conta com mais de 190 mil assinaturas.

Uma das vozes mais activas nesta reivindicação é Notis Marias, deputado eleito pelos Gregos Independentes e professor de Assuntos Europeus na Universidade de Creta. Ao i, o deputado grego explicou que, na sua opinião, o país “deve recorrer a todos os meios diplomáticos e legais, incluindo tribunais internacionais e outras organizações para reaver o dinheiro”. Uma alegação que segundo o professor de Direito Internacional do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), Francisco Pereira Coutinho, pode ter viabilidade junto do Tribunal Internacional de Justiça. “É fundamentalmente um problema político, mas se a Alemanha não pagar, poderemos eventualmente ter um novo processo no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), agora iniciado pela Grécia, em que se discutirá se este pode apreciar factos que sejam anteriores à sua constituição e se a Grécia tem ou não direito a indemnização” explicou o académico ao i.

No ano passado, o TIJ declarou que a Alemanha não poderia ser responsabilizada em tribunais nacionais dos requerentes por falta de pagamento de reparações de guerra a título individual, depois do Supremo Tribunal Italiano ter decidido que a Alemanha tinha de compensar um italiano deportado em 1944. Após esta deliberação, um conjunto de cidadãos gregos, parentes das vítimas do massacre de Distomo - onde mais de 200 pessoas foram fuziladas pelas forças nazis - recorreu também aos tribunais italianos em busca da concretização da pena decretada pelos tribunais gregos, uma indemnização de quase 30 milhões de euros, que nunca foi executada. Para efectivar a sentença, o juiz italiano ordenou o confisco de bens alemães em solo italiano. A decisão do TIJ foi a de considerar que estas práticas violavam a imunidade jurisdicional alemã.

Dívidas que pagam o futuro Mais do que um direito, muitos gregos acreditam que a Grécia da segunda metade do séc. XX e a do início do séc. XXI teria sido muito diferente caso a Alemanha tivesse pago as reparações devidas ao país. “Se a Alemanha tivesse pago, a Grécia teria tido a hipótese de reconstruir a sua economia e tornar-se um Estado mais competitivo no pós-Guerra”, disse ao i o deputado Notis Marias.

No fim de 1940, durante a ascensão pungente das Forças do Eixo, Mussolini está com dificuldades em invadir a Grécia, um país que aparentemente lhe traria uma vitória fácil e aumentaria o seu prestígio junto do seu aliado, Adolf Hitler. Durante seis meses as forças italianas tentaram em vão invadir o território helénico, sendo repetidamente repelidos pelas forças gregas. Em Março de 1941, um dos contra-ataques gregos, que fez os italianos baterem em retirada, foi considerada a primeira vitória terrestre dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

Com o crescente embaraço italiano, Hitler veio em auxílio dos italianos e atacou as linhas mais indefesas gregas e em menos de um mês as tropas nazis marcharam sobre Atenas. Foram três anos de domínio tripartido - Alemanha, Itália e Bulgária - que levaram à Grande Fome, no Inverno de 1941, onde morreram mais de 300 mil pessoas só nos arredores de Atenas. É aí que ocorrem os empréstimos forçados ao Terceiro Reich que enfraqueceram a moeda nacional (o dracma) e levaram a uma grande inflação, e aos massacres que dizimaram populações inteiras de vilas e aldeias. Segundo Marias, as forças nazis “devastaram as infra-estruturas existentes na altura, danificando a economia grega”.

Atenas foi libertada em Outubro de 1944 pelas forças soviéticas, mas seguiu--se uma guerra civil entre as várias forças envolvidas na resistência durante o período de ocupação. Nas Conferências de Paris em 1946 que marcaram oficialmente o fim da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética arrecadou grande parte dos fundos das reparações alemãs por ter sido o país com maior número de vítimas mortais, mas também pelos danos infligidos no território russo. Aí ficou também assente que a Grécia receberia 4,5% das reparações materiais exigidas à Alemanha e 2,7% de outras indemnizações. Estes pagamentos acabaram por chegar através da maquinaria pesada de fabrico alemão utilizada para renovar a indústria do país e o pagamento de compensações monetárias a vítimas individuais dos crimes de guerra nazis. A Itália também pagou reparações de guerra à Grécia.

No entanto, uma das maiores reivindicações continua a ser o empréstimo forçado equivalente a mais de 10 mil milhões de euros (476 milhões de marcos do Terceiro Reich) desviado durante a guerra para financiar as tropas nazis e que nunca foi contabilizado nas reparações, o que com juros de quase 70 anos, somará uma grande parte dos 162 mil milhões apurados no relatório do governo.

Pagar ou não pagar Sete anos depois das Conferências de Paris e temendo as mesmas consequências do pagamento da dívida alemã no pós-Primeira Guerra Mundial (ver texto ao lado) que levaram à ascensão ao poder do partido Nazi em 1933, os credores da Alemanha - já República Federal da Alemanha - reuniram-se e amenizaram as condições de pagamento da dívida externa (também da I Guerra Mundial) e das reparações devidas aos vários países afectados pelo conflito.

Nos Acordos da dívida alemã que tiveram lugar em Londres ficou decidido que os pagamentos externos da Alemanha não excederiam os 5% das exportações e que uma parte da dívida seria paga após um tratado de paz entre as duas Alemanhas, o que veio a acontecer com a reunificação do país em 1990. Este acordo, juntamente com os fundos proveninente do plano Marshall, fez com que a República Federal da Alemanha se reerguesse em tempo recorde.

Para além da União Soviética, os grandes destinatários das compensações alemãs foram os sobreviventes judeus e as famílias das vítimas dos judeus mortos em campos de concentração. Na década de 90, mais de 100 mil pessoas em todo o mundo (especialmente em Israel e nos Estados Unidos) recebiam pensões do Estado alemão como reparações de guerra, directas ou indirectas.

No entanto, a Grécia alega que a Alemanha não acabou de pagar o que lhe devia, apesar de ter ratificado, juntamente com outros países, os Acordos da dívida em 1953.

Argumento de peso
A Grécia nega que o relatório sobre as dívidas alemãs pedido em Novembro do ano passado pelo Ministério das Finanças a quatro investigadores, e que compilou informação patente em quase 200 mil documentos, vá servir de arma negocial com a troika, alegando que uma coisa é a actual situação financeira do país e outra são as reparações de guerra. “A troika e as ajudas financeiras não têm nada a ver com esta reclamação. Este assunto é estritamente bilateral e terá de ser resolvido entre a Grécia e a Alemanha”, assegurou Notis Marias ao i.

Seja como for, o primeiro-ministro Antonis Samaras, conta agora com um argumento de 162 mil milhões de euros para sensibilizar a Alemanha para a situação grega.

http://www.ionline.pt/dinheiro/grecia-v ... rnacionais (http://www.ionline.pt/dinheiro/grecia-vs-alemanha-proximo-duelo-joga-se-nos-tribunais-internacionais)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Abril 15, 2013, 06:59:00 pm
Ora toma lá!! O Gregos já deviam ter esta na manga à muito tempo.
Mais uma razão para nunca terem apostado numa politica de desarmamento.
Para quem quiser dar uma espreitadela nos equipamentos Gregos:  :arrow: MP.Net (http://http)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 16, 2013, 12:31:54 pm
E os homens e mulheres atrás dessas armas? Está tudo desesperado! É por isso que um certo partido está a ter muita adesão por parte dos membros das Forças Armadas/Forças de segurança.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 16, 2013, 05:20:17 pm

"Alemanha tem que decidir se quer sair do euro", diz George Soros



O multimilionário e investidor George Soros, numa entrevista publicada hoje pelo jornal "El País", tece duras críticas ao papel da Alemanha na gestão das crises europeias e defende a necessidade de se recuperar o espírito de cooperação e solidariedade entre os países-membros da União.

"A Alemanha deve decidir se quer refazer a Europa da forma em que originalmente estava destinada a ser, que pressupõe aceitar as responsabilidades necessárias para avançar nessa direção, ou deve considerar sair do euro e deixar o resto dos países que acreditam nos eurobonds e podem combater a crise", diz George Soros ao "El País".  

Segundo o investidor, que está na 30ª posição do ranking dos bilionários da revista "Forbes", só é possível parar a espiral recessiva na União Europeia alterando as políticas.

"A política atual leva a uma dinâmica que consiste em sofrer uma crise atrás da outra, porque só quando o quadro se torna muito feio os países credores liderados  pela Alemanha extendem apoio aos devedores", acrescenta Soros, sublinhando que essa política não funciona porque peca por ser demasiado tardia.

Saída não significaria fim do euro



Questionado sobre se a saída da Alemanha da zona euro significaria o fim da moeda única, George Soros diz claramente que não, apontando para o papel importante do Banco Central Europeu. Na visão do investidor, os  países devedores teriam necessariamente de seguir uma política comum para manter o euro, caso contrário pagariam um "preço terrível."

George Soros diz também acreditar que se a Alemanha saísse do euro, os países devedores de transformariam em economias competitivas e as suas dívidas diminuiriam fortemente face à desvalorização da moeda única. O principal prejudicado seria o próprio país, defende.

"O preço do ajuste recairia sobre a Alemanha, que teria que lidar com dificuldades, porque de repente os seus mercados seriam inundados por importações do resto da Europa", explica Soros.

Alemanha deve aceitar eurobonds



O investidor húngaro-americano volta ainda a defender a necessidade de converter a dívida existente em eurobonds para se sair da crise, frisando que cabe à Alemanha mudar de direção e aceitar os eurobonds o mais breve possível, a fim de evitar que a situação se deteriore ainda mais.  

Neste sentido, George Soros defende a necessidade de se recuperar o espírito de "cooperação" na União Europeia, entre países credores e devedores, salvaguardando o futuro.

"A crise do euro transformou a União Europeia numa associação voluntária entre Estados iguais numa relação entre credor e devedor. E em situação de crise, os credores ditam o fim da relação, que leva a que os devedores fiquem sempre numa pior situação. E isso condena a União Europeia a um futuro muito sombrio", remata

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/alemanha-tem-qu ... z2QdxCNQ52 (http://expresso.sapo.pt/alemanha-tem-que-decidir-se-quer-sair-do-euro-diz-george-soros=f800356#ixzz2QdxCNQ52)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Abril 17, 2013, 03:13:36 pm
Nem o Excel alinha com os teóricos da austeridade

Paulo Alexandre Amaral, RTP 17 Abr, 2013, 12:32 / atualizado em 17 Abr, 2013, 14:12


Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff publicaram em 2010 o estudo “Crescimento em tempo de dívida”, no qual sustentam que os países com dívidas que ultrapassam os 90 por cento do Produto Interno Bruto têm o seu crescimento fortemente afetado. Trata-se de um dos documentos mais valorizados pelos defensores das políticas de austeridade, que lançam mão daquela fasquia como um dos principais argumentos para as políticas de corte. Alvos de várias críticas nestes três anos, Reinhart e Rogoff viram agora ser-lhes apontado um problema na codificação de uma das fórmulas para o Excel.

Durante os últimos anos, os entusiastas da austeridade fizeram amplo uso de argumentos que podemos encontrar no artigo “Crescimento em Tempo de Dívida” (Growth in a Time of Debt), de Reinhart e Rogoff: em termos gerais, a fórmula que traduz incapacidade de crescimento para economias com dívidas públicas superiores a 90 por cento do PIB.

As conclusões de R&R (Universidade de Harvard) apontam para que as economias nestas condições devam atacar o défice, independentemente da debilidade em que se encontrem. Não é uma conclusão aceite de forma pacífica e tem sido alvo de críticas ao longo destes anos.
 
Um novo estudo emerge neste abril de 2013 inteiramente focado no trabalho de Reinhart e Rogoff. “É verdade que a elevada dívida pública sufoca de forma sistemática o crescimento económico?” ( Does High Public Debt Consistently Stifle economic Growth?, de Thomas Herndon, Michael Ash e Robert Pollin - Universidade de Massachusetts) aponta três fraquezas na análise de R&R: duas de natureza metodológica e uma de erro de codificação estatística.

Os dois primeiros pontos já haviam sido alvo de outros ataques: Herndon, Ash e Pollin acusam Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff de fazerem um caminho de investigação ao contrário, excluindo das suas análises os casos de países que de forma evidente contradizem as suas conclusões. Será – apontam – o caso do Canadá, Nova Zelândia e Austrália, três países que no final da década de 1940 representam casos de nações com dívida elevada a decorrer em simultâneo com um forte crescimento.

Da mesma forma, R&R são acusados por Herndon, Ash e Pollin de terem conferido pesos diferentes a diferentes episódios. Trata-se aqui de uma questão metodológica, como se assinala num texto do jornalista Brad Plumer ontem publicado no portal do Washington Post.

No entanto, o terceiro só agora é apontado e por uma razão vinculada a implicações éticas da construção do conhecimento científico. No limite – e a haver razão do lado de Herndon, Ash e Pollin – tem a ver com falsificação dos resultados ou, igualmente mau, com um erro básico que não assentaria bem em dois académicos de créditos firmados, com passagem pelo Fundo Monetário Internacional e algumas das academias mais prestigiadas da América.

Herndon, Ash e Pollin procuraram replicar os cálculos de R&R no estudo, mas falharam. Ora, o documento de “Crescimento em tempo de dívida” apenas expunha as folhas de conclusão, já que os investigadores não puseram à disposição o trabalho científico de base, o que viria a acontecer depois.

Fórmula errada

Uma vez com as fórmulas de trabalho em mãos, Herndon, Ash e Pollin assinalam um erro fatal a Reinhart e Rogoff: estes terão cometido um erro na fórmula de uma das folhas de Excel do estudo ao escrever AVERAGE(L30:L44) em vez de AVERAGE(L30:L49), o que terá deixado de fora a Bélgica como um exemplo que os contrariava nas suas bases.
Em 2002 Rogoff envolve-se numa disputa com Joseph Stiglitz (ex-chefe do Banco Mundial) a propósito do livro “A Globalização e os seus malefícios”, no qual o Nobel da Economia ataca o FMI.

E não é a primeira vez que Kenneth Rogoff se vê envolvido em polémicas desta natureza.  Já este ano Rogoff, que junta ao currículo o título de grande mestre de xadrez, foi acusado de ter erros básicos de computação na obra em que é co-autor “Desta vez é Diferente” (This Time is Different). Erros de tal dimensão que uma vez corrigidos deitam por terra a tese do livro.

Em Does High Public Debt Consistently Stifle economic Growth? – A critic of Reinhart and Rogoff, os autores sublinham que não é este último caso, o do erro de codificação, que altera de forma significativa os resultados do estudo de R&R ao ponto de destruir um ponto de vista. Em termos quantificados, referem Herndon, Ash e Pollin que o problema de codificação representa 0,3 pontos percentuais nos cálculos de crescimento do PIB.

Contudo, conjugados, os três erros atingem – nos cálculos de Herndon, Ash e Pollin – até 2,3 pontos percentuais, já que “a taxa de crescimento de PIB real média para países com um rácio dívida/PIB de mais de 90 por cento é realmente de 2,2 por cento, não 0,1 por cento”.

Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff usaram o mesmo artigo de Brad Plumer, no Washington Post, para deixar uma resposta. Em termos genéricos, rejeitam que a sua teoria estabeleça uma relação de causalidade (forte dívida a provocar baixo crescimento) - rejeitando o uso do termo, para lembrar que é referida a relação (association, no original) entre uma coisa e outra.

De resto, sublinham que há um sem-número de estudos que sustentam uma realidade muito semelhante àquela em que baseiam a sua análise.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49 (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=644548&tm=6&layout=121&visual=49)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Luso em Abril 17, 2013, 11:19:33 pm
http://gizadeathstar.com/2013/04/cyprus ... -and-gold/ (http://gizadeathstar.com/2013/04/cyprus-russian-re-structuring-and-gold/)

CYPRUS, RUSSIAN RE-STRUCTURING, AND GOLD

April 17, 2013 By Joseph P. Farrell
Now here’s two stories from our friends at RT(Russia Today) that put an even more interesting twist on the recent events in Cyprus.  Before I offer an opinion on what they might mean, the articles themselves:

Russia to restructure €2.5bn loan to Cyprus

Cyprus to finance bailout by selling €400mn of gold reserves

Now, let’s indulge in our usual high octane speculation:

1.Note that President Putin made the announcement at a joint press conference with German Chancellorin Angela Merkel. Message: Russia and Germany are in solidarity on the crisis, and determined to hold the EU together. Corollary message: Europe and Germany are not going to be subservient actors to London and New York.  This message has also been strongly suggested by the German effort to repatriate its gold from the US Federal Reserve. In a word: there is a geopolitical realignment occurring right in this announcement itself. And it’s a huge realignment, a realignment that British geopolitics had long tried to prevent: that of Germany, and Russia.

2.Cyprus, in order to gain a bailout more favorable to it appears to have bowed to pressure to sell some of its gold reserves, and we can guess, in the context, who the ultimate buyers behind the scenes will be: Germany, and Russia. Message: we have no confidence in the western system of finance (and that means the euro, folks), but we’ll play the game a little bit longer until we have other pieces where we want them.

We are watching a great synchronicity here, for those who know it, Cyprus was once a colony of the Most Serene Republic of Venice. Then, too, the banksters of the day laid a heavy hand on the island, until it revolted. The revolt was crushed. But in its way, Cyprus then had lit a fuse, one that would not go out until the whole of Europe, fed up with Venetian corruption and duplicity, banned together to take out the banksters. It was called the War of the League of Cambrai, and it was only undone by (who else?) papal duplicity against its own allies in the form of the equally well-connected and duplicitous Pope Julius II (who, incidentally, was a della Rovere. They’re right up there, or down there, with the della Torre i Tassos [look 'em up, you'll recognize the German version of the family name]).

If the indicator we mentioned yesterday, a high Italian magistrate, is any signal of the future, this movement is only going to grow.

And watch for Germany and Russia to be quietly moving behind it.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Abril 18, 2013, 03:46:09 pm
E é gentinha deste calibre que se acha no direito de nos dar grandes lições de moral...

Citar
Christine Lagarde convocada pela Justiça francesa
Diretora do FMI foi convocada pelo Tribunal de Justiça da República francesa e poderá ser acusada por alegado favorecimento de 403 milhões de euros a Bernard Tapie.
Daniel Ribeiro, correspondente em Paris
11:56 Quinta, 18 de Abril de 2013

Christine Lagarde vai responder perante o tribunal por ter recorrido a uma arbitragem privada para resolver um intrincado contencioso entre o Banco Crédit Lyonnais e Bernard Tapie, um polémico homem de negócios que apoiou o ex-Presidente Nicolas Sarkozy depois de ter apoiado o socialista François Mitterrand, com o qual chegou a ministro.
 
Devido à decisão da então ministra francesa da Economia e Finanças (cargo que ocupou de 2007 a 2011), Bernard Tapie, também ex-presidente do clube de futebol de Marselha e atual proprietário de um grupo de imprensa regional no sul da França, recebeu 403 milhões euros de indemnizações (com juros incluídos) da parte do Estado francês.
 
A intervenção de Christine Lagarde neste caso ocorreu quando os tribunais normais se inclinavam para não conceder a Tapie as somas que ele exigia.
Tribunal de exceção

O anúncio oficial da sua convocação por "cumplicidade em falsificações e desvio de fundos públicos" foi feito hoje e a diretora do FMI deverá ser interrogada na segunda quinzena de maio. Poderá então ser formalmente acusada.
 
O Tribunal de Justiça da Repùblica é uma instituição judicial de exceção, a única habilitada a julgar membros do Governo francês por delitos cometidos no exercício das suas funções - é composto por 15 juizes, 12 deputados e senadores e três magistrados profissionais.  


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/christine-lagar ... z2QpKsuTQ1 (http://expresso.sapo.pt/christine-lagarde-convocada-pela-justica-francesa=f801161#ixzz2QpKsuTQ1)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Abril 25, 2013, 03:28:38 pm
Grécia vai avançar com pedido de reparações de guerra à Alemanha

Maria João Guimarães

24/04/2013 - 19:00

Ministro grego dos Negócios Estrangeiros não disse que quantia irá ser pedida nem em que instância entrará o processo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Grécia, Dimitris Avramopoulos, anunciou nesta quarta-feira no Parlamento que o país vai mesmo avançar com um pedido de indemnizações à Alemanha por danos na II Guerra Mundial.

Especulava-se que Atenas pudesse tomar este passo desde que o diário grego To Vima noticiou a existência de um relatório secreto do Ministério das Finanças detalhando danos e calculando reparações – tanto por perdas materiais como por um empréstimo forçado do Banco Central grego às forças de ocupação.

Mas responsáveis admitiam que a decisão seria política, já que não era a melhor altura para irritar Berlim, que é quem mais contribui para os empréstimos aos países em dificuldade.

O ministro Avramopoulos sublinhou que a Grécia nunca tinha desistido das indemnizações e pediu “a restauração da justiça e verdade sobre o sofrimento do povo grego durante os anos difíceis da ocupação, um período durante o qual o povo grego sofreu, passou fome, e foi pilhado como nenhum outro”, cita o diário norte-americano Wall Street Journal. Não especificou como será feito o pedido nem a quantia.

Na última vez que esta questão surgiu, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, disse que o caso estava fechado e aconselhou a Grécia a focar-se nas reformas e não desviar as atenções. O seu homólogo grego ripostou que uma questão é independente da outra.

162 mil milhões em jogo?

O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que vai agora ser estudado o modo como apresentar este pedido de reparações. Segundo o documento citado no início de Abril pelo To Vima, tratar-se-ia de 108 mil milhões de euros por danos de infra-estrutura e 54 mil milhões resultantes dos empréstimos forçados da Grécia à Alemanha. Ou seja, 162 mil milhões de euros, cerca de 80% do PIB grego.

A Alemanha pagou já, em 1960, 115 milhões de marcos (equivalente a 57,8 milhões de euros) à Grécia, diz a Deutsche Welle – e do ponto de vista de Berlim, a questão ficou aí encerrada. O jornal alemão Die Welt dizia, pelo seu lado, que desde 1949 a Alemanha pagou já pelo menos o equivalente a 31 mil milhões de euros, sublinhando, no entanto, que é difícil ter uma quantia exacta, já que houve várias formas de pagamentos.

Há quem ache que o pedido grego – pelo menos uma parte – é justificado. Quem melhor para o defender do que um professor alemão da Universidade de Atenas? O historiador Hagen Fleischer duvida da validade do argumento de que todas as reparações foram pagas em 1960. Primeiro, lembra que “a Holanda, que sofreu muito menos perdas, teve uma indemnização maior”, cita a Deutsche Welle. E segundo, Fleischer nota que o empréstimo ainda começou a ser pago logo depois da guerra. Os próprios nazis reconheceram o empréstimo, o que seria uma vantagem.

O mais recente caso de reparações individuais acabou, no entanto, com uma derrota para a Grécia. Trata-se de um pedido relacionado com um ataque a uma localidade chamada Distomo, que matou 218 pessoas. Em 1997, um tribunal grego declarou que os familiares das vítimas tinham direito a uma indemnização de cerca de 37,5 milhões de euros. Mas em 2011, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos decidiu que não havia lugar a reparações.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/gre ... ha-1592404 (http://www.publico.pt/mundo/noticia/grecia-vai-avancar-com-pedido-de-indemnizacao-a-alemanha-1592404)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Junho 11, 2013, 12:12:02 pm
para quem ainda tenha duvidas de quem beneficiou com a crise:

Relatório
Alemanha poupou 80 mil milhões com crise

Económico  
11/06/13 10:36



A queda das ‘yields' das obrigações permitiu à Alemanha poupar 80 mil milhões de euros desde o início da crise.

O Estado alemão poupou cerca de 80 mil milhões de euros desde o início da crise financeira em resultado do recuo das taxas de juro das obrigações alemãs, revelou hoje um estudo do Institute for World Economy (IWF).

Só no ano passado o pagamento de juros ficou cerca de dez mil milhões de euros abaixo do que a Alemanha pagaria num "cenário benchmark", que tem em consideração as ‘yields' médias da década anterior à crise. E este ano a poupança para o Governo alemão ficará nos 13 mil milhões. O relatório do IFW cobre o período que vai desde 2009 até 2013.

"O declínio das ‘yields' das obrigações é sobretudo provocada pela fraca dinâmica do ciclo económico na zona euro e pela política monetária do Banco Central Europeu", salientou o economista do IWF Jens Boysen-Hogrefe no relatório hoje divulgado.

Assim, o "efeito de activo de refúgio" das obrigações alemãs irá contribuir com uma poupança de cerca de três mil milhões, acrescentou o responsável.

O benefício para o Governo federal alemão, responsável por cerca de metade da dívida pública da Alemanha, poderá aumentar para 100 mil milhões de euros "nos próximos anos". Este números não incluem poupanças dos 16 estados alemães e dos municípios.

Boysen-Hogrefe frisa, contudo, que "estes ganhos apenas têm efeito uma vez, não representando uma melhoria estrutural das contas públicas alemãs".

O relatório foi divulgado no dia em que o Tribunal Constitucional alemão começa a analisar a constitucionalidade do programa de compra de dívida de países do euro do Banco Central Europeu (BCE).

Uma sondagem da Forsa indica que quase metade dos alemães quer que o tribunal considere inconstitucional o plano desenhado por Mario Draghi no Verão passado para ajudar a resolver a crise do euro.


http://economico.sapo.pt/noticias/alema ... 71130.html (http://economico.sapo.pt/noticias/alemanha-poupou-80-mil-milhoes-com-crise_171130.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Julho 22, 2013, 07:51:08 pm
Europa cada vez mais endividada

RTP 22 Jul, 2013, 16:12 / atualizado em 22 Jul, 2013, 16:47


Os países da zona euro não estão a amortizar as suas dívidas, e sim a aumentá-las - tal é a conclusão resultante das estatísticas da Eurostat, que comparam as dívidas europeias no fim do primeiro trimestre de 2013 com o período homólogo do ano passado.

Segundo o apuramento da Eurostat, citado em Der Spiegel, todos os países da zona euro menos dois viram aumentar as suas dívidas no ano que decorreu entre o fim de Março de 2012 e o fim de Março de 2013.

O caso mais grave é o da Grécia, em que as medidas de austeridade de nada têm servido e o famoso hair cut, o perdão parcial da dívida, apenas trouxe um alívio de curta duração. Em março de 2012, a dívida grega cifrava-se em 174 por cento do PIB. O perdão parcial reduziu-a a 136 por cento e o prosseguimento da política de austeridade apontava para reduzi-la a 120 por cento até ao ano 2020.

Acontece que hoje, decorrido um ano, a dívida grega saltou novamente para um nível muito próximo do que era antes do hair cut: 160 por cento. Quanto à meta de 2020, mais vale esquecê-la. E multiplicam-se as vozes de conspícuos economistas que anunciam a inevitabilidade de um segundo perdão da dívida grega, mesmo que Angela Merkel recuse sequer discutir o assunto.

Logo a seguir à Grécia, a dívida maior em percentagem do PIB é a italiana, seguida a curta distância pela portuguesa e pela irlandesa -  os três países que continuam a endividar-se mais rapidamente.

Dívidas em percentagem do PIB
Grécia -       160
Itália -         130
Portugal -     127
Irlanda -      125
Alemanha -    81,2
Zona euro -   90,6

No conjunto, as dívidas da zona euro agravaram-se durante este ano, de 88,2 por cento do PIB para 92,2 por cento.

As duas excepções são a Alemanha e a Estónia, únicos países que estão hoje menos endividados do que há um ano. A dívida da Estónia, que já era pequena, registou um recuo com pouco signficado (de 10,1 para 10,0 por cento).

A dívida alemã, pelo contrário, teve um claro recuo (de 81,9 para 81,1 por cento) - não devido a qualquer especial preocupação de disciplinar as finanças públicas, mas ao facto de a economia continuar em expansão e os juros continuarem muito baixos.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49 (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=668507&tm=6&layout=121&visual=49)


Holanda pode provocar o colapso do euro

A bolha imobiliária estourou, o país está em recessão, o desemprego sobe e a dívida dos consumidores é 250% do rendimento disponível. O grande aliado da Alemanha na imposição da austeridade por todo o continente começa a provar o amargo da sua própria receita. Por Matthew Lynn, El Economista

 Que país da zona euro está mais endividado? Os gregos esbanjadores, com as suas generosas pensões estatais? Os cipriotas e os seus bancos repletos de dinheiro sujo russo? Os espanhóis tocados pela recessão ou os irlandeses em falência? Pois curiosamente são os holandeses sóbrios e responsáveis. A dívida dos consumidores nos Países Baixos atingiu 250% do rendimento disponível e é uma das mais altas do mundo. Em comparação, a Espanha nunca superou os 125%.

A Holanda é um dos países mais endividados do mundo. Está mergulhada na recessão e demonstra poucos sinais de estar a sair dela. A crise do euro arrasta-se há três anos e até agora só tinha infetado os países periféricos da moeda única. A Holanda, no entanto, é um membro central tanto da UE quanto do euro. Se não puder sobreviver na zona euro, estará tudo acabado.

O país sempre foi um dos mais prósperos e estáveis de Europa, além de um dos maiores defensores da UE. Foi membro fundador da união e um dos partidários mais entusiastas do lançamento da moeda única. Com uma economia rica, orientada para as exportações e um grande número de multinacionais de sucesso, supunha-se que tinha tudo a ganhar com a criação da economia única que nasceria com a introdução satisfatória do euro. Em vez disso, começou a interpretar um guião tristemente conhecido. Está a estourar do mesmo modo que a Irlanda, a Grécia e Portugal, salvo que o rastilho é um pouco mais longo.

Bolha imobiliária

Os juros baixos, que antes do mais respondem aos interesses da economia alemã, e a existência de muito capital barato criaram uma bolha imobiliária e a explosão da dívida. Desde o lançamento da moeda única até o pico do mercado, o preço da habitação na Holanda duplicou, convertendo-se num dos mercados mais sobreaquecidos do mundo. Agora explodiu estrondosamente. Os preços da habitação caem com a mesma velocidade que os da Flórida quando murchou o auge imobiliário americano.

Atualmente, os preços estão 16,6% mais baixos do que estavam no ponto mais alto da bolha de 2008, e a associação nacional de agentes imobiliários prevê outra queda de 7% este ano. A não ser que tenha comprado a sua casa no século passado, agora valerá menos do que pagou e inclusive menos ainda do que pediu emprestado por ela.

Por tudo isso, os holandeses afundam-se num mar de dívidas. A dívida dos lares está acima dos 250%, é maior ainda que a da Irlanda, e 2,5 vezes o nível da da Grécia. O governo já teve de resgatar um banco e, com preços da moradia em queda contínua, o mais provável é que o sigam muitos mais. Os bancos holandeses têm 650 mil milhões de euros pendentes num sector imobiliário que perde valor a toda a velocidade. Se há um facto demonstrado sobre os mercados financeiros é que quando os mercados imobiliários se afundam, o sistema financeiro não se faz esperar.

Profunda recessão

As agências de rating (que não costumam ser as primeiras a estar a par dos últimos acontecimentos) já se começam a dar conta. Em fevereiro, a Fitch rebaixou a qualificação estável da dívida holandesa, que continua com o seu triplo A, ainda que só por um fio. A agência culpou a queda dos preços da moradia, o aumento da dívida estatal e a estabilidade do sistema bancário (a mesma mistura tóxica de outros países da eurozona afetados pela crise).

A economia afundou-se na recessão. O desemprego aumenta e atinge máximos de há duas décadas. O total de desempregados duplicou em apenas dois anos, e em março a taxa de desemprego passou de 7,7% para 8,1% (uma taxa de aumento ainda mais rápida que a do Chipre). O FMI prevê que a economia vai encolher 0,5% em 2013, mas os prognósticos têm o mau costume de ser otimistas. O governo não cumpre os seus défices orçamentais, apesar de ter imposto medidas severas de austeridade em outubro. Como outros países da eurozona, a Holanda parece encerrada num círculo vicioso de desemprego em aumento e rendimentos fiscais em queda, o que conduz a ainda mais austeridade e a mais cortes e perda de emprego. Quando um país entra nesse comboio, custa muito a sair dele (sobretudo dentro das fronteiras do euro).

Até agora, a Holanda tinha sido o grande aliado da Alemanha na imposição da austeridade por todo o continente, como resposta aos problemas da moeda. Agora que a recessão se agrava, o apoio holandês a uma receita sem fim de cortes e recessão (e inclusive ao euro) começará a esfumar-se.

Os colapsos da zona euro ocorreram sempre na periferia da divisa. Eram países marginais e os seus problemas eram apresentados como acidentes, não como prova das falhas sistémicas da forma como  a moeda foi estruturada. Os gregos gastavam demasiado. Os irlandeses deixaram que o seu mercado imobiliário se descontrolasse. Os italianos sempre tiveram demasiada dívida. Para os holandeses não há nenhuma desculpa: eles obedeceram a todas as regras.

Desde o início ficou claro que a crise do euro chegaria à sua fase terminal quando atingisse o centro. Muitos analistas supunham que seria a França e, ainda que França não esteja exatamente isenta de problemas (o desemprego cresce e o governo faz o que pode, retirando competitividade à economia), não deixa de continuar a ser um país rico. As suas dívidas serão altas mas não estão fora de controlo nem começaram a ameaçar a estabilidade do sistema bancário. A Holanda está a chegar a esse ponto.

Talvez se tenha de esperar um ano mais, talvez dois, mas a queda ganha ritmo e o sistema financeiro perde estabilidade a cada dia. A Holanda será o primeiro país central a estourar e isso significará demasiada crise para o euro.

http://www.eleconomista.es/opinion-blog ... euro-.html (http://www.eleconomista.es/opinion-blogs/noticias/4819350/05/13/Holanda-El-paIs-que-harA-estallar-el-euro-.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Agosto 01, 2013, 12:10:09 pm
Prepare-se, vem aí um terramoto da Europa

01/08/13 00:35 | Bruno Proença



Depois de aprovada a moção de confiança, o Parlamento prepara-se para fechar para as férias grandes. As notícias já falam de reforço policial no Algarve para garantir que ninguém incomoda o Presidente da República, o primeiro-ministro e os outros políticos nos seus banhos retemperadores. Depois de dois anos de ‘troika', com muita austeridade e dificuldades para os portugueses, os políticos preparam-se para uma ‘silly season' à antiga. Não quero ser desmancha-prazeres, mas o período de tranquilidade poderá ser curto. Em Setembro chega a ‘troika' e há um Orçamento do Estado para 2014 para fazer, além disto, o mundo não pára.


Um artigo do Financial Times citava ontem um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a Grécia e as notícias são más. O Fundo confirma as piores análises: o dinheiro do segundo resgate para a Grécia não chega. Os gregos beneficiam actualmente de um envelope financeiro de 172 mil milhões de euros. No entanto, para o FMI é claro que os países da zona euro vão ter de transferir mais 11 mil milhões para Atenas e, adicionalmente, assumir um novo perdão de dívida de 7,4 mil milhões (4% do PIB) para que o governo grego consiga gerir minimamente um endividamento público que passa os 176% do produto. O relatório do FMI é de tal forma negro que admite que a Grécia não consiga pagar as próximas prestações aos credores institucionais, o que significaria a falência real do país. Perante isto, os países da América Latina não aprovaram que o FMI transferisse a próxima tranche de fundos para Atenas.


É claro que a Grécia está por um fio. Os alemães vão enterrar a cabeça na areia como a avestruz até às eleições a 22 de Setembro. Porém, os problemas não desaparecem porque os negamos. Adivinha-se um novo terramoto com epicentro em Atenas e ondas de choque que atingirão Lisboa depois de arrasarem Roma e Madrid. Com um ‘default' na Grécia ou uma nova reestruturação de dívida, os mercados vão ficar com os nervos à flor da pele. Muitos bancos europeus podem ficar à beira da falência, reclamando mais ajuda. Os investidores vão fugir da dívida pública europeia, nomeadamente de países como Espanha, Portugal e mesmo Irlanda.


Neste cenário, a economia nacional não regressará aos mercados no Verão do próximo ano e também necessitará de mais ajuda internacional - um segundo resgate -, numa altura em que o FMI já saltou do barco, recusando novas ajudas aos Estados europeus. Assim, os portugueses vão sofrer com mais austeridade. Qual será a reacção do novo Governo de Merkel perante uma Europa novamente em crise aguda? Finalmente avançará para a reforma do modelo europeu? Estará disposto a novos resgates para os países periféricos? Na verdade, ninguém tem resposta para estas questões. Vá gozando o Sol e a praia, mas prepare-se: há tempos conturbados no caminho.

http://economico.sapo.pt/noticias/prepa ... 74705.html (http://economico.sapo.pt/noticias/preparese-vem-ai-um-terramoto-da-europa_174705.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabecinhas em Agosto 02, 2013, 12:49:31 pm
Citar
A crise económica e financeira está derrubar governos em toda a Europa. Na Holanda também… com um choque de partidos em redor da austeridade. O governo demissionário aumentou a idade da reforma e o IVA… os holandeses protestam.

Danny acaba de ser despedido. São os últimos dias dele a trabalhar nesta obra, em Roterdão.

A crise económica chegou à Holanda e atingiu-o. Está preocupado: tem dois filhos na escola e quer continuar a viver e trabalhar na zona de Roterdão.

Folkert, amigo de Danny, estava na mesma situação quando a primeira onda da crise abanou a Holanda, embora ligeiramente, há quatro anos.

Foi despedido e, ao início, ficou em pânico. Decidiu depois montar uma empresa unipessoal. Diz que assim tem mais liberdade. É o patrão dele próprio e por isso pode tirar folgas quando quer e escolher o horário de trabalho. Mesmo para ele, com a flexibilidade que tem, a a situação está a tornar-se difícil.

Para ambos, o euro é o grande culpado da crise que se está a viver.

Há um problema grave de sobrecapacidade. 15% dos edifícios de escritórios estão vazios, uma percentagem que em certas regiões chega aos 50%. A bolha especulativa imobiliária holandesa foi, em grande parte, gerada no próprio país.

Os incentivos fiscais levaram as famílias a comprar. Muitos holandeses acreditaram em preços que não paravam de subir, mas a bolha rebentou e o valor do imobiliário desceu.

A dívida privada dos holandeses bate todos os recordes europeus. As previsões da primavera lançaram o alerta: pode ser que, mesmo na Holanda, o défice orçamental caia fora de controlo?

O governo de centro-direita reagiu de imediato, com cortes orçamentais severos. O preço foi alto: a queda do executivo. Mas o trabalho ficou feito e o pacote de austeridade está votado. O ministro das Finanças mostra-nos: ao todo, um corte orçamental de 12 mil milhões de euros.

“Pomos em prática todas as medidas de austeridade, estamos a tomar todas as medidas para mostrar ao mundo inteiro que a Holanda ainda é um país austero”, diz o ministro Jan Kees de Jager.

Em Roterdão, encontrámos John, um piloto de navios no desemprego, e a filha Stephanie. Ela vai ter, no próximo ano, a licença de oficial piloto da Marinha Mercante. Vai ser a quarta geração, nesta família, a andar no mar.

A Holanda enfrenta uma tempestade anti-euro: Tanto a extrema-esquerda como a extrema-direita conseguiram conquistar o eleitorado graças a propostas eurocéticas.

John e Stephanie são membros do Partido Socialista holandês (extrema-esquerda). Culpam o euro pelos problemas económicos que atravessam na vida pessoal.

“A razão desta crise é a introdução do euro. Hoje, a Holanda está a ajudar todos estes países, nomeadamente a Grécia, e estamos a pagar-lhes muito. Isso é mau para nós e é por isso que estamos em crise”, diz o antigo piloto. A filha acrescenta: “Hoje, as pessoas trabalham até aos 65 anos. O governo quer aumentar a idade da reforma para os 67 ou mesmo 68 anos. Quando eu chegar aos 67, acho que vou ter de trabalhar até aos 80”.

John ganha 722 euros por mês, Stephanie vive com menos de 700. É muito pouco dinheiro, tendo em conta o nível dos preços na Holanda.

O pacote de austeridade vai ter consequências graves para John e Stephanie. Como vivem na mesma casa, as prestações sociais que recebem vão diminuir.

Vivem rodeados por pinturas de navios – lembranças do passado e temores em relação ao futuro. A idade da reforma aumentou, as taxas moderadoras, a eletricidade, o gás e o IVA também subiram.

Vamos até à cidade universitária de Utrecht. Hoje, há um debate agendado, entre defensores e opositores do euro.

Arjo Klamer não gosta nada da alcunha que lhe deram, “Mister Doom” (“Senhor Desgraça”) da Europa. Prevê um colapso da Eurozona.

Frente à catedral de Utrecht, confronta-se com o economista liberal Jaap Koelewijn, um ardente defensor da moeda única.

Para Arjo Klamer, “o euro é mau para a Europa. É mau para a Holanda, sobretudo porque é um estímulo para os políticos suprimirem o Estado social”. Jaap Koelewijn contrapõe: “Basicamente, o euro é uma boa ideia. É bom para uma maior integração europeia e para tornar as economias mais competitivas”.

Ao aproximarmo-nos da fábrica de cunhagem de moeda, nesta cidade, a tensão aumenta. O edifício está sob fortes medidas de segurança.

Lá dentro, encontramos um museu com meio milhão de moedas de ouro e de prata. Mas a crise também chegou aqui. O curador, Marcel van der Beek, vive os últimos dias de trabalho.

Relembra-nos o passado glorioso da Holanda, pioneira das uniões monetárias: “Na história, houve várias uniões monetárias. Um bom exemplo é a da República Holandesa do século XVII. Na altura, a Holanda não era um país, mas uma confederação de províncias, que decidiram então ter uma só moeda, para o comércio. Era uma moeda tão forte que durou três séculos”.

Na biblioteca, encontramos um dos pais fundadores do Euro, Cees Maas. Quando era tesoureiro-geral da Holanda tentou, em vão, convencer os parceiros europeus a adotar regras mais rígidas.

Para ele, o euro é o trabalho de uma vida: “A crise que temos na Europa não tem a ver com a nossa divisa, nem com as notas nem com as moedas. É um problema dos governos, que têm défices muito altos. Todos os países deveriam saber, e sabem, que quando a dívida se acumula – qualquer família sabe isto – não é possível estar sempre a acumular a dívida, porque a partir de um momento deixa de ser possível financiá-la”.

Haverá esperança para os holandeses na Zona Euro? Ou será que o crescimento do populismo anti-euro vai destruir a moeda? As eleições, marcadas para setembro, vão ser um teste político para toda a Europa.

Bonus 1 :

Jan Kees de Jager, ministro holandês das Finanças

O ministro das Finanças da Holanda explica o orçamento de austeridade à euronews. Pode ver aqui a entrevista na íntegra.

Bonus 2 :

Cees Maas, antigo tesoureiro-geral da Holanda

Foi um dos arquitetos da moeda única europeia: clique aqui para ver a entrevista completa.


Não era a Holanda um dos pilares do Euro? Li numa outra notícia o valor de 250% de défice...  :N-icon-Axe:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Agosto 15, 2013, 02:00:17 am
O PIB português cresce 1,1% e a zona euro saí logo da recessão.  :mrgreen:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 16, 2013, 11:36:21 am
Não querendo à velha asneirada portuguesa, vou armar-me em fino e dizer em "americano":

 - BS!!! :N-icon-Axe:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Agosto 21, 2013, 12:17:58 pm
Alemanha ganha 41 mil milhões em juros com crise na zona euro

As contas são do próprio governo alemão: entre 2010 e 2014, cofres públicos de Berlim ganham 40,9 mil milhões a mais do previsto

"A Alemanha está a ganhar qualquer coisa como 41 mil milhões de euros com a crise europeia graças à redução dos juros que lhe são cobrados." As conclusões são da revista alemã "Der Spiegel", que ontem fez eco de uma resposta do Ministério das Finanças alemão aos deputados locais, onde a real ideia de solidariedade de Berlim fica evidente: entre 2010 e 2014, com a sucessiva queda dos países europeus sob alçada da troika, os juros cobrados ao governo alemão caíram a pique, fazendo com que todas as previsões tenham saído furadas - mas neste caso os alemães até agradeceram.

Segundo a resposta dos responsáveis das finanças alemãs, Berlim vai poupar 40,9 mil milhões de euros (equivalente grosso modo a 25% do PIB português) em juros entre a despesa que tinha projectado de 2010 a 2014 e aquela em que realmente está a incorrer. Como exemplo veja-se que este ano os alemães projectavam um gasto de 40,6 mil milhões em juros e empréstimos, que afinal vão ficar-se pelos 31,6 mil milhões.

Este ganho não advém apenas da quebra dos juros cobrados às emissões de dívida da Alemanha - assustados pelo risco de outras economias europeias, os investidores passaram a emprestar dinheiro a um preço muito mais baixo aos alemães -, o ganho surge também devido à queda das próprias necessidades de financiamento alemãs. Ao contrário do que acontece na maior parte da zona euro, as contas públicas alemãs têm ganho durante a crise da Europa, já que o emprego, a indústria e as exportações estão a ganhar terreno no mercado europeu, aumentando as receitas fiscais do país.

A entrada de dinheiro nos cofres alemães cresceu em tal ordem que só entre 2010 e 2012 o governo local acabou por emitir menos 73 mil milhões de nova dívida do que esperava (valor que equivale a mais de 34% da dívida do Estado português).

Os valores avançados pelo governo de Angela Merkel ainda referem que a exposição de Berlim à dívida de curto prazo (mais cara que a de longo prazo) caiu neste período de 71% do total, para apenas 51%, com os alemães a aproveitarem o seu boom económico para mudar substancialmente o perfil da sua dívida.

Apesar de todos estes ganhos, nos números citados pela revista "Spiegel" não estão incluídos, por exemplo, os lucros da Alemanha com os empréstimos feitos à Grécia ou a Portugal, por exemplo. Ainda assim, diz o documento do ministério de Wolfgang Schaüble, até ao momento a crise europeia custou aos alemães 599 milhões de euros - isto quando Portugal vai pagar um total de 34,4 mil milhões de euros só em juros pelo empréstimo solidário da troika, ou seja, os 78 mil milhões da "ajuda" internacional vão custar 112,4 mil milhões aos contribuintes residentes em Portugal.

A economia alemã cresceu 0,7% no segundo trimestre deste ano, tendo alguns dos seus ganhos económicos ajudado parcialmente a conter a dimensão da crise nos outros países europeus, com o aumento das importações do país.

http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/ ... -zona-euro (http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/alemanha-ganha-41-mil-milhoes-juros-crise-na-zona-euro)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: papatango em Agosto 29, 2013, 01:27:46 pm
E o canalha da esquerdalha responsável por isto, está por aí a dar entrevistas.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Edu em Agosto 29, 2013, 03:48:34 pm
Responsável pelo quê? A crise mundial?

Tenho a ideia de que a crise mundial foi mais responsabilidade dos canalhas de direita (bancos e afins).
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Agosto 31, 2013, 05:24:46 pm
tipos estilo antónio borges, perigoso esquerdista

karma is a bitch
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: listadecompras em Dezembro 04, 2013, 07:32:41 pm
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 26, 2013, 03:19:01 pm
Reino Unido vai ultrapassar Alemanha como maior economia da Europa
Ana Petronilho

26/12/13 11:55



Estudo revela que a economia inglesa vai ultrapassar a alemã dentro de 16 anos.

A economia britânica é das que mais vai crescer nas próximas duas décadas e vai mesmo a destronar a Alemanha como o principal motor económico da Europa. Esta é a previsão de um estudo do Centro Económico e Empresarial (CEBR), explica que a pouca exposição britânica aos problemas do Euro, o forte crescimento demográfico devido à alta taxa de imigração e os baixos impostos são vantagens do Reino Unido em relação aos restantes países europeus.

"O Reino Unido deverá ser a segunda maior economia da União Europeia ocidental com maior sucesso", aponta o relatório. O estudo diz ainda que a economia britânica, que termina o ano de 2013 na sexta posição mundial - na tabela das economias mais fortes - e no terceiro lugar, entre os países europeus, passará a ocupar o sétimo lugar em 2028, um lugar abaixo da Alemanha, que será ultrapassada em 2013 passando a ser "a maior economia ocidental".  

Mas caso existisse uma "ruptura do Euro as perspectivas de crescimento da economia alemã seriam muito melhores" e esta "não seria ultrapassada pelo Reino Unido", sublinha o relatório. O Centro Económico e Empresarial faz ainda dois alertas ao Reino Unido: reorientar as suas exportações para as economias de maior crescimento e que resolva os conflitos com a Escócia e melhore as relações com a Europa.    

China só ultrapassa EUA em 2028

A economia chinesa não deverá ser líder mundial antes de 2028. Um atraso que resulta da recuperação económica dos EUA, que deverá acontecer nos próximos anos, continuando a ser a economia mais forte do mundo devido ao custo baixo da energia e da forte inversão das suas empresas, aponta o estudo.

Paralelamente à ascensão da China, também outros países como a Índia, o Brasil ou a Rússia terão um crescimento mais vigoroso que os países da Europa Ocidental.


 :arrow: http://economico.sapo.pt/noticias/reino ... 84241.html (http://economico.sapo.pt/noticias/reino-unido-vai-ultrapassar-alemanha-como-maior-economia-da-europa_184241.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 20, 2014, 10:36:07 am
"A austeridade funciona muito bem para os bancos"


O intelectual norte-americano Noam Chomsky considerou que as medidas de austeridade na Europa estão a "funcionar muito bem para os bancos", mas estão a "esmagar" as populações dos países mais fracos.
"É difícil pensar numa razão para isto, para além de uma guerra de classes. O efeito das políticas é enfraquecer medidas de previdência social e reduzir o poder dos trabalhadores. Isso é a guerra de classes. Funciona muito bem para os bancos, para as instituições financeiras mas, para a população, é terrível", disse Noam Chomsky, 86 anos, numa série de entrevistas publicada em livro, lançado esta semana em Portugal.

Em "Mudar o Mundo -- Noam Chomsky e David Barsamian analisam as grandes questões do século XXI", editado em Portugal pela Bertrand, o linguista, filósofo e pensador norte-americano afirmou que é "bastante difícil" explicar o que o Banco Central Europeu está a fazer, sublinhando que a austeridade é a "pior política possível" durante uma recessão.

"O efeito é que, sob estas políticas, os países mais fracos da União Europeia nunca conseguirão saldar a dívida. Na verdade, os níveis de dívida estão a piorar. À medida que se reduz o crescimento, reduzem-se as possibilidades de pagamento da dívida. Assim, essas nações afundam-se cada vez mais na miséria", criticou Noam Chomsky, referindo-se aos países do sul da Europa.

O poder dos grupos financeiros e do pensamento liberal são outros tópicos que preocupam o académico norte-americano que, referindo-se ao exemplo dos Estados Unidos, avisou que o problema do ensino privado está a agravar-se devido ao valor excessivo das propinas.

De acordo com Chomsky, não há qualquer base económica que sustente o aumento das propinas, que está a fazer com que a "dívida estudantil" seja equiparada ao nível da dívida dos cartões de crédito e sobre a qual não parece haver solução.

"Assim, fica-se preso para o resto da vida. É uma técnica impressionante de dominação e controlo", alertou Chomsky, que aplica a mesma linha de pensamento em relação ao ataque contra o Estado Social.

"A minha impressão é que a Segurança Social está a ser atacada pelos mesmos motivos. Não há qualquer justificação económica. Está em muito boa forma. Com alguns ajustes, poderia prolongar-se indefinidamente", disse.

Para Chomsky - que constatou que a democracia é odiada por alguns setores da sociedade norte-americana - é preciso fazer algo a respeito da Segurança Social porque se trata de um sistema, afirmou, baseado na noção de que é preciso as pessoas importarem-se umas com as outras.

"Não se podem ouvir coisas deste género: se uma viúva não tem comida, problema dela. Casou-se com o marido errado ou não fez os investimentos certos. Numa sociedade em que cada um sabe de si, não se presta atenção a mais ninguém", acusou o professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), manifestando-se preocupado com a "doutrina" liberal que, nos Estados Unidos, "não está muito longe do totalitarismo".

Por outro lado, Chomsky considerou as "táticas" do movimento Occupy, que tem vindo a denunciar as desigualdades através de manifestações, colóquios e ocupações, como "extremamente bem-sucedidas" porque, apesar de serem fenómenos inorgânicos, são capazes de criar comunidades e redes de contacto numa sociedade de pessoas solitárias.

No livro, que publica entrevistas realizadas entre 2010 e 2012, Chomsky reafirmou a importância do associativismo e, sobretudo, do sindicalismo em sociedades dominadas pela propaganda e "geridas" por empresas que controlam as populações através de bens de consumo e que "prendem" os consumidores "através de técnicas antigas" como as dívidas e os pagamentos a crédito.

"Os sistemas de propaganda mais relevantes que enfrentamos hoje em dia, na maioria provenientes da indústria gigantesca de relações públicas, foram desenvolvidos, de forma bastante propositada, há cerca de um século, nos países mais livres do mundo, devido a um reconhecimento muito claro e articulado de que as pessoas haviam ganhado tantos direitos que seria difícil suprimi-los pela força", explicou Noam Chomsky nas entrevistas realizadas por David Barsamian, escritor e radialista norte-americano, fundador da rede Alternative Radio.

Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral
publicado a 2014-02-19 às 12:13

Para mais detalhes consulte:
http://www.dn.pt/inicio/economia/interi ... id=3694586 (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3694586)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Luso em Maio 29, 2014, 09:38:23 pm
Mais gente quer auditoria ao ouro depositado em bancos anglo-saxónicos...


Isto, amigos, é que são "alterações geopolíticas"...
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 28, 2015, 04:03:51 pm
:arrow: http://economico.sapo.pt/noticias/nobel ... 10867.html (http://economico.sapo.pt/noticias/nobel-da-economia-recomenda-investir-em-portugal_210867.html)

Porque é que acham?!
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 29, 2015, 03:20:53 pm
Gregos tiram 14 mil milhões dos bancos em janeiro
28/1/2015, 21:23574 partilhas

O levantamento de depósitos acelerou nos dias anteriores às eleições legislativas, atingindo valor recorde. A incerteza sobre o futuro do país no euro está a assustar os depositantes.

 :arrow: http://observador.pt/2015/01/28/gregos- ... m-janeiro/ (http://observador.pt/2015/01/28/gregos-tiram-14-mil-milhoes-dos-bancos-em-janeiro/)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: tenente em Janeiro 29, 2015, 06:30:23 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
:arrow: http://economico.sapo.pt/noticias/greci ... 10873.html (http://economico.sapo.pt/noticias/grecia-comeca-a-piscar-o-olho-a-russia_210873.html)

Isto são boas noticias para Portugal!

À uns anos atrás o turismo aumentou em Portugal graças às primaveras árabes e às manifestações na Grécia e desde aí, tem aumentado (os turistas vêm, gostam e continuam a vir), agora é a vez do próprio governo grego a dar um tiro no pé...se vocês fossem investidores onde é que iam colocar o vosso dinheiro? Em Portugal que recebeu ajuda da Troika, cumpriu com o que foi pedido e prepara-se para pagar antes de tempo a divida, ou na Grécia que recebeu 2 resgates nos últimos 5 anos e que teve uma extensão por 6 meses que vigora agora?

E depois aparecem estas noticias:

 :arrow: http://economico.sapo.pt/noticias/nobel ... 10867.html (http://economico.sapo.pt/noticias/nobel-da-economia-recomenda-investir-em-portugal_210867.html)

Porque é que acham?!

Boas Cabeça de Martelo,

O que é mais engraçado neste discurso é o conselho para investir na Rússia ...............!!??
Quanto a nós como Nação acho, e digo acho, que o investimento estrangeiro em Portugal vai sem dúvida aumentar nos próximos meses, não tenho dúvidas que muito investimento efectuado pelo turismo na Grécia será canalizado para nós.
Eu se fosse investidor estrangeiro, e tivesse as hipóteses apresentadas pelo expert, era o País que escolhia sem dúvida, espero bem que tal aconteça pois tenho uns milhares de acções de algumas empresas nacionais e, uma valorização delas vinha mesmo a calhar........

O que acho graça é que a reação das bolsas a comentários desta natureza nem sempre reflete o que de bom acerca de um País se disse!
Quando o nosso rating sofre um downgrade lá vão a maioria das acções por aí a baixo mas quando pagamos o que devemos, ou o País é referido pelos especialistas como uma boa opção para investimento pois existe um aumento de confiança dos investidores, nada acontece, ou as melhorias são muito ténues !!!!!

Esperemos que melhores dias venham, para termos cobres para se conseguir aumentar condignamente o Ordenado Mínimo Nacional, criar muitos milhares de empregos e também, comprar pelo menos, mais um Type 214, LOL, LOL, LOL !

Cumprimentos
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 11, 2015, 06:03:31 pm
FMI deixa negociações com a Grécia. Pelo menos para já

 Em causa estão "grandes diferenças". Fundo diz que não há condições para continuar a negociar
Cátia Bruno

Cátia Bruno

O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, anunciou esta quinta-feira aos jornalistas que a sua equipa técnica que tem participado nas negociações com a Grécia abandonou Bruxelas.

Citando "grandes diferenças", nomeadamente em temas como pensões e impostos, Rice disse não haver condições para continuar a negociar, pelo menos para já. "Não tem havido progressos recentemente para reduzir essas diferenças", declarou o porta-voz, anunciando que "a bola agora está do lado da Grécia".

As declarações surgiram logo após a reunião entre o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que acordaram em manter um "contacto próximo" durante os próximos dias, e teve um efeito imediato em alguns mercados europeus.

No entanto, o FMI garantiu que a diretora Christine Lagarde estará presente na próxima reunião do Eurogrupo, a 18 de junho. "Tal como ela disse muitas vezes, o FMI nunca abandona a mesa [de negociações]", concluiu Rice.

 :arrow: http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... os-para-ja (http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-06-11-FMI-deixa-negociacoes-com-a-Grecia.-Pelo-menos-para-ja)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 12, 2015, 05:24:28 pm
Afinal, há um plano B. Bruxelas prepara-se para incumprimento na dívida grega
Há 2 horas

Impasse nas negociações faz com que Bruxelas admita que, daqui para a frente, há três cenários possíveis. Um deles passa por planear o que será feito se a Grécia falhar com um pagamento de dívida.

 :arrow: http://observador.pt/2015/06/12/afinal- ... ida-grega/ (http://observador.pt/2015/06/12/afinal-ha-um-plano-b-bruxelas-prepara-se-para-incumprimento-na-divida-grega/)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 17, 2015, 12:23:18 pm
Banco da Grego avisa: sem acordo Atenas sai do euro

Banco central sublinha que um acordo é um "imperativo histórico que a Grécia não se pode dar ao luxo de ignorar"

O aviso é do Banco central grego, num comunicado publicado no seu site da internet: se Atenas não chegar a acordo com os credores, entre em incumprimento, sai do euro e também da União Europeia.
“Um falhanço no acordo vai marcar o início de um penoso caminho que irá levar, primeiro, ao incumprimento da Grécia e em última análise à saída do país da zona euro e muito provavelmente da união Europeia”.

http://www.tvi24.iol.pt/economia/intern ... ium=social (http://www.tvi24.iol.pt/economia/internacional/banco-da-grego-avisa-sem-acordo-atenas-sai-do-euro?utm_campaign=ed-tvi24&utm_source=facebook&utm_medium=social)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Alvalade em Junho 17, 2015, 12:45:26 pm
Já se está mesmo a ver que vão deixar cair a Grécia.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 25, 2015, 05:53:04 pm
Nobel arrasa credores. Querem um final "desastroso" para a crise grega?

Inserido em 25-06-2015 16:30


O que "estão a fazer", "estão a gozar connosco?". A atitude dos credores motiva palavras duras de Paul Krugman.


O Nobel da Economia Paul Krugman afirmou esta quinta-feira que se a Grécia sair do euro será porque os credores, pelo menos o FMI, pretendem que assim seja.

Num artigo de opinião publicado no "New York Times", intitulado "A quebrar a Grécia", Paul Krugman diz que não queria entrar no "teatro de batalha" entre Atenas e os credores, mas que perante as negociações em Bruxelas considerou que "devia dizer algo".

"O que é que os credores, em especial o Fundo Monetário Internacional (FMI), pensam que estão a fazer?", interroga o economista, iniciando assim um artigo muito duro para com a postura dos credores internacionais da Grécia. A reunião do Eurogrupo desta quinta-feira voltou a terminar sem acordo.

Para Krugman, as negociações deviam centrar-se em metas de excedente primário e num alívio da dívida, de modo a evitar "futuras crises sem fim" do país. O Nobel critica que os credores tenham rejeitado várias das propostas gregas.

"O Governo grego tinha concordado com essas metas, de facto muito elevadas, tendo em conta que teriam um enorme excedente orçamental primário se a economia não estivesse tão deprimida. Mas os credores continuam a rejeitar as propostas gregas, considerando que se baseiam demasiado em impostos e não o suficiente no corte da despesa. Continuamos, assim, a ditar política interna", afirma Paul Krugman.

"Estão a gozar connosco?"
O Nobel da Economia critica ainda a justificação dada pelas instituições internacionais – Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e FMI – para a oposição ao aumento de impostos, que é o impacto que essas medidas terão na economia.

"Estão a gozar connosco? As pessoas que falharam redondamente em ver os impactos negativos que a austeridade teve estão agora a ensinar-nos sobre crescimento?", questiona.

Considerando que o FMI tem criticado a "impossibilidade de lidar com o Syriza", partido do Governo grego, Paul Krugman deixa ainda um conselho: "Já não estamos no liceu", critica.

"Neste momento, são os credores, muito mais do que os gregos, que estão a encolher os postes da baliza. O que é que está a acontecer? O objectivo é partir o Syriza? É forçar a Grécia para um incumprimento presumivelmente desastroso?", questiona o economista.

Para Paul Krugman, este é o momento para deixar de falar de um "acidente grego" ("Graccident"), porque, defende, "se a Grécia sair do euro [Grexit], será porque os credores, pelo menos o FMI, querem que isso aconteça".
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 27, 2015, 04:49:52 pm
Proposta grega rejeitada. Eurogrupo seguirá sem a Grécia

27-06-2015 16:01Atenas queria prolongar o programa de assistência por mais um mês. [em actualização]

Os ministros das Finanças da zona euro rejeitaram a proposta grega para prolongar o programa de assistência por mais um mês, avança o Wall Street Journal.
Entretanto, a ZDF avança que a reunião vai continuar, após uma conferência de imprensa, mas já sem o ministro grego.

O programa de ajuda à Grécia termina a 30 de Junho. O Governo grego quer realizar um referendo sobre esta questão a 5 de Julho.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... did=191807 (http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=191807)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 27, 2015, 05:34:59 pm
Referendo na Grécia. Syriza apela aos gregos para votarem ‘não’ ao acordo

O Syriza vai apelar ao povo grego para que vote "não" no referendo de 05 de julho, sobre se deve, ou não, ser aceite o acordo com os credores internacionais, disse à Lusa fonte oficial do partido.

"O Syriza vai apelar ao voto não no referendo" e "estamos seguros que o povo grego vai tornar claro que não aceitará ultimatos da 'troika', mas em qualquer circunstância, seja qual for a decisão do povo grego, vamos respeitá-la e queremos sublinhar que a Europa é a nossa casa comum e que a Grécia sempre será parte da Europa", disse uma deputada do partido do Governo helénico.

De acordo com a mesma fonte, "no dia 25 de janeiro a vontade do povo foi rejeitar o memorando da 'troika'".

"É por isso que perguntamos agora ao povo no referendo [de 05 de julho] se querem aceitar este acordo muito duro, que é contra o mandato que obtivemos no dia 25 de janeiro, ou se querem responder de uma forma democrática", disse.

O parlamento grego tem uma sessão extraordinária a partir das 12:00 (10: em Lisboa) de sábado "para discutir e pedir à aprovação desta proposta de referendo", revelou a mesma fonte.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou esta noite a convocação de um referendo sobre se deve, ou não, ser aceite o acordo com os credores internacionais, segundo a televisão Skai TV, que cita fontes próximas do executivo.

A decisão surge depois de já esta noite o núcleo duro do executivo ter estado reunido depois de mais um dia de impasse nas negociações com os credores.

Para sábado, em Bruxelas está prevista mais uma reunião do Eurogrupo para as 14:00 (13:00 de Lisboa).

Este novo encontro dos ministros das Finanças da zona euro - o quarto na mesma semana e o quinto em dez dias - tem como objetivo chegar a um acordo com a Grécia quanto às medidas a adotar pelo país e acontece a três dias do final do prazo para Atenas pagar cerca de 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo fontes diplomáticas, se houver acordo e se o parlamento grego passar as medidas no domingo ou na segunda-feira, serão desbloqueados imediatamente para a Grécia 1.800 milhões de euros de lucros que o Banco Central Europeu (BCE) fez com a dívida pública helénica, a tempo de Atenas pagar o dinheiro devido ao FMI, cujo prazo termina a 30 de junho, na terça-feira.

A proposta dos credores passa ainda por mais financiamento até novembro, mês até ao qual deverá ser estendido o atual programa de resgate.

No total, poderão ir para os cofres helénicos 15,5 mil milhões de euros nos próximos cinco meses, para fazer face às obrigações financeiras para com o FMI e o BCE, mas sendo a libertação desse dinheiro - que irá ser feita por 'tranches' - sempre condicionada à execução das medidas eventualmente acordadas.

Lusa/SOL
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Junho 28, 2015, 04:43:34 pm
http://expresso.sapo.pt/economia/2015-06-14-Grecia.-Proposta-da-Comissao-para-trocar-cortes-nas-pensoes-pela-Defesa-rejeitada-pelo-FMI-
Citar
O Fundo Monetário Internacional (FMI) rejeitou uma proposta, que tinha luz verde da Comissão Europeia, para - em troca dos cortes nas pensões mais baixas no valor de 400 milhões de euros que os credores queriam aplicar - cortar o equivalente no orçamento da Defesa da Grécia. A notícia é avançada este domingo pelo jornal diário alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung".

Citando fontes envolvidas nas negociações entre a Grécia e os credores, o diário revela que a proposta teve o aval do presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker e da chanceler alemã Angela Merkel.  
De facto, num orçamento de defesa grego com 6,540,000,000 USD à pouca margem de corte seja para 400 milhões ou mais ainda...  :roll:
Citar
http://www.globalfirepower.com/country-military-strength-detail.asp?country_id=greece

Saudações
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Junho 28, 2015, 06:24:07 pm
A Grécia TERÁ FORÇOSAMENTE de ser "castigada" pelos "powers that be" , de modo a servir de EXEMPLO para "provar" aos restantes povos/eleitores da UE que "nao há alternativa à austeridade"

Tudo será feito para destruir a Grécia de modo a atingir esse objectivo.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Camuflage em Junho 29, 2015, 01:00:04 am
É tudo muito bonito criticar-se e procurar-se perseguir a Alemanha ou os credores, o que é certo é que ninguém olhou bem para a região. Já alguém procurou saber quais são os salários dos países da UE mais próximos da Grécia? Já alguém se questionou o que produz a Grécia e o que andou a fazer desde 1982?
Alguma vez a bolha em que se meteram iria rebentar, ninguém é obrigado a emprestar-lhes $, quando se pede $ a uma instituição existem condições que podem ser negociadas até determinado ponto, se não aceitam as condições, têm que aceitar as consequências e deixarem-se de fitas, o default é uma opção que podem tomar.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Junho 29, 2015, 10:48:19 am
E porque estamos na área da economia e a propósito também de Alemanha partilho uma experiência pessoal: À dez anos atrás comprei um Carro Alemão, e à cerca de 2 meses avariou-se algo simples como o elevador do vidro do lado direito. Espanto, apesar de ter apenas os cabos partido (o motor continuava a funcionar), a marca, tanto a representante portuguesa como alemã não encontrava a peça em lado nenhum. Não existia em armazém, não se localiza em lado nenhum mesmo em segunda mão e nos salvados, tem de se fabricar, previsão só para Outubro, etc. Depois de N telefonemas e reclamações escritas e via email, quer para Portugal mas também directamente para a Fábrica na Alemanha, sempre com a mesma resposta, resolvi eu o problema em dez minutos achei a peça, mandei vir e o mecânico montou em 3 horas (peças iguais aquela encontrei pelo menos umas dez, preços à escolha do freguês e mais uns 20 kits de reparações de cabos que ninguém, quer da fábrica alemã como da portuguesa se deu ao trabalho de me informar existirem). Milagrosamente quando desisti da encomenda já tinham localizado a peça na Bélgica mas ainda não sabiam quando a mesma chegaria a Portugal.  Portanto quatro semanas de carro parado (porque por azar avariou-se no mês da inspecção e não passava sem o elevador operacional) deram-me neste caso o direito de pessoalmente criticar os alemães ( e os portugueses já que estes últimos  para vender carros submetem-se às regras alemãs sem pestanejar de apenas poderem procurar directamente peças na península ibérica e "conversar" com a marca através de Espanha), além de me dar também o direito de reclamar e lhes encher a caixa postal com emails de reclamação, porque o carro é meu e paguei-o até ao ultimo cêntimo e nem tão pouco foi a primeira vez (os cabos das portas é outro castigo, além de um cliente que esteve 4 meses à espera também nunca há, apesar de qualquer particular que saiba procurar encontre às dezenas). Nem a Marca, nem os portugueses, nem os alemães me pagaram algo sobre os incómodos causados. Se tratam agora assim os clientes que lhes compram carros, usam os serviços e sempre lhes pagaram não lhes devendo nada, numa industria automóvel que é um dos pináculos da economia alemã (à dez anos além da qualidade não existiam registos de nada assim, agora são resmas)...  :roll:

Cumprimentos

P.S. E carros alemães nunca mais (dos vários de outras marcas que tenho e tive nunca esperei mais de 15 dias por algo).  O que é pena pois realmente mecanicamente são bons, pena que depois tudo o resto seja uma trampa pegada, desde a assistência à reposição de stock, já para não falar na "simpatia" alemã e na eficácia de levar um mês a localizar uma peça que mesmo assim não sabiam quando entregariam, a qual levei 10 minutos e numa semana estava no pais. Até porque as garantias que me deram na altura da compra, sobre peças, assistência, modelo, etc, nem uma única se revelou verdadeira (só o preço foi igual ao contratualizado, sem uma única virgula e ainda me queriam cobrar o juro até ao final do contrato quando tentei pagar o carro todo um ano depois, segundo consta devido a uma "omissão de contrato").   :roll:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 29, 2015, 02:22:27 pm
Essas questões são por demais conhecidas, então a Mercedes...

Mas qualquer empresa da área é igual.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Junho 29, 2015, 03:17:07 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Essas questões são por demais conhecidas, então a Mercedes...

Mas qualquer empresa da área é igual.
Foi como eu disse, no mínimo 15 dias e numa serie de marcas (italianas, francesas, coreanas, japonesas, etc), mas o record de 4 semanas para arranjar uma peça e mesmo assim não saber quando a vão entregar é honrosamente alemã (já para não falar do prazo de 4 meses para a fabricar e no preço)...  :wink:

Saudações
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: HSMW em Junho 29, 2015, 03:41:52 pm
Faz como eu que já não compro nada que seja alemão.
Compro italiano, japonês, austríaco e um telemóvel espanhol.

Temos sempre alternativa. Podemos é não ter dinheiro...  :mrgreen:
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Junho 29, 2015, 04:01:21 pm
Citação de: "HSMW"
Faz como eu que já não compro nada que seja alemão.
Compro italiano, japonês, austríaco e um telemóvel espanhol.

Temos sempre alternativa. Podemos é não ter dinheiro...  :roll: )...  :mrgreen:  

Saudações
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Junho 29, 2015, 06:42:13 pm
Democracia ou Europa?

por PEDRO MARQUES LOPES Ontem

Não restam dúvidas, é uma vitória política retumbante. As conceções alemãs, abraçadas pelos decisores europeus, nuns casos por cobardia, noutros por nada terem para propor de alternativo, ou por pura convicção - caso do governo português -, e interpretadas pela troika, impuseram-se. E não chegou mostrar que se podia ditar essa vontade, foi preciso esmagar, humilhar, mostrar que ai de quem não se submeta.

O governo grego recuou nas suas posições até limites impensáveis, limites que ultrapassavam as suas mais reluzentes linhas vermelhas. Aceitou mesmo participar numa pantominice onde se discutiam tolices do género de mais 1% de IRS e menos de IRC, ou se ainda mais cortes na despesa social ou aumentos de impostos produziriam algum efeito benéfico numa economia destruída, ou fingisse que se podia viabilizar um país que tem uma dívida de 180% do PIB sem falar dela sequer. Uma farsa que durou meses e que passa à história como um dos grandes momentos de nonsense político. Discutiu-se assim se se devia tomar uma dose maior ou menor de um medicamento que inevitavelmente acabaria por matar o doente. Houve, por outro lado, analistas de jornais como o Financial Times, Economist, Daily Telegraph (só para falar de perigosos bastiões de extrema-esquerda) que realçaram as posições moderadas iniciais que o governo grego trouxe para a mesa das negociações. Ambrose Evans Pritchard, colunista e editor de economia do Telegraph, notório conservador e defensor convicto da economia de mercado, escrevia que o governo grego tinha feito propostas racionais, razoáveis, justas e proporcionadas.

Mas é evidente que não estamos no campo do estudo das alternativas económicas ou da racionalidade financeira, é de política pura e dura de que se trata. Pouco importa o que tenha acontecido nas reuniões de ontem ou o que resulte do referendo do próximo domingo, o efeito político está criado, a mensagem política está transmitida: destrói-se definitivamente a Grécia e ninguém mais se oporá ao diktat, implode-se uma comunidade e ninguém correrá o risco de votar em partidos que não defendam esse caminho.

O referendo é a única concessão que os decisores europeus, no fundo, deixaram aos gregos: a de optar pela forma de suicídio. Se escolherem o pacote, escolhem mais do mesmo, ou seja, a destruição mais lenta; se não o aceitarem, saem do euro e fica já instalado o caos - e não vai haver cofres cheios que nos livrem das ondas de choque que vão acontecer, por muito que os nossos patrões alemães tentem proteger os seus mais atentos e reverentes criados.

Não há evidência de que a receita imposta não resultou e, pelo contrário, aprofundou a destruição de um país - e o empobrecimento brutal, o desemprego enorme, a emigração em massa em grande parte da Europa - que faça hesitar os decisores europeus; não há risco premente de fim do projeto europeu que provoque um piscar de olhos nestes revolucionários inconscientes; não há previsível terramoto geopolítico que pare estes fanáticos.

Esqueçam o mínimo de capacidade dos cidadãos em definir o futuro ou de influenciar o projeto europeu: esta Europa ou nenhuma.

O processo grego e o caminho que a Europa tomou está a deixar uma terrível alternativa em aberto, uma possibilidade impensável e que contraria as bases mais profundas do mais extraordinário projeto que os povos europeus desenvolveram ao longos dos seus já muitos séculos de história e que conduziu a pouco prováveis várias décadas de paz e de prosperidade: a questão da democracia. Impondo-nos esta Europa, recusando-nos a hipótese de escolhas, obrigam-nos a optar entre Europa e democracia. Melhor, dizem-nos, talvez inconscientemente, que para que a democracia se mantenha a Europa não é viável. É onde estamos a chegar. E o pior é que não pode haver dúvidas sobre qual tem de ser a opção.

Pois é, a vitória política alemã pode, e é muito provável que seja, ou a derrota do projeto europeu ou o princípio do fim da democracia na Europa.


http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... oco&page=2 (http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=4649252&seccao=Pedro%20Marques%20Lopes&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco&page=2)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Junho 30, 2015, 07:10:40 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fm.static.newsvine.com%2Fservista%2Fimagesizer%3Ffile%3Drobtornoe84F8ADA1-AAB6-7BCE-C3EA-34771DA5502B.jpg%26amp%3Bwidth%3D660&hash=865469a72f73723d98b777148e0d6d38)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fbentleymasterminds.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2014%2F11%2Fcartoon-greek-economy-parthenon.jpg&hash=313002b4a02d49b3791aed4a09eaadf7)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fm.static.newsvine.com%2Fservista%2Fimagesizer%3Ffile%3Drobtornoe8FC32D42-576C-5181-5CD7-514DA652A0A2.jpg%26amp%3Bwidth%3D660&hash=c854d20e9dbf1ba76185cfd391e0e1a9)



(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.toonpool.com%2Fuser%2F1631%2Ffiles%2Fthe_financial_ruins_of_greece_798165.jpg&hash=7a896e14246dbfee560616111ce22a51)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fthecomicnews.com%2Fimages%2Fedtoons%2F2012%2F0523%2Feuro%2F01.jpg&hash=1444b6c1abebe4cb1e09655251d4961b)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.toonpool.com%2Fuser%2F1631%2Ffiles%2Fthe_explosive_debt_of_greece_1353445.jpg&hash=202c0e1e80a055467b8ea16174b3a24c)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.toonpool.com%2Fuser%2F1631%2Ffiles%2Fdrowning_greece_826915.jpg&hash=706056112d405517d43f24bffbc54630)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi2.wp.com%2Fvoxpoliticalonline.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2015%2F01%2F150129greekdebt.jpg&hash=9b2744d79bcbf8e792184f673e0ac7b9)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 08, 2015, 11:49:36 am
Juncker. “Temos um cenário de saída da Grécia do euro preparado ao detalhe”

Presidente da Comissão Europeia diz que é “totalmente contra” um Grexit, mas adianta que poderá não conseguir evitar este cenário caso o governo grego não faça o que lhe é pedido. Jean-Claude Juncker espera pelas propostas gregas até à próxima sexta-feira de manhã e salienta que tinha avisado que o “não” no referendo grego iria enfraquecer dramaticamente a posição negocial grega. “Ela ficou muito enfraquecida esta noite”, conclui.

SUSANA FREXES, CORRESPONDENTE EM BRUXELAS
Pela primeira vez, a Comissão Europeia admite claramente que tem um plano de saída da Grécia do Euro. É o próprio presidente Jean-Claude Juncker quem revela que o cenário está “preparado ao detalhe” e que o executivo comunitário “está pronto para tudo” incluindo um plano de ação de ajuda humanitária à Grécia.

O luxemburguês esclarece que é “fortemente contra um Grexit” mas que poderá “não conseguir evitá-lo” caso o governo grego não faça o que as instituições e os restantes países do euro esperam dele.

Juncker rejeita ainda todas as acusações que lhe foram feitas de que não respeita a dignidade do povo grego e diz que não gostou de ouvir Varoufakis chamar os parceiros europeus de “terroristas”.

“Quem são eles? E quem julgam que eu sou? Eu sou fortemente a favor de manter a Grécia no zona euro”, disse Juncker que espera agora que o governo grego avance finalmente com “propostas conclusivas”.

Alívio da dívida? Talvez em outubro
Um alívio da dívida tal como foi pedido por Alexis Tsipras não está para já em cima da mesa, mas Juncker diz que a discussão sobre a reestruturação da dívida pode chegar em outubro.

“O primeiro-ministro grego sabia, mesmo que não o tenha dito ao seu povo, que estávamos prontos para voltar ao tema do alívio da dívida em outubro, depois de termos os compromissos gregos para os próximos meses e anos”, disse o presidente da Comissão Europeia.

Questionado quanto às necessidades de liquidez gregas e ao pagamento de mais de 3 mil milhões que Atenas tem de garantir ao Banco Central Europeu no próximo dia 20, Juncker responde: “vai depender das propostas que o governo grego fizer o mais tardar até às 8h30 de sexta-feira”.

http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... ao-detalhe (http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-07-07-Juncker.-Temos-um-cenario-de-saida-da-Grecia-do-euro-preparado-ao-detalhe)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Julho 08, 2015, 12:28:15 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Juncker. “Temos um cenário de saída da Grécia do euro preparado ao detalhe”



deves ter, deves

um cenário que nunca aconteceu, para o qual nenhum país está preparado...

Mais vale ir acender uma velinhas...
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Julho 08, 2015, 12:31:49 pm
Grécia: Estados Unidos cada vez mais preocupados face a possíveis implicações geopolíticas

07 Julho 2015, 21:12 por Jornal de Negócios com Lusa

Os Estados Unidos receiam as implicações geopolíticas de uma ruptura das negociações e a eventual aproximação de Atenas a Moscovo ou Pequim.

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o seu secretário do Tesouro, Jack Lew, admitiram estar a seguir "de perto" a evolução da crise, com numerosas chamadas telefónicas para líderes europeus, como a chanceler alemã, Angela Merkel, o chefe de Estado francês, François Hollande, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.


 

Tanto Obama como Lew apelaram aos credores internacionais e ao governo grego que alcancem um acordo que inclua reformas estruturais, por parte de Atenas, e uma discussão sobre o alívio da dívida grega.

 

Antes do referendo de domingo, Obama afirmou que a situação na Grécia era "motivo de preocupação substancial (...), principalmente para a Europa". O presidente norte-americano considerou, contudo, que a crise grega "não é algo que deva gerar reacções exageradas" e que, "até agora, os mercados têm assimilado adequadamente" os riscos de uma falta de acordo.

 

Depois da vitória do 'não' na consulta popular de domingo, Washington reafirmou a sua leitura da situação. "O referendo passou e a nossa visão não mudou. A Grécia deve continuar na Zona Euro (...) mas necessita de reformas e de financiamento. As necessidades continuam a ser as mesmas", afirmou na segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

 

A presidência norte-americana já informou que Obama também falou ao telefone com François Hollande, tendo ambos concordado com a necessidade de "encontrar um caminho que permita o regresso às reformas e ao crescimento" da economia grega.

 

De resto, Paris parece ser o membro da Zona Euro que exprimiu maior compreensão sobre a posição de Atenas, quanto à reestruturação da dívida como condição de regresso ao crescimento económico.

 

Em pano de fundo, está a realidade geopolítica da Grécia, que é membro da NATO, decisiva para a estabilidade nos Balcãs, vizinha do Médio Oriente e porta de entrada de imigrantes.

 

A última coisa que os Estados Unidos querem ver é uma Grécia a afastar-se da Europa e a aproximar-se da Federação Russa, num contexto de tensão crescente entre Washington e Moscovo devido à crise na Ucrânia.


 

Ao contrário, os russos viram aqui uma oportunidade e começaram a jogar as suas cartas. Depois do referendo, o Presidente russo, Vladimir Putin, conversou com Tsipras, por iniciativa deste, para discutir "as condições da prestação de ajuda financeira a Atenas pelos credores internacionais, bem como assuntos relativos ao desenvolvimento da cooperação russo-grega", segundo comunicado distribuído a propósito pelo Kremlin.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... ticas.html (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/grecia_estados_unidos_cada_vez_mais_preocupados_face_a_possiveis_implicacoes_geopoliticas.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 08, 2015, 03:09:56 pm
Uma outra coisa que deixa-me deveras preocupado!

http://economico.sapo.pt/noticias/panic ... 23105.html (http://economico.sapo.pt/noticias/panico-na-bolsa-chinesa-perigo-para-a-economia-mundial_223105.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 08, 2015, 05:31:38 pm
Cimeira dos BRICS em Ufa, Federação Russa

O director do segundo maior banco russo, o VTB, Andrey Kostyn, explica que «não estamos em posição de resgatar a Grécia. Realmente...não podemos. Tem de ser a Europa. E o problema não é nosso. É da União Europeia».
Já tinhamos dito há semanas, na SIC Notícias (com a Ana Lourenço) que Tsipras obtivera esta resposta directamente de Putin, após o Fórum Económico de S. Petesburgo.
Razões: a Rússia está a definhar por causa das sanções, tem problemas em várias frentes e possui o espectro de perda de vendas dos seus produtores de gás e petróleo.
Por outro lado, um resgate só poedia ter uma de três fontes:
a) O orçamento russo, e um acordo estado a estado, mas aquele foi aprovado e vive-se um período de défice.
b) O Fundo de segurança Social da Federação, mas este só pode ser investido em países com notação positiva pelas agências de «rating»
c) Um acordo comercial entre entidades empresariais. Mas este teria de ser gigantesco e basear-se em garantias sólidas. O financiamento do gasoduto grego pela Rússia faria a Gazprom adiantar até 7 mil milhões em receitas esperadas, mas estas estão dependentes da própria possibilidade de construção, exist~encia de clientes suficientes, e dos problemas legais com a UE.


Fonte: Nuno Rogeiro
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Camuflage em Julho 08, 2015, 07:10:54 pm
Os EUA se estão "preocupados" que se cheguem à frente e paguem o resgate sem pedir nada em troca. O que os EUA querem é um euro fraco pois a moeda é uma ameaça séria ao dólar em que vários países do petróleo já quiseram mudar para euro. Os EUA sabem que enquanto a Grécia estiver na zona euro poderá continuar a lucrar com o endividamento dos vários países da UE que se endividam para emprestar $ à Grécia para nunca o verem de volta e já lá vão 320 mil milhões, em que a esmagadora maioria foi perdoada, venha mais um regaste, falta saber até quando é que será resgatada sucessivamente.
A Grécia a meu ver tem que cair para aprender de uma vez por todas, se não arruma a casa de uma vez, vai ter que arrumar à força.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Julho 09, 2015, 11:45:41 am
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 09, 2015, 02:51:09 pm
Parece que aquele que seria o grande trunfo negocial grego, o contágio a todos os países do sul da Europa, especialmente Portugal, não está a funcionar:

- PSI20 a subir mais de 3%, depois de já ontem ter subido.
- Juros da dívida portuguesa abaixo de 3%, a recuar há três sessões consecutivas.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Julho 09, 2015, 03:17:36 pm
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Germany profits with Eurocrisis / Alemanha lucra com a Euro-crise
Porque 15,2 mil milhões de euros  é pouca coisa e ainda não chega...  :roll:
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fs1.ibtimes.com%2Fsites%2Fwww.ibtimes.com%2Ffiles%2Fstyles%2Fv2_article_large%2Fpublic%2F2012%2F02%2F10%2F230054-a-bank-of-greece-sign-outside-the-institution-defiled-by-protesters-fr.jpg&hash=6235da9750065ff9f0cbcef8a0eed11c)
http://www.infogrecia.net/2015/07/eurodeputado-anti-tsipras-foi-candidato-as-privatizacoes-da-troika-na-grecia/
Curiosidades...  :roll:
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Verhofstadt faz parte da administração de um fundo belga bilionário chamado Sofina (Société Financière de Transports et d’Entreprises Industrielles). Este fundo detém participações em empresas ligadas às telecomunicações, banca e seguros, energia e distribuição.

Uma dessas empresas é a GDF Suez, onde o fundo tem assento na administração, e que participou num dos consórcios para a privatização da rede de água de Salónica, uma das imposições do memorando da troika que foi derrotada pela população num referendo local.

O consórcio tinha como parceiro local a empresa Ellaktor, propriedade de uma das famílias de oligarcas gregos, que domina os negócios da construção, autoestradas e tratamento de lixo. A família liderada por George Bobolas detém também a maior estação de tv privada grega, a Mega TV, que se distinguiu na campanha de terror para dar força ao “Sim” no referendo. O canal de Bobolas vê agora alguns jornalistas serem alvo de processos disciplinares por desinformarem e mentirem aos telespetadores, que reagiram indignados e inundaram o sindicato e o Ministério Público com denúncias.

O mesmo grupo detém também o popular jornal Ethnos e outras publicações na Grécia. O filho de Bobolas, Leonidas, é o administrador da Ellaktor e foi detido há alguns meses por fuga ao fisco, acabando por ser libertado horas depois, após pagar os impostos devidos sobre o dinheiro não declarado.
(https://pbs.twimg.com/media/CJeWvYnVEAAb4Cx.jpg:large)
Será que nas novas negociações já existe margem para mexer nos 4 biliões e meio da defesa Grega ou apesar da crise é para continuar a aumentar (À que manter os militares felizes, os turcos à distância e os principais fornecedores de armas contentes, nem que para isso se tramem os pensionistas e se esconda o problema dos restantes contribuintes europeus  :roll:  )?  :twisted:
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Greece's military budget is getting bigger even as the country's economy lurches towards mayhem

Racked by financial woes since 2008, Greece has all but defaulted on its loans after the failure of talks with with the European Union and its various creditors. The country is heading towards a high-stakes referendum next week that could result in the country eventually leaving the Eurozone.

Still, despite Greece's staggering economic problems, the country has consistently maintained one of the highest defense expenditures as a percentage of GDP in all of Europe.

For 2015, NATO projects that Greece will spend 2.4% of its GDP on defense, which is actually a 0.1% increase in spending over 2014. The previous year, the country's debt as percentage of GDP was at 175%, while its economy contracted by 3.3%.

At a time when Greece's economy is in complete tumult — citizens are being allowed to withdraw only €60 (£42.30, $66.40) a day from banks — and the government is seeking ways to trim overall spending, an increase in Greece's defense budget may appear puzzling. But there are three major reasons Greece has kept its military budget so high even in a time of economic crisis: personnel costs, regional geopolitics, and domestic political pressures.

First, NATO estimates 73.3% of Greece's 2015 military budget will go towards personnel expenditure. Only six other NATO countries have personnel costs higher than Greece's. Additionally, in 2013, 2.7% of Greece's labor force was employed in the military according to Judy Dempsey of Strategic Europe at Carnegie Europe. By sparing the military budget cuts, Greece can continue to pay personnel salaries — although high pay could also be another example of the public sector bloat that fed into the economic crisis.

Secondly, Greece's military budget reflects a legacy of distrust towards every country it borders, most notably Turkey. Although both Turkey and Greece are members of NATO and are technically allies, the two states have been competing militarily since the Turkish invasion of Cyprus over four decades ago. These tensions cooled considerably but have begun warming again as the two states compete over possible oil and gas resources in the Mediterranean — midair confrontations between Turkish and Greek jets increased sharply in 2014.

Greece's overall fear of Turkey has kept the country consistently over-spending.

"One could argue that with 1,300 tanks, more than twice the number in the UK, Greece has many more than it needs. But no one forced it to spend so much. It happened because of the threat perception from Turkey and the need to balance Turkey militarily," Greek defense expert Thanos Dokos told the Guardian.

The 2.4% of GDP that Greece is projected to spend on defense in 2015 is actually a sharp decrease from the country's previous spending habits. Throughout the 1980s, Greece's average defense budget was 6.2% of its GDP largely due to tensions with its Turkish neighbor.

And Greece doesn't have particularly friendly relations with its some of its other neighbors either: in 2008, Greece blocked Macedonia's membership in NATO over a long-simmering naming controversy, while Athens has taken a customarily hard line on the resolution of the Cyprus dispute.

The final reason Athens may have been reluctant to cut defense spending is political pressure from Germany and France, the Guardian notes. Berlin sent almost 15% of its arms exports to Greece in 2012, with France sending almost 10% in 2012.

According to the Stockholm International Peace Research Institute, Greece continued to buy large quantities of weaponry from the two countries between 2010 to 2014, some of the worst years of its economic depression. During this time, Athens bought $551 million worth of military equipment from Germany and $136 million of equipment from France.

Athens may soon have to cut spending anyway: On June 16, Yiannis Bournous, the head of international affairs for Greece's ruling Syriza party, signalled a willingness to reassess the military budget.

"We already proposed a 200 million euro cut in the defense budget,” Bournous said at a Center for Economic Policy and Research event. “We are willing to make it even bigger — it is a pleasure for us.”

http://www.businessinsider.com/why-greeces-military-budget-is-so-high-2015-6

Saudações
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Julho 10, 2015, 10:08:08 am
http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-07-09/the-chinese-stock-meltdown-that-makes-the-greece-saga-look-trivial
Citar
The Shanghai Stock Exchange Composite Index has lost 28 percent since its peak on June 12, the worst selloff in two decades. About $3.9 trillion in market valuation has evaporated, more than the total annual output of Germany—the world’s fourth-largest economy—and 16 times Greece’s gross domestic product. The benchmark is still up 82 percent in the past year, the most among the world’s major markets.

As shares tumbled, companies rushed to apply for trading suspension. More than 1,400 companies stopped trading on mainland exchanges, locking sellers out of 50 percent of the market. The China Securities Regulatory Commission also banned major shareholders, corporate executives, and directors from selling stakes in listed companies for six months.

Chinese stocks have become the most volatile among major markets after Greece. A measure of 30-day price swings on the Shanghai benchmark reached 56, the highest since 2008. The volatility is more than five times that of the Standard & Poor’s 500-stock index.

Investors who borrow money from brokerages have amplified the boom-and-bust. A fivefold surge in margin debt had helped propel the Shanghai index up more than 150 percent in the 12 months through June 12. On the way down, leveraged investors unwound their holdings to repay the loans, amplifying the crash. While margin debt on the exchanges has declined by 823 billion yuan ($133 billion) since the mid-June peak, to 1.44 trillion yuan, it’s still more than triple the level from a year earlier.

Officials have unveiled market-boosting measures almost every night in the past two weeks. A group of 21 brokerages has pledged to invest at least 120 billion yuan in a stock market fund, taking a page from the playbook used by J.P. Morgan and Guaranty Trust Co. during the 1929 U.S. crash. Regulators have banned major stockholders from selling stakes in listed companies, suspended initial public offerings, and restricted short selling.

While the efforts have helped boost the largest stated-owned companies—oil giant PetroChina has gained 22 percent since June 26—they have so far failed to revive overseas investors’ confidence. Dual-listed Chinese stocks traded 33 percent lower in Hong Kong than on the mainland, the biggest discount since 2009, suggesting investors abroad are more pessimistic than the locals on the valuation of the companies.

Additional losses threaten to drag down further the slowest economic growth since 1990 and stir social discontent. The world’s second-largest equity market now has more than 90 million individual investors, which is higher than the number of Communist Party members.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fassets.bwbx.io%2Fimages%2FiYnpyC.MTI.s%2Fv1%2F1200x-1.jpg&hash=5f8e66a1e25b74b46137caed8146c4a8)

Cumprimentos
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 10, 2015, 12:23:56 pm
:arrow: https://www.facebook.com/GuyVerhofstadt ... 6/?fref=nf (https://www.facebook.com/GuyVerhofstadt/videos/10153988726765016/?fref=nf)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Julho 10, 2015, 02:36:25 pm
Citar
http://www.lalibre.be/actu/international/la-reponse-d-alexis-tsipras-a-la-colere-de-guy-verhofstadt-video-559e50103570c685853b4631

Cumprimentos
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 10, 2015, 03:04:47 pm
Assim está melhor. :wink:


Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Get_It em Julho 11, 2015, 06:26:58 pm
As minhas desculpas, não consegui arranjar um tópico mais específico para colocar este artigo.

The Rise Of The Gig Worker In The Sharing Economy
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I’ve ridden in the backseat of many Uber drivers’ cars. Sometimes we exchange lively banter, other times we sit silently as I check email on my phone. There is not one driver that stands out, but rather a composite driver that I feel I’ve met a hundred times.

When in the midst of friendly banter, I’ll inquire about the driver’s day job — does he have one? Does he enjoy driving full time? The driver shares a familiar story: He is driving not to earn extra money, but to earn a living. Not long ago, he graduated with a business degree but has yet to land a full-time job. He’s not worried, though; he’s making pretty good money in the meantime.

While the driver I’m describing may not be the only type who takes on gigs like Uber, he represents an increasing population. More and more he is what the new American worker looks like: young, educated and working gigs, not starting careers.

(...)

On one hand, we have more college-educated people who presumably want jobs, like our composite Uber driver. According to education statistics put out by the U.S. Department of Education, enrollment in “degree-granting institutions” was projected to increase by 15 percent between 2004 and 2015, and has been steadily increasing for more than two decades; total enrollment between 1990 and 2004 has increased by 25 percent.

But on the other hand, we have fewer degree-relevant jobs to sustain them. Lawyers, for example, exceed law jobs two to one. While this may point to a greater skills-gap issue, until people choose to educate themselves with the skills the economy needs, we’ll continue to see this supply/demand power struggle.

(...)

Twenty-five years ago, having a college degree was a good bet — and investment — for starting a career. Graduating with a degree solidified your entrance in the world of knowledge work; that is, the world of using your brain, not your brawn, to make a living.

Since Peter Drucker coined the term “knowledge work” in his 1959 book Landmarks of Tomorrow, the shift from work as defined by the physical to work as defined by the philosophical or mental has been in full effect. Anyone who works at the planning, compiling, researching, analyzing, organizing, storing, programming, marketing, et cetera of information is a knowledge worker. Which is to say, most of us holding or seeking a post-secondary degree. And a job.

But do more degrees equal more skills?

Not necessarily. Skills — like proficiency using a particular content management system, marketing automation platform or programming language — are usually acquired and honed on the job, not taught in the classroom. According to research by Dr. Alicia Sasser Modestino, employee skill requirements for both education and experience rose during the recent recession and subsequent recovery.

What does this mean for workers?

Shifts in skill requirements most impact entry-level workers (those “more” educated and less skilled). Although they’ve got a degree, they lack experience and real-world, on-the-job skills. This makes it difficult to catch a break.

[continua]
Fonte: http://techcrunch.com/2015/07/09/the-rise-of-the-gig-worker-in-the-sharing-economy

Cumprimentos,
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 15, 2015, 04:33:19 pm
Era tudo tão, tão, tão previsível

  by pedro romano     

Aparentemente, a Grécia vai mesmo ter um terceiro resgate. De acordo com uma das narrativas que agora circula, a história é simples de contar. Primeiro, os gregos elegeram um Governo mandatado para acabar com a austeridade. Depois, o resto da Zona Euro cortou o financiamento e deixou o Estado grego sem meios para pagar as contas. E posteriormente foi a vez do BCE colocar um limite à ajuda a conceder aos bancos da Grécia, obrigando à imposição de controlos de capitais. Perante a chantagem europeia, que impediu o Syriza de cumprir as suas promessas eleitorais, Tsipras não teve outra opção que não aceitar este humilhante acordo.

Descontando o framing enviesado (os votos gregos contra a austeridade são um “exercício da democracia”, os votos alemães contra um empréstimo adicional são uma perfídia), julgo que esta é uma descrição correcta dos acontecimentos. Sim, o Governo grego cedeu porque não houve, na Zona Euro ou no Banco Central Europeu, quem quisesse emprestar mais dinheiro.



O que é extraordinário é haver quem veja nesta atitude alguma intenção de sabotar o programa do Syriza, inviabilizando uma opção (a alternativa à austeridade) que, em circunstâncias normais, poderia ser adoptada. A realidade é muito mais prosaica: o dinheiro não cai do céu. Podemos discutir o grau de solidariedade europeia e a dimensão dos empréstimos que teria sido razoável negociar (em retrospectiva, julgo que é claro que eles deveriam ter sido maiores). Mas presumir que o Syriza se deparou com dificuldades que estiveram ausentes noutras latitudes é não perceber nada do que se passou: foi precisamente porque não havia dinheiro que três países europeus se sujeitaram a programas de consolidação verdadeiramente brutais, que podem ter destruído até 8% da sua produção anual.

E se o Syriza e os seus apoiantes precisaram de passar por este calvário para perceber que numa união monetária a “alternativa à austeridade” depende do dinheiro dos outros, o mínimo que se pode dizer é que não fizeram o trabalho de casa. Culpar agora o “directório de capitalistas” pelo seu fracasso é um pouco como como um clube de segunda divisão começar a prometer a vitória na Liga dos Campeões e acabar a justificar-se com o imenso poderio económico da concorrência que defrontou. Apesar de ser uma justificação plausível, ela não era propriamente uma informação desconhecida quando a promessa foi feita. E o conhecimento desse facto deveria ter inspirado uma abordagem mais cuidadosa e promessas eleitorais menos bombásticas.

A este propósito, não resisto a respigar um post de há uns meses, escrito pouco depois de participar num debate do Livre acerca de reestruturação da dívida (ver documento aqui). O corolário da minha intervenção, que incidiu sobre o caso de Portugal, era simples: “A recusa da reestruturação não resulta de insensibilidade face a estes problemas, ou da convicção de que a dívida é para pagar a qualquer custo. Resulta simplesmente da crença de que, nas circunstâncias concretas em que Portugal se encontra, a ameaça de um default acabaria por os agravar, em vez de minorar (…) O que recomenda prudência a quem estiver a pensar erigir programas políticos em torno da bandeira da reestruturação”.

Esta conclusão resultava de dois elementos. Primeiro, a eterna questão do saldo primário: na altura em que escrevi, Portugal tinha um saldo primário marginalmente positivo, o que significava, na prática, que o excedente das receitas sobre as despesas sem juros era pequeno. Ou seja, o alívio concedido pelo não pagamento de juros seria quase totalmente cancelado pela redução dos empréstimos que o default acarretaria (secção default e tiros no pé, na página 7).

É verdade que a Grécia tinha uma posição orçamental mais favorável do que a de Portugal, com um saldo primário previsto para 2014 em torno dos 3% e perspectivas de crescimento relativamente benignas de 2015 em diante. Por outro lado, o saldo de 2014 foi delapidado no final do ano e as perspectivas de crescimento sofreram uma revisão em baixa brutal (ver contas aqui). A debilidade das contas gregas acabou assim por impedir a Grécia de usar o default como arma de arremesso. Numa situação de default seria sempre ela a primeira a perder. Ninguém achou estranho que um Governo eleito para renegociar a dívida tivesse andado de mão estendida durante meses para encontrar maneira de a pagar? Não foi por acaso.

O segundo elemento tinha que ver com a percentagem de dívida pública detida pelo próprio sistema financeiro do país (discussão na página 10). A partir do momento em que uma fracção das obrigações portuguesas estão em mãos dos bancos portugueses, uma boa parte parte dos custos do default serão assumidos pelos bancos em causa – e, consequentemente, pelos credores (por exemplo, depositantes) desses mesmos bancos.

No caso da Grécia, o sistema financeiro estava altamente exposto aos títulos soberanos; o espectro do default (e, numa fase tardia, a materialização desse risco) tornou os títulos um activo arriscado, que deixou de ser considerado elegível para as operações de refinanciamento do BCE. Sem liquidez, foi obviamente necessário implementar controlo de capitais para travar levantamentos abruptos.

É tentador criticar o BCE pela opção que tomou, mas convém ter em conta que este é o procedimento standard neste tipo de situações, porque é suposto que o Banco Central actue apenas com activos sem risco. Pedir-lhe que continuasse a financiar os bancos num momento em que os colaterais subjacentes estão em default equivale a dizer que devia ignorar o seu mandato para ajudar um Estado-membro – o tipo de coisa que o BCE foi criado para não fazer. É incrível como o cumprimento das regras fundamentais do BCE é visto como uma espécie de waterbording financeiro, ou uma táctica mafiosa para vergar o Syriza.

Um terceiro elemento, que não referi no debate mas que enfatizei várias vezes neste blogue durante os últimos anos, é a eterna questão da credibilidade e da confiança. O “braço de ferro” entre credores e devedores pode ser visto como uma disputa por recursos: os gregos precisam do dinheiro alemão, e a Alemanha não quer emprestar dinheiro à Grécia. A única forma de reduzir os receios alemães passa por oferecer garantias, tão credíveis quanto possível, de que esse dinheiro será devolvido. Nesse sentido, prometer que se está disposto a fazer o que for preciso para pôr as contas em dia – um whatever it takes, versão Vítor Gaspar – é a melhor maneira de obter mais dinheiro e, dessa forma, adoptar uma estratégia de consolidação orçamental mais suave e prolongada no tempo.

Já a repetição ad nauseum de que a dívida é insustentável, de que a austeridade é uma opção e de que “agora vai ser diferente” só reforça, nos credores, a ideia de que o dinheiro que eventualmente emprestarem não voltará a entrar nos seus cofres. Apesar de muita gente ter visto tiques de malvadez no acordo proposto à Grécia, que é aparentemente mais doloroso do que o que estava em cima da mesa há duas semanas, é preciso ter presente que uma boa parte dos pormenores mais melindrosos – como a exigência da criação de uma espécie de fundo de activos hipotecados – serve apenas como um mecanismo de seguro para garantir que o empréstimo é pago. Esta atitude de suspeição e controlo, humilhante como é, era praticamente inevitável depois de o Governo grego ter convocado um referendo para ganhar força no combate aos cortes orçamentais. Na prática, o referendo apenas tornou mais vazia a intersecção entre o conjunto das opções que a Grécia acha aceitáveis e o conjunto de concessões que a Alemanha está disposta a fazer.

Tudo isto é trágico, doloroso e lamentável. Mas nada disto é particularmente surpreendente.

E daqui para a frente? Os últimos meses foram terríveis. O plano de austeridade inicialmente previsto foi reforçado, e vai operar agora sobre uma economia muito mais débil (ainda não há previsões para os próximos anos, mas não é difícil imaginar que não vão ser bonitas), com controlos de capitais em vigor. De forma pouco surpreendente, o discurso contra a austeridade acabou por reforçá-la na sua magnitude e por exacerbar o seu impacto.

Mas mais trágico ainda é o facto de se terem fechado uma série de portas que em 2014 estavam abertas. Por exemplo, no final do ano passado houve uma série de apelos, por parte de vários economistas, à flexibilização das metas orçamentais gregas (ver o Bruegel, por exemplo; e aqui fui eu a meter a colher).. O argumento era simples: a dinâmica da dívida pública era suficientemente boa para ser compaginável com um relaxar das metas, e esse relaxar seria obtido sem implicar qualquer reestruturação, politicamente tóxica para os credores. Neste momento, a situação orçamental já não permite flexibilizações deste género: baixar a exigência para o saldo primário colocaria rapidamente a dívida numa trajectória insustentável, razão pela qual a Europa dificilmente cederá neste ponto.

Não é fácil quebrar este bloqueio. Uma possibilidade é a Grécia e os credores começarem urgentemente a reconstruir a relação de confiança, criando as bases para uma flexibilização no futuro. Esta é a solução frustrante: começar a empurrar novamente a pedra pela montanha acima. Mas os proveitos desta opção serão provavelmente curtos. As perspectivas económicas já são tão más que seriam necessárias concessões enormes para inverter rapidamente a onda recessiva que a Grécia começou a surfar. Por outro lado, a relação está tão deteriorada que concessões significativas a curto prazo são quase inconcebíveis.

Os próximos dias vão ser cruciais para se perceber o que vem aí. Primeiro, porque teremos mais detalhes acerca da verdadeira dimensão da austeridade exigida (sim, temos uma ideia das medidas em causa, mas nestas coisas precisamos de ter números, um baseline e uma série de outras informações que não aparecem nas declarações do Eurogrupo). Segundo, porque vamos conhecer com mais rigor o estado da economia grega (o Eurostat vai publicar um boletim nos próximos dias). E, terceiro, porque saberemos ao certo em que ponto está a relação entre credores e devedores.

Se as coisas estiverem tão mal como penso – e podem estar mesmo muito más -, a saída da Grécia do euro é o cenário mais provável. Caso as perspectivas sejam mais dois ou três anos de recessão dolorosa, e uma subida sucessiva no ranking das maiores tragédias macroeconómicas da história, o dracma acabará, a qualquer momento, por se tornar um mal menor (embora eu ache que já passámos há muito o ponto em que o argumento do “sem euro seria pior” fazia sentido – sobre isto, ver também Paul Krugman).

Dito isto, queria acrescentar um ponto. O argumento da “falta de confiança” não justifica tudo. Como os relatos da reunião de domingo mostram, nem todos estão de acordo em relação àquilo que são “garantias claras” por parte do Governo grego. Há visões diferentes, e alguns países exigem mais do que outros países. Neste momento complicado, era bom que a visão mais branda e solidária acabasse por sair vencedora. As perspectivas de sucesso para a via da ‘restauração da confiança + concessões crescentes’ já não são famosas; não precisamos de pulhices Schaublianas (para usar a expressão de um amigo) para as fazer descer a zero.

 :arrow: https://desviocolossal.wordpress.com/20 ... revisivel/ (https://desviocolossal.wordpress.com/2015/07/14/era-tudo-tao-tao-tao-previsivel/)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 15, 2015, 05:10:54 pm
Comissário europeu: a Grécia paga “juros míseros”


Declarações surgem um dia depois de ter sido conhecido um relatório do FMI que considera “insustentável” a dívida grega, sugerindo um período de carência de de 30 anos ou o corte direto da dívida






Lusa

 Lusa
 

O comissário europeu para o Euro, Valdis Dombrovskis, disse esta quarta-feira que os encargos com a dívida grega estão abaixo dos de Portugal, em termos de percentagem do PIB, considerando que Atenas paga "juros míseros".

O comissário, que falava em conferência de imprensa em Bruxelas, salientou a necessidade de se olhar também "para a condicionalidade da dívida e não apenas para o rácio da dívida para compreender o custo real do serviço da dívida".

Apesar de a dívida pública da Grécia ser a mais elevada face ao PIB entre os Estados-membros da União Europeia, representando cerca de 180% da riqueza produzida, o comissário letão considerou que é também importante ter em conta os encargos com o serviço da dívida.

Em relação às preocupações manifestadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) num relatório sobre a sustentabilidade da dívida pública grega, o comissário respondeu que "os empréstimos da zona euro não são um problema imediato", uma vez que têm "longos períodos de carência - nos juros até 2020 e no capital até 2023, o que significa que a Grécia está a pagar juros míseros".

Num relatório divulgado na terça-feira, o FMI defendeu que a zona euro deve ir "muito mais longe" do que o previsto para aliviar a dívida grega, podendo mesmo ter de perdoar uma parte. O relatório do FMI considera que a dívida grega é "totalmente insustentável" e prevê que se vai aproximar dos 200% do PIB nos "dois próximos anos".

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira que a ajuda de emergência à Grécia, o chamado 'financiamento-ponte', seja feita através do fundo no qual participam todos os 28 Estados-membros da União Europeia, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (EFSM).

http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... os-miseros (http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-07-15-Comissario-europeu-a-Grecia-paga-juros-miseros)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Julho 15, 2015, 07:00:25 pm
Os brutais credores da Grécia têm arrasado o projeto da zona euro

por WOLFGANG MÜNCHAU Ontem

Se despojarmos a zona euro da ambição política, esta transforma-se num projeto económico utilitário. Algumas coisas que muitos de nós tomávamos por garantidas, e em que alguns de nós acreditávamos, terminaram num único fim de semana. Ao imporem a Alexis Tsipras uma derrota humilhante, os credores da Grécia fizeram muito mais do que provocar uma mudança de regime na Grécia ou pôr em perigo as suas relações com a zona euro. Eles destruíram a zona euro tal como a conhecemos. Eles arrasaram a ideia de uma união monetária como um passo rumo a uma união política democrática e retrocederam para as lutas nacionalistas pelo poder europeu do século XIX e início do século XX. Eles despromoveram a zona euro para um sistema tóxico de taxas de câmbio fixas, com uma moeda única partilhada, gerido segundo os interesses da Alemanha, mantido pela ameaça da miséria absoluta para aqueles que desafiam a ordem vigente. A melhor coisa que pode ser dita sobre o fim de semana é a honestidade brutal dos que estão a perpetrar esta mudança de regime.

Mas não foi só a brutalidade que se destacou, nem mesmo a capitulação total da Grécia. A mudança real foi que a Alemanha propôs formalmente um mecanismo de saída. No sábado, Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças, insistiu numa saída temporária - um timeout (intervalo), como ele lhe chamou. Já ouvi uma boa quota de propostas loucas ao longo do tempo e esta é sem dúvida uma delas. Um Estado membro fez pressão para a expulsão de outro. Este foi o verdadeiro golpe do fim de semana: a mudança de regime na zona euro.

O facto de um grexit formal poder ter sido evitado no momento é irrelevante. O grexit estará de volta à mesa quando houver o mínimo acidente político - e ainda há muitas coisas que podem correr mal, tanto na Grécia como noutros parlamentos da zona euro. Qualquer outro país que possa, no futuro, desafiar a ortodoxia económica alemã enfrentará problemas semelhantes.

Isto traz-nos de volta a uma versão mais tóxica do antigo mecanismo de taxas de câmbio da década de 1990 que deixou os países presos a um sistema gerido principalmente em benefício da Alemanha, que levou à saída da libra inglesa e ao afastamento temporário da lira italiana. O que restou foi uma coligação de países dispostos a ajustar as suas economias à da Alemanha. A Grã-Bretanha teve de sair porque não estava disposta a isso.

O que devem os gregos fazer agora? Esqueçamos por um momento o debate económico dos últimos meses, sobre questões como o impacto da austeridade ou das reformas económicas no crescimento e coloquemos a nós próprios esta pergunta simples: estamos mesmo convencidos de que um programa de reforma económica, para o qual um governo não tem nenhum mandato político, que foi explicitamente rejeitado num referendo e que foi imposto através de pura chantagem política, poderá alguma vez funcionar?

As implicações para o resto da zona euro são pelo menos igualmente preocupantes. Em breve estaremos a perguntar a nós mesmos se esta nova zona euro, em que os fortes intimidam os fracos, poderá ser sustentável. Anteriormente, o argumento mais forte contra quaisquer previsões de rompimento era o forte empenho político de todos os seus membros. Se perguntarmos aos italianos porque estão na zona euro, serão poucos os que apontam os benefícios económicos. Eles queriam fazer parte do projeto mais ambicioso de integração europeia até agora levado a cabo.

Mas se retirarmos a aspiração política poderemos acabar com uma opinião diferente. De um ponto de vista meramente económico, nós sabemos que o euro tem funcionado bem para a Alemanha. Funcionou moderadamente bem para os Países Baixos e para a Áustria, embora tenha criado um certo grau de instabilidade financeira em ambos.

Mas para a Itália foi um completo desastre económico. O país não viu praticamente qualquer crescimento na produtividade desde o início do euro em 1999. Se quisermos culpar a falta de reformas estruturais, então teremos de explicar como a Itália conseguiu taxas de crescimento decentes antes de 1999. Poderemos ter a certeza de que a maioria dos italianos apoiará a moeda única dentro de três anos?

O euro também não funcionou para a Finlândia. Embora o país seja considerado o campeão do mundo das reformas estruturais, a sua economia tem caído desde que a Nokia deixou de ser a fabricante número um de telemóveis no mundo. A França teve um desempenho relativamente bom durante os primeiros anos do euro, mas também ela tem tido agora défices persistentes da balança corrente. Não é só na Grécia que o euro não é o ideal.

Se despojarmos a zona euro de quaisquer ambições de uma união política e económica, esta transforma-se num projeto utilitário no qual os Estados membros irão pesar friamente os benefícios e os custos, tal como a Grã-Bretanha está atualmente a avaliar as vantagens ou desvantagens relativas da adesão à UE. Num tal sistema, alguém, em algum lugar, vai querer sair algum dia. E o forte empenho político para o evitar também já lá não vai estar.

(c) 2015 The Financial Times Limited
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... au&page=-1 (http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=4678961&seccao=Wolfgang%20M%C3%BCnchau&page=-1)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Julho 16, 2015, 10:13:45 am
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3160873/Greek-Prime-Minister-Tsipras-faces-battle-quell-revolt-ministers-agreeing-austerity-measures-GERMANS-ashamed-forcing-them.html?ito=social-facebook
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Furious Greek politicians rip up bailout deal and throw it in prime minister Tsipras's face as his own Syriza party seems increasingly likely to REFUSE €86bn agreement that even the IMF said was unfair
Tsipras agreed to harsh austerity terms as part of an €86 billion bailout
Had a deal not been struck, Greece faced crashing out of the Eurozone
But many in ruling Syriza party are furious at way PM handled negotiations
IMF condemned bailout, saying Greek debt will reach 'unsustainable' 200%
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/tsipras_diz_que_a_grecia_conseguiu_um_acordo_melhor.html
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O primeiro-ministro grego considera que, nalguns aspectos, o acordo foi melhor. Um excedente primário mais baixo do que o anteriormente exigido e o facto de não haver cortes nos actuais salários da função pública e pensões são, na sua opinião, boas conquistas. Mas admite que vai assinar um acordo em que não acredita. Acredita, isso sim, que dentro de três anos a Grécia terá saído da crise.
Tsipras está convicto de que conseguiu um acordo melhor nalguns aspectos: "conseguimos uma exigência de excedente primário mais baixo", sublinhou na entrevista à estação de TV pública ERT, a primeira que concede depois do acordo alcançado com os credores para o início das negociações para um terceiro resgate.
 
Sobre o aumento de impostos, disse que "quando temos um IVA mais alto, recolhemos menos impostos, mas foi o que nos impuseram".
 
Já sobre o aumento da idade de reforma para os 67 anos, o primeiro-ministro grego sublinhou que "já o deveríamos ter feito. Não é progressista permitir que as pessoas se reformem cedo".
 
Alexis Tsipras salienta que o ajustamento orçamental é mais suave do que teriam sido os cortes nos salários da função pública e nas pensões. "Travámos uma batalha para não cortarmos nos (actuais) salários e pensões", declarou à ERT, citado pela BBC News.
Fui à Rússia, à China e aos EUA e não havia quaisquer outras opções
Alexis Tsipras
 
"Não foi uma tarefa fácil para ninguém. Tentei dar o meu melhor para reivindicar tudo o que podia", acrescentou. E destacou, citado pela Bloomberg, que o acordo inclui a reestruturação da dívida após 2022.
 
No entanto, o chefe do Governo grego reconhece que o referendo de 5 de Julho, por meio do qual o povo helénico recusou as propostas de austeridade dos credores de Atenas, não os poupou da austeridade. "As acções anteriores não mudaram após o referendo. Tenho de ser honesto quanto a isso", salientou, citado pelo The Guardian.
 
"Não vou fugir e assumirei as minhas responsabilidades, mesmo assinando um acordo em que não acredito", disse Alexis Tsipras, mostrando-se disposto a implementá-lo. "A dura verdade é este caminho de uma só via que nos foi imposto", declarou, citado pela Reuters.

O primeiro-ministro afirmou que não pode dizer que o acordo foi um sucesso, mas que era o único em cima da mesa. "Fui à Rússia, à China e aos EUA e não havia quaisquer outras opções", admitiu, citado pela BBC News.

"Conseguimos um acordo com reformas duras, mas não ficámos no completo impasse que tínhamos a 25 de Junho", ressalvou, contudo, aludindo ao beco sem saída em que o país se encontrava na negociação com os seus credores da troika.

Em suma, o líder do Syriza defende que o referendo o fortaleceu, levando a que a Grécia conseguisse uma oferta melhor do que a anterior e que cobre as suas necessidades de financiamento de médio prazo, mas também sublinha que não concorda com o acordo final e denuncia a pressão de que o seu país e o seu povo foram alvo. "Domingo foi uma má noite para a Europa. As tradições da Europa não foram respeitadas".
 
Segundo Tsipras, só lhe restavam duas hipóteses: chegar a acordo ou sair do euro. "Assumo por completo a minha responsabilidade pelos erros e pela supervisão, bem como pela assinatura de um texto em que não acredito, mas que sou obrigado a implementar", reiterou, citado pela Reuters.
 
O governante, que esta quarta-feira vai enfrentar mais uma batalha – com a votação no parlamento das propostas acordadas com Bruxelas – disse acreditar que dentro de três anos a Grécia terá saído da crise.

Quanto ao controverso fundo de privatizações, no valor de 50 mil milhões de euros, Alexis Tsipras afirma que poderia ter sido pior. "Inicialmente, o dinheiro obtido com as privatizações seria todo destinado ao reembolso da dívida [por exigência da chanceler alemã, Angela Merkel]. Agora, metade destinar-se-á a recapitalizar os bancos", declarou. Além disso, não ficará sediado no Luxemburgo, como se exigia, mas sim em Atenas.

Sobre o ex-ministro das Finanças, Yanis Varoufakis – que no dia 6 de Julho foi substituído por Euclid Tsakalotos –, o chefe do Governo helénico admitiu que este tenha cometido erros, mas assumiu a responsabilidade pelos mesmos. "Não posso culpar Yanis Varoufakis pelos erros cometidos. Assumo a responsabilidade, sou o primeiro-ministro", adiantou nesta entrevista à ERT.
 
Ainda sobre o seu ex-ministro, Tsipras sublinhou que "ser um excelente académico não nos torna necessariamente num bom político". E acrescentou que continuam amigos chegados.
 
Relativamente ao tema "Grexit", o primeiro-ministro referiu que a Grécia não está em posição de poder lidar com um regresso ao dracma. "O país não dispõe de reservas cambiais suficientes para regressar a uma moeda nacional", frisou.

Inquirido sobre quando é que os bancos reabrem, o governante admitiu que não sabe, adiantando que isso dependerá de quando houver um acordo. Os bancos irão precisar entre 10 a 15 mil milhões de euros de recapitalização, afirmou. Disse também que o regresso à normalidade no sistema bancário helénico irá decorrer gradualmente, tal como o aumento dos limites aos levantamentos de dinheiro nas ATM (o montante máximo actual, por pessoa, é de 60 euros).
 
Por fim, nesta entrevista de 75 minutos à televisão pública grega ERT, quando questionado sobre a votação do acordo, amanhã no parlamento, e sobre se poderá demitir-se, Tsipras respondeu que "um comandante não abandona o navio durante uma tempestade".
 
Já sobre a possibilidade de um governo de unidade nacional [fala-se que Tsipras poderá partir para uma remodelação governamental depois de na votação da passada sexta-feira, 10 de Julho, só ter conseguido aprovar com a ajuda da oposição o plano de austeridade que apresentou aos credores], disse que é importante "não criar instabilidade" nestes tempos difíceis.
http://visao.sapo.pt/parlamento-grego-aprova-acordo-com-credores=f825748
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O parlamento grego aprovou, na madrugada de hoje, o acordo alcançado na segunda-feira com os líderes da zona euro para permitir o terceiro resgate financeiro do país, que poderá chegar aos 86 mil milhões de euros.
O partido no poder, o Syriza, aprovou o acordo graças ao apoio de forças políticas de oposição. Segundo a televisão estatal da Grécia, 229 deputados votaram a favor do acordo, seis abstiveram-se e 64 manifestaram-se contra.
 
Metade dos votos contra e a totalidade das abstenções vieram do partido que sustenta o governo, o Syriza. Entre os que votaram contra estiveram, nomeadamente, a presidente do parlamento, Zoe Konstantopoulou, o ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, e o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis.
As medidas incluídas no acordo incluem aumentos de impostos e cortes nas pensões de reforma.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras insistiu que não concorda com o essencial do acordo draconiano, mas que a alternativa seria a saída do euro.
Antes da votação, prometeu: "Não vamos recuar na nossa promessa de combater até ao fim pelos direitos dos trabalhadores".
A ilustrar a divisão que o acordo com os credores causou nas fileiras do partido do governo, na quarta-feira mais de metade dos membros do comité central do Syriza pediram que fosse recusado, por o considerarem incompatível com os princípios da esquerda e não resolver os problemas do país.
Uma declaração assinada por 109 dos 200 membros do comité central assinala que o acordo com os credores é "incompatível com as ideias e os princípios de esquerda e sobretudo com o que as classes mais pobres precisam".
Antes da votação, Alexis Tsipras justificou porque defendia o sim ao acordo. "As opções específicas que tinha à minha frente eram: em primeiro lugar, aceitar um acordo com o qual eu discordo, em segundo, a falência desordenada, e tínhamos ainda uma terceira opção, o 'grexit' (saída grega da euro) defendida por Schäuble", disse Tsipras no parlamento grego.
O primeiro-ministro grego salientou que será o "último" a fugir às suas "responsabilidades" e também "o último a facilitar a queda de um governo de esquerda".
Antes da votação, quarta-feira à noite, ocorreram confrontos entre a polícia e manifestantes, momentos antes de começar o debate
Alguns dos manifestantes que protestam contra a aprovação pelo parlamento do acordo com os credores internacionais que imporá mais austeridade atiraram "cocktails molotov" à polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo.
Os manifestantes estão contra um acordo que prevê impopulares reformas para desbloquear o terceiro programa de resgate financeiro da Zona Euro.
Não às privatizações, salvemos os portos, a [companhia de eletricidade nacional] DEI, os hospitais", lia-se numa faixa colocada em frente ao parlamento
Ainda antes da votação, o Syriza aprovou, com o voto favorável de 109 dos 201 membros, uma declaração em que considera o acordo, assinado na manhã de segunda-feira, um golpe dos líderes europeus contra a Grécia
Tsipras cedeu, afirmam, às "ameaças de estrangulamento financeiro imediato" e o previsto terceiro resgate assenta em "termos humilhantes".

Saudações
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 16, 2015, 11:32:35 am
Estas medidas são sem vaselina e beijinhos, é à bruta!
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 16, 2015, 12:50:15 pm
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- Os gasto com a gestão do Estado grego representara, apenas, 11% desse valor (deficit primário + outras necessidades de tesouraria do governo)

- Pagamento das dívidas ao BCE: 32%

- Pagamento das taxas de juros ao BCE: 16%

- Reembolso ao FMI: 3%

- Pagamento do PSI (participações de iniciativa do sector privado): 14%. Esta parcela refere-se ao facto de após uma relativa estabilidade da Grécia, os principais bancos da zona euro terem transferido o problema para o sector privado.

- Recapitalização do sector bancário: 19%

- Compra de dívida: 4%




Resumindo, o Estado grego só beneficiou de todo este dinheiro para relançar a sua economia em cerca de 11%, todo o resto foi para dívida, juros de dívida e recapitalização bancária.


Em contrapartida foi obrigada a cortes na saúde e educação, e outros sectores, e a vender grande parte das suas empresas públicas a preço de saldo.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Julho 16, 2015, 02:30:48 pm
Tantos avisos que foram feitos, quer à Europa mas também aos próprios Gregos... :roll:
http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-07-15/nine-people-who-saw-the-greek-crisis-coming-years-before-everyone-else-did
Citar
Although the problems in Greece didn't begin making big headlines until 2009, a number of economists, politicians and professors spotted cracks in the European currency union as early as the 1990s. Meanwhile, it's interesting to note that the country had a tough time making it into the single currency in the first place. Greece failed to qualify for the euro in 1998 before being granted admission in 2001.
Here are some people who must have had crystal balls.

Wynne Godley
The British economist wrote about his own concerns in a 1992 article for the London Review of Books:
What happens if a whole country—a potential ‘region’ in a fully integrated community—suffers a structural setback? So long as it is a sovereign state, it can devalue its currency. It can then trade successfully at full employment provided its people accept the necessary cut in their real incomes. With an economic and monetary union, this recourse is obviously barred, and its prospect is grave indeed unless federal budgeting arrangements are made which fulfil a redistributive role. ... If a country or region has no power to devalue, and if it is not the beneficiary of a system of fiscal equalisation, then there is nothing to stop it suffering a process of cumulative and terminal decline leading, in the end, to emigration as the only alternative to poverty or starvation.

Arnulf Baring
The German political scientist offered dire predictions in his 1997 book Scheitert Deutschland? Here's an English translation:
They will say that we are subsidizing scroungers, lounging in cafés on the Mediterranean beaches. Monetary union, in the end, will result in a gigantic blackmailing operation. When we Germans demand monetary discipline, other countries will blame their financial woes on that same discipline, and by extension, on us. More, they will perceive us as a kind of economic policeman. We risk once again becoming the most hated in Europe.

Mathew Forstater
In an article for the Eastern Economic Journal, published in 1999, the economist discussed his concerns for the future of the euro currency:
Under the EMU, if investors are at all hesitant about any one member’s debt, they can buy another member’s debt without incurring currency risk, since there is no exchange rate variability among the currencies of member countries. Because member nations now are dependent on investors for funding their expenditure, failure to attract investors results in an inability to spend. Furthermore, should a member’s revenues fail to keep pace with expenditures due to an economic slowdown, investors will likely demand a budget that is balanced, most likely through spending cuts. In other words, market forces can demand pro-cyclical fiscal policy during a recession, compounding recessionary influences. … Even if there were no imposed limits on countries’ deficits and national debts, the structure of the EMU makes it nearly impossible for a country to enact a counter-cyclical fiscal policy even if there were the political will. This is because, by giving up their national monetary sovereignty, countries are no longer able to conduct coordinated fiscal and monetary policy, essential for a comprehensive and effective remedy to periodic demand crises. Why would countries voluntarily sacrifice the ability to conduct a coordinated macroeconomic policy, especially at a time when official unemployment rates are in double digits and there are clear deflationary pressures?

Milton Friedman
In a keynote address with the Bank of Canada in 2000, the Nobel laureate offered some cautious words when asked about the future of the euro.
I think the euro is in its honeymoon phase. I hope it succeeds, but I have very low expectations for it. I think that differences are going to accumulate among the various countries and that non-synchronous shocks are going to affect them.
Costas Simitis
In December, 2008, the former Greek Prime Minister mentioned the country's economic data in a speech to the country's parliament. It later emerged that Greece had flattered its debt profile through a series of deals.
"... Creditors are aware that statistical data presented by the Greek government have nothing to do with reality ... [Euro area member states believe that] Greece should be forced to apply to the International Monetary Fund for lending, so that the monitoring of the Greek economy becomes a responsibility of the fund, and not the European Commission'."

Stephanie Bell Kelton
In an essay published in 2002, Kelton maintained that "prospects for stabilization in the eurozone appear grim."
Countries that wish to compete for benchmark status, or to improve the terms on which they borrow, will have an incentive to reduce fiscal deficits or strive for budget surpluses. In countries where this becomes the overriding policy objective, we should not be surprised to find relatively little attention paid to the stabilization of output and employment. In contrast, countries that attempt to eschew the principles of “sound” finance may find that they are unable to run large, counter-cyclical deficits, as lenders refuse to provide sufficient credit on desirable terms. Until something is done to enable member states to avert these financial constraints (e.g. political union and the establishment of a federal [EU] budget or the establishment of a new lending institution, designed to aid member states in pursuing a broad set of policy objectives), the prospects for stabilization in the Eurozone appear grim.
Margaret Thatcher
According to her autobiography, back in 1990 the former Prime Minister of the United Kingdom warned that the single currency could not accommodate stronger and weaker economies. Here she is describing arguments with John Major about the topic:
We had arguments which might persuade both the Germans — who would be worried about the weakening of anti-inflation policies — and the poorer countries — who must be told that they would not be bailed out of the consequences of a single currency, which would therefore devastate their inefficient economies.

Warren Mosler
As early as 2001, this economist anticipated flaws in the euro zone because its political structure does not allow individual member nations to manage a financial crisis due to the currency union.
History and logic dictate that the credit sensitive euro-12 national governments and banking system will be tested. The market’s arrows will inflict an initially narrow liquidity crisis, which will immediately infect and rapidly arrest the entire euro payments system. Only the inevitable, currently prohibited, direct intervention of the ECB will be capable of performing the resurrection, and from the ashes of that fallen flaming star an immortal sovereign currency will no doubt emerge.
L. Randall Wray
This economist was critical of the structure of the euro zone in his 1998 book, Understanding Modern Money.
Under the EMU, monetary policy is supposed to be divorced from fiscal policy, with a great degree of monetary policy independence in order to focus on the primary objective of price stability. Fiscal policy, in turn will be tightly constrained by criteria which dictate maximum deficit-to-GDP and debt-to-deficit ratios. Most importantly, as Goodhart recognizes, this will be the world’s first modern experiment on a wide scale that would attempt to break the link between a government and its currency. ... As currently designed, the EMU will have a central bank (the ECB) but it will not have any fiscal branch. This would be much like a US which operated with a Fed, but with only individual state treasuries. It will be as if each EMU member country were to attempt to operate fiscal policy in a foreign currency; deficit spending will require borrowing in that foreign currency according to the dictates of private markets.
It remains to be seen whether the most recent deal agreed between Greece and its creditors can paper over the cracks.

Saudações
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: olisipo em Julho 21, 2015, 07:32:38 pm
O Prémio Nobel da Economia Paul Kruger diz que talvez haja sobrestimado a competência do Governo grego

http://www.noticiasaominuto.com/economi ... do-governo (http://www.noticiasaominuto.com/economia/423705/krugman-diz-que-talveztenha-sobrestimado-a-competencia-do-governo)
Citar
(...) Krugman, que se destacou como um dos mais virulentos críticos das medidas de austeridade impostas a Atenas, reconheceu haber sobrestimado a competência do Governo grego (...)

 "Nem calculei que pudessem tomar uma posição sem têr um plano de urgência", caso não obtivessem a ajuda financeira que solicitavam, prosseguiu, ao referirse a um "choque".

 Em cualquer caso, há poucas esperanças, considerou. "As novas condições são ainda peores, mas aas condições que lhes propunham tambem não iriam funcionar" (...)

 :arrow: Video de Paul Krugman na CNN

http://cnnpressroom.blogs.cnn.com/2015/ ... government (http://cnnpressroom.blogs.cnn.com/2015/07/19/paul-krugman-i-may-have-overestimated-the-competence-of-the-greek-government)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 25, 2015, 02:56:08 pm
Financial Times revela plano secreto do Syriza para regressar ao dracma
12:21  Mariana Adam  


O Financial Times revelou na sexta-feira à noite, na edição on-line, a existência de um plano montado por elementos mais à esquerda do Syriza para a saída da Grécia da zona euro e o regresso ao dracma.

De acordo com o jornal britânico, o plano incluía a detenção do presidente do Banco Central da Grécia, o controle dos cofres da casa da moeda para pagar salários do sector público e as pensões, além de combustível e alimentos, enquanto Atenas se preparava para abandonar o euro e lançar um novo dracma e um pedido de ajuda à Rússia.

O grupo era liderado pelo então ministro da Energia e foi delineado a 14 de Julho, o dia seguinte ao primeiro-ministro Alexis Tsipras ter assinado o acordo com os credores para o terceiro resgate.

O Financial Times contactou o ex-ministro - que este ano visitou três vezes Moscovo, a pedido de Tsypras -, mas este recusou-se a fazer qualquer comentário.

O jornal acrescenta que o pedido de ajuda à Rússia, um dos eixos deste plano, consistia em fechar um novo projeto de gasoduto, com o qual a Grécia esperava receber pelo menos 5 mil milhões de euros adiantados de taxas de transporte do gás.

http://economico.sapo.pt/noticias/finan ... 24740.html (http://economico.sapo.pt/noticias/financial-times-revela-plano-secreto-do-syriza-para-regressar-ao-dracma_224740.html)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 11, 2015, 01:07:06 am
Alemanha lucrou mais de 100 mil milhões de euros com a crise grega


Um estudo do instituto Leibniz, sem fins lucrativos, considerou que aquele valor representa a poupança garantida pela Alemanha através de baixas taxas de juro sobre as suas obrigações.

A Alemanha "beneficiou claramente com a crise grega", em mais de 100 mil milhões de euros, segundo um estudo divulgado hoje pelo Instituto de Investigação Económica Leibniz, da Universidade de Munique, citado pela agência France Press (AFP).

O instituto alemão, sem fins lucrativos, considerou que aquele valor representa a poupança garantida pela Alemanha através de baixas taxas de juro sobre as suas obrigações, resultantes da atração da sua economia sobre investidores assustados com a instabilidade grega.

Quando os investidores enfrentam dificuldades, procuram tipicamente um mercado seguro para o seu dinheiro, e a sólida economia alemã "beneficiou desproporcionalmente" desse facto durante a crise da dívida na Grécia, lê-se no estudo, acrescentando que as poupanças "excedem os custos da crise, mesmo se a Grécia não pagasse todas as suas dívidas".

"Nos anos recentes, cada vez que os mercados financeiros souberam de notícias negativas sobre a Grécia, as taxas de juro sobre as obrigações do governo alemão caíram, e cada vez que as notícias foram boas, estas subiram", defende o documento.

A Alemanha exigiu à Grécia disciplina fiscal e duras reformas económicas em troca da ajuda de credores internacionais. O ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, opôs-se a uma reestruturação da dívida grega, apontando para o orçamento equilibrado do seu governo. O instituto, porém, defende que o equilíbrio orçamental alemão só foi possível graças às poupanças em taxas de juro por causa da crise de dívida grega.

Os estimados 100 mil milhões de euros que a Alemanha poupou desde 2010 constituíram cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Outros países como os Estados Unidos, a França e a Holanda também beneficiaram, mas "a um nível muito mais reduzido".

O dinheiro investido pela Alemanha em pacotes de resgate internacionais chegou a cerca de 90 mil milhões de euros.

Mas segundo o instituto alemão, "mesmo que a Grécia não devolva nem um cêntimo, a bolsa pública alemã beneficiou financeiramente da crise".


Lusa
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: P44 em Agosto 11, 2015, 04:11:47 pm
Internacional
O que a Alemanha ganhou com a crise grega: €100 mil milhões


“Sempre que houve más notícias sobre a Grécia, as taxas de juro sobre as obrigações do governo alemão caíram. Quando as notícias eram boas, as taxas subiram”


Mesmo que a Grécia não devolva nem um cêntimo, a bolsa pública alemã beneficiou financeiramente da crise.” Segundo um estudo divulgado esta segunda-feira pelo Instituto de Investigação Económica Leibniz, a Alemanha já ganhou 100 mil milhões de euros.

A instabilidade que a crise provocou na Grécia deixou os investidores assustados, que procuram mercados seguros e estáveis para investir. Na Europa, a solução mais segura e estável era o mercado alemão, que se tornou (ainda) mais atrativo para aqueles que querem investir. Foi precisamente derivado desta “corrida” para o mercado germânico que o país conseguiu os 100 mil milhões de euros em poupança garantida, nos últimos cinco anos, através de baixas taxas de juro sobre as suas obrigações.

“Sempre que houve más notícias sobre a Grécia, as taxas de juro sobre as obrigações do governo alemão caíram. Quando as notícias eram boas, as taxas subiram”, avança o estudo. Por exemplo, eventos como a eleição do Syriza - a 25 de janeiro - resultaram numa descida das taxas de juro sobre as obrigações do governo alemão. Por outro lado, notícias como o “sim” do Parlamento grego aos pacotes de medidas de austeridade impostos por Bruxelas - aprovados a 15 e a 22 de julho - culminaram numa subida das taxas.

O estudo conclui então que a economia alemã “beneficiou desproporcionalmente” dessa situação e as poupanças “excedem os custos da crise, mesmo se a Grécia não pagasse todas as suas dívidas”.

A Alemanha exigiu à Grécia disciplina fiscal e duras reformas económicas em troca da ajuda de credores internacionais. O ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, opôs-se a uma reestruturação da dívida grega, apontando para o orçamento equilibrado do seu governo.

O instituto, porém, defende que o equilíbrio orçamental alemão só foi possível graças às poupanças em taxas de juro por causa da crise de dívida grega. Os estimados 100 mil milhões de euros que a Alemanha poupou desde 2010 constituíram cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Segundo o mesmo documento, em pacotes de resgate a Alemanha investiu - maioritariamente através do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - não mais de 90 mil milhões de euros. Mesmo assim, caso a Grécia não pague nada, a Alemanha já “beneficiou claramente com a crise”.

Mas a Alemanha não foi a única. Outros países como os Estados Unidos, a França e a Holanda também beneficiaram, mas “a um nível muito mais reduzido”.

http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... il-milhoes (http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-08-10-O-que-a-Alemanha-ganhou-com-a-crise-grega-100-mil-milhoes)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: olisipo em Agosto 12, 2015, 09:38:46 am

China desvalorisa divisa pelo segundo dia consecutivo

http://pt.euronews.com/2015/08/12/china ... nsecutivo/ (http://pt.euronews.com/2015/08/12/china-desvalorisa-divisa-pelo-segundo-dia-consecutivo/)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 12, 2015, 12:10:25 pm
Citação de: "olisipo"

China desvalorisa divisa pelo segundo dia consecutivo

http://pt.euronews.com/2015/08/12/china ... nsecutivo/ (http://pt.euronews.com/2015/08/12/china-desvalorisa-divisa-pelo-segundo-dia-consecutivo/)

OMG!
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: olisipo em Agosto 18, 2015, 11:15:14 pm
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: olisipo em Agosto 19, 2015, 09:29:39 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F310279%2F606x340_310279.jpg%3F1439979633&hash=3d3726625169814e626053ad9a7101fb)

Where does the Greek debt comes from? Part 1/3: the Greek source

http://www.euronews.com/2015/08/19/wher ... ek-source/ (http://www.euronews.com/2015/08/19/where-does-greeces-debt-come-from-part-1-the-greek-source/)

Part 2/3: European roots

http://www.euronews.com/2015/08/19/wher ... ean-roots/ (http://www.euronews.com/2015/08/19/where-does-the-greek-debt-come-from-part-two-european-roots/)

Part 3/3: the crisis of 2008

http://www.euronews.com/2015/08/19/wher ... s-of-2008/ (http://www.euronews.com/2015/08/19/where-does-the-greek-debt-come-part-three-from-the-crisis-of-2008/)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: olisipo em Agosto 24, 2015, 11:22:29 am

Segunda-feira negra. Terremoto nas bolsas de todo o mundo.
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 24, 2015, 02:27:11 pm
Longe dos holofotes dos mercados, a Finlândia vive uma crise profunda


Em 2011, os portugueses tiveram oportunidade de assistir a um vídeo da Finlândia - em resposta a outro que Portugal já tinha feito -, em que os finlandeses diziam que iam abster-se de gozar com a situação da economia nacional, embora pudessem fazê-lo. Em boa hora não o fizeram. Quatro anos depois, a economia nórdica mergulhou numa crise estrutural sem fim à vista e não está em posição de gozar com ninguém.

A crise de dívida e o consequente caminho da austeridade atiraram a zona euro para uma crise que teve o pico nos dois anos de recessão de 2012 e 2013. Os holofotes estiveram sempre virados para os países gastadores do sul da Europa, obrigados a resgates da ‘troika' e grandes responsáveis pela frágil situação da moeda única. Mas, durante esse período, sem que se olhasse muito para lá, houve outros Estados-membro mais a Norte que também começaram a enfrentar dificuldades. A Finlândia foi um deles e é também o mais problemático, devido ao carácter estrutural da crise.

A zona euro já começou a recuperar e até os países resgatados começam a ver a luz ao fundo do túnel. A economia finlandesa, pelo contrário, foi das poucas da moeda única ainda em recessão em 2014 e, em 2015, prepara-se para o quarto ano consecutivo de quebras no PIB.

Depois da queda de 0,4% no ano passado, o governo finlandês previa que a economia crescesse uns tímidos 0,3% este ano. Mas já lá vão seis meses e o PIB continua a cair: depois dos -0,2% do primeiro trimestre, a estimativa para o segundo aponta para -0,4%, um mau sinal para o que falta do ano. "As perspectivas não são boas. Os números do segundo trimestre são ainda uma estimativa rápida que pode exagerar um pouco a queda. Mas, mesmo assim, não espero uma mudança rápida de direcção na economia. Este ano será, provavelmente, o quarto consecutivo de recessão", diz Pasi Sorjonen, economista-chefe do Nordea, o maior banco da região nórdica.

O desemprego na Finlândia ainda está longe do recorde de 25% de Espanha e Grécia, mas ficou próximo de 9% no ano passado e continuou a subir nos primeiros seis meses de 2015. "Fomos atingidos por vários choques ao mesmo tempo. Há poucos países na Europa - se é que há algum - que tenham sofrido os mesmos choques", considera Erkki Liikanen, o governador do banco central do país, numa conversa com o Financial Times.

Os afundamentos da Nokia e da indústria florestal, os dois maiores motores da economia, agravaram ainda mais os problemas no mercado de trabalho. O ministro das Finanças, Alexander Stubb, fala numa "década perdida" e economistas da região prevêem início de depressão mais grave do que aquela que o país viveu na década de 90.

"Começou com uma combinação da crise financeira de 2008 e da crise europeia, agravadas pelos problemas da Nokia e da floresta", afirma Sorjonen. "Depois do colapso da Nokia, a economia já não é o que era. O PIB tem estado permanentemente a um nível mais baixo e o potencial de crescimento é muito inferior", acrescenta, sublinhando que a crise "não é uma questão de ciclo económico, é mesmo estrutural e a recuperação só chegará com reformas estruturais".  As consequências políticas estão à vista: muitos finlandeses culpam o euro do declínio do país e, nas eleições de Abril, o partido anti-europeu "Finlandeses" foi o segundo mais votado e acabou por ir parar ao actual governo de coligação.

As agências de ‘rating' também começam a reconhecer o problema e, este ano, a Standard & Poor's tornou-se a primeira a retirar a notação máxima de ‘AAA' à Finlândia. Até porque os problemas económicos começam a ter impacto nas contas públicas: o défice passou o limite de 3% do PIB no ano passado e este ano deverá ficar em 3,3%, colocando Helsínquia sobre os Procedimentos por Défices Excessivos da Comissão Europeia. "A despesa está construída sobre uma economia que já não existe. A nossa capacidade de cobrar impostos enfraqueceu e não consegue contrabalançar a elevada despesa pública", admite o economista-chefe do Nordea.

A dívida pública também deve este ano romper o limite de Bruxelas, mas mantém-se próxima dos 60% do PIB. Noutra economia, poderia significar o recurso a estímulos. Na Finlândia, fiel defensora da teoria da austeridade alemã, isso é mais difícil. "É preciso cumprir o que se apregoa para os outros", frisa Sorjonen, reconhecendo que o futuro próximo não parece risonho, porque o actual governo está a tentar cortar na despesa - depois do falhanço das subidas de impostos dos últimos anos -, mas os finlandeses estão a rejeitar o medicamento que, nos últimos anos, defenderam para o Sul da Europa.


Económico
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: olisipo em Setembro 19, 2015, 11:12:34 am

O "dia negro" da Finlândia

Citar
(...) The weakest economy in the eurozone this year might not prove to be Greece or Portugal, but Finland. The Nordic country is entering its fourth year of recession (...)

 :arrow:   Finland after the boom: "Not as bad as Greece, yet, but it's only a matter of time"

http://www.theguardian.com/world/2015/a ... mber-nokia (http://www.theguardian.com/world/2015/apr/15/finland-boom-election-recession-oulu-miracle-timber-nokia)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lightning em Novembro 30, 2015, 07:17:44 pm

Ouro já desvalorizou 7,5% em novembro
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: mafets em Fevereiro 15, 2016, 03:40:50 pm
https://www.facebook.com/profile.php?id=100002106016866 (https://www.facebook.com/profile.php?id=100002106016866)
Citar
DEUTSCHE BANK

A exposição do Deutsche Bank no mercado de derivados é 20 vezes maior que o PIB da Alemanha e 5,7 vezes maior que o PIB total da Zona Euro. O maior banco de investimento alemão é um dos muitos que andam há muitos anos a arriscar em fundos especulativos gigantescos no grande casino global. O Deutsche Bank e outros sobreviveram ligados à máquina nos últimos anos anos graças às políticas de austeridade, abençoadas na UE pela Alemanha e países satélites da geringonça financeira do €. Só nos últimos anos, biliões de euros foram transferidos directamente do bolso dos contribuintes para os grandes bancos. São conhecidos os resultados polítcos, económicos e sociais dessas políticas de salvamento dos grandes bancos, ditas de saneamento de finanças públicas.
Curiosidades... ou que o por aí vem e nada tem a ver com o Costa e o Passos.. ::) :o
(https://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xlp1/v/t1.0-9/12743930_546054718888912_4071010549576567646_n.jpg?oh=48ee2c3394826e75a61bc65d95fe7041&oe=5732BE5F)

Saudações
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 28, 2016, 11:16:33 pm
Warren Buffett Is the Latest Billionaire To Jump Ship From The Markets

Right now the market is perceived to be so dangerous that it’s even chased the most fearless value investors to the sidelines.

Just this evening, in the Presidential debate, Trump warned that the stock market was a bubble “about to pop”.

Now, the bearish billionaire circle has grown even wider with the addition of Warren Buffett.

The “Oracle of Omaha” as he’s known, currently has more money outside the markets than ever before in his five decades running Berkshire-Hathaway.

(https://dollarvigilante.com/wp-content/uploads/2016/09/buffetscashholdings.jpg)

This is a striking fact considering that Buffett is very well known for his long-term investment strategy – an approach that requires one to constantly have most of their capital tied up in order to generate consistent returns.

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That’s right, as the S&P 500 is near record highs, Warren Buffet is more out of the market than he has ever been and waiting for a collapse.

That the 86 year old has so much dry powder, shows his anticipation of a massive market crisis and quite possibly the biggest buying opportunity of his life. Just like us, Buffet is ready to survive and prosper through this calamity.

And with asset prices at all time highs and CNBC and Fox business puppets still perpetuating the great recovery myth, you might expect all these smart money billionaires to be piling into stocks to ride the upside. Instead they obviously know the “goldilocks” recovery holds true to its name’s fairytale origin.

They say “follow the smart money”… and Buffett is known as one of the smartest!

And even more multi-billion dollar fund managers are coming out and warning.

Tad Rivelle, the chief investment officer of TCW’s $195 billion investment fund, is yet another outspoken multi-billion dollar fund manager who’s expressed concern about the economy and monetary policy gone awry.

Rivelle mentioned in a Bloomberg interview last week that he thinks it’s “Time to leave the dance floor” because, to paraphrase, corporate debt is piling up faster than income is increasing.

In a note to investors Rivelle argued, “Face it: the central banking Emperors have no clothes.” he continued:

“…The Fed could continue to use its printing press to falsify capital market signals, but to what end? When a central bank buys an asset with an electronically printed dollar, a “something for nothing” trade has taken place. Unless everything we understand about economics is plain wrong, the Fed cannot go on blithely adding printing press dollars to the system and expect no ill effects.”

The letter continues:

“Our counsel remains as it has been: avoid those assets that will be broken in the coming de-leveraging while keeping a ‘steady as she goes’ attitude towards the future purchase of those assets that will merely bend when the flood comes.”

He actually called the coming de-leveraging, “the flood”. Even the language of these top money people is biblical in nature.

When we first began ringing the alarm bells about an impending financial crisis last summer, we were nearly the only ones doing it. Then, month after month, some of the biggest names in money and finance have not only climbed aboard our bandwagon, but have practically stampeded past us.

Now, we can barely keep up with the amount of people warning of impending doom.

Last summer we made a call for subscribers that earned 4,500% in just three days by calling the market crash in late August correctly.

And, our Senior Market Analyst, Ed Bugos, has just reissued a very similar play in an alert to Premium subscribers on September 16th.

There is no guarantee we’ll make another 4,500% gain in a short amount of time, of course. But it is virtually the exact same investment play we made last summer which made a fortune.

And, that was before we had the likes of Soros, Trump, Rothschild, Jim Rogers and numerous other billionaires, also feeling the same way as us.

We are now less than a week away from the end of the Jubilee Year and if our call is right, we could again make mind boggling returns in just the next few weeks or months.

And, the best part about this type of an out-of-the-money shot is that you can put a small amount of money into it and possibly make large returns… and if it is wrong, you lose just a small amount of money.

Subscribe to TDV Premium and get immediate access to Ed Bugos’ pick in his alert of September 16th.

If the ship’s going down, and soon, it’ll be much more enjoyable making a massive investment return off of it than going down with everyone else.

Originally Appeared At The Dollar Vigilante


Read more at http://www.maxkeiser.com/2016/09/warren-buffett-is-the-latest-billionaire-to-jump-ship-from-the-markets/#89pIXy5XArHgr1RA.99
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 17, 2017, 03:02:13 pm
A razão da diarreia mental do Erdogan e seu governo:

https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-03-16/turkey-raises-late-liquidity-rate-to-11-75-after-fed-s-move

E depois são os Holandeses e a UE...
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: perdadetempo em Junho 08, 2017, 03:23:01 pm
Banco Popular comprado por um euro...

Será que isto irá significar o fim dos milhares de milhões de euros gastos pelos contribuintes para safar bancos?

Citar
   

El Banco Santander ha comprado el Banco Popular al Mecanismo Único de Resolución europeo (MUR) por un euro ante el riesgo de que hoy mismo no tuviera liquidez suficiente para atender a sus clientes. Esta mañana, la Junta Única de Resolución europea (SRB por sus siglas en inglés), perteneciente al MUR, hizo pública la decisión. La drástica medida, nunca antes tomada en Europa, se ha acelerado por los problemas de liquidez del Popular ya que estaba prevista para realizar el próximo viernes con los mercados cerrados....(continua)

http://economia.elpais.com/economia/2017/06/07/actualidad/1496815101_806944.html (http://economia.elpais.com/economia/2017/06/07/actualidad/1496815101_806944.html)

Também aqui
https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-06-08/mission-impossible-saving-banco-popular-too-much-for-saracho (https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-06-08/mission-impossible-saving-banco-popular-too-much-for-saracho)

Cumprimentos,
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Viajante em Junho 08, 2017, 05:01:02 pm
Banco Popular comprado por um euro...

Será que isto irá significar o fim dos milhares de milhões de euros gastos pelos contribuintes para safar bancos?

Citar
   

El Banco Santander ha comprado el Banco Popular al Mecanismo Único de Resolución europeo (MUR) por un euro ante el riesgo de que hoy mismo no tuviera liquidez suficiente para atender a sus clientes. Esta mañana, la Junta Única de Resolución europea (SRB por sus siglas en inglés), perteneciente al MUR, hizo pública la decisión. La drástica medida, nunca antes tomada en Europa, se ha acelerado por los problemas de liquidez del Popular ya que estaba prevista para realizar el próximo viernes con los mercados cerrados....(continua)

http://economia.elpais.com/economia/2017/06/07/actualidad/1496815101_806944.html (http://economia.elpais.com/economia/2017/06/07/actualidad/1496815101_806944.html)

Também aqui
https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-06-08/mission-impossible-saving-banco-popular-too-much-for-saracho (https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-06-08/mission-impossible-saving-banco-popular-too-much-for-saracho)

Cumprimentos,

Era bom que fosse verdade!
O caso do Banco Popular (para além dos 100 mil milhões pedidos por Espanha à UE para salvar os bancos, é preciso não esquecer esse pormenor) é muito peculiar. Para além de "apenas" ter provocado a perda de capital dos accionistas, obrigam o novo comprador a injectar 7 mil milhões de imediato e a assumir "supostamente" todas as responsabilidades! Apesar de todos estarem cientes de que muita gente vai ser despedida e muitas agências vão ser fechadas, quer em Espanha quer em Portugal.

Agora uma coisa engraçada (não tenho dúvidas que o BCE obrigou a venda imediata ou a fechar portas), é que parece que o único banco elegível e com permissão de efectuar compras quer em Portugal quer é Espanha é o Santander! Os outros estão todos falidos, pergunto eu? (não tenho grandes dúvidas que estão praticamente todos pelas ruas da amargura, com excepção do BPI/La Caixa).

Parece que o BCE está apostado em que o Santander compre os outros bancos todos nos 2 países! O Montepio Geral estará a acontecer algo parecido, mas neste caso parece que estão a pedir/obrigar a Santa Casa a entrar no capital do banco!!!!!!!

De qualquer forma acho que neste caso, quer o governo espanhol quer o BCE já estão escaldados com o que se passou noutras paragens.............. e decidiram resolver tudo muito rapidamente, para evitar que sobre alguma coisa para os contribuintes pagarem. Mesmo assim tenho dificuldade em acreditar que o Santander aceite pagar 1 euro por um banco e com o acordo de la meter mais 7 mil milhões, sem garantias!!!!!!!

Acredito que em letrinhas muito pequeninas, o Santander tenha uma permissão especial para não pagar impostos durante uns tempos (em Espanha), através da atribuição de benefícios fiscais por perdas potencias!
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: perdadetempo em Junho 09, 2017, 10:21:37 pm
Em Espanha as opiniões dos jornais sobre esta história variam conforme a sua posição, mas de um modo geral o publico não teve uma reacção negativa e até ouve quem nos fóruns escrevesse que se que se os lucros do banco eram privados não existe razão nenhuma para os prejuízos serem públicos.

Claro que a procissão ainda vai no adro e prevêem-se vários anos de processos nos tribunais espanhóis pelos diversos grupos que se escaldaram com esta história.  O que eu não estou a ver é manifestações à porta do Popular ou do Santader, que a guardia civil e a polícia espanhola não embarcam nessas mariquices.

Cumprimentos,
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Viajante em Julho 24, 2017, 04:24:49 pm
Tsipras: “Cometi erros, grandes erros”

O primeiro-ministro grego critica o seu ex-ministro das Finanças, Varoufakis, dizendo que o seu plano para sair do euro era "fraco e ineficaz". "Sair da Europa e ir para onde... para outra galáxia?"


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg.obsnocookie.com%2Fs%3Dw800%2Cpd1%2Fo%3D80%2Fhttp%3A%2F%2Fs3cdn.observador.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2017%2F01%2F30080250%2F20581546_770x433_acf_cropped.jpg&hash=08a64796ed52eb59e2e918a750623f32)

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, assume — em entrevista esta segunda-feira ao The Guardian — que na sua governação cometeu “grandes erros“. Tsipras critica ainda o seu antigo ministro das Finanças, Yannis Varoufakis, dizendo que este “está a tentar reescrever a História”, e deixa o aviso: “Talvez chegue o momento em que certas verdades serão ditas (…) quando chegarmos ao ponto de analisar o que ele apresentou como plano B, que era tão vago que nem valia a pena discutir. Era simplesmente fraco e ineficaz.”

O chefe do Governo grego desmistificou ainda a ideia de que Varoufakis — que foi ministro durante menos de seis meses, demitindo-se a 6 de julho de 2015 — seja um grande opositor do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble. Afinal, diz Tsipras, Varoufakis admirava o homólogo alemão. “Eu acho que [Schäuble] é o alterego dele. Ele adora-o. Ele respeitava-o e ainda respeita muito”.

Alexis Tsipras diz ainda, na mesma entrevista, que a saída do euro e, por arrasto, da União Europeia, nunca esteve em cima da mesa. Nem nos momentos mais difíceis. E questiona: “Sair da Europa e ir para onde … para outra galáxia?” Tsipras lembra ainda que “a Grécia faz parte da Europa”: Sem ela, como seria a Europa? Perderia uma parte importante de sua História e do seu património “.

O primeiro-ministro grego destaca que “a economia está a crescer”: “Lentamente, lentamente. Mas o que ninguém acreditava que poderia acontecer, vai acontecer. Vamos tirar o país da crise (…) e é isso que, no final, será julgado [pelos gregos]”

A prioridade de Tsipras é recuperar a soberania económica, daí que aponte que o “grande avanço” para o país “ocorrerá em agosto de 2018, quando, após oito anos, a Grécia sair do programa de assistência e da supervisão internacional”.

O primeiro-ministro grego, do partido da esquerda radical Syriza, já está há dois anos e meio a chefiar os destinos do país. Nos oito anos desde que começou a crise, ninguém aguentou tanto tempo. Tsipras assume que, quando chegou ao Governo, “não tinha experiência, nem noção de quão grandes seriam as dificuldades no dia-a-dia”. Por isso, assume: “Cometi erros, grandes erros”. Em quê? Por exemplo, “na escolha de pessoas para lugares-chave“. Parecia, também aqui, uma farpa dirigida a Varoufakis. Mas questionado, pelo jornalista do The Guardian, sera uma referência ao antigo governante do seu executivo, Tsipras respondeu que não.

Tsipras sabe que, para cumprir o programa de assistência internacional, não conseguiu aplicar o programa eleitoral que submeteu a votos perante o povo grego — foi o caminho para “sobreviver”, explica. Mas, mesmo assim, está tranquilo: “Se for à rua e perguntar sobre o governo, muitos podem dizer ‘mentirosos’, mas ninguém vai dizer que somos corruptos ou desonrosos ou que colocámos a mão no pote de mel“.

Se Tsipras cumprir o mandato até ao fim, as próximas eleições na Grécia são em meados de 2019.

http://observador.pt/2017/07/24/tsipras-cometi-erros-grandes-erros/

As voltas que o mundo dá! Tsipras que era da extrema-esquerda à 2 anos e meio, que ía virar a Europa do avesso...... tornou-se num moderado de centro-esquerda :)
Para bem dele e da Grécia (e da Europa) e também porque mudou muita coisa desde o Brexit.
Como ele já percebeu e muito bem (já bateu à porta de Putin, à porta chinesa....... mas ninguém dá dinheiro a ninguém a troco de nada!) e ele muito bem afirma, saír da UE e do Euro para onde? Para outra galáxia?!
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: perdadetempo em Setembro 21, 2017, 01:25:32 pm
Não será uma crise financeira mundial, mas de certeza que já provocou crises financeiras a muita boa gente que investiu nestes veículos sem saber onde se estava a meter, e como o Ronaldo e os clubes de futebol são patrocinados por estes CFD...

https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-09-21/ronaldo-touts-500-1-leverage-derivatives-that-regulators-loathe (https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-09-21/ronaldo-touts-500-1-leverage-derivatives-that-regulators-loathe)

Definição de CFD
http://www.forexpro.pt/cfd-o-que-sao (http://www.forexpro.pt/cfd-o-que-sao)

nota: Segundo os nossos vizinhos quem investe nestes fundos perde dinheiro 83% das vezes.

Cumprimentos,
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Viajante em Setembro 21, 2017, 03:26:02 pm
Não será uma crise financeira mundial, mas de certeza que já provocou crises financeiras a muita boa gente que investiu nestes veículos sem saber onde se estava a meter, e como o Ronaldo e os clubes de futebol são patrocinados por estes CFD...

https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-09-21/ronaldo-touts-500-1-leverage-derivatives-that-regulators-loathe (https://www.bloomberg.com/news/articles/2017-09-21/ronaldo-touts-500-1-leverage-derivatives-that-regulators-loathe)

Definição de CFD
http://www.forexpro.pt/cfd-o-que-sao (http://www.forexpro.pt/cfd-o-que-sao)

nota: Segundo os nossos vizinhos quem investe nestes fundos perde dinheiro 83% das vezes.

Cumprimentos,

Já levou muitos gestores e investidores ao suicídio! Devido a uma aposta em derivados sem perceberem muito bem a magnitude das perdas potenciais dos derivados.
Lembro-me bem do milionário alemão Adolf Merckle, que chegou a ter uma fortuna de quase 13 mil milhões de dólares e perdeu vários milhares de milhões em apenas 2 dias, quando apostou na queda das acções da VW! O rombo que levou, empurrou-o para o desespero!

Ou o Kerviel, corrector do Société Générale, que provocou um buraco no banco de cerca de 5 mil milhões de euros. Também apostava em produtos derivados..... exóticos. Quando as perdas começaram a aparecer, ele apostava cada vez mais dinheiro e "enganava" os chefes dele, com informação falsa...... quando o caso rebentou, ele tinha utilizado 50 mil milhões do banco!!!!!!!! E quando fecharam o circuito financeiro de todas as posições abertas, ficaram com um buraco de 5 mil milhões!!!!!

O Ronaldo, se tem bons conselheiros, que invista o dinheiro dele, mas quem não domina os mercados, é melhor estar quieto! As perdas potenciais são astronómicas, mesmo para quem investe "só" 1.000€.....
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Viajante em Agosto 07, 2018, 03:30:43 pm
Turquia poderá pedir resgate ao FMI para suster inflação e colapso da lira turca

Em 2018, a lira turca já caiu 28% em relação ao dólar americano. Inflação de cerca de 16% poderá levar a Turquia a pedir um resgate ao Fundo Monetário Internacional.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.jornaleconomico.sapo.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F09%2FTURQUIA_ERDOGAN_Kayhan-Ozer_Presidential-Palace_Handout.jpg&hash=3a4f6d27b18ba0188d4f54377cfa0bf6)

Com a inflação a cerca de 16% e a lira turca a bater em mínimos históricos, a Turquia estará a ponderar um pedido de resgate ao Fundo Monetário Internacional (FMI), de forma a deter uma queda que está a desestabilizar as finanças do país.

“Não há agosto tranquilo nos mercados. Se em outros anos a China e as desvalorizações do yuan foram protagonistas no Verão, este ano é a Turquia e a lira que estão a converter-se em fator a vigiar pelos investidores de meio mundo”, salienta o jornal “El Economista”.

Enquanto o dólar americano se fortalece, as moedas de países emergentes apresentam desequilíbrios, como se verificou na Argentina que pediu oficialmente a ajuda do FMI, em maio, para suster a desvalorização do peso e a fuga de capitais que assolava o país. Agora poderá ser a vez da Turquia seguir o mesmo caminho, segundo noticia a Bloomberg.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/turquia-podera-pedir-resgate-ao-fmi-para-suster-inflacao-e-colapso-da-lira-turca-342302
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: jpthiran em Agosto 07, 2018, 04:39:41 pm
...lol...
...se calhar é melhor pedir o dinheiro ao seu amigo Putin!...
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Viajante em Agosto 07, 2018, 08:53:07 pm
...lol...
...se calhar é melhor pedir o dinheiro ao seu amigo Putin!...

A Rússia quando digerir os mais de 50 mil milhões de dólares dos Jogos Olímpicos e os 20 mil milhões de euros do Mundial, talvez sobre uns tostões para "salvar" o ditador da Turquia e em simultâneo apunhalar a NATO (por causa do apoio americano aos Curdos e tentativa de reunificação do Chipre, para além do golpe de estado), mas até lá!!!!!!
Entretanto o Egipto também está a negociar com o FMI, parece que logo a seguir à deposição de Mubarak, voaram 20 mil milhões de dólares das reservas do país (de 36 passaram para 15,5 mil milhões de dólares: https://www.middleeastobserver.org/2018/08/06/column-why-president-morsi-rejected-imf-conditions/)
Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 09, 2018, 06:05:20 pm
Dez anos depois do início da crise financeira internacional


Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 14, 2018, 01:05:41 pm
15 de setembro: O Lehman Brothers faliu há dez anos


Título: Re: Crise Financeira Mundial
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 14, 2018, 05:27:52 pm
Lehman Brothers: OCDE faz mea culpa