Conquista-lo, subjuga-lo ao jugo espanhol, esse tipo de coisas...
Há que estabelecer diferenças entre as análises militares ou tácticas baseadas na história, e as questões de "futurologia política".
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A questão apontada neste texto publicado num site espanhol, é engraçada, e relativamente a Portugal, incorrecta.
A principal correcção no entanto, prende-se curiosamente com a Galiza.
A Galiza nunca se tornaria independente, junto com a Catalunha e Valencia, ou o País Basco.
No entanto existem razões para quem escreveu, escrever o texto.
Portugal não se "toma" com armas, nem com controlo económico.
Para "tomar" Portugal é preciso tomar as consciências das pessoas, e estamos perante um processo, que tem em vista "domar" os portugueses e dourar a pilula do iberismo.
Lembrem-se que quando forem apresentadas as propostas, vai ser para doer, e para levar os portugueses a pensar duas vezes.
Lembro-vos por exemplo das teses iberistas do fim do século XIX. Essas teses previam a criação de um Reino Ibérico, com capital em Lisboa e com a Casa de Bragança como familia reinante.
Dentro de alguns anos teremos noticias frescas. Se ganhar as eleições, Mario Soares, vai ficar calado. Se não ganhar, falará cada vez mais insistentemente em defesa das suas teses da República Ibérica.
Neste momento, arregimentou para as suas teses, algumas facções do PS, os seus amigos da Maçonaria, o que implica também facções do PSD. Ao seu lado, estará a Izquierda Unida, O Partido Socialista da Catalunha, e a Esquerda Republicana da Catalunha. Não tem apoios em Valência, pelo menos por enquanto, nem em Aragão, mas obterá apoios na Extremadura, e alguns na Andaluzia. O engraçado é que também não os tem na Galiza.
O braço da Maçonaria é longo, e embora a organização não tenha qualquer função politica, é uma rede de contactos e de pensadores. Aqueles que pensam, para lá dos partidos politicos.
Não nos serve de grande coisa votar, quando uma ideia se torna agradavel aos membros dos principais partidos. Vejam o caso da entrada na União Europeia, ou do referendo ao Tratado Constitucional.
Os espanhóis, os cidadãos, estão na mesma situação. Também pouco podem fazer.
Curiosamente, neste momento, a maior aversão às uniões ibéricas, vem de Espanha. O problema é o de sempre. Uma peninsula ibérica com todos os seus constituintes, reduz os castelhanos a uma minoria. Os castelhanos só aceitarão entrar no jogo, se for possível a Castela continuar a mandar nele.
O autor do texto, brincou demasiado, mas não conseguiu ver o filme.
No entanto não desesperem.
Muita água ainda tem que passar debaixo da ponte, e nem toda nos é contrária.
Cumprimentos