PS: Ó Luso andas a dormir?, apanhaste alguma indigestão agora no Natal?
Bom e velho Pereira (e reles republicano): o regime monarquico não se enquadra dentro da presente cultura portuguesa. Por este motivo é que entendo que argumentar e contra-argumentar é um exercício cansativo e frustrante para mim.
Basta ler os jornais, sair à rua, ver televisão, trabalhar, ver as manifestações artístico-culturais e desportivas e falar com este e com aquele para constatar que o regime republicano é realmente o que a população pede e merece.
O Presidente da República é sem dúvida o seu melhor representante.
Quando a tendência geral vai no sentido do nivelamento por baixo a nível cultural e cívico, não se pode falar de aristocracia, de serviço, sacrífício e superação. Apenas de aparatchiks, logo da República.
Um sistema monárquico legítimo implica que os cidadãos se revejam em certos valores "não compráveis" ou "fashion". Hoje, tudo se compra e vende. E tudo é moda - o povo de hoje sabe muitas modas.
Ao povo actual basta-lhe um merceeiro com o qual se identifique e que saiba contar (se possível) mas sobretudo que lhes conte histórias de encantar e que todos possam entender. E que não lhes lembre da sua própria mediocridade: afinal, o presidente e/ou ministro é um "deles", logo está à sua altura.
Depois, um povo de invejosos vai querer um Rei?
A República é mesmo o sistema mais adquado ao povo actual, logo já não entro em discussões sobre qual o "melhor" sistema. Cada época tem um povo com uma cultura específica, logo tem o sistema que melhor se lhe adequa.
E como não pode trocar de povo, este monárquico resigna-se à evidência.