Corrupção na Marinha

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luis filipe silva

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« Responder #60 em: Outubro 07, 2006, 01:39:55 pm »
Este sim é o PAíS que amo!!!!!

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Militar indiciado por engano
 
 
PGR garante que sargento não foi constituído arguido no processo de corrupção na Marinha

 
Palavras para quê? São artistas portugueses!...

É a estes "competentes" a que me refiro, meus amigos.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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Yosy

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« Responder #61 em: Outubro 07, 2006, 11:55:51 pm »
^^^^

erros imperdoáveis que sujam o bom nome de uma pessoa
 

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Lancero

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« Responder #62 em: Novembro 29, 2006, 08:00:08 pm »
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Indústria/Defesa: Ministério Público faz buscas nos Estaleiros de Viana

Viana do Castelo, 29 Nov (Lusa) - Elementos do Ministério Público fizeram hoje buscas nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), presumivelmente no âmbito da investigação sobre eventual corrupção nos contratos de reequipamento da Marinha.

      Fonte dos Estaleiros disse à Lusa que o objectivo será o "cruzamento" de dados dos negócios que a empresa manteve com empresas que ganharam concursos para o fornecimento de material àquele ramo das Forças Armadas.

      A Lusa tentou obter esclarecimentos da administração dos Estaleiros, da Empordef e do Ministério da Defesa, mas ainda não obteve resposta.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Leonidas

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« Responder #63 em: Novembro 29, 2006, 09:02:44 pm »
Saudações guerreiras

Ora aí está!!! Afinal havia mesmo algo a ser "limado"  com a história das limalhas.  :oops:  

Como diz a minha avózinha: "não há limalha sem metal", ou "não há limalhas sem lima". "Não há caipira sem lima" É à escolha do freguês.

Moral de história: Foi a investigação que produziu residuos que deverão ser limpos.

Desconfio que isto ainda vá atrasar mais a entrada do NPC e restantes NPO ao serviço. Só espero que não.  :roll:

Cumprimentos
 

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TOMKAT

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« Responder #64 em: Novembro 29, 2006, 11:09:47 pm »
O CEMGFA já se pronunciou em conferência de imprensa sobre a "visita" do MP aos estaleiros e foi sintomático no comentário... todos os cidadãos são iguais perante a lei

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Indústria/Defesa: "Todos os cidadãos são iguais perante a lei" - CEMGFA

Lisboa, 29 Nov (Lusa) - O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas disse, hoje, que "todos os cidadãos são iguais perante a lei", referindo-se às buscas feitas aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

"Todos os cidadãos são iguais perante a lei. Se o Ministério Público acha que há irregularidades deve agir", afirmou o almirante Mendes Cabeçadas, durante uma conferência de imprensa em Lisboa, referindo-se às buscas.

Elementos do Ministério Público fizeram hoje buscas nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), presumivelmente no âmbito da investigação sobre eventual corrupção nos contratos de reequipamento da Marinha.

Fonte dos Estaleiros disse à Lusa que o objectivo será o "cruzamento" de dados dos negócios que a empresa manteve com empresas que ganharam concursos para o fornecimento de material àquele ramo das Forças Armadas.

As buscas surgem numa altura em que vários contratos envolvendo a Marinha estão a ser averiguados no âmbito de uma investigação judicial.

Os Estaleiros de Viana, controlados pela Empordef, têm actualmente com a Marinha os seus mais valiosos contratos. Até 2012, vão construir dez navios de patrulha oceânica, encomendados pelo anterior Governo, cinco lanchas de fiscalização costeira e um navio polivalente logístico.

MSE/VCP/PDF.

Lusa/Fim

Assunto principal da conferência de imprensa....

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Defesa:CEMGFA repudia divulgação de carta dirigida a Ministro da Defesa Nacional

Lisboa, 29 Nov (Lusa) - O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Mendes Cabeçadas, repudiou, hoje, a divulgação de uma carta dirigida ao ministro da Defesa Nacional, na qual resume algumas preocupações dos chefes militares.

"Repudio a divulgação do documento", afirmou o almirante numa conferênc ia de imprensa, no Estado-Maior General das Forças Armadas, em Lisboa.

"O memorando a que a Lusa teve acesso foi escrito no âmbito de total confiança e cooperação com o Ministério da Defesa", disse o CEMGFA, sublinhando que a carta visava "mostrar algumas tristezas em relação ao cálculo de pensões de reforma e questões do sistema de saúde".

A carta enviada a 09 de Novembro ao ministro da Defesa Nacional pelo almirante Mendes Cabeçadas, e hoje divulgada pela agência Lusa, resume preocupações manifestadas pelos quatro chefes de Estado-Maior relativamente a medidas restritivas preconizadas para os militares.

No documento, o CEMGFA alerta que a "recente tendência de igualização dos militares a funcionários civis contribuirá necessariamente para que sejam minados os fundamentos éticos dos deveres militares".

O almirante refere-se, nomeadamente, ao novo regime de descontos dos subsistemas de saúde e a não contagem do tempo de serviço para efeitos de progressão nas carreiras e congelamento de todos os suplementos remuneratórios.

"Devo dizer que essas questões foram resolvidas", adiantou o almirante Mendes Cabeças aos jornalistas, salientando que os "problemas têm sido sempre resolvidos".

O CEMGFA afirmou também que os "chefes militares devem lealdade ao Governo, ao Presidente da República e aos militares que comandam", lembrando que o " diálogo entre todos não deve ser feito através da comunicação social".

A divulgação da carta suscitou também reacções dos partidos da oposição , com o PSD, PCP e CDS-PP a considerarem a carta do almirante Mendes Cabeçadas c omo um "alerta ao Governo", acompanhando as críticas à tendência para equiparar os militares aos funcionários públicos. MSE.

Lusa/Fim


De onde terá vindo a fuga de informação, e o porquê da fuga se citando o CEMGFA essas questões foram resolvidas... problemas têm sido sempre resolvidos.

Curioso.
Será que foram mesmo resolvidas todas as questões?
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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ricardonunes

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« Responder #65 em: Dezembro 07, 2006, 02:14:01 pm »
Documentos comprometem vice-almirante reformado

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A Polícia Judiciária fez buscas, na última terça-feira, a escritórios de advogados e a dez empresas, no âmbito das investigações aos negócios de fornecimento de material à Marinha de Guerra e, segundo fontes judiciais, as suspeitas de corrupção alargaram-se a mais dois capitães-de-fragata no activo e a um vice-almirante na reforma.
As buscas, que nos escritórios de advogados foram presididas por um juiz de Instrução Criminal, resultaram na apreensão de documentos que comprometem os três oficiais. Todos foram constituídos arguidos por suspeita de corrupção.


http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=10&p=200

Vamos lá ver se não é mais um engano
Potius mori quam foedari
 

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Lancero

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« Responder #66 em: Julho 17, 2007, 02:38:05 pm »
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2007-07-17 - 00:00:00

Defesa: Investigação da PJ trava nomeação
Oficial detido ia gerir negócios do armamento

O oficial da Marinha que está em prisão preventiva desde 27 de Setembro de 2006, por suspeitas de corrupção para acto ilícito, esteve indigitado para director-geral de Armamento e Equipamentos de Defesa (DGAED), o organismo do Ministério da Defesa responsável pela execução financeira dos contratos de reequipamento das Forças Armadas. Clélio Ferreira Leite acabou por não ser nomeado director da DGAED devido à investigação da Polícia Judiciária (PJ).

Ao que o Correio da Manhã apurou junto de fontes ligadas ao meio militar, a indigitação de Clélio Ferreira Leite, que é da responsabilidade do Chefe de Estado Maior da Armada (CEMA), terá ocorrido antes de Setembro. E ontem o porta-voz da Marinha, comandante Braz de Oliveira, confirmou a indigitação de Clélio Ferreira Leite para o cargo de director- -geral da DGAED: “A ideia era ele render um camarada da Marinha que estava na DGAED”.

Caso tivesse assumido o cargo de director da DGAED, Clélio Ferreira Leite iria ser responsável pelo acompanhamento da execução financeira da Lei de Programação Militar (LPM), que prevê um investimento total de 5,56 milhões de euros. Entre os diversos contratos de reequipamento das Forças Armadas em curso, assume particular destaque a aquisição de dois submarinos ao consórcio alemão German Submarine Consortium (GSC) no valor total de 1070 milhões de euros, com juros incluídos.

Braz de Oliveira garante que Clélio Ferreira Leite, que era responsável pela Divisão de Armamento da Direcção de Navios da Marinha Portuguesa, quando foi detido, “ia gerir outros contratos, e alguns de grande dimensão, mas não ficava com o contrato dos submarinos”. Segundo o porta-voz da Marinha, essa é uma responsabilidade da “Missão de Acompanhamento e Fiscalização dos Submarinos”.

Uma das competências da DGAED é, segundo o decreto-regulamentar n.º 40/97, “supervisionar, executar ou participar na administração de contratos de aquisição e de alienação de armamento, equipamentos e aquisição de serviços de defesa que lhe sejam cometidos”. As verbas destinadas aos encargos com a aquisição de equipamento militar, através da LPM, são fixadas anualmente no Orçamento do Estado.

MEGAOPERAÇÃO POLICIAL

A 27 de Setembro de 2006, uma megaoperação da PJ, constituída por 70 inspectores, nove procuradores do Ministério Público e um juiz de instrução criminal, deteve dois oficiais superiores e um sargento da Marinha, por suspeita de corrupção em contratos celebrados com uma empresa privada para a manutenção dos mísseis que equipam as três fragatas da classe ‘Vasco da Gama’.

No final de 2006, a investigação foi alargada ao Exército: buscas em escritórios de advogados e empresas permitiram apreender documentos que indiciam favorecimento na compra de equipamentos para as 260 viaturas blindadas adquiridas aos austríacos da Magna-Steyr.

As investigações foram desencadeadas na sequência da chegada de denúncias anónimas à Procuradoria-Geral da República, no início de 2006.

FUMOS DE CORRUPCÇÃO

A 30 de Julho de 2006, dois meses antes de a Polícia Judiciária desencadear uma megaoperação aos negócios de armamento na Marinha, Sérgio Parreira de Campos, então vice-presidente da Empordef (holding das empresas militares da Defesa) e actual presidente daquela empresa, era categórico, em entrevista ao CM, na análise sobre o ambiente que marcava o mundo das compras na área da Defesa. Em resposta à pergunta se “há motivos para suspeitar que há corrupção nos negócios de equipamento das Forças Armadas”, Parreira de Campos afirmava: “Como eu costumo dizer, há fumos. Agora, se há ou não, não sei. Que parece haver fumos, parece”. O actual presidente da Empordef dizia ainda que em alguns negócios as contrapartidas são exageradas, o que “beneficia quem vende”.

VELHO AMIGO DE PORTUGAL SOB SUSPEITA

As suspeitas de práticas de corrupção em negócios de armamento na Marinha envolvem também Wilfrid H. Burke, um norte-americano que é um velho amigo de Portugal. Sócio-gerente da Cinave, uma empresa constituída em Portugal em Julho de 1969 e que desde então vende equipamentos aos três ramos das Forças Armadas, Burke tem como secretária pessoal a portuguesa I. Q., mulher de um dos capitães-de-fragata detidos pela PJ. Quando chegou a Lisboa, no final dos anos 60, Burke ajudou o Governo de Marcelo Caetano a contornar a proibição do fornecimento de armas às Forças Armadas (embargo decidido pela ONU para forçar o fim da guerra colonial em Angola, Moçambique e Guiné). Hoje, vive em Oeiras.

SAIBA MAIS

- 5,6 Mil milhões de euros é o valor do investimento total no reequipamento das Forças Armadas, através da lei de Programação Militar (LPM), até 2023.

- 1,07 Mil milhões de euros é a despesa total com a aquisição de dois submarinos ao consórcio alemão GSC, com juros incluídos. Este é o contrato de maior valor na LPM.

CONTRAPARTIDAS

O montante total das contrapartidas para a economia portuguesa, resultantes do reequipamento das Forças Armadas, ronda os três mil milhões de euros.

EQUIPAMENTOS

Para além dos submarinos, cujo contrato de contrapartidas ascende a 1233 milhões de euros, existem também mais-valias para a economia portuguesa resultantes da compra dos aviões F-16, carros de combate, torpedos e aviões de transporte.

COMANDANTE

Clélio Ferreira Leite ingressou na Marinha em Outubro de 1982. Em Julho de 2004 foi promovido de capitão-tenente a capitão-de-fragata. No final de Setembro de 2006, quando a Polícia Judiciária desencadeou a megaoperação que iria levar à sua detenção, era responsável pela Divisão de Armamento da Direcção de Navios da Marinha.
António Sérgio Azenha
 


Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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SSK

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« Responder #67 em: Agosto 01, 2007, 11:22:25 pm »
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Notícia CM: Chefe do Estado-Maior manda investigar


A Marinha de Guerra determinou, ontem, a abertura de um inquérito para apurar alegadas irregularidades na gestão de verbas provenientes de multas passadas por polícias marítimos e sobre os emolumentos cobrados aos proprietários de embarcações comerciais, de recreio e de pesca, bem como aos adeptos da pesca desportiva.

A investigação em curso, ontem noticiada pela edição on-line do ‘Expresso’, surge na sequência de uma notícia que o Correio da Manhã publicou na edição da última segunda-feira sobre um ‘saco azul’ na Armada.

O inquérito visa, entre outros aspectos, apurar como é que a Direcção-Geral da Autoridade Marítima e os capitães dos 18 portos existentes no País fazem a gestão de 40% das verbas resultantes das multas e dos emolumentos (taxas).

PJ MILITAR

A investigação deverá ficar a cargo da Polícia Judiciária Militar, mas ontem ainda não se conhecia os nomes de quem vai integrar a equipa que ficará responsável pela condução do inquérito. Também não foi ainda imposto qualquer prazo para a conclusão do processo.

O inquérito decidido pela Armada tem também por objectivo apurar se há corrupção na escolha de oficiais para capitanias, cantinas, bares e nos vários sectores de compras existentes na Marinha de Guerra.

Em investigação estará também o destino dado ao dinheiro de recrutas que entretanto abandonaram a carreira militar e que alegadamente continua a ser processado.

Segundo um responsável da Armada disse ao ‘Expresso’, nunca alguém tinha levantado suspeitas em relação a estes factos no seio da instituição. Mas o CM confirmou que a Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima não só pediu, há vários meses, uma averiguação interna como entregou a todos os grupos parlamentares um dossiê com 250 páginas em que fazia muitas denúncias.

O chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Fernando Melo Gomes, num comunicado ontem divulgado em todas as unidades e serviços da Marinha, prometeu ser “implacável” com quem não esteja a cumprir a lei e ameaça com expulsão os infractores, a sanção máxima que pode ser aplicada internamente.
Carlos Tomás


in  Correio da Manhã
1 de Agosto de 2007
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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Lancero

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« Responder #68 em: Setembro 27, 2007, 09:26:40 pm »
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Marinha: Dois militares e 3 civis acusados em caso de corrupção, branqueamento e abuso de poder - PGR    

   Lisboa, 27 Set (Lusa) - O Ministério Público acusou dois militares da  Marinha - um oficial e um sargento - e três civis por crimes de corrupção,  branqueamento de capitais e abuso de poder no processo de fornecimento de  material de guerra.  

     

   Em nota hoje distribuída, a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere  que a um dos arguidos é imputado a prática de oito crimes de corrupção passiva  para acto ilícito e um crime de branqueamento de capitais.  

     

   Outro dos arguidos, sem adiantar se é militar ou civil, é acusado da  prática de cinco crimes de corrupção activa para acto ilícito e a co-autoria  de um crime de corrupção para a prática de acto ilícito.  

     

   Dois outros arguidos são acusados, cada um, de um crime de corrupção  activa para acto ilícito.  

     

   Outro dos cinco acusados responde pela prática de um crime de abuso  de poder.  

     

   O processo foi conhecido em finais de Setembro de 2006 quando ocorreu  uma operação que conduziu à detenção de cinco pessoas, incluindo militares  da Marinha, e à apreensão de "inúmera documentação e alguns bens".  

     

   No despacho agora proferido pelo Ministério Público, o titular do processo,  procurador-adjunto Sérgio Pena, determinou ainda a extracção de certidões  para "procedimentos criminais autónomos".  

     

   "Neste processo mantém-se em vigor as medidas de coacção já aplicadas  (aos arguidos), que incluiu a prisão preventiva e caução económica", salienta  a nota da PGR.  

     

   O documento esclarece ainda que a acusação do MP "respeita a um total  de oito procedimentos de aquisição de material de guerra para a Marinha  Portuguesa, em que, por via de utilização abusiva das funções de um dos  arguidos, se favoreceu as empresas representadas pelos outros, impedindo  outras empresas de apresentarem propostas de fornecimento, com correlativo  prejuízo para o Estado".  

     

   A investigação incluiu a realização de diversas perícias financeiras  e exames informáticos, dezenas de inquirições e interrogatórios, bem como  buscas a unidades militares, domicílios e empresas.  


     
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Justiça/Marinha: Dois militares da Armada foram acusados pelo MP - Chefe do Estado Maior da Armada    

   Lisboa, 27 Set (Lusa) - Um oficial e um sargento da Marinha foram acusados  pelo Ministério Público por alegados negócios ilícitos que envolviam equipamentos  dos navios de guerra, confirmou hoje o Chefe de Estado Maior da Armada,  Almirante Melo Gomes.  

     

   "Tomei hoje conhecimento de que foi deduzida acusação a um oficial e  um sargento da Marinha. Trata-se de um desenvolvimento dentro do normal  curso da justiça, continuando a Marinha, então como agora, disponível para  prestar toda a colaboração solicitada pelas entidades competentes, segura  de que será feita justiça", afirma o Almirante num curto comunicado publicado  no site da Armada.  

     

   O caso veio a público em Setembro do ano passado e os dois militares  [bem como um outro militar e dois civis] foram apontados como suspeitos  de corrupção em contratos celebrados com uma empresa privada para a manutenção  dos mísseis que equipam as três fragatas da classe "Vasco da Gama".  

     

   Na altura, a Marinha anunciou investigações internas e prometeu "rigor  e celeridade" na aplicação de sanções caso os militares sejam declarados  culpados.  

     

   "Como Comandante da Marinha, cabe-me cumprir e fazer cumprir as leis  da República e zelar para que não se confunda esta Instituição, que tem  séculos de relevantíssimos serviços a Portugal e aos Portugueses, com a  eventual prática de actos reprováveis por dois dos seus elementos", reiterou  hoje o almirante.  

     
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Lancero

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« Responder #69 em: Janeiro 25, 2008, 09:46:31 pm »
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Marinha/Corrupção: Capitão-de-fragata, sargento e três empresários vão a julgamento    

   Lisboa, 25 Jan (Lusa) - O capitão-de-fragata Clélio Ferreira Leite,  um sargento e três civis vão ser julgados no "caso de corrupção na Marinha",  após serem pronunciados por corrupção, branqueamento de capitais e abuso  de poder, disse hoje à Lusa fonte judicial.  

     

   Segundo a mesma fonte, a juíza de instrução confirmou na íntegra a acusação  que o Ministério Público (MP) deduziu em Setembro de 2007 contra estes cinco  arguidos, o que impossibilita qualquer tipo de recurso, pelo que o caso  segue para julgamento.  

     

   O capitão-de-fragata, que tinha uma função-chave no processo de aquisição  de material para a Marinha, foi pronunciado por oito crimes de corrupção  passiva e um crime de branqueamento de capitais, enquanto o sargento, de  apelido Sousa, vai a julgamento por um crime de abuso de poder.  

     

   A fonte adiantou à Agência Lusa que os três arguidos civis - todos empresários  e nos quais se inclui um cidadão norte-americano - vão a julgamento por  crimes de "corrupção activa para acto ilícito", sendo que um deles responde  ainda por "um crime de corrupção passiva em co-autoria" com o capitão-de-fragata  e principal arguido.  

     

   Por decisão da juíza de instrução, que teve o apoio do Ministério Público,  o principal arguido, que estava em prisão preventiva, vai aguardar o julgamento  com a obrigação de permanência na residência (vulgo prisão domiciliária),  mediante utilização de pulseira electrónica, adiantou a fonte.  

     

   A investigação do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP)  de Lisboa a este caso de fornecimento/aquisição de material de guerra para  equipar as fragatas da Marinha decorreu de forma célere, pois desde as buscas  realizadas no Arsenal do Alfeite e a residências dos arguidos até à acusação  decorreu apenas cerca de um ano.  

     

   A notícia de que os cinco arguidos tinham sido hoje pronunciados foi  avançada pela SIC, numa altura em que o comandante João Barbosa, porta-voz  do Estado Maior da Armada, garantiu à Lusa que os serviços jurídicos da  Marinha ainda não tinham sido notificados da pronúncia.  

     

   O responsável referiu, contudo, que se trata de "mais um passo deste  processo" e que "a Marinha confia nos tribunais para que se faça Justiça",  reiterando que "não se deve confundir a Armada, que tem séculos de relevantíssimos  serviços a Portugal e aos portugueses, com a eventual prática de actos reprováveis  de dois dos seus elementos".  
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