Raptor nos Açores

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nelson38899

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« Responder #45 em: Fevereiro 12, 2008, 04:37:39 pm »
Citação de: "JLRC"
Citação de: "P44"
 
pois! nós somos um país satélite do lado bom, e prestamos vassalagem É aos EUA, Oh MIguel! Seu Traidor!!!!!! :twisted:  c34x  :shock:


pois pelas suas palavras, é melhor então ir apoiar o santíssimo Putin que mantem um guerra vergonhosa na tchechenia, que apoia a democracia que é a coreia do Norte e mais o paraíso na terra que é a china ou cuba. :roll:
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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André

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« Responder #46 em: Fevereiro 12, 2008, 04:53:22 pm »
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "JLRC"
Citação de: "P44"
 
pois! nós somos um país satélite do lado bom, e prestamos vassalagem É aos EUA, Oh MIguel! Seu Traidor!!!!!! :twisted:  c34x  :shock:

pois pelas suas palavras, é melhor então ir apoiar o santíssimo Putin que mantem um guerra vergonhosa na tchechenia, que apoia a democracia que é a coreia do Norte e mais o paraíso na terra que é a china ou cuba. :roll:


Guerra da Tchechenia não,  é mais Repressão da Tchechenia os, jornalistas russos tem que ter a boca fechada  se não querem sofrer na pele o que aconteceu com Anna Politkovskaya e outros jornalistas menos conhecidos. E além disso Putin está a armar o tumor Chávez na América  do Sul e além de fazer guerra económica com a UE como se viu com a questão do gás...  :roll:

 

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Instrutor

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Equipamento das FA´s Portuguesas
« Responder #47 em: Fevereiro 12, 2008, 05:02:46 pm »
Saudações caros participantes do forúm defesa.
É com muita satisfação que descobri este forúm onde se pode dar a opinião acerca das nossas forças armadas.
Fui militar em Santa Margarida e penso que neste momento temos umas forças armadas que não conseguem defender Lisboa quanto mais o continente português, os Açores, Madeira e as áreas de interesse económico nacional bem como todos os compromissos com as organizações militares, principalmente para com a NATO.
Em primeiro lugar falamos da marinha de guerra portuguesa, ou melhor a ausência da marinha de guerra portuguesa, que actualmente se resume a 3 fragatas Meko-200 umas das quais esta integrada nas missões da Nato, e a um conjunto de navios que nem os países mais pobres teriam o orgulho de os ter.
É interessante saber a aquisição recente das fragatas holandesas tipo-M no qual portugal adquiriu em 2ª mao duas delas. São sem duvidas navios modernos nos dias de hoje comparando-as mesmo às VdG. No entanto levanta-se aqui outro problema... a idade. Num futuro proximo para lá do ano 2020 os principais meios de combate da marinha portuguesa têm quase trinta anos e vão navamente surgir problemas na sua substituição deixando novamente a marinha na sua penuria. Pessoalmente preferia ver a marinha de guerra portuguesa equipadas com fragatas do tipo F-100 adquiridas pela marinha espanhola nem que estivesse á espera delas mais de 3 ou 4 anos.
No que respeita aos submarinos penso que são uma boa escolha no entanto peca pelo numero relativamente pequeno (2).
Fala-se muito ou do pouco dinheiro disponível do país mas isso é um disparate, Portugal faz parte da NATO ao qual é fornecidas ajudas financeiras na compra de novos materiais, além do mais Portugal não é assim tão pobre para quem tem 4 ou 5 mil milhoes de euros para um novo aeroporto e comboios de alta velocidade não nos podemos queixar muito de falta de dinheiro, a verdade é certa Portugal sempre descurou e maltratou os seus militares, na esperança de um futuro conflito ou resgaste de cidadaos portugueses num certo ponto do globo os paises da Nato nos ajudassem. Basta de tanta hipocrisia Portugal tem dinheiro e capacidade de ter umas forças armadas bem dissuassoras e modernas basta haver vontade política.
Posto isto os meios da marinha de guerra portuguesa deveriam ser os seguintes tendo em conta e só a nossa ZEE e o triangulo de influencia portuguesa (Continente-Madeira-Açores-Continente):
3 Fragatas Vasco da Gama;
3 Fragatas F-100;
3 Fragatas tipo Fremm
5 Submarinos U-212PN;
2 NAVPol;
1 Navio Hospital;
3 Navios de Combate a poluição;
9 Corvetas tipo Steeth de fabrico Sueco;
2 Navios de reabastecimento;
deveria-se também apostar em navios de minagem e desminagem;
Veículos de combate de infantaria fuzileiros (Pandur II com torre de 105mm para apoiar os desembarques em zonas altamente hostis e com armas anti-carro.

No que respeita á Força Aérea os nossos caças F-16 MLU são bons... mas poucos e quando o programa de transformaçãos dos caças F-16 OCU estiver terminado e todos os caças F-16 estiverem todos no modelo MLU para o ano 2011 ou 2012 ja este up-gread estara ultrapassado, o dinheiro que se esta a gastar actualmente na modernização dos nossos F-16 é muito mal gasto, deveriamos manter a força aerea com os caças F-16OCU e pensar seriamente na compra de novos caças de superioridade aérea a serem entregues nesses mesmos anos 2011 ou 2012, tenho preferencia pelos caças europeus no qual se destacam o Typhoon ou o Rafalle.
Todos sabes que num eventual conflito o maior perigo para portugal virá do mar, criar um ou dois esquadroes equipados com bombardeiros navais é uma boa opção no qual poderiamos ter o controlo da nossa área de influencia maritima.
Desta forma e com o programa de transformação dos F-16 MLU a força aérea portuguesa deveria ter a seguinte configuração de aeronaves principais:
2 esquadrão de caças de superioridade aérea equipados com 40 caças Typhoons ou Rafalles nos qual 1 esquadrao estaria dividido entre os Açores e a Madeira.
1 esquadrão de caças de ataque ao solo equipados com 20 caças F-16 MLU;
2 esquadrões de bombardeiros navais equipados com SU-34 estacionados 1 esquadrao em ovar e outro esquadrao dividido entre os Açores e a Madeira.
No que respeita ao transporte logistico eu apostava no projecto europeu do A400M.

No exército as aquisiçoes que eu faria para além dos Pandur II e dos Leopard II A6 era apressar a substituição da velhinha G3 e na aquisição de mais Leopard para cerca de 100 unidades passando os M60A3 para reserva de guerra. no que respeita à defesa área substituia o sistema lança misseis Chaparral por outro sistema mais moderno e capaz.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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JLRC

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« Responder #48 em: Fevereiro 12, 2008, 06:30:52 pm »
Citação de: "nelson38899"

pois pelas suas palavras, é melhor então ir apoiar o santíssimo Putin que mantem um guerra vergonhosa na tchechenia, que apoia a democracia que é a coreia do Norte e mais o paraíso na terra que é a china ou cuba. :roll:


Não Nelson, não me leu uma única linha em que eu afirmasse que devíamos apoiar Putin. Por isso não me atribua o que não afirmei. Já você declarou-se apoiante dos EUA. O que eu afirmei é que os EUA estão nas tintas para nós, o que eles querem é defenderem os seus interesses e os outros que se lixem. Eles não são nossos amigos, nós é que temos uma situação estratégica tal que faz com que eles precisem de nós e portanto devíamos aproveitar esse facto. Por outro lado devíamos sermos menos dependentes dos EUA e diversificarmos os nossos fornecedores de armas, comprando mais material de origem europeia e até russa. Será que não gostava de ter na FAP o Su-32? Eu gostava.
 

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André

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« Responder #49 em: Fevereiro 12, 2008, 06:52:29 pm »
Citação de: "JLRC"
O que eu afirmei é que os EUA estão nas tintas para nós, o que eles querem é defenderem os seus interesses e os outros que se lixem. Eles não são nossos amigos, nós é que temos uma situação estratégica tal que faz com que eles precisem de nós e portanto devíamos aproveitar esse facto.


Isso quase todas as potências o são, olhe por exemplo Portugal também estava nas tintas para os Africanos durante a expansão nos séculos XV e XVI nós davamos bugigangas e em troca recebiamos ouro, escravos e marfim...  :roll:

 

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André

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« Responder #50 em: Fevereiro 12, 2008, 07:29:10 pm »
Portugal não recebeu dos Estados Unidos nenhuma proposta de campo de treino para aviões - Oficial

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Portugal não recebeu até ao momento dos Estados Unidos nenhuma proposta de campo de treino para aviões militares nos Açores, revelou hoje o chefe da delegação portuguesa na comissão do acordo de defesa entre os dois países.

"Essa é uma questão que ainda não foi posta pelos Estados Unidos. Neste momento não há nenhuma proposta, nem sei se vai haver", declarou Vasco Bramão Ramos aos jornalistas, na Assembleia da República.

"Tanto quanto sei, houve contactos informais a nível técnico sobre este assunto [um campo de treino para aviões militares norte-americanos a Norte dos Açores]", acrescentou.

"Uma troca de ideias, é como o Governo português vê esses contactos entre serviços técnicos de ambos os países", disse ainda o chefe da delegação portuguesa na comissão bilateral permanente do acordo de cooperação e defesa entre Portugal e os Estados Unidos da América.

O embaixador afirmou mesmo que não há nenhuma proposta nova por parte dos Estados Unidos em relação aos Açores.

Vasco Bramão Ramos falava à saída de uma audição na Comissão de Negócios Estrangeiros, à porta fechada, sobre questões laborais respeitantes aos trabalhadores civis da Base das Lajes, pedida pelo Bloco de Esquerda (BE).

Segundo um deputado que esteve presente na audição, Bramão Ramos referiu que os Estados Unidos não incluíram até agora na agenda da reunião da comissão bilateral permanente do próximo dia 21 a discussão da eventual criação de um campo de treino para aviões militares nos Açores.

Sobre essa possibilidade, o embaixador insistiu aos jornalistas que apenas houve "contactos informais entre pessoas que terão falado sobre esse assunto" e que não sabe "se isso vai traduzir-se em algum pedido formal" por parte dos Estados Unidos.

Na semana passada, o ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, já tinha negado a existência de negociações entre o Governo português e os EUA para a criação de um campo de treino para aviões militares norte-americanos a Norte dos Açores.

"Como o chefe do Estado-maior da Força Aérea já disse, essas seriam conversações que se teriam que ter não no plano técnico mas no plano político. E no plano político, eu perguntei ao meu colega dos Negócios Estrangeiros e aquilo que posso dizer é que não decorre no quadro do Governo português nenhuma negociação", afirmou Severiano Teixeira.

Questionado pelos jornalistas no final da última reunião do conselho de ministros, Severiano Teixeira confirmou a existência de "contactos informais" entre responsáveis da Força Aérea americana e o chefe do Estado-maior da Força Aérea portuguesa durante os quais "as autoridades americanas expressaram essa pretensão".

Lusa

 

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ricardonunes

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« Responder #51 em: Fevereiro 20, 2008, 09:52:52 am »
Treinos militares geram polémica

O PSD-Açores exigiu ontem explicações ao Governo Regional em relação às notícias sobre o alegado interesse dos EUA em utilizar o espaço aéreo do arquipélago como zona de treinos militares de aviões F-22 e F-35.

Intervindo na Assembleia Regional, Clélio Meneses, líder da bancada social-democrata, disse ser de "elementar sentido de democracia e respeito pelos açorianos que os órgãos de governo próprio da Região saibam o que se passa em termos negociais sobre a matéria". Opinião partilhada pelo deputado do CDS-PP Artur Lima, segundo o qual importa conhecer as repercussões de tais treinos em termos de segurança e ambiente.

Posição diferente tem o líder da bancada socialista, Francisco Coelho, para quem os deputados não devem andar a reboque da Imprensa. E aconselha cautela e ponderação em relação ao assunto, defendendo que a Região deve exercer as suas competências nos locais próprios.

Segundo a comunicação social, os EUA querem transformar a Base Aérea que detêm nas Lajes (ilha Terceira) num centro de treinos militares, incluindo a possibilidade de testes com "mísseis supersónicos". Mas o ministro da Defesa negou quaisquer negociações nesse sentido entre Portugal e os EUA.

JN
Potius mori quam foedari
 

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ShadIntel

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« Responder #52 em: Fevereiro 20, 2008, 01:18:01 pm »
:!: "misséis supersónicos".

Os jornalistas continuam a ter 50 anos de atraso...
 

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P44

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« Responder #53 em: Fevereiro 20, 2008, 01:55:25 pm »
Citação de: "André"
Citação de: "JLRC"
O que eu afirmei é que os EUA estão nas tintas para nós, o que eles querem é defenderem os seus interesses e os outros que se lixem. Eles não são nossos amigos, nós é que temos uma situação estratégica tal que faz com que eles precisem de nós e portanto devíamos aproveitar esse facto.

Isso quase todas as potências o são, olhe por exemplo Portugal também estava nas tintas para os Africanos durante a expansão nos séculos XV e XVI nós davamos bugigangas e em troca recebiamos ouro, escravos e marfim...  :roll:


deduzo então que o André esteja muito satisfeito pela inversão de papeis e que agora goste muito de receber "bugigangas"

(e não vamos entrar por aí de quem apoia quem, os EUA não são nem nunca foram umas virgens, a não ser que para si o Musharaf do Paquistão seja um grande democrata já que tem a benção dos ditos... :!:

como JLRC e outros já escreveram, é absolutamente uma vergonha a subserviência aos americanos, afinal parece que se assumem patriotas mas é só contra os espanhois, pois os americanos fazem o que querem de território português (?) e não vejo ninguém indignado...(quase ninguém)
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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pmdavila

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« Responder #54 em: Fevereiro 20, 2008, 01:59:14 pm »
Estava para aqui a pensar...já que está na moda fazer concursos públicos, não era mais fácil fazer um concurso público para adjudicação da BA4 a uma força aérea estrangeira, e quem pagasse mais é que ficava?  :jok:
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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nelson38899

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« Responder #55 em: Fevereiro 20, 2008, 02:17:06 pm »
Citação de: "P44"

deduzo então que o André esteja muito satisfeito pela inversão de papeis e que agora goste muito de receber "bugigangas"

(e não vamos entrar por aí de quem apoia quem, os EUA não são nem nunca foram umas virgens, a não ser que para si o Musharaf do Paquistão seja um grande democrata já que tem a benção dos ditos... :!:

como JLRC e outros já escreveram, é absolutamente uma vergonha a subserviência aos americanos, afinal parece que se assumem patriotas mas é só contra os espanhois, pois os americanos fazem o que querem de território português (?) e não vejo ninguém indignado...(quase ninguém)


concordo em parte que os americanos só olham para os interesses deles, mas entre eles e os russos venha o diabo e escolha. Qualquer Potencia que se queira assumir como tal, olha primeiro para ela e só depois para os outros, quando precisa, aconselho-o a ver a história. Ja agora não vejo qual é problema em apoiar os americanos e ao mesmo tempo ser contra os espanhois, pergunto se acha que se a russia substituir os americanos o comportamento vai ser diferente.
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Agostinho da Silva
 

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unpredictable

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« Responder #56 em: Fevereiro 21, 2008, 12:56:41 pm »
É pá , essa coisa de ser SÓ os americanos a terem interesses, já é chapa gasta....todas as nações têm interesses, vejam a China e o seu interesse em Africa, em zonas onde se cometem crimes contra a humanidade...Agora, a cerca do tópico, se eles querem usar o nosso espaço aéreo, que pagem bem caro.Mas com o Socrates e companhia não sei!!!
 

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Jorge Pereira

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« Responder #57 em: Fevereiro 21, 2008, 07:13:12 pm »
Citação de: "TSF"
• LAJES

EUA interessados em aumentar potencial da base

Os Estados Unidos da América reconhecem interesse em aumentar o potencial da Base das Lajes. Numa entrevista à TSF, o sub-secretário de Estado norte-americano para os assuntos europeus revelou que Washington vai pedir a Lisboa que se iniciem contactos com vista a renegociação do acordo da Base das Lajes.  


Na linguagem codificada dos embaixadores o número quatro da diplomacia dos Estados Unidos revela que a administração Bush tem interesse em desenvolver as capacidades militares da base das Lajes.

Kurt Volker diz que os Estados Unidos vão pedir o início oficial de consultas para ver se existem novas possibilidades na Base das Lajes que possam fazer sentido.

Esta é uma questão que vai ser vista pelos dois Governos, de Portugal e dos Estados Unidos, mas ainda é cedo para afirmar oficialmente que Washington quer fazer dos Açores uma base de treinos para os aviões de caça americanos.

Kurt Volker admite que ainda não se foi tão longe, nada foi falado sobre novas utilizações da Base das Lajes, mas sublinha que juntos os dois países estão a agora a explorar todas as possibilidades que fazem sentido.

Este cenário de hipóteses trouxe a Portugal a quarta figura da diplomacia norte-americana, para uma rotineira reunião da comissão bilateral que acompanha o acordo das Laje.

A comissão já reúne de seis em seis meses, mas hoje os Estados Unidos reconhecem uma renovada importância da base aérea nos Açores.

Kurt Volker reconhece a importância estratégica e logística da Base das Lajes, uma base que pode vir a ter outras funcionalidades além de ser ponto de escala e de reabastecimento para os aviões de guerra dos Estados Unidos.


Agora não há dúvidas do real interesse norte-americano.

Portugal só tem que aproveitar esta oportunidade de ouro e fazer um BOM acordo, principalmente para nós.

Não desperdicem esta oportunidade!!!
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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pmdavila

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« Responder #58 em: Fevereiro 21, 2008, 07:15:22 pm »
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Na base das Lajes, nos Açores
EUA querem base de treino para aviões
 

 
Os EUA manifestaram esta quinta-feira a intenção de utilizar a base das Lajes, na ilha da Terceira, Açores, para apoio ao treino de novos aviões militares no espaço aéreo junto ao arquipélago.


 
Na comissão bilateral que acompanha o Acordo das Lajes, que hoje esteve reunida em Lisboa, os EUA manifestaram a intenção, mas a criação de uma zona de treino deverá evoluir para estudos técnicos ao nível das Forças Aéreas dos dois países.

O representante açoriano na comissão, André Bradford, assegurou que os EUA deixaram claro que o treino para novos aviões militares não implica o uso de armas reais de combate.

NÃO HÁ ACORDO PARA SALÁRIOS

EUA e Portugal não chegaram a acordo sobre as questões salariais dos portugueses ao serviço dos militares norte-americanos na base das Lajes.

Em causa está a alegada quebra do Acordo Laboral, por parte dos EUA, que prevê os aumentos salariais, uma posição negada pelos norte-americanos.

Os sindicatos representativos dos portugueses já ameaçaram com o recurso aos tribunais, alegando que nos últimos anos tem havido um quebra de 13,5 por cento nos salários reais.

Actualmente trabalham na base das Lajes cerca de 850 portugueses.

Fonte
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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Jorge Pereira

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« Responder #59 em: Fevereiro 22, 2008, 07:32:28 am »
Citação de: "Miguel Monjardino"
As Lajes e o poder aeroespacial dos EUA

A Força Aérea dos EUA (USAF) acaba de fazer 60 anos. Durante as primeiras quatro décadas e meia da sua história, este ramo das Forças Armadas americanas fez tudo o que era possível do ponto de vista humano e tecnológico para conseguir a superioridade aérea em todas as guerras em que esteve envolvido. Nos últimos 15 anos, o objectivo da USAF tem sido ainda mais ambicioso - conquistar e manter o domínio aeroespacial em situações de guerra e paz.

Se olharmos para as duas últimas décadas vemos que este domínio tem sido total desde 1990. De então para cá, uma série de importantes inovações ao nível da precisão e do comando e controlo permitiram à USAF, ao Exército e Fuzileiros norte-americanos transformar profundamente a concepção e execução das operações aéreas e terrestres. A actual supremacia militar dos EUA depende em parte deste novo poder aeroespacial. Este poder, é verdade, não garante a vitória política. Garante, todavia, que Washington tem à sua disposição um instrumento estratégico com que a maior parte dos decisores políticos nas outras capitais apenas pode sonhar.

Portugal nunca foi indiferente para a USAF. A Base das Lajes nos Açores explica porquê. Durante a Guerra Fria, a base foi importante para a defesa avançada dos EUA, controlo aeronaval no Atlântico, missões nucleares do Strategic Air Command e apoio à projecção do poder militar americano na Europa Ocidental e Médio Oriente. Nos últimos anos, a base acolheu a Cimeira do Atlântico entre George W. Bush, Tony Blair, José María Aznar e José Manuel Durão Barroso e tem apoiado a mobilidade estratégica dos EUA em direcção ao Iraque e Afeganistão.

Para um país com dificuldade em transformar a maneira como se relaciona com os EUA, as Lajes continuam a ser o trunfo geoestratégico que tem permitido a Lisboa lutar acima do seu peso em Washington. Será que esta situação se vai manter nos próximos 15, 20 anos? A resposta, como é costume, nestas coisas não depende exclusivamente de Lisboa. Depende do interesse da USAF. Uma série de acontecimentos recentes mostram que Lisboa e Washington estão profundamente envolvidas numa discreta negociação que poderá vir a alterar substancialmente a missão que as Lajes têm desempenhado nas últimas décadas.

No coração desta negociação está a ideia de transformar as Lajes numa base de treino para os aviões e novas plataformas da USAF estacionados na Europa e nos EUA. Os aliados da NATO também podem vir a participar nestes treinos. Em Novembro passado, pouco antes de passar à reserva, o general William Hobbins, comandante da Força Aérea americana na Europa, argumentou que as Lajes eram um excelente local para treinos do F-35 Lightning e de outros sistemas de armamento como mísseis hipersónicos. O F-35 ainda está em desenvolvimento mas, juntamente com o novo F-22 Raptor, promete garantir à USAF e aos seus aliados o domínio aeroespacial nas próximas décadas.

O problema com os chamados 'caças de quinta geração' tem a ver com sua velocidade e sistemas de armamento. O treino a velocidades supersónicas e o uso de armamento muito sofisticado exige espaços enormes e pouco habitados. Hoje em dia é muito difícil arranjar espaços com estas características na Europa. No que toca aos EUA, a base aérea de Nellis no Nevada, tem sido até agora uma boa opção para o treino de pilotos e caças. Mesmo assim, o treino dos F-22 e F-35 terá alguns constrangimentos em Nellis. Do ponto de vista da USAF, as Lajes são uma hipótese muito interessante. A capacidade logística e de estacionamento da base é enorme. A temperatura do Atlântico e as capacidades dos novos helicópteros da Força Aérea Portuguesa garantem missões de busca e salvamento durante quase todo o ano. Havendo interesse por parte de Lisboa, o espaço disponível para treinos é enorme. Tudo parece indicar que as Lajes vão continuar associadas ao poder aeroespacial dos EUA.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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