NEM AS MESQUITAS DELES VÂO FICAR DE PÉ!!!
É uma expressão significativa. É evidente que eu entendo o contexto em que se produz, mas não deixa de ser uma confusão.
As Mesquitas não são exactamente casas de terroristas.
Os Taliban, são, mais uma vez árabes. E o fundamentalismo Taliban, é apenas uma das caras do Wahabismo. Os Taliban são os estudantes, nada mais que isso.
Igualmente são muçulmanos Sunitas.
Quando referi o Irão, refiro que o Irão não é um país árabe, e por isso mais facilmene aceita a democracia. O Irão tem um parlamento, um presidente e deputados. A estrutura jurídica do país é basicamente aquela de um país ocidental.
Que a estrutura do estado esteja tomada por fundamentalistas, é outra coisa. Lembro que nós em Portugal também tivemos um “Conselho da Revolução” e que antes também tivemos um governo não democrático. Mas o problema não era um problema étnico-religioso, era um problema político.
Quando o Irão resolver o problema politico, a população aceitará, na sua maioria a democracía. E aceita-la-há porque na sua maíoria não é árabe.
No Irão, país indo-persa, a população quer a democracía, é o governo que não aceita. Num país árabe, se o governo quiser a democracia, será o povo dominado pelos Mullahs que repelirá a democracia.
Agora, no Iraque? Será que vão aceitar a democracía com facilidade?
Infelizmente eu acho que não. E não o vão aceitar facilmente por razões etnico-religiosas e não por razões politicas.
De qualquer forma há que dizer que o Iraque é provavelmente o país árabe onde melhor se aceitará uma democracia.
Claro que isso se deve ao Saddam Hussein, mas dizer isso é politicamente incorrecto
Portanto, manter as coisas no seu contexto, é uma das primeiras armas contra o terrorismo. Os terroristas têm por objectivo meter medo, amedrontar. A melhor arma contra o medo é o conhecimento.
Ir na conversa do boato, do diz que diz, dos jornalistas da TVI que colocam malas na Gare do Oriente para provar não sei o quê, então estamos mal, muito mal.
Nas guerras, ganha sempre aquele que mantém a cabeça fria e age racionalmente.
E lembro que isto da “Guerra ao terrorismo” é um termo do sr. Bush (Fundamentalista da igreja dos cavaleiros do apocalipse) para justificar algumas das suas acções, entre as quais se encontra, tomar conta do petróleo iraquiano, porque provavelmente fazia parte do contrato de compra e venda que assinou com as companhias petroliferas para receber o dinheiro da campanha que o elegeu.
O problema chama-se contenção e repressão de grupos bombistas, que são na realidade uma especie de MÁFIA, uma organização de criminosos. Deve ser tratada dessa forma. Dizer que estamos em guerra com eles, é dar-lhes uma dignidade que não têm.
Cumprimentos