Sector Aeroportuario/Aeronautica

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Lusitano89

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #15 em: Agosto 01, 2012, 02:18:56 pm »
Salvador Caetano assina parceria com Airbus e cria 800 empregos


A Salvador Caetano vai entrar no sector aeronáutico, ao abrir uma fábrica de construção desse material nos concelhos de Gaia e de Ovar, numa parceria com a multinacional Airbus, disse terça-feira à Lusa fonte do Ministério da Economia. A mesma fonte disse à agência Lusa que a fábrica vai incluir uma unidade de engenharia de alta tecnologia, no concelho de Gaia, e outra para a linha de produção, no concelho de Ovar, e que «a expectativa é que a fábrica possa estar construída até ao final deste ano».

Com um volume de negócios que ascende aos 75 milhões de euros, a unidade tem «um potencial de criação de emprego muito alto», estimando-se que possa gerar 800 postos de trabalho directos e indirectos, acrescentou.

Fonte ministerial disse ainda que há outras duas empresas portugueses envolvidas, de forma indirecta, no projecto, a OGMA e a Empordef, e que a fábrica do Norte do país «vai transformar a Salvador Caetano no fornecedor da Airbus».

O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, vai presidir, no Ministério da Economia, à cerimónia de apresentação da renegociação do contrato de contrapartidas da EADS, da qual resulta esta parceria.

O contrato para aquisição das 12 aeronaves C-295 à empresa EADS/CASA foi assinado em Fevereiro de 2006 entre a Defaerloc - empresa-veículo compradora dos aviões, pertencente à 'holding' das indústrias de Defesa do Estado, Empordef.

A compra dos sucessores dos Aviocar, orçada em 275 milhões de euros, foi financiada por um consórcio bancário constituído pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Barclays Bank.

A renegociação dos contratos das contrapartidas militares foi feita com o consórcio europeu, EADS, representado pela Airbus Military, uma vez que foi esta empresa que arrancou inicialmente com o projecto de compra das aeronaves.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #16 em: Setembro 07, 2012, 07:10:23 pm »
Grupo de trabalho para Beja sugere um "cluster aeronáutico" no aeroporto
O relatório do grupo de trabalho para o aeroporto de Beja sugere à tutela que "numa estratégia de médio/longo prazo, se desenvolva no Alentejo, um 'cluster' aeronáutico nacional".

Segundo o documento, a que o Negócios teve acesso, "para desenvolver esta competência específica (cluster aeronáutico), propomos a constituição de um Grupo de Missão, de modo a poder articular as várias valências".

O relatório admite que "é um trabalho complexo, ambicioso, que requer persistência e inteligência. Mas é perfeitamente possível fazer do Aeroporto de Beja, um "hub" do 'cluster' aeronáutico em Portugal, em articulação com Évora (Embraer), a proximidade à Airbus Military em Sevilha, e a forte ligação por motivos óbvios que pode existir à Força Aérea Portuguesa".

O relatório, entregue à tutela, diz que outras indústrias podem também beneficiar da proximidade do aeroporto. Entre as medidas preconizadas pelo grupo de trabalho para esta zona industrial conta-se "dotá-la de diversas isenções e incentivos fiscais, nos diversos tipos de impostos" bem como, "criar uma entidade financeira específica de capital de risco de modo a complementar o investimento privado, facultando a alavanca necessária".

Além disso, o grupo de trabalho diz que se devia "dotar uma verba própria para quem se instalar nesta Zona Industrial, no próximo QEC – Quadro Estratégico Comum (2014-2020); alterar as condições de disponibilização dos terrenos, de modo a possibilitar o financiamento privado"; além de reduzir os custos de instalação e "aproveitar as diversas potencialidades da existência de uma zona industrial do lado ar”.

O turismo não foi esquecido, com a proposta para a criação de um modelo de "aeroporto turístico de 'inbound', com a criação de um Fundo Regional de Captação de Rotas".

"Especificidade" na privatização da ANA

O mesmo documento alerta para a necessidade de reconhecer a "especificidade" do aeroporto de Beja no processo de privatização da ANA. "O aeroporto de Beja, sendo um projecto nacional, está inserido na Região Alentejo, mais concretamente no Baixo Alentejo, existindo uma lógica de desenvolvimento regional complementada com Sines e Alqueva, em que o resultado da privatização da ANA não pode, de modo algum, pôr este facto em causa".

O relatório justifica que "o modelo a aplicar deverá ter como premissa a compatibilização da gestão e expectativa privada com o interesse público. E numa altura em que esta infra-estrutura começa a dar os seus primeiros passos, é muito importante essa salvaguarda no caderno de encargos da privatização".

Nova análise à pista

O relatório refere ainda que se deve acabar de vez com dúvidas sobre a segurança da pista do aeroporto. "Recomenda-se a solicitação de outra opinião técnica, recorrendo a outro laboratório de prestígio reconhecido, recorrendo a testes não destrutivos e acompanhado por elementos da Força Aérea", adianta o documento.

O grupo de trabalho diz ainda que não serão necessários novos investimentos no aeroporto. O grupo de trabalho integra várias entidades da região do Alentejo, nomeadamente, a Força Aérea Portuguesa,a ANA - Aeroportos de Portugal, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=577177
 

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Lusitano89

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #17 em: Setembro 08, 2012, 04:08:47 pm »
Derrame de combustível no aeroporto de Lisboa em 2011 não tem risco para saúde


Os estudos enviados pela Galp à Agência Portuguesa do Ambiente, depois do derrame de combustível no aeroporto de Lisboa, em maio de 2011, concluíram “não ser previsível a existência de risco para a saúde”.Em resposta escrita a questões colocadas pela agência Lusa, a APA esclareceu que, em resultado das ações de monitorização efetuadas pela Galp, foi determinado o conjunto de principais contaminantes no solo e na água.

Foi também possível "detetar pontualmente, na zona central da área em estudo, junto ao antigo depósito de combustível, produto livre sobre as águas subterrâneas, que o operador removeu", referiu a APA.

O relatório, porém, elaborado com base em estudos de análise de risco, realça "não ser previsível a existência de risco para a saúde humana, na situação em causa”.

Está a decorrer o procedimento da aplicação do regime jurídico de responsabilidade ambiental e, como solicitado, a Galp procedeu a estudos para completar a informação sobre a área afetada, nomeadamente o solo e a água.

"Os estudos apontam para uma situação de confinamento da pluma de contaminação a uma área restrita próxima da fonte de contaminação", segundo a APA.

A informação da APA acrescenta que o operador apresentou uma proposta para monitorização das águas subterrâneas, de modo a avaliar a evolução da situação, e um plano de ações, a concretizar "caso ocorra a deteção de produção livre", que tiveram o acordo da Comissão Permanente de Acompanhamento para a Responsabilidade Ambiental.

A 04 de novembro de 2011, uma notícia avançada pela Rádio Renascença dava conta de uma fuga de combustível no aeroporto de Lisboa, ocorrida em maio, que podia "ter afetado” os lençóis de água da zona, e que acrescentava ainda que a Galp teria “mantido em segredo” esta fuga, violando a legislação que obriga a empresa a comunicar estas ocorrências à entidade licenciadora, neste caso a Câmara Municipal de Lisboa.

Lusa
 

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #18 em: Setembro 28, 2012, 06:17:33 pm »
Laboratório «raro no mundo» testará peças de aeronaves em Castelo Branco


O Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) vai criar em Castelo Branco um "laboratório raro no mundo" por ser capaz de testar peças de aeronaves em materiais compósitos, disse à agência Lusa fonte ligada à instituição. O investimento ronda os quatro milhões de euros.

A infraestrutura vai nascer da ampliação do Laboratório de Ensaios Termodinâmicos (Labet), na zona industrial da cidade, onde já são testadas peças para um foguetão e uma nave da Agência Espacial Europeia, referiu Telmo Nobre, engenheiro responsável por esta delegação do ISQ.
 
Em todo o mundo, há laboratórios a testar "peças em materiais convencionais, como o alumínio", mas "não haverá mais que quatro" com capacidade para avaliar materiais compósitos, acrescentou Telmo Nobre.
 
O Labet vai ganhar uma zona com piso reforçado e mecanismos hidráulicos que permitem sujeitar peças de aeronaves e outras estruturas de grandes dimensões a inúmeros esforços e medir os resultados com centenas de sensores em simultâneo.
 
Os testes vão simular situações reais de esforço, efetuando um envelhecimento acelerado que corresponde a várias vidas úteis.
 
O novo espaço tecnológico deve estar pronto a funcionar no último trimestre de 2013.
 
O investimento permite reforçar "o papel de parceiro tecnológico" do ISQ na conceção dos componentes e ainda concorrer a novos projetos internacionais, destacou Telmo Nobre à Lusa.
 
O mercado internacional já representa "mais de 50% da faturação do ISQ", acrescentou. O projeto vai ainda levar ao reforço da equipa do laboratório "com mais quatro a seis técnicos especializados", concluiu.

Lusa
 

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #19 em: Outubro 03, 2012, 02:15:51 pm »
Empresa aeronáutica russa investe em Ponte de Sôr


A empresa de aeronáutica russa MVEN pretende entrar nos mercados estrangeiros com um avião ligeiro que será montado em Ponte de Sôr e terá como objetivo a venda nos países lusófonos.
 
Em declarações ao jornal Biznez Online, o diretor-geral da MVEN, Victor Ermolenko, revelou esta quarta-feira que, até finais de 2012, em Ponte de Sôr será montado o avião «Farmer-2», especializado para trabalhos agrícolas.
 
«Nós entramos com o projeto e os portugueses com a fábrica e dinheiro para a certificação», acrescentou. Ermolenko teve dificuldade em prever o tempo necessário para o avião obter o certificado de voo. «Trata-se de um processo complexo e é difícil falar em prazos. Gostaríamos de fazer isso num ano», declarou.
 
O preço desse avião ligeiro na Rússia é de cerca de 100 mil euros, três vezes menos do que o de análogos estrangeiros.
 
A montagem do avião em Portugal ficará a cargo da empresa lusa Aeronáutica, sediada em Ponte de Sôr.
 
Segundo Ermolenko, «aí já existe um pequeno centro de fabrico de aviões. Nas suas linhas eles começarão a montar também os nossos aviões. Inicialmente, vai tratar-se de montagem e, depois, analisaremos questões de transporte e alfândegas. Começaremos pelo processo de certificação e, depois passaremos às vendas».
 
«Os nossos parceiros estrangeiros avaliam o mercado dos países lusófonos com uma capacidade para absorver cerca de cem aparelhos. O preço do avião será definido pela parte portuguesa», concluiu.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #20 em: Outubro 14, 2012, 02:17:10 pm »
«É inevitável um novo aeroporto» em Lisboa, diz director da ANA


O aeroporto de Lisboa celebra na segunda-feira 70 anos com muitos mais voos e passageiros do que quando começou e com a certeza que esgotará brevemente a sua capacidade física, precisando de uma nova casa para continuar a crescer.

Inaugurado a 15 de Outubro7 de 1942, o aeroporto da Portela tinha na altura «dimensões muito reduzidas e um terminal muito pequeno com uma torre de controlo», recordou à Agência Lusa o director da ANA – Aeroportos de Portugal, João Nunes.
 
No aeródromo «havia várias pistas e ainda hoje se mantém aquela que designamos a pista mais pequena», que tem actualmente menos de «cinco por cento do tráfego total do aeroporto», explicou.
 
O aeroporto fazia então «meia dúzia de voos por dia», mas hoje chega aos 480 movimentos (aterragens e descolagens) diários no verão e aos 400 no inverno, segundo aquele responsável.
 
João Nunes referiu ainda que operavam na Portela a «TAP e mais duas ou três» companhias aéreas e que agora recebe 34 empresas que voam para 106 destinos.
 
No ano passado registou-se um tráfego de 14.800 milhões e este ano serão ultrapassados os 15 milhões, disse o director da ANA.
 
Prestes a acabar um investimento «muito significativo» na ordem dos 400 milhões de euros para aumentar o terminal de passageiros e a zona de retalho, João Nunes disse à Lusa que a obra se tornou «mais onerosa» porque tiveram de «crescer à custa de um conjunto de transformações na infra-estrutura existente» porque já não têm por onde expandir.
 
«Estamos próximo do limite da capacidade total do aeroporto porque este limite é determinado por um número de aeronaves que aterram e descolam do aeroporto, portanto é uma questão física. Quando isso for atingido, pura e simplesmente, não há capacidade de crescimento e estamos perto disso», admitiu o director.
 
Para o responsável, um novo aeroporto «vai ser inevitável se se quiser continuar a crescer».
 
«Numa perspectiva de crescimento não há outra maneira senão irmos para outro lado», assumiu.
 
Questionado sobre o metro ter chegado ao aeroporto, João Nunes disse que «foi algo de muito importante» e ansiado durante muitos anos.
 
«Veio resolver muitas das nossas preocupações. Lisboa cresceu muito para cima do aeroporto, temos problemas sérios de acessibilidade, temos uma segunda circular que abraça o aeroporto e é um meio de transporte que permite um escoamento sem conflituar com as vias circundantes e isso é um ganho muito grande», afirmou.
 
Além dos passageiros, o director disse que também muitos dos 13 mil funcionários do aeroporto beneficiaram com a expansão do metro.
 
Nos anos 30, o Governo português decidiu construir em Lisboa dois aeroportos: um marítimo para hidroaviões (os voos transatlânticos entre a Europa e a América eram feitos em hidroaviões por motivos de segurança) e um terrestre para aviões convencionais.
 
O objectivo era tornar Lisboa na cidade ideal para ligar os voos transatlânticos à Europa.
 
Em 1938 iniciaram-se as obras, que foram concluídas em 1940, e construiu-se o Aeroporto da Portela, em homenagem à freguesia da Portela, e o Aeroporto de Cabo Ruivo, à beira do Rio Tejo, onde é hoje a Doca dos Olivais no Parque das Nações, e a cerca de três quilómetros do outro.
 
Para uma ligação rápida entre os dois aeroportos construiu-se a Avenida Entre os Aeroportos (actual Avenida de Berlim).
 
O Aeroporto de Cabo Ruivo foi desactivado com o fim dos voos regulares de passageiros por hidroavião, no final dos anos 1950.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #21 em: Outubro 27, 2012, 09:08:15 pm »
Governo adia aeroporto low cost e expande Portela


Tão cedo não haverá um aeroporto complementar na zona de Lisboa e as companhias low cost vão, afinal, ficar na Portela, que será ampliada. A decisão do Governo consta do memorando de informação facultado aos interessados na privatização da ANA – Aeroportos de Portugal, que tiveram de entregar as propostas não vinculativas com ofertas preliminares até à passada quarta-feira.

Segundo o documento, consultado por cerca de quatro dezenas de interessados, a construção de um pequeno aeroporto complementar em Lisboa (Portela +1) – vocacionado para as low cost – foi adiado, pelo menos, para 2022. A opção de avançar ou não fica nas mãos do novo dono da empresa gestora aeroportuária nacional.

Em contrapartida, e para que se possa aumentar a capacidade do aeroporto da Portela, o Executivo informa que, para os próximos cinco anos, estão previstos investimentos no valor de 54 milhões de euros. Obras que permitirão passar dos actuais 38 para 46 movimentos por hora (descolagens e aterragens ) e de 15 para 21 milhões de passageiros anuais.

Plano com três fases

No memorando, o Governo explica que foram desenvolvidos planos de expansão da Portela em três fases. A primeira está planeada já para 2013, e implica um custo de cerca de sete milhões de euros em pequenas obras. Isto, de forma a que seja possível realizar entre 40 a 43 movimentos por hora, e se atinjam os 18 milhões de passageiros por ano.

A segunda fase, cujo início está programado para 2018, necessita de um investimento de 47 milhões de euros. E passa pela realização de grandes obras – como a construção de um novo terminal e de novos caminhos de circulação – e a extensão para Figo Maduro, o que exige a realização de expropriações de terrenos.

Opções para o comprador

Para a terceira fase, prevista para 2022, são avançadas três opções, cabendo a escolha ao futuro comprador da ANA. Uma das hipóteses é a realização de mais obras na Portela, alargando a capacidade para 50 movimentos por hora e 23 milhões de passageiros ano.

Outro dos cenários seria avançar com um aeroporto complementar à Portela – sendo já indicado que o estudo feito por peritos da área, a pedido do Governo, concluiu que a melhor opção seria, nesse caso, é a base militar do Montijo. Não é dado, porém, nenhum valor de investimento, na medida em que, segundo o documento, qualquer estimativa está dependente do tipo de aeroporto e infra-estruturas que se desejar.

Fica assim adiada a ideia de colocar, para já, as companhias de baixo custo numa base militar perto de Lisboa, como chegou a ser anunciado pelo ministro da Economia. Segundo o SOL apurou, as próprias low cost não terão manifestado grande interesse em sair da Portela, onde se encontram a apenas 15 minutos do centro da cidade. Para elas, só faria sentido mudar para a base militar se o preço das taxas aeroportuárias fosse muito mais baixo.

A terceira e última opção dada, no memorando, ao futuro comprador é a construção de um novo aeroporto em Lisboa.

Concessão por 50 anos

Certo é que, sabe o SOL, o contrato de concessão da ANA – negócio com o qual o Estado espera um encaixe de dois mil milhões de euros – será feito por 50 anos, período ao fim do qual o negócio pode ser ou não renegociado.

As propostas entregues serão, entretanto, analisadas por uma comissão que decidirá quem tem capacidade para apresentar propostas vinculativas, o que terá de ser feito até ao final do ano. Fora da corrida à privatização da ANA (que Passos Coelho quer concluir no início de 2013), está a Brisa, que em comunicado informou que desistiu por limitações de financiamento. Já os argentinos da Corporación América, os colombianos da Odinsa – cujo consórcio incluirá a Mota-Engil –, a brasileira CCR e a alemã Fraport manifestaram interesse em concorrer.

SOL
« Última modificação: Outubro 27, 2014, 09:13:37 pm por Lusitano89 »
 

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Cabecinhas

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #22 em: Outubro 30, 2012, 04:34:58 am »
Depois de ler isto, só me dá vontade de rir na cara dos especuladores, construtores e afins que feitos gulosos começaram a construir nos terrenos adjacentes ao aeroporto.
Que sirva de lição... a estes, aos da Ota e aos outros.
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Edu

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #23 em: Outubro 30, 2012, 10:30:02 am »
Ser especulador é mesmo isto, especula-se, umas vezes corre bem outras vezes corre mal. O problema é que há certos especuladores, nomeadamente aqueles com ligações ao governo que acham que se correr bem está tudo bem, se correr mal têm o direito a ser compensados.

Acredito que se nessas expropriações houver algum proprietário com boas ligações quem vai sair a perder vai ser o estado.

Também não percebo o porque de agora estas concessões de 50 anos, porque tanto tempo? 2 mil milhões por 50 anos não me parece assim tão bom negócio.
 

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miguelbud

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #24 em: Novembro 16, 2012, 10:00:42 am »
Citar
Portugueses vão garantir contratos na aeronáutica
A criação de um "cluster" da indústria aeronáutica em Portugal vai finalmente ter asas para voar. O pretexto é o avião de transporte militar KC-390 que está a ser desenvolvido pela Embraer. A forma de lá chegar são os concursos que estão a ser lançados pela empresa brasileira e a OGMA (Oficinas Gerais de Material Aeronáutico de Alverca) para o fornecimento de estaleiros, moldes em compósito e peças maquinadas e em chapa que são necessários para o desenvolvimento do programa kC-390.
in Jornal de negócios
 

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Malagueta

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #25 em: Novembro 22, 2012, 11:06:02 am »
AeroNeo investe em unidade desmantelamento no aeroporto de Beja


A empresa portuguesa AeroNeo vai investir 11 milhões de euros numa unidade para desmantelar aviões e valorizar ativos aeronáuticos no aeroporto de Beja, num projeto "inovador", que arranca em 2013, revelou hoje o promotor à agência Lusa.

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Segundo a AeroNeo, "o projeto encontra-se em fase de formalização" e a unidade, que ocupará uma área de seis mil metros quadrados, deverá começar a ser construída em fevereiro e a operar em setembro de 2013.
 
A AeroNeo quer atuar como uma "clínica portuguesa de aeronaves" em Beja, desenvolvendo um programa "multifunções" sob o conceito "GreenParts95", criado pela multinacional suíça Jetlease e que inclui todas as fases de desmantelamento e reciclagem de um avião até ao seu desaparecimento total e através de um processo "amigo do ambiente".
 
Trata-se das últimas fases de operação e avaliação e de desmantelamento de um avião, de valorização, recertificação e reintrodução no mercado de peças, de reciclagem de outros componentes, como metais preciosos, de várias vertentes de investigação e desenvolvimento e de formação especializada em aeromecânica.
 
O projeto, integrado na "consolidação de um cluster aeronáutico" no Alentejo e no "desenvolvimento rentável do aeroporto de Beja", poderá criar cerca de 130 postos de trabalho, prevê a empresa.
 
Entre o primeiro e o quarto anos de atividade da unidade, estima, a vertente de desmantelamento de aviões poderá criar 20 a 75 postos de trabalho diretos e quatro a 12 indiretos, a área de reciclagem quatro a 25 diretos e indiretos e a área de formação e investigação 20 indiretos.
 
A AeroNeo prevê "um ritmo de crescimento sustentado" para a unidade, que deverá desmantelar cinco aviões no primeiro ano e atingir os 18 no quarto ano, altura em que poderá aproximar-se de uma faturação anual de três milhões de euros.
 

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #26 em: Novembro 27, 2012, 03:21:37 pm »
Embraer Portugal realiza primeiro carregamento para Brasil


A unidade em Évora da fabricante de aviões Embraer concluiu na última semana o embarque de seu primeiro carregamento com material de produção própria, informou hoje a empresa.
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O carregamento, composto por uma empenagem para o jato Legacy 500, teve como destino a fábrica da Embraer no Brasil, localizada na cidade de São José dos Campos, no estado de São Paulo.
 
As unidades Embraer Compósitos e Embraer Metálicas - ambas sediadas em Évora - foram inauguradas em setembro deste ano.
 
A previsão é de que a empresa atinja sua capacidade plena de produção a partir do segundo semestre de 2013.
 

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #27 em: Dezembro 14, 2012, 02:59:30 pm »
Portugal vai ser excepção numa Europa de aeroportos públicos
Raquel Almeida Correia
14/12/2012 - 14:10

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Quase 190 aeroportos ainda estão na esfera pública e há apenas um caso em que se privatizou toda a rede, como acontecerá em solo nacional com a venda da ANA, que hoje dá um novo passo.


Quando o Governo fechar a venda da ANA, no início do próximo ano, Portugal entrará directamente para a reduzida lista de países europeus que se desfizeram dos seus aeroportos. E, se a totalidade da participação pública nas infra-estruturas da Madeira também ficar no pacote, esta privatização fará com que se torne num dos dois Estados-membros que alienaram a totalidade da rede. Neste processo, há outra conclusão à vista: nunca antes um país da Europa a 27 fez um negócio deste tipo só por dinheiro.

A análise feita pelo PÚBLICO mostra que hoje ainda há 188 aeroportos controlados por entidades públicas. Aliás, mais de metade dos países continuam a ter o Estado como único accionista de todas as suas infra-estruturas. No total, há apenas 68 casos em que os privados foram convidados a entrar no capital, com grande expressão em França e no Reino Unido. E, em 26 deles, manteve-se uma participação estatal.

A febre das privatizações rebentou no final dos anos 90, com uma premissa comum: os aeroportos civis e militares, que nasceram para servir os interesses e populações dos diferentes países, mudaram. "Começou-se a perceber que eram mais do que infra-estruturas que albergavam companhias de aviação, mas sim plataformas de negócio com um raio de acção que tinha impacto a vários níveis da economia", explica Maria Fátima Rodrigues, investigadora do sector.

A partir do momento em que este paradigma mudou, tornou-se necessário dar-lhes uma gestão profissional e capital que permitisse desenvolvê-los face à massificação do transporte aéreo. Foi o rastilho de uma tendência que se foi propagando de "entrega das infra-estruturas a outros operadores, que não o Estado", diz a professora da Universidade Lusófona e assessora do conselho de administração da ANA.

Um pouco por toda a Europa, mas com especial força em território francês e britânico, foram dados os primeiros passos. O Reino Unido foi mesmo pioneiro num modelo que continua sem cópia: vendeu a propriedade dos aeroportos e não uma concessão, como aconteceu nos restantes países. França também é um caso particular, porque 14 das suas 26 infra-estruturas foram transferidas para câmaras de comércio, onde estão representados cidadãos e empresas da região.

Uma questão de dinheiro

Estes dois Estados-membros mantêm, até hoje, a posição mais liberal da União Europeia a 27, com 31 aeroportos totalmente privatizados (74% do total). No entanto, os britânicos também seguiram um caminho diferente dos franceses nos parceiros que escolheram: grandes grupos privados, como a BAA ou o fundo de investimento GIP, que também está na corrida à venda da ANA (ver texto secundário).

Olhando para o mapa aeroportuário europeu, e apesar de uma maior abertura às privatizações, a verdade é que França e Reino Unido continuam muito isolados. No outro extremo estão Espanha e Grécia, também porque são países polvilhados por aeroportos. No primeiro caso, todas as 48 infra-estruturas que existem são controladas pelo Estado. Já os gregos venderam parcialmente o aeroporto de Atenas (onde continua a haver uma participação pública de 55%) e têm outros 43 em mãos públicas.

Mas, tal como Portugal, estes dois Estados-membros foram obrigados a colocar em cima da mesa a hipótese de se desfazerem destes activos, exactamente pelo mesmo motivo. Com a crise na Europa, e os consequentes resgates financeiros, tornou-se uma "emergência", como o actual Governo assumiu, vender aeroportos. Em alguns casos para eliminar um peso que se torna difícil de suster e noutros para encaixar receita e reduzir o défice.

"O caso nacional é muito particular, porque esta privatização não é uma decisão estratégica, mas sim uma necessidade de tesouraria", frise Nuno Brilha, professor de Gestão Aeronáutica no Instituto Superior de Educação e Ciência (ISEC) e antigo quadro da ANA. No fundo, o negócio que está prestes a ser fechado pelo Governo "é uma questão de dinheiro" porque a verba gerada com a venda da concessão servirá para cumprir a meta de défice acordada com a troika para este ano (5%) e o restante irá directamente para os cofres públicos.

Uma vez que nem a Grécia, nem Espanha conseguiram ainda avançar com a abertura a privados dos seus aeroportos, Portugal acabará por se tornar no primeiro país a ver-se forçado a fazer um negócio deste tipo, por estas razões.

Estado fica afastado

Há outro aspecto em que o país está a ser original. Se o Governo Regional da Madeira aceitar incluir no pacote da venda os 20% que detém nos aeroportos do arquipélago, o comprador da ANA ficará com todos os aeroportos do país sob sua alçada. Esta privatização em rede só aconteceu ainda num outro Estado-membro: o Chipre. Todos os restantes mantiveram pelo menos uma infra-estrutura nas mãos do Estado e, em muitos casos, optaram por ficar com a que está instalada na sua principal cidade.

Para Nuno Brilha, esta opção era inevitável, tendo em conta a dimensão territorial do país. "Se o Governo optasse por ceder só o aeroporto de Lisboa, teria um problema com os restantes", porque a infra-estrutura da capital é a mais rentável e representa 50% do tráfego movimentado. Por outro lado, deixar de fora a Portela reduziria drasticamente o valor a pagar pelos investidores ao Estado.

Mais dúvidas há na questão da privatização total da ANA (95% serão alienados a um dos cinco candidatos e outros 5% aos trabalhadores). É que muitos dos países europeus que se decidiram por alienar aeroportos não abdicaram de dar ao Estado uma posição accionista, em muitos casos maioritária, como aconteceu em Itália ou na Alemanha.

Maria Fátima Rodrigues, da Lusófona, considera que "é uma opção a ter em conta", porque, saindo totalmente do capital, poderá "ser mais difícil reverter a situação", em casos de incumprimento contratual por exemplo. Já o docente do ISEC diz mesmo que semiprivatizar a gestora aeroportuária "teria sido a melhor opção", mas isto se houvesse "uma estratégia para o sector, política e económica".

Um modelo deste tipo evitaria um afastamento completo, ao mesmo tempo que permitiria gerar receitas para minimizar os problemas de tesouraria. Porém, manter o activo por manter, só para depois exercer posições de controlo, "não pode ser a única justificação para partilhar o capital com privados", remata Nuno Brilha.

O especialista do ISEC aponta outras lacunas a este negócio, que viverá hoje mais uma etapa importante com a entrega das propostas definitivas de compra à Parpública, gestora de participações do Estado. "Uma operação feita tão rapidamente só pode deixar pontas soltas", diz, sublinhando o facto de não se tratar de uma decisão estratégica, mas antes de "uma solução para resolver um problema de curto prazo".

Dividir para reinar

Muitos países europeus optaram por descentralizar os aeroportos do Estado central sem se desfazer deles, passando o controlo para entidades públicas de cariz mais regional. Há casos destes um pouco por toda a Europa: Dinamarca, França, Alemanha e Itália, por exemplo.

Tendo em conta que a norte se têm levantado vozes contra a venda de toda a rede da ANA e que, no contrato a transferir para o investidor, estão previstas subconcessões, Portugal poderá vir a juntar-se a esta lista. "Seria o derradeiro reconhecimento de que uma infraestrutura aeroportuária deve ser um instrumento ao serviço de uma região", considera a docente da Lusófona e assessora da ANA.

A forma como os diferentes países têm conduzido as privatizações ou pugnado por manter este sector nas mãos do Estado não pode ser dissociado de diversos factores, como o que leva Portugal agora a vender a sua gestora aeroportuária. No caso da Finlândia, as dificuldades em ligar por via rodoviária ou ferroviária as cidades, foram decisivas para que o país investisse e salvaguardasse os seus 25 aeroportos públicos. Na Grécia, situação semelhante se passou por causa das ilhas.

Já nos países mais a leste, o Estado continua a ser dono e senhor de grande parte das infra-estruturas, porque a febre das privatizações só agora começa a instalar-se. E, em Espanha, o Governo terá primeiro de fazer uma limpeza à rede para conseguir encontrar investidores.

O PSD anda basicamente a vender o país ao desbarato para esconder as provas da sua incapacidade de cumprir aquilo a que se propôs.

Pergunto quais serão as consequências a longo prazo de uma desisão como esta. De que forma se estão a por em causa os interesses de Portugal.
Esta não é uma decisão estratégica ou sequer pensada. Isto é uma simples necessidade de arranjar dinheiro facil.
 É mais ou menos um ir à "cofidis" pedir um emprestimo sem pensar que a seguir se pagarão juros de 30 ou 40%.

Bravo PSD, muito bom  lo3x4  :evil:
 

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Cabecinhas

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #28 em: Dezembro 18, 2012, 12:21:34 pm »
<a href="http://www.pnetpeticoes.pt/tap">Petição contra a privatização da TAP</a>
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Edu

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Re: Sector Aeroportuario/Aeronautica
« Responder #29 em: Dezembro 18, 2012, 05:05:26 pm »
Ontem ouvi na RTP que quem comprar a ANA ao fim de 5 anos, com os lucros da mesma, tem o investimento pago. Não sei se é verdade ou mentira mas acredito que seja verdade.

Isto cabe na cabeça de alguém, vender algo que passado 5 anos daria o dinheiro da venda, ainda por mais, por 50 anos.

Os gajos do PSD só podem andar loucos. Isto era empalalos a todos  :evil: .