União Europeia

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zocuni

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Re: União Europeia
« Responder #30 em: Outubro 10, 2019, 12:01:30 pm »

É alemã mas nasceu em Bruxelas, tem sete filhos e está associada à política desde cedo. Ursula von der Leyen é a nova Presidente da Comissão Europeia e a primeira mulher a ocupar o cargo.

A mais séria candidata ao Prémio Nobel da Paz.Vai ganhar fácil....
zocuni
 

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zocuni

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Re: União Europeia
« Responder #31 em: Outubro 29, 2019, 09:54:07 am »
Comissão Europeia - Comunicado de imprensa
Orçamento da UE para 2021-2027: Comissão congratula-se com acordo provisório sobre o futuro Fundo Europeu de Defesa
Bruxelas, 20 de fevereiro de 2019

As instituições da UE chegaram a um acordo político parcial sobre o Fundo Europeu de Defesa, sujeito à aprovação formal do Parlamento Europeu e do Conselho, que irá promover uma base industrial de defesa inovadora e competitiva e contribuir para a autonomia estratégica da UE.

Num mundo caracterizado por uma instabilidade crescente e por ameaças transfronteiriças à nossa segurança, nenhum país pode ser bem sucedido se permanecer isolado. É por esta razão que a Comissão Juncker está a envidar esforços sem precedentes para proteger e defender os europeus. O Fundo Europeu de Defesa, proposto pela Comissão em junho de 2018 no âmbito do orçamento de longo prazo da UE para o período 2021-2027, faz parte destas iniciativas destinadas a reforçar a capacidade da UE para proteger os seus cidadãos.

O Vice-Presidente Jyrki Katainen, responsável pelo Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade, declarou: «Trata-se de um passo importante para tornar a cooperação europeia no domínio da defesa uma realidade. O Fundo Europeu de Defesa ajudará os Estados-Membros a assegurar uma melhor utilização do dinheiro dos contribuintes, a promover uma indústria de defesa forte e inovadora e a reforçar a autonomia e a liderança tecnológica da UE no domínio da defesa.»

Elżbieta Bieńkowska, Comissária responsável pelo Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, acrescentou: «Este acordo é mais um elemento importante para assegurar que a Europa reforça o seu papel de garante da segurança dos seus cidadãos. O Fundo promoverá a inovação tecnológica e a cooperação no setor europeu da defesa, de modo a que a Europa beneficie de tecnologia e equipamentos de defesa de ponta e interoperáveis em áreas inovadoras como a inteligência artificial, os programas informáticos encriptados, a tecnologia de drones ou a comunicação por satélite.»

Sob reserva da sua adoção formal final pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, foi alcançado um acordo sobre os seguintes aspetos principais:

O Fundo prestará apoio ao longo de todo o ciclo do desenvolvimento industrial, desde a investigação até à certificação, passando pelo desenvolvimento de protótipos.
O Fundo financiará projetos colaborativos de investigação, principalmente através de subvenções.
Para além da fase de investigação e de conceção, em que é possível um financiamento de até 100 %, o orçamento da UE estará disponível para complementar o investimento dos Estados-Membros através do cofinanciamento dos custos de desenvolvimento de protótipos (até 20 %) e das ações de ensaios, qualificação e certificação daí resultantes (até 80 %).
O Fundo irá conceder incentivos para projetos com a participação transfronteiriça das muitas PME e empresas de média capitalização na cadeia de abastecimento no domínio da defesa, através da oferta de taxas de financiamento mais elevadas.
Os projetos no contexto da Cooperação Estruturada Permanente (CEP) europeia podem, se for caso disso, beneficiar de uma majoração do cofinanciamento de 10 %, mas o financiamento não é automático.
Os projetos serão definidos em conformidade com as prioridades de defesa acordadas pelos Estados-Membros no âmbito da Política Externa e de Segurança Comum e, em especial, no contexto do Plano de Desenvolvimento de Capacidades (PDC), mas as prioridades regionais e internacionais, nomeadamente as definidas no âmbito da NATO, também podem ser tidas em conta.
Em princípio, só são elegíveis os projetos colaborativos que envolvam pelo menos três entidades elegíveis de, pelo menos, três Estados-Membros ou países associados.
Pelo menos 4 % e até 8 % do orçamento serão afetados a iniciativas de inovação disruptiva de alto risco, que irão reforçar, a longo prazo, a liderança tecnológica da Europa e a sua autonomia no domínio da defesa.
Em princípio, só são elegíveis para financiamento as entidades estabelecidas na UE ou em países associados e que não sejam controladas por países terceiros ou pelas suas entidades jurídicas. As filiais de empresas de países terceiros estabelecidas na UE podem, a título excecional, ser elegíveis para financiamento sob determinadas condições que assegurem que os interesses de segurança e de defesa da UE e dos Estados-Membros não são postos em risco. As entidades estabelecidas fora da UE não receberão qualquer financiamento da UE, mas podem participar em projetos de cooperação. Por conseguinte, a UE não exclui ninguém do Fundo Europeu de Defesa, mas estabelece condições para conceder financiamento semelhantes às enfrentadas pelas empresas da UE nos mercados de países terceiros.
Próximas etapas

O acordo político preliminar alcançado pelo Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão, durante as chamadas negociações do trílogo, será agora sujeito a aprovação formal pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho. Os aspetos orçamentais e algumas disposições horizontais conexas do futuro Fundo Europeu de Defesa estão sujeitos ao acordo global sobre o próximo orçamento de longo prazo da UE, proposto pela Comissão em maio de 2018.

Contexto

Nas suas orientações políticas de junho de 2014, o Presidente Jean-Claude Juncker considerou prioritário reforçar a segurança dos cidadãos europeus. No seu discurso sobre o Estado da União de 2016, anunciou a criação de um Fundo Europeu de Defesa.

Desde então, a Comissão Europeia, sob a direção do Presidente Juncker e com o apoio dos Estados-Membros, tem vindo a tomar medidas para tornar a cooperação no domínio da defesa no âmbito do orçamento da UE uma realidade.

A Comissão está já a abrir caminho ao abrigo do atual período orçamental da UE, que termina em 2020. Pela primeira vez na história da Europa, a UE está a incentivar a cooperação europeia no domínio da defesa, com uma dotação orçamental de 590 milhões de euros (90 milhões de euros para a investigação em 2017-2019 e 500 milhões de euros para o desenvolvimento de equipamento e tecnologia em 2019-2020).

A cooperação em matéria de investigação no domínio da defesa está já a concretizar-se. Os primeiros acordos de subvenção da UE no âmbito do orçamento de 2017 incluíram o projeto de investigação «Ocean2020», que reúne 42 parceiros de 15 países da UE e apoia as missões de vigilância marítima no mar e, para esse efeito, integrará drones e submarinos não tripulados em operações navais. Nas próximas semanas, a Comissão anunciará mais projetos colaborativos de investigação no domínio da defesa ao abrigo do orçamento de 2018 e apresentará o programa de trabalho e o convite final à apresentação de propostas no âmbito da fração orçamental restante para 2019.
A Comissão iniciou formalmente o trabalho com os Estados-Membros para financiar projetos industriais conjuntos no domínio da defesa. Na sequência dos pareceres dos Estados-Membros, a Comissão adotará, dentro de algumas semanas, o primeiro programa de trabalho para o Programa Europeu de Desenvolvimento Industrial no domínio da Defesa (PEDID), destinado a cofinanciar projetos industriais conjuntos neste domínio no âmbito do orçamento da UE para 2019-2020.
Com base nestes dois programas «piloto», e aumentando o financiamento inicial, a Comissão propôs, em junho de 2018, um verdadeiro Fundo Europeu de Defesa, no valor de 13 mil milhões de EUR, no âmbito do próximo orçamento de longo prazo da UE, destinado a cobrir tanto as vertentes de investigação como as de capacidades.

O Fundo Europeu de Defesa irá complementar as ações de outros programas da UE propostos pela Comissão, em particular os 6,5 mil milhões de euros do Mecanismo Interligar a Europa destinada a reforçar as infraestruturas estratégicas de transporte da UE a fim de as tornar mais adequadas para fins de mobilidade militar, e a proposta de um novo programa de investigação e inovação Horizonte Europa, no valor de 100 mil milhões de euros.

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Re: União Europeia
« Responder #33 em: Outubro 29, 2019, 10:53:28 am »
Deve ter sido o Centeno a fazer o gráfico  :)

Esqueceram-se de referir que a UE gasta 182 mil milhões € em defesa (1,3%), por ano, devia gastar 280 mil milhões € (2% do PIB).
EUA gasta 524 mil milhões € em defesa, por ano (4% do PIB).

Ou seja, à poupança de 26 mil milhões que faz todo o sentido, há a acrescer mais 100 mil milhões por ano, para cumprirem com os 2% de investimento em defesa, como prometeram.
 

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Re: União Europeia
« Responder #34 em: Outubro 29, 2019, 11:08:51 am »
Deve ter sido o Centeno a fazer o gráfico  :)

Esqueceram-se de referir que a UE gasta 182 mil milhões € em defesa (1,3%), por ano, devia gastar 280 mil milhões € (2% do PIB).
EUA gasta 524 mil milhões € em defesa, por ano (4% do PIB).

Ou seja, à poupança de 26 mil milhões que faz todo o sentido, há a acrescer mais 100 mil milhões por ano, para cumprirem com os 2% de investimento em defesa, como prometeram.

Quem fez não sei eu apenas até interpretei de outra forma tal conteúdo e num contexto UE e não de OTAN como fazes.
A ser verdade essas quantias que a UE gasta confesso que é pouco perceptível e de difícil percepção tais gastos.Aí menciona que se houvesse uma padronização de munições e meios de infantaria pouparia-se muito não tendo como contestar até acredito e também suponho que se tal estudo se estendesse a outras variantes militares deveria sair coisas até mais aberrantes.
Agora há que ver que cada país faz de seu jeito e pensa individualmente pois de facto não existe qualquer programa europeu de defesa o que está em marcha como esse PESCO ainda é muito insipiente e ninguém sabe muito bem o que isso vai dar.
Em 2021 pelo que falam existirá um orçamento de defesa da UE então aguardarei para ver como será isso.
zocuni
 

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Re: União Europeia
« Responder #35 em: Outubro 29, 2019, 12:51:43 pm »
Deve ter sido o Centeno a fazer o gráfico  :)

Esqueceram-se de referir que a UE gasta 182 mil milhões € em defesa (1,3%), por ano, devia gastar 280 mil milhões € (2% do PIB).
EUA gasta 524 mil milhões € em defesa, por ano (4% do PIB).

Ou seja, à poupança de 26 mil milhões que faz todo o sentido, há a acrescer mais 100 mil milhões por ano, para cumprirem com os 2% de investimento em defesa, como prometeram.

Quem fez não sei eu apenas até interpretei de outra forma tal conteúdo e num contexto UE e não de OTAN como fazes.
A ser verdade essas quantias que a UE gasta confesso que é pouco perceptível e de difícil percepção tais gastos.Aí menciona que se houvesse uma padronização de munições e meios de infantaria pouparia-se muito não tendo como contestar até acredito e também suponho que se tal estudo se estendesse a outras variantes militares deveria sair coisas até mais aberrantes.
Agora há que ver que cada país faz de seu jeito e pensa individualmente pois de facto não existe qualquer programa europeu de defesa o que está em marcha como esse PESCO ainda é muito insipiente e ninguém sabe muito bem o que isso vai dar.
Em 2021 pelo que falam existirá um orçamento de defesa da UE então aguardarei para ver como será isso.

É verdade que referi a exigência de 2% aos membros da OTAN-NATO, mas também é verdade que 22 dos 28 países da UE também são membros da OTAN-NATO!
 

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Re: União Europeia
« Responder #36 em: Maio 05, 2020, 04:01:40 pm »
THE FUTURE OF EUROPEAN GOVERNANCE IN A POST-COVID WORLD
MICHAEL MOSSER, LORINC REDEI, AMANDA SLOAT, AND PAUL EDGAR

In this episode of Horns of a Dilemma, Paul Edgar, the associate director for the Clements Center at the University of Texas at Austin, sits down with for a wide-ranging discussion about the impact of the COVID-19 pandemic on European governance. Paul is joined by Amanda Sloat, a Robert Bosch senior fellow in the Center on the United States and Europe at the Brookings Institution, Michael Mosser, assistant professor of international relations and global studies at the University of Texas at Austin, and Lorinc Redei, lecturer and graduate adviser for the Global Policy Studies Program at the University of Texas at Austin. Their discussion reviews the impact of the novel coronavirus on governance issues such as the timing of European elections, the trend to authoritarianism in some European countries, and the likely impact on the future of the European Union.

Podcast: https://warontherocks.com/2020/05/the-future-of-european-governance-in-a-post-covid-world/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: União Europeia
« Responder #37 em: Maio 30, 2020, 02:34:19 am »
Estes são os países que ganham mais com o Fundo de Recuperação. Portugal é o oitavo

Tanto no valor nominal como em percentagem do PIB, Portugal é o oitavo mais beneficiado pela proposta da Comissão Europeia para o Fundo de Recuperação.

Itália e Espanha, dois dos países europeus mais afetados pela pandemia, recebem o maior envelope de dinheiro na proposta da Comissão Europeia para o Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros, mas a conclusão muda quando se compara com a dimensão da economia. Portugal fica em oitavo lugar tanto nas duas óticas, de acordo com a análise feita pelo ECO aos números de Bruxelas, os quais ainda podem ser alterados no futuro.

A Comissão Europeia apresentou ontem a sua proposta para o próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027 que alberga um Fundo de Recuperação por causa da pandemia. Além dos habituais 1,1 biliões de euros do QFP, Bruxelas propõe 500 mil milhões de euros de subvenção a fundo perdido, sob critérios definidos, e 250 mil milhões de euros de empréstimos para os Estados-membros. Esta proposta vai ser debatida no Conselho Europeu, o qual tem de rejeitar, modificar ou aprovar.

Mas quem recebe mais ou menos dinheiro? A Comissão elaborou uma chave de distribuição com base na população, no PIB per capita e na taxa de desemprego. A orientação é simples: “A chave de distribuição irá beneficiar particularmente os países mais afetados pela crise, especialmente aqueles com um rendimento per capita baixo e elevado desemprego“. A fórmula é explicada em detalhe pelos técnicos num documento divulgado esta quinta-feira (de referir que a tabela está em preços de 2018 e os valores aqui referidos em preços correntes) e resume-se na relação entre a população, o PIB per capita e a taxa de desemprego dos últimos 5 anos.

No caso dos empréstimos, existe um volume máximo de 4,7% do RNB (rendimento nacional bruto) de cada Estado-membro, ainda que o valor possa ser superado em “circunstâncias excecionais” consoante os recursos disponíveis.

Assim, Portugal deverá receber um total de 26,3 mil milhões de euros: 15,5 mil milhões de euros em transferências a fundo perdido e 10,8 mil milhões de euros em empréstimos. Contudo, é de notar que os 15,5 mil milhões de euros em subvenções não são diretamente comparáveis com os 500 mil milhões anunciados. Os 15,5 mil milhões dividem-se entre 12,9 mil milhões de euros do Instrumento para a Recuperação e Resiliência (4,2% dos 310 mil milhões totais deste instrumento) e o restante pelo REACT EU, Fundo da Transição Justa e Desenvolvimento Rural.

Os 26,3 mil milhões de euros colocam Portugal em oitavo lugar no ranking dos países que mais recebem tanto em termos nominais como em percentagem do PIB. Itália é o país que mais recebe em termos nominais (172,7 mil milhões de euros), seguindo-se Espanha (140,4 mil milhões) e a Polónia (63,8 mil milhões). Até chegar a Portugal há ainda França (38,7 mil milhões), Grécia (32 mil milhões), Roménia (31,2 mil milhões) e a Alemanha (28,8 mil milhões).


Valor máximo que cada país pode receber em subvenções mais empréstimos do Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros com base na chave de distribuição estimada pela Comissão Europeia.

Contudo, esta ordem muda significativamente caso se coloque estes valores em percentagem do PIB (dados do Eurostat para 2019), apesar de no caso de Portugal (ajuda de cerca de 12,4% do PIB de 2019), por coincidência, o lugar relativo seja o mesmo. Nesta ótica, a Bulgária destaca-se ao receber 20,4% do PIB de 2019 em ajuda europeia, seguindo-se a Croácia (18,5%) e a Grécia (17%). Já Itália (9,7%) é o 15º mais beneficiado nesta comparação e em 12.º lugar aparece Espanha (11,3%).

Nos menos beneficiados, em percentagem do PIB, por este desenho dos apoios encontram-se o grupo dos quatro países “frugais”: Dinamarca, Holanda, Suécia e Áustria recebem no máximo 1% do seu PIB. É o caso da Alemanha também, mas o Governo alemão está alinhado com a maioria dos Estados-membros na defesa por um envelope maior e na forma de subvenções. O Luxemburgo e a Irlanda ocupam os dois últimos lugares, mas esta comparação é dificultada pela inflação do PIB destes dois países por causa do registo de patentes e multinacionais maioritariamente para efeitos fiscais.



Porém, para avaliar quem ganha mais (ou perde) é preciso também olhar para a proposta do QFP 21-27, o qual tem o dinheiro que habitualmente é distribuído aos Estados-membros através do orçamento comunitário durante sete anos. Ontem, na RTP3, o eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, disse que serão 33 mil milhões de euros do QFP para Portugal: “Nunca recebemos tanto dinheiro. É uma enorme pipa de massa”, disse, pedindo para que a discussão passe a ser sobre onde investir esse dinheiro.

No mesmo espaço, a eurodeputado do PS, Margarida Marques, garantiu que os valores do Fundo de Recuperação vão “na prática compensar a perda que [a proposta de 2018 da Comissão Europeia para o QFP 21-27] tinha nos valores da coesão e na PAC (segundo pilar)”. Ambos (que estão envolvidos nas negociações do orçamento comunitário) elogiaram a proposta de Bruxelas, pedindo ao Conselho Europeu que trabalhe num acordo que também agrade ao Parlamento Europeu. É preciso o aval dos eurodeputados para que o QFP veja a luz do dia.

https://eco.sapo.pt/2020/05/28/estes-sao-os-paises-que-ganham-mais-com-o-fundo-de-recuperacao-portugal-e-o-oitavo/
 

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Re: União Europeia
« Responder #38 em: Dezembro 16, 2020, 06:01:44 pm »
[quote="cabeça de martelo" post_id=5576243 time=1608141504 user_id=740]
European Parliament and Council agree EU's military budgets
by Brooks Tigner

The European Commission’s proposed budgets for the European Defence Fund (EDF) and military mobility were sewn up with a final nod on 14 December from the European Parliament toward the Council. The resulting political agreement – which now awaits official enactment in the coming weeks – will institutionalise the EU’s entry into the fields of defence research and capability development.

This agreement seals the work done over many years,” François-Xavier Bellamy, French member of the European Parliament who negotiated the EDF, declared in a press release published by his European People’s Party on 14 December. “It will eventually have a lasting positive impact on industry and employment by supporting European value chains in the fields of security and defence and by investing in long-term research and development.”

In a Commission press release the same day, Thierry Breton, European Commissioner for the internal market, hailed the agreement as a “major breakthrough” for supporting defence industrial co-operation. “A more integrated, innovative and competitive European defence technological and industrial base is essential for a stronger, more resilient and strategically autonomous Europe,” he said.

Under the EU’s 2021-27 Multiannual Financial Framework (MFF) general budget, the EDF is allocated EUR7.953 billion (USD9.7 billion) and military mobility EUR1.691 billion.
[/quote]

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Re: União Europeia
« Responder #39 em: Dezembro 31, 2020, 11:17:57 am »
Angela Merkel passa o testemunho a António Costa


 

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Re: União Europeia
« Responder #40 em: Fevereiro 06, 2021, 03:05:45 pm »
Rússia humilha diplomacia europeia

Enquanto decorria o encontro entre Borell e Lavrov, Moscovo expulsava três diplomatas de países da União Europeia por terem “participado nas manifestações ilegais” a favor da libertação de Navalny.

Josep Borell, Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da União Europeia, queria ir “à Rússia para falar com ela em vez de (só) falar da Rússia”, mas o facto é que Moscovo apenas conversa com a UE sobre o que quiser e como quiser. Resultado, o dirigente da diplomacia europeia foi literalmente humilhado em público.

Borell pediu a libertação de Alexei Navalny, mas, durante uma conferência de imprensa conjunta, a resposta de Serguei Lavrov foi um autêntico raspanete sem precedentes, sem que o primeiro reagisse.  O chefe da diplomacia russa acusou a União Europeia de “não ser um parceiro fiel”, criticou a “dualidade de critérios” europeia, pôs em causa as provas científicas do envenenamento de Alexei Navalny apresentadas por laboratórios da Suécia e França, aconselhou os jornalistas ocidentais a investigar os seus próprios governos.

Enquanto decorria o encontro entre Borell e Lavrov, Moscovo expulsava três diplomatas de países da União Europeia: da Alemanha, Polónia e Suécia, por terem “participado nas manifestações ilegais” a favor da libertação de Navalny em São Petersburgo e Moscovo.

Além disso, o opositor Alexei Navalny estava a ser novamente julgado por ter “insultado” um veterano da Segunda Guerra Mundial. Durante a campanha para o referendo sobre a revisão constitucional que eterniza o poder de Vladimir Putin, Navalny chamou “lacaios vendidos” a uma série de conhecidas personalidades da política e cultura russas, entre as quais se encontrava o veterano, declarações que passaram na televisão russa.

A reacção do líder da diplomacia europeia foi de uma fraqueza espantosa: “A minha visita coincide com a detenção e condenação de Alexei Navalny e com a detenção de milhares de manifestantes. Transmiti ao ministro Lavrov a nossa profunda preocupação e reiterei o nosso apelo para a sua libertação e para o início de uma investigação imparcial ao seu envenenamento.”

Mais, as críticas à detenção de Navalny foram ainda mais desvalorizadas quando Borell admitiu que a UE não tem ainda nenhuma proposta para sancionar a Rússia, ou quando desvalorizou a violência exercida sobre os apoiantes de Navalny ao reconhecer que o uso excessivo da força pelas autoridades policiais é um fenómeno que acontece em todo o mundo.

E para que tudo ficasse claro, o Kremlin não autorizou que Borell se encontrasse com Alexei Navalny, considerando que isso poderia dar ao líder da oposição russa o estatuto de “preso político”.

A posição de Borell está a provocar uma forte onda de indignação nos países vizinhos da Rússia que fazem parte da União Europeia. Há quatro anos que um Alto Comissário para a Política Externa e Segurança não ia a Moscovo, em grande parte devido à pressão dos citados países. Desta vez, eles manifestaram-se contra a visita de Borell e os resultados vieram dar-lhes razão: sem dúvida que é necessário dialogar com a Rússia, mas não nas condições ditadas por Putin.

Antes de partir para Moscovo, Borell escreveu num artigo, publicado no Público: “O principal objectivo da minha visita é debater as questões que nos suscitam preocupação relacionadas com o lugar e o papel da Rússia na Europa e, de um modo mais geral, com o seu envolvimento a nível internacional.”

Esperemos que o diplomata europeu tenha tirado conclusões desta sua viagem muito malsucedida.

Aliás, a posição de Borell contrasta fortemente com a do presidente norte-americano face ao Kremlin. Joe Biden prometeu que a Rússia irá “pagar” pelas suas acções, palavras muito mal recebidas por Moscovo, que reagiu de forma muito original: revelou sérias preocupações face às “perseguições” contra os invasores do Capitólio em Washington. “Na sua maioria, são simples cidadãos dos Estados Unidos que não ficam indiferentes ao destino do seu Estado”, declarou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

E os simples cidadãos russos que são recebidos à bastonada e são lançados para os calabouços quando apenas querem sair à rua para protestar? Chamo a atenção para o facto de, na Rússia, as manifestações da oposição se caracterizarem por não provocar danos materiais: não há monstras partidas nem lojas pilhadas.

Não há dúvida de que é necessário manter o diálogo com o Kremlin, mas tendo em conta, igualmente, que a actual elite governante russa é mais nacionalista, chauvinista e agressiva do que os antigos dirigentes da URSS depois da morte de Estaline em 1953.

Por isso, é urgente uma aproximação das diplomacias dos Estados Unidos e da União Europeia para enfrentar a actual política externa revisionista e agressiva da Rússia, país que continua a ser um gigante com pés de barro cada vez mais fracos, mas com ambições imperiais.

Nesta situação, é também importante atentar aos processos políticos que têm lugar na Rússia. É verdade que Putin aumenta o aparelho repressivo com vista a neutralizar qualquer tipo de oposição não controlada por ele. Mas também é verdade que as fileiras da oposição aumentam. Navalny ganha novos apoiantes na sociedade russa, não porque concordem com as suas ideias políticas, mas porque veem nele o único político capaz de desafiar o actual regime corrupto e autocrático de um “czar” cada vez mais senil. Rotular os opositores de “agentes estrangeiros”, traidores, é um sinal de fraqueza e de medo perante os próprios cidadãos.

O dirigente russo está a polarizar fortemente a situação, processo que se irá agravar com as eleições parlamentares no Outono.

https://observador.pt/opiniao/russia-humilha-diplomacia-europeia/

Realmente com estadistas flor de estufa, perante a camorra Russa que envenena todos os opositores...... faz lembrar o episódio do Chicão a ser humilhado pelo Ljudomir:
 

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Re: União Europeia
« Responder #42 em: Fevereiro 23, 2021, 05:09:17 pm »
UE sanciona funcionários mas não oligarcas russos


 

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Re: União Europeia
« Responder #43 em: Março 06, 2021, 05:36:42 pm »
Confirma-se: isto não está a correr bem. A União Europeia continua a assistir a um processo de vacinação a passo de caracol. E, com o stress da pandemia, são cada vez mais notórios os desentendimentos entre os 27, e entre estes e a Comissão Europeia (CE). A UE está com dificuldades em entender-se sobre coisas tão básicas como a quem comprar vacinas contra a covid, como combater a escassez de doses ou quando e como reabrir as fronteiras internas e externas, retomando a circulação tanto de cidadãos dos 27 como de países terceiros.

A principal vítima dos desentendimentos entre os Estados-membros pode bem vir a ser a Comissão Von der Leyen, que é a primeira responsável por apontar caminhos, definir soluções e forjar consensos. Em vez disso, tem-se visto obrigada a corrigir vários tiros, sob pressão de alguns países, para evitar que a União Europeia se transforme numa desunião europeia.

https://eco.sapo.pt/especiais/uma-uniao-a-deslacar-sob-stress-pandemico/
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: União Europeia
« Responder #44 em: Março 22, 2021, 03:22:25 pm »
Direitos Humanos: UE enfurece China ao aprovar sanções