Petróleo em Portugal

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miguelbud

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #105 em: Outubro 03, 2011, 09:18:46 am »
Petrobras e Galp iniciam exploração em Peniche

Petrolífera brasileira, em parceria com Galp, liderada por Ferreira de Oliveira, avança com o primeiro poço já em 2012.

A Petrobras, em parceria com a Galp, vai mesmo avançar com a perfuração petrolífera em águas portuguesas, num sinal claro de que há fortes expectativas da existência de crude. O consórcio arrancará, já em 2012, com o primeiro poço ao largo de Peniche, cuja concessão, composta por quatro blocos, conta também com a participação da Partex. Alguns meses mais tarde será a vez da costa alentejana, onde os três blocos são partilhados apenas pela Petrobras e pela Galp, afirmou ao Diário Económico fonte do grupo brasileiro.

Estes trabalhos são cruciais para determinar a viabilidade comercial das concessões e reflectem, pelo investimento envolvido, a forte aposta da Petrobras em território nacional, numa altura em que o grupo centra a maioria dos seus esforços no pré-sal da Bacia de Santos, no Brasil, e tem em marcha um plano de desinvestimento de activos, sobretudo internacionais, de 13.600 milhões de dólares (10 mil milhões de euros). Cada perfuração no ‘off-shore' nacional custará entre 80 a 100 milhões de dólares (58,8 milhões de euros a 73,5 milhões de euros), refere a mesma fonte.

O próprio responsável pelo negócio da Petrobras em Portugal já tinha avançado, em entrevista ao Diário Económico no final do ano passado, que "mesmo sendo um projecto de alto risco" há 10% a 12% de probabilidades de encontrar o tão desejado ouro negro na costa portuguesa. Previsões que não assustam José de Freitas. Com um optimismo moderado, o gestor explicou então que "estes são os números da indústria de petróleo".

http://economico.sapo.pt/noticias/petro ... 28092.html
 

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Lusitano89

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #106 em: Janeiro 18, 2012, 07:53:14 pm »
Costa portuguesa tem areias que podem ser bons reservatórios de petróleo


O fundo do mar ao largo da costa portuguesa tem areias com condições para reservatórios de petróleo ou gás, um dado que as empresas petrolíferas devem ter em conta nas suas explorações, revelou hoje o cientista Dorrik Stow. O especialista do Instituto de Engenharia Petrolífera, da Universidade Herot-Watt, na Escócia, é responsável por uma expedição internacional que está Lisboa, a bordo do navio Joides Resolution.

O navio acolheu uma equipa de 35 cientistas, de 13 países, que durante dois meses trabalharam na recolha e primeira análise de amostras de sedimentos do fundo do mar no Mediterrâneo, no âmbito do Programa Integrado de Perfuração Oceânica (IODP), um projecto internacional onde Portugal também participa.

A missão científica internacional iniciou-se em Ponta Delgada e terminou em Lisboa, onde hoje os cientistas responsáveis transmitiram as primeiras observações acerca do que descobriram para estudo da história da terra, do clima e das alterações climáticas e dos recursos naturais, como hidrocarbonetos.

Dorrik Stow avançou, em conferência de imprensa, que foi encontrada muito mais areia do que o esperado.

«A quantidade de areia descarregada no Mediterrâneo vai gerar uma camada que dá excelentes reservatórios para hidrocarbonetos», referiu o especialista, acrescentando que, até agora, não se sabia da existência destes potenciais reservatórios.

Assim, «é maior a probabilidade de existir ali petróleo», um dado a ter em conta pelas empresas que fazem este tipo de prospecção, concluiu.

Este tipo de areia branca, «limpa e bem calibrada», encontra-se desde o Estreito Gibraltar até oeste de Portugal, subindo a Espanha e a Escócia, em direção à Noruega.

Francisco Hernández-Molina, do Departamento de Geociências Marinhas, da Universidade de Vigo, acrescentou que no Brasil existem depósitos de areias deste tipo com gás e petróleo.

Fernando Barriga, do departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e delegado de Portugal no ECORD Council (que reúne os países da UE e o Canadá junto do IODP), considerou que a lei portuguesa para a exploração marinha deveria integrar algumas alterações, atendendo à evolução nesta área nos últimos anos.

Os resultados desta expedição são relevantes para esta área, pois podem fornecer dados acerca de onde procurar os hidrocarbonetos, defendeu.

Existem vários contratos de prospeção entre Portugal e as empresas do sector energético, no Algarve, Alentejo e Peniche, recordou Fernando Barriga.

A investigação realizada a partir desta expedição, onde participou a cientista do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) Antje Voelker e um professor da Escola Secundária de Loulé - Helder Pereira -, também visou obter dados acerca da relação dos sedimentos com o clima e as alterações climáticas.

Francisco Hernández-Molina explicou que as amostras de sedimentos «contam a história» de milhões de anos do fundo do mar e refletem as alterações que o clima sofreu, dados que podem ser transpostos para a análise do clima actual e futuro.

O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, foi um dos 600 visitantes que marcaram presença no navio JR, atracado em Lisboa, além de diversos estudantes de escolas e universidades.

Em declarações à agência Lusa, a bordo do navio, o secretário de Estado defendeu a importância da investigação aplicada, área que Portugal devia desenvolver mais, a par da investigação base (teórica), pois permite «tirar mais-valias económicas».

«Temos de reforçar esta segunda vertente», salientou, realçando igualmente a oportunidade para «repensar a postura de Portugal face à investigação».

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #107 em: Janeiro 26, 2012, 12:37:18 pm »
Petrobras quer perfurar poço de petróleo em Portugal já em 2013

José Freitas, director-geral da Petrobras Portugal, disse ao ETV que a empresa está preparada para perfurar um poço em 2013.

O director-geral da Petrobras em Portugal, José Freitas, disse hoje ao canal ETV que a empresa continua a acreditar na existência de petróleo em Portugal. "Temos mais pessoas a trabalhar, estamos a usar técnicas mais modernas e temos profissionais muito experientes. É preciso esperar o tempo passar", disse o gestor.

José Freitas acrescentou ainda que "hoje em dia, a bacia do Alentejo parece ser mais promissora do que a bacia de Peniche", acrescentando que se for inquestionável a existência de hidrocarbonetos na costa portuguesa, a Petrobras estaria preparada para "perfurar um poço em 2013".

O director-geral afirmou também que o governo português acompanha a "par e passo" todas as actividades de exploração petrolífera em Portugal.

http://economico.sapo.pt/noticias/petro ... 36760.html
 

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Toni87

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #108 em: Janeiro 28, 2012, 03:26:12 pm »
 

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Lusitano89

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #109 em: Fevereiro 01, 2012, 07:32:24 pm »
Petrolíferas investem 200 milhões de €€€ na pesquisa de petróleo em Portugal
 

Portugal conta actualmente com 15 contratos de prospeção, pesquisa e exploração petrolífera.

Projectos que representam investimentos de 200 milhões de euros, sem custos para o Estado. A Mohave Oil&Gas Corporation está no topo da lista com o maior número de concessões. São cinco, localizadas no onshore da Bacia Lusitânica, na região de Torres Vedras.

Segue-se o consórcio Petrobras/Galp/Partex, com quatro áreas de exploração nas águas profundas, ao largo de Peniche, seguida de mais três na Bacia do Alentejo. Aqui já sem a Partex. Anteriormente esta concessão era detida pela Tullow-Hardman/Galp/Partex). As mais recentes, são as duas concessões na Bacia do Algarve, atribuídas à Repsol/RWE.

Amanhã realiza-se, no Centro Cultural de Belém, o seminário "Potencial Petrolífero em Portugal. Atividades e Perspetivas", promovido pelo Ministério da Economia e do Emprego, com a participação das empresas que operam no sector.

Diário Económico
 

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Lusitano89

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #110 em: Setembro 04, 2012, 12:15:32 am »
Governo aprova plano de produção de petróleo em Portugal


O Governo aprovou um plano de desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos que vai ser feito pela primeira vez em Portugal e que a empresa Mohave estima que resulte na produção de oito mil barris de petróleo por dia. «O Governo decidiu aprovar um plano geral de trabalhos de desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos», anunciou hoje o Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira.

O plano, foi apresentado pela empresa Mohave Oil & Gas que, segundo o ministro se propõe investir, «ao longo dos próximos cinco anos, cerca de 230 milhões de euros», contribuindo para a criação de «200 postos de trabalho directos, além de centenas de empregos indirectos».

A aprovação do plano, o primeiro do género em Portugal, foi anunciada em Alcobaça onde Álvaro Santos Pereira presidiu à assinatura de um contrato de concessão de hidrocarbonetos (petróleo ou gás) entre a Mohave Oil & Gas Corporation e a Galp Energia, que adquiriu uma participação de 50 por cento na concessão Aljubarrota-3, por cerca de 4,3 milhões de dólares (3,3 milhões de euros).

Depois de a empresa ter anunciado, em Março, a possibilidade de em Alcobaça poder localizar-se um importante depósito de gás, o ministro sublinhou hoje «o papel da indústria de hidrocarbonetos como alavanca do desenvolvimento regional» e defendeu a dinamização do sector como «fonte potencial de captação de investimento, de criação de emprego e de receita para o Estado».

A Mojave, que já investiu em Portugal 127 milhões de euros, dos quais cerca de 48 milhões em 2011, estima atingir, com este plano «uma produção de oito mil barris [de petróleo ou equivalente] por dia», disse aos jornalistas o administrador da empresa, Arlindo Alves.

Álvaro Santos Pereira visitou ainda uma plataforma de prospecção de gás em Alcobaça, onde a empresa está a fazer prospecção durante os próximos 50 dias para avaliar se existe no subsolo gás suficiente para justificar a sua exploração.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #111 em: Fevereiro 10, 2013, 10:49:38 pm »
Há petróleo no Barreiro
A Direção Geral de Energia e Geologia acaba de assinar um contrato de prospeção e pesquisa de gás natural e petróleo em todo o distrito de Setúbal, com a empresa canadiana Oracle Energy Corporation.

A concessão estende-se a todos os concelhos do distrito de Setúbal mas, numa fase inicial, vai centrar-se no Barreiro. É um contrato válido por oito anos e representa um investimento de 15 milhões de euros.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ha-petroleo-no- ... z2KXV4zwFr
 

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Lusitano89

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #112 em: Abril 29, 2013, 10:03:49 pm »
Galp pede mais um ano ao Governo pela concessão de petróleo em Portugal


O presidente da Galp revelou hoje que pediu mais um ano ao Governo para avançar com o projecto de prospecção de petróleo em Portugal, já que a concessão obrigava a empresa a investir cerca de 152 milhões de euros em 2013.

Manuel Ferreira de Oliveira disse hoje aos jornalistas na apresentação de resultados do trimestre da Galp que, perante os resultados de prospecção iniciais como o mapeamento a 2D e 3D nas concessões no mar de Peniche e Alentejo, necessitava de "mais tempo" para processar a informação e avançar para a fase seguinte, que é a perfuração de um poço experimental, um investimento de mais de 152 milhões de euros.

"Não podemos avançar com uma perfuração de mais de 230 milhões de dólares sem ter a certeza de que podemos encontrar alguma coisa", afirmou o presidente executivo da Galp, acrescentando que, nesse sentido, pediu à direcção geral de Energia e Geologia a extensão do prazo para 2014 da obrigatoriedade de fazer um poço exploratório.

"Temos toda a informação necessária mas ainda não está trabalhada, enviámos as nossas razões à direcção geral de Energia e Geologia e estamos à espera de resposta", adiantou.

Manuel Ferreira de Oliveira tinha dito no início de Março, numa apresentação aos investidores em Londres, que a probabilidade de encontrar petróleo em Portugal é, neste momento, maior na bacia do Alentejo do que na bacia de Peniche.

O presidente da Galp, citado pelo 'site' Dinheiro Vivo, afirmou na altura estar em fase de estudos e que "a probabilidade de investimento seria mais na bacia do Alentejo do que na bacia de Peniche", acrescentando que "Portugal é um investimento de risco" e que até ao final deste ano tomaria a decisão de perfurar ou não um poço em 2014.

"Tanto podemos avançar como podemos devolver a concessão ao Estado", referiu em Março.

O lucro da Galp cresceu 51% no primeiro trimestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado, atingindo os 75 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.

Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa adianta que os lucros operacionais ajustados foram de 148 milhões de euros, o que representa mais 49 milhões do que no primeiro trimestre de 2012.

Um resultado que a Galp justifica com uma "melhor performance operacional de todos os segmentos", nomeando em concreto o aumento da produção de petróleo e de gás natural no Brasil, a melhoria da margem de refinação e o aumento das vendas e da margem de comercialização de GNL (gás natural liquefeito) no mercado internacional.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #113 em: Maio 27, 2013, 12:48:29 pm »
«Só falta Portugal encontrar petróleo» após grandes descobertas no Brasil e Angola, diz presidente da Galp


O presidente executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, defendeu hoje que poderá haver petróleo em Portugal, mas que é necessária a continuação do investimento.

Manuel Ferreira de Oliveira, que falava na conferência "Indústria Petrolífera: Realidade e Desafios" organizada pela Apetro e Diário Económico, alertava para o papel que os países lusófonos irão ter na geopolítica mundial após as grandes descobertas no Brasil, Angola e Moçambique.

«Cerca de 50% das maiores descobertas de petróleo no mundo desde 2005 foram no Brasil, Angola e Moçambique. Isto, meus amigos, só falta Portugal encontrar petróleo», sublinhou o presidente da Galp.

Apesar dos resultados iniciais serem pouco animadores, Ferreira de Oliveira salientou o exemplo da Noruega, onde só ao 33º poço exploratório se descobriu as potencialidades do petróleo no Mar do Norte.

«Verdade, verdadinha, a Noruega teve que fazer 32 poços para conseguir descobrir as suas reservas, tendo em conta que cada um custa entre 100 e 200 milhões de dólares».

E acrescentou o exemplo do Brasil, onde só ao nono poço exploratório foi possível descobrir no pré-sal uma das maiores reservas de crude do mundo.

O presidente da Galp pediu mais um ano ao Governo para avançar com o projeto de prospeção de petróleo em Portugal, já que a concessão obrigava a empresa a investir cerca de 152 milhões de euros em 2013.

Manuel Ferreira de Oliveira disse no final de abril que, perante os resultados de prospeção iniciais como o mapeamento a 2D e 3D nas concessões no mar de Peniche e Alentejo, necessitava de «mais tempo» para processar a informação e avançar para a fase seguinte, que é a perfuração de um poço experimental, um investimento de mais de 152 milhões de euros.

«Não podemos avançar com uma perfuração de mais de 230 milhões de dólares sem ter a certeza de que podemos encontrar alguma coisa», afirmou o presidente executivo da Galp.

«Temos toda a informação necessária mas ainda não está trabalhada, enviámos as nossas razões à direção geral de Energia e Geologia e estamos à espera de resposta», adiantou.

Manuel Ferreira de Oliveira tinha dito no início de março, numa apresentação aos investidores em Londres, que a probabilidade de encontrar petróleo em Portugal é, neste momento, maior na bacia do Alentejo do que na bacia de Peniche.

Lusa
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #114 em: Maio 27, 2013, 06:14:25 pm »
Portanto, os Noruegueses foram ao 33º, os Brasileiros ao 9.º, mas cá «Não podemos avançar com uma perfuração de mais de 230 milhões de dólares sem ter a certeza de que podemos encontrar alguma coisa»?  :lol:
 

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papatango

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #115 em: Maio 28, 2013, 09:45:18 pm »
Acho que tem a ver com a probabilidade de encontrar petróleo com base nos estudos geologicos.
No mar do norte a probabilidade de encontrar o petróleo era elevada por causa desses estudos geológicos.
Como era elevada, fazia sentido gastar-se mais dinheiro porque a probabilidade de o investimento ser pago com o petroleo era também elevada.

Quando os estudos geologicos demonstram que a probabilidade de encontrar petróleo é menor, também é maior o risco de fazer mais furos, correndo o risco de gastar mais dinheiro nos furos que o que se pode conseguir da extração comercial do petróleo.

Segundo os especialistas, estão já encontradas todas as áreas onde se encontram as maiores jazidas e onde se prevê que estejam outras. Por isso países como o Canadá e a Venezuela aparecem potêncialmente como detentores de vastíssimas reservas.
Ao mesmo tempo a Arábia Saudita já terá segundo muitos atingido o ponto em que já não pode aumentar a produção. Os sauditas já estão a injectar água em grandes quantidades em todos os poços, mesmo no poço gigante de Ghawar, de onde vem a esmagadora maioria do petróleo produzido pelo maior exportador de petroleo do mundo.

Portanto, não comecem a comprar vestimentas de árabe, porque mesmo que haja petróleo, ele não chegará sequer para o consumo interno. Seria muito importante para a nossa economia, porque permitiria reduzir as importações e evitar a sangria de dolares.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Jorge Pereira

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #116 em: Junho 06, 2013, 12:24:41 am »
Citação de: "papatango"
Acho que tem a ver com a probabilidade de encontrar petróleo com base nos estudos geologicos.
No mar do norte a probabilidade de encontrar o petróleo era elevada por causa desses estudos geológicos.
Como era elevada, fazia sentido gastar-se mais dinheiro porque a probabilidade de o investimento ser pago com o petroleo era também elevada.

Quando os estudos geologicos demonstram que a probabilidade de encontrar petróleo é menor, também é maior o risco de fazer mais furos, correndo o risco de gastar mais dinheiro nos furos que o que se pode conseguir da extração comercial do petróleo.

Segundo os especialistas, estão já encontradas todas as áreas onde se encontram as maiores jazidas e onde se prevê que estejam outras. Por isso países como o Canadá e a Venezuela aparecem potêncialmente como detentores de vastíssimas reservas.
Ao mesmo tempo a Arábia Saudita já terá segundo muitos atingido o ponto em que já não pode aumentar a produção. Os sauditas já estão a injectar água em grandes quantidades em todos os poços, mesmo no poço gigante de Ghawar, de onde vem a esmagadora maioria do petróleo produzido pelo maior exportador de petroleo do mundo.

Portanto, não comecem a comprar vestimentas de árabe, porque mesmo que haja petróleo, ele não chegará sequer para o consumo interno. Seria muito importante para a nossa economia, porque permitiria reduzir as importações e evitar a sangria de dolares.

Caro papatango, aqui vou discordar de si. A nossa ZEE é um grande e promissor mistério. As perfurações a grandes profundidades (assim como as direccionais) são uma tecnologia recente e cara, que por cá ainda não se fizeram. Salvo erro, e estou a citar de memória, ainda não ultrapassamos os 300 (trezentos) metros de lâmina de água, quando já se fazem a mais de 3000 sem grandes problemas. Por outro lado, as características geológicas são precisamente muito parecidas às do Canada que muito bem menciona.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Lusitano89

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #117 em: Janeiro 08, 2015, 12:25:49 am »
Seis reservas de petróleo encontradas em Portugal por empresa britânica


A empresa britânica IONIQ Resources diz ter localizado seis jazidas (depósitos naturais de matérias minerais) de petróleo em Portugal continental, avança a revista Sábado.

As jazidas terão sido encontradas através de uma tecnologia que deteta recursos naturais por satélite e devem ter uma dimensão de, pelo menos, mil milhões de barris de petróleo, mais 30% de gás natural. A empresa estima que o valor das reservas ascenda a mais de 43 mil milhões de euros brutos, ou seja, a 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

“Estas estruturas podem ser uma grande fonte de riqueza nacional e podem transformar Portugal de um país importador de energia a exportador“, lê-se no documento a que a Sábado teve acesso – uma carta da IONIQ, onde a empresa apresentava ao ministro do Ambiente e da Energia, Jorge Moreira da Silva, uma proposta para a identificação e extração da jazidas. Datava de 14 de outubro de 2014.

O gabinete do ministro confirmou que existiram reuniões com a empresa, mas que o ministro e o secretário de Estado da Energia limitaram-se a ouvir os argumentos da IONIQ e a explicar a legislação nacional. O petróleo estaria entre dois e três mil metros de profundidade e uma das jazidas foi encontrada no mar.

“Compete a esta empresa, como a todas as outras, iniciar, junto da DGEG [Direção-Geral de Energia e Geologia] os eventuais procedimentos de licenciamento. Tal não aconteceu até ao momento“, explicou o gabinete do ministro à Sábado. O documento não refere a localização ou o tipo de tecnologia que foi utilizada.

À Sábado, Damon Walker, administrador da IONIQ com o pelouro de Portugal, lamenta o facto de a empresa não ter recebido uma resposta do ministro à proposta. Numa reunião marcada num escritório de advogados, Damon Walker mostrou alguns vídeos aos jornalistas da Sábado, com perfurações de água em desertos, tendo explicado que só utilizam esta tecnologia na área dos recursos minerais há dois anos.

A tecnologia utiliza dados de satélites comerciais que recolhem frequências emitidas pelos materiais e que são decifrados por cientistas, explica a revista. Segundo o responsável pela empresa, é possível identificar com precisão a localização das jazidas e os pontos onde se devem fazer as perfurações.

Pedro Rosa, engenheiro aeronáutico que faz consultoria para a Comissão Europeia, explicou à Sábado que pelo menos uma das cinco famílias dos satélites europeus Sentinel conseguem identificar recursos no subsolo. “Mas se o algoritmo deles [da IONIQ] é bom, suficientemente preciso ou fiável, isso já não sei”, disse à revista.

A IONIQ quer vender o estudo completo ao Governo por 1,2 milhões de euros. Diz que “é mais vantajoso para o país estarem associados ao Estado”. Para o Governo obter o mapeamento detalhado das jazidas, são precisos mais de 7,2 milhões de euros. E pede 10% do valor de todo o petróleo ou gás transacionado. A Galp e a Eni estão a investir mais de 100 milhões de euros na prospeção de petróleo no mar ao largo do Alentejo, diz a Sábado.

Um dos sócios da empresa foi colega de Pedro Passos Coelho na Fomentinvest, conglomerado de empresas onde o primeiro-ministro trabalhou. O gabinete do primeiro-ministro não quis comentar o assunto à Sábado.

Observador
 

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Lusitano89

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #118 em: Agosto 18, 2015, 07:57:32 pm »
Tudo o que precisa de saber sobre a exploração de petróleo no Algarve


Em Março, sete entidades ligadas ao ambiente e activismo ambiental criaram a Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP), que pretende alertar a população desta região – e de todos os portugueses, na verdade – para os riscos inerentes à exploração de hidrocarbonetos na costa algarvia.

Um dos objectivos da Plataforma é elucidar a opinião pública acerca de todas as possibilidades em cima da mesa para a exploração petrolífera do Algarve. No início do mês, a plataforma lançou uma petição a alertar o Governo português para os possíveis impactos que uma medida destas pode ser numa região com elevada dependência do turismo e do mar – “e com uma elevadíssima biodiversidade”.

No seu site, por outro lado, já é possível consultar algumas FAQ (perguntas frequentes) sobre a exploração de petróleo em Portugal. Leia-as aqui.


EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NO ALGARVE – PERGUNTAS FREQUENTES

Querem explorar petróleo em Portugal?

Sim. Foram cedidas várias concessões de direitos de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural em Portugal. De acordo com este mapa, existem concessões em terra (onshore) e no mar (offshore).

Quais as empresas interessadas?

Segundo a informação disponibilizada, as empresas interessadas em explorar na costa algarvia são a Repsol, Galp, ENI e Partex. O consórcio Repsol / Partex possui as concessões existentes na Bacia do Algarve, e oconsórcio ENI / Galp possui as concessões na Bacia do Alentejo.

O que é Fracking?

Fracking ou Fracturação hidráulica é uma tecnologia muito utilizada na exploração de petróleo e gás natural. É o processo no qual o fluido de fracturação (uma mistura de água, areia e vários quimicos) é injectado a alta pressão para quebrar a rocha e abrir e alargar fracturas de modo a que os hidrocarbonetos (petróleo ou gás) possam fluir. Entre 25 e 90% do fluido inicialmente injectado permanece no subsolo.

Os químicos utilizados são altamente prejudiciais para o ambiente e saúde humana, existindo um enorme risco de contaminação das águas e do ar.

Mais recentemente foi desenvolvida a Fracturação hidráulica maciça, onde ocorre a injecção de uma quantidade de água superior a um milhão de litros por fase de fracturação ou superior a dez milhões de litros durante todo o processo de fracturação.

Quais são os riscos ambientais?

Os principais riscos ambientais associados à pesquisa, prospecção e exploração de petróleo e gás natural são:

1.Perturbações causadas nos animais marinhos pelas ondas com alta intensidade utilizadas nas campanhas sísmicas;

2.Poluição causada pelas descargas da água utilizada contendo substâncias tóxicas e nocivas para o ambiente; a contaminação dos aquíferos;

3.Poluição atmosférica. A indústria de petróleo e gás natural é considerada a maior fonte de compostos orgânicos voláteis (um grupo onde se inclui muitos compostos perigosos para o homem e para o meio ambiente, p.e. benzeno, etilbenzeno ou n-hexano) e de metano (um gás de efeito de estufa considerado 20 pior que o dióxido de carbono);

4.A possibilidade de ocorrer acidentes com graves repercussões ambientais, sociais e económicas.

Pode causar sismos?

Sim, a exploração de gás ou petróleo pode afectar as falhas já existentes no local e causar sismos.

É o gás natural uma energia mais verde?

Não, apesar de efectivamente a exploração e uso de gás natural emitir quantidades inferiores de dióxido de carbono, este também liberta elevadas quantidades de metano, um gás com efeito com um efeito 20 vezes superior ao causado pelo dióxido de carbono, tornando-o, segundo algumas estimativas, igual ou pior que o petróleo e o carvão.

Quais são as contrapartidas financeiras?

De acordo com o Decreto-Lei nº 109/94 de 26 de Abril, aplica-se o regime geral previsto no Código do IRC com os investimentos imputáveis a uma descoberta e à sua avaliação dedutíveis até 100 % no 1º ano de exercício completo de produção, e a permissão à constituição de provisões isentas de impostos nos anos seguintes para investirem em prospecção ou pesquisa de petróleo. Ainda indica a existência de um imposto exclusivo à actividade petrolífera onde os campos de petróleo localizados na plataforma continental para além da batimétrica dos 200 m, e a produção de gás natural ficam isentas de pagamento deste imposto (mais detalhes no site da Direcção Geral de Energia e Geologia).

Por outro lado, de acordo com os esclarecimentos dados pelo Governo, após recuperar os custos de pesquisa e desenvolvimento do(s) campo(s) patrolífero(s) e após descontar todos os custos operacionais de produção obriga-se a pagar, de forma continuada à DGEG: 5% do valor dos primeiros 5  milhões de barris de óleo equivalente produzidos e efetivamente comercializados; 7%  do valor da produção e comercialização de óleo equivalente compreendida entre os 5 e os 10 milhões de barris; 9% do valor dos restantes barris de óleo equivalente produzidos e comercializados. Indicam ainda que as rendas de superfície para os anos de pesquisa, prorrogação e produção têm um valor entre 15 e 240 euros por Km2.

Confirmam também que o Estado Português comprará o combustível extraído em Portugal ao preço praticado nos mercados internacionais. Ambos os valores são muito baixos tendo em conta os custos associados à poluição local, e comparando com outros países algo extraordinariamente baixo.


Os contratos já estão disponíveis neste link  :arrow: https://drive.google.com/folderview?id= ... =drive_web


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Lusitano89

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Re: Petróleo em Portugal
« Responder #119 em: Setembro 25, 2015, 09:12:08 pm »
Empresário Sousa Cintra vai explorar petróleo em Aljezur e Tavira


A Portfuel, do empresário Sousa Cintra, tem a partir de hoje a concessão para a exploração de petróleo nas áreas de Aljezur e Tavira, onde será feita pesquisa em terra com métodos tradicionais.

Hoje, o presidente da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), Paulo Carmona, afirmou à Lusa que os contratos de concessão, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo nas áreas designadas por Aljezur e Tavira prevêem apenas pesquisa em terra, com recursos a métodos tradicionais, por um período de quatro anos.

Isto é, se houver exploração ou sondagem com métodos não convencionais, por exemplo o fracking (fracturação hidráulica) ou shale gas (gás de xisto), terá de ser feito um estudo ambiental, acrescentou o responsável do organismo público que veio substituir a EGREP – Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos.

De acordo com Paulo Carmona, “a Portfuel [Petróleos e Gás de Portugal] demonstrou interesse em fazer reconhecimento do terreno, porque acredita que há possibilidade de encontrar petróleo”, referindo que estes serão os primeiros estudos de pesquisa de petróleo nas duas localizações.

Desde 1981 foram feitos em Portugal 27 furos, sempre iniciativa de privados, que no seu conjunto investiram cerca de 1.000 milhões de €€ na tentativa de encontrar petróleo, explicou.

Todos os furos foram abandonados “porque estavam secos ou porque a quantidade encontrada era insuficiente para justificar o investimento”, avançou o presidente da ENMC. O espólio decorrente dos estudos efectuados fica para o Estado, o que “permite ter um conhecimento profundo sobre o território”.


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