Educação: PS ataca novamente

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Luso

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« Responder #15 em: Março 04, 2004, 05:56:54 pm »
Creo que todos nós apresentamos contributos válidos, apesar de algumas incompatibilidades.

1- Quanto às minhas: são politicamente incorrectas? Certamente. Mas também creio que são verdadeiras (ou menos falsas). Assim como é verdadeira a ILUSÃO que nos está a ser vendida desde algum tempo que as mulheres são iguais aos homens. Não são. Alguém com um pouco de experiência de vida sabe disso. A maneira das mulheres ver o mundo é adequada a elas e não aos homens e vice-versa. Homens e Mulheres são seres que se complementam e não que competem.
O homem procura a solução que é a mais eficaz;
A mulher procura a solução que a faça sentir melhor.
Agora transponham isso para a realidade do mundo do trabalho.

Já agora, e ainda a propósito da venda da ilusão que a mulher é igual ao homem: não é o que se agora está a passar com os homossexuais? Que são iguais aos outros? Que podem ter filhos? Que podem casar e adoptar?
É mais um degrau no caminho da aberração.

2 - Há alunos bons? Com certeza. Todavia, vejo em todo lado sinais de desinteresse por tudo aquilo que os rodeia. Afinal, como é que é possível que com livros, revistas, jornais, DVD, CD, tv por cabo e rádio se seja tão ignorante?
E esquecido?

3- Quanto à especialização também sou radical: especialização é para insectos.

4- O Ricardo Nunes julga-se insatisfeito? Pois tem toda a razão. Altere-se o sistema actual. Mas o caminho para a excelência é que não.

Também para ti, Ricardo, por quem eu tenho muito repeito (aliás, um pára merece respeito!)

"Vivemos numa sociedade onde os papéis da mulher e do homem já são praticamente os mesmos e, pessoalmente, acho bem que assim o seja. Sendo esta a minha posição nunca ponderaria essa hipótesse como viável. O ensino é igual para todos visto que todos podem ter as mesma funções na sociedade ( de um modo geral )."

Homem e mulher podem aprender da mesma cartilha e conhecê-la de fio a pavio mas aplicam-na de maneira diferente. Acredita, Ricardo. Está atento! Vê por ti. E diz-me se gostarias de ter uma mulher que fosse como tu.
Quanto no estilo e aparência concordo contigo: elas agora praguejam tão bem como um marinheiro e embebedam-se ainda mais. Eles por seu turno dão muita importância à roupa, aos penteados e ao perfume...
(até dá vontade de bater nesses almofadinhas). Neste momento vêm-me à memória imagens do "Homem Demolidor".

5- É engraçado: loucuras à parte, por vezes identifico-me com alguns ideais dos... Taliban! Creio que alguns factores degenerativos que eles dizem que vêm do Ocidente são aqueles que atrás mencionei! Mas isso é como tudo: até um relógio quebrado dá as horas certas duas vezes por dia. Até eu!  :D

6- Leiam Nietzsche.

7- Um pedido ao Sr. Moderador: esta discusão pode estar a fugir ao âmbito de temas de defesa, mas julgo que é um factor determinante na força de uma Nação, da sua virilidade e capacidade de enfrantar desafios e ameaças. Por favor não a deixe morrer. Obrigado.
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komet

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« Responder #16 em: Março 04, 2004, 06:12:41 pm »
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Neste momento vêm-me à memória imagens do "Homem Demolidor".

LOL, pode crer, deve ser a coisa mais parecida que vi com uma sociedade comunista (só faltava as pessoas a morrer de fome pelas ruas).

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Um pedido ao Sr. Moderador: esta discusão pode estar a fugir ao âmbito de temas de defesa, mas julgo que é um factor determinante na força de uma Nação, da sua virilidade e capacidade de enfrantar desafios e ameaças. Por favor não a deixe morrer. Obrigado.


Está tudo relacionado ao fim ao cabo, uma boa educaçao é meio-caminho andado para uma boa economia que por sua vez faz um país forte em todas as outras vertentes. Em muitos foruns (a maior parte) a política é tabu, agrada-me ver um fórum como este em que a liberdade de expressão que tanto se ouve falar, toma forma. Obrigado.
"History is always written by who wins the war..."
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #17 em: Março 04, 2004, 06:26:53 pm »
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Também para ti, Ricardo, por quem eu tenho muito repeito (aliás, um pára merece respeito!)

Amigo Luso, pára mas civil... mas civil...  :oops: Infelizmente não sou, nem deverei ficar federado, pois disponibilidade para o curso não tenho por enquanto, mas deverei fazer o meu baptismo de quedra-livre ( nem que seja tandem ) no 2º ou 3º fim de semana deste mês.

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Quanto no estilo e aparência concordo contigo: elas agora praguejam tão bem como um marinheiro e embebedam-se ainda mais.


É bem verdade, é bem verdade...

Concordo em pleno que as mulheres têm uma visão de vida e vivem-na de maneira diferente dos homens mas penso que essas diferenças não justifiquem uma alteração e separação do tipo de ensino. Mas esta é a minha opinião.
Estou bastante curioso para saber qual a opinião do nosso recém-membro Carlos Luna, professor, que nos poderá dar uma visão "inside" do que é o ensino português e qual a sua opinião sobre o mesmo!

Cumprimentos
Ricardo Nunes
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dremanu

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« Responder #18 em: Março 04, 2004, 07:02:51 pm »
Uau, luso você ainda é mais radical que eu. "Leiam Nietzsche", você propõe...parece-me uma contradição vindo da sua parte, não é o Nietzche o pai do niilismo, que prega que não se deve acreditar em nada, quando você me parece um homem que acredita em várias coisas. ;-)

Bom, sou da opinião que ensino que desenvolve capacidades técnicas, e hábitos de trabalho, e auto-disciplina, é mais que importante, é essencial.

Creio que hoje em dia o ensino Português enfatiza as matérias humanísticas em detrimento das ciências, e concentra-se demasiado em ofereçer teorias que poucos alunos conseguem relacionar ao prático, e não involve as crianças ativamente no processo de aprendizagem. Daí a falta de interesse em se aprender a lidar com o concreto, lê-se alguma coisa e aprende-se pouco. Não existe melhor método de aprendizagem do que se ver os resultados finais de um projecto qualquer, que foram obtidos através das nossas próprias mãos.  

No meu ponto de vista pessoal, sim ensina-se cultura geral, mas esses conhecimentos gerais não devem ocupar mais que 15% do tempo útil do estudo dos alunos, e de preferência só para aprenderem a escrever bem, e a entenderem regras de lógica para que possam aprender como descrever as suas ideias. Acho preferível que passem a maior parte do tempo deles a fazer exercícios de matemática, a construir módelos de carros, aviões, etc, a fazer desenhos, a montar estruturas, a misturar matérias primas, etc. Isso sim vai ensinar algo de valioso.

E sim os Americanos desenvolvem pessoas altamente especializas, e por isso é que eles tem poder económico, poder militar, poder político, e até poder cultural, porque não só criam bons engenheiros, cientístas, etc, mas porque também criam bons técnicos de som, músicos, artistas gráficos, arquitetos, estilistas, entre outras profissões. Todas estas especialidades tem capacidades em comum, nomeadamente, a capacidade creativa que é desenvolvedora de nova ideias e conceptos, e que começam na imaginação e se transformam no concreto.

Não é a aprender poesia e literatura que se entende como viajam as ondas eletromagnétias de um ponto ao outro, ou como se fábrica aço e o que se pode fazer com esse material.

Cumprimentos
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Luso

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Nietzsche
« Responder #19 em: Março 04, 2004, 08:57:47 pm »
Dremanu,

Nietzsche inventou o termo "niilismo" mas não o defende. Niilismo significa a recusa da realidade, da vida tal como ela é, dos seus impulsos, força vibrante, intensidade e violência. O Cristianismo é um exemplo de Niilismo porque renega a realidade da vida, a guerra, o sexo, a vontade de poder. O comunismo também o é porque renega a realidade do homem.

Nietzsche não é o papão que querem fazer dele: a sua leitura é bastante acessível (à mente e à carteira - Europa América). Aliás, há bons filósofos que são de leitura muito agradável. O curioso é que os filósofos da treta são muito aborrecidos de se ler (Rosseau é um chato e um tracaleiro, assim como Sartre que é estéril e irrelevante).
Nietzche é divertido, violento mas sobretudo libertador!
Montaigne também é um grande pensador e não se abstem de falar de utilizar palavras "menos próprias". A sua prosa excelente e límpida, sem balelas e floreados.

Mais uma provocação: os filosofos e estetas associados à esquerda, sobretudo os franceses, têm a tendência para empregar conceitos e fraseado aborrecido e pedante. Leiam Merlau Ponty (não leiam! Estava a brincar! É mais útil ler "A Bola").
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emarques

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« Responder #20 em: Março 04, 2004, 09:34:04 pm »
Luso, não concordo que os adolescentes tenham falta de interesse por tudo. Podem é não ter interesse em nada que pareça interessante a pessoas mais velhas. Pergunte a um deles quais as especificações técnicas do Nokia 666 ou do Ericsson T33 (modelos possivelmente fictícios). Dizem logo "Dah" e debitam as características todas de memória.

Quanto a esses grandes técnicos estrangeiros, o que sei sobre eles é principalmente em segunda mão, mas é mais ou menos isto: muito organizados, tecnicamente competentes, e com uma falta de flexibilidade mental enorme. Enquanto os portugueses que trabalham fora ganham rapidamente a fama de faz-tudo, porque são capazes de pensar fora da área de especialização.

Claro que existe uma grande falta de técnicos em Portugal. Falta, mais que ensino superior, ensino médio. Ou seja, falta uma aposta no ensino técnico-profissional. Quanto a cientistas, programadores, engenheiros, temos bastantes (sabem que há mais cursos diferentes de engenharia em Portugal do que o número total de cursos existente na Holanda?), o que falta é investimento na inovação. Pode ter os melhores técnicos do mundo, que se não lhes der que fazer não ganha nada com isso. O que cria a vantagem tecnológica dos EUA é principalmente um sector privado que investe nela. Enquanto que na Europa mais de metade da investigação científica é estatal.

Uma vez li um artigo que defendia que Portugal sofreu muito depois do 25 de Abril porque os gestores e outros quadros superiores que trabalhavam por conta de outrem saíram do país com medo do comunismo. Existe a ideia que muitos proprietários saíram do país, mas a verdade é que esses tinham demasiado a perder, e ficaram. Por isso temos ainda  um tecido empresarial pouco formado e com tendência para pensar demasiado em resultados a curto prazo.

Quanto a Nietzsche, como dizia uma personagem de um livro que li uma vez, "o pobre coitado já foi acusado de tanta coisa que também pode carregar com isso".
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Luso

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sim
« Responder #21 em: Março 04, 2004, 09:42:24 pm »
"Creio que hoje em dia o ensino Português enfatiza as matérias humanísticas em detrimento das ciências, e concentra-se demasiado em ofereçer teorias que poucos alunos conseguem relacionar ao prático, e não involve as crianças ativamente no processo de aprendizagem. Daí a falta de interesse em se aprender a lidar com o concreto, lê-se alguma coisa e aprende-se pouco. Não existe melhor método de aprendizagem do que se ver os resultados finais de um projecto qualquer, que foram obtidos através das nossas próprias mãos."

Há escolas secundárias que leccionam cursos profissionalizantes de mecânica que são capazes de proporcionar uma educação suficientemente satisfatória que torna possível a todos os seus alunos conseguirem um emprego bem remunerado. O que faz o Governo?
Acaba com esses cursos.
Creio que a moda agora é o Marketing...  :G-sig:


"Não é a aprender poesia e literatura"

Homero dizia que todos os poetas são mentirosos e eu concordo. Desculpa Camões, mas o tipo tinha razão... Tu e as tágides...

Literatura: a esmagadora maioria da literatura que se produz hoje é lixo que serve para encher os bolsos de alguns e a vaidade de muitos mais.

Já agora, Dremanu, quero dizer-lhe que o texto que nos ofereceu - "O Sucesso da Asneira" - já chegou a um Secretário de Estado. As voltas que isto dá. Quem sabe o impacto que os nossos diálogos podem ter no nosso País. Se não o tivesse aqui colocado isso não teria acontecido. Mesmo que não seja da sua autoria, acho que está novamente de parabéns.


Como diria o outro no g2mil:

"Feedback!"
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Luso

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« Responder #22 em: Março 04, 2004, 09:50:01 pm »
"Luso, não concordo que os adolescentes tenham falta de interesse por tudo. Podem é não ter interesse em nada que pareça interessante a pessoas mais velhas. Pergunte a um deles quais as especificações técnicas do Nokia 666 ou do Ericsson T33 (modelos possivelmente fictícios). Dizem logo "Dah" e debitam as características todas de memória. "

 :G-beer2:

"Quanto a esses grandes técnicos estrangeiros, o que sei sobre eles é principalmente em segunda mão, mas é mais ou menos isto: muito organizados, tecnicamente competentes, e com uma falta de flexibilidade mental enorme. Enquanto os portugueses que trabalham fora ganham rapidamente a fama de faz-tudo, porque são capazes de pensar fora da área de especialização."

Exactamente. Isso é verdade. A Interdisciplinaridade é um valor a promover. Os problemas que se resolvem e evitam!

"Claro que existe uma grande falta de técnicos em Portugal. Falta, mais que ensino superior, ensino médio. Ou seja, falta uma aposta no ensino técnico-profissional."
Veja o meu "post" anterior e o "Sucesso da Asneira", esse clássico.
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dremanu

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« Responder #23 em: Março 04, 2004, 11:59:32 pm »
Obrigado Luso, a minha alegria é se ao passar esse artigo para o tal secretário leverá a que alguma coisa de concreto aconteça.

Quanto a poetas mesmo eu dizendo que não acho necessário perder muito tempo a ler o que escrevem, aprecio Fernando Pessoa, e sem dúvida nenhuma Camões. Aliás de toda as obras de literatura Portuguêsa que tive que ler na escola, os Lusíadas continuam a ser o meu favorito, e a única que eu continuo a ler até hoje.

Quanto a Nietzche, começei a ler uma vez "Assim Falou Zaratrusta", nunca cheguei a completar, já nem me lembro porquê. Não conheço muitos filósofos, os únicos que achei interessante de ler até hoje foi Spinoza, Aristoteles, Plato, Hume, Hobbes, Kant. Já ouvi falar dos Françesês, nunca me interessou conheçer muito acerca do que pensam.

Talvez o melhor livro de "filosofia" que li até hoje foi "A Riqueza das Nações", de Adam Smith. Na minha opinião, esse devia ser leitura obrigatoria para todos os estudantes Portuguêses, talvez assim iriam aprender alguma coisa e começar a ver o mundo com mais realismo e menos ilusões.
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papatango

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« Responder #24 em: Março 05, 2004, 12:52:11 am »
Eu sou dono de uma grande incultura.
E sou um completo e total inculto.

Quem diz a verdade não merece castigo :mrgreen:

No entanto, temo que seja verdade que o sistema educativo é muito pouco exigente.

Os exames fazem todo o sentido, quanto mais não seja, para mostrar os "podres".

De nada serve taparmos o Sol com a peneira, e passar a canalhada toda, apenas porque assim ficamos com melhores estatísticas.

Acho preocupante que as associações de pais, se venham a colocar contra esta medida.

A ideia com que fico é que essas associações não se estão a preocupar com o que os filhos sabem, mas sim com o facto de os filhos passarem de ano. Ou seja, o que importa é que pase de ano, isso do saber não é importante, porque ninguém vai precisar disso na vida a sério.

Infelizmente era a mesma linha de ideias do tempo do sr. Doutor Salazar.

Ous seja: Para quê saber ler escrever e contar?
Desde quando para cavar couves e pegar numa enxada foi preciso ler e escrever?

Vejam no que deu.

Uma das coisas que mais me impressionam nos emigrantes do leste é, além da facilidade de aprender das crianças (que é até normal nas crianças) a facilidade de aprender dos adultos.

Um russo ou um ucrâniano chegam a Portugal, muitos deles já na casa dos quarenta e cinquenta e aprendem a falar português.

Óra o português não é exactamente uma lingua fácil, mas eles aprendem.

Depois comparo com a quantidade de portugueses que emigrou para França e para a Alemanha e fico espantado com a quantidade de portugueses que não conseguem comunicar em francês ou alemão, muitos deles, mesmo depois de bastantes anos.

A razão desta diferênça tem a ver com o sistema educativo.

Os russos também tinham que aprender quimica para ir para a força aérea (se quisessem) e a quimica também nunca lhes deve ter servido de nada. Mas deu-lhes uma coisa que nos falta a nós, ou seja: capacidade de aprender.

Por isso o russo ou o ucraniano chegam aqui e seis meses depois já falam a lingua, porque aprenderam como fazer para aprender. O português, vai tentando desenrascar-se, ouvindo os outros, mas não tem método.

Por tudo isto, o factor mais importante na Defesa Nacional, consiste em preparar os jovens para aprender a aprender. Não se faz isso sem exigência e para se ser exigente é preciso testar, testar e testar.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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emarques

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« Responder #25 em: Março 05, 2004, 02:04:25 am »
Penso que a maioria dos portugueses emigrados consegue comunicar na língua do país de acolhimento. Se ainda sabem comunicar em português já é outra história... ;))

A razão porque penso que a maioria dos emigrantes de leste não terá tanto esse problema é que os números ainda não são assim tão expressivos e a permanência é relativamente curta (ainda não existem comunidades em que a mercearia e o café sejam propriedade de ucranianos, penso)
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Luso

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« Responder #26 em: Março 05, 2004, 09:21:59 am »
"Eu sou dono de uma grande incultura.
E sou um completo e total inculto."

Não me parece.
Para mim a cultura é tudo aquilo que somos para além do essêncial que nos mantém vivos. Uns gostam de umas coisas e outros de outras. Portanto, não associem a "Cultura" apenas à filosofia (que deveria ser uma ferramenta prática) e à literatura. Isso é apenas "Coltura" que os fracos que a "dominam" inventaram para se sentirem superiores aos outros.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Lince

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O melhor...
« Responder #27 em: Março 05, 2004, 06:18:57 pm »
Deixo aqui uma pergunta:

Qual é o país que possui o melhor sistema educativo do mundo?

Opiniões?
Cumprimentos

 

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Ricardo Nunes

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« Responder #28 em: Março 05, 2004, 06:26:13 pm »
Responder a essa pergunta é algo difícil visto que a avaliação de um sistema educativo pressupõe um sem-número de variáveis que não consigo contabilizar e avaliar.

Agora se me perguntar qual é o sistema educativa que tem obtido melhores resultados respondo-lhe sem qualquer dúvida: o sistema irlandês.   :wink:
Ricardo Nunes
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Spectral

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« Responder #29 em: Março 05, 2004, 06:28:20 pm »
o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12ºano não irá resolver NADA!!

No geral concordo com as opiniões do emarques e do Ricardo Nunes ( 200 posts heim?::nice:)

Não acredito que exista um sistema educativo perfeito. Este será sempre sujeito às condições específicas do lugar/tempo a que se destina...  Não é por acaso em países de maior dimensão que a nossa os departmaentos educativos regionais têm grande independência.

Mas a ignorância e o desinteresse dos portugueses continua a ser impressioante. Sempre assim foi, e não parece estar a melhorar muito... Perguntem ao português médio algo sobre ciência ou literatura estrangeira ( p.ex), e terão respostas muito interessantes!  :D

cumptos
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman