A empresa brasileira Embraer está interessada em comprar 65% da empresa portuguesa de manutenção de aviões (OGMA), que será ser privatizada, disse Agência Financeira, fonte oficial da empresa.«A Embraer está interessada no processo de privatização das OGMA», disse fonte oficial da empresa à Agência Financeira.
O jornal diário «O Estado de São Paulo» publica na edição de hoje declarações do presidente da Embraer, Mauricio Botelho, nas quais o responsável da quarta maior fabricante mundial de aviões diz que a empresa «vai entrar na União Europeia e que vai fazê-lo como uma entidade local» em 2005.
O mesmo jornal diz que a norte-americana Lockheed Martin Corp., a espanhola EADS-CASA e as portuguesas Portugália e TAP Manutenção e Engenharia estão interessadas na aquisição de uma quota na OGMA e deverão avançar com propostas nas próximas semanas.
Recorde-se que o Estado, através da Empordef, que agrupa as empresas da área da defesa, vai vender até 65% do capital das Oficinas Gerais do Material Aeronáutico (OGMA) até ao final do ano.
Para a escolha do parceiro, o plano industrial vai ser o factor mais importante, afirmou recentemente o então presidente da empresa, Miguel Morais Leitão durante a apresentação de resultados da Empordef. «Mesmo mais importante que o preço», referiu.
De acordo com Miguel Morais Leitão, «neste momento estão em curso as avaliações dos interessados em tomar uma posição na OGMA», adiantando que pelo facto de ser um negócio particular «não existem prazos para o final da operação».
Em termos da escolha, o principal factor «vai ser o plano industrial apresentado, que deve reforçar a componente internacional da empresa, bem como a componente tecnológica», disse o gestor. Morais Leitão referiu que o essa componente é mesmo mais importante que o preço que for oferecido.
O mesmo disse que o plano de negócios que foi entregue em Novembro passado, tendo sido actualizado em Abril deste ano, serve de base aos concorrentes. A Empodef convidou 10 grupos para a venda da participação da empresa.
Neste momento, as OGMA têm o seu balanço limpo, referiu. A Empodef procedeu a um aumento de capital de 13 milhões de euros, que serviu para limpar o passivo da empresa.
O presidente da empresa disse durante a apresentação de resultados de 2003, que o objectivo da gestão Empordef é «atingir um resultado operacional positivo já em 2004». Em 2003, a Empordef atingiu um lucro de 94,4 milhões de euros, contra um resultado negativo de 69,4 milhões de euros em 2002.
Miguel Morais Leitão referiu que, em 2003, os resultados foram afectados positivamente pela componente extraordinárias da assumpção da dívida da OGMA.
Em termos de resultados operacionais, a empresa obteve um prejuízo de 29 milhões de euros em 2003, o que representa uma forte subida face aos prejuízos de 58,9 milhões de euros atingidos em 2002.
Por outro lado, o volume de negócios cresceu de 73,6 milhões para 115,2 milhões em 2003. Em termos de pessoal, a empresa reduziu de 2.275 para 1.902 empregados, com os custos a caírem de 49,8 milhões para 45,8 milhões.
O presidente da empresa disse também que, actualmente, estão em liquidação duas empresas do grupo: a Indep e a Subloc, a Portugal Space está inactiva e a Celestium liquidada. Para alienação encontram-se ainda a Spel e a Naval Rocha.
http://agenciafinanceira.iol.pt/noticia ... iv_id=1728-Nada nuevo, simplemente lo pongo para confirmar que el proceso continua.