A Inquisição no S.Vietnam

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stefano

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A Inquisição no S.Vietnam
« em: Outubro 15, 2008, 05:11:27 am »
http://www.cpr.org.br/holocausto-do-vaticano.htm
VIETNÃ – A CROÁCIA DA ÁSIA

A tragédia da guerra do Vietnã do Sul, com todas as suas imensas complicações para os Estados Unidos, a Ásia e o resto do mundo, a princípio parece nada ter a ver com a Igreja Católica. Isto é incorreto. Visto como a tragédia do Vietnã tem sua origem na influência religiosa e ideológica exercida pela Igreja Católica nos assuntos do país onde a guerra começou.

         Não estamos tratando dos direitos ou erros da guerra vietnamita, mas apenas do papel importante que a religião, em particular a Igreja Católica, desempenhou na concepção da mesma. A tragédia vietnamita foi precipitada por um trio zeloso formado pelo Presidente católico, um Chefe de polícia católico e um Arcebispo católico. Todos três estavam determinados a impor a religião e principalmente o poder da Igreja Católica sobre uma cultura não cristã.

         Como isso aconteceu, particularmente, tendo em vista o fato de que o Vietnã do Sul era uma terra da Ásia budista? Aqui estão os olhos perscrutadores desses eventos que imediatamente precederam a eclosão da guerra entre o Vietnã e os Estados Unidos.

         Certo dia de junho de 1963, um monge budista de 73 anos chamado Thich Quang Duc parou numa movimentada rua de Saigon capital do Vietnã do Sul e depois de ter ensopado o corpo de gasolina por um confrade sentou-se, cruzou as pernas e logo em seguida, tendo acendido calmamente um fósforo, queimou-se até à morte.

         Antes disso, ele havia escrito uma mensagem ao Presidente Diem que dizia: “Reforce uma política de igualdade religiosa”.

         O Presidente Diem, um católico devoto, deu-lhe uma pronta resposta. Proclamou lei marcial na cidade, selou a maior parte dos pagodes, ordenou a força da polícia secreta que prendesse os líderes budistas, mobilizou suas tropas para prender qualquer monge budista ou ajuntamento budista que se atrevesse a protestar contra a sua progressiva discriminação religiosa.

         A auto imolação de Thich Quang Duc foi o ponto culminante de uma crescente, virulenta e discriminatória campanha contra o Budismo pelo Premier Católico Romano, o Presidente Ngo Dinh Diem, do Vietnã do Sul. O Presidente Diem esse tempo havia dirigido o país durante cerca de 9 anos, auxiliado por seus dois irmãos, Ngo Dinh Nhu, Chefe da polícia secreta e Ngo Dinh Thuc, Arcebispo de Hue. O trio tinha estado avançando durante anos em direção a uma verdadeira perseguição religiosa contra a vasta maioria da população de 15 milhões, da qual apenas 1,5 milhão eram católicos.

         A centelha da revolta budista fora acesa apenas alguns dias antes em Hue, antiga capital vietnamita, agora sede do Arcebispo, o qual reinava, governava e dominava os Católicos e não Católicos do mesmo modo, em seu papel de guia espiritual de seus dois irmãos, o presidente e o chefe da polícia secreta. Numa celebração em honra do Arcebispo, o contingente católico de Hue hasteou a bandeira do Vaticano, sem qualquer objeção budista. Porém, quando três dias depois todo o país celebrava os 2507 anos do nascimento de Buda e os budistas hastearam a sua bandeira religiosa, o Arcebispo, através das autoridades, proibiu-os de fazerem isto. Isto deve-se lembrar, num país com oitenta por cento da população budista praticante. Os budistas organizaram uma demonstração pacífica contra a proibição. Em resposta, o governo enviou tropas e carros armados e abriu fogo contra os demonstradores, matando nove budistas.

         O massacre de Hue repercutiu em todo Vietnã. Delegações budistas em Saigon exigiram a remoção das restrições sobre sua religião e das leis discriminatórias impostas contra eles. O governo prendeu muitos desses demonstradores.

         Entrementes, em Hue, quando outra demonstração de Budistas desfilou pela cidade, tropas foram usadas para dispersar os participantes, usando bombas de gás lacrimogêneo. Resultado: sessenta e sete pessoas foram levadas ao hospital com queimaduras químicas.

         Os Estados Unidos protestaram. O Presidente Diem pareceu concordar, mas as discriminações contra os budistas prosseguiram sem impedimento. As detenções de monges budistas se multiplicaram. Pagodes eram declarados ilegais, fechados e às vezes atacados. Os soldados católicos lutavam com os soldados budistas dentro do exército nacional, engajados numa guerra de vida ou morte contra o regime comunista do Norte. A guerra que era sustentada pelas armas americanas e por 16.000 “conselheiros” americanos, foi prejudicada pela rápida deterioração em conflito religioso.

 

Quadro número

 

         O Presidente Kennedy, que era católico, fez pressão sobre o trio católico do Vietnã. Porém, como isso pareceu não surtir efeito finalmente ele suspendeu, entre outros pesados subsídios americanos, parte do pagamento de dois milhões de dólares mensais da CIA às “forças especiais” do Vietnã do Sul e suspendeu os fundos que financiavam o super católico chefe de polícia.

         Embora viessem protestos do mundo inteiro, o trio católico continuou em sua política estabelecida: catolicização do Vietnã do Sul. Apressadas promoções de católicos no governo foram aumentadas e isso a tal monta que muitos oficiais budistas se converteram ao catolicismo, somente com vistas a promoções rápidas. O presidente Kennedy trocou Embaixadores num esforço de persuadir os três irmãos a mudar sua política. Em julho de 1963, ele enviou  ao presidente Diem uma mensagem pessoal de confiança através do Embaixador Nolting. Os esforços de Kennedy mais uma vez foram infrutíferos. Pelo contrário, o chefe da polícia secreta, com desculpa de ter encontrado elementos vermelhos entre os Budistas, aumentou contra eles a dura campanha discriminatória transformando-a numa verdadeira perseguição religiosa.

         Os monges budistas, freiras e líderes budistas eram detidos aos milhares. Pagodes eram fechados ou sitiados. Os Budistas eram torturados pela polícia. Certo dia outro monge Budista queimou-se vivo em público a fim de atrair a atenção do mundo para a perseguição católica em seu país. O Presidente Diem, impassível prosseguiu em sua política. A polícia secreta encheu as cadeias de monges. Um terceiro monge cometeu suicídio através do fogo e em seguida, outro. Dentro de um breve período, sete deles se incendiaram vivos em público. O Vietnã foi colocado sob lei marcial. Agora as tropas ocupavam muitos pagodes e arrancavam os monges que ofereciam resistência. Mais frades e freiras budistas foram presos e levados em furgões, inclusive um grande número de feridos. Muitos foram mortos.

         Dez mil budistas tomaram parte numa greve de fome em Saigon, enquanto um gongo gigante tocava na torre do principal Pagode Xa Loi, em protesto contra as perseguições. Em Hue, no norte, monges e freiras iniciaram uma tremenda luta nos principais pagodes de Tu Dam o qual foi virtualmente demolido, enquanto onze estudantes budistas se incendiaram em protesto.

         Os Estados Unidos aplicaram pressão mais severa e ameaçaram cortar toda ajuda ao Presidente Diem, novamente, sem qualquer resultado. O Embaixador do Vietnã do Sul em Washington, um Budista, renunciou ao cargo em protesto. A mulher do irmão do Presidente Diem. Madame Nhu, advogava tratamento mais severo contra os budistas. Madame Nhu zombava abertamente dos monges budistas, que haviam cometido suicídio ao se incendiarem, declarando que eles haviam usado “gasolina importada” para se “fritarem”. Nesse tempo o líder budista Trich Tri Quang teve de buscar asilo na Embaixada americana para salvar sua vida (1). O Governo Americano se tornava cada vez mais impaciente. O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma declaração oficial deplorando as ações repressivas que o Governo do Vietnã do Sul havia tomado contra os Budistas.

         Na base da informação de Saigon parece que o Governo da República do Vietnã instituiu sérias mediadas repressivas contra os líderes Budistas vietnamitas... a ação representa violação direta do governo Vietnamita das garantias de que estava promovendo uma política de reconciliação com os Budistas. Os Estados Unidos deploram ações repressivas dessa natureza (2).

         O Vietnã se fendeu. O exército se tornou abertamente passivo e empreendeu uma resistência passiva, não contra os Comunistas, mas contra o seu próprio governo. O resultado foi que a guerra contra o norte comunista estava sendo rapidamente perdida, visto como a maioria da população, sobre cujo apoio a luta repousava, recusou-se a cooperar.

Finalmente os Estados Unidos verificando  como sua estratégia naquela nesta parte da Ásia estava correndo sério perigo de colapso, entraram em ação. A CIA em cooperação com elementos budistas engendrou com sucesso um golpe de estado. O Presidente Diem e seu irmão, o chefe da polícia secreta, tiveram de fugir para salvar suas vidas, mas foram descobertos pelas tropas rebeldes quando estavam escondidos numa pequena igreja católica em Sholon. Ambos foram mortos e seus corpos levados ao hospital S. José, a alguns metros de distância do Pagode Xa Loi, o centro religioso da resistência budista contra o autoritarismo deles (3).

         Terminava assim um dos regimes católicos mais recentes. O que o mundo em geral, tendo seguido essa luta religiosa com horrenda fascinação ignorava era a pressão de duas políticas conflitantes, dentro dos próprios círculos católicos – em Washington, a do Vietnã do Sul e a do Vaticano. John Kennedy, o primeiro presidente católico dos Estados Unidos, quando herdou a política americana do Vietnã do Sul também herdou o Presidente Católico Diem. Em circunstâncias diferentes, compartilhar de crenças religiosas, poderia ter ajudado a conduzir uma política comum, desde que os interesses políticos de ambos os países corressem paralelos. Com o católico Diem cometendo tão anacrônicas perseguições religiosas, contudo, o católico John Kennedy ficou cada vez mais incomodado, visto como era um político astuto demais para deixar-se comprometer em sua carreira ou sacrificar os interesses dos Estados Unidos por causa de um confrade católico. Além do mais, esse confrade estava incorrendo em opróbrio diante da vasta maioria dos americanos, a maior parte destes encarando o Catolicismo de Kennedy com suspeita. Daí que a Administração Kennedy abençoou a destruição do regime de Diem.

         A política desastrosa do governo católico do Vietnã do Sul foi um triste resultado da campanha iniciada pela grande estratégia política de dois homens: John Forster Dulles pelos Estados Unidos e Pio XII pelo Vaticano. A Dinastia Diem foi colocada por ambos no poder, quando a Guerra Fria estava no auge, isto é, depois que os franceses foram estrondosamente derrotados na guerra da Indochina e os Estados Unidos se movimentaram para preencher o vácuo na parte que eventualmente se tornaria o Vietnã do Sul. Desde o princípio os Estados Unidos decidiram apoiar o governo liderado por um indivíduo que lhes desse garantia de não se aliar aos comunistas, no seu país ou no exterior. A pessoa escolhida foi Diem, homem inclinado ao misticismo, um católico praticante e fanático. Em sua juventude ele havia desejado ardentemente tornar-se um sacerdote católico, mas ironicamente foi dissuadido da idéia por seu irmão que seria mais tarde o Arcebispo de Hue, o qual lhe dissera que a vocação religiosa seria leve demais para ele. Que este conselho não foi apenas um gesto fraterno ficaria comprovado mais tarde, pelo fato de que quando Diem durante a crise francesa foi forçado a ir para o exílio nos Estados Unidos e na Bélgica, ele foi escolhido para ficar em mosteiros católicos, levando a  vida austera dos companheiros internos.

         Para Dulles e Pio XII este ascetismo religioso era a sólida garantia de que Diem executaria sua política conjunta com a maior fidelidade. E nisso estavam certos, conforme seria demonstrado mais tarde. As pessoas que o conheciam melhor não tinham a mesma opinião sobre a adaptabilidade de Diem. A Embaixada Americana, por exemplo, alertou contra ele, desde o princípio. Essa admoestação foi completamente ignorada em Washington, e embora o próprio departamento de Estado fosse contra a escolha o Departamento de Operações Especiais do Pentágono insistiu na escolha de Diem. E abriu o seu caminho. Qual era a explicação? Um certo click no Pentágono inspirado por outro da CIA com íntima ligação com o lobby católico em Washington e certos cardeais nos Estados Unidos, e consequentemente de perfeito acordo com o Vaticano, havia decidido ter um aliado católico no Vietnã do Sul. Deve-se lembrar que esse era o período em que a Guerra Fria estava na pior fase, quando os seus arqui expoentes, or irmãos Dulles – um no Departamento de Estado e outro na CIA – e Pio XII no Vaticano estavam conduzindo uma estratégia diplomática política e ideológica conjunta, englobando tanto o ocidente como o oriente distante, do qual o Vietnã era parte integral.

         A escolha provou ser um desastre para o Vietnã e para a política americana na Ásia, pois, conforme foi visto, o aspecto religioso foi eventualmente o que prejudicou todo o modelo da grande estratégia americana ali. Mas este é sempre o caso quando católicos em postos elevados sempre que o permitem as circunstâncias e o seu poder não mais ficam restritos por cláusulas constitucionais ou outros controles e tendem a conduzir uma política mais ou menos consonante com o espírito de sua religião. O resultado é que ao culminar os interesses do seu país com os interesses da Igreja Católica, em geral eles geram desnecessárias complicações sociais e políticas, as quais ficam confinadas à oposição geral, tanto no campo religioso como no político.

         Quando esse estado de coisas se aproxima de uma crise devido à resistência da oposição não católica, então os católicos, exercendo poder político e militar não hesitam em usar esse poder contra os que se  lhes opõem. Nesse caso, os interesses de sua igreja, sem dúvida alguma, serão colocados acima dos interesses do seu país. Esta fórmula provou ser correta no caso do Vietnã do Sul. O Presidente Diem, tendo provocado essa crise, desconsiderou os interesses do país e também dos seus protetores, os Estados Unidos, para seguir o que considerava ser os interesses de sua Igreja.

         Conquanto fatores políticos e militares de certa importância tenham conduzido parte da tragédia final, o fator religioso, em verdade, obscurecendo a visão política e militar do Presidente Diem levou o país ao desastre. Diem, apesar ou por causa dos seu ascetismo religioso, foi grandemente influenciado em sua conduta política pelo seu irmão, o chefe da polícia secreta, o qual não hesitou em desencadear uma verdadeira perseguição religiosa aos monges, freiras e líderes budistas conforme foi visto.

         E o fator religioso ainda mais premente por causa de ambas foi o fanatismo do terceiro irmão, o Arcebispo de Hue. O Arcebispo era o “guia espiritual”, tanto do chefe de polícia como do Presidente Diem. Não é mera coincidência que o início da guerra religiosa tenha sido em Hue a sede do Arcebispado. Era ele o poder condutor que agia por trás da crescente e sistemática discriminação religiosa contra os Budistas. O grande apoiador do Arcebispo de Hue era o Papa Pio XII.

         A semelhança entre o fanático Presidente Católico do Vietnã do Sul e o Arcebispo de Hue, com o ditador da Croácia Ante Pavelic, e o Arcebispo Stepinac de Zagreb não poderia ser mais chocante. Desse modo, enquanto a liderança política e militar do Vietnã do Sul e os ditadores da Croácia foi posta à disposição da Igreja Católica, esta Igreja logo colocou a sua máquina eclesiástica à disposição dos ditadores, os quais tomaram conta de tudo e todos, subordinando-os ao seu totalitarismo religioso e político. Tanto Diem como Pavelic, controlados pelos seus respectivos arcebispos perseguiram três objetivos ao mesmo tempo: 1) Aniquilação do inimigo político, isto é, o Comunismo; 2) Justificativa para o extermínio dos inimigos da Igreja, isto é, os Ortodoxos, no caso de Pavelic, e os Budistas no  caso de Diem; 3) Instalação da tirania católica religiosa e política nestes dois países.

         Apesar das diferentes circunstâncias e das características dos panos de fundo geográfico e cultural da Croácia e do Vietnã, o modelo e o objetivo final desejados pelos dois regimes eram exatamente os mesmos: qualquer coisa ou qualquer pessoa que não estivesse de acordo ou não se submetesse ao Catolicismo teria de ser impiedosamente destruída através de prisão, perseguição, campos de concentração e execução. E o resultado é que, relegando os interesses do país a segundo plano, a fim de dar prioridade aos interesses católicos, os dois ditadores levaram finalmente seus países ao abismo.

         No caso do Presidente Diem, quando ele colocou o Catolicismo em primeiro lugar, alienou-se da vasta maioria dos vietnamitas do Sul e dos seus exércitos, os quais, deve-se lembrar, eram constituídos de Budistas que o apoiavam politicamente em tudo. Isso trouxe o colapso do front anti comunista sob o qual se ancorava a política de Diem. O caos gerado por sua vez colocou em movimento a intervenção militar dos Estados Unidos. Os ditadores do Vietnã do Sul e da Croácia católica, são portanto, os dois  exemplos mais chocantes  de como o espírito do Catolicismo pode contaminar aos mais diversos sistemas políticos e culturas com o bacilo da sua intolerância. E não pode ser de outro modo. Visto como suas exigências de exclusividade e portanto, da supremacia religiosa serão identificadas com os que estiverem prontos a aceitá-las como verdades básicas sobre as quais deve repousar toda a estrutura da sociedade.

         Um esquimó e um africano central, ou, em nosso caso, um croata e um vietnamita, portanto, apesar de suas diferenças raciais e culturais, pelo simples fato de serem membros da mesma igreja escravizadora, sem dúvida irão zombar da democracia e aborrecer a liberdade. A importância disso é portentosa. A implicação é que a Igreja Católica é potencialmente capaz de executar as mais terríveis experiências tanto na Croácia como no Vietnã do Sul e em outros países, independente de seus sistemas políticos. Isto significa que em razão das circunstâncias favoráveis, ela não hesitaria em repeti-las em qualquer parte do mundo onde quer que haja católicos. E visto como existem católicos praticamente em quase todos os países do mundo o risco da “experiência” de outras Croácias e outro Vietnãs do Sul, em futuro próximo ou distante não é mera especulação, mas uma tremenda possibilidade!

         No caso do Vietnã o papel desempenhado pela Igreja Católica foi importante, não apenas durante o conflito, mas também durante o agonizante período do seu término. Foi então que o Vaticano entrou em acordo com os comunistas do norte enquanto os Estados Unidos prosseguiam na luta. O papa externou o acordo secreto entre o Vaticano e o Vietnã do Norte ao consagrar todo o Vietnã – isto é, o do Norte e o do Sul – à Senhora de Fátima. Isto foi anos antes do término da guerra. Detalhes das operações secretas entre o Vaticano e os comunistas podem ser encontrados no livro do autor: Vietnã, Why Did We Go? (Vietnã, por que fomos?). A consagração do Vietnã Comunista Unido foi feita pelo “bondoso Papa João XXIII, sucessor de Pio XII e Paulo VI, sucessor daquele. Um movimento religioso  que havia indicado de que lado ficou o Vaticano, exatamente quando os Estados Unidos começaram a perder a guerra.
 

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Luso

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« Responder #1 em: Outubro 16, 2008, 08:15:06 pm »
E depois?
O que pretende com a sua intervenção, Stefano?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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stefano

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« Responder #2 em: Outubro 16, 2008, 08:17:39 pm »
Citação de: "Luso"
E depois?
O que pretende com a sua intervenção, Stefano?

mostrar que Roma teve um dedo no conflito também.
 

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Luso

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« Responder #3 em: Outubro 16, 2008, 09:41:03 pm »
Citação de: "stefano"
Citação de: "Luso"
E depois?
O que pretende com a sua intervenção, Stefano?
mostrar que Roma teve um dedo no conflito também.


Sim, e daí?
O que pretende demonstar no global?
O que nos quer mostrar?
É que os seus artigos aparecem aqui sem enquadramento, sem contexto. Que se cite, mas que se faça uma apreciação crítica.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Kawa

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« Responder #4 em: Outubro 17, 2008, 02:32:22 am »
Citação de: "stefano"
Citação de: "Luso"
E depois?
O que pretende com a sua intervenção, Stefano?
mostrar que Roma teve um dedo no conflito também.


La iglesia obviamente tomó partido en Vietnam por uno de los bandos, el que no se dedicaba a matar a sus misioneros, como hacían las guerrillas del Vietcong, aunque para usted a lo mejor debían de apoyar a los que los mataban :roll:
 

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stefano

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« Responder #5 em: Outubro 17, 2008, 02:35:14 am »
Citação de: "Kawa"
Citação de: "stefano"
Citação de: "Luso"
E depois?
O que pretende com a sua intervenção, Stefano?
mostrar que Roma teve um dedo no conflito também.

La iglesia obviamente tomó partido en Vietnam por uno de los bandos, el que no se dedicaba a matar a sus misioneros, como hacían las guerrillas del Vietcong, aunque para usted a lo mejor debían de apoyar a los que los mataban :roll:


sé...
el ironico es que muchos de los budistas asesinados por Diem eran anticomunistas!
 

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Kawa

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« Responder #6 em: Outubro 17, 2008, 02:39:57 am »
Citação de: "stefano"
Citação de: "Kawa"
Citação de: "stefano"
Citação de: "Luso"
E depois?
O que pretende com a sua intervenção, Stefano?
mostrar que Roma teve um dedo no conflito também.

La iglesia obviamente tomó partido en Vietnam por uno de los bandos, el que no se dedicaba a matar a sus misioneros, como hacían las guerrillas del Vietcong, aunque para usted a lo mejor debían de apoyar a los que los mataban :roll:

sé...
el ironico es que muchos de los budistas asesinados por Diem eran anticomunistas!


Del mismo modo que gente como el general Domingo Batet o los 16 sacerdotes católicos que actuaban como capellanes castrenses para el Eusko Gudarostea (el ejército vasco) fusilados por Franco en 1.937 eran católicos, no olvide que católico o no Diem era un dictador y como tal acababa con TODA oposición, incluida la de la Iglesia Católica si hubiese decidido enfrentarsele.
 

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stefano

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« Responder #7 em: Outubro 17, 2008, 03:09:15 am »
Citação de: "Kawa"
Citação de: "stefano"
Citação de: "Kawa"
Citação de: "stefano"
Citação de: "Luso"
E depois?
O que pretende com a sua intervenção, Stefano?
mostrar que Roma teve um dedo no conflito também.

La iglesia obviamente tomó partido en Vietnam por uno de los bandos, el que no se dedicaba a matar a sus misioneros, como hacían las guerrillas del Vietcong, aunque para usted a lo mejor debían de apoyar a los que los mataban :roll:

sé...
el ironico es que muchos de los budistas asesinados por Diem eran anticomunistas!

Del mismo modo que gente como el general Domingo Batet o los 16 sacerdotes católicos que actuaban como capellanes castrenses para el Eusko Gudarostea (el ejército vasco) fusilados por Franco en 1.937 eran católicos, no olvide que católico o no Diem era un dictador y como tal acababa con TODA oposición, incluida la de la Iglesia Católica si hubiese decidido enfrentarsele.

era dificil la iglesia lo enfrentar. La iglesia era muy cercana de Diem, inclusive el hermano de Diem era arzobispo de Hue y jerarca catolico.
y otro hermano de Diem era jefe de la policia secreta
 

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Kawa

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« Responder #8 em: Outubro 17, 2008, 03:15:40 am »
Citação de: "stefano"
era dificil la iglesia lo enfrentar. La iglesia era muy cercana de Diem, inclusive el hermano de Diem era arzobispo de Hue y jerarca catolico.
y otro hermano de Diem era jefe de la policia secreta


No es tan dificil, por muy arzobispo de Hue que fuese el hermano de Diem, antes que hermano era un miembro de la jerarquía católica y debía obediencia al Papa de Roma, la familia no significa NADA cuando hay otras cosas en medio, mire si no a Isabel de Castilla y a su sobrina Juana, a Carlos María Isidro y su sobrina Isabel o, en Portugal a Afonso Henriques y a su madre ¿impidieron los lazos familiares las guerras? no.
 

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stefano

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« Responder #9 em: Outubro 17, 2008, 04:55:56 am »
Citação de: "Kawa"
Citação de: "stefano"
era dificil la iglesia lo enfrentar. La iglesia era muy cercana de Diem, inclusive el hermano de Diem era arzobispo de Hue y jerarca catolico.
y otro hermano de Diem era jefe de la policia secreta

No es tan dificil, por muy arzobispo de Hue que fuese el hermano de Diem, antes que hermano era un miembro de la jerarquía católica y debía obediencia al Papa de Roma, la familia no significa NADA cuando hay otras cosas en medio, mire si no a Isabel de Castilla y a su sobrina Juana, a Carlos María Isidro y su sobrina Isabel o, en Portugal a Afonso Henriques y a su madre ¿impidieron los lazos familiares las guerras? no.


es verdad. pero los hermanos de Saigon eran cercanos.
 

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Kawa

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« Responder #10 em: Outubro 17, 2008, 05:13:13 am »
Citação de: "stefano"
Citação de: "Kawa"
Citação de: "stefano"
era dificil la iglesia lo enfrentar. La iglesia era muy cercana de Diem, inclusive el hermano de Diem era arzobispo de Hue y jerarca catolico.
y otro hermano de Diem era jefe de la policia secreta

No es tan dificil, por muy arzobispo de Hue que fuese el hermano de Diem, antes que hermano era un miembro de la jerarquía católica y debía obediencia al Papa de Roma, la familia no significa NADA cuando hay otras cosas en medio, mire si no a Isabel de Castilla y a su sobrina Juana, a Carlos María Isidro y su sobrina Isabel o, en Portugal a Afonso Henriques y a su madre ¿impidieron los lazos familiares las guerras? no.

es verdad. pero los hermanos de Saigon eran cercanos.


También Carlos María Isidro y su hermano Fernando VII eran cercanos, y Fernando se vió obligado a exiliarlo a causa de los problemas con la sucesión al trono, al negarse Carlos María Isidro a reconocer a Isabel como reina.
 

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papatango

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« Responder #11 em: Outubro 17, 2008, 07:29:14 pm »
Sou eu que devo ser realmente estúpido, mas não percebo qual é o objectivo...

Parece-me que é a mesma coisa que vir dizer que durante a II Guerra Mundial, também houve alemães que morreram nos Estados Unidos vítimas de maus tratos e apresentar esse facto como prova de que o comportamento dos alemães se comparava ao dos americanos.

O Vietname do Sul era uma ditadura.
Provavelmente não tão selvagem e criminosa quanto a ditadura comunista do norte, mas a guerra do Vietname foi acima de tudo uma guerra civil em que os norte-americanos intervieram sem perceber o tipo de problema que estavam a enfrentar.

Agora, colocar a Igreja Católica no rol dos que também são responsáveis, apenas porque sim ...
Provavelmente bem, bem, bem espremido, até a Madre Teresa de Calcutá deve ter contas no cartório ...  :shock:  :shock:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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stefano

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« Responder #12 em: Outubro 17, 2008, 07:32:27 pm »
Citação de: "papatango"
Sou eu que devo ser realmente estúpido, mas não percebo qual é o objectivo...

Parece-me que é a mesma coisa que vir dizer que durante a II Guerra Mundial, também houve alemães que morreram nos Estados Unidos vítimas de maus tratos e apresentar esse facto como prova de que o comportamento dos alemães se comparava ao dos americanos.

O Vietname do Sul era uma ditadura.
Provavelmente não tão selvagem e criminosa quanto a ditadura comunista do norte, mas a guerra do Vietname foi acima de tudo uma guerra civil em que os norte-americanos intervieram sem perceber o tipo de problema que estavam a enfrentar.

Agora, colocar a Igreja Católica no rol dos que também são responsáveis, apenas porque sim ...
Provavelmente bem, bem, bem espremido, até a Madre Teresa de Calcutá deve ter contas no cartório ...  :shock:  :shock:


a igreja tem mea culpa. Você sabe  que a igreja tem histórico de cumplicidade com guerras, ditaduras e massacres.
 

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papatango

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« Responder #13 em: Outubro 17, 2008, 07:38:00 pm »
Se a igreja tem «Sua Culpa» não sei.
Mas as instituições religiosas estão directamente ligadas à sociedade e as religiões são muitas vezes razão de ser dos próprios Estados.

Muitas vezes os Estados agiam em nome da religião e ainda hoje o fazem, mesmo que indirectamente como por exemplo os russos actualmente, em nome da Moscóvia e da expansão do Patriarcado de Moscovo como sede da Cristandade Ortodoxa.

Portanto a questão que coloco é: What else is new ?

Há alguem que não saiba que todos os intervenientes nos processos politicos / históricos, são também responsáveis por eles ?
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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stefano

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« Responder #14 em: Outubro 17, 2008, 07:41:58 pm »
Citação de: "papatango"
Se a igreja tem «Sua Culpa» não sei.
Mas as instituições religiosas estão directamente ligadas à sociedade e as religiões são muitas vezes razão de ser dos próprios Estados.

Muitas vezes os Estados agiam em nome da religião e ainda hoje o fazem, mesmo que indirectamente como por exemplo os russos actualmente, em nome da Moscóvia e da expansão do Patriarcado de Moscovo como sede da Cristandade Ortodoxa.

Portanto a questão que coloco é: What else is new ?

Há alguem que não saiba que todos os intervenientes nos processos politicos / históricos, são também responsáveis por eles ?


as concorrentes da ig. romana também tem mea culpa.

PS:que dizer da igreja e Salazar?