Serviço Militar Obrigatório de Regresso?

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HSMW

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Re: Serviço Militar Obrigatório de Regresso?
« Responder #15 em: Novembro 02, 2017, 09:33:52 pm »
Atenção que o SMO apenas foi suspenso e continua previsto na constituição.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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PereiraMarques

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Re: Serviço Militar Obrigatório de Regresso?
« Responder #16 em: Novembro 03, 2017, 10:44:20 pm »
Atenção que o SMO apenas foi suspenso e continua previsto na constituição.

O que a Constituição diz é algo muito genérico e o que interessa realmente é o número 2 (a bold) que remete essa decisão para uma lei ordinária da Assembleia da República.

Citar
Artigo 276.º
Defesa da Pátria, serviço militar e serviço cívico
 1. A defesa da Pátria é direito e dever fundamental de todos os portugueses.

2. O serviço militar é regulado por lei, que fixa as formas, a natureza voluntária ou obrigatória, a duração e o conteúdo da respectiva prestação.

3. Os cidadãos sujeitos por lei à prestação do serviço militar e que forem considerados inaptos para o serviço militar armado prestarão serviço militar não armado ou serviço cívico adequado à sua situação.

4. Os objectores de consciência ao serviço militar a que legalmente estejam sujeitos prestarão serviço cívico de duração e penosidade equivalentes à do serviço militar armado.

5. O serviço cívico pode ser estabelecido em substituição ou complemento do serviço militar e tornado obrigatório por lei para os cidadãos não sujeitos a deveres militares.

6. Nenhum cidadão poderá conservar nem obter emprego do Estado ou de outra entidade pública se deixar de cumprir os seus deveres militares ou de serviço cívico quando obrigatório.

7. Nenhum cidadão pode ser prejudicado na sua colocação, nos seus benefícios sociais ou no seu emprego permanente por virtude do cumprimento do serviço militar ou do serviço cívico obrigatório.
 

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perdadetempo

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Re: Serviço Militar Obrigatório de Regresso?
« Responder #17 em: Março 12, 2018, 02:28:41 pm »
Na sequência da declaração de intenções do Macron sobre este assunto um excerto traduzido com a ajuda do Goggle com as conclusões de alguém que pensou sobre o assunto, e que suponho aplicar-se aos outros países com problemas semelhantes:

Citar
...Então, aqui vem a ideia do serviço universal (que originalmente foi apresentado como "militar"). Muito bom, mas para o quê? Recordemos mais uma vez que o serviço foi concebido como um meio de desenvolvimento de recursos do Estado, não por um imposto adicional, mas por um presente do tempo de trabalho (e, às vezes, um presente da vida). Um serviço que só pode ser concebido para ajudar o Estado nas suas missões primárias. No entanto, é mesmo disso que o Estado precisa. O esforço financeiro dedicado a essas missões primárias, nos quatro ministérios régios( nota: no caso francês Defesa, Interior, Justiça, Economia e Finanças), passou de 4,5% do PIB no momento da suspensão do serviço para 2,8% hoje. Não há nenhuma ligação, mas considere-se que, para o mesmo esforço (fraco, sem ofensa aos defensores das terríveis despesas públicas), a manutenção do serviço nacional podia ter permitido fazer mais. Em outras palavras, o serviço universal só é aceitável se traz mais para a nação do que se retira dela.
Esses recursos necessários, que, portanto, faltam diretamente ao estado ou indiretamente por tudo o que os conscritos não criarão durante seu serviço, dificilmente podem ser antecipados com precisão, mas estão em biliões de euros. É necessário que o benefício para a nação, muito difícil de medir, deva ir além desse enorme investimento. O SNU só pode ser útil envolvendo massivamente os 800 mil jovens de uma faixa etária em todos os serviços do Estado ou associações de utilidade pública. Só pode ser útil se ultrapassarmos o estágio de aprendizagem, que é um investimento (e, portanto, um enfraquecimento momentâneo) da estrutura do hospedeiro, para o retorno desse investimento por trabalho útil e imediato, mas também potencial e futuro. Finalmente, um serviço só será útil para a nação se também for rentável ao longo do tempo, ou seja, com uma reserva que pode ser solicitada em caso de necessidade, sob a forma de bombeiros voluntários, por exemplo ou, agora, raras, reservas militares.
Então teremos, e só então, algo útil para a nação e aceitável para as finanças públicas (desde que os benefícios ultrapassem os custos orçamentados). Vamos então perceber se  de facto, traz alguns benefícios para o treinamento de nossos cidadãos. Veremos também que, se com o decorrer dos anos a este serviço se sentirá antes e principalmente como uma carga ao  qual muitos tentarão escapar. Se nada for planejado para impedir essa tentação, nada impedirá a desintegração do sistema. Desde que é obrigatório, um serviço é necessariamente um "mal necessário". Só pode ser legítimo e, portanto, sustentável enquanto o "necessário" superar o "mal".

https://lavoiedelepee.blogspot.pt/

Cumprimentos,
 

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raphael

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Re: Serviço Militar Obrigatório de Regresso?
« Responder #18 em: Março 13, 2018, 10:54:18 am »
SMO? Em Portugal?
Quer dizer queixam-se dos ordenados no regime de contrato...e então era o smo que ia resolver os efetivos?
Só se fosse para aumentar a verba da Policia Militar tal era o número de deserções...
Pararam com a reforma dos Ramos, reorganização da estrutura...neste momento não é eficiente logo não é sustentável...
Um abraço
Raphael
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perdadetempo

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Re: Serviço Militar Obrigatório de Regresso?
« Responder #19 em: Março 13, 2018, 07:26:25 pm »
SMO? Em Portugal?
Quer dizer queixam-se dos ordenados no regime de contrato...e então era o smo que ia resolver os efetivos?
Só se fosse para aumentar a verba da Policia Militar tal era o número de deserções...
Pararam com a reforma dos Ramos, reorganização da estrutura...neste momento não é eficiente logo não é sustentável...

Eu nem vou por aí. Limitei-me só a por um artigo com algumas considerações sobre o assunto e que ultrapassam a realidade nacional, onde ao que parece que toda a discussão se resume ao facto de alguns senhores se sentirem muito sozinhos nos seus quartéis vazios.

Estive a ver um livro velho da Jane´s de 1981 que informava que nessa altura o exército português teria 37000 efectivos. Actualmente resume-se a 15000 e para mandarem uma companhia (150 indivíduos) para RCA tiveram que ir a meia dúzia de regimentos/entidades/outros. Suponho que na desorganização actual se existissem os 37000 efectivos de antigamente conseguiam organizar duas companhias ;D

Mas é sempre mais fácil falar do regresso SMO que fazer reorganizações, ou como aparece nas notícias do exército ir apresentando requisitos e mais requisitos nos projectos de aquisição à NSPA até que provavelmente aquilo acabe por dar tudo em águas de bacalhau.
Assim pode-se  e voltar à estaca zero, com concursos devidamente organizado em território nacional com as broncas a que estamos habituados e com os responsáveis devidamente salvaguardados pela lei do segredo militar, ou em alternativa fazer 40/50 compras do mesmo material em regime de ajuste directo aos vendedores/representantes do costume.

Cumprimentos