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Indústrias de Defesa e Tecnologia Militar => Indústrias de Defesa => Tópico iniciado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 08:41:01 pm

Título: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 08:41:01 pm
Especialistas discutem projetos da área espacial brasileira

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F05%2FImagem-1-GIL2016.jpg&hash=7f202dfc0ef1ec583e2c1782314e6730)

O Grupo Interfaces de Lançamento (GIL 1/2016), organizado pela Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 60-1, reuniu-se no primeiro encontro do ano, no Centro de Lançamento de Alcântara (MA), para discutir detalhes da Operação Rio Verde e o orçamento da Agência Espacial Brasileira (AEB) para o biênio 2016 e 2017. Também foram apresentadas as principais atividades e projetos do setor espacial brasileiro em andamento.

No encontro ainda aconteceu a Reunião de Acompanhamento de Interfaces (RAI), que abordou os requisitos necessários para o sucesso do lançamento do foguete brasileiro VSB-30, que levará a bordo quatros experimentos científicos e tecnológicos selecionados pelo Programa Microgravidade da AEB.

O VSB-30 é um veículo suborbital com dois estágios de propulsão sólida com capacidade de transportar cargas úteis de 400 Kg, para experimentos na faixa de 270 Km de altitude. Para experimentos em ambiente de microgravidade, o VSB-30 permite que a carga útil permaneça cerca de seis minutos acima da altitude de 110 Km.

A execução da Operação Rio Verde foi apresentada pelo engenheiro do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Eduardo Dore Roda. O engenheiro do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Mauro Melo Dolinsky ressaltou a importância de o CLA utilizar uma nova antena de telemetria e a necessidade do retorno da operação do radar meteorológico. O cronograma e a possibilidade de realizar a operação no próximo mês de outubro foram discutidos pelo grupo.

Experimentos

Os experimentos selecionados pela Comissão de Coordenação do Programa Microgravidade foram apresentados aos participantes pelo tecnologista do IAE, José Bezerra Pessoa Filho. Os experimentos escolhidos para serem observados em ambiente de microgravidade são de pesquisadores e docentes de universidades brasileiras.

O foguete suborbital VSB-30 levará quatro experimentos em seu voo, como a Solidificação de Ligas Eutéticas em Microgravidade, do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Chen Ying Na. Ao longo do mesmo voo, também serão observados os Efeitos da Microgravidade Real no Sistema Vegetal de Cana-de-Açúcar, da professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Katia Castanho Scortecci.

Os outros dois experimentos correspondem  à Plataforma de Aquisição para Análise de Dados de Aceleração II (PAANDA II), do professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Marcelo Carvalho Tosin, e as Novas Tecnologias de Meios Porosos para Dispositivos com Mudança de Fase, da professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Marcia Barbosa Henriques Mantelli.

Os serviços básicos desses experimentos, como suporte mecânico, energia, comunicação, estabilização e sistema de recuperação serão fornecidos pela plataforma suborbital que será transportada ao espaço na parte superior do veículo VSB-30.

O diretor da área de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB, Marco Antônio Vieira de Rezende, apresentou a situação orçamentária da Agência para 2016 e 2017, e destacou as medidas tomadas para diminuir os prazos de liberação de crédito e os obstáculos enfrentados para captar recursos a serem empregados no Programa Espacial Brasileiro (PEB).

As dificuldades do planejamento orçamentário devido às incertezas políticas e financeiras que envolvem todo o país, também foram destacadas pelo diretor.

O programa de lançamentos previsto para 2016, a previsão de futuros lançamentos, como por exemplo, a Operação Mutiti, com o VS-30/Orion, para 2017, as missões dos veículos lançadores, como o VLA-1, VS-43, VS-50 e o VLM-1 e projetos afins, além das obras, revitalização e operacionalidade nos Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal (RN) e do CLA foram pautas de discussão deste primeiro encontro.

Participaram da primeira reunião do GIL 2016 cerca de 50 especialistas do setor espacial brasileiro, entre militares e servidores civis pertencentes Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), DCTA, AEB, IAE, e dos centros de lançamento do CLA e do CLBI. A próxima reunião do grupo está prevista para acontecer no segundo semestre deste ano.

Ivan Plavetz
Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB) -Coordenação de Comunicação Social (CCS)

FONTE: http://tecnodefesa.com.br/especialistas-discutem-projetos-da-area-espacial-brasileira-em-alcantara/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 09:20:20 pm
Programa Espacial Brasileiro - VEÍCULOS LANÇADORES

Citar
Os veículos lançadores ou foguetes espaciais são peças fundamentais para o desenvolvimento da astronáutica, sendo capazes de lançar ao espaço instrumentos como sondas interplanetárias que revelam segredos de planetas distantes e satélites com variadas funções. O desenvolvimento desses veículos, orbitais e sub-orbitais, é de importância estratégica, pois garante a necessária autonomia para o acesso ao espaço.

O Brasil, por meio do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA) e da indústria aeroespacial, concebeu e produziu um bem-sucedido conjunto de veículos de sondagem. Esses foguetes proporcionaram a realização de inúmeros experimentos científicos e tecnológicos.

O domínio da tecnologia dos foguetes de sondagem serviu de base para o desenvolvimento de um Veículo Lançador de Satélites (VLS), um artefato de quatro estágios, com cerca de 50 toneladas na decolagem, capaz de lançar satélites de 100 Kg a 350 Kg, em altitudes de 200 Km a 1000 Km.

Foguetes de Sondagem

Os foguetes de sondagem são utilizados para missões suborbitais de exploração do espaço, capazes de lançar cargas-úteis compostas por experimentos científicos e tecnológicos. O Brasil possui veículos operacionais dessa classe, que suprem boa parte de suas necessidades, com uma história bem-sucedida de lançamentos.

O projeto iniciou-se em 1965, quando o foguete Sonda I fez o voo inaugural, primeiro lançamento de um foguete nacional. Esse lançamento foi realizado no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI). Durante um período de 12 anos, foram realizados mais de 200 experimentos com foguetes desse tipo.

A política de envolvimento crescente das universidades e centros de pesquisa no programa espacial vem acarretando uma demanda maior desses veículos, o que tem levado à continuação de sua produção.

SONDA I

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2Fsonda11.gif&hash=33f87c9fe0157951cce49d65724363e7)

O Sonda I foi projetado para ser aplicado em estudos da alta atmosfera e se destinava a transportar cargas-úteis meteorológicas de 4,5 kg a 70 km de altitude. Esse foguete serviu, principalmente, como escola no campo de propelentes sólidos e outras tecnologias e para o desenvolvimento de foguetes de curto alcance.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 3,1 m
Diâmetro máximo: 0,127 m
Nº de estágios: 2
Massa Total: 59 kg
Massa da Carga-Útil: 4,5 kg
Apogeu: 70 km

SONDA II

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2Fsonda21.gif&hash=9be0f832af40af821ab7c0fa47c9efb5)

A partir de 1966, o Sonda I evoluiu para o foguete monoestágio Sonda II, desenvolvido para transporte de cargas-úteis científicas e tecnológicas, de 20 Kg a 70 Kg, para experimentos na faixa de 50 Km a 100 Km de altitude, com inovações tecnológicas em relação ao Sonda I, como novas proteções térmicas, novos propelentes e eletrônica modernizada.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 4,534 m
Diâmetro máximo: 0,300 m
Nº de estágios: 1
Massa Total: 368 kg
Massa da Carga-Útil: 70 kg
Apogeu: 100 km

SONDA III

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2Fsonda31.gif&hash=cd6ce9116e76636aab5b2e877689b6a2)

Em 1969, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) iniciou o desenvolvimento do foguete biestágio Sonda III. Ele utiliza propelente sólido e é capaz de transportar cargas-úteis científicas e tecnológicas de 50 Kg a 150 Kg para experimentos na faixa de 200 Km a 650 Km de altitude.

Esse veículo recebeu, pela primeira vez, sistemas de instrumentação completo, de separação de estágios, de ignição para o segundo estágio, de teledestruição, de controle de altitude dos três eixos da carga-útil, de recuperação da carga no mar, além de muitos dispositivos eletrônicos. O primeiro protótipo voou em 26 de fevereiro de 1976.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 6,985 m
Diâmetro máximo: 0,557 m
Nº de estágios: 2
Massa Total: 1.548 kg
Massa da Carga-Útil: 150 kg
Apogeu: 650 km

SONDA IV

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2Fsonda41.gif&hash=440dc0ac09261d6cd5460cb9aaa514a4)

A partir de 1974, foram desenvolvidos foguetes equipados com sistemas de pilotagem automática, que levou ao projeto do foguete biestágio Sonda IV. Este utiliza propulsores carregados com propelente sólido, visando obter o domínio das tecnologias imprescindíveis para o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS). O Sonda IV foi utilizado para o transporte de cargas-úteis científicas e tecnológicas de 300 Kg a 500 Kg para experimentos na faixa de 700 Km a 1000 Km de altitude.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 9,185 m
Diâmetro máximo: 1,000 m
Nº de estágios: 2
Massa Total: 6.917 kg
Massa da Carga-Útil: 500 kg
Apogeu: 1000 km

Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 09:23:44 pm
VSB 30

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2Fvsb301.gif&hash=548160a5155195a75ed5cc95348f3d31)

Em 2004, tiveram início os lançamentos do VSB-30 , versão do foguete VS-30 acrescido de um estágio para aumentar a capacidade de carga-útil e tempo de microgravidade. O desenvolvimento do veículo começou em meados de 2000, fruto de uma cooperação entre as agências espaciais Brasileira (AEB) e Alemã (DLR).

O VSB-30 é um veículo de 12 metros de comprimento e mais de duas toneladas, criado para contribuir com o avanço da ciência ao permitir a execução de experimentos, sejam científicos, sejam tecnológicos. Sua letras significam Veículo de Sondagem Booster – 30.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 12,6 m
Diâmetro máximo: 0,57 m
Nº de estágios: 2
Massa Total: 2.570 kg
Massa da Carga-Útil: 400 kg
Apogeu: 270 km

VS 30

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2Fvs301.gif&hash=84225ed81e8164b9e9275915c9833830)

Nos meados da década de 1980, começou o desenvolvimento, no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do foguete de sondagem monoestágio, o VS-30. Ele corresponde ao primeiro estágio do Sonda III. Este foguete pode efetuar missões com cargas-úteis científicas e tecnológicas de até 260 kg em trajetórias de 160 km de apogeu.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 7,428 m
Diâmetro máximo: 0,557 m
Nº de estágios: 1
Massa Total: 1.460 kg
Massa da Carga-Útil: 260 kg
Apogeu: 160 km

VS 40

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2Fvs401.gif&hash=cd478a3d939eaba633d4529dfc2a47e1)

Em 2 de abril de 1993, foi lançado, com sucesso, o foguete VS-40, com o objetivo de realizar teste do quarto estágio do Veículo Lançador de Satélites (VLS), em ambiente de vácuo. O veículo atingiu o apogeu com 950 km altitude, e um alcançou 2.680 km. Este foguete pode efetuar missões com cargas-úteis científicas e tecnológicas de até 500 kg em trajetórias de 650 km de apogeu.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 6,725 m
Diâmetro máximo: 1,000 m
Nº de estágios: 1
Massa Total: 6.235 kg
Massa da Carga-Útil: 500 kg
Apogeu: 650 km

VLS

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2Fvls-1.gif&hash=0e3e8a74bad218a5e36a6b509ec9f72d)

Em 2 de abril de 1993, foi lançado, com sucesso, o foguete VS-40, com o objetivo de realizar teste do quarto estágio do Veículo Lançador de Satélites (VLS), em ambiente de vácuo. O veículo atingiu o apogeu com 950 km altitude, e um alcançou 2.680 km. Este foguete pode efetuar missões com cargas-úteis científicas e tecnológicas de até 500 kg em trajetórias de 650 km de apogeu.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 6,725 m
Diâmetro máximo: 1,000 m
Nº de estágios: 1
Massa Total: 6.235 kg
Massa da Carga-Útil: 500 kg
Apogeu: 650 km

FONTE: http://www.aeb.gov.br/programa-espacial/veiculos-lancadores/


Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 10:03:55 pm
(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/p160x160/13782028_1735252993429145_4133620785763826101_n.png?oh=01dcfaaf17d3a0edc89dd60e07f4f120&oe=5831562B)


(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13782039_1735252940095817_5896204243367903787_n.jpg?oh=302ff0eb201d92b3c65cfa4d0a6fb6ee&oe=5832FAA5)
VLS

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13718809_1735253270095784_8017516339726986356_n.jpg?oh=2920e54c32b041f9f79d6209af107703&oe=58276A2B)
Antenas do BDA I

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13782190_1735253486762429_2408905956244169533_n.jpg?oh=47aa01a5fca5659d730cd0fa20c277b5&oe=581BB378)
Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI 11)

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13716143_1735253513429093_5671379094944291684_n.jpg?oh=60f7124a849015d0a6799d771d61ee15&oe=58195E62)
Lançamento do VS 40 com carga útil

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13697292_1735253550095756_1451850386121940774_n.jpg?oh=6c69a7ff79d3d156fdc2d3438cff46b5&oe=582BD403)
Mock up do VLS

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13776044_1735253670095744_6422499949838667446_n.jpg?oh=8f9c28fc6195f51c01ef4c0124520ef0&oe=582C52EA)
Base de Lançamento de Foguetes de Alcântara, no Estado do Maranhão

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13718757_1735253756762402_8833950591553284365_n.jpg?oh=0f78f2db026da157ef06b863606ce262&oe=58358D1A)
Câmara de Testes

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13692627_1735254100095701_2444795236966330648_n.jpg?oh=755acaad37c121a4464eae4e47dcdf2f&oe=581A979D)
VLS

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13775800_1735253903429054_3048252951734309807_n.jpg?oh=081ff72b8d465939710ecaa36dd7d1ab&oe=57F1C6DC)
VSB 30

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13686535_1735254330095678_5556550994209776649_n.jpg?oh=60aa6990f3fcf3e22e62f5b039ffd6a0&oe=582F1A4E)
VSB 30

(https://scontent.frao1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13697286_1735254413429003_7202160937871919563_n.jpg?oh=1daa98aa11d7f28c081d7cb9334b22c5&oe=5829E040)
VSB 30 - Lançamento na Suécia
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 10:06:47 pm
(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6a/AEB_Sounding_rockets.svg/2000px-AEB_Sounding_rockets.svg.png)
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 10:09:53 pm

Conheça a AEB
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 10:19:40 pm

Lançamento do Cubesat Brasileiro AESP 14 da Estação Espacial
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 20, 2016, 10:24:06 pm

Centro de Lançamento de Alcântara
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Setembro 19, 2016, 07:26:58 pm
Primeiros resultados do demonstrador de propulsão hipersônica

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F09%2FImagem-1-14-X-Resultados.jpg&hash=8f61c88974d99834ca35122363a1532a)

Citar
Os primeiros resultados experimentais do demonstrador tecnológico de propulsão hipersônica aspirada 14-X com ocorrência de combustão supersônica foram apresentados pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAV) durante o IX Congresso Nacional de Engenharia Mecânica (CONEM), realizado em Fortaleza (CE).

Os dados são resultado de observação da combustão supersônica em um modelo de testes obtidos no Túnel de Vento Hipersônico Pulsado T3 do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV e após múltiplas interações entre estudos teóricos e experimentais. Além disso, foram publicadas algumas das primeiras análises teóricas do 14-X com ênfase em parâmetros de desempenho, bem como diversos resultados experimentais voltados à investigação aerodinâmica do demonstrador e estudos para a seleção de materiais e configuração estrutural do veículo para ensaio em voo.

A observação experimental da combustão supersônica foi obtida como parte do trabalho de mestrado em andamento do aluno Ronaldo de Lima Cardoso, orientado pelo pesquisador doutor do IEAV, Paulo Gilberto de Paula Toro, chefe da Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica.

“Estes resultados representam um marco na pesquisa em scramjet no Brasil, pois comprovam maturidade do desenvolvimento para avançar à próxima etapa, os ensaios em voo planejados para os próximos anos”, analisou o capitão-engenheiro Giannino Ponchio Camillo, da Subdivisão de Hipersônica Experimental da Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV.

O demonstrador tecnológico 14-X é produto do grupo de Pesquisa de Propulsão Hipersônica 14-X (PROPHIPER), um projeto estratégico do Comando da Aeronáutica (COMAER) conduzido no IEAV. De acordo com o oficial, a tecnologia de propulsão hipersônica aspirada, chamada de scramjet (Supersonic Combustion Ramjet), é tida como promissora para o desenvolvimento de sistemas eficientes e seguros de acesso ao espaço, no futuro.

“O diferencial é ser capaz de fornecer aceleração à carga útil em regimes de voo de elevadas velocidades, a partir de três vezes a velocidade do som, utilizando, para isso, ar da própria atmosfera, em oposição ao que fazem os motores-foguetes atuais, que precisam levar o oxidante a bordo”, disse. FONTE: http://tecnodefesa.com.br/primeiros-resultados-do-demonstrador-de-propulsao-hipersonica/

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F09%2FImagem-2-14-X-Resultados.jpg&hash=f6d397352cc6f082d39ed9b0541c86ee)
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Setembro 19, 2016, 07:31:30 pm
Brasil e Portugal discutem perspectivas de cooperação na área espacial

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F09%2FImagem-1-Coop.Brasil-Portugal-Espa%25C3%25A7o.jpg&hash=322eda1a3eb81595fbd8945710f8a9ae)

Citar
Nesta semana, a Agência Espacial Brasileira (AEB) recebeu a visita do ministro da Ciência, Tecnologia e Educação Superior de Portugal, Manuel Heitor. No encontro com os diretores de Orçamento e Administração, Iram Mota, de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, Petrônio de Souza, e o assessor internacional, André Rypl, o ministro português apresentou as perspectivas de cooperação com o Brasil em ciência e tecnologia, na área espacial e sua interação com os oceanos.

O ministro levantou a possibilidade de cooperação com enfoque no Atlântico, utilizando os Açores como centro de coleta de dados. “A iniciativa reflete o esforço do país em melhor utilizar o posicionamento estratégico de Portugal e suas ilhas no oceano Atlântico”, afirmou Manuel Heitor, que ainda citou como exemplo a possibilidade de cooperação na área de dados e observação da Terra por meio do uso de antena de comunicação satelital localizada nos Açores.

O desejo é estreitar os laços com o Brasil em nova agenda científica, que poderia ter no Atlântico um campo de ensaio e estudo. A ideia, segundo o ministro, é abrir novos horizontes na cooperação científica e tecnológica com ampliação da colaboração bilateral no espaço.

Portugal já se aproximou de outros países no hemisfério sul como Argentina, Colômbia e África do Sul.

Workshop

A realização de um workshop no Brasil em novembro para estruturar as iniciativas de cooperação na área espacial e de oceanos, também foi uma das propostas do ministro português.

O encontro deverá possibilitar o fomento de diálogo entre governo, academia e empresa, além de promover o intercâmbio de pessoas e empresas da área tecnológica do Brasil e Portugal. A AEB propôs que o workshop seja realizado em São José dos Campos (SP), pela proximidade do Parque Tecnológico, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de universidades e indústrias.

O objetivo da proposta portuguesa é desenvolver um conjunto de projetos na área de ciência e tecnologia espacial. Já o Brasil teria interesse em compor iniciativas com Portugal em aplicações espaciais, nanossatélites, coleta de dados, estudos de oceanos, clima e mudanças climáticas, clima espacial, comando e controle para missões espaciais, navegação, educação e formação de recursos humanos.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F09%2FImagem-2-Coop.Brasil-Portugal-Espa%25C3%25A7o.jpg&hash=aa59b1cb3ab65a01fb87ad0cd184b94c)

Na área de cooperação educacional, o Brasil identificou o programa Sistema Espacial para Realização de Pesquisas e Experimentos com Nanossatélites (SERPENS) e o Centro Vocacional Tecnológico Espacial (CVT), voltado para o conhecimento científico e tecnológico na área espacial, a ser inaugurado no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), na cidade de Parnamirim (RN).

O ministro Manuel Heitor mostrou o desejo de formular plano de longo prazo (10 a 15 anos) para organizar as atividades de cooperação, com foco na área espacial. Ele explicou que Portugal, não possui, ainda, agência espacial, embora o país participe ha 15 anos da Agência Espacial Europeia (ESA). “Portugal tem apenas o chamado “Grupo do Espaço”, o que reforça a necessidade de criação de uma agência própria”, afirmou o ministro.

Manuel Heitor informou que iria propor ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, a realização da Semana de Ciência e Tecnologia Brasil-Portugal, prevista para ser realizada em março ou abril de 2017 no Brasil.

Ele também propôs o estabelecimento de um evento anual, com alternância de sede entre os dois países.

FONTE: http://tecnodefesa.com.br/brasil-e-portugal-discutem-perspectivas-de-cooperacao-na-area-espacial/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Dezembro 14, 2016, 02:25:41 pm
Operação Rio Verde: Foguete VSB-30 é lançado no CLA

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F12%2FImagem-1-Op.RioVerde-II.jpg&hash=370a5011638fc843b3491e0063145ce7)

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), base localizada no Maranhão, realizou na última semana o lançamento do quarto foguete suborbital VSB-30. O veículo levou a bordo a carga útil MICROG2, contendo oito experimentos científicos e tecnológicos, atendendo à primeira chamada do 4º Anúncio de Oportunidades do Programa Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB).

O lançamento faz parte da Operação Rio Verde, iniciada no último dia 20 de novembro no CLA. A campanha, coordenada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), teve por objetivo principal realizar o lançamento do veículo VSB-30 V11 e rastrear a carga útil MICROG2 com posterior resgate em alto mar. O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), atuou como estação remota de rastreio.

O veículo foi lançado às 11horas e 10 minutos, pelo horário local, com duração total de voo de 11min e 04seg. A carga útil com experimentos de instituições de ensino e pesquisa nacionais foi recuperada no litoral maranhense por helicópteros H-60 Black Hawk da FAB.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F12%2FImagem-2-Op.RioVerde-II.png&hash=824b4aacc7d2d1c4283bd9bf4dc4fd72)

“Pode-se afirmar que vários objetivos da Operação Rio Verde foram plenamente atingidos. Entretanto, o veículo não proporcionou aos experimentos os esperados seis minutos de voo em ambiente de microgravidade. A recuperação da carga útil no mar foi bem sucedida e, analisando os dados recebidos por telemedidas, poderemos avaliar o desempenho do veículo, que deverá constar do relatório final da operação, a ser elaborado nos próximos 30 dias”, explicou o coronel Avandelino Santana Junior, coordenador geral da Operação Rio Verde.

Durante o voo, os experimentos embarcados transmitiram dados via telemetria que possibilitarão aos pesquisadores responsáveis aprimorarem estudos como controle térmico de equipamentos eletrônicos tanto no espaço como em terra, utilização de sensores para determinação de atitude de sistemas espaciais, acompanhamento das mudanças de fase de amostras distintas de materiais no espaço, desenvolvimento de um GPS de aplicação espacial capaz de determinar a latitude, longitude e altitude da carga-útil durante todas as fases do voo de um foguete, qualificação de sistema de segurança que impede a ignição não programada de veículos espaciais e desenvolvimento de um sequenciador de eventos pirotécnicos e comutação de energia.

RESGATE

Os Esquadrões Harpia (7º/8º GAv), Netuno (3º/7º GAv) e Aeroterrestre de Salvamento (EAS) participaram do resgate da carga útil do foguete lançado pelo CLA. Os esquadrões tiveram o apoio do 1º/1º Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC) da FAB. A carga pesava cerca de 500 Kg e caiu a cerca de 30 Km da costa do CLA.

O tenente Diogo Surigue Uzeda Ferreira estava no helicóptero que transportou os militares do EAS até o local e foi o responsável por localizar a carga. “O ambiente de recuperação da carga útil é o mar aberto onde as referências são escassas e a visualização de um objeto se torna extremamente difícil. A preparação envolveu mais de dez dias de planejamento, treinamentos diários, padronizações e testes com simulacro da carga útil”, explicou.

Quatro militares do EAS desceram por meio de guincho para amarrar a carga que depois foi içada por outro helicóptero. O voo com as duas aeronaves H-60L Black Hawk e um P-95 Bandeirulha durou cerca de 02 horas e 30 minutos.


FONTE:  http://tecnodefesa.com.br/operacao-rio-verde-foguete-vsb-30-e-lancado-no-cla/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 07, 2017, 12:30:22 pm


Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Janeiro 24, 2017, 01:27:17 pm
Avibras firma contrato com Aeronáutica para produção dos motores S50 do Veículo Lançador de Microssatélite – VLM-1

(https://www.avibras.com.br/site/images/vlm1.jpg)

A Avibras encerra o ano com um importante marco para a história do setor Aeroespacial Brasileiro, reafirmando a sua posição de destaque nesta área como uma das pioneiras na participação em programas de pesquisa espacial.

Na quinta-feira, dia 22, o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) sediou a assinatura do contrato de produção dos motores S50 para os projetos VS-50 e VLM-1, representando um momento especial para o desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites.

O evento teve a participação do presidente da Avibras João Brasil Carvalho Leite, do vice-presidente Comercial Brasil e Américas e Relações Institucionais José de Sá Carvalho Júnior e demais representantes da empresa, do diretor geral do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), Ten Brig do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral, do diretor do IAE, Brig Eng Augusto Luiz de Castro Otero e do Diretor de Projetos da FUNCATE (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais), Dr. Donizeti Andrade.

Este contrato encerra um extenso trabalho iniciado em setembro de 2015 com a elaboração do Termo de Referência nº 024/2015, no qual o IAE solicitou à FUNCATE a elaboração do Pedido de Oferta para o fornecimento de oito motores S-50, necessários para todas as fases dos projetos VS-50 e VLM-1, até o primeiro voo dos protótipos de cada projeto.

Após mais de um ano de análise dos volumes gerencial, técnico e comercial, onde os profissionais do IAE e do GAC-EMBRAER aprofundaram as discussões nas três áreas, chegou-se à Oferta Final Revisão C, de novembro de 2016, da única ofertante, a Avibras Divisão Aérea e Naval S.A.

Ao longo dos próximos vinte e seis meses a empresa deverá industrializar o projeto do motor S50 e produzir seis motores e seus acessórios, e será acompanhada por técnicos do IAE e do IFI (Instituto de Fomento e Coordenação Industrial) para o bom desempenho do contrato do ponto de vista técnico e de qualidade, e pela FUNCATE do ponto de vista gerencial, financeiro e administrativo. Os dois motores restantes serão objeto de Termo Aditivo ao contrato, após a revisão, submissão e aprovação de Termo Aditivo ao Convênio 001/2015, entre o IAE e a FUNCATE, para o desenvolvimento do VLM-1.

FONTE:  https://www.avibras.com.br/site/midia/noticias/212-avibras-firma-contrato-com-aeronautica-para-producao-dos-motores-s50-do-veiculo-lancador-de-microssatelite-vlm-1.html
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 24, 2017, 05:40:31 pm
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 04, 2017, 08:49:49 pm
Satélite brasileiro SGDC será lançado pelo foguete Ariane 5 no próximo mês de março

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aereo.jor.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F%2F2016%2F11%2FSat%25C3%25A9liteSGDC.jpg&hash=433572ec7420f374c649fa3d672e2a18)

Citar
São Paulo, 3 de fevereiro de 2016 – O Satélite Geoestacionário para Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), de duplo emprego (civil e militar), construído pela Thales Alenia Space para o Brasil, está pronto para embarque para a plataforma de lançamento Kourou, na Guiana Francesa, de onde será lançado pelo foguete Ariane 5 no próximo mês de março.

A Thales Alenia Space assinou o contrato do SGDC com a Visiona (uma joint venture entre a Embraer e a Telebrás) no fim de 2013. Esse programa desempenha papel-chave no plano de desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB), ao mesmo tempo em que atende os requisitos estratégicos do Ministério da Defesa. O satélite foi projetado para satisfazer dois objetivos principais: a implementação de um sistema seguro de comunicações via satélite para as Forças Armadas e o governo brasileiro, e para o suporte à instalação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), coordenado pela Telebrás, que visa reduzir o fosso digital existente no país. O SGDC é parte integrante da estratégia brasileira de reforço da sua independência e soberania.

A AEB e a Thales Alenia Space também assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) referente a um ambicioso plano de transferência de tecnologia, concebido para dar apoio ao desenvolvimento do programa espacial brasileiro.

A parceria ganha-ganha entre a Thales Alenia Space e o Brasil já rendeu muitos frutos:

A empresa estabeleceu uma unidade no parque tecnológico de São José dos Campos, no Brasil, para trabalhar de perto com seus clientes e parceiros.

Cumpriu seu compromisso de transferência de competências, uma vez que mais de 30 engenheiros brasileiros foram treinados para todas as técnicas de engenharia espacial, supervisionados pela equipe do programa da Thales Alenia Space.
Um painel de apoio com bateria de alumínio, produzido pela companhia brasileira CENIC, já foi integrado ao satélite SGDC..
O fechamento de contratos de transferência de tecnologia com indústrias brasileiras está em andamento, a fim de permitir seu envolvimento com futuros projetos espaciais.

Sobre a Thales Alenia Space

A Thales Alenia Space possui 40 anos de experiência em projetos, integração, testes e operação de sistemas espaciais inovadores para telecomunicação, navegação, observação da Terra, gerenciamento ambiental, exploração, ciência e infraestruturas orbitais. Em uma joint venture realizada entre a Thales (67%) e Leonardo (33%), a Thales Alenia Space junta-se à Telespazio para formar as companhias controladoras “Space Alliance” (Aliança Espacial), oferecendo uma completa gama de serviços e soluções. A Thales Alenia Space construiu uma inigualável experiência em missões duplas (civil e militar), constelações, cargas úteis flexíveis de alto rendimento, altímetro, meteorologia e radares de alta resolução e observação óptica, assim como exploração espacial. A companhia capitaliza-se em forte legado enquanto faz da inovação a chave de sua estratégia. Oferecendo fluxo contínuo de novos produtos e expandindo sua pegada global, a Thales Alenia Space estabeleceu liderança no setor espacial hoje, evoluindo rapidamente. A Thales Alenia Space apresentou receitas consolidadas excedendo 2,1 bilhões de Euros em 2015 e possui 7.500 funcionários em nove países. Visite a companhia no site: www.thalesaleniaspace.com

DIVULGAÇÃO: CDN Comunicação

FONTE: http://www.aereo.jor.br/2017/02/03/satelite-brasileiro-sgdc-sera-lancado-pelo-foguete-ariane-5-no-proximo-mes-de-marco/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 07, 2017, 11:41:39 am
Satélite brasileiro SGDC pronto para embarcar para Kourou

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2017%2F02%2FImagem-1-SGDC-Kourou.jpg&hash=ba4f73bb71a1c594a9056921e3e500d6)

Citar
O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), para duplo emprego (civil e militar), construído pela Thales Alenia Space para o Brasil está pronto para embarque com destino à plataforma de lançamento de Kourou, na Guiana Francesa. Dali será levado ao espaço pelo foguete Ariane 5 em março.

A Thales Alenia Space assinou contrato correspondente ao SGDC com a Visiona (joint venture formada pela Embraer e Telebrás) no final de 2013. O programa ocupa posição-chave no plano de desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB), ao mesmo tempo em que atende os requisitos estratégicos do Ministério da Defesa.

O satélite foi projetado para satisfazer dois objetivos principais: a implementação de um sistema seguro de comunicações via satélite para as Forças Armadas e o governo brasileiro, bem como para prestar suporte à instalação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), coordenado pela Telebrás, que visa reduzir o fosso digital existente no país.

O SGDC é parte integrante da estratégia brasileira de buscar independência e soberania.

A AEB e a Thales Alenia Space também assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) referente a um ambicioso plano de transferência de tecnologia, concebido para dar apoio ao desenvolvimento do programa espacial brasileiro.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2017%2F02%2FImagem-2-SGDC-Kourou.jpg&hash=ea40818f6bd3e84ae605e277526a598a)

FONTE: http://tecnodefesa.com.br/satelite-brasileiro-sgdc-pronto-para-embarcar-para-kourou/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 21, 2017, 11:05:13 am
(https://c1.staticflickr.com/3/2383/32081534783_52468334f1_b.jpg)
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Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Março 11, 2017, 11:15:36 pm


Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Março 30, 2017, 03:42:40 am
Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.fab.mil.br%2Fsis%2Fenoticias%2Fimagens%2Fpub%2F33375%2Fi1731613492051495.jpg&hash=b9e8e0c510d71b40678255e204ebee5b)

Citar
Imagine um veículo lançador de satélite, ou seja, um modelo de foguete que tem a finalidade de colocar satélites em órbita, composto principalmente por fibra de carbono. Esse é o diferencial do projeto VLM-1, que está sendo desenvolvido no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IEAv). Com propelente sólido, ele está sendo projetado para colocar satélites de até 150 kg na órbita baixa da Terra, mais especificamente, a uma altitude de 2000 km com relação à superfície terrestre.

Se o VLM-1 for bem sucedido, o Brasil vai se tornar um dos dez países a conseguir tal feito.
Segundo o gerente do projeto, Coronel Fábio Andrade de Almeida, o uso de estruturas em fibra de carbono aumentam a eficiência do veículo como um todo, diminuindo o peso da carga não útil.

“O desempenho esperado para o VLM-1 requer perfeita sincronia e funcionamento adequado de todos os sistemas do lançador. Para isso, motores, eletrônica embarcada, sistemas estruturais e módulo de carga útil precisam ser fabricados dentro dos mais rigorosos requisitos estabelecidos pelo IAE. O atingimento destes requisitos colocará a indústria nacional em um novo patamar de fornecimento de produtos altamente tecnológicos”, explicou o gerente.

Experimentos no espaço

Outro foco do IAE é a produção do Satélite de Reentrada Atmosférica. Denominado projeto SARA, o objetivo é desenvolver e fabricar dois módulos espaciais recuperáveis para o cumprimento de duas missões diferentes.

A primeira é a realização de experimentos de curta duração (aproximadamente 10 minutos) em local de microgravidade, ou seja, com a atuação mínima da força da gravidade. Nesse contexto, permite-se observar e explorar fenômenos e processos em experimentos científicos e tecnológicos que seriam mascarados sob a influência da gravidade terrestre.

“A condução de experimentos num ambiente de microgravidade possibilita o melhor entendimento, e o posterior aperfeiçoamento na Terra, de processos físicos, químicos e biológicos”, destaca o gerente do projeto, Major Élcio Jeronimo de Oliveira.

Já a segunda missão prevê a inserção e permanência do módulo em ambiente espacial, em órbita equatorial baixa (300km de altitude), por até 10 dias. Nesse período, poderão ser realizados diversos tipos de experimentos que necessitem das peculiaridades do ambiente espacial em um intervalo de tempo maior que o praticado pelo módulo suborbital.

Uma das diferenças entre as duas missões é a forma de chegada até o local pretendido. Na primeira, são utilizados foguetes e na segunda é necessário um veículo lançador de satélites que possui maior porte e é mais complexo.

Nos dois casos, após o término da missão, o SARA reentra na atmosfera, tem o sistema de paraquedas acionado e é recuperado em um ponto pré-determinado para ser reutilizado durante a sua vida útil. Veja como funciona o SARA no infográfico abaixo.

Energia em ambientes remotos

Já no Instituto de Estudos Avançados (IEAv) está sendo desenvolvido o projeto TERRA, com o objetivo de produzir um dispositivo gerador de energia elétrica com possibilidades de ser transportado para locais de difícil acesso. O dispositivo é baseado no princípio de geração de calor utilizando energia nuclear.

Os ambientes de difícil acesso podem ser locais variados, como o espaço, incluindo órbita da Terra e outros astros, a superfície de astros como a Lua, Marte, asteroides, etc. Também está incluso o leito oceânico (a 2000m de profundidade) para exploração do petróleo do pré-sal, regiões extremas (regiões polares) da Terra e locais de catástrofes ambientais que venham a ser isolados da malha elétrica.

O sistema possui como fonte térmica o calor produzido em um reator de fissão nuclear. Além de ser utilizado para fazer funcionar satélites, o sistema térmico também proverá propulsão ao dispositivo permitindo o controle da trajetória tornando-o um dispositivo exploratório.

FONTE: PORTAL FAB

Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Março 30, 2017, 09:44:27 pm

Veículo suborbital VBS-30
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Março 30, 2017, 09:48:06 pm

Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE)
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Maio 04, 2017, 11:20:08 pm
Satélite SGDC lançado com sucesso !!!

Parabéns  :G-beer2: :G-beer2: :G-beer2:







Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Maio 06, 2017, 10:43:12 pm
Satélite faz do Brasil um ator de peso no setor espacial, diz Le Monde

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aereo.jor.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F%2F2017%2F05%2FFoguete-ariane-5.jpg&hash=ca5bb34fff223307ef3edb05547a0f97)

Citar
Em sua edição de sábado (6), o jornal francês Le Monde destaca que “o Brasil tornou-se um ator de peso no setor espacial” e “realizou um sonho que acalentava há 18 anos”. Após seis semanas de espera, provocada pela greve geral na Guiana Francesa, finalmente o foguete Ariane 5 colocou em órbita na quinta-feira (4) o satélite brasileiro de defesa e telecomunicações (SGDC), a partir do centro espacial de Kourou.

Le Monde ressalta que o Brasil estava ansioso para assumir sua segurança cibernética e sua soberania nas áreas de defesa e telecomunicações. O satélite fabricado pelo grupo franco-italiano Thales Alenia Space (TAS) foi construído na França, com a participação de engenheiros brasileiros.

O equipamento permitirá blindar as comunicações militares e ampliar a capacidade das Forças Armadas em operações nas fronteiras terrestres e em resgates em alto mar, além de melhorar o controle do espaço aéreo. O satélite também irá democratizar o sistema de banda larga, levando a internet para todo o país, conforme destacou o presidente Michel Temer após assistir o lançamento em Brasília.

Na extensa reportagem que dedica à retomada das atividades no Centro Espacial de Kourou, Le Monde cita o entusiasmo das autoridades em Brasília. “É o primeiro satélite operado completamente por brasileiros, e permitirá nossa soberania e independência”, destacou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Até então, o Brasil era obrigado a alugar satélites de operadores estrangeiros.

França busca atuação destacada no programa espacial brasileiro

O equipamento estará operacional a partir de meados de junho, posicionado a quase 36.000 km da superfície terrestre. O projeto custou ao Brasil mais de R$ 2,7 bilhões, incluindo o próprio aparelho, o lançamento, os seguros e a infraestrutura no solo.

Le Monde lembra que se tratava de um contrato tão importante, que ele foi disputado por sete grupos industriais, o que é raro em uma licitação desse porte. A cooperação, que envolveu cerca de 30 profissionais brasileiros nas instalações da TAS nas cidades francesas de Cannes e Toulouse, também permitiu que o grupo industrial brasileiro Cenic construísse um painel de alumínio para o satélite. Em contrapartida, a TAS abriu um escritório em São José dos Campos, abrindo seus horizontes no mercado sul-americano. A França irá acompanhar o Brasil na concretização de seu programa espacial, conclui o Le Monde.

O mesmo foguete Ariane colocou em órbita o satélite Koreasat-7, da operadora sul-coreana Ktsat, que tem como objetivo melhorar a banda larga e a cobertura na Coreia do Sul, Filipinas, Índia e Indonésia.

FONTE: RFI

http://www.aereo.jor.br/2017/05/05/satelite-faz-do-brasil-um-ator-de-peso-no-setor-espacial-diz-le-monde/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Maio 07, 2017, 05:26:12 am
Lançado ao espaço satélite brasileiro que será usado para comunicações e defesa

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aereo.jor.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F%2F2016%2F11%2FSat%25C3%25A9liteSGDC.jpg&hash=433572ec7420f374c649fa3d672e2a18)

Citar
Foi lançado há pouco ao espaço o primeiro satélite geoestacionário brasileiro para defesa e comunicações estratégicas. O lançamento, feito do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, foi acompanhado no Brasil pelo presidente Michel Temer e pelos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, na sede do VI Comando Aéreo Regional, em Brasília.

A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.

Depois do lançamento do foguete que leva o equipamento ao espaço, haverá um tempo de 28 minutos até a separação do satélite, que levará cerca de 10 dias para chegar à sua posição final.

Depois disso, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro.

Além do satélite brasileiro, foi lançado para o espaço hoje um satélite da Coréia do Sul, também pela empresa lançadora de satélites Arianespace.

Satélite

Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. A capacidade de operação do satélite é de 18 anos.

O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões. O equipamento foi adquirido pela Telebras e será utilizado para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente em áreas remotas.

O satélite vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 30% da capacidade total do satélite. Já a banda Ka será usada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga, especialmente em áreas remotas.

FONTE: EBC

http://www.aereo.jor.br/2017/05/04/lancado-ao-espaco-satelite-brasileiro-que-sera-usado-para-comunicacoes-e-defesa/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Maio 07, 2017, 05:31:55 am

Satélite brasileiro de defesa e comunicações foi lançado com sucesso
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 05, 2017, 11:32:05 am
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 12, 2017, 08:05:16 pm

Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 23, 2018, 12:37:22 pm
Brasil pode ser a nova base de lançamento de foguetões norte-americanos






Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Março 14, 2018, 09:30:10 pm
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Maio 22, 2018, 12:22:34 pm
Programa espacial do Brasil foi alvo da CIA

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.forte.jor.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2018%2F05%2FLan%25C3%25A7amento-do-VLS-1-V02.jpg&hash=3eb48ff69edc86639cf69f903765b01f)

Papéis mostram que satélites americanos espionaram complexo militar brasileiro

A CIA (Agência Central de Inteligência) usou satélites para espionar o programa espacial brasileiro e o complexo industrial militar do País entre 1978 e 1988. Documentos desclassificados pelo governo americano em dezembro de 2016 mostram análises de fotos aéreas das instalações de fábricas, da base de lançamentos de foguetes em Natal (RN), e do campo de provas de armamentos da Serra do Cachimbo, onde a Força Aérea Brasileira (FAB) construía um poço que poderia ser usado em testes de artefatos nucleares.

Além de satélites, os papéis mostram que os adidos de defesa e a embaixada americana dispunham de uma rede de informantes que permitiu aos Estados Unidos saber detalhes das negociações secretas entre Brasil e Arábia Saudita e as vendas de blindados e foguetes para o regime de Saddam Hussein, no Iraque, e para a Líbia, governada então por Muamar Kadafi. Os americanos temiam que, por meio dessas vendas, a tecnologia ocidental fosse parar nas mãos da União Soviética. Tinham ainda restrições às entregas a nações hostis aos Estados Unidos. Mas também enxergavam uma vantagem: o equipamento brasileiro podia roubar dos russos mercados inacessíveis a Washington.

Produzido pelo Centro Nacional de Interpretação Fotográfica, o relatório com o título Alcance de Mísseis: Instalações Mísseis Estratégicos SSM (Míssil Terra-Terra) lista dez locais de interesse da espionagem americana. O primeiro a ser fotografado foi a Base Aérea de São José dos Campos.

Na mesma cidade, os satélites registraram o Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e a fábrica da Avibrás, que participava dos projetos de foguetes militares. Na vizinha Santa Branca, outra área da Avibrás foi vigiada, assim como em Piquete, uma fábrica de explosivos – os americanos pensavam que ali seria feito o combustível sólido do foguete meteorológico Sonda IV e do VLS (Veículo Lançador de Satélites).

O relatório de novembro de 1982 usa fotos da Base Aérea de Natal e de sua área de lançamento de foguetes e, por fim, do campo de teste de arma do Cachimbo. Os americanos previam que, em 1988, o País teria condições de lançar o VLS – ele só seria lançado em 1997 e seria abandonado após explodir em 2003 na Base Aérea de Alcântara, no Maranhão, deixando 21 mortos.

Em 1.º de outubro de 1982, os americanos fotografaram um protótipo do Sonda IV. Ele podia atingir mil quilômetros de altitude e levar uma carga de 300 quilos. Pelas coordenadas geográficas da foto é possível saber que ela foi feita sobre São José dos Campos. Em 27 de março de 1984, novo documento informava que se detectara a construção da torre de lançamento do Sonda IV, em Natal. Para os americanos “o Sonda IV podia ser adaptado para o transporte de arma”, o que nunca aconteceu
.

Engesa

Os satélites americanos também espionaram a Engesa, maior indústria de armamentos brasileira. Fabricante dos blindados Cascavel e Urutu, ela pretendia produzir o tanque pesado Osório. Em 25 de agosto de 1978, o satélite identificou pela primeira vez na fábrica em São José dos Campos oito Urutus e um Cascavel. O Brasil passou a vender esses blindados a países como Líbia, Iraque e Colômbia.

Em 1980 e em 1984 a CIA produziria relatórios sobre as vendas, acusando o País de não se importar com o destino final das armas. Segundo eles, blindados Cascavel foram repassados pela Líbia aos rebeldes da Frente Polisário, que lutavam pela independência do Saara Ocidental (território ocupado hoje pelo Marrocos), e a rebeldes do Chade.

No papel de 1984, os americanos analisavam as vulnerabilidades da indústria bélica brasileira. A principal delas, segundo a CIA, era depender de vendas externas. Qualquer corte de compras podia ser letal para ao setor.

O documento secreto via risco de vazamentos de tecnologia para países hostis do Terceiro Mundo e para Moscou. O Brasil já teria despertado a atenção dos russos, mas não estaria preparado para proteger seus segredos. Também informava que os governo brasileiro vetara a vendas para Cuba e Coreia do Norte.

As vendas da indústria bélica a países árabes eram apontadas pelos americanos como a causa de o Brasil votar contra os Estados Unidos e Israel nas Nações Unidas. Por fim, o documento revelava um segredo: o Brasil teria feito um acordo secreto em janeiro de 1984 de US$ 2 bilhões para desenvolver e produzir o tanque Osório para a Arábia Saudita.

Só três meses depois os dois governos tornariam público um protocolo de cooperação militar, assinado em Brasília pelo ministro da defesa saudita, o príncipe Sultan Ibn Abdulaziz. Em 1989, os governos anunciariam a produção do Al Fahad, a versão saudita do Osório, que acabou não se concretizando – os sauditas compraram o tanque americano Abrams. Os Estados Unidos estavam certos: a quebra do acordo com os árabes foi letal à Engesa, que faliu em 1993.

Brigadeiro

A rede de informantes americana atuou ainda na espionagem das atividades da empresa Órbita, uma parceira montada nos anos 1980 com a participação da Engesa e da Embraer. Além dos informantes, a CIA recebia informações da embaixada americana, que mantinha contatos com empresários brasileiros.

Vito Antonio de Grassi, então presidente da Órbita é apontado no relatório de 20 de maio de 1988 como a fonte da informação de que a empresa ia produzir mísseis terra-ar, ar-ar e antitanque para as Forças Armadas brasileiras. O vice-presidente da Órbita era o brigadeiro Hugo Piva, que depois chefiaria uma missão técnica brasileira que desenvolvia armas para Saddam Hussein.

O mesmo relatório informava que a Avibrás estaria desenvolvendo um míssil tático terra-terra. A embaixada dos Estados Unidos não quis se manifestar sobre o caso, assim como a Força Aérea Brasileira, a Embraer, a Avibrás e Vito Antonio de Grassi.

FONTE: Estadão / http://www.forte.jor.br/2018/05/21/programa-espacial-do-brasil-foi-alvo-da-cia/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Maio 23, 2018, 01:05:44 pm
Dois Foguetes para o Programa Espacial Brasileiro:  VS-43 e VS-50

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2018%2F05%2Fcapa_foguetes_low.jpg&hash=4fae0de2a74d5c3eac9e18414d858be2)
Após o anuncio do fim do Projeto VLS-1, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) divulgou o interesse em aumentar a família se foguetes de sondagens a disposição do Programa Espacial Brasileiro,  desenvolvendo dois novos e poderosos foguetes, o VS-43 e o VS-50.

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Após o anuncio do fim do Projeto VLS-1, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) divulgou o interesse em aumentar a família se foguetes de sondagens a disposição do Programa Espacial Brasileiro,  desenvolvendo dois novos e poderosos foguetes, o VS-43 e o VS-50.

O VS-50 (foguete baseado no motor S50 do desejado VLM-1) foi definido durante as negociações entre o IAE e o Centro Espacial Alemão (DLR) visando um novo foguete europeu de sondagem para substituir o modelo norte-americano Castor-4B que atende o Programa MAXUS  de microgravidade.

O Interesse do IAE no desenvolvimento do VS-43 (foguete baseado no motor S43 do VLS-1) não é exatamente novo, pois este projeto já existia quando foi divulgada a segunda versão do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 1998-2007), da Agência Espacial Brasileira (AEB).

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2018%2F05%2FFam%25C3%25ADlia-de-Foguetes-de-Sondagens-do-IAE.jpg&hash=d3375650de648dcf36e2f0461b493997)

Foguete VS-43

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) vislumbrou a possibilidade de desenvolver um veículo suborbital controlado baseado nos estágios superiores do VLS-1 (3º e 4º estágios), mas com a utilização do propulsor S43 no lugar do S40, levando-se em consideração a estratégia de desenvolvimento dos veículos de sondagem.

Esse veículo, denominado VS-43, seria o meio para desenvolver diversos subsistemas necessários para uma missão de satelitização. O VS-43 foi identificado como uma plataforma de testes ideal para o desenvolvimento de soluções para as seguintes áreas:

a)teste do SISNAV;
b)rede de controle, guiamento e navegação; rede de telemetria; rede de destruição e rede de serviço; e
c)eventos necessários para a satelitização: separação de coifa, basculamento, rotação e separação.

Além disso, o VS-43 também terá potencial para ser utilizado no cumprimento das seguintes missões:

a)teste de experimentos tecnológicos e em ambiente de microgravidade;
b)teste de Scramjets em camadas superiores da atmosfera;
c)teste de experimentos de reentrada atmosférica (SARA).
Adicionalmente, o IAE possui especial interesse no VS-43 pois:

a)sendo um veículo muito mais simples que o VLS-1 e bem mais complexo que um VS-40 ou Sonda IV, o desenvolvimento do VS-43 será uma excelente oportunidade para o IAE revisar, implementar e consolidar metodologias para o gerenciamento e desenvolvimento de projetos complexos;
b)possibilita a utilização do estoque adquirido pelo projeto do veículo VLS-1;
c)possibilita a utilização de toda a infraestrutura criada para o VLS-1 no IAE e no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
O sistema sera composto (preliminarmente), por:

a)veículo: saia traseira com empenas, um motor S43 como primeiro estágio, baia de controle de rolamento, baia de equipamentos, um motor S44 como segundo estágio, cone de acoplamento e coifa;
b)banco de controle e linha de fogo;
c)sistema de aquisição e processamento de dados de telemetria;
d)sistema de carregamento de nitrogênio;
e)equipamentos de apoio ao solo e dispositivos para testes;
f)embalagens, manuais e procedimentos de integração;
g)estrutura de lançamento e rastreio já existente no CLA composta por: SISPLAT, casamata, PPP, PPCU, terminação de voo, radares e outros.

O IAE finaliza dizendo que espera que o VS-43 seja o veículo ideal para auxiliar o preenchimento da lacuna existente entre os veículos Sonda IV, VS-40 e VLS-1, a fim de assim dar continuidade na lógica de desenvolvimento iniciada com a família de veículos de sondagem.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2018%2F05%2FVS-50.png&hash=a52e578613ddddfd53b864b757d6e89a)

Foguete VS-50

A configuração básica do foguete VS-50 será composta por um propulsor sólido S50 no seu primeiro estágio e um propulsor S44 no segundo estágio.

O veículo será concebido em conjunto com a base móvel de foguetes (MORABA) do Centro Espacial Alemão (DLR) visando ensaiar:

a)experimentos do projeto SHEFEX;
b)componentes que poderão ser utilizados no projeto VLM
c)principalmente para desenvolver, fabricar e qualificar em voo o motor S50.
Seu comprimento será de 12 m, seu diâmetro de 1,46 m e massa estimada de 15 toneladas e o seu desenvolvimento foi iniciado em 2014 em parceria com o DLR alemão.

Entretanto vale dizer que, apesar de ser um importante meio para desenvolver tecnologias necessárias para o VLM-1 e para as futuras gerações de veículos lançadores, não faz parte do escopo do projeto a redução dos riscos associados aos eventos necessários para a satelitização.

Fato que reforça a necessidade do desenvolvimento do veículo VS-43.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2018%2F05%2FVS-50-1.png&hash=5877045130255956d6c29ab5fa2eb232)

FONTE: http://tecnodefesa.com.br/dois-foguetes-para-o-programa-espacial-brasileiro-vs-43-e-vs-50/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Dezembro 13, 2018, 07:46:00 pm
FAB lança foguete VS-30 neste domingo em Alcântara

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.fab.mil.br%2Fsis%2Fenoticias%2Fimagens%2Fpub%2F37732%2Fi1812918010552385.jpg&hash=9a0fd10789c7cc1e0d94e02deeea377b)

O veículo transportou cinco experimentos científicos e tecnológicos de centros e institutos de pesquisa brasileiros

Citar
O foguete suborbital VS-30/V14 foi lançado neste domingo (09), do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), Organização Militar da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por lançamento e rastreio de foguetes. O veículo foi lançado às 13h43 (horário de Brasília) levando cinco experimentos científicos e tecnológicos de centros e institutos de pesquisa brasileiros, atingindo mais de 120 km de altura. O lançamento integra a Operação MUTITI, realizada em Alcântara (MA) desde o último dia 19, pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), sob coordenação do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).O lançamento durou 8 minutos e 21 segundos.

Para o Coordenador-Geral da Operação MUTITI, Coronel Aviador Lester de Abreu Faria, o lançamento realizado hoje, coroa o sucesso de um planejamento de mais de um ano, envolvendo mais de 200 profissionais e coloca o Programa Espacial Brasileiro, mais uma vez, em um patamar diferenciado. “Todos os requisitos de sucesso da Operação foram plenamente atingidos, o que nos deixa convictos da qualidade e profissionalismo dessa equipe que participou da operação”, disse.

Essa foi a 14ª vez que um veículo do tipo VS-30 foi lançado, tendo sido a terceira vez a partir do Centro de Lançamento de Alcântara. Durante a Operação MUTITI, foi ainda lançado um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), no dia 27 de novembro, o qual buscou a validação de todos os meios de infraestrutura de solo e operacionais, treinamento da equipe e consolidação da doutrina de lançamento, como preparação para o lançamento do VS-30.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.fab.mil.br%2Fsis%2Fenoticias%2Fimagens%2Fpub%2F37732%2Fi1812918095059291.jpg&hash=677b02f41e2e2aa1ad5edcfec12cdf01)

“Com o encerramento da Operação MUTITI e com a realização do lançamento do Veículo VS-30, pudemos constatar o pleno sucesso da mesma, mostrando, dessa forma, que o CLA está, mais do que nunca, pronto e operante para quaisquer veículos suborbitais. A equipe se mostrou profissional, comprometida e envolvida com a missão, trabalhando de forma íntegra e coesa para que, durante a janela de oportunidade ocorrida hoje, realizássemos o lançamento, e obtivéssemos pleno sucesso na missão”, relatou o Diretor do CLA, Coronel Aviador Marco Antônio Carnevale Coelho.

A carga útil do foguete VS-30 V14 denominada Plataforma Suborbital de Reentrada 01 (PSR-01) é constituída de cinco experimentos de centros e institutos de pesquisas brasileiros. Abaixo, seguem as descrições de cada um:

Sonda Lagmuir de Densidade e Temperatura Eletrônica - INPE

O experimento 1 trata-se de uma SondaLagmuir de Densidade e Temperatura Eletrônica, conduzido por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A sonda é usada para medir a variação de correntes eletrônica e iônica ao longo da trajetória do foguete, em altitudes superiores a 60 km. O estudo desenvolvido pelo INPE se torna de vital importância para a área tecnológica, uma vez que permite compreender a dinâmica da atmosfera terrestre, especialmente da ionosfera onde as irregularidades encontradas nesta região interferem decisivamente nos processos de comunicação por ondas eletromagnéticas, aí incluídas as transmissões por meio de satélites, bem como os sistemas de navegação com Global Navigation Satellite System(GNSS), a exemplo do GPS.

Comportamento Térmico de um Forno de Solidificação de Ligas (CTFS) - INPE

O experimento 2 também de responsabilidade do INPE, estuda o Comportamento Térmico de um Forno de Solidificação de Ligas (CFTS). O estudo avalia o funcionamento de um forno elétrico com capacidade de fundir materiais com temperatura de fusão entre 100 e 300°C, de forma a permitir seu aperfeiçoamento e qualificação para aplicação em outros voos. Exemplificando, pode-se pensar em uma amostra de diferentes substâncias que, em condição terrestre ambiente, não se misturam ao serem fundidas e posteriormente solidificadas entretanto, ao serem submetidas a esse mesmo processo de fusão e posterior solidificação em um ambiente de microgravidade, poderiam se misturar formando um composto homogêneo. Isso possibilita novas aplicações em engenharia no desenvolvimento de produtos, sobretudo em pesquisas relacionadas à resistência de materiais.

Sensores Ópticos para Medidas de Aceleração (AOM) - IEAv

O experimento 3, de autoria do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), é composto por três sensores ópticos para medidas de aceleração, sendo um nos três eixos e dois em um eixo, aplicando diferentes técnicas de medidas e de processamentos de sinais. A análise do comportamento dos sensores em voo constitui importante contribuição para a independência nacional na área de navegação inercial e de sensores a fibra óptica em geral, sendo diretamente aplicáveis em aeronaves tradicionais, remotamente pilotadas (VANTs) e veículos lançadores, por exemplo. Além dos experimentos em si, o laboratório completo de medidas que o IEAv embarcou no VS-30 inclui um gerador de luz e uma placa de processamento de sinais, todos eles desenvolvidos por pesquisadores brasileiros e com tecnologia nacional.

Sistema Ioiô e de Separação (PSM - MQ) - IAE

O experimento 4 apresenta-se como dois sistemas em desenvolvimento pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), os quais permitem, inicialmente, a redução da velocidade de rotação após o fim da queima do motor foguete (sistema io-iô) e, posteriormente, uma separação segura entre a carga útil e o veículo (sistema de separação). O objetivo do experimento é testar o modelo de qualificação do Sistema Ioiô e do Sistema de Separação que serão utilizados no Modelo de Qualificação (MQ) da Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), a plataforma de microgravidade nacional.

Sensor Mecânico Acelerométrico (SMA) - IAE

O experimento 5 é também de responsabilidade do IAE. Realizará seu quarto voo e trata-se de um dispositivo de segurança para veículos espaciais. Esse dispositivo só permite a ignição de motores do segundo estágio, ou estágios superiores, quando o foguete apresenta uma aceleração de quatro vezes a aceleração da gravidade (4g), o que ocorre apenas com o veículo já em voo. Desenvolvido e aperfeiçoado a partir da experiência acumulada nos lançamentos do foguete suborbital VSB-30, o sensor traz maior segurança aos veículos ainda em solo na plataforma de lançamento, ao passo em que impede o acionamento do sistema de pirotecnia responsável pela ignição se, por algum motivo inesperado, o sistema eletrônico embarcado entender que o foguete encontra-se em voo.

FONTE: http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/33298/ESPA%C3%87O%20-%20FAB%20lan%C3%A7a%20foguete%20VS-30%20neste%20domingo%20em%20Alc%C3%A2ntara%20(MA)
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Dezembro 22, 2019, 10:03:30 pm

O satélite Cbers-4A, o sexto projeto feito em parceria entre Brasil e China, foi lançado ao espaço na madrugada da última sexta-feira (20/12).
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 03, 2020, 08:44:39 pm
AVIBRAS assina contrato de transferência de tecnologia com IAE para produção e comercialização do VSB-30

(https://www.avibras.com.br/site/images/transferencia_tecnologia_1.JPG)

A AVIBRAS Indústria Aeroespacial e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) assinaram nesta segunda-feira, dia 27 de janeiro, um contrato de transferência de tecnologia, que concederá à empresa licença para a produção e comercialização do VSB-30, veículo suborbital de maior sucesso no Programa Espacial Brasileiro, no que se refere a número de lançamentos.

Já foram efetuados 31 lançamentos, todos com sucesso, sendo quatro a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão e 27 lançados a partir do Centro de Lançamento de Esrange na Suécia. A plataforma serve para testes de experimentos com aplicações em satélites, veículos espaciais e indústria farmacêutica.

Este contrato de transferência de tecnologia vai permitir a continuidade de industrialização e comercialização do VSB-30 com aperfeiçoamentos tecnológicos, além de promover uma aceleração no desenvolvimento de veículos lançadores nacionais competitivos internacionalmente, para microssatélites.

Desenvolvido pelo IAE, fruto de cooperação entre Brasil e a Alemanha, o VSB-30 é lançado por sistema de trilhos, estabilizado por empenas e possui indutores de rolamento que são acionados quando o veículo deixa os trilhos, contribuindo para a sua estabilidade durante o voo. Possui dois estágios a propulsão sólida e permite o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de até 400 quilos a uma altitude de 270 quilômetros, além de possibilitar a realização de experimentos em ambiente de microgravidade durante seis minutos.

O VSB-30 é certificado, qualificado e considerado seguro, confiável e estável. Por essas características, o VSB-30 possui excelente aceitação no cenário internacional de veículos suborbitais e torna-se pioneiro no processo de transferência tecnologia espacial no Brasil.

Competências - Com sua expertise no setor aeroespacial no desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais, que remontam desde a pioneira participação no Programa Espacial Brasileiro, a AVIBRAS é a única empresa 100% brasileira de capital privado, com competências próprias para integrar veículos lançadores e suborbitais para o Programa Espacial Brasileiro.

Para o vice-presidente Comercial da Avibras Leandro Villar, é um privilégio para a empresa receber um produto de sucesso e consolidado no mercado. Segundo ele, a iniciativa também fortalece a tríplice hélice, conceito que aponta a ação conjunta entre empresa, academia e governo como o caminho para a inovação tecnológica e o desenvolvimento econômico do país. “Com esse programa, queremos ampliar o protagonismo do Brasil na área espacial impulsionando o Programa Espacial Brasileiro, além de gerar empregos”, destacou Leandro.

Atualmente a AVIBRAS também participa do desenvolvimento e da fabricação dos motores foguetes S50 do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da Agência Espacial Brasileira (AEB). Segundo ele, o Brasil pode desempenhar papel relevante no mercado Espacial, pois adquiriu diversas competências através de Pesquisa e Inovação no setor Espaço ao longo de quase seis décadas, desenvolveu uma base industrial competente e possui uma base de Lançamento em Alcântara (CLA), com posição geográfica privilegiada, fatores poucas vezes reunidos num único país.

O Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, destacou que é um momento ímpar para o Brasil. “Estamos transferindo para a indústria um produto já testado e com tecnologia brasileira. Cumprimos inteiramente o ciclo de maturidade do produto”, declarou.

De acordo com o diretor do IAE, Brigadeiro César Demétrio Santos, a AVIBRAS conduzirá o projeto com competência. “É a consolidação de um sonho. Essa aproximação com a indústria é essencial para o fomentar o Programa Espacial”, destacou.

O Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, que assumirá a direção do DCTA nesta semana, disse que parcerias como essa fortalecem a indústria. “Vejo brilhantismo nesse empreendimento. A AVIBRAS é uma indústria forte, parceira constante do DCTA, que tem como uma de suas missões ser indutor da indústria”.

(https://www.avibras.com.br/site/images/VSB30.png)

 :arrow:  https://www.avibras.com.br/site/midia/noticias/314-avibras-assina-contrato-de-transferencia-de-tecnologia-com-iae-para-producao-e-comercializacao-do-vsb-30.html
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Junho 20, 2020, 12:42:11 am
FAB e AEB assinam acordo relacionado ao Centro Espacial de Alcântara

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aeb.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2020%2F05%2Fi2051115030805747.jpg&hash=327eb942435a77ec4f7124600296645a)

Citar
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) assinaram, nesta segunda-feira (11/05), em Brasília (DF), o Acordo de Cooperação definindo atribuições e processos de trabalho na fase de implantação e na fase de operação do futuro Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. A assinatura do acordo é um dos passos para viabilizar o lançamento de veículos espaciais não militares empregando o CEA.

O documento que celebra o Acordo foi assinado pelo Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira; pelo Presidente da AEB, Carlos Augusto Teixeira de Moura; e pelo Presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), Major-Brigadeiro do Ar Paulo Roberto de Barros Chã.

Participaram, ainda, do ato o Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida; o Chefe da Terceira Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho; o Vice-Presidente da CCISE, Brigadeiro do Ar José Vagner Vital; o Diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB, Brigadeiro do Ar Paulo Eduardo Vasconcellos; e o Assessor Especial da Chefia de Logística e Mobilização do Ministério da Defesa, Brigadeiro do Ar Rogério Luiz Veríssimo Cruz.

O Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica disse que a cooperação firmada estabelece uma matriz de responsabilidades para a consolidação do CEA. “Isso permitirá que a gente possa, o mais rápido possível, ofertar a área de serviços que já temos disponível no atual Centro de Lançamento de Alcântara e, assim, concretizar o uso efetivo do Centro Espacial”, enfatizou o Tenente-Brigadeiro Amaral.

De acordo com o Presidente da AEB, a cooperação dá início à fase de contato com empresas interessadas em utilizar as instalações de Alcântara para as atividades na área espacial. “Esse acordo estabelece claramente quais são os limites de atuação de cada Instituição. A AEB faz o trabalho inicial e cuida do licenciamento e, a partir disso, entrega o processo para o Comando da Aeronáutica para que estabeleça os contratos. É um passo importante para o início das atividades não militares em Alcântara”, disse.

Entendendo o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas

(https://www.fab.mil.br/sis/enoticias/imagens/pub/40281/i2051115013108470.jpg)

Em 2019, foi assinado pelo Governo Brasileiro e pelos Estados Unidos da América em cerimônia oficial, em Washington, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) entre os dois países. Por meio desse acordo, os Estados Unidos autorizam o Brasil a lançar foguetes e espaçonaves, nacionais ou estrangeiras, que contenham partes tecnológicas americanas. Em contrapartida, o Brasil garante a proteção da tecnologia americana contida nesses artefatos.

Atualmente, aproximadamente 80% dos equipamentos espaciais do mundo possuem algum componente norte-americano. Por isso, o AST se mostra imprescindível para que o Centro Espacial de Alcântara entre no mercado global de lançamentos de cargas ao espaço. É do interesse do Brasil fomentar este tipo de atividade comercial, pois gerará recursos substanciais para o desenvolvimento local, regional e para o Programa Espacial Brasileiro.

Fonte e fotos: Sargento Johnson Barros; Sargento Bianca Viol; Soldado Thallys Amorim / CECOMSAER
 :arrow:  http://www.aeb.gov.br/aeb-e-fab/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Junho 22, 2020, 09:30:45 pm
Parceria Brasil-Alemanha na contratação de veículos suborbitais da família S30

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2020/06/capa_iae_dlr_1.jpg)

Parceria entre o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e a Agência Aeroespacial Alemã permitiu 31 lançamentos desde 1969
A parceria do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) com a Agência Aeroespacial Alemã (DLR – Deutsches Zentrum für Luft-und Raumfahrt) é um exemplo de sucesso binacional desde 1969. Dentre os frutos desta relação, destaca-se o veículo suborbital VSB-30, que realizou 31 lançamentos que cumpriram a missão, sendo quatro no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA); 24 no Centro de Lançamento de Esrange, em Kiruna, na Suécia; um no Centro de Lançamento de Andoya, na Noruega; e dois no Centro de Lançamento de Woomera, na Austrália.

De Projeto a Produto, o VSB-30 vem se mostrando um exemplo de sucesso. Por conta disso, o interesse do DLR permanece ativo quanto à aquisição de foguetes VSB-30, dado que eles se destacam em termos de desempenho e qualidade de voo quando comparado aos concorrentes similares existentes mundo a fora. Por causa disso, o DLR oficializou, recentemente, a extensão de sua necessidade em adquirir mais seis VSB-30 e um VS-30.

A provisão de recursos ao IAE para atender a demanda será via Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE). Tais recursos serão destinados ao convênio “001/IAE/2016 – Foguetes Suborbitais de Pesquisa e Plataformas de Reentrada & Experimentos Científicos e Tecnológicos”, cujo objeto é a captação de recursos financeiros para aquisições de itens e serviços.

O Diretor do IAE, Brigadeiro Engenheiro César Demétrio Santos, ressalta a importância das aquisições pela Alemanha. “A parceria com a DLR permite ao Brasil participar do Programa Suborbital Europeu, além de manter a capacitação técnica na área de desenvolvimento de veículos suborbitais, bem como o transbordamento de conhecimento para realização e suporte das missões espaciais brasileiras”, finaliza.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2020/06/VSB30_2.jpg)

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/06/22/parceria-brasil-alemanha-na-contratacao-de-veiculos-suborbitais-da-familia-s30/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Junho 25, 2020, 03:23:18 am

Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Junho 26, 2020, 09:52:24 pm
Operação Falcão I/ 2020

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2020/06/111.png)

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O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realizou na tarde desta quinta-feira (25) o lançamento de um Foguete de Treinamento Básico (FTB) na Operação Falcão I/ 2020. A operação integra o cronograma de atividades de lançamento do CLA do ano de 2020. Além do treinamento operacional das equipes envolvidas, a Operação exercita as principais funções de comunicações, telemetria, rastreamento e gerenciamento dos procedimentos de segurança e comandos para lançamentos.

O lançamento ocorreu às 17h52min (horário de Brasília) com o veículo atingindo uma altitude máxima (apogeu) superior de 30 quilômetros em 1min15seg. Em um total aproximado de 2min44seg de tempo em voo até o término do rastreio sobre a costa alcantarense.

“Destaca-se na Operação Falcão a operacionalidade do Centro, treinamento de equipes e meios, sendo essa operação voltada principalmente para a preparação para atividades de grande porte”, afirma o Diretor do CLA, Coronel Aviador Marcello Correa de Souza.

A Operação iniciou no dia 22 de junho, seguindo com os procedimentos de segurança de interdição e esclarecimento de área marítima, patrulhamento terrestre e aviso aos navegantes para a comunidade pesqueira local.

O Foguete de Treinamento Básico utiliza combustível sólido e é estabilizado por quatro hastes aerodinâmicas. O sistema de lançamento emprega um casulo reutilizável que pode ser novamente empregado em outras operações para integração do veículo junto à plataforma de lançamento.

A Operação Falcão, com apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), é a primeira a ser realizada no CLA no ano de 2020 e, neste lançamento, não havia carga útil cientifica.

FONTE/FOTOS: CLA

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/06/26/operacao-falcao-i-2020/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 12, 2021, 03:47:52 pm
Satélite 100% brasileiro (Amazônia-1) será lançado no dia 28 de Fevereiro



Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 28, 2021, 04:32:30 pm
Satélite Amazônia-1 é lançado na Índia


Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 28, 2021, 05:15:23 pm
Amazonia 1 é lançado com sucesso


(https://i.ibb.co/59YrKwy/Amazonia-1-2.jpg)

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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) anunciou o sucesso no lançamento do Amazonia 1, realizado à 01h54 (horário de Brasília) deste domingo, 28 de fevereiro, a partir do Satish Dhawan Space Centre (SHAR), em Sriharikota, na Índia.

Este é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil, e fornecerá imagens para o monitoramento ambiental e da agricultura em todo o território brasileiro com uma alta taxa de revisita. Servirá ainda para o monitoramento da região costeira, reservatórios de água, desastres ambientais, entre outras aplicações.

(https://i.ibb.co/KWM5gT5/Amazonia-1-1.jpg)

Os dados estarão disponíveis tanto para comunidade científica e órgãos governamentais quanto para usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre. Este satélite também é o primeiro construído a partir da Plataforma Multimissão (PMM), estrutura inovadora desenvolvida pelo INPE, capaz de se adaptar aos propósitos de diferentes missões e, assim, reduzir custos de projetos espaciais.

O satélite

O Amazonia 1 é um satélite de órbita polar que irá gerar imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível – VIS – e 1 banda próxima do infravermelho – Near Infrared) capaz de observar uma faixa de 850 km com 64 metros de resolução.

(https://i.ibb.co/GCYv0gz/Amazonia-1-0.jpg)

Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita, tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Esta característica é extremamente valiosa em aplicações que necessitem de uma rápida resposta, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis em situações de cobertura de nuvens.

Ganhos tecnológicos da missão

A validação da Plataforma Multimissão (PMM) como sistema, gerando confiabilidade e reduções significativas de prazos e custos para o desenvolvimento de futuras missões de satélites baseados na Plataforma Multimissão;

Consolidação do conhecimento do Brasil no ciclo completo de desenvolvimento de satélites estabilizados em 3 eixos, ganhando também maturidade nas atividades de integração e testes de satélites;

Capacitação no subsistema de Controle de Atitude e Órbita e Supervisão de Bordo, a partir da experiência do contrato com transferência de tecnologia com a Argentina;

Desenvolvimento na indústria nacional dos
 mecanismos de abertura do Painel Solar, que nos satélites da série CBERS foram fornecidos pela China;
Desenvolvimento da propulsão do subsistema de controle de atitude e órbita na indústria nacional, embora utilizando partes adquiridas no exterior;

Capacitação do país na realização de operações iniciais pós lançamento (LEOP);

Consolidação de conhecimentos na campanha de lançamento de satélites de maior complexidade;

Consolidação e aquisição de experiência nas tomadas de decisões e ações em condições críticas de operação;

Aquisição de experiência na execução de operações para encerramento do ciclo de vida da missão.

(https://i.ibb.co/pnpjLX5/Amazonia-1.jpg)

 :arrow:  https://tecnodefesa.com.br/amazonia-1-e-lancado-com-sucesso/
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 28, 2021, 05:17:21 pm
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Julho 14, 2021, 02:33:09 pm
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Julho 15, 2021, 01:56:49 am
Operação Santa Maria 1/2021

(https://i.ibb.co/Y0qdQbr/IAE-1770.jpg)

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) realizou a segunda fase da Operação Santa Maria 1/2021, que ocorreu de 27 de maio a 18 de junho, no Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), em Alcântara (MA). O IAE e o CLA são subordinadas ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e participam do Programa Espacial Brasileiro (PEB).

A Operação faz parte do desenvolvimento do Projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) e teve como objetivo a integração de um motor-foguete S50, carregado e inerte, com massa total de aproximadamente 13 toneladas, na Mesa de Lançamentos da Torre Móvel de Integração (TMI) do CLA. A atividade serviu de preparação para futuros lançamentos dos veículos VS-50 e VLM-1, que são desenvolvidos pelo Projeto VLM-1.

Segundo o Diretor do IAE, brigadeiro-do-ar Cesar Augusto O’Donnell Alvan, a realização da operação demandou meses de planejamento e envolveu diversos setores do IAE. “Foi realizado desde o projeto e desenho de todas as interfaces e sistemas, seguido pela análise estrutural, fabricação, metrologia e ensaios preliminares de integração no IAE, realizados em 2020. Já em Alcântara (MA), a Operação permitiu o primeiro exercício completo de transporte, montagem e integração do motor S50 Inerte no ambiente operacional”, destacou.

(https://i.ibb.co/2KVcqyk/IAE-1717.jpg)

De acordo com o gerente do Projeto VLM-1, major-engenheiro Rodrigo César Rocha Lacerda, o motor S50 inerte utilizado na missão possui as mesmas dimensões e massa de um motor ativo. “Ele foi carregado com propelente real, de forma que toda a operação de embarque do motor na aeronave C-130 Hércules da FAB, em São José dos Campos (SP), o transporte e o desembarque no CLA, foi tratada como se o motor S50 estivesse sendo transportado para uma operação de lançamento”, explicou.

Com isso, todos os equipamentos de suporte em solo, Mechanical Ground Support Equipaments (MGSE), desenvolvidos para o motor S50, puderam ser testados como se fossem um motor ativo, o que foi importante para o treinamento das equipes que, futuramente, irão operar nos lançamentos dos veículos VS-50 e, posteriormente, do VLM-1. Foram testados equipamentos como, por exemplo, o dispositivo de transporte, a carreta rodoviária, a carreta industrial de integração e o sistema de basculamento e de içamento do motor.

(https://i.ibb.co/18JVrbY/D2H0831.jpg)

Para que esta integração fosse possível, o IAE teve de desenvolver novos sistemas e realizar adaptações na Mesa de Lançamentos da TMI como, por exemplo, um sistema pneumático de fixação do veículo, que também foi instalado e testado em conjunto com a montagem final do motor S50 na Torre.

Outra preocupação da equipe foi instrumentar o motor S50 inerte durante toda a operação, com sensores capazes de medir os níveis de vibração aos quais o motor real estará sujeito, nas fases de movimentação, transporte e integração, durante a operação de lançamentos. Ao final da operação, o motor S50 inerte foi transportado de volta para o IAE, onde outros testes serão realizados.

Projeto VLM-1

O Projeto VLM-1 é desenvolvido em conjunto pelo IAE e pela Agência Espacial Alemã (DLR). A parte brasileira do projeto é financiada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e compreende, primeiramente, o desenvolvimento do veículo suborbital VS-50, para qualificação em voo do motor S50, das redes elétricas e pirotécnicas e do sistema de guiamento, controle e navegação que, posteriormente, serão empregados no VLM-1, mitigando os riscos técnicos do projeto, de maneira semelhante à estratégia da família de foguetes Sonda empregada com sucesso no passado.

(https://i.ibb.co/b6L1NyD/IAE-3102.jpg)

O DCTA, o IAE e a AEB planejam, ainda, mais uma Operação em novembro de 2021, e outra em agosto de 2022. As atividades visam integrar os demais sistemas necessários para o lançamento do VS-50 V01, planejado para ocorrer no final de 2022.

Em relação ao projeto, o Veículo Lançador de Microssatélites – 1 (VLM-1) objetiva atingir os objetivos previstos no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) para o segmento de veículos lançadores, dentre eles assegurar por completo o ciclo de acesso ao espaço. O veículo é um lançador de satélites, que terá a capacidade de colocar cargas úteis (30 kg) em órbita terrestre baixa (LEO, na sigla em inglês).

A Operação Santa Maria 1/2021 contou com o apoio de diversas Organizações do DCTA e do COMAER, tais como:  o 1º/1ºGT no Transporte de ida/volta do motor S50, o 5º/8º GAv no sobreaviso de EVAM (Evacuação Aeromédica), o CTLA (Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica) no apoio para movimentação do motor S50 em São José dos Campos, o IFI (Instituto de Fomento e Coordenação) e o GAP-SJ (Grupamento de Apoio de São José dos Campos), entre outras Organizações.

Atualmente, o projeto encontra-se em fase de desenvolvimento, com atividades sendo realizadas no IAE, no DLR (Centro Aeroespacial Alemão) e na indústria nacional. A empresa Avibras, por exemplo, é responsável pelo fornecimento de seis motores S50, sendo: um envelope motor S50 inerte, empregado com sucesso em outubro de 2018 no ensaio de ruptura, um motor para ensaios estruturais e carregamento inerte, concluídos em outubro de 2019, dois motores S50 para ensaios de queima em banco de provas e dois motores S50 para ensaios em voo do VS-50, assim como os meios mecânicos de solo para manuseio e movimentação do motor.

(https://i.ibb.co/gPRmjYP/vlm-1-imagem.png)

 :arrow:  FAB
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Vitor Santos em Dezembro 17, 2021, 07:42:41 pm
Sucesso total no teste do 1º Motor Aeronáutico Hipersônico do Brasil

(https://i.ibb.co/RzFpBLZ/fogute.png)

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O ensaio faz parte do desenvolvimento do Projeto PropHiper, Projeto Propulsão Hipersônica 14-X, um dos Projetos Estratégicos da Força Aérea Brasileira (FAB) e coordenado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA)

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), realizou, na terça-feira (14), o lançamento para viabilizar o ensaio em voo do 14-X S, primeiro demonstrador brasileiro da tecnologia hipersônica aspirada, conhecida pela sigla em inglês scramjet, por meio da Operação Cruzeiro. O ensaio faz parte do desenvolvimento do Projeto PropHiper, Projeto Propulsão Hipersônica 14-X, um dos Projetos Estratégicos da FAB e coordenado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O 14-X S foi acelerado a uma velocidade próxima a Mach 6 (seis vezes a velocidade do som), a mais de 30 km de altitude, por meio de um Veículo Acelerador Hipersônico (VAH).Após a realização do ensaio, o conjunto seguiu a trajetória prevista, atingindo o apogeu em 160 Km, percorrendo um total de 200 km de distância, até seu impacto numa área segura no Oceano Atlântico.

Além do CLA, o Centro de Lançamento de Barreira do Inferno (CLBI) atuou como Estação Remota de Rastreamento. Com esse primeiro ensaio, o Brasil ingressa, de maneira definitiva, no seleto grupo de nações que detém o conhecimento técnico e os meios para projetar, construir, lançar e rastrear um sistema hipersônico aspirado.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2021/12/14-X-S.jpg)

O Projeto PropHiper teve início em 2006, e visou capacitar o Brasil na área estratégica e prioritária da hipersônica, em atendimento à Estratégia Nacional de Defesa (END), por meio da operação em voo de um sistema com propulsão hipersônica aspirada (tecnologia de propulsão scramjet). Para cumprir seus objetivos, o projeto foi dividido em quatro grandes metas, associadas, respectivamente, aos ensaios em voo dos demonstradores de tecnologia designados como:

I. 14-XS: demonstração em voo ascendente balístico da combustão supersônica;

II. 14-XSP: demonstração em voo ascendente balístico da propulsão hipersônica aspirada;

III. 14-XW: demonstração em voo planado (sem propulsão) de um veículo hipersônico controlável e manobrável com sistemas de guiamento, navegação e controle (GNC), emprego de materiais avançados, durante o voo hipersônico na estratosfera; e

IV. 14-XWP: demonstração em voo autônomo de um veículo hipersônico controlável e manobrável com propulsão hipersônica aspirada ativa.

Até o presente momento foram capacitados recursos humanos, construídos laboratórios e túneis de vento hipersônico (únicos na América Latina), além da realização de diversos ensaios em laboratório. O Nível de Maturidade Tecnológica da tecnologia de propulsão scramjet nacional é atualmente TRL 6, significando que a tecnologia constitui um protótipo totalmente funcional, sendo qualificado e aceito para operação em ambiente relevante, ou seja, fora do ambiente laboratorial. Após a Operação Cruzeiro, a tecnologia de propulsão hipersônica avançará para o TRL 7, com a comprovação e demonstração de seu funcionamento em ambiente relevante (voo atmosférico).

De acordo com o Coordenador Geral da Operação, Coronel Aviador Eduardo Viegas Dalle Lucca a realização da Operação Cruzeiro permitiu ao País dar um salto qualitativo no domínio da tecnologia hipersônica aspirada. Ressaltou, ainda, o ineditismo de lançar uma carga útil tecnológica nacional, empregando um veículo totalmente idealizado e fabricado no Brasil e usando a infraestrutura e meios operacionais dos nossos centros de lançamento. “A sinergia dos vários atores evidenciou a capacidade do DCTA de realizar um ensaio em voo desse nível de complexidade. Além disso, deixamos uma equipe qualificada e preparada para os novos desafios”, destacou o Coordenador Geral.

“O Centro de Lançamento de Alcântara ao receber uma operação de grande porte como a Cruzeiro se habilita cada vez mais para receber as empresas estrangeiras e consolidar a capacidade operacional do Brasil no segmento solo do Programa Espacial Brasileiro”, afirma o Coronel Aviador Marcello Corrêa de Souza, Diretor do Centro de Lançamento de Alcântara.

Para o Diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Coronel Engenheiro Fábio Andrade de Almeida, “testar tecnologias hipersônicas em condições reais de voo é o auge das pesquisas que são desenvolvidas no IEAv. Sistemas inerciais e sensores de imageamento concebidos no laboratório do Instituto já realizaram ensaios em voo bem sucedidos em aeronaves e veículos suborbitais. Na Operação Cruzeiro, testamos um motor aeronáutico em voo hipersônico utilizando o hidrogênio como combustível, algo inédito na aviação nacional”.

O Diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Brigadeiro do Ar César Augusto O’Donnell Alván, ressaltou que o desenvolvimento do Veículo Acelerador Hipersônico pelo IAE, para viabilizar o lançamento do 14-X S, demonstrou que as tecnologias espaciais dominadas pela FAB são pilares indispensáveis para a inserção do Brasil em novos projetos espaciais. E demonstrou, mais uma vez, a capacidade da FAB em superar desafios de grande complexidade tecnológica.

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2021/12/17/sucesso-total-no-teste-do-1o-motor-aeronautico-hipersonico-do-brasil/

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2021/12/Sucesso-total-no-teste-do-1o-Motor-Aeronautico-Hipersonico-do-Brasil.jpg)

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2021/12/Sucesso-total-no-teste-do-1o-Motor-Aeronautico-Hipersonico-do-Brasil-2.jpg)

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2021/12/Sucesso-total-no-teste-do-1o-Motor-Aeronautico-Hipersonico-do-Brasil-3.jpeg)

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2021/12/Sucesso-total-no-teste-do-1o-Motor-Aeronautico-Hipersonico-do-Brasil-4.jpeg)
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: Lusitano89 em Março 20, 2023, 09:12:57 am
CONFIRA OS BASTIDORES DA OPERAÇÃO ASTROLABIO


Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Dezembro 07, 2023, 08:52:55 pm
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INPE e Agencia Espacial Alemã assinam carta de intenções

https://foguetesbrasileiros.wordpress.com/2023/12/06/inpe-e-agencia-espacial-alema-assinam-carta-de-intencoes/#


Até então os países são parceiros na área de lançadores suborbitais e o DLR utiliza foguetes brasileiros VSB-30* (comercializados por Avibras) e o VS-40, já com dezenas de lançamentos desde Esrange e Andøya em Europa e também em Womera, Austrália. 

A nota refere-se, entretanto, à assinatura de carta de intenções entre o INPE e o DLR na área de satélites, com o possível uso pelo centro espacial alemão da Plataforma Multi Missão (PMM) para a carga útil da sua missão 'CO2Image'.

A PMM é o frame básico das missões satelitais do Brasil e foi localmente projetada e integrada no país e está operacional em órbita desde 2021 com o satélite Amazonia-1 (http://antigo.inpe.br/amazonia1/), é o módulo básico de potência (coletores e armazenamento de energia), comando (computador e sensores) e controle (giroscópios) de satélites com diversos sistemas que permitem que a carga útil se alimente e sobreviva no espaço.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.lit.inpe.br%2Fsites%2Fdefault%2Ffiles%2Fimages%2FPMM.jpg&hash=addf76d22d143d7cc8960061a20ad028)
http://www.lit.inpe.br/pt-br/pmm_plataforma_multi_missao

A massa da PMM é de até 280 kg e seu volume é compatível com as classes de lançadores orbitadores, a potência fornecida pela plataforma é de 225 W a 900W e permite uso orbital equatorial e polar desde 600 até 1200 km de altitude. Está a ser utilizada agora na montagem do satélite Amazonia-2 (previsto para 2025) e no GSST - Galileo Solar Space Telescope (https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/secom-apresenta-projeto-galileo-solar-space-telescope-gsst), o primeiro telescópio espacial brasileiro, previsto para ser lançado ao final da década.

(https://1.bp.blogspot.com/-3Fg7TiobxXA/WP8j-wieZWI/AAAAAAAAyYg/zPnm9qyeLhA_oh_jdCiATrjAttDI3Z_FACLcB/s1600/Sat%25C3%25A9lite%2BAmazonia%2B1%2B-%2B5.jpg)
http://antigo.inpe.br/amazonia1/sobre_satelite/pmm.php#1

* Aproveitando a postagem, deixo um vídeo espetacular do DLR, lançamento do VSB-30 V24 na missão MAPHEUS-5:


Sds!

Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Dezembro 09, 2023, 11:56:33 pm
Olás.

Aproveito para postar a lista de satélites brasileiros ativos, retirados e perdidos nos últimos 30 anos. Antecederam-lhes o BrasilSat A1 lançado em 1985 e que tem a honra de ser o primeiro satélite da América Latina, e ao A1 seguiram e também não estão na lista os A2, B1, B2 e B3 todos retirados, após a privatização de Telebrás o nome BrasilSat mudou para Star One.

Citar
1. SCD1 - Observação da Terra - 1993 - Ativo
2. SCD2 - Observação da Terra - 1998 - Ativo
3. SCD2A - Observação da Terra - 1997 (perdido no lançamento - VLS-1 V1)
4. CBERS-1 - Observação da Terra - 1999–2003 - Retirado
5. BrasilSat B4 - 2000 - Ativo
6. CBERS-2 - Observação da Terra - 2003–2007 - Retirado
7. Star One C12 - 2005 - Ativo
8. Star One C1 - 2007 - Ativo
9. CBERS-2B – Observação da Terra – 2007–2010 – Retirado
10. Star One C2 - 2008 - Ativo
11. Star One C3 - 2012 - Ativo
12. CBERS-3 - Observação da Terra - 2013 (perdido no lançamento - Longa Marcha 4B)
13. CBERS-4 – Observação da Terra – 2014 – Ativo
14. Star One C4 - 2015 - Ativo
15. SGDC-1 – comunicações – 2017 – Ativo
16. Star One D1 - 2018 - Ativo
17. CBERS-4A – Observação da Terra – 2019 – Ativo
18. Amazônia-1 – sensoriamento remoto – 2021 – Ativo
19. Carcará I - Observação da Terra/SAR (FAB) - 2022 - Ativo
20. Carcará II - Observação da Terra/SAR (FAB) - 2022 - Ativo

Também estão os microssatélites como os SACI 1 e 2, os NanoSatC BR-1 e -2, o SPORT, o NanoMirax e os ITASAT-1 e -2 todos lançados para pesquisas sobre clima espacial, plasma e anomalia do Atlântico Sul, enquanto os privados PION BR - 1 e AESP-14 são educacionais e o Alfa Crux de comunicações.

Sds!
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Dezembro 12, 2023, 09:27:42 pm
Olás.

Missão Garatéa-L entra em fase de qualificação para órbita lunar.

Citar
Garatéa-L entra em fase de qualificação para integrar missões brasileiras na Artemis
...
Além da Garatéa-L, a Missão SelenITA – que pretende realizar uma missão de clima espacial em órbita lunar – já passou pela fase de qualificação com sucesso.

Em paralelo, a Embrapa vem desenvolvendo um projeto que contempla o plantio de culturas na Lua.

Sendo assim, o Brasil avança com três projetos para integrar as atividades Artemis, dando continuidade no acordo assinado com o EUA em 2020.


https://mundogeo.com/2023/12/12/garatea-l-entra-em-fase-de-qualificacao-para-integrar-missoes-brasileiras-na-artemis/

Concepção de Garatea:

(https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2019/06/018-027_CAPA_Lua_280-6-1140px.jpeg)

Fonte da imagem e mais informações em: Revista FAPESP (https://revistapesquisa.fapesp.br/missao-lunar-brasileira/)

Sds!


Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Dezembro 15, 2023, 03:16:08 pm
Olás.

Nota interessante sobre a firma do contrato para desenvolvimento de 'novos' foguetes lançadores orbitais.

Brasil dá largada para produção de foguetes nacionais

https://www.aeroflap.com.br/brasil-da-largada-para-producao-de-foguetes-nacionais/

Essa 'largada' foi dada a muito tempo e por puro desinteresse não se avançou, apesar de êxitos como a certificação e comercialização internacional dos suborbitais VS-30.

Aproveito para colocar um enlace para um paper bastante interessante sobre as possibilidades de configurações de uso do propulsores S50, com cálculos de custos de injeção orbital, os autores chegam a valores em torno de USD30k/kg para LEO desde Alcântara:

A Brazilian Space Launch System for the Small Satellite Market

https://www.mdpi.com/2226-4310/6/11/123/htm

Sds!
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Dezembro 15, 2023, 10:32:11 pm
Olás.

Mais detalhes sobre a proposta:

Entenda mais sobre o Investimento milionário da FINEP no Programa Espacial Brasileiro

https://foguetesbrasileiros.wordpress.com/2023/12/15/investimento-milionario-em-foguetes-nacionais/

A matéria traz uma figura interessante do projeto e sua evolução:

(https://foguetesbrasileiros.files.wordpress.com/2023/12/image-15.png?w=260)

Algumas apreciações: o Montenegro Mk-1, contemplado com o financiamento, conta com dois S30 de 102kN cada mais um S20 de 36kN, assim deverá ter uma massa de umas 5 ton. Passo seguinte o Mk-2 evoluiria para um estádio final com propulsor líquido de 5kN, o que permite inserções orbitais mais precisas para, enfim, chegar ao Mk-3 que já seria uma outra categoria com seu S43 de 303kN mais os dois S30 e massa de uns 9 a 10 ton, eu estimo. 

Nenhum destes projetos contempla o uso do motor S40 que conta com alguns êxitos em lançamentos, como os 950km de altitude ao ser lançado desde Alcântara em seu primeiro voo de teste ou às altas velocidades hipersônicas alcançadas na missão SHEFEX II (https://elib.dlr.de/81994/1/Visby-Turner-Report-SHEFEX_2.pdf).

Por fim, sobre o VLM ao que se saiba continua o desenvolvimento conjunto entre o IAE e a DLR continua, esse seria um engenho com dois motores S50 de 450kN cada mais um S44 de 33kn e massa total de 28ton.

Sds!


 
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Dezembro 22, 2023, 01:51:44 pm
Olás.

Operação Santa Maria 1/2021
...

Depois da recente prova do propulsor L75 em IAE parece que foi entregue outro motor S50 para o segundo tiro em banco, espera-se a prova para o 1S2024.
E deixo uma lista breve dos propulsores brasileiros, sólidos (S) e líquidos (L):

S10 - 27kN  - retirado
S20 - 36kN - retirado
S30 (Avibras) - 103kN, 21s
S31 (Avibras) - 138kN, 13s
S40 - 208kN, 58s
S43 - 303kN, 59s
S43 TM- 320kN, 58s
S44 - 32kN, 68s
S50 (Avibras) - 450kN, 84s
L5 - 5kN, 40-120s - LOx/querosene
L25 - 25kN - LOx/etanol
L75 - 75kN, 400s - LOx/etanol


Sds!

Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Dezembro 29, 2023, 01:43:38 pm
Olás.

Citar
Desenvolvido por Brasil e Alemanha: o foguete suborbital VS-50 está programado para voar em 2024

O Brasil (IAE) foi responsável pelo desenvolvimento dos motores S50 e S44 e do sistema de apoio à navegação e a Alemanha (DLR) foi responsável pelo desenvolvimento e qualificação dos demais sistemas.

https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/4640746/cohete-suborbital-vs-50-desarrollado-brasil-alemania-tiene-previsto-volar-2024

Ainda é interessante pensar que o país alemão, primeiro a chegar ao espaço com seus V2s, já a um tempo está a utilizar-se de produtos e know-how brasileiros por sua agência espacial local.
Sobre o assunto, segue uma lista de suas operações levadas por foguetes brasileiros nos últimos 25 anos, com seu nome, modelo do foguete/motor, ano e base de lançamento:

Citar
* Operações: RONALD 1 e 2 / VS-30 (XV-02) e (XV-03) / 1997 e 1998 / Andoya (Noruega)
* Operação: SHEFEX 1 / VS-30/Orion VO3 / 2005 / Andoya (Noruega)
* Operação: TEXUS 42 -EML-1 / VSB-30 - VO2 / 2005 / Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 43 / VSB-30 - VO3 / Esrange (Suécia)
* Operação: HOTPAY 2 / VS-30/Orion VO4 / 2008 / Andoya (Noruega)
* Operação: TEXUS 44/VSB-30 – VO5/2008/Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 45 / VSB-30 - VO6 / 2008 / Esrange (Suécia)
* Operação: MASER 11/VSB-30 – VO8/2008/Esrange (Suécia)
* Operação: ICI-2 / VS-30/Orion VO5 / 2008 / Svalbard (Noruega)
* Operação: TEXUS 46/VSB-30 – VO9/2009/Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 47 / VSB-30 - V10 / 2009 / Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 49 / VSB-30 - VO15 / 2011 / Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 48 / VSB-30 - VO14 / 2011 / Esrange (Suécia)
* Operação: ICI-3 / VS-30/Orion VO8 / 2011 / Svalbard (Noruega)
* Operação: MASER 12 / VSB-30 - V16 / 2012 / Erange (Suécia)
* Operação: HIFIRE 5A / VS-30/Orion VO6 / 2012 / Andoya (Noruega)
* Operação: SHEFEX II / VS-40M VO3 / 2012 / Andoya (Noruega)
* Operação: HIFIRE 3 / VS-30/Orion VO7 / 2012 / Andoya (Noruega)
* Operação: TEXUS 50 / VSB-30 - VO17 / 2013 / Esrange (Suécia)
* Operação: WADIS I/VS-30 VO9/2013/Andoya (Noruega)
* Operação: MAPHEUS 4 / VS-30 VO10 / 2013 / Esrange (Suécia)
* Operação: SCRAMSPACE I / VS-30/Orion V09 / 2013 / Andoya (Noruega)
* Operação: ICI-4/VS-30/Orion V11/2015/Andoya (Noruega)
* Operação: CRYOFENIX/VSB-30 V20/2015/Esrange (Suécia)
* Operação: WADIS II/VS-30 V11/2015/Andoya (Noruega)
* Operação: HIFIRE 7/VSB-30 – V 13/2015/Andoya (Noruega)
* Operação: TEXUS 51/VSB-30 – VO18/2015/Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 52 / VSB-30 - VO21 / 2015 / Esrange (Suécia)
* Operação: MAPHEUS 5 / VSB-30 - V24 / 2015 / Esrange (Suécia)
* Operação: O-STATES 1 e 2 / VS-31/Improved Orion V01 e VS-31/Improved Orion V02 / 2015 / Esrange (Suécia)
* Operação: MASER 13 / VSB-30 - V22 / 2015 / Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 53 / VSB-30 - VO23 / 2016 / Esrange (Suécia)
* Operação: SPIDER/LEEWAVES / VS-30 - V12 / 2016 / Esrange (Suécia)
* Operação: HIFIRE 5B / VS-30/Orion - V 12 / 2016 / Woomera (Austrália)
* Operação: MAIUS I/VSB-30 – VO19/2017/Esrange (Suécia)
* Operação: MAPHEUS 6 / VSB-30 - V24 / 2017 / Esrange (Suécia)
* Operação: HIFIRE 4 / VSB-30 - V 12 / 2017 / Woomera (Austrália)
* Operação: MAPHEUS 7 / VS-31/Malemute Melhorado - V01 / 2018 / Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 54/VSB-30 – VO26/2018/Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 55 / VSB-30 - VO27 / 2018 / Esrange (Suécia)
* Operação: ATEK-MAPHEUS 8 / VSB-30 / 2019 / Esrange (Suécia)
* Operação: MASER 14 / VSB-30 / 2019 / Esrange (Suécia)
* Operação: TEXUS 56 / VSB-30 / 2019 / Esrange (Suécia)
* Operação: BOLT I / VS-31/Improved Orion / 2021 / Esrange (Suécia)

Compilado de: https://brazilianspace.blogspot.com/2022/04/lancamentos-internacionais-realizados.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email

E deve continuar, pois no ano passado esteve em SJC um velho An-12 a buscar mais motores S30 e S31.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/02/classico-aviao-sovietico-antonov-an-12-retorna-ao-brasil-para-buscar-foguete.shtml
 
Sds!
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Fevereiro 09, 2024, 04:23:28 pm
Olás.

Desta vez não foi um velho AN12 e sim um A400M da Luftwaffe que esteve em São Paulo a buscar mais motores S30 e S31 na Avibrás para os voos de sua agencia espacial.

Luftwaffe bringt Raketenmotoren für die Raumfahrtforschung nach Kiruna

https://www.bundeswehr.de/de/organisation/luftwaffe/aktuelles/luftwaffe-bringt-raketenmotoren-fuer-die-raumfahrt-nach-kiruna-5735988

(https://pbs.twimg.com/media/GF0Su4EW0AAuFL3?format=jpg&name=large)

https://twitter.com/Team_Luftwaffe/status/1755580034281046504



Sds!
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Fevereiro 20, 2024, 10:25:55 pm
Olás.

Desta vez não foi um velho AN12 e sim um A400M da Luftwaffe que esteve em São Paulo a buscar mais motores S30 e S31 na Avibrás para os voos de sua agencia espacial.


E um VSB-30 já subiu, na missão Texus 59, apogeu de 264,5km.

At 15:42 on the 15th of February 2024 the TEXUS 59 rocket was successfully launched from Esrange Space Center. Onboard were three experiments conducting material science and biology studies in microgravity.

https://sscspace.com/space-research-towards-efficient-solar-cells/

E a esperar o segundo teste de tiro do motor S50, última prova antes do VS-50 (ao fundo da imagem).

(https://foguetesbrasileiros.files.wordpress.com/2023/08/image-2-edited.png?w=831)
Imagem: https://foguetesbrasileiros.com/vlm-e-vs50-o-que-sabemos-ate-agora/02/01/2024/

Sds!
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Fevereiro 27, 2024, 02:32:41 am
Olás.

Comitiva chinesa visita o INPE, entre outros temas para tratar da planificação dos satélites CBERS-5 (alta resolução) e CBERS-6 (radar). O programa binacional já completa 22 anos.

(https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/delegacao-chinesa-visita-o-inpe/ChinaLIT.jpg)
LIT-Laboratório de Integração e Testes, INPE

https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/delegacao-chinesa-visita-o-inpe

Sds!
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Março 01, 2024, 08:25:55 pm
Olás.

A Avibras homenageia o a Base de Alcântara com uma imagem muito representativa:

(https://www.avibras.com.br/site/images/avibras-aniversario-centro-de-lancamento-de-alcantara.jpg)

Representativa porque condensa o que é o programa espacial tupiniquim: a meias, nunca se completa.

 :mrgreen:
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Março 13, 2024, 09:54:42 am
Olás.

Uma matéria interessante da Revista Foguetes Brasileiros com o cronograma do projeto VS-50.

Citar
Cronograma Oficial do VS-50 COM DATA DE LANÇAMENTO

A Agencia Espacial Brasileira divulgou o roadmap oficial para o lançamento do foguete VS-50

https://foguetesbrasileiros.com/cronograma-oficial-do-vs-50-com-data-de-lancamento/07/03/2024/

O motor S-50 já foi carregado e enviado para o segundo teste em banco, seria em junho. Prazos de entrega do quinto motor e os sistemas pelo DLR em dezembro para ensaios, preparação e voo do VS-50V1 até março/2025. Voo VS-50V2 em março/2026, após seguem o voo com o Hexafly de ESA desde Europa e o VLM-1 ambos para 2027.

Sds!
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Março 13, 2024, 08:26:12 pm
Olás.

Testes e validações mas... falta juntar tudo e mandar ao espaço. De esta vez um propulsor de plasma:

Citar
(O)... Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), testou pela primeira vez o modo de alto impulso específico (alta velocidade de aceleração do propelente) do propulsor de plasma pulsado de impulso específico variável idealizado e construído no INPE, chamado de VSI-PPT (Variable Specific Impulse Pulsed Plasma Thruster).

Este propulsor é destinado ao uso em satélites e sondas espaciais nas fases de injeção orbital (alto empuxo, baixo impulso específico) e manutenção orbital (alto impulso específico, baixo empuxo).

Este teste preliminar foi bem-sucedido e valida a modalidade de operação do propulsor para aplicação no modo de alto impulso específico, ou seja, no modo no qual o propelente é transformado em plasma e é ejetado do propulsor a altas velocidades (estimadas em 25 km/s), através da aplicação de forças elétricas e magnéticas.

...

(https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/sucesso-no-primeiro-teste-no-modo-de-alta-velocidade-de-ejecao-do-propulsor-eletrico-vsi-ppt/image_04032024_105234.png/@@images/de9f09fd-3b5a-4c61-bd4d-f80e2a04a69c.png)

https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/sucesso-no-primeiro-teste-no-modo-de-alta-velocidade-de-ejecao-do-propulsor-eletrico-vsi-ppt

Sds!
Título: Re: Programa Espacial Brasileiro
Enviado por: MMaria em Abril 08, 2024, 10:16:58 pm
Olás.

Os três programas de foguetes do Brasil, dois privados e o VLM.

Citar
Brasil abre três frentes para desenvolver foguete em 2026
...
As frentes abertas no setor privado são as principais novidades. Em dezembro do ano passado a Finep e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) revelaram as empresas selecionadas, de forma aberta no final de 2022, para o desenvolvimento de foguetes nacionais.

Um dos consórcios escolhidos é liderado pela Cenic Engenharia Indústria e Comércio Ltda, que receberá R$ 190 milhões; outra, da Akaer Engenharia S.A, que é de R$ 180 milhões. O investimento não é reembolsável e o prazo de entrega é de 36 meses a partir da assinatura dos contratos, ou seja, os foguetes devem estar prontos até 2026.
...
Para a iniciativa pública...o caminho de desenvolvimento é o seguinte: este ano deverá ocorrer o segundo disparo com motor foguete S50. Se tiver sucesso, será projetado um veículo suborbital VS-50, que numa terceira etapa daria origem ao VLM.
...[/Ei]

(https://cdn-defesaaereanaval.nuneshost.com/wp-content/uploads/2024/04/vlm-1-imagem-1.png)

Imagem e texto completo em: https://www.defesaaereanaval.com.br/espaco/brasil-abre-tres-frentes-para-desenvolver-foguete-ate-2026

A esperar para ver se algum desses rojões subirá.

Sds!