Milicias nacionais

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dremanu

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Milicias nacionais
« em: Abril 02, 2004, 05:50:38 pm »
Eis um novo tópico para discutir.

Sou de acordo que se deve professionalizar as FA Portuguêsas, acho que é preferível que sejá feito assim durante periodos em que não existem guerras que requerem uma mobilização nacional.

No entanto, não acho que se deveria iliminar por completo a oportunidade de haver uma participação na vida militar do pais, por quem gostaria de o fazer. Sendo assim não seria algo desejável a criação de milicias nacionais, onde individuos poderiam ter uma participação "part-time"?

Estas milicias nacionais requeririam uma participação mínima dos membros em exercícios miitares; Talvez uma vez por mês, ou de dois em dois meses, ou de três em três meses, teria-se que decidir qual seria a melhor programação a seguir.

Essas milicias teriam por principal função treinar-se para a defesa do território nacional, em caso de ataque. E seriam compostas por brigadas de infantaria, artelharia, e defesa anti-aérea. Teriam uma idade máxima de participação, talvés até aos 55 anos, e poderiam ser compostas por homens e mulheres.

O armamento poderia ser tudo aquilo que as FA já deixaram de usar, mas que continua a ter valor militar, e pode ser usado pelas milicias para se treinarem e se manterem prontas a defender o país.

Ideias, opiniões...
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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papatango

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Abril 02, 2004, 06:05:37 pm »
A profissionalização é bem vinda.

O nível de conhecimentos que um militar tem que ter para utilizar os meios de combate do futuro, não se compacede com a existência de um exército de recrutados.

Neste momento, só não vai para a tropa quem não quer. Há vagas em todos os ramos das forças armadas, portanto a questão de encontrar solução para quem quiser ir para a tropa e não puder, não se coloca. Pelo menos não neste momento.

Os tempos dos exercitos de "carne para canhão" já passaram.

Veja o que aconteceu com as milicias iraquianas. Tropa mal comandada, mal enquadrada e mal armada, é uma tropa irremediavelmente vencida.

Estou no entanto de acordo numa coisa.

Acredito que deveria haver, um treino básico que permitisse a qualquer pessoa utilizar armas. Defendo uma "recruta" de uma semana. Para treino civico, por exemplo, para explicar ás pessoas que as armas matam. Talvez deixasse de haver tanto caçador que deixa a arma irresponsávelmente pela casa, e depois mata a familia.

Mas claro, esses devem ser os caçadores que não foram á tropa, porque eram objectores de consciência, porque tinham horror a armas.

Isto é tudo mentira, eu é que sou um individuo com muito má lingua...

= = = = = =

É muito mais eficiente ter uma população com capacidade para pegar em armas, nos países que sempre ficam na mó de baixo. É a resistência possível, e pelo que estamos a ver no Iraque, mais eficiente que o que pode parecer á primeira vista.

De resto o actual rumo que as coisas levam parece-me correcto.

Contrato, com as forças armadas.
Possibilidade de extensão de contrato
Possibilidade de passar para a Guarda Republicana.

Isto vai de acordo com a criação de uma unidade da GNR para missões de manutenção de paz, para substituir o exército, que serve para "imposição de paz". A GNR tem assim pessoas que tiveram treino militar, mas que têm uma idade média mais avançada, entre os 30 e os 40 anos. Mais tino e mais sangue frio. A tropa do exército, deverá estar fisicamente mais preparada e pronta para utilizar os meios mais recentes.

Haja organização e método, que pelo menos as idéias base não são más de todo.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Ricardo Nunes

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Abril 02, 2004, 06:09:54 pm »
É um conceito interessante.

Entre outros países, os suecos já o aplicam naquilo a que chamam "homeguard".

Em geral são membros civis, que treinam aos fim de semanas, têm uma recruta inicial de algumas semanas e usam armamento que o exército  regular não necessita ou não usa. Normalmente a maior parte do equipamento é guardado na casa dos membros, como o capacete, uniforme e por vezes mesmo as armas.
Estão organizados em batalhões de defesa local e estima-se que em caso de necessidade a Suécia poderia contar com cerca de 50000 destes homens e mulheres. A "homeguard" começou como um grupo de voluntários durante a segunda grande guerra.

Organização normal de um pelotão da "homeguard":




Outras imagens:









Ricardo Nunes
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dremanu

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(sem assunto)
« Responder #3 em: Abril 02, 2004, 06:34:28 pm »
As FA e a GNR são instituições para individuos que queiram fazer do serviço militar uma carreira profissional.

A ideia das milicias nacionais, é criar um mecanismo onde voluntários têm a oportunidade de receber treino militar, e praticarem os conhecimentos militares, sem precisarem de deixar as profissões que ocupam no dia-a-dia.

Seriam homems e mulheres que em caso Portugal fosse atacado, rapidamente poderiam ser mobilizados e integrados nas FA.

Não sabia que os Suecos já empregavam este tipo de serviço. Sei que os Americanos, Inglêses, e Suiços tb têm milicias nacionais.

E seria interessante ter um outro uso para as milícias nacionais, poderiam participar no combate a fogos, cheias, e outros desastres naturais que afligem Portugal. Prestando suporte à policia ou GNR em caso estes necessitem de ajuda extra para controlar/administrar uma crise qualquer.
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zarko

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« Responder #4 em: Abril 03, 2004, 03:47:02 pm »
é interessante este conceito de homeguard, como ja foi acima referido, seriam exelentes imaginem civis que são treinados num fim de semana (noite incluida) em cada 3 meses com exercicios de varias funções para combate aos fogos e catastrofes nacionais e ensino de tacticas de guerrilha k sera essa k se encaixara como uma luva neste tipo de forças operacionais, o problema neste ultimo caso são a questão do armamento se o exercito se for livrar das g3 (e espero k as substitutas sejam as g36 nas suas varias variantes) estas bem poderiam ser revitalizadas e fazer com k estas milicias fosem responsaveis pela sua manutenção so não teriam munições, estas so estão disponiveis pra uma fase avançada de tréino e no conflito bélico se este se viese a concretizar.
em suma a maior vocação destas milicias seriam o apoio logistico e auxilio em caso de catastrofes naturais é sempre uma mais valia!
"si vis pacem para bellum"
"na arte da guerra não existem regras fixas, apenas podem ser talhadas segundo as circunstancias" SUN-TZU
 

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Rui Elias

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« Responder #5 em: Abril 06, 2004, 02:38:15 pm »
Como princípio acho bem, mas haveria que ter muito cuidado com o seu enquadramento para que estas milícias não se tornassem numa espécie de Legião Portuguesa do pós 25 de Abril :? .

De qualquer modo acho que Portugal deveria investir mais na Força Aérea e Armada, e nomeadamente nos meios de mobilidade e projecção de forças, em vez de investir no exército convencional.

De qualquer modo quem queira pode integrar os 3 ramos das FA (parece que com o fim do SMO o Exército até está com problemas de recursos humanos).

De resto, e para o efeito de complementaridade ao exército, Portugal já tem a GNR.
 

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Luso

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Bem lembrado.
« Responder #6 em: Abril 06, 2004, 10:37:31 pm »
Acho que uma Guarda Nacional ou "Dumb Dumb Weekend Warriors"  :mrgreen:  seria uma boa adição ao dispositivo de defesa. Pelos menos seria uma boa desculpa para muitos maridos sairem de casa e beberem uns copos com os amigos.

Por mim poder-se-ia dar um passo em frente abrindo carreiras de tiro decentes (300m ou mais) pela maioria dos CONCELHOS do país e fornecendo munições a preço de custo ou em fim de prazo de validade.
E não sairia um tostão do cofres do estado (ou poucos). E aposto que se ganharia uns cobres com taxas e empregos extra.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...