Voltando ao assunto na ordem do dia: se a Alemanha vai pagar cerca de 970M€ por um pacote que inclui 3 C-130J-30 + 3 KC-130J equipados com um sistema completo de autoprotecção, equipamentos de vária ordem mais sobressalentes, motores, suporte técnico e logístico, treino e formação de tripulações de voo e de terra e contrato de manutenção por 3 anos (até os germânicos, em conjunto com os franceses terem capacidade eles próprios de tratarem da manutenção das aeronaves ou fazê-lo algures na Europa), não era melhor a FAP despachar já este assunto de uma vez por todas?
Tomando em linha de conta o que afirmou ontem o CEMFA, a Embraer começou por pedir 950M€ (830 + 120) pelo pacote de 5 aparelhos equipados com sistema completo de autoprotecção, treino e simulador; agora terá baixado para os 927M€, 100 milhões a mais do que o Estado havia alocado ao programa. Mesmo se comprarmos as 5 aeronaves comprando a suite de autoprotecção directamente ao fabricante e contractualizarmos a aquisição e manutenção dos motores V2500 à sua fabricante, a IAE, o preço ainda fica nos 877M€, 50M€ acima do previsto, de acordo com as afirmações do CEMFA.
Então se para a Alemanha um preço similar contempla um pacote completo com seis aeronaves e tudo o que para elas é necessário e está associado (inclusivé o equipamento para os reabastecedores), para nós não dá porquê? Se o preço base do C-130J em Dezembro de 2018 estava entre os 60 e 70M€, a que preço unitário estará agora um KC-390?