Os 30 F16A/B MLU da FAP

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1365 em: Janeiro 22, 2019, 12:56:59 pm »
Ser seria, mas depois mudam-se os governos, falta o guito, e ficamos como em muito que tivemos antes (NH90, A400, etcetc) sem nada :)
“Hard times create strong men. Strong men create good times. Good times create weak men. And, weak men create hard times.”
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1366 em: Janeiro 22, 2019, 01:30:17 pm »
Sendo Portugal do tamanho da Holanda, não seria vantajoso para participarmos em consórcios internacionais na área da aeronáutica?

Primeiro Portugal não é do tamanho da Holanda, Portugal é para aí o dobro. Mas em população e dinheirinho, eles têm mais.

Concordo que sim, é vantajoso, é o que estamos a tentar fazer com o KC390, porque cria empregos e pelo menos parte do dinheiro na compra dos aparelhos fica cá, mas tem que ser aparelhos financeiramente suportáveis.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1367 em: Janeiro 22, 2019, 02:29:46 pm »
Mais notícias sobre o Operational Test and Evaluation (OT&E) 2019 que está a decorrer em Monte Real desde dia 14 de Janeiro, crédito página do Facebook da BA5.

Citar
Decorre desde o dia 14 de Janeiro na Base Aérea Nº5 - Monte Real o Operational Testing and Evaluation (OT&E) da versão S1.1 da aeronave F-16M, que funciona como exercício de avaliação e aceitação dos novos melhoramentos ao nível do hardware e do software, desenvolvidos ao longo de vários meses por parte da comunidade de pilotos de testes e engenheiros.

Resultado de um esforço coordenado de cinco países europeus denominados European Participating Air Forces (EPAF), constituídos por Portugal, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega, os quais em coordenação com os diversos fabricantes de sistemas provenientes de países como os EUA, Dinamarca ou Israel, entre outros, este exercício destina-se a testar em cenário próximo de uma operação real os novos melhoramentos a incorporar nas aeronaves.

O Diretor de Testes do OT&E é um piloto português, o Tenente-Coronel Piloto-Aviador Nuno Monteiro da Silva, que foi escolhido pelos EPAF pela sua experiência operacional e de participações anteriores nesta tipologia de testes. Portugal foi o país escolhido pelo reconhecido apoio prestado pela Força Aérea e pela Base Aérea n.º 5 em exercícios similares no passado, granjeando a confiança e a preferência das nações participantes, para o qual contribui igualmente a flexibilidade e dimensão do espaço aéreo nacional, assim como, a meteorologia tendencialmente mais favorável do nosso país.

Foto de grupo do contingente português, dinamarquês e belga, dos técnicos norte-americanos da Lockheed Martin,
e ao centro o TCor. PILAV Nuno "Buzzer" Monteiro da Silva, Comandante da Esquadra 301 "Jaguares", Diretor de Testes
 do OT&E 2019 e um dos heróis, por assim dizer, do incidente com o Embraer da Air Astana



F-16AM FAP


F-16AM BAF


F-16AM RDAF
« Última modificação: Janeiro 22, 2019, 04:20:57 pm por Charlie Jaguar »
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1368 em: Janeiro 22, 2019, 02:45:57 pm »
Alguém me sabe dizer o que são estas diferenças entre os aviões:


1ª O f16 da FAP e o dinamarquês parecem ser iguais, mas o belga parece que é ligeiramente mais comprido.

2º Aqui parece que só o F16 da FAP tem este sulco
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1369 em: Janeiro 22, 2019, 03:36:13 pm »
Este italiano também tem, mas não sei o que é!

Abbati, medico, potronoque intima pande
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1370 em: Janeiro 22, 2019, 04:19:39 pm »
Alguém me sabe dizer o que são estas diferenças entre os aviões:


1ª O f16 da FAP e o dinamarquês parecem ser iguais, mas o belga parece que é ligeiramente mais comprido.

2º Aqui parece que só o F16 da FAP tem este sulco

Bom, vamos lá ver se consigo explicar sem ser muito confuso.  ;)

Primeiro vamos às caudas compridas vs caudas curtas: as derivas mais curtas, casos por exemplo da usada nos F-16 nacionais, dinamarqueses, norte-americanos, alguns Block 50 turcos, etc, é a cauda original, isto é, sem mais qualquer acrescento. As caudas que possuem uma base mais comprida atrás, sob o leme da deriva, são de aeronaves de países que optaram ou por um pára-quedas de travagem, casos por exemplo da Noruega e Holanda por requisitos operacionais (capacidade de operar em pistas mais curtas e/ou com gelo, por exemplo), ou por no compartimento do pára-quedas de travagem pela instalação de sistemas ECM ou EW (Bélgica, por exemplo).

Pára-quedas de travagem num F-16AM holandês





Sistema ECM RAPPORT num F-16AM belga (entretanto abandonado)






No início da sua vida operacional ainda sem a deriva longa, em 1979:



Os nossos 17 F-16A Block 15 OCU do programa Peace Atlantis I (PA I), que começaram a chegar a Portugal em 1994, possuem o que geralmente entre a comunidade militar se designa por "cauda ADF" dada a deriva dos nossos aparelhos ser idêntica à da versão F-16A ADF. Os "sulcos", ou protuberâncias na base da cauda, albergam os actuadores dos controles de voo das superfícies horizontais da cauda que tiveram de ser relocalizados para aqueles dois locais dada a instalação no bordo de ataque da deriva (onde se encontravam originalmente) do rádio de alta frequência AN/ARC-200 da Bendix, hoje Allied Signal. Os bilugares F-16B não necessitaram dessa alteração.

F-16A Block 15 OCU


A confusão com os aparelhos do PA I é comum pois este primeiro lote não obedece propriamente a uma única versão, sendo antes uma espécie de mistura de várias senão vejamos:

- Cauda, certos equipamentos, holofote de identificação nocturna (no lado esquerdo do nariz da aeronave) e capacidade de utilização do AIM-120 AMRAAM da versão ADF;
- Características standard do Block 15 OCU mais tardio;
- Reforço estrutural e asas da versão C/D Block 30.

Quando foi pensada a sua aquisição a intenção seria de utilizar as aeronaves primordialmente como interceptores, coisa que desde 1980 com o abate do F-86F Sabre não havia. Daí os PA I terem retido parte das capacidades da versão ADF, menos a possibilidade de lançamento dos mísseis ar-ar de médio alcance guiados por radar AIM-7 Sparrow por se ter optado por trazerem já provisões para, mais tarde ou mais cedo, operar o AIM-120 AMRAAM, assim como a falta das antenas IFF situadas frente à carlinga e sob a entrada de ar. Contudo, sendo o F-16 uma plataforma polivalente e com o A-7P Corsair II a chegar ao fim de vida - ao que se juntava o desenvolvimento do programa MLU - o caça deixou de ser visto simplesmente como um interceptor e passou àquilo que é hoje, uma plataforma multirole.  :)

F-16 ADF North Dakota Air National Guard



Os aparelhos do programa Peace Atlantis II (PA II) que temos ao serviço (e os que vendemos à Roménia) não possuem a protuberância na cauda pois tratam-se de F-16A Block 15 básicos, sem terem tido a necessidade de qualquer modificação na cauda.

F-16AM do PA II, sem a cauda ADF



O nosso Estado e a FAP não viram a necessidade de dotar os nossos caças com pára-quedas de travagem ou capacidade ECM/EW adicional, e é por isso que os F-16 portugueses possuem a cauda curta original com aquela diferença no lote de PA I. E pronto, penso que está tudo dito. Se não estiver é só perguntar.  :mrgreen: ;)
« Última modificação: Janeiro 22, 2019, 04:26:44 pm por Charlie Jaguar »
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1371 em: Janeiro 22, 2019, 05:30:37 pm »
« Última modificação: Janeiro 22, 2019, 06:46:44 pm por HSMW »
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1372 em: Janeiro 22, 2019, 06:48:18 pm »
E para quem não conhece aqui fica:

http://www.f-16.net/

http://www.f-16.net/f-16_versions.html

A bíblia do F-16.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1373 em: Janeiro 22, 2019, 11:14:58 pm »
Charlie Jaguar sabes o que esta incluído na M7.1 tape?
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1374 em: Janeiro 23, 2019, 11:59:16 am »
Charlie Jaguar sabes o que esta incluído na M7.1 tape?

Podes ver aqui, Red Baron:
http://www.f-16.net/f-16_versions_article2.html

A OFP 7/7.1, ou Tape M7/7.1, nada mais é que a designação norte-americana para consumo interno da versão de software MLU europeia 6.5. A frota nacional está a ser gradualmente elevada a esta versão mais recente, e os 5 AM que estão a ser aprontados já virão com o 6.5. No futuro qualquer novo update na Europa será designado por 6.5+ enquanto nos EUA será OFP 8, 9, etc.
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1375 em: Janeiro 23, 2019, 03:58:19 pm »
No Diário de Leiria tem um artigo sobre isso e diz que é a versão S1.1
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1376 em: Janeiro 23, 2019, 04:38:31 pm »
No Diário de Leiria tem um artigo sobre isso e diz que é a versão S1.1

O jornal replicou a notícia que aqui reproduzi da página de Facebook da BA5.

A OFP S1.1 é, falando em termos mais generalistas, uma espécie de sistema operativo do F-16 MLU. Em 2015/16 tínhamos instalado com a restante MNFP (F-16 Multi National Fighter Program) a versão S1, agora actualizada para 1.1 e, por conseguinte, em fase de testes.
« Última modificação: Janeiro 23, 2019, 07:36:40 pm por Charlie Jaguar »
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1377 em: Janeiro 23, 2019, 07:39:58 pm »
Charlie Jaguar sabes o que esta incluído na M7.1 tape?

Podes ver aqui, Red Baron:
http://www.f-16.net/f-16_versions_article2.html

A OFP 7/7.1, ou Tape M7/7.1, nada mais é que a designação norte-americana para consumo interno da versão de software MLU europeia 6.5. A frota nacional está a ser gradualmente elevada a esta versão mais recente, e os 5 AM que estão a ser aprontados já virão com o 6.5. No futuro qualquer novo update na Europa será designado por 6.5+ enquanto nos EUA será OFP 8, 9, etc.

O M6.5 Tape era suposto ser o ultimo upgrade aos MLU Europeus, por isso achei estranho andarem a certificar o M7.1

Sera que tem a ver com o novo sistema IFF para os F-16?
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1378 em: Janeiro 23, 2019, 07:57:10 pm »
Sera que tem a ver com o novo sistema IFF para os F-16?

Para já o pouco que sei é que sim, tem a ver com a actualização dos modos IFF, instalação do sistema DIGAR (Digital GPS Anti-jam Receiver) e de receptores para o mais potente e resistente GPS III, e novo armamento como o JASSM-ER e eventualmente o AGM-158 LRASM. Dada a phase-out date de 2046 ou 2048, a USAF irá continuar a apostar no upgrade dos seus F-16 Block 40/42/50/52, enquanto deste lado do Atlântico as novas OFPs deverão começar a escassear à medida que os MLU saem de serviço substituídos pelos F-35A ou F-16V.
« Última modificação: Janeiro 23, 2019, 07:57:41 pm por Charlie Jaguar »
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1379 em: Janeiro 23, 2019, 08:02:59 pm »
Pois é, só agora é que se aperceberam que ao estarem sempre a empurrar com a barriga ia tudo parar à mesma altura? Que palhaçada!  >:(

Citar
(...) Mas os deputados da Comissão de Defesa revelaram também surpresa com a intenção da Marinha investir 300 milhões de euros num navio polivalente logístico (NPL), deixando cair a modernização das fragatas Vasco da Gama - que o PSD lembrou ter sido apontada como uma prioridade na mesma comissão parlamentar pelo antecessor, almirante Silva Ribeiro. Mendes Calado explicou que essa opção resultou de não haver verbas suficientes nos primeiros quatro anos da LPM (2019-2022) para modernizar essas fragatas, dada a prioridade na construção de seis novos patrulhas oceânicos - e o facto de a compra das aeronaves KC-390 cativar muito dinheiro nesse período.

Modernizar as Vasco da Gama nos quatro anos seguintes seriam um desperdício de dinheiro devido à proximidade do seu fim de vida útil, daí ser vantajoso preparar a aquisição de "fragatas de nova geração" a partir dos últimos dois anos da LPM, explicou - reconhecendo, no entanto, que isso vai coincidir com a também muito cara substituição dos caças F-16 da Força Aérea. (...)

https://www.dn.pt/poder/interior/novo-chefe-da-marinha-muda-prioridades-de-modernizacao-do-antecessor-10473962.html

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