Boa tarde,
De facto trata-se não de uma Chaimite V-400, da qual foi construído apenas um protótipo, testado com vários torres, mas de uma viatura americana Cadillac Gage V-100 com torre Mecar que estava na posse da Bravia e foi enviada, juntamente com as primeiras Chaimite para a Guiné. A história é muito bem contada (e ilustrada) no livro
Elefante Dundum e eu fiz um apanhado na segunda parte da história da Chaimite na
Motor Clássico (números 22 e 23):
"A entrada em serviço da Chaimite coincide com a sua entrada em combate. É o duro início de uma vida operacional tão ímpar quanto longa. Em Janeiro de 1971, são desembarcadas as primeiras viaturas no porto de Bissau, na Guiné. As quatro viaturas Chaimite são acompanhadas da Cadillac Gage Comando V-100 com torre Mecar, cedida temporariamente pela firma de Donas-Botto para testes. Avalia-se, então, o comportamento operacional da Chaimite - a qual era, ainda, um protótipo – para aferir a viabilidade da aquisição de viaturas adicionais e alterações ao seu projecto. Aqui, a fonte mais completa é, sem dúvida, o relato, publicado em livro, do major João Mendes Paulo. Da Guiné, refere a fonte, existe ainda a memória de um ataque, em Março de 1974, onde uma Chaimite é destruída por um RPG-7, vitimando dois tripulantes. No conflito, confirmam documentos oficiais, o Exército destacará também viaturas para Angola e Moçambiques. Mais tarde, as viaturas Chaimite vendidas ao estrangeiro virão também elas a entrar em combate."Sobre as Cadillac Gage V-150, mais modernas e adquiridas já em 1989, existem mais detalhes e fotografias no meu livro
Tankograd Missions & Manouevres - Vehicles of the Modern Portuguese Army (
http://pedromonteiro-photography.blogsp ... -7022.html).
Sobre as Chaimite V-400 (pelo menos três torres testadas, a Mecar inicial, a Hispano-Suiza Lynx 90 F1 e a Cadillac Gage) e o interesse da Malásia nesta versão, recomendo o artigo na revista
Tankograd Militärfahrzeug onde se publicam três fotografias inéditas dos testes e várias configurações, incluindo esta:
Cumprimentos,
Pedro Monteiro