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Economia => Mundo => Tópico iniciado por: Luso em Julho 14, 2006, 11:08:22 pm

Título: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Luso em Julho 14, 2006, 11:08:22 pm
As coisas começam a ficarem mais nítidas. E já não da exclusividade de alegados loucos.
Nós que seguimos os programas militares dos norte-americanos podemos ver essa tendência...

É disto que tenho medo.


http://www.telegraph.co.uk/money/main.j ... nusa14.xml (http://www.telegraph.co.uk/money/main.jhtml?xml=/money/2006/07/14/cnusa14.xml)

US 'could be going bankrupt'
By Edmund Conway, Economics Editor

(Filed: 14/07/2006)


The United States is heading for bankruptcy, according to an extraordinary paper published by one of the key members of the country's central bank.

A ballooning budget deficit and a pensions and welfare timebomb could send the economic superpower into insolvency, according to research by Professor Laurence Kotlikoff for the Federal Reserve Bank of St Louis, a leading constituent of the US Federal Reserve.

Prof Kotlikoff said that, by some measures, the US is already bankrupt. "To paraphrase the Oxford English Dictionary, is the United States at the end of its resources, exhausted, stripped bare, destitute, bereft, wanting in property, or wrecked in consequence of failure to pay its creditors," he asked.

According to his central analysis, "the US government is, indeed, bankrupt, insofar as it will be unable to pay its creditors, who, in this context, are current and future generations to whom it has explicitly or implicitly promised future net payments of various kinds''.

The budget deficit in the US is not massive. The Bush administration this week cut its forecasts for the fiscal shortfall this year by almost a third, saying it will come in at 2.3pc of gross domestic product. This is smaller than most European countries - including the UK - which have deficits north of 3pc of GDP.

Prof Kotlikoff, who teaches at Boston University, says: "The proper way to consider a country's solvency is to examine the lifetime fiscal burdens facing current and future generations. If these burdens exceed the resources of those generations, get close to doing so, or simply get so high as to preclude their full collection, the country's policy will be unsustainable and can constitute or lead to national bankruptcy.

"Does the United States fit this bill? No one knows for sure, but there are strong reasons to believe the United States may be going broke."

Experts have calculated that the country's long-term "fiscal gap" between all future government spending and all future receipts will widen immensely as the Baby Boomer generation retires, and as the amount the state will have to spend on healthcare and pensions soars. The total fiscal gap could be an almost incomprehensible $65.9 trillion, according to a study by Professors Gokhale and Smetters.

The figure is massive because President George W Bush has made major tax cuts in recent years, and because the bill for Medicare, which provides health insurance for the elderly, and Medicaid, which does likewise for the poor, will increase greatly due to demographics.

Prof Kotlikoff said: "This figure is more than five times US GDP and almost twice the size of national wealth. One way to wrap one's head around $65.9trillion is to ask what fiscal adjustments are needed to eliminate this red hole. The answers are terrifying. One solution is an immediate and permanent doubling of personal and corporate income taxes. Another is an immediate and permanent two-thirds cut in Social Security and Medicare benefits. A third alternative, were it feasible, would be to immediately and permanently cut all federal discretionary spending by 143pc."

The scenario has serious implications for the dollar. If investors lose confidence in the US's future, and suspect the country may at some point allow inflation to erode away its debts, they may reduce their holdings of US Treasury bonds.

Prof Kotlikoff said: "The United States has experienced high rates of inflation in the past and appears to be running the same type of fiscal policies that engendered hyperinflations in 20 countries over the past century."

Paul Ashworth, of Capital Economics, was more sanguine about the coming retirement of the Baby Boomer generation. "For a start, the expected deterioration in the Federal budget owes more to rising per capita spending on health care than to changing demographics," he said.

"This can be contained if the political will is there. Similarly, the expected increase in social security spending can be controlled by reducing the growth rate of benefits. Expecting a fix now is probably asking too much of short-sighted politicians who have no incentives to do so. But a fix, or at least a succession of patches, will come when the problem becomes more pressing."
Título: Boas Notícias.
Enviado por: AugustoBizarro em Julho 15, 2006, 03:02:30 pm
O modelo económico Inglês-Americano, é um modelo falido em si mesmo.

Assenta sob alguns pressupostos , uma moeda muito forte (sobrevalorizada), algo que só é possível se o país em questão tiver força internacional.

Suponhamos por exemplo que Portugal decidia artificialmente fixar o valor de 1 Escudo = 10.000 Dólares.  (um exemplo exagerado só para que se veja bem)

Óbviamente a primeira reacção dos Bancos Centrais pelo mundo fora seria, parar de imediato a transacção de Escudos, visto ser uma moeda que não é de confiança.

No caso dos Estados Unidos, e do Reino Unido, sempre houve uma tentativa por todos os meios de manter a moeda forte,  porquê?

Simples, se a moeda for mais forte, a riqueza (no presente) do país é maior.

Uma moeda forte dificulta as exportações, mas isto não é questão para os Estados Unidos ou Reino Unido, pois são Economias que já à muito tempo deixaram de ser Economias de exportação.

Restava portanto aos Estados Unidos garantir que o máximo número de países do mundo use o Dólar, que tenham reservas em Dólar, em suma, que o Dólar se mantenha tal como a Libra em tempos foi,  uma reserve currency dominante.
http://en.wikipedia.org/wiki/Reserve_currency (http://en.wikipedia.org/wiki/Reserve_currency)

A Dívida externa dos EUA, encontra-se no momento em 9.000.000.000.000 Dólares ( 9.0 Triliões de Dólares, (usando a escala curta))
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_co ... ernal_debt (http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_external_debt)
http://en.wikipedia.org/wiki/Trillion (http://en.wikipedia.org/wiki/Trillion)
http://en.wikipedia.org/wiki/Long_and_short_scales (http://en.wikipedia.org/wiki/Long_and_short_scales)

Se considerarmos que um Porta-Aviões da Classe Nimitz custa á volta de 4.5 biliões de Dólares. Podemos fazer um pequeno exercício:
9000 (dívida externa em biliões USD)/ 4.5 (1 Nimitz em biliões USD) = 2000.

Os EUA devem ao mundo em dinheiro, 2000 porta-aviões.
(se considerarmos o custo de cada Nimitz em 8 ou 9 Biliões em vez de 4.5, APENAS devem 1000 porta-aviões)


O futuro Porta-Aviões , CVN-21, é estimado custar 13.0 Biliões de USD
http://www.defenseindustrydaily.com/200 ... /index.php (http://www.defenseindustrydaily.com/2005/12/costing-the-cvn21-a-did-primer/index.php)

De facto , quando se entra em valores desta ordem, não é somente um problema Económico, mas também um problema de ordem Militar.

Mas vejamos uma questão, enquanto os EUA tiverem este poderio militar, quem é que pode obrigar os EUA a pagar a dívida?
Ou se prefirem,  pode um avôzinho que é dono de uma mercearia ir tocar á porta do Al Capone do Bairro e exigir-lhe que pague a conta? Não.
Então pode ir á polícia queixar-se? Mas neste caso não existe polícia, o Al Capone é o poder máximo.

O Dólar encontra-se num processo de desvalorização , sobretudo devido á enorme dívida externa (que nunca será paga)  e ao facto que os EUA durante muito tempo tiveram (e ainda têm), opções económicas que pressupõem que o Dólar mantenha o seu peso actual como reserve currency.

At the start of 2006, 66.3% of the identified official foreign exchange reserves in the world were held in United States dollars, 24.8% in euro, 3.4% in Japanese yen, and 4.0% in pound sterling, according to the IMF.
http://en.wikipedia.org/wiki/Reserve_currency (http://en.wikipedia.org/wiki/Reserve_currency)

É um pouco uma bola de neve, se o Dólar desvaloriza, significa que 66,3% das reservas dos Bancos Centrais pelo mundo fora, também desvalorizam. Para alguns não é problema visto ser uma opção estratégica, mas para outros é importante (nomedamente países pequenos). Ou seja, á medida que alguns Bancos Centrais começam a reduzir as suas reservas em dólar, outros serão forçados ao mesmo.

A maioria dos Americanos não encara a possibilidade de num futuro próximo(5-10 anos),  1 Dólar valer menos que 0,50 Euro, (ou em Euros:  1 EUR = 2.00 USD) (hoje:  1.00 EUR = 1.26410 USD )
http://www.xe.com/ucc/ (http://www.xe.com/ucc/)

Eu pessoalmente acredito que não só é possível, como é altamente provável. E quais as implicações?

O Petróleo é cotado em Dólares, assim como outras matérias primas,
Uma descida do valor do Dólar em simultaneo com um aumento do Petróleo (isto é garantido, parece-me que todos já perceberam)
significa que os Estados Unidos , o país que mais recursos consume (hoje)
estará numa posição altamente desfavorável. Básicamente a gasolina será muitíssimo mais cara para um americano, e ligeiramente mais cara para a Europa. Básicamente os Americanos passarão a pagar pelos seus produtos, preços mais apróximados da realidade (como a esmagadora maioria do resto do mundo tem feito, nos ultimos 60 anos).

Os transportes públicos nos EUA estão muito pouco desenvolvidos, estando o país quase inteiramente vocacionado para o transporte individual. Que deixará de ser barato. Mas é o modo de vida Americano.

Não esquecer que devido á dispersão da população Americana por inúmeros pontos, construir uma verdadeira rede de transportes públicos
(não apenas autocarros, mas comboios e metros), terá um custo verdadeiramente astronómico, numa altura em que os materiais serão mais caros. Os EUA atrasaram-se muito. O optimismo irrealista da esmagadora maioria dos seus líderes, e também de todo aquele pessoal de Wall Street, não permite encarar os problemas, como seriam encarados no Japão ou na Alemanha,  onde um pessimismo feroz se converte em algo bom. Ou seja, uma exigência enorme. Muitas vezes confundida por Ingleses como sinal de que a economia vai mal.

Mas o Poder Político e Militar dos EUA, ainda permite conseguir uma série de negócios vantajosos , para tentar cobrir as ineficiências e o enorme desperdício interno.

Os EUA gastam uma fortuna a importar petróleo e gás, quando poderiam perfeitamente montar uma rede de energia baseada sobretudo no Nuclear, fácilmente abastecida localmente, ou em caso de necessidade, importando Urânio do Canadá e da Austrália.
O Nuclear também não é solução milagrosa, pois não existe tanto como isso (caso fosse usado em massa). Mas daria uns 50-100 anos de autosuficiência energética a preço controlado , com abastecimento garantido.

Não menos importante, é a questão da Indústria Pesada americana, ir de mal a pior, tal como no Reino Unido. Ainda restam grandes Grupos Petrolíferos e Mineiros (EUA + Reino Unido). Mas houve um ênfase excessivo nos Serviços. Os EUA estão a perder a Indústria.
Enquanto a China se encontra em processo de acelerada Industrialização.

Há umas ideias peregrinas no Reino Unido, que consistem em aceitar que
a Indústria (a Produção) irá para a Ásia, e o Reino Unido manter-se como centro de conhecimento e ensino. Isto é óbviamente um absurdo, pois, quem conheça mínimamente os Chineses, percebe que o seu objectivo é ter os centros de investigação, as universidades, tudo no China.
(em linguagem mais simples - Os Ingleses aindam pensam, no seu espírito Vitoriano, que podem ser os chefes, sendos os chineses os subalternos. Como se enganam!)

Os Defensores do Mercado Livre, ainda não meteram na cabeça que este será o seu Coveiro.


Os modelos económicos, Japonês, Chinês, Russo, e em alguma medida o Alemão, são o oposto.

Eu penso que Portugal deveria evitar, o modelo económico Inglês-EUA, e adoptar qualquer um dos outros.

E é também por isto que penso que Portugal se devia voltar para o Leste e o Oriente, pois aí está o Futuro.

Se tens medo agora, Luso, no futuro terás muitas mais razões para ter medo. Eu da minha parte vejo tudo isto como algo extremamente positivo. Portugal esteve política e económicamente alinhado com o Reino Unido (mais tarde, aos EUA) demasiado tempo. O resultado são quase 3 séculos de mediocridade, parece-me altura de procurar novos aliados.

(Bom, chamar Aliados, a países que nos dão ultimatos e patrocinam grupos terroristas que matam crianças e mulheres grávidas (CIA ->$-> UPA/FNLA) parece-me uma perversão da palavra Aliado).
Título:
Enviado por: Marauder em Julho 15, 2006, 05:07:02 pm
9.000.000.000.000 Dólares perfazem 9 biliões de euros...segundo o método português (escala longa)

Algo vai mal no reino da dinamarca...só temos que esperar para ver quando é que a bolha vai rebentar..

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fen%2F3%2F34%2FU.S._Consumer_Expenditure_2006.png&hash=2dd6dfc64e24657c7bc855bbd15aa5b7)

É agora ver os americanos começarem a ficar à rasca com o petróleo. Não é que a gente não esteja imune..simplesmente consumimos menos petróleo que eles.

Pode ser que os americanos começem a ficar "mais europeus" relativamente ao conceito de espaço...afinal..se viverem mais proximo do centro das cidades reduzem combustivel, podendo provavelmente substituir o carro pelo transporte público..

Sim, tal como o AugustoBizarro referiu, eles poderiam aumentar quantidade de centrais nucleares..

actualmente o cenário americano é o seguinte:
Electricity - production by source:

    * fossil fuel: 71.4%
    * hydro: 5.6%
    * nuclear: 20.7%
    * other: 2.3% (2001)
http://en.wikipedia.org/wiki/Economy_of ... ted_States (http://en.wikipedia.org/wiki/Economy_of_the_United_States)
Título:
Enviado por: Azraael em Julho 15, 2006, 10:29:10 pm
Citação de: "Marauder"
É agora ver os americanos começarem a ficar à rasca com o petróleo. Não é que a gente não esteja imune..simplesmente consumimos menos petróleo que eles.

Duvido que fiquem... por varios motivos:
:arrow: Tem a maior reserva de "Oil Shale" http://en.wikipedia.org/wiki/Oil_shale do mundo, recuperaveis usando o processo de Karrick http://en.wikipedia.org/wiki/Karrick_process (que se comeca a tornar viavel com o aumento dos precos), equivalentes a cerca de 110 anos de consumo de petroleo ao nivel corrente http://en.wikipedia.org/wiki/Oil_reserves#United_States
:arrow: Novos processos de extracao de petroleo http://www.bgoncalves.com/online/news/?p=170 ja existentes levarao a um aumento da quantidade de petroleo extraivel do subsolo.
:arrow: Finalmente, ha a famosa, "Hydrogen Economy" http://en.wikipedia.org/wiki/Hydrogen_economy, e uma enorme area de deserto que pode ser usada para a criacao de estacoes de energia solar.

Considerando tudo isto, nao me parece que os EUA tenham grandes problemas energeticos no futuro proximo... apesar de estas hipoteses estarem longe de serem as ideais tendo em consideracao o efeito de estufa. Em termos economicos, nao sei, esta longe de ser a minha especialidade... mas a divida externa se calhar nao sera tanto como parece a primeira vista:
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.optimist123.com%2Fphotos%2Funcategorized%2Fdebt_burden_history_20050204_1.gif&hash=c2c5886976481ae6cb8f0f42d37e990e)
pelo menos em termos relativos... E o desemprego parece estar com tendencias a descer:
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.bgoncalves.com%2Fcgi-bin%2Fcgiproxy%2Fnph-proxy.cgi%2F010110A%2Fhttp%2Fwww.forecasts.org%2Fimages%2Fleading-indicator%2Funemploy.gif&hash=14e01e3b5a21098168cba3a73e71c46d)
http://www.forecasts.org/unemploy.htm (http://www.forecasts.org/unemploy.htm)
http://www.bls.gov/news.release/empsit.nr0.htm (http://www.bls.gov/news.release/empsit.nr0.htm)
http://www.google.com/url?sa=X&start=1& ... JLw-3B-29g (http://www.google.com/url?sa=X&start=1&oi=answers&q=http://www.cia.gov/cia/publications/factbook/fields/2129.html&ei=KQ4HRKjPMZz64AGG-Yi5Aw&sig2=NhvngbtriZrnJLw-3B-29g)
E em termos historicos tambem nao esta tao mau quanto isso..
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fcommons%2Fthumb%2Fc%2Fc3%2FUs_unemployment_rates_1950_2005.png%2F800px-Us_unemployment_rates_1950_2005.png&hash=829b6b034d86904683c2f192435f654e)
Título:
Enviado por: pedro em Julho 15, 2006, 11:48:32 pm
Nao ademira com tantas guerras o que que estavam a espera.
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Julho 16, 2006, 12:52:11 am
Perante tão detalhada resposta do Azraael, só me resta dizer que, perante a resistencia dos EUA em não se livrar dos combustiveis fósseis à medida que (em principio) o resto dos paises industrializados o fazem pode custar caro a nível de competitividade..para além de não falar das repercursões no ambiente. Para isso também convém a criação de energias renováveis realmente eficientes e de investimentos não muito avultados quando comparado com o petróleo.

   Caro Azraael, os estudos acerca das reservas petrolíferas mundiais já incluem as "futuras descobertas"...portanto quando se houve falar de novos campos petrolíferos descobertos...já estão contabilizados (resta rever os números em alta ou em baixa..).

   O problema do petróleo é global, não é específico dos EUA. O consumo de petroleo que irá aumentar com os países mais atrasados a iniciarem o seu desenvolvimento, resultará que...que continuarem a usar petroleo apenas, o petroleo antes do próximo século.

Mas é verdade que os EUA tem as maiores reservas de petroleo, mas..o que acontecerá quando este começar a escasear no estrangeiro? Os restantes paises não irão comprar petroleo a preços exorbitantes no mercado ou aos EUA....vão investir em outras energias, havendo um desuso do petroleo, e logo o processo de Karrick será abandonado.

 Carvão também é fossil, mas para este não conheço valores mundiais e calculos etc.

 Hidrogénio ainda requer uma fonta fóssil para realizar o processo.

  A verdade é que ainda falta algum tempo para o petroleo desaparecer, embora por exemplo, neste ano estimasse que tenhamos atingido o máximo da produção...e que agora esta é sempre a baixar. Sim..não nos podemos esqueçer que enquanto se descobrem 2 ou 3 novos campos, uns 10 ou mais "secam".

  Penso que haverá tempo suficiente para descubrirem uma outra fonte, no entanto, por motivos ambientais, espero bem que a mudança não esteja longe. Como já disse, a hipotese dos EUA ficarem "agarrados" ao petróleo poderá permitir o resto do mundo dar o salto para novas energias e tecnologias...enquanto que os EUA ficam para trás.

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 A nível da economia, o desemprego nunca foi motivo para chatear os americanos (bem na realidade estes não se chateiam com nada..nem com défices)

A economia americana tem muitos problemas que vão para além de défices e desemprego. Uma muito baixa poupança...que leva os EUA  a procurarem empréstimos noutras terras, uma economia baseada no consumo, em que o negócio das real-estate tem um impacto substancial...estando todas as casas nos EUA sobre-avaliadas e a maior parte dos americanos endividados para as pagar..enfim..uma bolha prestes a rebentar segundo alguns economistas, que terá efeitos devastadores...visto as pessoas estarem endividadas...e sem não consomem, lá vai a economia pelo cano a baixo (uma simplificação do que pode acontecer provavelmente num futuro próximo)

   Isto a nível de consumo interno. O endividamento americano, não somente do estado, mas da população é generalizado. A nível do estado, tal como demonstrou não é algo novo por si mesmo. Itália e Grécia estão à frente em termos percentuais.

O problema é que estes países não estão envolvidos nos negócios internacionais...que usam dólares. Enquanto houverem estrangeiros (principalmente asiaticos) a comprarem títulos de tesouro americanos não há muito problema (ou talvez não..visto que fica tudo na mesma), já que é seu interesse um dolar forte, tal como o AugustoBizarro referiu..

Mas, caso estes se fartem de aguentar a economia americana e decidam trocar dolares por euros, bem...nesse momento será o principio de uma grave crise economica americana..[para além de comprarem TS eles também compram empresas americanas, com algumas empresas chinesas mesmo a deslocalizarem as máquinas/tecnologia e a fechar a loja americana]

A nível da dívida...supostamente esta tem que ser paga...o ideal é ter divida 0. A divida em termos percentuais diminui se aumentarmos o GDP, que é a ideia que eles tem, no entanto isso não faz desaparecer o facto de que tem que ser pago. Um economista de certeza que pode explicar melhor os efeitos de ..1º ter uma dívida externa elevada e o seu impacto na inflação (penso que faz esta aumentar) e 2º o caso americano. Eu li nalguns textos já não me lembro se aqui ou noutras páginas que a situação resultante pode ser uma hiperflacção semelhante à da alemanha..
Título:
Enviado por: Azraael em Julho 16, 2006, 01:16:35 am
Citação de: "Marauder"
Perante tão detalhada resposta do Azraael
Pois... ja ando ha uns tempos a pensar nestas coisas da energia... especialmente Petroleo, Hidrogenio e Nuclear.

Citação de: "Marauder"
só me resta dizer que, perante a resistencia dos EUA em não se livrar dos combustiveis fósseis à medida que (em principio) o resto dos paises industrializados o fazem pode custar caro a nível de competitividade..
Sem duvida... A minha resposta apenas procurou mostrar que a tao falada "crise do petroleo" se calhar nao e' uma crise tao grande quanto isso... E que a queda do "imperio" americano, apesar de inevitavel (nenhum "imperio" dura para sempre) nao me parece que venha do lado energetico..

Citação de: "Marauder"
Hidrogénio ainda requer uma fonta fóssil para realizar o processo.
Por acaso nao... http://www.pureenergysystems.com/news/2004/09/14/6900043_Solar_Hydrogen/index.html

Citação de: "Marauder"
Sim..não nos podemos esqueçer que enquanto se descobrem 2 ou 3 novos campos, uns 10 ou mais "secam".
E' ai que entram os novos metodos de extraccao... porque qd os campos "secam", ainda ha la mt petroleo... http://en.wikipedia.org/wiki/Oil_Extraction#production O que acontece e' um fenomeno chamado "viscous fingering" que basicamente se resume a isto:
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fchaos.ph.utexas.edu%2F%7Ethrasher%2Fresearch%2Fradial.jpg&hash=709f30fe2365debff5d148b805f71bd9)
onde a mancha preta e' o liquido usado para manter a pressao dentro do poco e a mancha branca e' o petroleo propriamente dito. Um poco e' abandonado qd em vez de sair petroleo comeca a sair o tal liquido... Os novos processos de extraccao procuram reduzir ou evitar este efeito de diversas formas.

Citação de: "Marauder"
A nível da dívida...supostamente esta tem que ser paga...o ideal é ter divida 0. A divida em termos percentuais diminui se aumentarmos o GDP, que é a ideia que eles tem, no entanto isso não faz desaparecer o facto de que tem que ser pago.
Sim... mas depende muito da forma como e' paga... Qualquer pessoa que compre uma casa sabe bem a diferenca entre ter que pagar a pronto ou ir pagando aos "bocadinhos"... Nao nos podemos tambem esquecer que, neste momento, uma crise americana grave se propagaria por todo o ocidente (e provavelmente nao so), e que isso nao interessa a ninguem... Nao me parece que alguem faca uma "cobranca forcada" aos EUA a medio-longo prazo (esquecendo por momentos a questao militar).

Citação de: "Marauder"
Um economista de certeza que pode explicar melhor os efeitos de ..1º ter uma dívida externa elevada e o seu impacto na inflação (penso que faz esta aumentar) e 2º o caso americano. Eu li nalguns textos já não me lembro se aqui ou noutras páginas que a situação resultante pode ser uma hiperflacção semelhante à da alemanha..
Essas referencias se calhar seriam interessantes...
Título:
Enviado por: Marauder em Julho 16, 2006, 10:22:21 am
Citação de: "Azraael"
E que a queda do "imperio" americano, apesar de inevitavel (nenhum "imperio" dura para sempre) nao me parece que venha do lado energetico..

É mais relativamente ao impacto dos preços altos na economia americana, que consome mais que a europeia e o resto do mundo. Usando preços de mercado influenciados pelas estimativas do "fim do petróleo" bem como influenciados por conflictos no iraque, israel, nigéria, venezuela, leva a que os preços sejam altos, tendo forte impacto na economia americana, que tal como mostrei, uma forte fatia do consumo está relancionado com o transporte. Não é a questão de ficarem sem petróleo, é a questão de terem de pagar imenso por ele, problema que também nós estamos vulneráveis.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Hidrogénio ainda requer uma fonta fóssil para realizar o processo.
Por acaso nao... http://www.pureenergysystems.com/news/2004/09/14/6900043_Solar_Hydrogen/index.html

Ora aqui algo que não sabia, e que defendo que tragam para o Alentejo!!! Alentejo a produtor europeu de Hidrogénio..já!!

Citação de: "Azraael"
E' ai que entram os novos metodos de extraccao... porque qd os campos "secam", ainda ha la mt petroleo...
Prolongar o inevitável. Secalhar essas técnicas só são viáveis com os altos preços do petróleo. A meu ver, não estou a ver as companhias petroliferas a reabrirem os campos já gastos, tendo elevados custos, somente para sugar o que resta lá...não deve ser economicamente viável. No entanto, sim...essas técnicas podem ser usadas nos campos actuais e futuros.

Citação de: "Azraael"
Sim... mas depende muito da forma como e' paga... Qualquer pessoa que compre uma casa sabe bem a diferenca entre ter que pagar a pronto ou ir pagando aos "bocadinhos"... Nao nos podemos tambem esquecer que, neste momento, uma crise americana grave se propagaria por todo o ocidente (e provavelmente nao so), e que isso nao interessa a ninguem... Nao me parece que alguem faca uma "cobranca forcada" aos EUA a medio-longo prazo (esquecendo por momentos a questao militar).
Sim, claro, eu nunca levantei essa hipótese. A maneira que os EUA devem ter que pagar a dívida é a mesma que Portugal e o resto do mundo deve usar, através de excedentes orçamentais..o problema é que se para os EUA aparentemente nem é muito dificil conseguir isso, já para Portugal e outros está a ser uma luta danada com o déficit.

Citação de: "Azraael"
Citação de: "Marauder"
Um economista de certeza que pode explicar melhor os efeitos de ..1º ter uma dívida externa elevada e o seu impacto na inflação (penso que faz esta aumentar) e 2º o caso americano. Eu li nalguns textos já não me lembro se aqui ou noutras páginas que a situação resultante pode ser uma hiperflacção semelhante à da alemanha..
Essas referencias se calhar seriam interessantes...


Hum, embora não consiga encontrar a página específica de onde li isso, o wikipédia também faz referencia a isso:
An extreme example of this is provided by Weimar Germany of 1920s which suffered from hyperinflation due to its government's inability to pay the national debt.
de:
http://en.wikipedia.org/wiki/Government_debt (http://en.wikipedia.org/wiki/Government_debt)

Entretanto descubri o relatório do senado americano acerca disso...mas eles não focam nos problemas que esta tem sobre a economia, simplesmente querem saber se é uma herança legítima ou ilegítima para a futura geração (algo assim), no entanto contém bastantes factos sobre a dívida americana. Recomendam também o anulamento da dívida através de orçamentos "surpluses".., contém opiniões de economistas também..
http://www.senate.gov/~hutchison/RL30520.pdf (http://www.senate.gov/~hutchison/RL30520.pdf)


Na outra thread que eu criei acerca das 10 falácias economistas, um dos mitos está também relancionado com o déficit..


PS: um site acerca da crise petrolífera..
http://healthandenergy.com/oil_crisis.htm (http://healthandenergy.com/oil_crisis.htm)
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Junho 13, 2007, 12:34:22 pm
Encontrei este mapa que troca os nomes dos estados que formam os EUA por países com PIB semelhante.

Não deixa de ser engraçado e dá-nos uma perspectiva do poder económico dos EUA.


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fstrangemaps.files.wordpress.com%2F2007%2F06%2F350816052_0a392a0d28_o1.jpg&hash=c52cdd995c423fec4f98b4e1639176a4)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 13, 2007, 12:57:09 pm
Qual é o estado correspondente a Portugal?
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Junho 13, 2007, 12:58:15 pm
Kentucky

Citar
O Kentucky é um dos 50 Estados dos Estados Unidos da América, localizado na Região Sudeste do país. Seu nome oficial é Commonwealth of Kentucky. O Kentucky localiza-se no interior do leste dos Estados Unidos. Suas principais fontes de renda são a manufaturação de produtos industrializados e o turismo.

Anteriormente, acreditava-se que a origem do nome do Estado vinha de uma palavra ameríndia, que significa "terreno de caça escuro e sangrento", por causa de que as tribos nativas que viviam na região caçavam dentro das densas florestas do estado, e que, muitas vezes, estas tribos batalhavam-se entre si nestas florestas. Porém, atualmente acredita-se que a palavra Kentucky possa ser atribuído a numerosos idiomas indígenas, com vários significados possiveis. Alguns destes significados são "terra do amanhã", "terra de cana e perus" e "terras pradas".

A região onde está localizada atualmente o Kentucky foi colonizada originalmente por colonos da colônia britânica de Pensilvânia, em 1774, mas passou a ser controlada pela Virgínia ao longo da Revolução Americana de 1776, e tornou-se o décimo quinto estado americano a entrar na união, em 1 de junho de 1792.
Título: Re: Boas Notícias.
Enviado por: lurker em Junho 13, 2007, 10:25:47 pm
Citação de: "AugustoBizarro"
O Nuclear também não é solução milagrosa, pois não existe tanto como isso (caso fosse usado em massa). Mas daria uns 50-100 anos de autosuficiência energética a preço controlado , com abastecimento garantido.


Só um detalhe: essa estimativa é bastante antiga e baseada no tipo de centrais nucleares que existem actualmente nos EUA.

Existem possibilidades várias que permitiriam que a fissão nuclear satisfizesse as necessidades energéticas da nossa civilização durante alguns milénios, caso esse fosse o caminho a seguir.
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: linergy em Novembro 12, 2010, 04:24:14 pm
Os americanos criam o dinheiro que eles quiserem, embora nas noticias te digam que eles vão estar dentro do acordo do basileia 3, é uma fraude, o ouro deles é muito menos do que eles dizem ter, mas como eles são os principais financiadores do banco mundial, controlam os políticos  que se endividaram juntos deles e em vez de fazer os políticos comprar algo de útil para os povos compram é armas para os manter sobre controlo.
Obviamente os Estados Unidos nunca vão pagar a divida, nem é essa a ideia, é dessa divida que muitos ricos recebem juros e a divida é para aumentar, o dinheiro é para continuar a crescer e se alguém quiser trocar os seus dólares por alguma coisa vão ser os comuns americanos a trabalhar para trocar o seu trabalho por dólares, só que parece que não vai haver retoma económica nos Estados Unidos, isto porque como a china agora é socialista, e não comunista (que é a mesma coisas , mas ninguém quer saber disso) os industriais  sabem que na china consegues comprar o que quiserem e comprar barato, pois se conseguires exportar para países ricos a pagar o mínimo de impostos dá para  ter lucros de 500% (digo eu), o que não dá se produzires nos estados Unidos. Vai ser muito difícil diminuir os desempregados e as pessoas é que vão precisar de ter iniciativa... dinheiro há muito, só que é distribuído para os amigos..
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 05, 2011, 11:13:46 am
Descoberta do Túlio do FD:



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Declínio e queda do império americano

Quatro cenários para o fim do século americano em 2025

por Alfred W. McCoy



Uma aterragem suave para a América daqui a 40 anos? É melhor não apostar. O desaparecimento dos Estados Unidos, enquanto superpotência global, pode chegar muito mais depressa do que se imagina. Se Washington está convencido que o fim do Século Americano será lá para 2040 ou 2050, uma avaliação mais realista das tendências internas e globais sugere que em 2025, apenas daqui a 15 anos, pode estar tudo acabado excepto a gritaria.

Apesar da aura de omnipotência que a maior parte dos impérios projecta, uma olhadela para a sua história devia lembrar-nos que eles são organismos frágeis. A sua ecologia de poder é tão frágil que, quando as coisas começam a correr mesmo mal, os impérios normalmente esboroam-se com uma rapidez impiedosa: um ano apenas para Portugal, dois anos para a União Soviética, oito anos para a França, 11 anos para os otomanos, 17 anos para a Grã-Bretanha e, com toda a probabilidade, 22 anos para os Estados Unidos, a contar do ano crucial de 2003.

Os futuros historiadores identificarão provavelmente a imprudente invasão do Iraque da administração Bush nesse ano como o início da queda da América. Mas, ao contrário do banho de sangue que marcou o fim de tantos impérios do passado, com cidades a arder e massacres de civis, este colapso imperial do século vinte e um pode ocorrer de modo relativamente calmo através dos rebentos invisíveis do colapso económico ou da guerra cibernética.

Mas não tenham dúvidas: quando finalmente acabar o domínio global de Washington, todos os dias haverá recordações dolorosas do que tal perda de poder significa para os americanos qualquer que seja o seu estilo de vida. Como meia dúzia de países europeus descobriram, o declínio imperialista tende a ter um impacto bastante desmoralizante numa sociedade, impondo pelo menos uma geração de privações económicas. À medida que a economia arrefece, a temperatura política sobe, estimulando frequentemente uma grave turbulência interna.

Os dados económicos, educativos e militares indicam que, no que se refere ao poder global dos EUA, as tendências negativas convergirão rapidamente em 2020 e provavelmente atingirão uma massa crítica por volta de 2030. O Século Americano, tão triunfalmente proclamado no início da II Guerra Mundial, estará esfarrapado e moribundo em 2025, na sua oitava década, e pode pertencer ao passado em 2030.

Significativamente, em 2008, o National Intelligence Council dos EUA reconheceu pela primeira vez que o poder global da América estava de facto numa trajectória de declínio. Num dos seus relatórios futuristas periódicos, Global Trends 2025, o Conselho citava "a transferência da riqueza e do poder económico globais actualmente em curso, grosso modo do ocidente para o oriente" e "sem precedentes na história moderna", como o principal factor no declínio da "força relativa dos Estados Unidos – mesmo na área militar". Mas, tal como muita gente em Washington, os analistas do Conselho previam uma aterragem muito prolongada e muito suave para o predomínio americano global e albergavam a esperança de que, de certa forma, os EUA iriam "manter competências militares únicas… para projectar globalmente o poder militar" durante as próximas décadas.

Não vão ter essa sorte. Segundo as actuais projecções, os Estados Unidos vão encontrar-se em segundo lugar, atrás da China (já a segunda maior economia do mundo) em produtividade económica por volta de 2026, e atrás da Índia em 2050. Do mesmo modo, a inovação chinesa está numa trajectória para a liderança mundial em ciências aplicadas e em tecnologia militar algures entre 2020 e 2030, na altura em que o actual suprimento de brilhantes cientistas e engenheiros da América se reformarem, sem uma substituição adequada por uma geração mais nova com deficiente instrução.

Em 2020, segundo os planos actuais, o Pentágono jogará uma última cartada para um império moribundo. Lançará uma tripla cobertura letal de modernas armas aeroespaciais robóticas como a última esperança de Washington para manter o poder global apesar da redução da sua influência económica. Mas nesse ano, a rede global chinesa de satélites de comunicações, apoiada pelos super-computadores mais poderosos do mundo, também estará plenamente operacional, fornecendo a Beijing uma plataforma independente para o armamento do espaço e um poderoso sistema de comunicações para ataques de mísseis ou cibernéticos em todos os quadrantes do globo.

Embrulhada numa arrogância imperial, tal como Whitehall ou o Quai d'Orsay antes dela, a Casa Branca parece imaginar ainda que o declínio americano será gradual, suave e parcial. No discurso sobre o Estado da Nação em Janeiro passado, o presidente Obama voltou a garantir que "eu não aceito um segundo lugar para os Estados Unidos da América". Dias depois, o vice-presidente Biden ridicularizou a ideia de que "estamos destinados a cumprir a profecia [do historiador Paul] de Kennedy de que vamos ser uma grande nação que falhou porque perdemos o controlo da nossa economia e exagerámos". Do mesmo modo, ao escrever na edição de Novembro da revista institucional Foreign Affairs, o guru da política neoliberal Joseph Nye afastou qualquer conversa sobre o crescimento económico e militar da China, desdenhando "metáforas enganadoras de declínio orgânico" e negando que estivesse em marcha qualquer deterioração do poder global dos EUA.

Os americanos vulgares, que vêem os seus empregos a fugir para além-mar, têm uma perspectiva mais realista do que os seus lideres mimados. Uma sondagem de opinião de Agosto de 2010 chegou à conclusão de que 65% dos americanos estão convencidos de que o país já se encontra "numa situação de declínio". A Austrália e a Turquia, tradicionais aliados militares dos EUA, já estão a usar as suas armas fabricadas por americanos em manobras aéreas e navais conjuntas com a China. Os parceiros económicos mais próximos da América já estão a distanciar-se de Washington quanto à oposição às taxas de câmbio da China. Quando o presidente regressou da sua visita à Ásia no mês passado, um cabeçalho tristonho do New York Times resumia a situação desta maneira: "A visão económica de Obama é rejeitada no palco mundial, a China, a Grã-Bretanha e a Alemanha desafiam os EUA, Conversações comerciais com Seul também falham".

Vista numa perspectiva histórica, a questão não é se os Estados Unidos vão perder o seu incontestado poder global, mas qual o grau de rapidez e de violência que o declínio terá. Em vez do pensamento desejoso de Washington, vamos utilizar a própria metodologia futurista do National Intelligence Council para sugerir quatro cenários realistas para ver como o poder global dos EUA pode chegar ao fim nos anos 20, seja com um golpe ou com um gemido (acompanhados de quatro análises correspondentes da situação actual). Os cenários futuros incluem: declínio económico, choque petrolífero, desventuras militares e III Guerra Mundial. Embora estas não sejam as únicas possibilidades no que se refere ao declínio americano ou mesmo ao seu colapso, constituem uma visão sobre um futuro próximo.

Declínio económico: Situação actual

Existem presentemente três ameaças principais para a posição dominante da América na economia global: perda de peso económico graças à quota minguante do comércio mundial, declínio da inovação tecnológica americana e fim da situação privilegiada do dólar enquanto divisa de reserva global.

Em 2008, os Estados Unidos já tinham descido para o número três nas exportações globais de mercadorias, com apenas 11% em comparação com 12% para a China e 16% para a União Europeia. Não há nenhuma razão para crer que esta tendência se vá inverter.

A liderança americana na inovação tecnológica também está em decadência. Em 2008, os EUA ainda eram o número dois a seguir ao Japão nos pedidos de patentes mundiais com 232 mil, mas a China estava a aproximar-se rapidamente com 195 mil, graças a um aumento fulgurante de 400% desde 2000. Um arauto de maior declínio: em 2009 os EUA atingiram o último lugar na classificação entre os 40 países analisados pela Information Technology & Innovation Foundation no que se refere a "mudança" em "competitividade global com base na inovação" durante a década anterior. A dar mais peso a estas estatísticas, o Ministério da Defesa da China divulgou em Outubro o super-computador mais rápido do mundo, o Tianhe-1A, tão poderoso, disse um especialista dos EUA, que "estoira com a actual máquina nº 1" na América.

Acrescentem a isto a clara evidência de que o sistema educativo dos EUA, a fonte dos futuros cientistas e inovadores, tem vindo a ficar para trás em relação aos seus competidores. Depois de liderar o mundo durante décadas, no que se refere a gente entre os 25 e os 34 anos de idade com graus universitários, o país mergulhou para 12º lugar em 2010. O Fórum Económico Mundial classificou os Estados Unidos com um medíocre 52º lugar entre 139 países quanto à qualidade do ensino universitário de matemática e ciências em 2010. Actualmente, quase metade de todos os estudantes formados em ciências nos EUA são estrangeiros, a maioria dos quais regressará aos seus países, em vez de se manter aqui como acontecia anteriormente. Por outras palavras, em 2025, os Estados Unidos enfrentarão provavelmente uma escassez crítica de cientistas talentosos.

Estas tendências negativas estão a estimular críticas cada vez mais duras ao papel do dólar como divisa de reserva mundial. "Os outros países já não estão dispostos a comprar a ideia de que os EUA sabem o que é o melhor em política económica", observou Kenneth S. Rogoff, um antigo economista de topo do Fundo Monetário Internacional. Em meados de 2009, quando os bancos centrais mundiais detinham um valor astronómico de 4 milhões de milhões de dólares em notas do Tesouro americano, o presidente russo Dimitri Medvedev insistia que era tempo de acabar com "o sistema unipolar mantido artificialmente" baseado "numa divisa de reserva que antigamente era forte".

Simultaneamente, o governador do banco central da China sugeria que o futuro poderá assentar numa divisa de reserva global "desligada de países individuais" (ou seja, o dólar dos EUA). Considerem isto como indicadores de um mundo futuro, e duma possível tentativa, conforme referiu o economista Michael Hudson, "para acelerar a falência da ordem mundial financeiro-militar dos Estados Unidos".

Declínio económico: Cenário 2020

Em 2020, depois de anos de gordos défices alimentados por intermináveis guerras em países distantes, e conforme esperado há muito, o dólar dos EUA perde finalmente o seu estatuto especial como divisa de reserva mundial. Subitamente, o custo das importações dispara. Impossibilitado de pagar os défices enormes através da venda ao estrangeiro das notas do Tesouro agora desvalorizadas, Washington é finalmente forçado a reduzir o seu inchado orçamento militar. Debaixo da pressão interna e externa, Washington faz regressar lentamente as forças americanas das centenas de bases ultramarinas para um perímetro continental. Mas agora já é tarde demais.

Confrontados com uma superpotência moribunda incapaz de pagar as contas, a China, a Índia, o Irão, a Rússia e outras potências, grandes e regionais, desafiam provocadoramente o domínio dos EUA sobre os oceanos, o espaço e o ciber-espaço. Entretanto, no meio de preços altos, de um desemprego sempre crescente e de uma queda continuada dos salários reais, as divisões internas resultam em choques violentos e debates fracturantes, muitas vezes sobre questões totalmente irrelevantes. Na crista de uma onda política de desilusão e desespero, um patriota da extrema-direita conquista a presidência com retórica retumbante, exigindo respeito para com a autoridade americana e ameaçando retaliação militar ou represálias económicas. O mundo não liga nenhuma quando o Século Americano termina em silêncio.

Choque petrolífero: Situação actual

Uma consequência do poder económico moribundo da América tem sido a sua dificuldade nos abastecimentos globais de petróleo. Ultrapassando a economia ávida de gasolina da América, a China passou a ser o maior consumidor de energia este Verão, uma posição que os EUA mantiveram durante mais de um século. O especialista em energia Michael Klare argumenta que esta mudança significa que a China vai "assumir o comando na definição do nosso futuro global".

Em 2025, o Irão e a Rússia vão controlar quase metade do abastecimento mundial de gás natural, o que potencialmente lhes dará uma vantagem enorme sobre a Europa faminta de energia. Acrescentem as reservas de petróleo a esta mistura e, conforme alertou o National Intelligence Council, dentro de apenas 15 anos, a Rússia e o Irão poderão "emergir como os reis da energia".

Apesar duma espantosa capacidade de invenção, as grandes potências petrolíferas estão neste momento a esgotar as grandes bacias de reservas petrolíferas que são de extracção fácil e barata. A grande lição do desastre petrolífero do Deep Horizon no Golfo do México não foi o padrão negligente de segurança da BP, mas o simples facto que toda a gente viu no "pequeno ecrã": os gigantes da energia já não têm alternativa senão procurar aquilo que Klare designa por "petróleo difícil" a quilómetros abaixo da superfície do oceano para conseguir manter os seus lucros.

A agravar o problema, os chineses e os indianos tornaram-se repentinamente enormes consumidores de energia. Mesmo que os abastecimentos de combustíveis fósseis se mantivessem constantes (o que não acontece), a procura, e portanto os custos, aumentará certamente – e de forma acentuada. Outras nações desenvolvidas estão a enfrentar esta ameaça de uma forma agressiva dedicando-se a programas experimentais para desenvolver fontes de energia alternativas. Os Estados Unidos seguiram um caminho diferente, fazendo muito pouco para desenvolver energias alternativas ao mesmo tempo que, nos últimos trinta anos, duplicaram a sua dependência das importações de petróleo estrangeiro. Entre 1973 e 2007, as importações de petróleo aumentaram de 36% da energia consumida nos EUA para 66%.

Choque petrolífero: Cenário 2025

Os Estados Unidos mantêm-se tão dependentes do petróleo estrangeiro que qualquer pequena evolução adversa no mercado global de energia em 2025 provoca um choque petrolífero. Em comparação, o choque petrolífero de 1973 (quando os preços quadruplicaram em poucos meses) não é nada. Irritados com a queda do valor do dólar, os ministros do Petróleo da OPEP, num encontro em Ryadh, exigem os pagamentos futuros da energia num "cabaz" de ienes, iuans e euros. O que só contribui para aumentar o custo das importações do petróleo dos EUA. Na mesma altura, enquanto assinam uma nova série de contratos de entrega a longo prazo com a China, os sauditas estabilizam as suas próprias reservas de divisas estrangeiras mudando para o iuan. Entretanto, a China injecta milhares de milhões na construção de um enorme oleoduto trans-Ásia e no financiamento da exploração no Irão do maior campo de gás natural do mundo, em South Pars no Golfo Pérsico.

Com a preocupação de que a Marinha dos EUA já não seja capaz de proteger os petroleiros que viajam do Golfo Pérsico para abastecer a Ásia oriental, uma coligação de Teerão, Riad e Abu Dabi forma uma inesperada nova aliança do Golfo e afirma que a nova frota da China de porta-aviões ligeiros passará a patrulhar o Golfo Pérsico a partir duma base no Golfo de Oman. Sob uma forte pressão económica, Londres concorda em cancelar o aluguer aos EUA da sua base na ilha de Diego Garcia no Oceano Indico, enquanto Camberra, pressionada pelos chineses, informa Washington que a Sétima Frota deixou de ser bem-vinda para usar Fremantle como porto de abrigo, expulsando assim na prática a Marinha dos EUA do Oceano Indico.

Duma penada, e após alguns avisos sucintos, a 'Doutrina Carter', segundo a qual o poder militar dos EUA iria proteger eternamente o Golfo Pérsico, é posta de parte em 2025. Todos os elementos que há muito garantiam aos Estados Unidos abastecimentos ilimitados de petróleo a baixo preço daquela região – logística, taxas de câmbio e poder naval – evaporam-se. Nesta altura, os EUA ainda conseguem cobrir uns insignificantes 12% das suas necessidades energéticas a partir da sua alternativa embrionária da indústria energética e mantém-se dependente das importações de petróleo para metade do seu consumo de energia.

O choque petrolífero que se segue atinge o país como um furacão, disparando os preços para alturas impressionantes, tornando as viagens uma proposta extremamente cara, colocando os salários reais (que há muito estavam em declínio) em queda livre e tornando não competitivas as poucas exportações americanas que ainda restam. Com os termóstatos a descer, os preços da gasolina a furar o tecto, e os dólares a fugir mar fora em troca do petróleo caro, a economia americana fica paralisada. Com as alianças há muito desgastadas no fim e as pressões fiscais a aumentar, as forças militares americanas começam finalmente uma retirada encenada das suas bases ultramarinas.

Em poucos anos, os EUA estão funcionalmente na falência e o relógio aproxima-se da meia-noite do Século Americano.

Aventuras militares desastrosas: Situação actual

Contrariando o bom senso, à medida que o seu poder enfraquece, os impérios embarcam frequentemente em aventuras militares desastrosas e mal aconselhadas. Este fenómeno é conhecido entre os historiadores do império como "micro-militarismo" e parece envolver esforços psicologicamente compensadores para salvar o estigma da retirada ou da derrota ocupando novos territórios, mesmo que breve e catastroficamente. Estas operações, irracionais mesmo do ponto de vista imperialista, representam muitas vezes gastos hemorrágicos ou derrotas humilhantes que só aceleram a perda do poder.

Em todas as épocas, os impérios bélicos sofrem de uma arrogância que os leva a mergulhar cada vez mais profundamente em aventuras desastrosas até que a derrota se transforma em derrocada. Em 413 AC, uma Atenas enfraquecida enviou 200 barcos para serem massacrados na Sicília. Em 1921, uma Espanha imperialista moribunda enviou 20 mil soldados para serem dizimados pelos guerrilheiros berberes em Marrocos. Em 1956, um Império Britânico em decadência destruiu o seu prestígio atacando o Suez. E em 2001 e 2003, os EUA ocuparam o Afeganistão e invadiram o Iraque. Com a arrogância que define os impérios ao longo dos milénios, Washington aumentou o número de efectivos no Afeganistão para 100 mil, alargou a guerra até ao Paquistão, e prolongou o seu compromisso até 2014 e para além disso, namorando desastres grandes e pequenos neste cemitério de impérios com armas nucleares, infestado por guerrilhas.

Aventuras militares desastrosas: Cenário 2014

O 'micro-militarismo" é tão irracional, tão imprevisível, que cenários aparentemente irreais rapidamente são ultrapassados pelos acontecimentos reais. Com as forças militares americanas esticadas desde a Somália às Filipinas e as tensões crescentes em Israel, no Irão e na Coreia, são múltiplas as combinações possíveis para uma crise militar desastrosa no estrangeiro.

Estamos a meio do Verão de 2014 e uma reduzida guarnição americana no Kandahar em guerra no sul do Afeganistão é súbita e inesperadamente invadida por guerrilheiros talibãs, enquanto a aviação americana está no chão por causa duma tempestade de areia que impede a visão. São feitas pesadas baixas e, em retaliação, um comandante americano envergonhado envia bombardeiros B-1 e caças F-16 para demolir bairros suburbanos da cidade que se julga estarem sob controlo dos talibãs, enquanto helicópteros equipados com metralhadoras AC-130U "Spooky" varrem os escombros com um devastador fogo de canhões.

Imediatamente, os mullahs começam a pregar a jihad nas mesquitas por toda a região, e unidades do exército afegão, treinados por forças americanas para dar a volta à guerra, começam a desertar em massa. Então, os combatentes talibãs desencadeiam uma série de ataques extremamente sofisticados, visando as guarnições dos EUA em todo o país, fazendo aumentar as baixas americanas. Em cenas que fazem recordar Saigão em 1975, helicópteros americanos resgatam soldados e civis americanos nos telhados de Cabul e Kandahar.

Entretanto, irritados com o beco sem saída interminável que já dura há décadas no que se refere à Palestina, os lideres da OPEP impõem um novo embargo petrolífero aos EUA como protesto pelo seu apoio a Israel, assim como pela matança de número incontável de civis muçulmanos nas suas guerras em curso por todo o Grande Médio Oriente. Com os preços da gasolina a subir em espiral e as refinarias a ficarem secas, Washington toma a decisão de enviar forças de Operações Especiais para conquistar os portos petrolíferos do Golfo Pérsico. Isto, por sua vez, incentiva uma onda de ataques suicidas e a sabotagem de oleodutos e de poços de petróleo. Enquanto nuvens negras se acumulam no céu e os diplomatas se levantam na ONU para denunciar asperamente as acções americanas, comentadores em todo o mundo fazem ressuscitar a história para brandir este "Suez da América", uma referência explícita à derrocada de 1956 que marcou o fim do Império Britânico.

III Guerra Mundial: Situação actual

No Verão de 2010, as tensões militares entre os EUA e a China começaram a aumentar no Pacífico ocidental, outrora considerado um 'lago' americano. Ainda um ano antes ninguém teria previsto uma evolução destas. Tal como Washington se aproveitou da sua aliança com Londres para se apropriar de grande parte do poder global da Grã-Bretanha depois da II Guerra Mundial, também a China está a utilizar agora os proveitos do seu comércio de exportações para os Estados Unidos para financiar o que parece vir a ser um desafio militar ao domínio americano nas águas da Ásia e do Pacífico.

Com os seus recursos cada vez maiores, Beijing está a reclamar um vasto arco marítimo desde a Coreia à Indonésia há muito dominado pela Marinha dos EUA. Em Agosto, depois de Washington ter manifestado um "interesse nacional" no Mar do Sul da China e de ali ter efectuado exercícios navais para reforçar essa pretensão, o Global Times oficial de Beijing respondeu asperamente, dizendo, "O confronto de forças EUA-China em relação à questão do Mar do Sul da China fez subir a parada quanto à decisão de qual vai ser o verdadeiro futuro governante do planeta".

No meio de tensões crescentes, o Pentágono relatou que Beijing já detém "a capacidade de atacar… porta-aviões [americanos] no Oceano Pacífico ocidental" e visar "forças nucleares por todo… o continente dos Estados Unidos". Ao desenvolver "capacidades ofensivas de guerra nuclear, espacial e cibernética", a China parece determinada a competir pelo domínio daquilo a que o Pentágono chama "o espectro de informação em todas as dimensões do campo de batalha moderno". Com o desenvolvimento em curso do poderoso super míssil Longo Alcance V, assim como com o lançamento de dois satélites em Janeiro de 2010 e outro em Julho, num total de cinco, Beijing deu sinal de que o país estava a dar passos rápidos na direcção de uma rede "independente" de 35 satélites para capacidades de posicionamento global, de comunicações e de reconhecimento até 2020.

Para conter a China e alargar a sua posição militar globalmente, Washington pretende montar uma nova rede digital de robótica aérea e espacial, capacidades avançadas de guerra cibernética e vigilância electrónica. Os estrategas militares esperam que este sistema integrado envolva a Terra numa grelha cibernética capaz de ofuscar exércitos inteiros no campo de batalha ou de caçar um simples terrorista no campo ou na favela. Em 2020, se tudo correr conforme planeado, o Pentágono vai lançar um escudo de três camadas de pequenos aviões espaciais de controlo remoto – que vão da estratosfera até à exosfera, armados com mísseis ágeis, ligados por um elástico sistema de satélite modular e manobrados inteiramente por vigilância telescópica.

Em Abril passado, o Pentágono fez história. Alargou as operações dos aviões de controlo remoto até à exosfera lançando calmamente o X-37B, um veículo espacial não tripulado, para uma órbita baixa a 410 km acima do planeta. O X-37B é o primeiro de uma nova geração de veículos não tripulados que vão marcar o total armamento do espaço, criando uma arena para futuras guerras diferente de tudo o que já se viu.

III Guerra Mundial: Cenário 2025

A tecnologia do espaço e a guerra cibernética são coisas tão novas e sem estarem testadas que até os cenários mais estranhos podem vir a ser ultrapassados por uma realidade que ainda é difícil de conceber. Mas se utilizarmos apenas o tipo de cenários que a própria Força Aérea usou no seu Jogo de Capacidades Futuras 2009, podemos obter "uma melhor compreensão de como o ar, o espaço e o ciber espaço se sobrepõem na guerra" e começar a imaginar como poderá ser realmente travada uma próxima guerra mundial.

São 11:59 da noite de quinta-feira de Acção de Graças em 2025. Enquanto os ciber-compradores se apinham nos portais da Melhor Compra para beneficiar dos grandes descontos na última palavra de aparelhos electrónicos domésticos chineses, os técnicos da Força Aérea dos EUA no Telescópio de Vigilância Espacial em Maui engasgam-se com o café quando os seus ecrãs panorâmicos se apagam subitamente. A milhares de quilómetros, no centro de operações do Ciber-Comando dos EUA, no Texas, os ciber-guerreiros depressa detectam binários maliciosos que, embora lançados anonimamente, mostram as distintas impressões digitais do Exército de Libertação de Pequim.

O primeiro ataque aberto é um ataque que ninguém previra. "Vírus" chineses apoderam-se do controlo da robótica a bordo de um avião "Vulture" americano, de controlo remoto, não tripulado, alimentado a energia solar, quando ele se encontra a 70 mil pés de altitude sobre o Estreito Tsushima entre a Coreia e o Japão. Este dispara subitamente toda a carga de mísseis transportada na sua enorme envergadura de 120 metros, enviando dezenas de mísseis letais que mergulham inofensivamente no Mar Amarelo, desarmando eficazmente essa arma formidável.

Decidido a combater o fogo com fogo, a Casa Branca autoriza um ataque de retaliação. Confiante em que o seu sistema satélite F-6 "Fractionated, Free-Flying" é impenetrável, os comandantes da Força Aérea na Califórnia transmitem códigos robóticos para a flotilha de aviões espaciais de controlo remoto X-37B que se deslocam numa órbita a 400 km acima da Terra, ordenando-lhes que lancem os seus mísseis "Triple Terminator" contra os 35 satélites da China. Resposta zero. Quase em pânico, a Força Aérea lança o seu Cruise Vehicle Hipersónico Falcon para um arco a 160 km acima do Oceano Pacífico e, 20 minutos depois, envia os códigos de computador para disparar mísseis contra sete satélites chineses em órbitas vizinhas. Subitamente os códigos de lançamento deixam de estar operacionais.

À medida que os vírus chineses alastram descontroladamente pela arquitectura dos satélites F-6, enquanto os super-computadores americanos de segunda categoria não conseguem decifrar o diabolicamente complexo código do vírus, deixam de funcionar sinais de GPS vitais para a navegação dos navios e aviação americana em todo o mundo. Porta-aviões começam a andar em círculos no meio do Pacífico. Esquadrões de caças aterram. Mortíferos aviões de comando remoto voam sem rumo, despenhando-se quando se esgota o combustível. Subitamente, os Estados Unidos perdem o que a Força Aérea americana há muito chamava "o supremo terreno elevado ": o espaço. Em poucas horas, o poder militar que dominara o globo durante quase um século, foi derrotado na III Guerra Mundial sem uma única baixa humana.

Uma Nova Ordem Mundial?

Mesmo que os acontecimentos futuros venham a ser mais sensaborões do que estes quatro cenários sugerem, todas as tendências significativas apontam para um declínio muito mais impressionante do poder global americano em 2025 do que tudo o que Washington parece estar hoje a encarar.

À medida que em todo o mundo os aliados começam a realinhar as suas políticas para terem conhecimento dos crescentes poderes asiáticos, o custo de manter 800 ou mais bases militares ultramarinas vai tornar-se simplesmente insustentável, acabando por forçar uma retirada encenada numa Washington ainda renitente. Com os EUA e a China numa corrida para armar o espaço e o ciber-espaço, é inevitável que aumentem as tensões entre as duas potências, tornando pelo menos possível um conflito militar em 2025, embora isso não seja garantido.

A complicar ainda mais as coisas, as tendências económicas, militares e tecnológicas acima traçadas não funcionarão isoladamente. Tal como aconteceu aos impérios europeus depois da II Guerra Mundial, essas forças negativas vão mostrar-se inquestionavelmente sinérgicas. Vão combinar-se de formas perfeitamente inesperadas, vão criar crises para as quais os americanos não estão minimamente preparados e vão ameaçar precipitar a economia numa súbita espiral descendente, mergulhando esta nação numa geração ou mais de miséria económica.

Enquanto o poder dos EUA recua, o passado oferece um espectro de possibilidades para uma futura ordem mundial. Numa das pontas deste espectro, não se pode pôr de lado a ascensão de uma nova superpotência global, embora isso seja pouco provável. Tanto a Rússia como a China revelam ainda culturas auto-referenciais, escritas difíceis não romanas, estratégias de defesa regional e sistemas legais subdesenvolvidos, que lhes negam instrumentos chave para um domínio global. Portanto, de momento, parece que não há no horizonte nenhuma superpotência que possa suceder aos EUA.

Numa versão sombria, medonha, do nosso futuro global, uma coligação de corporações transnacionais, de forças multilaterais como a NATO e duma elite financeira internacional talvez pudesse forjar um único elo supra-nacional, possivelmente instável, que tornaria sem sentido continuar a falar de impérios nacionais. Enquanto as corporações desnacionalizadas e as elites multinacionais governariam assumidamente um mundo assim em enclaves urbanos seguros, a multidão seria relegada para a desolação urbana e rural.

No 'Planeta Favela' (Planet of Slums) , Mike Davis apresenta pelo menos uma visão parcial de um mundo desses. Defende que os mil milhões de pessoas já amontoadas em fétidos bairros pobres, tipo favelas, em todo o mundo (e que chegarão aos dois mil milhões em 2030) formarão "as 'cidades falhadas, selvagens' do Terceiro Mundo… o campo de batalha característico do século vinte e um". À medida que a noite se instala nalgumas das futuras super-favelas, "o império pode impor tecnologias orwelianas de repressão" como "helicópteros com metralhadoras, tipo vespas, a caçar inimigos enigmáticos pelas ruas estreitas dos bairros pobres… Todas as manhãs os bairros respondem com bombistas suicidas e explosões eloquentes".

A meio caminho do espectro de possíveis futuros, pode emergir um novo oligopólio global entre 2020 e 2040, com potências em ascensão como a China, a Rússia, a Índia e o Brasil colaborando com potências em decadência como a Grã-Bretanha, a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos para imporem um domínio global ad hoc, parecido com a aliança solta dos impérios europeus que governaram metade da humanidade por volta de 1900.

Outra possibilidade: a ascensão de hegemonias regionais num regresso a algo que faz recordar o sistema internacional que funcionou antes de tomarem forma os impérios modernos. Nesta ordem mundial neo-westfaliana, com as suas imagens infindáveis de micro-violência e de exploração sem controlo, cada hegemonia dominará a sua região – a Brasília na América do Sul, Washington na América do Norte, Pretória na África do Sul, e por aí afora. O espaço, o ciber-espaço e as profundezas marítimas, libertos do controlo do antigo "polícia" planetário, os Estados Unidos, até podem tornar-se áreas públicas globais, controladas por um Conselho de Segurança das Nações Unidas alargado ou qualquer órgão ad hoc.

Todos estes cenários são extrapolações de tendências existentes para um futuro no pressuposto de que os americanos, cegos pela arrogância de décadas de um poder historicamente sem paralelo, não possam ou não queiram tomar medidas para gerir a erosão descontrolada da sua posição global.

Se o declínio da América está de facto numa trajectória de 22 anos, de 2003 a 2005, então já esbanjámos a maior parte da primeira década desse declínio com guerras que nos afastaram dos problemas a longo prazo e, tal como a água despejada nas areias do deserto, desperdiçaram milhões de milhões de dólares de que precisamos desesperadamente.

Se restam apenas 15 anos, ainda se mantém alta a possibilidade de esbanjá-los todos. O Congresso e o presidente encontram-se actualmente manietados; o sistema americano está inundado de dinheiro público destinado a emperrar as obras; e poucas indicações há de que quaisquer questões de significado, incluindo as nossas guerras, o nosso estado de segurança nacional, o nosso esfomeado sistema de educação, e o nosso antiquado fornecimento de energia, sejam tratadas com a necessária seriedade para assegurar o tipo de aterragem suave que podia maximizar o papel e a prosperidade do nosso país num mundo em mudança.

Os impérios da Europa acabaram e o império da América está a acabar. É cada vez mais duvidoso que os Estados Unidos venham a ter algo parecido com o êxito da Grã-Bretanha em moldar uma ordem mundial sucedânea que proteja os seus interesses, preserve a sua prosperidade e exiba o carimbo dos seus melhores valores.

  • Professor de história na Universidade de Wisconsin-Madison, colaborador frequente de TomDispatch, autor de Policing America's Empire: The United States, the Philippines, and the Rise of the Surveillance State (2009). É também o lider do projecto "Empires in Transition" , um grupo de trabalho global de 140 historiadores de universidades de quatro continentes. Os resultados das suas primeiras reuniões em Madison, Sidney, e Manila foram publicados como Colonial Crucible: Empire in the Making of the Modern American State e as conclusões da sua última conferência aparecerão no próximo ano em "Endless Empire: Europe's Eclipse, America's Ascent, and the Decline of U.S. Global Power".


O original encontra-se em http://www.tomdispatch.com/.. (http://www.tomdispatch.com/..). . Tradução de Margarida Ferreira.
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: HaDeS em Março 14, 2011, 01:40:29 am
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''O poder dos EUA está se reduzindo''
Michael Mandelbaum, professor da Universidade Johns Hopkins


Sob o peso de uma dívida pública de US$ 14 trilhões e de um déficit fiscal de US$ 1,3 bilhão, os EUA não serão mais a mesma superpotência das sete décadas passadas. As ações militares e diplomáticas diminuirão, por resistência dos contribuintes americanos em pagar a conta. Regiões que precisam de apoio direto de Washington para construir suas instituições - da Líbia ao Haiti, do Afeganistão ao Iraque - mergulharão na "desordem".

A previsão sombria é de Michael Mandelbaum, professor de política externa americana da Universidade Johns Hopkins. Segundo ele, porém, mesmo com o aparente declínio americano, nenhuma outra potência alcançará os Estados Unidos nas próximas décadas. A seguir, trechos da entrevista.

Os Estados Unidos não têm hoje o mesmo peso em foros internacionais como no pós-2ª Guerra. Qual é o seu real poder?

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais poderoso e importante do mundo. Mas, haverá uma contração do poder americano nos próximos anos por causa do peso maior dos programas de assistência e previdência social no orçamento do país. A geração do baby boom, americanos nascidos entre 1946 e 1964, começou a se aposentar. Os EUA serão obrigados a conduzir uma política externa com gastos menores. E não há outro país interessado em assumir o papel dos EUA no mundo, mesmo de forma complementar.

A China seria uma alternativa aos EUA?

A China não se tornará uma superpotência, como os EUA. Primeiro, a China é ainda um país muito pobre. Cresceu muito, mas a renda per capita continua muito baixa e há centenas de milhões de pessoas pobres no país. O foco de qualquer governo chinês estará sempre no espaço doméstico, no crescimento econômico interno, não na projeção de seu poder no mundo. Segundo, a China não assume responsabilidades no sistema internacional. Terceiro, os países do Leste Asiático suspeitam da China e preferirão contar com os EUA.

Outros emergentes não podem tocar essa agenda?

O Brasil se tornará mais importante na América Latina e no Caribe. A Índia, no Sul da Ásia. Para carregarem as tarefas atuais no mundo, não vejo nenhum outro substituto.

A redução do orçamento dos EUA em defesa e diplomacia levará a que tipo de mudança? O que é descartável na atual política externa?

As áreas vitais são o Leste da Ásia, o Oriente Médio e a Europa - as mesmas do período da Guerra Fria. A política de construção de nação conduzida desde o final da Guerra Fria - Bósnia, Kosovo, Haiti e Somália - não será repetida.

Por pressão doméstica ou outras razões?

Porque os EUA constataram que essas intervenções são muito custosas. Talvez sejam desejáveis, mas não são mais viáveis.

E em relação a países como Egito, Tunísia e Líbia. Os EUA podem se dar ao luxo de negar essa ajuda?

Eu acredito que os EUA podem e vão negar. E, com isso, não creio que a imagem do país como líder mundial sofrerá. Será uma surpresa se os EUA custearem essas intervenções porque os contribuintes americanos não querem mais pagar essa conta. Os EUA continuarão com suas atividades de contraterrorismo e de inteligência, em cooperação com outros governos e agências, e ainda podem se valer de seus mísseis de alcance continental. A questão não é mais enviar grandes contingentes de soldados nem adotar programas de construção de nações. Ou seja, não mais valer-se dos modelos de (George W.) Bush e de (Bill) Clinton. Essas políticas de intervenção militar não contam mais com o apoio popular.

Se não há substitutos para os EUA como superpotência, qual o destino dos países em reconstrução?

Haverá mais desordem no mundo. Não chegará ao caos. Mas, onde os EUA não puderem mais intervir, haverá desordem. O custo da liderança atrofiada será pior para o mundo do que para os EUA.

Qual sua avaliação sobre o desinteresse dos EUA pela América Latina?

A região não é importante na política de segurança nacional dos Estados Unidos, o que é bom para todo o mundo. Não há problemas na América Latina que afetem os EUA como existem em outras partes do mundo. E acho que não é de interesse da América Latina atrair a atenção dos Estados Unidos.

QUEM É

Referência no estudo da diplomacia dos EUA, ganhou fama como um dos maiores defensores de um imposto adicional sobre fontes não renováveis de energia para reduzir a dependência americana do petróleo. Mandelbaum também tornou-se especialista em Europa Oriental e Rússia. Ele fez doutorado na Universidade Harvard, mestrado na Universidade Cambridge e graduação em Yale
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1285,0.php (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110313/not_imp691285,0.php)

Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: P44 em Maio 18, 2011, 09:04:55 am
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A América já está a "arder"

A prisão preventiva do diretor-geral do FMI ofuscou os problemas "domésticos" dos Estados Unidos. Obama e os republicanos fazem um braço de ferro em torno do teto de endividamento. O secretário do Tesouro ameaçou que o governo federal poderá entrar em default em agosto

Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt (http://www.expresso.pt))
17:25 Terça feira, 17 de maio de 2011

O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, avisou, esta semana, que as Finanças ficarão sem opções para evitar um default do governo federal no começo de agosto. O teto de endividamento de 14,3 biliões de dólares estaria a ser atingido.

Por seu lado, o presidente Obama, numa entrevista previamente gravada, divulgada esta semana veio repetir que sem o aumento do teto de endividamento dos Estados Unidos uma situação de disrupção do sistema financeiro mundial poderia rebentar, com a América recaindo em recessão.

Esta bomba enviada aos media até pode ser apenas mais uma achega para o braço de ferro político entre o presidente Obama e os republicanos no Congresso americano a propósito do aumento ou não do teto de endividamento federal.

"Esse risco de um evento de crédito no verão é muito diminuto. A percentagem no Congresso que acha que um default os beneficiaria politicamente é muito pequena. Mas esse grupo, certamente, vai alimentar esse assunto até ao último minuto, tornando a economia americana refém da sua tática, e depois concordarão num compromisso - a questão será saber quais os seus contornos", disse ao Expresso Peter Cohan, analista em Boston.
Os direitos adquiridos

O problema divide a política americana e os próprios economistas. Uns recomendam que Geithner, pura e simplesmente, ignore o teto, e quanto mais cedo melhor. Qualquer pálida hipótese de um "evento de crédito" seria um desastre para a América. Por outro lado, Peter Cohan acha que o teto de endividamento acabará por ser aumentado. Contudo, Robert Eisenbeis, da Cumberland Associates, uma firma de consultoria financeira global, acha que o Congresso não deve flexibilizar o teto. "O problema é a despesa, não é o teto. Aumentá-lo seria perder um mecanismo de pressão sobre o Congresso e o Presidente para os obrigar a dominar a despesa e controlar os défices", referiu ao Expresso. Este consultor internacional sublinha, ainda, que "os EUA têm de evitar um problema de dívida como o do Japão ou da Europa, que, em larga medida, é derivado de direitos adquiridos. Esses direitos adquiridos são perigosos e os políticos americanos têm estado relutantes em enfrentar esse problema. Mas isso talvez mude. O facto de esta discussão estar a acontecer e do teto ser algo vinculativo é muito positivo para os Estados Unidos".

Esta polémica revela as fraquezas da ainda maior economia do mundo que já levaram em 18 de abril a agência de notação Standard & Poor's a considerar negativa a perspetiva de revisão futura do rating do país.

No seu discurso de 13 de abril, o presidente americano teve de comprometer-se a iniciar um processo de redução do défice orçamental federal unificado na ordem dos 4 biliões de dólares em 12 anos, que implicaria cortes na despesa (50% da redução), aumento de impostos e redução nos juros a pagar. Obama destacou o seu vice-presidente Joe Biden para liderar negociações com um grupo de líderes do congresso no sentido de concretizar aquele objetivo. Os pomos da discórdia com os republicanos estão no que cortar na despesa federal e na questão de aumentar ou não os impostos. E são essas mesmas divergências que condicionam, agora, pontualmente a discussão sobre o aumento do teto de endividamento, já admitido pelos próprios republicanos.

Se o braço de ferro se arrastar pelo verão dentro, há sempre alternativas. "O governo pode deixar de pagar algumas contas, adiando. Deixar de pagar também aos trabalhadores do estado não essenciais. Mas dou a tudo isso uma muito baixa probabilidade", conclui Peter Cohan.

Números fracos quando se sai da espuma

Esta discussão ocorre com um pano de fundo de incerteza sobre a evolução da economia americana. O colunista Neville Bennet, no blogue Le Metropole Café, recorda hoje que os números americanos são fracos: "Os spin doctors - especialistas em marketing e manipulação políticas - não podem dizer que o último relatório sobre o Produto Interno Bruto é bom". "Temos de sair da espuma. A taxa de crescimento das vendas finais no consumo interno é apenas de 1% em termos reais, a taxa de crescimento do consumo caiu de 4% para 2,2% e o investimento em equipamentos caiu de 7% para 4%". A retoma é dourada pelo papel estimulador do programa de quantitative easing (alívio quantitativo) da Reserva Federal que tem alimentado a especulação nos mercados de ações e nas commodities. Apesar da desvalorização do dólar que ocorreu para estimular as exportações, "o sector industrial tem perdido gás", diz Bennet, que recorda que, segundo uma sondagem Gallup, 29% dos americanos acham que a economia está em depressão e outros 26% que está ainda em recessão. Largos setores da América empobreceram e não usufruem da bolha nas bolsas ou nos mercados das commodities. O desemprego ainda está em 9% e o défice orçamental é de 9% do PIB, com uma componente estrutural muito significativa a que se soma uma componente cíclica derivada da crise.

http://aeiou.expresso.pt/a-america-ja-e ... er=f649387 (http://aeiou.expresso.pt/a-america-ja-esta-a-arder=f649387)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 18, 2011, 11:41:28 am
EUA na bancarrota? Imagina só... :lol:
 

E nós é que somos "PIGS".
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: PILAO251 em Junho 29, 2011, 01:51:30 pm
Caros Senhores
Não sendo adepto propriamente das teorias de conspiração, tampouco acredito muito em coincidências, e muito menos em bruxas, mas que as há ,há.
Recebi isto dum amigo, gostaria que algum dos mais bem informados foristas opinasse, pois a ter algum fundo de verdade, e refiro-me à história do ouro, pois a do Sr. DSK tá na cara que caiu que nem um patinho na esparrela da empregada da limpeza, as consequências da falta de fundos perante os países que tem comprado a dívida dos EUA,  Chinas e etc., mesmo para a economia mundial podem ser dramáticas. Será que, a não poder pagar a divida à China a política externa será ditada pelos Chineses, e se o mundo perder a confiança no Dólar passaremos a usar o Yuan como referencia?  
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Fort Knox guarda mesmo o ouro dos states? na América há quem duvide...
Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK) tinha sido aconselhado pelos serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do telemóvel para evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe tinha sido entregue por agentes "d...elatores" da CIA justificava tal precaução.

Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que levavam os norte-americanos a protelar continuamente o pagamento devido ao FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com pagamento acordado há vários anos, advém de ajustes no sistema monetário - "Special Drawing Rights" (SDR's).

As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado recentemente. Nesta viagem Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante que indiciava que o ouro em questão já não existem nos cofres fortes de Fort Knox nem no NY Federal Reserve Bank.

Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de embarque, pedindo que o telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos serviços secretos americanos agir nos últimos minutos. O resto dos factos são do conhecimento público.

Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud Abdel Salam Omar, um influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro, que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria da perseguição. No entanto a intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar foi igualmente preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel. Relatórios de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram a prisão do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos de idade.

A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros factos viriam ajudar.

Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento devido pelos americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo. Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluido que se tratava de "ouro falso". Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente identificadas com chancela e número de série indicando a origem - Fort Knox, USA.

O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma auditoria à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama. Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox, o congressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"

À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma tímida atenção na comunicação social
americana.

A "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado pelos serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha sido o primeiro lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme conspiração americana".

Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio sexual a  uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um grande iceberg. A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido das fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirurgica - um pequeno crime de costumes, tão ao gosto do imaginário popular, pode bem ter contribuido para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação de testemunha ou de prova.

Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors.

Para quem quiser seguir o rasto do ouro, cá vão algumas notícias Made in inglês... para não haver confusões:

The Times:
http://www.timesonline.co.uk/tol/news/w ... 989271.ece (http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/us_and_americas/article5989271.ece)

CNN:
http://money.cnn.com/2011/06/24/news/ec ... /index.htm (http://money.cnn.com/2011/06/24/news/economy/ron_paul_gold_audit/index.htm)

Fox News:
http://www.foxnews.com/politics/2010/08 ... gold-gone/ (http://www.foxnews.com/politics/2010/08/31/rep-paul-calls-fort-knox-audit-suggests-gold-gone/)

The Daily Bail:
http://dailybail.com/home/is-gold-in-fo ... audit.html (http://dailybail.com/home/is-gold-in-fort-knox-real-ron-paul-demands-official-audit.html)

View Zone:
http://viewzone2.com/fakegoldx.html (http://viewzone2.com/fakegoldx.html)

American Free Press:
http://www.americanfreepress.net/html/f ... __208.html (http://www.americanfreepress.net/html/fort_knox_conundrum__208.html)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 29, 2011, 03:13:46 pm
Talvez seja por isso que apareçam estes fenómenos:

 :arrow: viewtopic.php?f=21&t=10063 (http://forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?f=21&t=10063)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: PILAO251 em Junho 30, 2011, 10:12:54 am
Caro CM
Oh mano, voçe não fod.......
Tenho o meu Doomsday, every fucking 30th of the month.
And after Angola every single day is a bloody blessing.

Saúde e desporto
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 30, 2011, 11:57:00 am
:G-beer2:
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: FoxTroop em Junho 30, 2011, 12:45:39 pm
Essa fraude do ouro já roda à uns bons anos, sendo os indianos os primeiros a levar o barrete. O uso de tungsténio é brilhante pois tem a mesma densidade do ouro e a analises por Raios X não detecta a diferença. Tem de se abrir a barra ou furar. Os Indianos levaram o barrete em quase 400 toneladas de our.... quer dizer, tungsténio e abriu um caso grave com Londres (a proveniência). Após alguma investigação chegou-se à origem das barras e, surprise surprise, USA.

Devido a isso agora todas as barrinhas do amarelo são perfuradas.

Max Kaiser, o canal RT. O gajo pode parecer um alienado nas conversas, mas vale a pena ver para quem se interessa por estas mega-fraudes e jogadas.

Agora fica a questão; Se este é o ouro "baptizado" onde pára o verdadeiro?
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Luso em Julho 01, 2011, 08:13:15 pm
São todos alienados mas depois vai-se a ver e dizem a verdade.
Já com os bem-falantes, bom, com esses já sabemos onde estamos.

Em relação às "coincidências", dizia Espinosa, não as há: apenas falta de informação.


E por falar em conspirações, um título que vos deixo - para aqueles que ainda podem comprar livros ou estão dispostos a abdicar de alguma pinga em troca de um pouco de mundo:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimages.contentreserve.com%2FImageType-100%2F2320-1%2F%257B8DDAFBCD-C72A-4CD7-8C85-30EC38492178%257DImg100.jpg&hash=dbbb7b9fffa061fc560ffc2d3775a3fd)

Coisas do caraças e que para as quais não há pão para malucos!
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: FoxTroop em Julho 02, 2011, 12:48:38 am
Menos umas 3 garrafinhas de Moskovskaya..... Ou então não  :D
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 05, 2011, 11:10:38 am
China: agências de rating encobrem insolvência dos EUA

3 de Julho, 2011por Luís Gonçalves
A agência de rating chinesa Dagong acusa as rivais norte-americanas (Standard&Poor’s, Moody’s e Fitch) de estarem a cometer o mesmo erro que levou à crise financeira mundial, em 2008, ao se recusarem a fazer um downgrade no rating dos EUA apesar do «estado de insolvência e das crescentes dificuldades do país em pagar a dívida» da maior economia mundial.

Em declarações ao SOL, Chen Jialin, director-adjunto do departamento internacional da Dagong, refere que as três maiores agências mundiais de notação de crédito apenas lançaram os avisos recentes sobre a elevada dívida dos EUA devido «à pressão da opinião pública» e não por sua vontade.

A Standard&Poor’s colocou o rating dos EUA em ‘vigilância negativa’ – o primeiro passo para uma eventual descida da notação – no mês passado, surpreendendo os investidores internacionais. Os EUA ainda mantêm a classificação máxima – AAA – junto da S&P, Moody’s e Fitch, o que indica que o país tem uma hipótese quase nula de entrar em incumprimento junto dos credores.

Mau exemplo


Porém, a folha financeira dos EUA está longe de ser exemplar. O Estado tem um défice orçamental superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma dívida pública que ronda 100% do PIB, que cresce abaixo de 2%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner reiteraram esta semana que, se o tecto da dívida nos EUA não for aumentado pelo Congresso – de maioria republicana –, o país corre o risco de entrar em incumprimento em Agosto.

Numa primeira fase, a Dagong fez um downgrade do rating dos EUA, do nível máximo, AAA, para AA, devido à inexistência de uma «solução credível» para a resolução do défice orçamental no longo prazo, que estava a levar o país para um «crise da dívida», adianta o responsável.

A decisão da Fed, o banco central norte-americano, de injectar mais de 600 mil milhões de dólares na economia através da emissão de moeda, em Novembro de 2010, reflectiu o «colapso do estado de solvência dos EUA e a deterioração da capacidade de pagar as suas dívidas», salienta a agência chinesa. Este evento levou a Dagong a fazer um novo corte na notação dos EUA, para A+. Jialin lembra que nem a deterioração económica dos EUA levou as três agências norte-americanas a alterarem a classificação, acrescentando que «o silêncio tornou-se a opção unânime entre elas».

«O rating da dívida pública norte-americana é o segundo teste para as três maiores agênciasg. No primeiro, os seus erros morais e de actuação provocaram a crise de crédito global», diz Chen Jialin.

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=23130
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: miguelbud em Julho 05, 2011, 10:04:37 pm
Citação de: "PILAO251"
Caros Senhores
Não sendo adepto propriamente das teorias de conspiração, tampouco acredito muito em coincidências, e muito menos em bruxas, mas que as há ,há.
Recebi isto dum amigo, gostaria que algum dos mais bem informados foristas opinasse, pois a ter algum fundo de verdade, e refiro-me à história do ouro, pois a do Sr. DSK tá na cara que caiu que nem um patinho na esparrela da empregada da limpeza, as consequências da falta de fundos perante os países que tem comprado a dívida dos EUA,  Chinas e etc., mesmo para a economia mundial podem ser dramáticas. Será que, a não poder pagar a divida à China a política externa será ditada pelos Chineses, e se o mundo perder a confiança no Dólar passaremos a usar o Yuan como referencia?  
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Fort Knox guarda mesmo o ouro dos states? na América há quem duvide...
Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK) tinha sido aconselhado pelos serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do telemóvel para evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe tinha sido entregue por agentes "d...elatores" da CIA justificava tal precaução.

Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que levavam os norte-americanos a protelar continuamente o pagamento devido ao FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com pagamento acordado há vários anos, advém de ajustes no sistema monetário - "Special Drawing Rights" (SDR's).

As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado recentemente. Nesta viagem Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante que indiciava que o ouro em questão já não existem nos cofres fortes de Fort Knox nem no NY Federal Reserve Bank.

Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de embarque, pedindo que o telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos serviços secretos americanos agir nos últimos minutos. O resto dos factos são do conhecimento público.

Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud Abdel Salam Omar, um influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro, que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria da perseguição. No entanto a intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar foi igualmente preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel. Relatórios de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram a prisão do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos de idade.

A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros factos viriam ajudar.

Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento devido pelos americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo. Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluido que se tratava de "ouro falso". Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente identificadas com chancela e número de série indicando a origem - Fort Knox, USA.

O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma auditoria à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama. Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox, o congressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"

À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma tímida atenção na comunicação social
americana.

A "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado pelos serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha sido o primeiro lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme conspiração americana".

Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio sexual a  uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um grande iceberg. A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido das fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirurgica - um pequeno crime de costumes, tão ao gosto do imaginário popular, pode bem ter contribuido para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação de testemunha ou de prova.

Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors.

Caro Pilao,

o facto é que com o despoletar da actual crise em Setembro de 2008, aquando a insolvencia da financeira Lehman Brothers Holdings Inc., ficou provado que nao existia tanto dinheiro no mundo. Ou seja o sistema economico norte americano é tao fiavel quanto o sovietico, pois é puramente baseado na especulacao de valores e nao no verdadeiros valor das coisas. O ouro do fort knox para mim é um mito, pois so o vi no filme Goldfinger (sim, o do james bond na decada de 60  :wink:
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 26, 2011, 12:27:15 pm
What U.S. Economic Recovery? Five Destructive Myths
By RANA FOROOHAR Wednesday, June 08, 2011
http://www.time.com/time/nation/article ... -4,00.html (http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,2076568-4,00.html)

Double dip is not a term that a government keen to extricate itself from the economic-crisis-management business likes to hear. A couple of weeks ago, the Obama Administration was poised to switch to growth mode. Then the ugly data started pouring in like the overflowing Mississippi. First-quarter GDP numbers showed a measly 1.8% increase, well short of the expectations of above 3%, and second-quarter estimates are not much better. Then came a report on housing-price declines that have not been seen since the Great Depression, followed by reports of consumer spending at six-month lows and weak manufacturing surveys. The worst was unemployment figures to make you cry: a mere 54,000 jobs were created in May, less than half of what was expected and less than a third of what is needed to lower a 9.1% unemployment rate.
You can hardly blame Council of Economic Advisers head Austan Goolsbee for picking this moment to retreat to his tenured university post in Chicago. The professor tried to put a good face on things, brushing away worries of a double dip and citing stiff but temporary "headwinds" from such factors as the Japanese-nuclear-disaster-related supply shocks and higher gas prices. Fed Chairman Ben Bernanke was somewhat more sober, admitting that the recovery was proving to be "uneven" and "frustratingly slow." Yet he gave no hint of being willing to helicopter in a third round of fiscal stimulus — at least not yet. "Monetary policy," he said, "cannot be a panacea." Or as Goolsbee put it, it's time for the private sector to "stand up and lead the recovery."

If only. There may be $2 trillion sitting on the balance sheets of American corporations globally, but firms show no signs of wanting to spend it in order to hire workers at home, however much Washington might hope they will. Meanwhile, the average American is feeling poorer by the week. "If one looks at unemployment and housing, it's clear that for all practical purposes, we have yet to fully get out of recession," says Harvard economist Ken Rogoff, summing up what everyone who doesn't live inside the Beltway Bubble is thinking. While the White House's official 2011 growth estimate, locked in before Japan and the oil shock, is still 3.1%, most economic seers are betting on 2.6%. That's not nearly enough to propel us out of an unemployment crisis that threatens to create a lost generation of workers who can't find good jobs and may never find them. Welcome to the 2% economy.

While the Administration is taking a sort of "move along, nothing to see here" approach, Republicans are trying to pin every economic problem on Obama in the run-up to the 2012 election. Let's be clear: the slow growth the U.S. is experiencing is not an Obama-specific problem. Many of the ingredients in it were already baked into the economy and were simply laid bare by the financial crisis. According to research by Rogoff and economist Carmen Reinhart, it takes four years after a financial crisis just to get back to the same per capita GDP level you started with, and there's no doubt things would have been dramatically worse had the Administration not taken all the action it did in the wake of the crisis.

But at the same time, the growth problem is Obama's. Every President inherits his predecessor's economy; indeed, it's often what gets him the job. It's then up to the new guy to change the numbers as well as the debate. Now it looks as if Obama is losing that debate. The Republicans have pulled off a major (some would say cynical) miracle by convincing the majority of Americans that the way to jump-start the economy is to slash taxes on the wealthy and on cash-hoarding corporations while cutting benefits for millions of Americans. It's fun-house math that can't work; we'll need both tax increases and sensible entitlement cuts to get back on track. Yet surveys show 50% of Americans think that not raising the debt ceiling is a good idea — that you can somehow starve your way to economic growth.

No wonder the rest of the world is so worried about our future. Sadly, other regions won't be able to help us out, as happened in 2008. Europe is in the middle of its own debt crisis. And emerging markets like China, which helped sustain American companies by buying everything from our heavy machinery to our luxury goods during the recession, are now slamming on the growth brakes. Why? They're worried about inflation, which is partly a result of the Fed's policy of increasing the money supply, known as quantitative easing. Much of that money ended up in stock markets, enriching the upper quarter of the population while the majority has been digging coins out from under couch cushions. Investor money also chased oil prices way up (which hurts the poor most of all) and created bubbles in emerging economies. Now these things are coming back to bite us.

All this sounds complicated, and it is. But it's important to understand that our economy has changed over the past several decades in important and profound ways that politicians at both ends of the spectrum still don't get. There are half a billion middle-class people living abroad who can do our jobs. At the same time, technology has allowed companies to weather the recession almost entirely through job cuts. While Democrats may be downplaying the bad news, Republicans, obsessed with the sideshow that is the debt-ceiling debate, haven't offered a more cohesive explanation for the problems or any real solutions. Rather, both sides continue to push myths about what's happening and how the economy will — or won't — recover. Here are five of the most destructive myths and why we need to figure out a different path to growth.

Myth No. 1: This is a temporary blip, and then it's full steam ahead
True, only 12.2% of economists surveyed in the past few days by the Philadelphia Fed believe that the current backsliding will develop into a double-dip recession (though that percentage is up significantly from the start of the year). Avoiding a double dip is not the same as creating growth that's strong enough to revive the job market. In fact, there's an unfortunate snowball effect with growth and employment when they are weak. It used to take roughly six months for the U.S. to get back to a normal employment picture after a recession; the McKinsey Global Institute estimates it will take five years this time around. That lingering unemployment cuts GDP growth by reducing consumer demand, which in turn makes it harder to create jobs. We would need to create 187,000 jobs a month, growing at a rate of 3.3%, to get to a healthy 5% unemployment rate by 2020. At the current rate of growth and job creation, we would maybe get halfway there by that time.

Myth No. 2: We can buy our way out of all this
While a third round of stimulus shouldn't be off the table in an emergency (Obama has already indicated it's a possibility if things get much worse), the risk-reward ratio isn't good. For starters, our creditors — the largest of which is China — would squawk about the debt implications of doling out more money, not to mention the risk of creating hot-money bubbles in their economies. That's almost beside the point, though, because the stimulus — which has taken the form of Fed purchases of T-bills designed to reduce long-term interest rates and make homeowner refinancing easier — isn't much help if homeowners don't have jobs that allow them to make any payments at all. Although foreclosures are declining, the supply of foreclosed homes for sale is undermining the real estate market, which is dampening consumer spending and sentiment. "It's time to move beyond financial Band-Aids," says Mohamed El-Erian, CEO of Pimco, the world's largest bond trader. "It's clear that the stimulus-induced recovery hasn't overcome the structural challenges to large-scale job creation."

Myth No. 3: The private sector will make it all better
There is a fundamental disconnect between the fortunes of American companies, which are doing quite well, and American workers, most of whom are earning a lower hourly wage now than they did during the recession. The thing is, companies make plenty of money; they just don't spend it on workers here.

Half of Americans say they couldn't come up with $2,000 in 30 days without selling some of their possessions. Meanwhile, companies are flush: American firms generated $1.68 trillion in profit in the last quarter of 2010 alone. But many firms would think twice before putting their next factory or R&D center in the U.S. when they could put it in Brazil, China or India. These emerging-market nations are churning out 70 million new middle-class workers and consumers every year. That's one reason unemployment is high and wages are constrained here at home. This was true well before the recession and even before Obama arrived in office. From 2000 to 2007, the U.S. saw its weakest period of job creation since the Great Depression.

Nobel laureate Michael Spence, author of The Next Convergence, has looked at which American companies created jobs at home from 1990 to 2008, a period of extreme globalization. The results are startling. The companies that did business in global markets, including manufacturers, banks, exporters, energy firms and financial services, contributed almost nothing to overall American job growth. The firms that did contribute were those operating mostly in the U.S. market, immune to global competition — health care companies, government agencies, retailers and hotels. Sadly, jobs in these sectors are lower paid and lower skilled than those that were outsourced. "When I first looked at the data, I was kind of stunned," says Spence, who now advocates a German-style industrial policy to keep jobs in some high-value sectors at home. Clearly, it's a myth that businesses are simply waiting for more economic and regulatory "certainty" to invest back home.

Myth No. 4: We'll pack up and move for new jobs
The myth of mobility — that if you build jobs, people will come — is no longer the case. In fact, many people can't move, in part because they are underwater on their homes but also because the much heralded American labor mobility was declining even before this whole mess began. In the 1980s, about 1 out of 5 workers moved every year; now only 1 of 10 does. That's due in part to the rise of the two-career family — it's no longer an easy and obvious decision to move for Dad's job. This is a trend that will only grow stronger now that women are earning more advanced degrees and grabbing jobs in the fastest-growing fields.

A bigger issue is that the available skills in the labor pool don't line up well with the available jobs. Case in point: there are 3 million job openings today. "There's a tremendous mismatch in the jobs market right now," says McKinsey partner James Manyika, co-author of a new study titled An Economy That Works: Job Creation and America's Future. "It runs across skill set, gender, class and geography." A labor market bifurcated by gender, skill set and geography means that unemployed autoworkers in Michigan can't sell their underwater homes and retool as machinists in North Dakota, where homes are cheaper and the unemployment rate is under 5%.

Myth No. 5: Entrepreneurs are the foundation of the economy
Entrepreneurship is still one of America's great strengths, right? Wrong. Rates of new-business creation have been contracting since the 1980s. Funny enough, that's just when the financial sector began to get a lot bigger. The two trends are not disconnected. A study by the Kauffman Foundation found an inverse correlation between the two. The explanation could be tied to the fact that the financial sector has sucked up so much talent that might have otherwise done something useful in Silicon Valley or in other entrepreneurial hubs. The credit crunch has exacerbated the problem. Lending is still constrained, and the old methods of self-funding a business — maxing out credit cards or taking a home-equity loan — are no longer as viable.

So where does it all leave us? With an economy that still needs a major shake-up. There are short-term and long-term solutions. Job No. 1 is to fix the housing market. While the government is understandably reluctant to get deeper into the loan business, it's clear that private markets aren't able to work through the pile of foreclosures quickly enough for house prices to stabilize. If the numbers don't improve in the next month or so, it might be time for the government to step in and either take on more failing loans (a TARP for homeowners as opposed to investment banks?) or pass rules that would allow more homeowners to negotiate better terms with lenders.

And let's not forget the youth-unemployment crisis. There's now a generation of young workers who are in danger of being permanently sidetracked in the labor markets and disconnected from society. Research shows that the long-term unemployed tend to be depressed, suffer greater health problems and even have shorter life expectancy. The youth unemployment rate is now 24%, compared with the overall rate of 9.1%. If and when these young people return to work, they'll earn 20% less over the next 15 to 20 years than peers who were employed. That increases the wealth divide that is one of the root causes of growing political populism in our country. While Republicans have pushed back against spending on broad government-sponsored work programs and retraining, it would behoove the Administration to keep pushing for a short-term summer-work program to target the most at-risk groups.

But these are stopgaps. The real solutions, of course, are neither quick nor easy — making them especially challenging for Congress. It's a cliché that better education is the path to a more competitive society, but it's not just about churning out more engineers than the Chinese. The U.S. will also need a lot more welders and administrative assistants with sharper communication skills. There's an argument for a good system of technical colleges, which would in turn require a frank conversation about the fact that not everyone can or should shell out money for a four-year liberal-arts degree that may leave them overleveraged and underemployed.

The other major issue is bridging the divide between the fortunes of companies and the fortunes of workers. Democrats and Republicans argue about whether and how to get American corporations to repatriate money so it can be taxed, and again they are missing the point. For starters, it's hard to imagine that crafty corporate lawyers won't find ways around any new rules. (That in itself is an argument for tax simplification that would reduce the loopholes that allow the 400 richest Americans to pay 18% income tax.) The bottom line is that we have to find ways to make the U.S. a more attractive destination for investment.

One way to do that is by considering a third-rail term: industrial policy. It's a concept that needs to be rebranded, because Democrats and Republicans alike shudder at being associated with something so "anti-American." In fact, good industrial policy can be a useful economic nudge. It's not about creating a command-and-control economy like China's but about the private and public sectors coming together at every level, as in Germany, to decide how best to keep jobs at home.
(See "Why the Economic Recovery Is Slowing Down.")

The lesson of Germany is a good one. Back in 2000, the Germans were facing an economic rebalancing not unlike what the U.S. is experiencing. East and West Germany had unified, creating a huge wealth gap and high unemployment at a time when German jobs were moving to central Europe. The country didn't try to explain away the problem in quarterly blips but rather stared it directly in the face. CEOs sat down with labor leaders as partners; union reps sit on management boards in Germany. The government offered firms temporary subsidies to forestall outsourcing. Corporate leaders worked with educators to churn out a labor force with the right skills. It worked. Today Germany has not only higher levels of growth but also lower levels of unemployment than it did prerecession.

In our politically polarized society, such cooperation may seem impossible. But Germany after the fall of the Berlin Wall was perhaps far more polarized. It is worth remembering that economic change tends to happen only during crises. We've survived the banking crisis. How we deal with the longer-range crisis — the crisis of growth and unemployment — will define our economic future for not just the next few quarters but the next few decades.
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 26, 2011, 05:54:42 pm
Inacreditável! :shock:

Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: papatango em Agosto 06, 2011, 04:01:42 pm
Citar
WASHINGTON — The United States has lost its sterling credit rating from Standard & Poor's.

The credit rating agency on Friday lowered the nation's AAA rating for the first time since granting it in 1917. The move came less than a week after a gridlocked Congress finally agreed to spending cuts that would reduce the debt by more than $2 trillion – a tumultuous process that contributed to convulsions in financial markets. The promised cuts were not enough to satisfy S&P.

The drop in the rating by one notch to AA-plus was telegraphed as a possibility back in April. The three main credit agencies, which also include Moody's Investor Service and Fitch, had warned during the budget fight that if Congress did not cut spending far enough, the country faced a downgrade. Moody's said it was keeping its AAA rating on the nation's debt, but that it might still lower it.

One of the biggest questions after the downgrade was what impact it would have on already nervous investors. While the downgrade was not a surprise, some selling is expected when stock trading resumes Monday morning. The Dow Jones industrial average fell 699 points this week, the biggest weekly point drop since October 2008.

"I think we will have a knee-jerk reaction on Monday," said Jack Ablin, chief investment officer at Harris Private Bank.

But any losses might be short-lived. The threat of a downgrade is likely already reflected in the plunge in stocks this week, said Harvey Neiman, a portfolio manager of the Neiman Large Cap Value Fund.

"The market's already been shaken out," Neiman said. "It knew it was coming."

http://www.huffingtonpost.com/2011/08/05/downgrade-us-standard-and-poors_n_919867.html

Entretanto o Império, aflito, já começou a chiar:
Citar
SHANGHAI (Reuters) - China roundly condemned the United States for its "debt addiction" and "short sighted" political wrangling and said the world needed a new stable global reserve currency.

http://www1.realclearmarkets.com/news/reuters/finance_business/2011/Aug/06/china_blasts_u_s__over_debt_problems__calls_for_dollar.html
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: HaDeS em Agosto 06, 2011, 05:35:06 pm
China critica EUA pela crise da dívida e exige garantias
A China, principal credora dos Estados Unidos e com 70% de suas reservas em moeda estrangeira em dólares, criticou duramente o governo americano depois que a agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) rebaixou a dívida americana na sexta-feira.

Com US$ 1,16 trilhão em bônus do Tesouro dos EUA e US$ 3,2 trilhões de reservas em moeda estrangeira em dólares, a queda da dívida americana de "AAA" -- a máxima qualificação possível -- para "AA+" gerou um forte mal-estar em Pequim.

A agência oficial chinesa "Xinhua" publicou neste sábado um duro editorial no qual assegura que a decisão da Standard & Poor's é "uma fatura que os EUA devem pagar por sua própria dependência quanto ao endividamento e por suas brigas políticas sem visão de futuro em Washington".

"A China tem todo o direito agora de reivindicar dos Estados Unidos que corrijam os erros estruturais de sua dívida e garantam a segurança dos ativos em dólares da China", afirmou a "Xinhua".

Ao mesmo tempo, a agência estatal reivindicou "supervisão internacional" sobre a moeda americana, e foi além, ao propor como alternativa ao dólar "uma nova moeda de reserva estável e assegurada em nível global" para evitar a dependência mundial da dívida dos EUA.

ALTERNATIVAS

Há alguns dias, Chen Daofu, diretor do Centro de Pesquisas Políticas do Conselho de Estado da China, advertiu da necessidade de buscar alternativas de investimento para as reservas chinesas, e avaliou que mudar a composição destas "é um desafio crucial para os conselheiros políticos em Pequim".

Com relação ao futuro, a "Xinhua" assinalou que se não houver cortes na "gigantesca despesa militar" e nos custos do novo sistema de previdência social universal disposto por Barack Obama, a Standard & Poor's pode diminuir ainda mais a qualificação da dívida americana.

Ainda assim, o economista-chefe do Centro de Informação Estatal da China, Jianping Fan, considerou que o endividamento americano afetará principalmente os mercados financeiros, e, só em segundo plano, o comércio.

O analista prevê uma queda nas exportações do país asiático, porém mais ligada aos problemas da Europa que aos indicadores americanos.

REBAIXAMENTO

A agência de classificação de risco S&P rebaixou a nota da dívida americana para AA+ devido aos riscos políticos e ao peso da dívida americana em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).

A agência decidiu anunciar a decisão na sexta-feira à noite, depois do fechamento do mercado, para dar tempo dos investidores se acalmarem durante o fim de semana.

Mais cedo nesta sexta-feira, já havia rumores de que a nota americana, que era AAA desde 1917, seria rebaixada. A agência também teria segurado a divulgação do "downgrade" porque funcionários do Tesouro americano encontraram erros na análise do S&P sobre a receita do governo e a situação do deficit.

A disputa entre os partidos --Democrata e Republicano-- sobre a política fiscal americana também deixou a agência pessimista sobre a capacidade dos EUA conter o deficit.

A perspectiva da nova classificação é negativa, afirmou a S&P em comunicado, um sinal de que outro rebaixamento da nota é possível nos próximos 12 a 18 meses.

A nota da dívida americana pode ser rebaixada para "AA" caso haja menos redução de gastos do que o previsto, taxas de juros mais elevadas ou aumento da trajetória da dívida maior do que o esperado.

O rating AAA permitia que o país tomasse emprestado recursos a uma taxa de juros mais baixa, pois governo é considerado estável, e seus títulos são tidos como seguros.

Agora, os títulos do Tesouro dos EUA, uma vez vistos como o investimento mais seguro do mundo, estão classificados abaixo de títulos emitidos por países como Reino Unido, Alemanha, França ou Canadá, conforme a "Reuters".

Em tempos de crise, investidores vendem suas ações em mercados emergentes, como o Brasil, e procuram abrigo em títulos seguros.

Fonte: folhaonline
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 29, 2012, 02:43:32 pm
America’s Descent into Poverty ~ Paul Craig Roberts

The United States has collapsed economically, socially, politically, legally, constitutionally, and environmentally. The country that exists today is not even a shell of the country into which I was born. In this article I will deal with America’s economic collapse. In subsequent articles, i will deal with other aspects of American collapse.

Economically, America has descended into poverty. As Peter Edelman says, “Low-wage work is pandemic.” Today in “freedom and democracy” America, “the world’s only superpower,” one fourth of the work force is employed in jobs that pay less than $22,000, the poverty line for a family of four. Some of these lowly-paid persons are young college graduates, burdened by education loans, who share housing with three or four others in the same desperate situation. Other of these persons are single parents only one medical problem or lost job away from homelessness.

Others might be Ph.D.s teaching at universities as adjunct professors for $10,000 per year or less. Education is still touted as the way out of poverty, but increasingly is a path into poverty or into enlistments into the military services.

Edelman, who studies these issues, reports that 20.5 million Americans have incomes less than $9,500 per year, which is half of the poverty definition for a family of three.

There are six million Americans whose only income is food stamps. That means that there are six million Americans who live on the streets or under bridges or in the homes of relatives or friends. Hard-hearted Republicans continue to rail at welfare, but Edelman says, “basically welfare is gone.”

In my opinion as an economist, the official poverty line is long out of date. The prospect of three people living on $19,000 per year is farfetched. Considering the prices of rent, electricity, water, bread and fast food, one person cannot live in the US on $6,333.33 per year. In Thailand, perhaps, until the dollar collapses, it might be done, but not in the US.

As Dan Ariely (Duke University) and Mike Norton (Harvard University) have shown empirically, 40% of the US population, the 40% less well off, own 0.3%, that is, three-tenths of one percent, of America’s personal wealth. Who owns the other 99.7%? The top 20% have 84% of the country’s wealth. Those Americans in the third and fourth quintiles–essentially America’s middle class–have only 15.7% of the nation’s wealth. Such an unequal distribution of income is unprecedented in the economically developed world.

In my day, confronted with such disparity in the distribution of income and wealth, a disparity that obviously poses a dramatic problem for economic policy, political stability, and the macro management of the economy, Democrats would have demanded corrections, and Republicans would have reluctantly agreed.

But not today. Both political parties whore for money.

The Republicans believe that the suffering of poor Americans is not helping the rich enough. Paul Ryan and Mitt Romney are committed to abolishing every program that addresses needs of what Republicans deride as “useless eaters.”

The “useless eaters” are the working poor and the former middle class whose jobs were offshored so that corporate executives could receive multi-millions of dollars in performance pay compensation and their shareholders could make millions of dollars on capital gains. While a handful of executives enjoy yachts and Playboy playmates, tens of millions of Americans barely get by.

In political propaganda, the “useless eaters” are not merely a burden on society and the rich. They are leeches who force honest taxpayers to pay for their many hours of comfortable leisure enjoying life, watching sports events, and fishing in trout streams, while they push around their belongings in grocery baskets or sell their bodies for the next MacDonald burger.

The concentration of wealth and power in the US today is far beyond anything my graduate economic professors could image in the 1960s. At four of the world’s best universities that I attended, the opinion was that competition in the free market would prevent great disparities in the distribution of income and wealth. As I was to learn, this belief was based on an ideology, not on reality.

Congress, acting on this erroneous belief in free market perfection, deregulated the US economy in order to create a free market. The immediate consequence was resort to every previous illegal action to monopolize, to commit financial and other fraud, to destroy the productive basis of American consumer incomes, and to redirect income and wealth to the one percent.

The “democratic” Clinton administration, like the Bush and Obama administrations, was suborned by free market ideology. The Clinton sell-outs to Big Money essentially abolished Aid to Families with Dependent Children. But this sell-out of struggling Americans was not enough to satisfy the Republican Party. Mitt Romney and Paul Ryan want to cut or abolish every program that cushions poverty-stricken Americans from starvation and homelessness.

Republicans claim that the only reason Americans are in need is because the government uses taxpayers’ money to subsidize Americans who are unwilling to work. As Republicans see it, while we hard-workers sacrifice our leisure and time with our families, the welfare rabble enjoy the leisure that our tax dollars provide them.

This cock-eyed belief, on top of corporate CEOs maximizing their incomes by offshoring the middle class jobs of millions of Americans, has left Americans in poverty and cities, counties, states, and the federal government without a tax base, resulting in bankruptcies at the state and local level and massive budget deficits at the federal level that threaten the value of the dollar and its role as reserve currency.

The economic destruction of America benefitted the mega-rich with multi-billions of dollars with which to enjoy life and its high-priced accompaniments wherever the mega-rich wish. Meanwhile, away from the French Rivera, Homeland Security is collecting sufficient ammunition to keep dispossessed Americans under control.

 :shock:
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: P44 em Março 02, 2013, 10:28:51 am
Emergência financeira declarada em Detroit

À beira da bancarrota, a cidade do estado do Michigan aguarda a mais que provável nomeação de um administrador estatal externo, que avaliará se há solução para os seus graves problemas financeiros.

Mafalda Ganhão

21:18 Sexta feira, 1 de março de 2013

O governador do estado do Michigan declarou oficialmente a situação de "emergência financeira" em Detroit. O anúncio feito hoje por Rick Snyder era esperado desde  que foi tornada pública a avaliação às contas da cidade, há cerca de uma semana, revelando uma falta de liquidez à beira de atingir 100 milhões de dólares (mais de 76 milhões de euros).

A decisão abre agora um período de dez dias, prazo dado à câmara municipal para recorrer. O cenário mais provável é, contudo, a entrada em cena de um administrador estatal externo, que tome conta das finanças de Detroit, podendo mesmo vir a declarar a sua falência, caso conclua que os problemas orçamentais em causa são insolúveis.

A cidade sofre as consequências da acentuada quebra populacional registada nos últimos anos - cerca de 25% menos habitantes de 2000 a 2010 - até ficar abaixo dos 750 mil de contribuintes, número que serviu de base às projeções de receita.

Também as contínuas crises da indústria automóvel, agravadas em 2009 com as quebras da General Motors e da Chrysler contribuíram para o descalabro.

É certo que nos anos 1990, com a abertura de vários casinos, o desenvolvimento imobiliário e o aparecimento de novos estádios desportivos, as contas melhoraram um pouco, mas uma gestão autárquica desastrosa, entre 2002 e 2008, inverteu dramaticamente o caminho da recuperação. Acusado de corrupção e escândalos vários, o presidente Kwame Kilpatrick acabaria mesmo na prisão.

- See more at: http://expresso.sapo.pt/emergencia-fina ... qDsPy.dpuf (http://expresso.sapo.pt/emergencia-financeira-declarada-em-detroit=f790783#sthash.AX6qDsPy.dpuf)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: HSMW em Julho 19, 2013, 08:07:01 pm
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 27, 2013, 12:38:14 pm
Estados Unidos em risco de bancarrota


Jacob Lew, o secretário do Tesouro, garante que os Estados Unidos da América podem entrar em incumprimento já em outubro.


Uma contagem decrescente para um incumprimento (bancarrota) por parte dos Estados Unidos da América pode estar em marcha se a tensão política entre republicanos e democratas prosseguir no Congresso em Washington.

Os representantes republicanos decidiram aproveitar politicamente dois momentos chave - o debate orçamental para 2014 e o aumento do teto da dívida federal no último trimestre - para colocaram um conjunto de reivindicações políticas que extravasam as questões ligadas ao controlo da dívida federal e à dieta nos gastos da Administração Obama. Os republicanos dominam a Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso.

Muitos analistas insistem que, no último minuto, compromissos serão encontrados, mas os "estragos" na economia norte-americana e nos mercados financeiros globais são de difícil previsão. Alguns analistas alertam que o atual bloqueio republicano deve ser levado a sério e que o risco político é elevado, como o admitiu a própria Reserva Federal na sua reunião recente.

As datas-chave na contagem decrescente para o risco de um default - palavra usada pelo secretário do Tesouro Jacob Lew na sua missiva ao presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner - prendem-se, num primeiro momento, com a aprovação ou não de uma resolução de continuação do funcionamento do governo federal a partir de 1 de outubro, e, num segundo momento, com a necessidade de autorizar o aumento do défice federal até 17 de outubro para cumprir com obrigações federais aprovadas.

O limite para evitar uma suspensão de serviços federais não essenciais - o que é designado por shutdown - já na próxima terça-feira é a meia-noite de dia 30 de setembro. Os investidores vão estar de olhos postos no que se passar em Washington hoje, durante o fim de semana e na segunda-feira.

Leia mais na edição de 27 de setembro do Expresso



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/estados-unidos- ... z2g5mSdeR1 (http://expresso.sapo.pt/estados-unidos-em-risco-de-bancarrota=f832427#ixzz2g5mSdeR1)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 01, 2013, 04:09:30 pm
EUA encerram serviços públicos por tempo indeterminado


Falta de acordo entre republicanos e democratas sobre a reforma da saúde deixa o Governo dos EUA sem dinheiro em caixa e serviços públicos encerrados.



 
Um milhão de funcionários de agências governamentais norte-americanas ficarão a partir de hoje de licença sem vencimento forçada, por tempo indeterminado, e os serviços onde trabalham serão encerrados, noticia a Reuters.

A ausência de acordo entre democratas e republicanos relativo à aprovação das dotações para que o Governo federal possa levar por diante a reforma da saúde (Obamacare), que o Presidente Barack Obama recusa protelar, encerrará a partir de hoje, e pela primeira vez em 17 anos, parques nacionais, museus e monumentos, projetos de investigação científica, entre muitos outros serviços.

Milhares de controladores de tráfego aéreo, guardas prisionais e fronteiriços, terão de continuar a trabalhar sem direito a vencimento. Melhor sorte tiveram os militares no ativo, guarda costeira e os civis contratados para apoio na Defesa e Segurança Nacional, que viram Obama assinar uma lei que permite o pagamento dos seus vencimentos durante a paragem do Governo federal.

No entanto, cerca de 400 mil trabalhadores civis do Pentágono, o ministério da Defesa dos EUA, localizado em Washington, foram dispensados.

Já a NASA fica em serviços mínimos. Apenas 600 dos 18 mil funcionários da Agência Espacial norte-americana ficam não seguem para casa. Terão por missão garantir a segurança das instalações e o suporte aos seus astronautas da Estação Espacial Internacional.

A ordem de encerramento partiu na noite de segunda-feira da diretora-geral do orçamento da Casa Branca: "As agências devem agora executar planos de paragem ordenada devido à ausência de dotações."

Sylvia Mathews Burwell apelou ainda ao Congresso, onde os republicanos dominam a Câmara dos Representantes, enquanto os democratas controlam o Senado, para agir rapidamente e aprovar uma lei que permita ao Governo Federal funcionar em pleno.

"Manter o Governo em funcionamento não é uma concessão ao Presidente. Manter serviços vitais em funcionamento e centenas de milhares a trabalhar não é algo que de dê à parte contrária. É uma responsabilidade nossa", afirmou ontem à noite Barack Obama.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/eua-encerram-se ... z2gU0E5uQK (http://expresso.sapo.pt/eua-encerram-servicos-publicos-por-tempo-indeterminado=f833296#ixzz2gU0E5uQK)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: FoxTroop em Outubro 01, 2013, 08:55:58 pm
Preocupante para dentro dos USA, mas sinal da verdadeira derrocada que espreita. A partir de meados deste mês, os USA poderão entrar em incumprimento com os credores internacionais a qualquer momento. Quero ver depois como é que a coisa fica.
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: overlord em Outubro 01, 2013, 10:11:42 pm
o que acho engraçado no meio disto tudo é as agênciais de rating dizerem que ta tudo bem. enfim
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Edu em Outubro 14, 2013, 03:43:00 pm
Citação de: "overlord"
o que acho engraçado no meio disto tudo é as agênciais de rating dizerem que ta tudo bem. enfim

Aqui se vê a importância de a União Europeia ter a sua própria agência de rating, tanto para fazer face às sobrevalorizações da economia americana como para a subvalorizações feitas pelas agências às suas próprias instituições.

Como pode estar toda a economia global refém de agências de rating que dão classificação AAA a bancos que uma semana depois declaram falência e a um estado que nem sequer paga aos seus próprios trabalhadores?
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Abril 08, 2014, 09:58:13 am
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 28, 2015, 05:36:44 pm
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: NVF em Abril 19, 2015, 08:44:52 pm
E enquanto a dívida pública norte-americana continua a crescer, a China perdeu o primeiro lugar de detentor estrangeiro dessa dívida. O maior detentor de dívida pública americana é agora um país com o qual, em tempos, tivemos uma relação muito próxima.  :mrgreen:
 
http://www.treasury.gov/ticdata/Publish/mfh.txt (http://www.treasury.gov/ticdata/Publish/mfh.txt)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 30, 2016, 05:40:10 pm
(https://cdn.howmuch.net/content/images/1600/where-the-money-is-us-by-gdp-3a75.jpeg)

Fonte: https://howmuch.net/articles/where-the-money-is-by-metro-area
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 28, 2018, 11:31:33 am
Subsidies Won’t Fix the Permanent Damage Trump’s Tariffs Have Done to America’s Farmers

By WILLIAM REINSCH July 25, 2018~

On Tuesday, the Trump administration announced a $12 billion relief package for American farmers to compensate them for the damage done by the tariffs President Trump has imposed. The administration is dodging several bullets with how it designed the program, but there is a fundamental irony here: using taxpayers’ money to compensate people for a problem the administration created.

With this program, no additional legislation or Congressional approval is required. It uses existing programs under the umbrella of the Commodity Credit Corporation (CCC), which helps farmers deal with the consequences of crop cycles and unexpected weather disasters. In addition, the program appears to fit within the limitations of U.S. agriculture subsidies maintained by the World Trade Organization, which should forestall litigation there, or at least allow the U.S. to prevail if challenged.


However, this is a distortion of the CCC’s purpose. It also appears that if all $12 billion is spent, it will more than double the CCC’s annual outlay. It would still be within the borrowing ceiling, but could limit funds needed for other purposes, like responding to weather disasters or non-trade-related price declines.

In addition, while the program may survive WTO litigation, it could still face retaliation from foreign countries arguing that the payments are subsidies, which would give our farmers an advantage in the marketplace. That’s a stretch, but the president has already moved the trading system into a world where neither reality nor rules matter, so we should not be surprised when other countries respond in kind.

And let’s not forget that this is a short-term measure to deal with what is likely to be a long-term problem. The program is intended to deal with the current crop year, and there is no intention at this point to extend it. This is probably based on the president’s view that if you hit people hard enough with tariffs, they’ll fold, give him what he wants, and he can remove the tariffs and restore farmers’ overseas markets. But any farmer who exports will tell you that is simply wrong. Foreign markets are painstakingly developed, relationship-based, and, once lost, cannot simply be restored by flicking a switch and turning off the tariffs. The damage done so far is going to last far beyond the current crop year and may well be permanent.

Even if those markets could be restored if the tariffs were removed, there is not much evidence to suggest they’re going away anytime soon. So far, there is not much in the president’s win column on trade. NAFTA talks are stalled; Chinese talks are currently non-existent; and the only negotiation he’s completed—with Korea—may unravel over the threat of additional auto tariffs. That means we are in this for the long haul with likely permanent consequences.

Farmers are making clear this is not what they want. They want free trade and open markets. A cynic would say they’ll probably complain and take the money anyway, but they won’t be happy about it, which means the president may not get the political bump he is hoping for.

The irony of this remains inescapable. The president created this problem. The solution to a bad policy is to remove the policy. Instead, he is compounding the error by adding another bad policy on top of the first, and sending the bill to the nation’s taxpayers—a bill that is likely to extend beyond the first year. It also raises, again, the irony of the Republican Party’s position. It has long stood for free trade, free markets, fiscal conservatism, and reduced government spending. Yet here it is supporting a president who has abandoned all those principles. Historians will debate whether the party has lost its mind or its soul—or both.

William Reinsch holds the Scholl Chair in International Business at the Center for Strategic and International Studies in Washington, D.C. He is also a trade expert on the podcast The Trade Guys.

http://fortune.com/2018/07/25/12-billion-in-aid-to-farmers-trump-tariffs/
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 09, 2019, 05:23:16 pm
There’s now an official Green New Deal. Here’s what’s in it.

A close look at the fights it picks and the fights it avoids.
By David Roberts

(https://cdn.vox-cdn.com/thumbor/pE6JqqaI4WuUbxNgywT1LUVn7KQ=/0x0:3798x2532/920x613/filters:focal(1596x963:2202x1569):format(webp)/cdn.vox-cdn.com/uploads/chorus_image/image/63012639/1128057909.jpg.1549564600.jpg)
Markey and Ocasio-Cortez hold a news conference to unveil their Green New Deal resolution.

The Green New Deal has become an incredibly hot item on the political agenda, but to date, it has remained somewhat ill defined. It’s a broad enough concept that everyone can read their aspirations into it, which has been part of its strength, but it has also left discussion in something of a fog, since no one’s quite sure what they’re arguing about.

On Thursday, Sen. Ed Markey (D-MA) and Rep. Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY) introduced a Green New Deal resolution that lays out the goals, aspirations, and specifics of the program in a more definitive way. This is as close as there is to an “official” Green New Deal — at last, something to argue about.

There will be lots to say in the days to come about the politics of all this. (In the meantime, read Ella Nilsen’s piece.) For instance, it is interesting that Markey, a living symbol of 2008-era Democratic thinking on climate change (and the leader of the old climate committee), is lending his imprimatur to this more urgent and radical iteration.

But for now, I just want to share a few initial impressions after reading through the short document a few times.

It’s worth noting just what a high-wire act the authors of this resolution are attempting. It has to offer enough specifics to give it real shape and ambition, without overprescribing solutions or prejudging differences over secondary questions. It has to please a diverse range of interest groups, from environmental justice to labor to climate, without alienating any of them. It has to stand up to intense scrutiny (much of it sure to be bad faith), with lots of people gunning for it from both the right and center.

And, of course, it eventually has to give birth to real legislation.

Given all those demands, the resolution does a remarkably good job of threading the needle. It is bold and unmistakably progressive, matched to the problem as defined by the Intergovernmental Panel on Climate Change, while avoiding a few needless fights and leaving room for plenty of debate over priorities and policy tools.

The resolution consists of a preamble, five goals, 14 projects, and 15 requirements. The preamble establishes that there are two crises, a climate crisis and an economic crisis of wage stagnation and growing inequality, and that the GND can address both.

The goals — achieving net-zero greenhouse gas emissions, creating jobs, providing for a just transition, securing clean air and water — are broadly popular. The projects — things like decarbonizing electricity, transportation, and industry, restoring ecosystems, upgrading buildings and electricity grids — are necessary and sensible (if also extremely ambitious).

There are a few items down in the requirements that might raise red flags (more on those later), but given the long road ahead, there will be plenty of time to sort them out. Overall, this is about as strong an opening bid as anyone could have asked for.

Now let’s take a closer look.

The Green New Deal resolution features 2 big progressive priorities
From a progressive point of view, the discussion over climate change in the US has always been overly skewed toward technologies and markets. (The term of art is “neoliberalism.”)

I have been guilty of this myself. Economics and technology are considered serious topics in the US, a ticket to being heard and acknowledged by the political mainstream, and there is a subtle, tidal pressure to hew to those subjects, at risk of being relegated to the status of activist or, worse yet, ideologue. (As though neoliberalism is not an ideology.)

The resurgent left is done with all that.

It’s not that there’s anything wrong with technologies or markets, as long as they remain servants, not masters. It’s just that in the US, those subjects have tended to occlude deeper and more urgent considerations (like justice) and exclude a wide range of policy instruments (like public investment).

It is for the progressive movement to stand up for those priorities, and that’s what the GND resolution does. We’ll take them in turn.

1) Justice

Ordinary people matter. Emissions matter, yes. Costs and money matter. Technologies and policies matter. But they all matter secondarily, via their effects on ordinary people. The role of progressive politics, if it amounts to anything, is to center the safety, health, and dignity of ordinary people.

That means that justice — or as it’s often called, “environmental justice,” as though it’s some boutique subgenre — must be at the heart of any plan to address climate change. The simple fact is that climate change will hit what the resolution calls “frontline and vulnerable communities” (who have contributed least to the problem) hardest. And attempts to transition away from fossil fuels threaten communities that remain tied to the fossil fuel economy.

Frontline and vulnerable communities stand to get it coming and going, from the problem and from the solutions. And unlike big energy companies pursuing growth, unlike idle billionaires fascinated with new tech, unlike banks and financial institutions seeking out new income streams, unlike incumbent industries fat from decades of subsidies, frontline and vulnerable communities do not have the means to fund campaigns and hire expensive lobbyists. They do not have the means to make their voice heard in the scrum of politics.

That’s why progressives exist: to amplify the voices of those without power (a class that includes future generations).

Accordingly, in the resolution’s preamble — the part with all the whereas this and whereas that — there are three statements focused on climate damages and emissions and four focused, in one way or another, on justice.

Of the resolution’s five goals, three are focused on justice. (For example: “promote justice and equity by stopping current, preventing future, and repairing historic oppression to frontline and vulnerable communities.”)

Of the 12 GND projects, three, including the very first, are focused on community-level resilience and development. And something like two-thirds of the GND requirements, depending on how you count, direct political power and public investment down to the state, local, and worker level, safeguarding environmental and labor standards and prioritizing family-wage jobs.

The resolution makes clear that justice is a top progressive priority. It is fashionable for centrists and some climate wonks to dismiss things like wage standards as tertiary, a way of piggybacking liberal goals onto the climate fight. But progressives don’t see it that way. In a period of massive, rapid disruption, the welfare of the people involved is not tertiary.

2) Investment

Neoliberalism has also made old-fashioned public investment something of a taboo. The GND goes directly at it — public investment aimed at creating jobs is central to the project.

The preamble notes that “the Federal Government-led mobilizations during World War II and the New Deal era created the greatest middle class that the US has ever seen” and frames the GND as “a historic opportunity to create millions of good, high-wage jobs in the United States.”

Creating jobs is the second of the five goals; investment in “US infrastructure and industry” is the third. Of the GND projects, investment in “community-defined projects and strategies” to increase resilience is the first; repairing and upgrading infrastructure is the second.

Of the GND requirements, the very first is “providing and leveraging, in a way that ensures that the public receives appropriate ownership stakes and returns on investment, adequate capital (including through community grants, public banks, and other public financing), technical expertise, supporting policies, and other forms of assistance to communities, organizations, Federal, State, and local government agencies, and businesses working on the Green New Deal mobilization.”

Also in the requirements: funding education and job training for frontline communities in transition; investing in research and development; and investing in community ownership and resilience.

The Green New Deal resolution smartly avoids a few fights
There some internecine fights within the broad community of climate hawks that are best left to other venues, in order to keep the coalition behind a GND as broad and small-c catholic as possible. This resolution deftly avoids several of those fights.

1) Paying for it

The question of how to pay for the many public investments called for in the GND is still a bit of a political minefield. There are centrist Democrats who still believe in the old PAYGO rules, keeping a “balanced budget” within a 10-year window. There are Democrats who think deficit fears have been exaggerated and there’s nothing wrong with running a deficit to drive an economic transition. And there are Democrats who have gone full Modern Monetary Theory, which is way too complicated to explain here but amounts to the notion that, short of inflation, the level of the deficit is effectively irrelevant, as long as we’re getting the economy we want.


That discussion is just getting underway, and the better part of valor is to do what the GND resolution does: say nothing about it. Leave it for later.

2) Clean versus renewable energy

Many, probably most, climate hawks would prefer a future in which all electricity is provided by renewable energy. (I am among them.) But there is good-faith disagreement about whether 100 percent renewables is realistic or economical in the 10-year time frame.

Many, probably most energy analysts believe that renewables will need to be supplemented with nuclear power or fossil fuels with carbon capture and sequestration (CCS), but some lefty environmental groups pushed for the GND to explicitly prohibit them.

As I argued earlier, that would have caused a completely unnecessary fight. The resolution wisely avoids taking that route.

Instead, it calls for the US to “meet 100 percent of our power demand through clean, renewable, and zero-emission energy sources.”

Easy. Now renewables advocates can go right on advocating for renewables, nuclear fans can go right on advocating for nuclear, and they can continue fighting it out on Twitter. But their fight doesn’t need to muck up the GND. The GND targets carbon emissions, which is the right target for a broad programmatic outline.

3) Carbon pricing

Carbon pricing — carbon taxes or cap-and-trade systems — is also the source of much agita within the climate hawk community. The need to price carbon has practically been climate orthodoxy for the past few decades, but lately there’s been something of a lefty backlash.

Some have taken the (sensible) position that climate pricing has been rather fetishized, that it may not be the smartest political priority in all cases, and that other policy instruments with more proven records are equally important. Some have taken the (silly) position that carbon pricing is bad or counterproductive in and of itself and pushed to have it excluded from the GND.


The resolution doesn’t take a position. It merely says that the GND must involve “accounting for the true cost of emissions.” If you’re a carbon pricing fan (as I am), you can read pricing into that. But there are other ways to read it too.

Pricing advocates probably would have liked something a little more muscular there, but in the end, I think the instinct — to avoid the fight entirely — is the right one. The struggle over how or whether to prioritize pricing instruments can come later; it doesn’t need to be settled in advance of getting people on board with the GND.

4) Supply-side policy

Lately, lots of climate activists have been pushing to directly restrict the supply and distribution of fossil fuels — at the mine, well, or import terminal — with an eye toward phasing out fossil fuels entirely. “Keep it in the ground,” as the slogan goes.

This is the leading edge of the climate fight, out ahead of where labor and most moderates are. Including it in the GND probably would have sparked some defections.

The GND resolution doesn’t touch the subject, other than calling for transition assistance for communities losing fossil fuel jobs. And it calls on the US to “achieve net-zero greenhouse gas emissions,” which theoretically allows for some fossil fuel combustion coupled with carbon removal.

The keep-it-in-the-ground crowd is in the same position as the all-renewables crowd: They may feel some initial disappointment that their perspective was not reflected in the resolution, but they can take comfort in the fact that it was not excluded either. The resolution simply slates that fight as something to take place within the broad GND coalition, rather than making it part of the price of membership.

All four of these omissions or elisions — these fights postponed — signal, to me, a movement that is capable of reining in its more vigorous ideological impulses in the name of building the broadest possible left coalition behind an ambitious climate solution. That bodes well.

The Green New Deal resolution omits a few key, wonky policies
There are a few things I would have liked to see feature more prominently in the resolution. They are somewhat nerdy, but important in climate policy.

1) Density and public space

Just about the only urban-focused element of the GND resolution is tucked into the transportation section, calling for “investment in zero-emission vehicle infrastructure and manufacturing, clean, affordable, and accessible public transit, and high-speed rail.”

That’s it. Boo.

Creating dense urban areas with ample public spaces and multimodal transportation options — deprioritizing private automobiles and reducing overall automobile traffic — serves multiple progressive goals.

It tackles the next big climate challenge, which is cars. It reduces urban air pollution, urban noise, and the urban heat island effect, while increasing physical activity and social contact, all of which improves the physical and psychological health of urban communities.

It addresses the housing crisis that is crippling many growing cities, pricing young people, poor people, students, and longtime residents out of walkable urban cores.

And, if you will forgive some dreamy speculation, a little more public space might just generate a sense of community and social solidarity to counteract the segregation, atomization, isolation, and mutual distrust that cars and suburbs have exacerbated.

I get that GND proponents are spooked about being seen as anti-rural, which is why these kinds of plans from the left always include education, training, and transition assistance for rural communities hurt by decarbonization.

And that’s great. But they should also remember that their core demographics live in cities and are engaged in urban issues. Cities are central to any vision of 21st-century sustainability. They deserve pride of place in a GND.

2) Electrification

It is widely acknowledged in the climate policy community that deep decarbonization will involve rapid and substantial electrification. We know how to decarbonize electricity grids — so we need to get everything we can onto the grid.

That means two big things in particular.


First, the US vehicle fleet needs to be electrified as fast as practicably possible. The resolution’s “investment in zero-emission vehicle infrastructure” hints at this, but scarcely conveys the needed scale and speed.

Second, the millions upon millions of buildings in the US that use natural gas for heat need to find a zero-carbon alternative, and quickly. There are some zero-carbon liquid substitute fuels on the horizon, but for the time being, the best way we know to decarbonize HVAC (heating, ventilation, and cooling) is to rip out all those millions of furnaces and replace them with electric heat pumps. That’s a big, big job that will create a ton of work and directly involve millions of people’s homes and businesses.

The GND resolution would “upgrade all existing U.S. buildings and build new buildings, to achieve maximal energy efficiency, water efficiency, safety, affordability, comfort, and durability.” Theoretically that could imply electrification, but I’d like to see it called out.

The Green New Deal resolution has a few, er, aspirational inclusions
As I said, most of the resolution consists of goals and policies that anyone who takes climate change seriously will find necessary. But down toward the bottom of the list of projects, the resolution really lets its hair down and gets funky. Readers who make it that far into the document will find some eyebrow-raising doozies.

Like No. 8: “guaranteeing a job with a family-sustaining wage, adequate family and disability leave, paid vacations, and retirement security to all people of the United States.” Heyo! There’s that job guarantee.

Or No. 9: “strengthening and protecting the right of all workers to organize, unionize, and collectively bargain free of coercion, intimidation, and harassment.” A full-on right to unionize, okay.

11: “enacting and enforcing trade rules, procurement standards, and border adjustments with strong labor and environmental protections to stop the transfer of jobs and pollution overseas and to grow domestic manufacturing in the United States.” And there’s a liberal trade regime.

14: “ensuring a commercial environment where every businessperson is free from unfair competition and domination by domestic or international monopolies.” All right, we’re going after monopolies too.

And just to fill in the remaining gaps, 15: “providing all members of society with high-quality health care, affordable, safe and adequate housing, economic security, and access to clean water, air, healthy and affordable food, and nature.” That is quite the addendum!

If you’re keeping score at home, the Green New Deal now involves a federal job guarantee, the right to unionize, liberal trade and monopoly policies, and universal housing and health care.

Starting strong, bargaining down
This is just a resolution, not legislation. (I’m pretty sure providing universal housing and health care would require a couple of bills at least.) So I’m not really sure how literally these latter requirements are meant to be read, or how literally those who sign on to the GND will take them.

If they’re taken literally, then everyone who signs on should get a welcome letter from the Democratic Socialists of America. If they are taken as an aspirational list of Good Things, as I suspect they will be (especially given Markey’s involvement), then many arguments will remain to be had about just what a GND endorsement means.

But it definitely means something.

...

https://www.vox.com/energy-and-environment/2019/2/7/18211709/green-new-deal-resolution-alexandria-ocasio-cortez-markey
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 16, 2019, 03:36:10 pm
Guerra comercial custou 7,8 mil milhões de dólares à economia norte-americana

Um estudo levado a cabo por economistas de reputadas universidades norte-americanas calculou o custo das guerras comerciais impostas por Donald Trump. Em 2018 as importações norte-americanas caíram 31,5% e as exportações recuaram 11%.

A guerra comercial levada a cabo pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, custou à economia norte-americana 7,8 mil milhões de dólares (6,82 mil milhões de euros).


Segundo a agência Reuters, as contas foram feitas por um consórcio de economistas das principais universidades norte-americanas que elaboraram um relatório publicado pelo Gabinete Nacional de Economia de investigação (National Bureau of Economic research).

Os autores do relatório, que analisaram o impacto no curto-prazo das medidas protecionistas impostas por Trump, concluíram que as importações norte-americanas caíram 31,5% e que as exportações recuaram 11%. Os custos anuais dos produtores e consumidores também aumentaram para 68,8 mil milhões de dólares devido ao aumento dos preços dos bens importados para os EUA.

“Depois de se levar em consideração o aumento das receitas das tarifas aduaneiras e dos ganhos dos produtores nacionais devido ao aumento dos preços, a perda agregada foi de 7.8 mil milhões”, o que representa 0,04% dos PIB norte-americano, lê-se no estudo.

Donald Trump tem imposto medidas protecionistas para proteger a industria de transformação norte-americana. Em particular, o presidente norte-americano tem visado a China para reduzir a balança comercial que os EUA têm com a segunda maior economia do mundo.

Em 2018, Trump ameaçou aumentar as tarifas às importações de bens chineses de 10% para 25%. Desde a cimeira do G-20 na Argentina, no final de novembro, que os dois países têm estado em negociações com vista a um acordo comercial.

A data prevista para a conclusão das negociações era 1 de março. No entanto, Trump admitiu a extensão das negociações além daquela data.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/guerra-comercial-custou-78-mil-milhoes-de-dolares-a-economia-norte-americana-422834
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 18, 2019, 02:18:07 pm
O fim da imigração portuguesa para os EUA?

 
https://sicnoticias.pt/opiniao/2019-05-16-O-fim-da-imigracao-portuguesa-para-os-EUA-

 16.05.2019 08h38   
Luís Costa Ribas


SIC NOS EUA

Se o novo plano de Donald Trump para limitar a imigração estivesse em vigor nos anos de 1960 e 1970 a comunidade portuguesa nos Estados Unidos seria irrisória.
Donald Trump quer alterar radicalmente o tipo de imigrantes que os Estados Unidos recebem. A nação que há quase dois séculos e meio acolhe os desvalidos do Mundo e com eles ergueu uma super-potência já não quer o “refugo miserável” que tornou este país, nas palavras da imigrante e Secretária de Estado, Madeleine Albright, “a nação indispensável”.

A política americana de imigração – legislada, pela última vez, há mais de 30 anos – evoluiu no sentido de um soneto lavrado na base da Estátua da Liberdade, que saúda os navios chegados ao Porto de Nova Iorque, outrora portal de imigração por excelência.

Dêem-me os vossos cansados, os vossos pobres,

As vossas gentes encurraladas ansiosas por respirar liberdade

O refugo miserável das vossas costas apinhadas.

Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades,

Pois eu ergo a minha luz junto ao portal dourado.

Este excerto de “O Novo Colosso” que, imigrante, não sei ler sem me emocionar, foi escrito em 1883, por uma poetisa judia luso-descendente, Emma Lazarus. Os seus antepassados fugiram às perseguições da Inquisição em Portugal. É, pois, profundamente significativo que, em 1903, estas palavras tenham sido gravadas num monumento à liberdade e aos braços abertos dos EUA a refugiados como a família de Emma.

É esse legado, esse idealismo, que Trump quer destruir. Primeiro, com a crueldade gratuita como se refere aos imigrantes ilegais, como se o facto de terem passado a fronteira “a salto” os tornasse menos humanos.

Essa desumanização prosseguiu com a obscena política de detenção deliberada de menores, cujo sofrimento foi utilizado como arma política havendo planos para deportações em massa de milhares de famílias.

Prossegue, pendurada nas mentiras com que se pretende justificar uma crise inventada na fronteira com o México, tão necessária ao guião político da extrema-direita. Como nos EUA, aquela não pode ser mobilizada com a crise dos refugiados, inventa-se uma crise com os imigrantes ilegais.

Agora, o ataque volta-se contra a imigração legal. De acordo com a nova proposta, o tratamento preferencial é para quem tenha cursos superiores em áreas técnicas ou científicas, domine com fluência a língua inglesa e seja aprovado num teste de cultura e política americana.

Se estes critérios estivessem em vigor no passado, nenhum dos antepassados escoceses (sem formação académica ou cívica) e alemães (que não falavam inglês) de Trump teriam entrado legalmente nos Estados Unidos.

Se estes critérios estivessem em vigor nos anos de 1960 e 1970 quase todos os imigrantes portugueses teriam sido rejeitados, na medida em que se tratava, sobretudo, de pessoas modestas, sem formação académica e sem domínio da língua inglesa. A comunidade luso-americana seria uma (muito pequena) gota de água em vez das cerca de 1,5 milhões de pessoas hoje estimadas. E se estas propostas fossem aprovadas raríssimos portugueses conseguiriam imigrar para a “terra da oportunidade”. A imigração portuguesa, praticamente, acabava.

Tal como na comunidade portuguesa, a maioria dos imigrantes chegaram aos EUA fugidos da pobreza e/ou da opressão, dispostos a começar de novo, não olhando a sacrifícios para conquistarem um lugar à mesa e criarem um legado de trabalho e honra para os seus descendentes. É esta tradição e ética que Trump desconsidera.

Mas o Congresso não vai aprovar tais medidas profundamente anti-americanas e as propostas não serão lei. Trump pretende, tão pouco dar à sua base sinais de que acompanha os seus sentimentos xenófobos. Ao contrário da extrema-direita europeia (animada por sentimentos de desumanização do outro e ancorada na incompetência da UE) Trump e a sua extrema-direita não têm barcos e caravanas a trazer enxurradas de refugiados para território americano. As detenções de imigrantes ilegais na fronteira com o México, diminuíram em cerca de 80%relativamente a 2001.

Esta agitação anti-imigração, sustentada em mentiras e no apelo boçal à crueldade e ao pior em cada um, não passa de um triste embuste eleitoral a pensar nas presidenciais de 3 de Novembro de 2020.
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Lusitano89 em Maio 18, 2019, 03:35:59 pm
Portugal vai reforçar serviços consulares aos emigrantes na Califórnia em 2019


Os serviços aos emigrantes portugueses na Califórnia vão ser reforçados em 2019, com maior número de permanências consulares e a reavaliação da rede, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.

O governante avançou que estão previstas mais de 50 permanências consulares em Turlock, São José, Tulare, Los Angeles e San Diego, nalguns casos duplicando a frequência deste formato, que permite aos emigrantes residentes longe do consulado de São Francisco obterem serviços consulares.

O aumento irá traduzir-se "numa maior capacidade de resposta consular aos portugueses" que residem na Costa Oeste, "um território muito vasto" que é servido pelo Consulado Geral de Portugal em São Francisco.

O secretário de Estado revelou também que estão a ser estudadas outras formas de incremento dos serviços consulares, sendo uma das hipóteses "alargar os poderes dos cônsules honorários".

A escassez de meios e pessoal é um problema que tem afetado não apenas a comunidade luso-americana na Califórnia, mas também emigrantes noutros estados, tendo sido comunicada ao primeiro-ministro António Costa durante a sua deslocação à Costa Oeste em junho de 2018.

"A avaliação sobre a rede diplomática nos Estados Unidos é um dos trabalhos que está em curso no Ministério dos Negócios Estrangeiros", explicou José Luís Carneiro, frisando, no entanto, que não serão tomadas decisões definitivas no período pré-eleitoral.

O que já aconteceu no consulado de São Francisco foi a contratação de dois técnicos superiores, dois estagiários e um responsável do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), "que veio em missão para resolver pendências que havia neste consulado".

Um dos problemas, segundo explicou o governante, é que os concursos anteriormente abertos para a contratação de pessoal não tinham candidaturas, "porque as condições de remuneração eram muito abaixo daquilo que é o custo de vida na Califórnia".

A expetativa é também que as mudanças feitas no cartão de cidadão (que passa a durar dez anos para quem tem mais de 25) e nos passaportes (que aumentou o número de páginas) exijam menos visitas dos emigrantes aos serviços consulares.

José Luís Carneiro referiu também que os postos consulares e o IRN passaram a aceitar documentos em língua espanhola, francesa e inglesa, dispensando as traduções para os documentos de registo civil, e que a atribuição da nacionalidade a filhos e netos de portugueses estão mais fáceis, o que foi do agrado das comunidades luso-americanas.

Na visita que fez aos Estados Unidos entre 10 e 15 de maio, o secretário de Estado apelou às associações da comunidade portuguesa para que se candidatem aos apoios do ministério dos Negócios Estrangeiros entre 01 de outubro e 31 de dezembro.

O secretário de Estado fez ainda uma constatação: "há portugueses a decidirem regressar a Portugal".

O secretário de Estado refere-se a "alguns casais" com os quais trocou palavras na visita à Califórnia.

O governante explicou que esta situação está a ser impulsionada pelos incentivos fiscais prometidos em 2019 e 2020 e pelo estatuto de residente não habitual, que permite isenção de impostos durante dez anos. "É um mecanismo que tem efeitos nas comunidades", considerou.


:arrow: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/portugal-vai-reforcar-servicos-consulares-aos-emigrantes-na-california-em-2019
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 28, 2019, 03:21:18 pm
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/trump-equaciona-expulsar-empresas-chinesas-da-bolsa-americana-495039

+

https://www.sapo.pt/noticias/economia/wall-street-fecha-em-baixa-com-perspectiva-de_5d8e934b83a84d79c918997e

=

...
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: zocuni em Novembro 16, 2019, 07:09:52 pm
Um amigo meu que esteve lá recentemente falou-me isso.

Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Viajante em Julho 30, 2020, 10:55:39 pm
PIB dos EUA cai 32,9% no segundo trimestre. Economia americana oficialmente em recessão

Economia americana entrou oficialmente em recessão. PIB dos EUA caiu 9,5% face ao trimestre anterior e uns inéditos 32,9% em ritmo anualizado. É a maior queda desde que existem os atuais registos.

(https://bordalo.observador.pt/1000x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/07/30140737/28657734_770x433_acf_cropped.jpg)

A economia norte-americana caiu 32,9% no segundo trimestre, em ritmo anualizado, devido à pandemia de Covid-19. Trata-se do segundo trimestre consecutivo em queda, o que marca a entrada oficial da maior economia mundial em recessão, indicam as primeiras estimativas do Departamento do Comércio dos Estados Unidos publicadas esta quinta-feira.

Esta queda, ainda assim, é menor do que esperavam os analistas (35%). Reflete a resposta à Covid-19, com as medidas de confinamento impostas em março e abril, parcialmente compensadas pela reabertura de uma parte da atividade em certas regiões do país, em maio e junho”.

Segundo o New York Times esta queda do PIB norte-americano no segundo trimestre (9,5% face ao trimestre anterior e 32,9% em ritmo anualizado, ou seja projetando a evolução para todo o ano ao ritmo do trimestre em análise) é o maior alguma vez registado, comparável apenas com os números da Grande Depressão da década de 1930’s e da desmobilização a seguir à II Guerra Mundial, ambas ainda antes das estatísticas modernas.

A forma de medir utilizada pelos Estados Unidos é a evolução em ritmo anualizado, ou seja a que compara o PIB do trimestre com o trimestre anterior e faz uma projeção da evolução do ano inteiro ao ritmo do trimestre em análise. Este método é diferente da variação homóloga, que compara o PIB de um trimestre com os mesmos três meses do ano anterior (que é como se faz em Portugal, por exemplo).

https://observador.pt/2020/07/30/pib-dos-eua-cai-329-no-segundo-trimestre-economia-americana-oficialmente-em-recessao/

Um cataclismo económico a caminho? E com 75 000 casos por dia!!!!!!!
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: P44 em Dezembro 23, 2021, 06:10:45 pm
Biden now sports the lowest net economic rating of any president at this point through their first term since at least Jimmy Carter in 1977.

https://edition.cnn.com/2021/12/21/politics/joe-biden-jimmy-carter-economic-ratings/index.html

Já nem a CNN consegue esconder a catástrofe
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Viajante em Dezembro 24, 2021, 07:27:05 pm
Biden now sports the lowest net economic rating of any president at this point through their first term since at least Jimmy Carter in 1977.

https://edition.cnn.com/2021/12/21/politics/joe-biden-jimmy-carter-economic-ratings/index.html

Já nem a CNN consegue esconder a catástrofe

Mas os States tem uma arma que mais nenhum país tem, quase todos os bens mais importantes do mundo, são negociados em dólares....... e só há um país no mundo que tem o poder de imprimir notas de dólar!!!!!!
Esse poder é brutal. Enquanto quase todos os principais bens forem negociados em dólares...... se os americas precisam de notas, é só ligarem a impressora, até têem os outros países do mundo a matarem-se para conseguirem algum papel americano para não morrerem à fome!!!!!!!!
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: goldfinger em Dezembro 25, 2021, 07:39:15 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FHckOaRWQAAB6ko?format=jpg&name=large)

Una imagen vale mais que 1000 palabras
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: goldfinger em Dezembro 27, 2021, 08:18:42 pm
Citar
Biden ha autorizado fondos para el  Departamento de Defensa por valor de 740.000 millones de dólares para 2022.

Sumad el ahorro logrado gracias al fin de la misión en Afganistán

También 28.000 millones procedentes del Departamento de Energía para armas nucleares

(https://pbs.twimg.com/media/FHo8u7dXMAc_wY9?format=jpg&name=medium)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 28, 2021, 07:06:39 pm
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Luso em Janeiro 27, 2022, 06:35:27 pm

Sem comentários.
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Hammerhead em Abril 27, 2022, 09:23:46 pm
US trains vs Chinese trains...

USA

China

Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: P44 em Junho 16, 2022, 01:27:40 pm
EUA desde a chegada de Biden à presidência:

1. Credit card debt hits all time high of $1.1 trillion.
2. Inflation hits 40 year high of 8.6%.
3. Average monthly rent hits all time high of $2000.
4. Gas prices hit all time high of $5.00.
5. Stocks having worst year since 1940.

Mas pelo menos não há tweets maus
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Viajante em Junho 16, 2022, 10:41:31 pm
EUA desde a chegada de Biden à presidência:

1. Credit card debt hits all time high of $1.1 trillion.
2. Inflation hits 40 year high of 8.6%.
3. Average monthly rent hits all time high of $2000.
4. Gas prices hit all time high of $5.00.
5. Stocks having worst year since 1940.

Mas pelo menos não há tweets maus

Talvez, mas.....
Está a reagir muito mais rapidamente que o BCE a combater prioritariamente a inflação (ao contrário do BCE que está mais preocupado com os países endividados e ainda bem para nós).

E..... será que a maior potência militar e económica do mundo vai colapsar com conflitos militares a acontecer e mais uma vez fora de portas? Eu tenho muitas dúvidas  :mrgreen:
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Duarte em Junho 16, 2022, 11:58:14 pm
EUA desde a chegada de Biden à presidência:

1. Credit card debt hits all time high of $1.1 trillion.
2. Inflation hits 40 year high of 8.6%.
3. Average monthly rent hits all time high of $2000.
4. Gas prices hit all time high of $5.00.
5. Stocks having worst year since 1940.

Mas pelo menos não há tweets maus

Talvez se ele se maquilhasse, como um palhaço cor de laranja, e passasse a vida jogar golfe e tweetar imbecilidades, a economia melhore?  :mrgreen:
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Hammerhead em Janeiro 16, 2023, 04:48:11 pm
USA Collapse?

Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Duarte em Janeiro 16, 2023, 06:36:28 pm
USA Collapse?


 ::) :-X


https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-asset-class-allocation?s=y&mode=1&timePeriod=4&startYear=1972&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&asset1=TotalStockMarket&allocation1_1=100 (https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-asset-class-allocation?s=y&mode=1&timePeriod=4&startYear=1972&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&asset1=TotalStockMarket&allocation1_1=100)

https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-portfolio?s=y&timePeriod=4&startYear=1985&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&reinvestDividends=true&showYield=false&showFactors=false&factorModel=3&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&symbol1=ERUS&allocation1_1=100 (https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-portfolio?s=y&timePeriod=4&startYear=1985&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&reinvestDividends=true&showYield=false&showFactors=false&factorModel=3&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&symbol1=ERUS&allocation1_1=100)


Se tivesses investido $10,000 em 2011 na ETF iShares MSCI Russia ETF terias hoje:  $2,371
 ???

Se tivesses investido $10,000 na na bolsa de valores dos EU em 1972 terias hoje 1.4 milhões de dólares.. c56x1

vá lá... aposta contra os Estados unidos..  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Viajante em Janeiro 16, 2023, 07:18:12 pm
Ele não lhe vai responder Duarte, porque não consegue argumentar, deram-lhe esses dados para colar em fóruns portugueses e que remédio, mas não sabe os motivos do que escreve, se alguém lhe perguntar.

Com o corte das transmissões na Europa do RT e Sputnik, que apenas passam propaganda russa, têem de contratar os serviços de alguém que traduza no google e cole nos fóruns!!!!

Em que dia a economia americana vai sucumbir?  :mrgreen:
Mas é melhor não ligar a datas, os russos não cumprem com nada, nem para o Czar, quanto mais para o público em geral  :mrgreen:
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Hammerhead em Janeiro 17, 2023, 08:22:29 am
USA Collapse?


 ::) :-X


https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-asset-class-allocation?s=y&mode=1&timePeriod=4&startYear=1972&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&asset1=TotalStockMarket&allocation1_1=100 (https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-asset-class-allocation?s=y&mode=1&timePeriod=4&startYear=1972&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&asset1=TotalStockMarket&allocation1_1=100)

https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-portfolio?s=y&timePeriod=4&startYear=1985&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&reinvestDividends=true&showYield=false&showFactors=false&factorModel=3&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&symbol1=ERUS&allocation1_1=100 (https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-portfolio?s=y&timePeriod=4&startYear=1985&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&reinvestDividends=true&showYield=false&showFactors=false&factorModel=3&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&symbol1=ERUS&allocation1_1=100)


Se tivesses investido $10,000 e 2011 na ETF iShares MSCI Russia ETF terias hoje:  $2,371
 ???

Se tivesses investido $10,000 na na bolsa de valores dos EU em 1972 terias hoje 1.4 milhões de dólares.. c56x1

vá lá... aposta contra os Estados unidos..  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

 :mrgreen: Eu só estava a fazer uma pergunta, você deve ter notado o ponto de interrogação, certo? Colapso não quer dizer, ao meu ver, dizer falência total e o fim do mundo... serão so tempos difíceis para muitas pessoas... se você ver o extrato da minha conta UBS você vai desmaiar... além do que o  kremlin me paga  ;) , eu só invisto em ouro, e a anos! Foi isso que me permitiu comprar uma casa e criar o meu próprio negócio!
Guarde os pequenos investimentos para você  8)
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Duarte em Janeiro 17, 2023, 05:06:43 pm
eu só invisto em ouro, e a anos! Foi isso que me permitiu comprar uma casa e criar o meu próprio negócio!
Guarde os pequenos investimentos para você  8)

 ::)
I hate to break it to you...

https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-asset-class-allocation?s=y&mode=1&timePeriod=4&startYear=1980&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&asset1=TotalStockMarket&allocation1_1=100&asset2=Gold&allocation2_2=100 (https://www.portfoliovisualizer.com/backtest-asset-class-allocation?s=y&mode=1&timePeriod=4&startYear=1980&firstMonth=1&endYear=2023&lastMonth=12&calendarAligned=true&includeYTD=false&initialAmount=10000&annualOperation=0&annualAdjustment=0&inflationAdjusted=true&annualPercentage=0.0&frequency=4&rebalanceType=1&absoluteDeviation=5.0&relativeDeviation=25.0&leverageType=0&leverageRatio=0.0&debtAmount=0&debtInterest=0.0&maintenanceMargin=25.0&leveragedBenchmark=false&portfolioNames=false&portfolioName1=Portfolio+1&portfolioName2=Portfolio+2&portfolioName3=Portfolio+3&asset1=TotalStockMarket&allocation1_1=100&asset2=Gold&allocation2_2=100)

Se investiu $10,00 na bolsa em 1980 vs $10,000 em ouro no mesmo ano...  :bang:

US Stock Market   $10,000   ->>> $910,513
Gold   $10,000   ->>>. $32,951

Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Viajante em Janeiro 18, 2023, 09:15:35 am
eu só invisto em ouro, e a anos! Foi isso que me permitiu comprar uma casa e criar o meu próprio negócio!
Guarde os pequenos investimentos para você  8)

Então isso só significa que o forista Hammerhead é na realidade o forista Legionario!!!!
Cabem numa mão os foristas que sabem o que significa investir em ouro físico!!!!!
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Duarte em Janeiro 18, 2023, 04:03:12 pm
eu só invisto em ouro, e a anos! Foi isso que me permitiu comprar uma casa e criar o meu próprio negócio!
Guarde os pequenos investimentos para você  8)

Então isso só significa que o forista Hammerhead é na realidade o forista Legionario!!!!
Cabem numa mão os foristas que sabem o que significa investir em ouro físico!!!!!

Há cada coincidência!  :mrgreen: Ou será transtorno de personalidade múltipla?  8)
De facto, aparece aí cada um a vender banha da cobra "ruça",  mas eles nunca aparecem juntos ao mesmo tempo..  :conf:
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Hammerhead em Janeiro 19, 2023, 12:13:43 pm
Sera que é desta vez?!?

Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Viajante em Janeiro 19, 2023, 02:36:02 pm
É puxar do terço e continuar a rezar  :mrgreen:

Mas sem pressas que o terço não tem fim  :mrgreen:

Nos states não há qualquer drama quando um banco fecha as portas, ao contrário da Europa. Só entre 2008 e 2012, faliram quase 500 bancos!!!!!!!!
Os últimos 4 bancos a falir nos states deu-se em 2020. Se este ano algum fechar as portas, tenho poucas dúvidas que o governo não o vai salvar!!!!!

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_bank_failures_in_the_United_States_(2008%E2%80%93present) (https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_bank_failures_in_the_United_States_(2008%E2%80%93present))
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 23, 2023, 03:52:42 pm
Tesla engineering HQ leaving Texas to return to California, Musk announces

BY TRAVIS SCHLEPP


(KTLA) – Tesla is returning to California.

Elon Musk announced during a joint press conference with California Gov. Gavin Newsom that Tesla would be returning its global engineering headquarters to California, two years after a dramatic exit that saw the electric car company leave the Golden State for a facility in Austin, Texas.

Tesla will open up shop in the former home of Hewlett Packard in Palo Alto, Musk said. The facility will serve as the company’s engineering headquarters while the corporate headquarters remains in Austin.

The move returns Tesla to the world’s center of technology and innovation, and puts Musk in closer to proximity to the headquarters of Twitter, which the billionaire tech entrepreneur purchased last year in a massive social media shakeup.

Musk called the move into HP’s old building a “poetic transition from the company that founded Silicon Valley to Tesla.”

Newsom applauded the decision to return Tesla to California, saying that the state remains on the forefront of “discovery and new ideas and innovation.”

“We say about our state, the future happens here first. We are America’s coming attraction,” Newsom said.

The governor, who has known for Musk for decades, said it was a point of personal pride to have Tesla in California.

“Tesla is a California company,” Newsom said. “It started here first.”

Newsom added that California has been committed to supporting Tesla and other electric vehicle brands for years and has proven that through legislative policy and regulations.

But for Newsom, whom Musk said was one of the first people to purchase a Tesla Roadster in 2007, bringing back the electric sports car company was critical to secure California’s place as the nation’s automobile leader.

“We are able to lay claim to 44 manufacturing headquarter companies in the electric vehicle space, but none that dominate like Tesla,” Newsom said.

California is already the largest car manufacturer in America and Musk said Tesla’s Fremont plant is the busiest plant in North America with plans to produce more than 600,000 vehicles in the coming year.

Newsom has been a proponent of electric vehicles and revolutionizing America’s energy production, and said he hopes the partnership between Musk and California will allow the state to “dominate in this space and change the way we produce and consume energy in this state, and this nation and the world we are trying to build.”

Musk said he was excited for that partnership and hoped to do just that.

Tesla moved its headquarters out of California in late 2021 to set up shop in Austin. At the time of the move, Musk was in an ongoing battle with Alameda County public health officials over his desire to reopen the Fremont manufacturing plant in the middle of the coronavirus pandemic.

Daniel Ives, an analyst for multibillion-dollar investment firm Wedbush, said at the time that he believed Tesla’s move would be massively beneficial for the company due to tax breaks offered by Texas and the cheaper cost of labor.

Musk moved his residence from California to Texas, where there is no state personal income tax.

Musk did not specifically address the reasoning for returning Tesla’s headquarters to Silicon Valley. It’s unclear if the state offered any incentives for the company to return, or if Musk simply wanted to be closer to the Twitter headquarters, which is located in San Francisco.

Despite the spat with public health officials more than two years ago, Newsom offered nothing but words of praise for the controversial tech figure, saying Musk and Tesla is a major reason for California’s success in the electric vehicle industry.

“We don’t take that for granted and we appreciate the investments you’re making,” Newsom said.

The two also shared a laugh when discussing their own finances over the past several years.

Musk said that Newsom likely put down a $100,000 deposit for his first Tesla in 2007. Newsom countered that that purchase was made when he “had money” and joked that both he and Musk had similar net worths at the time.

“Your [networth] went negative, and I got a pension, so eat your heart out,” Newsom said.

The Associated Press contributed to this report.

https://thehill.com/policy/technology/3869991-tesla-hq-leaving-texas-to-return-to-california-musk-announces/


Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 10, 2023, 11:27:33 pm
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: P44 em Março 13, 2023, 01:59:20 pm
https://mobile.twitter.com/ImMeme0/status/1635278006062309378

Biden: "The banking system is safe."

Same Biden: “Investors in the banks will be not protected.”
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Icterio em Março 13, 2023, 05:14:08 pm
Biden: "The banking system is safe."

Same Biden: “Investors in the banks will be not protected.”

Não há nenhuma contradição, pelo contrário.
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Viajante em Março 13, 2023, 09:43:38 pm
Cuidado que a frase é tirada fora do contexto para apanhar os desprevenidos. Aliás o Biden está a ler o 3º ponto!!!

O que ele diz é 100% correcto, mas ele está a referir-se aos investidores dos bancos ou aos seus accionistas. Em qualquer parte do mundo, normalmente um accionista quando compra acções pode perder todo o dinheiro!

Por cá aconteceu o mesmo aos últimos accionistas que compraram acções do BES, do Banif....... etc.

O que o link não explica é que os utilizadores dos bancos que faliram, em principio recuperam o seu dinheiro, como é o caso das start up americanas. Por lá e até 250 000 dólares, os depósitos estão seguros, acima desse valor, os 250k estão seguros e é feito o rateio com a venda dos activos do banco para recuperarem a cima dos 250k dólares!

Estamos de facto a viver um momento preocupante, mas é preciso termos cabeça fria para tomarmos decisões correctas!

Quem não conhece o sector bancário, é preciso ter atenção ao seguinte:
- Os Bancos são das empresas mais alavancadas que existem! E por conseguinte, têem capitais próprios muito pequeninos para o activo do Banco. Antes da crise de 2008, os Bancos só precisavam de ter salvo erro 6% de capitais próprios (é a diferença entre o Activo e o passivo ou capitais alheios). Agora os Bancos na UE precisam de ter pelo menos o dobro ou o BCE/Banco Nacional pode intervir para obrigar a capitalizar o Banco.

- Como os Bancos têem o efeito multiplicador do dinheiro, são muito vigiados, porque facilmente os acontecimentos podem descambar. E o que e o efeito multiplicador? Vejamos desta forma: O A deposita 100k € no Banco XXX. O Banco tem de criar reservas obrigatórias sobre esse montante (andará em menos de 10%). Imaginamos que o Banco empresta os restantes 90K € a outro Banco. O Banco cria uma reserva até 9k € e empresa os restantes 81k são emprestados a uma empresa industrial! Recapitulando, O Banco com 100k € de um depósito, criou activos no valor de: os 100k€ do depósito original + 10k€ (reserva no Banco Central ) + 90k emprestados ao outro Banco + 9k€ (reserva no Banco Central) + 81k€ emprestados a uma empresa!

- Perante capitais próprios tão baixos, para terem uma ideia, basta 1/10 dos clientes ou menos, correrem a levantarem os seus depósitos e o Banco fica insolvente!!!! Mesmo que não tenha cometido qualquer fraude ou qualquer ilegalidade!!!!!!

Por esse motivo os Bancos são imensamente sensíveis a boatos que possa liquidar um Banco! Como vimos, facilmente qualquer banco abre falência se se criar um boato de que o Banco x pode falir...... a seguir os aforradores vão ao banco sacar todo o dinheiro do Banco!!!!! E.... como é evidente, nenhum banco tem o dinheiro dos seus clientes quietinho à espera de ser levantado! Os bancos ganham dinheiro a emprestarem e se tiverem muitos caloteiros...... ou for criado um boato, já era. Mesmo um banco saudável, basta ser submetido a pressão com levantamentos de dinheiro ao balcão, vão levar o banco a desfazer-se de activos e a perder dinheiro, só para ter liquidez..... e quando o banco perder o valor dos capitais próprios...... já era!!!!!!

Mas voltando à crise, é verdade que estão a ser cometidos alguns dos mesmos erros de 2008........ mas ainda não estamos no mesmo patamar!
Agora, nas falências recentes, o que vemos é que quem investe em cripto coisas.... perde tudo!

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/first-republic-bank-cai-mais-de-65-banca-dos-eua-em-minimos-de-5-meses
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 07, 2023, 01:47:15 pm
Título: Re: EUA na Bancarrota?
Enviado por: goldfinger em Setembro 07, 2023, 06:29:09 am
Citar
La deuda nacional de EE. UU. se ha incrementado en $1.45 billones desde que se suspendió el techo de deuda hace 3 meses!! La deuda total roza los $33 billones, y para hacernos una idea de la magnitud del endeudamiento de la economía estadounidense, en tan solo 5 años, la deuda se ha incrementado en un 53%!

(https://pbs.twimg.com/media/F5W7iHCXEAEMgpw?format=png&name=medium)