Alpha-Jet

  • 117 Respostas
  • 48351 Visualizações
*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #45 em: Janeiro 19, 2006, 03:46:44 am »
Saudações guerreiras.

Citação de: "Tomkat"
Leonidas sonhar é preciso,... e o sonho comanda a vida...
A hipótese que levantas só em sonhos.
Mas que sria bom,...seria.


Caro Tomkat, talvez agora consiga perceber a razão porque escreveu isto. É que, depois de reler tudo com atenção aquilo que escrevi, até eu fiquei com uma ideia completamente diferente sobre aquilo que queria verdadeiramente transmitir, mas que ficou sem nexo e nada precetivel aquando do desenvolvimento do meu racíocinio (cadelas apressadas parem cachorros cegos).

Aquilo que eu queria dizer com isto: “Não será de considerar uma atualização destes aviões para complementarem com eficácia os F-16?”, era exatamente aquilo que escrevi depois, mas não da maneira como as frases estão “alinhadas”, interpretando eu, como se o Tomkat não tivesse entendido nada daquilo que eu tinha escrito - o que, na realidade, é perfeitamente compreensível. A frase tal como está, desenquadrada, porque não reparei no erro, é mesmo muito dificil de adivinhar o que pretendia transmitir, senão impossível. Mas que grande confusão :!:

Então aqui vai o parágrafo corrigido:

Citação de: "Leonidas re"
Todos os Alphajet cedidos a Portugal estavam num estado impecável. Será que desde a altura em que foram dados como operacionais na FAP tiveram um desgaste assim tão grande?  
Será que com dezenas de aviões para peças o Alpha jet apresente problemas? Não será de considerar uma atualização destes aviões para complementarem com eficácia os F-16?
Já agora se Portugal optar pelos MAKO, estes só daqui a uns 15 anos é que cá tá.
 


Ao Tomkat e também a toda a malta as minhas desculpas.
Espero que todos tenham compreendido tudo agora.  :D  
________________________________________

No seguimento da discussão.

Não sei, mesmo, até que ponto é que compensaria continuar a operar o avião tal como está, porque, a meu ver, dado a introdução dos F-16MLU, mesmo existindo uma versão bilugar para instrução, os custos de operação, julgo, que os custos de manutenção iriam disparar tendo, como um eventual resultado económico incomportável, se se apostar muito mais no treino de tripulações com o F-16B MLU, fruto da configuração dos AlphaJet que são de, pelo menos, uma (ou já duas) décadas anteriores e, por isso mesmo, não estarem á altura das necessidades, mesmo por muito pouco que elas sejam. O salto tecnológico é, por demais, evidente.

Mesmo achando que, na falta de melhores perspectivas, o Alpha jet deva ser modernizado, pergunto se, mesmo assim valerá a pena? Lembrei-me que os aviões quando foram adquiridos - embora em bom estado de conservação – já apresentavam também uns anos acumulados no serviço ativo da Luftwaffe. Não sei o historial de cada avião adquirido, mas acho que devem ter já uma média de 20 anos de existência, senão mais, neste momento. Se me for permitida a comparação com os F-16, creio que talvez seja aconselhável terem também um “Falcon Up” para além das devidas atualizações eletrónicas. Com isto tudo vejo que a coisa não sai barata.  

Se o objetivo é a participação no programa do MAKO então, acho mesmo que se pense numa atualização dos Alpha Jet para que daqui a 15/20 anos termos os MAKO e, até lá, não termos problemas com aquilo que temos. Se o objetivo for deixar andar tudo como está até os Alpha Jet perderem as asas, então não é só este avião que tá em causa.

Eu, no MAKO, acredito só vendo. Por isso mesmo, acho que se for o caso não, devemos por de parte a aquisição de qualquer outra aeronave. Se se perspetivar um arrasto ainda maior no tempo de todo o processo do MAKO, é aconselhável que salta o mais rapidamente possivél, para assim, ter uma melhor liberdade, para escolher um treinador tendo como ideia uma outra aeronave que não mais o F-16. Será pedir muito? Eu apostaria sem hesitar, no M-346.

Cumprimentos

PS: A Bélgica, se a memória não me atraiçoa, teve um programa de modernização do mesmo aparelho, mas na versão E de école (instrução pura) - coisa que nem os franceses, que têm a mesma versão, fizeram e nem se perspectiva fazê-lo, para já, somente por falta de verba - tendo em vista uma utilização em conjunto mais eficaz a custo razoáveis.
 

*

p_shadow

  • Perito
  • **
  • 448
  • +2/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #46 em: Janeiro 19, 2006, 06:07:02 am »
Citação de: "Leonidas"
... Todos os Alphajet cedidos a Portugal estavam num estado impecável. Será que desde a altura em que foram dados como operacionais na FAP tiveram um desgaste assim tão grande?  :?


Citação de: "Leonidas"
... Tanto não as tenho, que coloquei, como hipótese, na minha intervenção anterior, para os restantes aviões existentes em Beja, sofrerem uma atualização e, desse modo, poderem corresponder melhor ás exigências mais exigentes - passo a redundância - em termos de treino ou até mesmo para desempenhar missões como bombardeiro que é...

Bombardeiro?!  :shock:

Quanto a um possivel "upgrade" da frota AlphaJet.... :P


Citação de: "Leonidas"
... Lembrei-me que os aviões quando foram adquiridos - embora em bom estado de conservação – já apresentavam também uns anos acumulados no serviço ativo da Luftwaffe. Não sei o historial de cada avião adquirido, mas acho que devem ter já uma média de 20 anos de existência, senão mais, neste momento...


Então mas à uns posts atrás o colega não disse que estavam impecáveis?! :idea:


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #47 em: Janeiro 19, 2006, 11:33:38 am »
Saudações guerreiras.

Caro P_Shadow, os aviões por serem usados não querem dizer que não possam estar todos jóia. Aquilo que dava para desconfiar era se fossem cedidos aviões podres. Se quer que lhe diga, verdade (verdadinha) não sei, mesmo, o estado deles quando foram recebidos pela FAP, até, porque deve ser uma informação confidencial, presumo, mas nestas coisas acho que só podemos admitir que os aviões estavam em bom estado; em estado impecável, porque outra coisa não interessaria a Portugal.

De acordo com os planos que se estavam já a definir, como por ex. a utilização efetiva de todos os aviões com duas esquadras, coisa que, como se sabe, caiu em saco roto. É evidente, também, que há sempre diferenças entre um avião que já tem umas horas de voo e outro igualzinho que não tem (com “vantagem” para o primeiro, porque já se sabe que consegue bater as asas e voar  :D  Agora não sei que tipo de uso é que a FAP dá ao avião. Mesmo assim não vai deixar de ser um caça-bombardeiro, porque tem essa possibilidade e porque foi concebido como tal, de raíz.

(**) (***) (*)  

http://www.emfa.pt/www/aeronaves/aeronavesdetalhe.php?lang=pt&key=ajet

http://www.geocities.com/militaryzone_portugal/fap3.htm

http://walkarounds2.home.sapo.pt/alphajet.htm

Cumprimentos
« Última modificação: Janeiro 19, 2006, 11:58:50 am por Leonidas »
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #48 em: Janeiro 19, 2006, 11:48:44 am »
Caro jorge, reepare bem nisto, do alto do seu "miradouro".  :D
As aprarências iludem.

A única coisa que têm em comum, o facto de ambos terem origem na segunda guerra mundial.

Junkers J-86 Stuka - Bombardeiro(A) / de Havilland Canada Chipmunk - Avião de instrução (B)


(A)
(B)


(B)
(A)

Cumprimentos
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7445
  • Recebeu: 952 vez(es)
  • +4508/-862
(sem assunto)
« Responder #49 em: Janeiro 19, 2006, 09:42:24 pm »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

p_shadow

  • Perito
  • **
  • 448
  • +2/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #50 em: Janeiro 20, 2006, 05:16:47 pm »
Citação de: "Leonidas"
A Inglaterra (*), adquiriu uns poucos Alpha jet depois da Luftwaffe ter retirado o mesmo do serviço ativo. Todos eles estavam em excelente estado de conservação.

Este caso não serve de exemplo.
As aeronaves inglesas são operadas pela Qinetic em missões de teste, chase-plane, etc. Foram adquiridas numa altura em que a frota Hawk da RAF sofria de alguns problemas estruturais e houve a necessidade de, obviamente, rentabilizar essa mesma frota na sua missão principal, a formação de pilotos.
Por essa razão o MoD britânico adquiriu 12 AlphaJet ex-Lufwaffe. Mesmo assim, praticamente metade desses aparelhos servirão apenas como fonte de sobressalentes para a frota operacional.


Citação de: "Leonidas"
O avião está sempre descrito como sendo um caça-bombardeiro, por isso não sei qual é a razão da sua dúvida...
...
Citação de: "Leonidas"
Agora não sei que tipo de uso é que a FAP dá ao avião. Mesmo assim não vai deixar de ser um caça-bombardeiro, porque tem essa possibilidade e porque foi concebido como tal, de raíz.

Eu não questiono a designação que o avião tem.
Temos é que colocar esse avião, que é um sistema de armas como um blindado ou um navio, em possiveis cenários bélicos onde poderá intervir. E neste campo penso que o que escrevi atrás descreve bem as capacidades do AlphaJet:
"...a capacidade da ataque dos nossos AlphaJet configurados com 2 depósitos de combustível é praticamente nula..."
Na guerra moderna, que tipo de missões delegaria a uma aeronave com estas capacidades?


Citação de: "Leonidas"
Escandaleira da grande é chamar caça-bombardeiro ao F-22.

Olhe que essa "escandaleira" vai ser uma realidade muito em breve!


Citação de: "Leonidas"
Veja as fotos (**) (***). Acha que todo o material exposto é só para jogar ao Carnaval?  :D
Muitas vezes, inclusive, o material exposto em frente a um avião não é de todo uma amostra real da sua panóplia de armamento.
Exemplo disso, há uns anos num aniversário da FAP a "organização" lembrou-se de, talvez para poupar espaço, colocar um Harpoon em frente a um F-16 juntamente com o restante armamento usado pelos nossos "Vipers". Talvez graças a isto ainda hoje costuma aparecer pessoal nos foruns convencidissimos que os nossos F-16 cumprem missões TASMO armados com Harpoon! :P


Quanto às ideias que alguns colegas têm sobre a substituição dos AlphaJet pelo avião A ou B só porque o país X ou Y também tem igual... sugeria-lhes seriamente que estudassem primeiro como é o sistema de formação de pilotos nesses países e depois então que comparem com a situação na FAP.
Mas se falar por falar também é interessante.... que siga a dança! 8)


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 5399
  • Recebeu: 5336 vez(es)
  • Enviou: 3517 vez(es)
  • +10060/-2642
(sem assunto)
« Responder #51 em: Janeiro 22, 2006, 06:29:56 pm »
Citação de: "p_shadow"
Oh meu amigo Leonidas... não me diga que acredita que um AlphaJet consegue levantar as rodas do chão com todo esse "ferro" pendurado nas asas?!  :P

É verdade, é verdade, também fiquei intrigado (e esperançado) mas o AGM-84 era mesmo do P-3P. Aqueles marotos... :P ), lembro-me que em 1999 um Cap. PILAV da 301 se queixou que o pod de canhão Mauser Bk.27 do Alpha-Jet, para além de ser pesado, obrigava a consumir muita "gasosa".

Imagine-se então uma missão AI/CAS (ou ECAS), próximo da FLOT, em que o A-Jet tivesse que levar carga máxima: canhão, duas duplas de Mk.82 de 500lbs e dois lança-foguetes LAU-19... será que o avião chegaria a descolar?  :mrgreen: ) mas há coisas que existem mesmo só no papel.  :wink:
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #52 em: Janeiro 23, 2006, 03:12:25 am »
Saudações guerreiras.

Sobre este assunto e quanto a eventuais dúvidas sobre adjetivações.
Da reportagem com o título - "La deuxième vie des Alphajet de la Luftwaffe" (A segunda vida dos Alphajet da Lufwaffe).

Citação de: "Revista JETS Nº 53 Maio 2000, Marc Rostaing"
La firme Dornier, co-constructeur avec Dassault-Bréguet Aviation, se mis en quête d´acheteurs pour ces appareils, tous en parfait état et très correctment stokés.
[/color]

(A)As empresas co-construtoras Dornier e Dassault-Bréguet, procuram compradores para os aparelho, estando todos eles em perfeito estado e muito bem armazenados.  

Citação de: "Revista JETS Nº 53 Maio 2000, Marc Rostaing"
Actuellement Dornier négocie d`autre marchés avec différents acquéreurs potenciels, dont un sera officiellement dévoilé sous peu. Il reste 70 apparreils á revendre, tous en parfait état et avec en gros potenciel.[/b]
[/color]

(A)Atualmente, a Dornier negoceia com potenciais clientes em vários mercados. Um deles será oficialmente revelado brevemente. Os remanescentes 70 aviões para venda, permanecem em perfeito estado e com grande pontencial.

--------------------------------------

Citação de: "P_Shadow"
Este caso não serve de exemplo.
As aeronaves inglesas são operadas pela Qinetic em missões de teste, chase-plane, etc. Foram adquiridas numa altura em que a frota Hawk da RAF sofria de alguns problemas estruturais e houve a necessidade de, obviamente, rentabilizar essa mesma frota na sua missão principal, a formação de pilotos.
Por essa razão o MoD britânico adquiriu 12 AlphaJet ex-Lufwaffe. Mesmo assim, praticamente metade desses aparelhos servirão apenas como fonte de sobressalentes para a frota operacional.

Lá por ser um outro cliente que não uma Força Aérea, as exigências em termos de qualidade mantêm-se sempre. Abro um parêntesis, dado a Qinetiq ser uma empresa que se dedica a trabalhos de “restauro” de alta tecnologia e daí precisar de um avião todo espatifado para pô-lo num brinco só para ver como é (o que duvido)!!. Mas aí também temos uma contradição, porque razão, os ingleses não adquiriram o próprio HAWK já que apresentava problemas e precisava de uma solução? Será que a Qinetiq não conseguia fazê-lo? Duvido, portanto a justificação para a aquisição de outros aviões que não tivessem origem inglesa deve ser outra, mas isso também não interessa para a discussão.



Já agora, em relação aos Alpha Jet ingleses, há uma coisa que não entendo, porque razão os aviões ostentam insígnias militares da RAF (Royal Air Force)? Deve ter, mais ou menos, a mesma explicação para os aviões da USAF (United States Air Force) que voam pela NASA (National Aeronautics and Space Administration) nos Estados Unidos? Mas a NASA também tem uma frota com aviões próprios, não sei se com matrícula civil ou uma própria (NASA, sendo civil também(?)) para além daqueles que voam para a NASA com insígnias e matrículas militares.

Citação de: "P_Shadow"
Olhe que essa "escandaleira" vai ser uma realidade muito em breve!

Eu digo escandaleira, porque o avião, podendo transportar bombas, tal como acontece com o F-15, foi sempre pensado para uma tarefa principal diferente de um bombardeiro. A mudança da designação de F-22 para F/A-22 (F – Fighter (caça) --- F/A Fighter/Atack (caça-bombardeiro) tal como o F/A do “F”-18 ) tem a ver com um “esquema” que se arranjou, para justificar os astronómicos números (em dólare$) até á data em que o Sr. Rumsfield, decidiu, perante a opinião pública, anunciar que o programa de aquisição da aeronave aí mesmo para a frente. O que começou a ser posto em causa era exatamente o porquê de se gastar tanto, mas tanto, dinheiro (mesmo para os camónes) por ser um “simples” caça que custa a módica quantia de 125 milhões de dólares/ unidade (estimativa por baixo) e que, muito provavelmente, só iria defrontar cenários em e que, por isso a sua utilidade era perfeitamente substituível pelo F-15 muito menos oneroso e igualmente tão eficaz como o próprio F-22 (e daí a própria Boing se disponibilizar rapidamente para reabrir a linha de produção dando seguimento a uma eventual encomenda de mais umas centenas de F-15, caso o F-22 fosse mesmo pelo cano abaixo, como estava previsto). O avião tal como estava, “não satisfazia os requisitos da USAF” (perante a opinião pública, atenção). Assim, para que se justifique a continuidade do programa, tendo em conta que terá que ser transformado num verdadeiro F/A, terão que gastar ainda mais dinheiro, o que duvido, mas que não excluo. Ou seja, o avião é na prática só um F, mas que pelas razões apontadas designa-se como F/A. Daí a minha alma estar parva e afirmar aquilo que afirmei. Mas para mim é igual ao litro. Mesmo sendo um F-22 deverá ser muito melhor a bombardear do que um F-16, por ex.

Citação de: "P_Shadow"
Oh meu amigo Leonidas... não me diga que acredita que um AlphaJet consegue levantar as rodas do chão com todo esse "ferro" pendurado nas asas?!  
Muitas vezes, inclusive, o material exposto em frente a um avião não é de todo uma amostra real da sua panóplia de armamento.
Exemplo disso, há uns anos num aniversário da FAP a "organização" lembrou-se de, talvez para poupar espaço, colocar um Harpoon em frente a um F-16 juntamente com o restante armamento usado pelos nossos "Vipers". Talvez graças a isto ainda hoje costuma aparecer pessoal nos foruns convencidissimos que os nossos F-16 cumprem missões TASMO armados com Harpoon!
 

Ainda bem que estamos a discutir estas coisas. Sendo assim, sou lavado a concluir que deve haver um motivo, que não a desinformação, pelo qual qualquer organização de eventos aeronáuticos permita que as pessoas sejam induzidas em erro. Á que levar as pessoas a sério. Um pormenor a rever então.

Já agora, os F-16 MLU tugas podem dispara mísseis Harm? E os Alarm (se calhar já é pedir muito)?  


Citar
Quanto às ideias que alguns colegas têm sobre a substituição dos AlphaJet pelo avião A ou B só porque o país X ou Y também tem igual... sugeria-lhes seriamente que estudassem primeiro como é o sistema de formação de pilotos nesses países e depois então que comparem com a situação na FAP.
Mas se falar por falar também é interessante.... que siga a dança!


A situação é assim tão precária? Sei que há dificuldades para aranjar pilotos para os F-16. Não é por isso que têm de ir para os States? Também será por causa de não haver a aeronave mais avançada que o Alpha Jet? O quê mais? Eu gostava de saber.

Mesmo que venhamos a adquirir aeronaves de países fora NATO. Qual será o problema? É isso que também tá em jogo?

Cumprimentos

(A) Se as traduções não estiverem ok a malta pode corrigir á vontade. Mto obrigado.
 

*

Spectral

  • Investigador
  • *****
  • 1437
  • +4/-1
(sem assunto)
« Responder #53 em: Janeiro 23, 2006, 11:45:17 am »
Citar
Lá por ser um outro cliente que não uma Força Aérea, as exigências em termos de qualidade mantêm-se sempre. Abro um parêntesis, dado a Qinetiq ser uma empresa que se dedica a trabalhos de “restauro” de alta tecnologia e daí precisar de um avião todo espatifado para pô-lo num brinco só para ver como é (o que duvido)!!. Mas aí também temos uma contradição, porque razão, os ingleses não adquiriram o próprio HAWK já que apresentava problemas e precisava de uma solução? Será que a Qinetiq não conseguia fazê-lo? Duvido, portanto a justificação para a aquisição de outros aviões que não tivessem origem inglesa deve ser outra, mas isso também não interessa para a discussão.

A QuinetQ é uma empresa associada ao Minstry of Defence britânico que testa novos equipamentos e a sua integração e possível aquisição. A sua frota de A-Jets deve ter um uso menos intensivo que por exemplo a nossa.


Citar
Eu digo escandaleira, porque o avião, podendo transportar bombas, tal como acontece com o F-15, foi sempre pensado para uma tarefa principal diferente de um bombardeiro. A mudança da designação de F-22 para F/A-22 (F – Fighter (caça) --- F/A Fighter/Atack (caça-bombardeiro) tal como o F/A do “F”-18 ) tem a ver com um “esquema” que se arranjou, para justificar os astronómicos números (em dólare$) até á data em que o Sr. Rumsfield, decidiu, perante a opinião pública, anunciar que o programa de aquisição da aeronave aí mesmo para a frente. O que começou a ser posto em causa era exatamente o porquê de se gastar tanto, mas tanto, dinheiro (mesmo para os camónes) por ser um “simples” caça que custa a módica quantia de 125 milhões de dólares/ unidade (estimativa por baixo) e que, muito provavelmente, só iria defrontar cenários em e que, por isso a sua utilidade era perfeitamente substituível pelo F-15 muito menos oneroso e igualmente tão eficaz como o próprio F-22 (e daí a própria Boing se disponibilizar rapidamente para reabrir a linha de produção dando seguimento a uma eventual encomenda de mais umas centenas de F-15, caso o F-22 fosse mesmo pelo cano abaixo, como estava previsto). O avião tal como estava, “não satisfazia os requisitos da USAF” (perante a opinião pública, atenção). Assim, para que se justifique a continuidade do programa, tendo em conta que terá que ser transformado num verdadeiro F/A, terão que gastar ainda mais dinheiro, o que duvido, mas que não excluo. Ou seja, o avião é na prática só um F, mas que pelas razões apontadas designa-se como F/A. Daí a minha alma estar parva e afirmar aquilo que afirmei. Mas para mim é igual ao litro. Mesmo sendo um F-22 deverá ser muito melhor a bombardear do que um F-16, por ex.

- A patetice da designação F/A-22 foi recentemente abandonada, vai ser só F-22-

- Todos os caças (F's) na USAF têm uma missão de ataque secundária. Enquanto que alguns não a utilizaram, caso dos F-15A/C, noutros como o F-16 tornou-se a sua missão principal, mesmo que isso seja radicalmente diferente da sua missão inicial proposta (caça ligeiro de combate WVR). Nos dias de hoje, e com cada vez menos aparelhos disponíveis, faz sentido que todos tenham uma capacidade polivalente, ainda mais aproveitando-se das características stealth do F-22, que aparentemente serão superiores às do F-35 ( e  até do F-117).

Citar
Já agora, os F-16 MLU tugas podem dispara mísseis Harm? E os Alarm (se calhar já é pedir muito)?


O F-16 MLU -M2 pode disparar HARMs, ALARM creio que nunca foi integrado.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 5399
  • Recebeu: 5336 vez(es)
  • Enviou: 3517 vez(es)
  • +10060/-2642
(sem assunto)
« Responder #54 em: Janeiro 23, 2006, 08:28:53 pm »
Citar
A QuinetQ é uma empresa associada ao Minstry of Defence britânico que testa novos equipamentos e a sua integração e possível aquisição. A sua frota de A-Jets deve ter um uso menos intensivo que por exemplo a nossa.
Correcto Spec. Os 12 Alpha-Jet A da Qinetic têm uma utilização bem menos intensiva do que a que ocorre com a nossa frota, por exemplo. Talvez mesmo só a frota tailandesa fique a perder neste aspecto devido aos crónicos problemas com os seus motores Snecma/Turbomeca Larzac 04-C20.

Citar
O F-16 MLU -M2 pode disparar HARMs, ALARM creio que nunca foi integrado.

Sim, o BAe Alarm é mencionado como "integrável" no F-16 mas apenas a nível teórico. Uma das características do estágio M2 do "Mid-Life Update" é a introdução do software necessário ao emprego do Raytheon AGM-88B HARM. No âmbito das EPAFs, tanto a Holanda como a Dinamarca tinham interesse em deter capacidade SEAD através da aquisição do HARM. Mais tarde, no entanto, o Estado holandês cancelou definitivamente essa hipótese seguido, pouco tempo depois, pela Dinamarca.

A nível de armamento, a alteração mais marcante no estágio M2 é a capacidade de utilização do HARM enquanto no M3, por exemplo, os melhoramentos quanto a software e sistemas permitem a integração do HMCS ("Helmet-Mounted Cueing System"), AIM-9X e/ou IRIS-T, JDAM, JSOW e WCMD (à semelhança do destacamento MLU norueguês que em Agosto esteve na BA5, pertencendo todas as aeronaves ao padrão M3).  :wink:
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #55 em: Janeiro 26, 2006, 03:20:00 am »
Saudações guerreiras.

Os excertos da reportagem em francês que meti na minha anterior intervenção, explica o motivo pelo qual os alemães se desfizeram de toda a frota de Alphajet em 1997. Segundo se consta os alemães tinham que reduzir as suas forças ao abrigo de tratados internacionais de desarmamento. A Rússia assim o exigiu.

Citação de: "C. Jaguar"
Talvez mesmo só a frota tailandesa fique a perder neste aspecto devido aos crónicos problemas com os seus motores Snecma/Turbomeca Larzac 04-C20.


Caro C. Jaguar, não será o clima a explicação mais lógica para tal? Mesmo assim tou admirado. Será que a ajuda técnica da Dornier ou até mesmo da Snecma não conseguem resolver a questão? Se conseguir adiantar algo sobre isto.

Portugal teve mísseis Shrike e se estes alguma vez foram disparados pelos A-7?

Cumprimentos
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 5399
  • Recebeu: 5336 vez(es)
  • Enviou: 3517 vez(es)
  • +10060/-2642
(sem assunto)
« Responder #56 em: Janeiro 26, 2006, 02:56:46 pm »
Citação de: "Leonidas"
Caro C. Jaguar, não será o clima a explicação mais lógica para tal? Mesmo assim tou admirado. Será que a ajuda técnica da Dornier ou até mesmo da Snecma não conseguem resolver a questão? Se conseguir adiantar algo sobre isto.

Portugal teve mísseis Shrike e se estes alguma vez foram disparados pelos A-7?
Leonidas

Como é óbvio, o clima adverso daquela região do globo (temperatura e humidade elevadas) não é um factor a excluir. Mas a verdade é que a frota Alpha-Jet A da Real Força Aérea Tailandesa tem sofrido bastante problemas a nível operacional sobretudo devido à crónica falta de peças e sobressalentes. Todos os A-Jet vendidos à Tailândia eram equipados, como os nossos, com os motores Turbomeca/Snecma Larzac 04-C20 e não com o anterior -C6 como por vezes se lê erradamente. Também ocorreram problemas com os assentos ejectáveis UPC / Stencel S-III-F3.

Relembre-se que em 2000 a Tailândia comprou 25 Dassault/Dornier Alpha-Jet A ex-Luftwaffe, para substituir na missão de apoio aéreo próximo (CAS) os envelhecidos OV-10C Bronco. Cinco aeronaves serviram para peças enquanto as restantes duas dezenas foram colocadas na Ala 23, em Udon Thani. Uma aeronave foi perdida em 2002 durante uma missão de treino após ter colidido em voo com outro Alpha-Jet, acabando o seu piloto por falecer pelo facto do seu assento ejectável não se ter activado.

O mais curioso, porém, é que a atribulada frota Alpha-Jet A da Real Força Aérea Tailandesa parece ter agora uma nova (e inédita) missão: fazer chover.

Citar
New lease of life for Alphas

Not enough spares to keep all 19 in the skies


WASSANA NANUAM

Bangkok, January 23 2006
 

The air force has found a new mission for its Alpha jets, once dubbed ''flying scrap metal'', by making them available for artificial rain-making operations this year. Over the years they had mainly been used by pilots to build up their flight hours. ''The air force wants to prove that we are trying to maintain our aircraft so that they can fly and be useful,'' its commander-in-chief ACM Chalit Pukpasuk said. In 2000, the air force bought 25 used Alpha jets from Germany at one million baht apiece. Five of them were kept for spare parts and the other 20 only became airworthy after another 49 million baht was spent on each of the aircraft for repairs. This led to criticism of the procurement project as a plan to buy ''flying scrap metal''.

Last year, one of the jets crashed and its pilot was killed. This temporarily forced the grounding of the entire fleet due to a lack of spare parts. It was then reported that the air force could only afford to put nine Alpha jets back into the air due to expiring ejection seats. The fleet is currently deployed at Wing 23 in Udon Thani province. ACM Chalit said that since there was currently a shortage of important missions for the Alphas to undertake, the aircraft could be used for artificial rain-making under the responsibility of the Agriculture and Cooperatives Ministry in order to ease the drought situation.

Two of the aircraft will be deployed for this purpose in June. The aircraft will fire silver iodide bullets at clouds at an altitude of 20,000 feet. The air force is producing its own silver iodide bullets from local raw materials. They cost 1,250 baht each. Similar bullets produced in the United States cost 3,500 baht each. ACM Chalit admitted there were not enough spare parts for the Alphas. He said all that can be done now is try to keep 60-70% of the fleet ready to fly.

A source pointed out that the air force was only trying to justify the choice of aircraft it had bought, in this case the Alpha jets, so its current plan to purchase a fleet of new fighter jets for 20-30 billion baht will not rejected. Among the possible choices of fighter are Russian-built SU-30 jets which ACM Chalit has lately chosen to back even though he previously said he preferred US-made F-16 fighters. JAS-39 Gripen fighters from Sweden are also under consideration. The new fighters will be part of the planned modernisation of the air force, which is replacing its ageing aircraft.

Sqn-Ldr Sarat Ruangdej, an Alpha jet pilot, said all 19 Alphas could fly but not at the same time due to a shortage of spare parts. He said some parts had to be rotated in order to enable the jets to fly at different times. At Wing 23, the Alphas have been designated for close air support and search and rescue missions. However, it was reported they were only being used by pilots to build up their flight hours. Each flight in an Alpha jet costs 80,000 baht an hour.


 :arrow: http://www.aircraftresourcecenter.com/A ... alk515.htm


Quanto aos mísseis anti-radiação AGM-45 Shrike na frota A-7P, penso que nunca os chegámos a adquirir, optando antes pela compra do míssil ar-superfície AGM-65B Maverick, se bem que a aeronave tivesse mantido a capacidade para empregar o Shrike. Mas também a CBU Hunting BL/RBL755 era vista sempre junto ao Corsair (e agora dos Alpha-Jet e F-16) mas não se sabe ao certo se fará parte da panóplia de armamento à sua disposição...  :|
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1631 vez(es)
  • +8536/-4167
(sem assunto)
« Responder #57 em: Janeiro 26, 2006, 03:25:00 pm »
Charlie penso que a BL755 so pode ser operada pelo AJet.
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 5399
  • Recebeu: 5336 vez(es)
  • Enviou: 3517 vez(es)
  • +10060/-2642
(sem assunto)
« Responder #58 em: Janeiro 26, 2006, 09:29:29 pm »
Citação de: "Typhonman"
Charlie penso que a BL755 so pode ser operada pelo AJet.
Eu sei disso. Acho, inclusivé, que as BL755 que aparecem nas fotos junto aos Alpha-Jet fazem parte do stock de armamento deixado pela Luftwaffe. No entanto, a verdade é que era possível observar CBUs deste género como fazendo parte do leque de armas do Corsair (e, salvo erro, também do Fiat G.91) desde finais da década de 80, aquando das exposições estáticas nos aniversários da FAP.


E depois há casos cómicos como o Harpoon que se encontrava junto ao F-16...  :P
[/quote]
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1631 vez(es)
  • +8536/-4167
(sem assunto)
« Responder #59 em: Janeiro 27, 2006, 03:26:15 am »
Exacto, os A7 supostamente operavam estas bombas de cacho assim como os G91.

Agora penso que so "estao atribuidas aos alfas"

A FAP dispõem de bombas Rockye de fragmentação?