Uma outra concepção de exército

  • 10 Respostas
  • 3876 Visualizações
*

Dissident

  • 5
  • +0/-0
Uma outra concepção de exército
« em: Agosto 03, 2006, 10:18:43 pm »
A propósito das constantes discussões no Fórum sobre reestruturações no exército:


"Uma outra concepção da guerra

José Manuel Barroso
Jornalista    
 
O exército americano, num prazo de uma dezena de anos, vai "desaparecer", se comparado com o actual (e os EUA já têm um avanço militar impressionante sobre os restantes países do mundo).

Até os nomes das unidades militares actuais serão outros. Dentro em pouco, os tradicionais batalhões, brigadas ou divisões passarão à História, "como passaram as legiões tomanas ou os terços espanhóis" (para usar as palavras do prof. António José Telo, na palestra introdutória ao Seminário sobre Portugal e a Transformação na Segurança e Defesa, realizado há tempos na Academia Militar).

As "forças objectivo", em preparação nos EUA, depois de instaladas terão capacidade para destruir os exércitos actuais, como os exércitos actuais a teriam em relação aos exércitos napoleónicos. Entramos no que parecia o domínio da ficção. Melhor: a ficção vai-se tornando realidade.

E a realidade será esta: unidades SCF (Sistema de Combate Futuro ou FCS, na designação em inglês) com homens e equipamento capazes de caberem num avião C-130; veículos de combate de menor envergadura e peso, mas maior resistência, mobilidade, poder e qualidade de fogo; oito tipos de veículos blindados tripulados e sete tipos de veículos não tripulados (VNT), dos quais dois deles para missões de combate com armas modelares e outros para recolha de informação e definição de alvos; os veículos de combate tripulados podem transportar pequenos VNT, a utilizar na acção (desde os VNT de dez toneladas e de combate autónomo aos de um quilograma de peso, com inteligência artificial, que pode iluminar alvos com o auxílio de sensores, guiando assim os mísseis, e aos três tipos de veículos aéreos).

Os VNT, por exemplo (anfíbios, aéreos ou terrestres, já na fase de protótipos), podem ser tão pequenos que podem penetrar num edifício, no caso das unidades de infantaria, através de uma janela ou de uma frincha.

Munições inteligentes programáveis de nova geração (mesmo nas armas individuais) produzirão o mesmo efeito do que utilizando dez vezes das actuais. As companhias e os batalhões serão substituídos por Unidades de Acção (UA), sendo a sua composição - da mínima à máxima - variável, praticamente infinitas, segundo as circunstâncias e as necessidades.

Mísseis, artilharia, morteiros e helicópteros serão todos equipados com armas inteligentes programáveis. A logística será quase toda realizada com VNT e robotizada.

A artilharia, por exemplo, pode ter alcances superiores a 50 quilómetros. O apoio de fogos será realizado por mísseis que podem ser disparados na vertical, "a partir de contentores, veículos, robots ou meios aéreos, tripulados ou não, que formam uma rede no campo de batalha" (e continuo a usar as informações do texto de António José Telo).

Um veículo de combate de infantaria, por exemplo, terá apenas cinco militares (para uma dezena, agora), mas transportará também dois a três VNT terrestres ou aéreos.

As futuras forças de combate serão todas aerotransportáveis, infocentradas e digitalizadas num escalão espantosamente superior às que já actualmente o são, podem combater coordenadas num espaço descontínuo.

Com forças deste tipo, uma acção como a da guerra do Iraque (refiro-me ao período da guerra de invasão) poderia ser realizada, com maior eficácia ainda, com menos de cem mil homens - ou seja, um terço dos empenhados em 2003.

O avanço das novas forças armadas americanas será, dentro de uma dúzia de anos, tão grande, em relação às actuais forças militares dos diversos países, que aqueles que não dispuserem (a Europa, por exemplo) destas forças SCF não poderão realizar acções combinadas com as dos EUA. Os planos de operações para as novas forças ou as actuais serão também totalmente diferentes.

António José Telo pergunta também (e caímos no "nosso" cerne da questão): o que é tem Portugal a ver com isto? Esta questão levanta-se, hoje, não apenas a Portugal como a todos os países da União Europeia e, sobretudo, aos que pertencem também à NATO.

A questão é se a Europa é capaz de (ou deseja) ser o tal pilar europeu da Aliança, neste tempo de revolução na organização e no conceito de forças militares.

Na medida das suas possibilidades, defende Telo, Portugal deve apanhar o barco "quando ele ainda está no porto", para não correr o risco de o perder. Isto é: preparar com coragem a mudança revolucionária, na base de uma definição clara das suas alianças e enquadrado nelas. Ser-nos-á possível, como muito bem pergunta Telo, transformar a Defesa?"


http://dn.sapo.pt/2006/08/01/opiniao/um ... uerra.html
 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1632 vez(es)
  • +8536/-4167
(sem assunto)
« Responder #1 em: Agosto 03, 2006, 10:32:31 pm »
Falta o mesmo de sempre, dinheiro e vontade política.
 

*

migbar2

  • Perito
  • **
  • 334
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #2 em: Agosto 03, 2006, 11:29:57 pm »
:shock:  :shock:
Porra, que isto a partir de agora é que vai começar a complicar !
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 2355
  • Recebeu: 151 vez(es)
  • Enviou: 442 vez(es)
  • +617/-322
(sem assunto)
« Responder #3 em: Agosto 04, 2006, 06:28:38 am »
Bem, continuarão a existir batalhões, brigadas e divisões..



http://www.globalsecurity.org/military/systems/ground/fcs.htm

meios mais ligeiros, unidades mais pequenas, com mais meios robóticos/ UAVs, etc..

Alguém quer prever o nosso exército em 20 anos?

brigada(s) de combate terrestre (subsitiuem as actuais BriMec/BrigInt)
pesada: 1 GCC/ 2 BiMec (CC / VCI) Leopard II A6 modernizados / VCI a detrminar
média 1 GAM/ 2 BIMoto blindados rodas (Pandur)


brigada de combate anfibia 2 BI (Fuzileiros) (Pandur)


brigada de combate aeroterrestre 2 BIParas/ UALE


brigada de forças especiais 1 Comandos/ 1 OpEsp

cada brigada terá, para além das unidades de manobra (2-3), 1 URec (com meios robóticos/ UAVs, e meios humanos e blindados especiais de rec./ vigilância), 1 UApoio fogo, 1 unidade de comando e communicações, 1 unidade de engenharia e 1 Apoio Logístico

1 brigada logística, capaz de apoioar todas as brigadas em campanha, incluindo 3 mobilizadas em operações em simultâneo no exterior/ilhas

2 brigadas defesa insular (2 BI, 1 Apoio fogos (terrestres, anti-aéros e costeiros) 1 Un Apoio Log.

1500-2000 por brigada


15,000 homens
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20230
  • Recebeu: 2983 vez(es)
  • Enviou: 2233 vez(es)
  • +1327/-3461
(sem assunto)
« Responder #4 em: Agosto 04, 2006, 10:06:51 am »
Caro Duarte Mendonça, desculpe-me mas acho que o exército Português nunca será assim. Só pela existência da BRR acaba logo com a sua visão do futuro e os Fuzos com dois batalhões operacionais é (infelizmente) algo que não aontecerá.
Dissident, obrigado pelo seu texto, foi interessante lê-lo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

Yosy

  • Especialista
  • ****
  • 1079
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #5 em: Agosto 04, 2006, 02:32:45 pm »
O texto é muito interessante, mas as pessoas esquecem-se que o uso das forças armadas no futuro não vai passar por guerras estilo Iraque, mas por operações de manutenção de paz e guerras limitadas (Líbano). A grande maioria destes avanços serão pouco usados, além de que a invasão do Iraque em 2003 provou o falhanço destas teorias, porque se verificou existir uma falta de homens no terreno. O sistema usado na Guerra do Golfo 1 ainda é (e será durante muito tempo) o mais eficaz.
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7484
  • Recebeu: 962 vez(es)
  • +4582/-871
(sem assunto)
« Responder #6 em: Agosto 04, 2006, 09:34:43 pm »
Yosy:

Quando acabou a primeira guerra mundial, toda a gente dizia que nunca mais podia haver guerras tão mortíferas.
Depois veio a segunda-guerra mundial.
E disseram que não haveria mais guerras com grandes movimentos de tropas, porque a partir de alí ou haveria guerras de guerrilha (Vietname) ou guerra tómica.

No entanto, depois houve a guerra Irão-Iraque, que foi uma guerra de movimentos, a guerra do golfo e a guerra no Iraque, para provar que tudo o que tinha sido dito anteriormente estava errado.

Se há coisa que não podemos conhecer é o futuro.
Mas se não sabemos o futuro, uma coisa sabemos:
Todas as afirmações de como seriam as guerras no futuro, baseadas nos conhecimentos anteriores acabaram por falhar.

= = =

A ideia de que não vai mais haver grandes guerras de movimentos, neste momento parece fazer sentido, mas não sabemos o que vai acontecer no futuro.

O que sabemos, é que quando é mesmo necessário, e quando um país se sente ameaçado, não há cá operações cirurgicas e pequenas unidades de intervenção.

O que resulta e o que acaba por decidir, é a força bruta, destruidora de grandes canhões ou então a força das armas nucleares tácticas ou armas quimicas.

Como as unidades se vão organizar para matar melhor, isso não sabemos.

Mas há uma coisa que temos que entender.

Ao contrário do que o quem quer seguir as politicas "politicamente correctas" diz, há sempre uma soluçao militar.

Todos os conflitos têm uma solução militar, e as nações acabam sempre por dar uma oportunidade à guerra.

No Líbano, nós estamos todos chocados com a violência, mas é mais uma vez a confirmação da regra.

Se Israel - ou qualquer outro país - que tenha capacidade militar, quiser mesmo ganhar uma guerra, pode faze-lo, nem que para isso tenha que exterminar todos os que se lhe opõem.

É assim desde que foi construido o primeiro machado na idade da pedra.

E as guerras do futuro não vão ser diferentes das do passado.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

Dissident

  • 5
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #7 em: Agosto 04, 2006, 10:56:24 pm »
Ainda a propósito da reestruturação do exército americano:

http://en.wikipedia.org/wiki/Transforma ... tates_Army
 

*

Bravo Two Zero

  • Especialista
  • ****
  • 1007
  • Recebeu: 13 vez(es)
  • Enviou: 16 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #8 em: Agosto 16, 2006, 05:32:29 pm »
Novidades sobre o programa de sistema de combate futuro do exército norte-americano:

Citar
Army’s Future Combat Systems Modernization Program Completes In-Process Preliminary Design Review
 
 
(Source: US Army; issued Aug. 15, 2006)
 
   
 
 The Army moved one step closer to transforming itself into a more relevant, capable and ready 21st-century force when, last week, it successfully completed In-Process Preliminary Design Review of its principal modernization effort, the Future Combat Systems (FCS) program.  
 
The In-Process Preliminary Design Review is the latest in a series of successful program milestones affirming that FCS modernization is meeting the Army’s cost projections, time schedule and performance expectations. Requirements and functionality for all 18 FCS systems now have been clearly defined; and the program is proceeding to design, build, integrate and test actual hardware and software.  
 
The In-Process Preliminary Design Review -- completed successfully Aug. 11 in St. Louis, Mo. -– was a one-week long event involving key government and industry officials. These individuals hailed from the Army’s FCS program office, Training and Doctrine Command, Office of the Secretary of Defense and Government Accountability Office, among other key organizations.  
 
“The days of PowerPoint slides are over,” said Maj. Gen. Charles Cartwright, program manager, Future Combat Systems Brigade Combat Team. “Within a year, FCS capabilities will be integrated into the current force through our Evaluation Brigade Combat Team (EBCT). The EBCT will deliver to our soldiers new capabilities that are specifically designed to address 21st century threats. Our Army and our troops require these new FCS capabilities sooner rather than later."  
 
Future Combat Systems is the cornerstone of a comprehensive Army modernization effort that facilitates development of a more modular or versatile force, with greater joint and expeditionary capabilities. This new modular force requires more robust 21st-century capabilities better empowering and protecting soldiers.  
 
To give soldiers unprecedented situational awareness and new capabilities to address 21st-century threats, the Future Combat Systems program includes a suite of 18 manned and unmanned systems, air and ground vehicles, all interconnected by a modern network. These 18 systems include: eight Manned Ground Vehicles, the Non-Line of Sight Launch System, Intelligent Munitions Systems, Unattended Ground Sensors, four Unmanned Aerial Vehicles (UAVs), and three Unmanned Ground Vehicles. Future Combat Systems also helps to modernize the current force through planned technology Spin-Outs. These spin-outs provide current force units with FCS capabilities long before full FCS Brigade Combat Teams (BCTs) are fielded.  
 
In-Process Preliminary Design Review confirmed that the FCS functional baseline has been established and the program is ready to begin preliminary design. This process also included a review of all layers of the FCS Network, embedded training, modeling and simulation, logistics and supportability functions, and complementary programs.  
 
In-Process Preliminary Design Review additionally demonstrated the maturity of the overall FCS baseline design concept. Indeed, the review found that critical FCS technologies are maturing on or ahead of schedule; program risks are well understood; and these risks are being actively -- and successfully -- managed. The next major FCS program milestone is the System of Systems Preliminary Design Review, which begins in 2008.  
 
Army Future Combat Systems modernization now focuses on delivering Spin-Out 1 capabilities to the Evaluation Brigade Combat Team at Fort Bliss. The Evaluation Brigade Combat Team is standing up early next year; it will evaluate, and provide Soldier feedback on, emerging FCS capabilities. The Evaluation Brigade Combat Team also will serve to test and validate the doctrine and systems that are part of the Spin Outs. Spin-out 1 includes an early version of the FCS Networked Battle Command, Intelligent Munitions Systems, Unattended Ground Sensors, and the Non-Line of Sight Launch System.  
 
Both the Future Combat Systems spin-outs and the Evaluation Brigade Combat Team are part and parcel of a concerted Army effort to deliver crucial new capabilities to the current force as soon as possible. Thus, Spin-Outs of FCS capabilities to the Evaluation Brigade Combat Team will begin in 2008 and continue every two years thereafter -- well before a complete FCS Brigade Combat Team is fielded.  
 
Future Combat Systems is the Army’s first modernization effort in almost four decades. Program costs have remained steady and constant: $120 billion (Fiscal Year 2003 constant dollars) for Research, Development, Test and Evaluation (RDT&E) and procurement for 15 Brigade Combat Teams over a two-decade period.  
 
Future Combat Systems modernization costs increased in 2004 only because the Army increased the size and scope of the program. This was done to accelerate the delivery of more modern capabilities to frontline troops. The concurrent procurement of 18 systems has reduced system development and demonstration costs by an estimated $12 billion, while shrinking the development-to-field timeline by about 30 percent. This approach to modernization is saving taxpayers time and money, while giving our soldiers lifesaving, state-of-the-art capabilities sooner rather than later. This makes Future Combat Systems the Army’s most critical investment requirement. (ends)  
 


http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

*

Miguel Sá

  • 83
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #9 em: Agosto 16, 2006, 11:10:10 pm »
Isto dá uma maior flexibilidade ao exército e com as novas tecnologias e novos sistemas de armas os EUA manterão a liderança mundial.

È um refinamento de um outro conceito que consistia na constituirão de unidades ligeiras/médias aerotransportadas que seriam as primeiras a chegar a uma zona de conflito e que com o apoio da supremacia aérea e naval seriam suficientes para suster o conflito resolvendo-o ou até à chega via marítima de unidades maiores e mais pesadas.

O pensamento militar dos EUA do tempo da guerra-fria obrigava a ter capacidade para ter activas 2 frentes: uma na Europa outra na Ásia. Esta estrutura proposta permite lidar com as situações actuais tipo Iraque e Afeganistão, ou em operações de Paz.

Mas e num confronto convencional tradicional? Seria uma estrutura adequada a um cenário na Coreia? Em Taiwan? Ou frente a um exército potencialmente numericamente superior de um grande país árabe como o Egipto ou Paquistão numa eventualidade de uma tomada de poder por radicais num desses países?

Creio que não. Por muito bem equipadas, por muita vantagem tecnológica e aparente superioridade aérea que consigam obter, estas unidades por muito flexíveis e eficientes terão falta de poder de choque. O todo era maior que a soma destas partes.

Para mim a unidade ideal para combate é a Divisão. Comanda, administra, coordena, abastece, repara e combate. Tem capacidade para o fazer sozinha sem necessidade de unidades de escalão superior. Com 10-20 batalhões das várias armas/especialidades (infantaria, carros de combate, reconhecimento, artilharia, defesa aérea, anti carro, engenharia) e 8-10 batalhões de serviços (comando, administração, transmissões, EW/informações, manutenção, material, saúde, transporte, NBQ). Seria(m) a(s) missão(ões) atribuída(s) que definiriam o tipo e quantidade de forças a utilizar, decisão tomar pelo comandante e respectivo estado-maior. Assim poderia ter entre 6/12 agrupamentos ou 2/4 brigadas ou variadas combinações destes escalões. Teriam entre 15.000 e 20.000 efectivos.

Creio que iremos ter apenas 2 brigadas, a mecanizada e a de reacção rápida (comandos+paraquedistas) e ter espalhado a nível nacional continental 3/4 agrupamentos tácticos reforçados (1 comp de QG, 1 comp de reconhecimento, 2/3 comp de atiradores, 1 comp de armas-mort+atk+AA- 1 comp de logística) responsáveis pela “defesa territorial”. Somando mais 1 agrupamento nos Açores e outro na Madeira e no máximo uma dezena de outras pequenas unidades sobretudo de serviços. Considerando os efectivos actuais, as actuais necessidades para operações a nível internacional e os contínuos esforços dos nossos políticos para reduzir, reduzir, reduzir, reduzir, creio que infelizmente poderemos ter este cenário. No mínimo equipem-nas decentemente. Claro que quando os EUA tiverem todo este equipamento ao serviço conseguiremos ter por cá M1, M2, M3, Paladin, MLRS, até Apaches……
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20230
  • Recebeu: 2983 vez(es)
  • Enviou: 2233 vez(es)
  • +1327/-3461
(sem assunto)
« Responder #10 em: Agosto 16, 2006, 11:40:29 pm »
Não nos podemos esquecer que o Exército está a fazer um grande esforço de forma a dotar a Brigada de Intervenção de mais e melhores meios. Os Pandur é um exemplo prático disso, por isso não acredito que esta brigada vai pura e simplesmente desaparecer em beneficio da BMI e da BRR. As unidades dos Açores e da Madeira...é só para fazer número na minha opinião. Até agora o máximo que contribuiram para uma missão foi um pelotão de atiradores cada uma. Acho que em qualquer exército profissional qualquer unidade devia ser capaz de ir para um teatro de operações, certo?! A BRR tem mais ou menos o equipamento (os Comandos são a parte fraca neste caso). A BMI é uma unidade com problemas dado o equipamento completamente absoleto (apesar dos seus Batalhões de Infantaria do do ERec, terem bastante experiência em missões internacionais, e do governo estar a ver se compra mais meios para esta unidade).
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.