Segunda Guerra Mundial

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André

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« Responder #105 em: Maio 05, 2008, 10:44:24 pm »
Morreu o último participante do atentado contra Hitler

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O último participante vivo da conspiração contra Adolf Hiltler, a 20 de Julho de 1944, morreu de madrugada na cidade de Altenahr, na Alemanha.

Philipp Freiherr von Boeselager tinha 90 anos e era um jovem oficial quando se uniu ao grupo liderado por Claus von Staffenberg (que será interpretado por Tom Cruise no filme Valquíria).

Após a tentativa frustrada de atentado, os participantes foram perseguidos pelas SS, que acabou por fuzilar todo o grupo.

Von Boeselager, porém, não foi identificado pelas SS e sempre prestou homenagem a quem teve a coragem de omitir seu nome.

Em declarações sobre o atentado, Von Boeselager disse que se a operação tivesse sido bem-sucedida, seria possível poupar a vida de milhões de pessoas e a 2ª Guerra Mundial teria durado muito menos tempo.

Para Von Boeselager, a sua participação no atentado foi uma «questão de consciência e patriotismo», admitindo que teve um «medo terrível»

O então oficial indignou-se com os horrores perpetrados pelo nazismo, como as execuções de judeus e ciganos, a ponto de sentir-se desleal do juramento à bandeira: «Tinha aprendido que um juramento liga sempre duas partes e Hitler quebrou o seu lado», explicou.  

Perto do irmão Georg (que morreu aos 29 anos, a 27 de Agosto de 1944 na frente de batalha russa) e outros oito oficiais, Von Boeselager tinha planeado outro atentado, em Março de 1943 um contra Hitler e Heinrich Himmler. O plano não foi adiante porque Himmler cancelou a visita.

Von Boeselager foi apresentado ao grupo de resistentes que planejariam o atentado de 1944 por Henning von Tresckow, general que, convencido da necessidade de deter a ditadura de Hitler, persuadiu também Von Stauffenberg a participar.

Ao ver que o atentado falhara, o general, à época com 20 anos, suicidou-se com uma granada nas mãos.

Von Boeselager, que em diversas ocasiões contou as suas experiências a estudantes que iam entrevistá-lo, casou-se após a guerra com a condessa Rosa Maria von Westphalen zu Fürstenberg, com quem teve quatro filhos.

Católico praticante, foi membro fundador do pronto socorro da Ordem dos Cavaleiros de Malta na Alemanha

SOL


 :Soldado2:  :Soldado2:

 

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Ataru

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« Responder #106 em: Maio 06, 2008, 11:56:05 am »
Para o bem ou para o mal, um traidor é sempre um traidor...
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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Kawa

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« Responder #107 em: Maio 06, 2008, 11:05:11 pm »
Citação de: "Ataru"
Para o bem ou para o mal, um traidor é sempre um traidor...


¿Traidor a quen?
 

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Ricardo

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« Responder #108 em: Maio 07, 2008, 10:30:03 am »
Do Museu Militar do Porto:

                     
 

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EB

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« Responder #109 em: Julho 18, 2008, 12:43:41 am »
Recentemente recebi este "pedaço" de História via email (autor das fotos desconhecido).
Partilho-o convosco.

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Não é sempre que se tira um tanque da Segunda Guerra de um lago, ainda mais um que foi usado pelos russos. Mesmo tendo ficado submerso por 62 anos.


Um Komatsu D375A-2 puxou um tanque abandonado do fundo do lago perto de Johvi,Estonia. O tanque soviético mod. T34/76A ficou estacionado no fundo do lago por 56 anos. De acordo com as especificações, é uma máquina de 27 toneladas que pode chegar à velocidade máxima de 53km/h.

De fevereiro a setembro de 1944, pesadas batalhas foram travadas na estreita faixa de 50 km de largura, na frente de Narva na parte noroeste da Estônia. Mais de 100.000 homens morreram e 300.000 feridos. Durante batalhas no verão de 1944,o tanque foi capturado do exército soviéitico e usado pelo exército alemão.(Este é o motivo de estar pintado com as cores alemãs na parte externa do tanque)  Em 19 de Setembro de  1944, tropas alemãs iniciaram uma retirada organizada ao longo da frente de Narva. Suspeita-se que deliberadamente jogaram o tanque dentro do lago, sendo abandonado quando os seus captores abandonaram a área.

Nessa época, um menino local caminhado à beira do Lago Kurtna Matasjarv notou rastros de tanque em direção ao lago, mas sem sinais de saída. Por dois meses ele viu bolhas de ar saírem do lago. Isso lhe deu motivos de acreditar que deveria haver um veículo blindado no fundo do lago. Alguns anos atrás, ele contou a história para o chefe local do clube de história da guerra 'Otsing'. Juntos com outros membros do clube, o Sr. Igor Shedunov iniciou pesquisas de mergulhos no fundo do lago aproximadamente um ano atrás. Na profundidade de 7 metros eles descobriram o tanque enterrado debaixo de 3 metros de camada de turfa.


A operação resgate começou às 09:00 e foi concluída às 15:00. O peso do tanque, todo equipado com armamentos, chega a 30 toneladas, exigindo esforço similar. A preocupação era da escavadeira de 68 toneladas ter peso suficiente para não deslizar enquanto tracionava o tanque monte acima.

Depois que o tanque aflorou à superfície, viram que era  um troféu de guerra, que tinha sido capturado pelos alemães durante a batalha de Sinimaed (Blue Hills) seis meses antes de ser afundado no lago. Juntas, 116 conchas foram encontradas a bordo. Surpreendentemente, o tanque estava em boas condições, sem NENHUMA FERRUGEM,e TODOS OS SISTEMAS (COM EXCEÇÃO DO MOTOR) estavam em condições de uso. Essa é uma máquina muito rara ainda mais considerando que lutou em ambos os lados com russos e alemães. Existem planos de fazer uma restauração total do tanque. Ele será exposto no museu de história de Guerra que sera fundado na vila de  Gorodenko na margem esquerda do Rio Narv.

Preparando para puxar.


Pessoas do vilarejo próximo vêm para observar como será feito.



Komatsu D375A-2  pronto para trabalhar.


Lá vem ele...


Através da margem lamacenta do lago






Limpando 62 anos de turfa


Depois de um pequeno reparo e serviço, o motor diesel começou à funcionar.



Não fazem mais destes como antigamente!  


Cumprimentos.
"Dos Fracos Não Reza a História"
 

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Normando

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Investigadores Forenses Alemães em França.
« Responder #110 em: Julho 20, 2008, 11:16:03 pm »
A localidade francesa de Maillé (no departamento Indre-et-Loire) vai receber investigadores alemães que procuram esclarecer o alegado massacre de mais de uma centena de civis franceses, em Agosto de 1944, por tropas alemãs. É que se aos olhos da lei francesa o crime de guerra em causa já prescreveu, ao abrigo da lei alemã isso não acontece.

http://www.france24.com/en/20080715-ger ... rance-wwii

http://www.dailymail.co.uk/news/article ... llage.html
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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Luso

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« Responder #111 em: Julho 21, 2008, 12:34:53 am »
Citar
Juntas, 116 conchas foram encontradas a bordo
:wink:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Normando

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« Responder #112 em: Julho 22, 2008, 12:47:31 am »
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Juntas, 116 conchas foram encontradas a bordo


Ah, ah, ah... Mais uma argolada na tradução.  :toto:
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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TOMSK

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Re: Investigadores Forenses Alemães em França.
« Responder #113 em: Julho 22, 2008, 01:25:48 am »
Citação de: "Normando"
A localidade francesa de Maillé (no departamento Indre-et-Loire) vai receber investigadores alemães que procuram esclarecer o alegado massacre de mais de uma centena de civis franceses, em Agosto de 1944, por tropas alemãs. É que se aos olhos da lei francesa o crime de guerra em causa já prescreveu, ao abrigo da lei alemã isso não acontece.

http://www.france24.com/en/20080715-ger ... rance-wwii

http://www.dailymail.co.uk/news/article ... llage.html


Mais uma "brincadeira" das SS ?  :twisted:
 

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André

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« Responder #114 em: Agosto 13, 2008, 11:14:18 pm »
Material Norte-Americano entregue à União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial através do programa Lend-Lease entre 22 de Junho de 1941 e 30 de Setembro de 1945:

Aircraft 14,795
Tanks 7,056
Jeeps 51,503
Trucks 375,883
Motorcycles 35,170
Tractors 8,071
Guns 8,218
Machine guns 131,633
Explosives 345,735 tons
Building equipment valued $10,910,000
Railroad freight cars 11,155
Locomotives 1,981
Cargo ships 90
Submarine hunters 105
Torpedo boats 197
Ship engines 7,784
Food supplies 4,478,000 tons
Machines and equipment $1,078,965,000
Non-ferrous metals 802,000 tons
Petroleum products 2,670,000 tons
Chemicals 842,000 tons
Cotton 106,893,000 tons
Leather 49,860 tons
Tires 3,786,000
Army boots 15,417,001 pairs

Delivery was via the Arctic Convoys, the Persian Corridor, and the Pacific Route. The Pacific Route was used for about half of Lend-Lease aid: by convoy from the US west coast to the Soviet Far East, via Vladivostok and the Trans-Siberian railway. After America’s entry in the war, only Soviet (or Soviet-flagged) ships were used, and there was some interference by Japan with them. The Alaska-Siberia Air Route, known as Alsib, was used for air deliveries and passengers.

Wikipédia

 

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Torgut

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« Responder #115 em: Agosto 14, 2008, 11:52:18 am »
Citação de: "Kawa"
Citação de: "Ataru"
Para o bem ou para o mal, um traidor é sempre um traidor...

¿Traidor a quen?


A quem jurou defender, a quem lhe paga o salário ao fim do mês e, de forma por vezes discutível, ao Estado do seu país.
 

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André

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« Responder #116 em: Agosto 16, 2008, 02:22:11 am »
Os Prisioneiros do Reich
O Tratamento aos pilotos aliados detidos num Stalag Luft



Conforme relatos oficiais da Wehrmacht e do Alto Comando Britânico o primeiro oficial aviador aliado a ser feito prisioneiro pelos alemães foi o 1º tenente Laurence Hugh Edwards, piloto da RAF nascido na Nova Zelândia e abatido quando fazia um vôo de reconhecimento sobre o mar do Norte no dia 5 de setembro de 1939. Edwards seria o primeiro de milhares de pilotos a serem capturados pelas autoridades alemãs naquele conflito.

Psicologicamente a situação dos pilotos que caíam em mãos inimigas era muito diferente daquela de outros militares aliados (soldados ou marinheiros). Estes geralmente eram feitos prisioneiros depois de uma longa batalha, talvez depois de meses no mar, ou de trabalho pesado no campo. Mas os pilotos em geral só caiam em mãos inimigas poucas horas depois de desfrutar do conforto de um ambiente familiar: o refeitório do quartel-general ou o bar local. Num instante eles encontravam-se em casa, junto de amigos e seus entes queridos, porém no momento seguinte, ao serem abatidos, eram lançados numa terra estranha e misteriosa, e ficavam à mercê de desconhecidos e muitas vezes de um destino incerto.

Por essa razão os pilotos aliados e alemães nutriam uma grande necessidade de fugir. Uma angústia lhes tomava conta tal como pássaros em cativeiro. Além disso, a maioria dos pilotos preferia fugir porque o combate no céu lhes dava um sentimento de individualidade que era negada aos combatentes de outras actividades militares na guerra.

Prisioneiros e Carcereiros

Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de prisioneiros aliados ficaram confinados em campos de prisioneiros de guerra. Os pilotos em especial ficaram sobre custódia da Luftwaffe.

A Força Aérea alemã administrava 7 campos de prisioneiros. Os seus oficiais comandantes eram escolhidos directamente pelo Alto Comando da Luftwaffe. O pessoal dos campos mantinha um grau de respeito profissional para com os seus prisioneiros, portanto a atitude dos oficiais e guardas dessas prisões não deve ser confundido com os métodos empregados pela SS ou Gestapo.

O próprio Reichsmarechal Hermann Göring no inicio do conflito, fez muitas referências ao tratamento cavalheiresco que seria dado aos membros da força aérea britânica no que ainda era chamado de A Grande Guerra. Chegou a deixar claro que, enquanto os pilotos aliados estivessem em mãos da Luftwaffe, podiam esperar o tratamento dispensado a cavalheiros.

Muitos dos oficiais que serviam nestes campos também haviam sido pilotos e por isso o relacionamento entre prisioneiros e carcereiros era amistoso, apesar da confraternização entre alemães e aliados ser proibida de acordo com o regulamento.

Somente em fins de 1943, com a intensidade dos bombardeamentos aéreos contra a Alemanha, realizado por ingleses e norte-americanos é que o tratamento dado aos pilotos capturados tornou-se mais rigoroso.

Dulag Luft

Dulag Luft, era o centro de inteligência da Luftwaffe. Localizado no sopé das montanhas Taunus na cidade de Oberursel, 13 quilometros a noroeste de Frankfurt. A maioria dos pilotos aliados capturados passavam por ele para serem interrogados, antes de ser enviados ao acampamento de trânsito em Wetzlar, onde passavam por uma triagem e então finalmente serem designados a um campo permanente.

Todos os pilotos capturados obrigatoriamente ficavam sobre custódia da Luftwaffe. Logo que chegavam eram colocados num barracão e despidos e suas roupas eram revistadas. Durante a sua permanência em Dulag Luft os prisioneiros eram mantidos em confinamento solitário para evitar que os aviadores capturados combinassem os seus depoimentos e forjassem informações. A estadia média em isolamento era de uma a duas semanas. De acordo com a convenção de Genebra um prisioneiro não podia ser mantido no confinamento solitário para finalidades de interrogatório por mais de 28 dias.

Faziam parte do grupo de oficiais interrogadores do Dulag Luft vários oficiais que haviam morado nos Estados Unidos ou no Canadá. Além de bom domínio do idioma, tais oficiais usavam diversos ardis para a obtenção de informações. Desconhece-se o emprego de tortura ou coação por parte dos oficiais interrogadores. De facto vários deles após a guerra voltaram a viver nos EUA e em Inglaterra, alguns mantiveram contatos com veteranos capturados da US Air Force e RAF.

Os capitães Kurt Waldschmidt e Hanns Scharff eram os principais interrogadores do centro de inteligência. Scharff era professor de literatura antes do conflito. Formado em Psicologia foi convocado a servir no serviço de inteligência da Luftwaffe no início da guerra. O Capitão Scharff tinha a reputação mágica de conseguir todas as respostas que necessitou dos prisioneiros de guerra. Sempre tratou os seus prisioneiros com respeito e dignidade. Diversos ex-prisioneiros que estiveram sobre sua custódia declararam os actos de bondade de Hans Scharff que muitas vezes ordenou que se tratasse dos pilotos feridos ou doentes no período de seu isolamento. Certa vez interviu numa acção das SS, que transportavam 6 pilotos norte-americanos para serem executados por sabotagem. De pistola em punho tomou para si a custódia dos prisioneiros. Tal acto honroso foi reconhecido por eles, sendo que em outubro de 1980 foi agraciado com diploma e medalha pelos generais americanos James H. Doolittle e Curtis LeMay por esse acto humanitário.

Depois da guerra foi convidado pela Força Aérea Norte-Americana para realizar palestras sobre os seus métodos de interrogatório. Scharff não era membro nem simpatizante do partido nazi.

Em 1982 foi lançado o livro O Interrogador que narra as experiências do capitão Hans Scharff.

Waldschmidt também era professor, lecionava na universidade de Gottingen antes da guerra. Formado em Psicologia era encarregado de interrogar as tripulações de bombardeiros. Também era considerado um oficial de boa reputação, tratando os seus interrogados com benevolência.

Entre 1939 e 1945 mais de 68.000 prisioneiros das forças aéreas inglesa, americana, francesa, canadiana e até mesmo alguns pilotos brasileiros estiveram confinados no Dulag Luft. Em Maio de 1945 quando da sua libertação havia 2.457 pilotos aliados detidos no campo.

Em 26 de novembro de 1945 os ingleses prenderam e levaram a julgamento 4 oficiais alemães acusados de violação do direito de prisioneiros de guerra britânicos. Eram eles os tenentes Willie Eberhardt e Heinrich Junge, o major Walter Killenger, e o coronel Bohehringer. Killenger e Junge foram sentenciados a cinco anos de prisão. Eberhardt recebeu três anos e Bohehringer foi sentenciado a prisão perpétua, porém a sua pena foi comutada sendo libertado em outubro de 1953

Recepção aos prisioneiros

Depois de designados para um dos campos, os pilotos eram reunidos, e transportados para o seu destino em camiões ou em comboios. Por todo o trajecto eram escoltados por guardas fortemente armados.

Os prisioneiros logo que chegavam ao campo eram levados para salões onde eram despidos e as suas roupas revistadas minuciosamente. Em seguida eram dirigidos a uma sala de banhos, enquanto as suas vestes eram esterilizadas a vapor.

Depois do banho, era feita a troca das carteiras de identidade por placas numeradas. Então cada prisioneiro era fotografado. Em seguida os prisioneiros aliados recebiam papel para escrever uma carta aos familiares que seria remetida pela Cruz Vermelha.

Concluindo o processo os prisioneiros eram apresentados ao oficial aliado de mais alta patente que passaria a ser seu comandante e representante junto ao oficial em comando do campo.

Esse oficial aliado designava os novos prisioneiros aos barracões aos quais se acomodariam. Os prisioneiros eram organizados em blocos de 5 homens. Tudo era organizado em razão dos blocos. Recebiam em bloco tudo que fosse distribuído tal como rações alimentares, pacotes da Cruz Vermelha, cobertores, cigarros, entre outros itens. Também as designações de trabalho eram feitas ao bloco.

A Vida como Prisioneiro

A rotina num campo de prisioneiros começava cedo. No período de inverno a alvorada era às 7 horas da manhã (no verão 6 horas), Em seguida todos os prisioneiros deveriam preparar-se para a formatura, onde eram contados, em seguida eram emitidas ordens pelo comandante do campo ou seus oficiais auxiliares. Geralmente os oficiais aliados em posição de liderança também passavam informes e instruções aos demais prisioneiros.

Por volta das 8 horas da manhã os alemães distribuíam aos prisioneiros água quente para que a utilizassem para a confecção do chá. Às 11 horas era servida a refeição. Até meados de 1943 a Luftwaffe alimentava muito bem ps seus prisioneiros. Na verdade, havia tanta comida fornecida pela Cruz Vermelha que os alemães davam banquetes de quatro ou cinco pratos diferentes de duas em duas semanas, só para acabar com o excedente.

A generosidade dos alemães ao distribuir esses mantimentos entre os prisioneiros era feita em comemoração de aniversários ou festas. Essa realidade mudou muito na fase final da guerra, pois a escassez de mantimentos não permitia mais extravagâncias.

Os prisioneiros eram ocupados em várias actividades durante o dia. Equipas eram enviadas para fazer manutenção nos barracões, ou outros serviços de conservação das áreas do campo. Mas os soldados aliados também passavam boa parte do tempo em actividades recreativas e culturais.

Os comandantes alemães incentivavam os prisioneiros a dedicarem-se à música. No Stalag Luft 1 o comando alemão forneceu material e instrumentos para que os soldados aliados criassem uma orquestra musical.

Os soldados praticavam várias modalidades desportivas, do criquete ao futebol. Até mesmo um torneio de Boxe era realizado anualmente nos campos de prisioneiros administrados pela Luftwaffe.

Geralmente o comandante do campo abria a temporada de lutas de boxe entre os prisioneiros aliados. Os soldados e oficiais alemães também assistiam os embates acomodando-se do lado externo da cerca de arame farpado.

Depois de um dia cheio, o jantar era servido às 5 horas da tarde. Constava de 300 gramas de pão de batatas, 500 gramas de batatas, queijo ou salsicha.

A chamada da noite ocorria por volta das 20 horas. Nesta ocasião os prisioneiros eram contados novamente. Depois de expedido o relatório de contagem os soldados aliados eram obrigados a permanecer no interior dos barracões. As 21:00 os guardas passavam e inspecionavam se as janelas estavam bem trancadas, por volta de 21:45 todas as luzes dos barracões eram desligadas.

Aos domingos era permitido aos prisioneiros a realização de serviço religioso. Geralmente havia entre os prisioneiros padres ou ministros protestantes que executavam essa assistência religiosa. Um barracão no campo era destinado como igreja ecumênica, porém a grande maioria dos serviços eram realizados ao ar livre.

A Guarda e os meios de Retenção

Os campos de prisioneiros, geralmente eram divididos em sectores (mini-campos dentro do campo). Cada sector era limitado por 5 cercas de arame farpado de aproximadamente 3 metros de altura. Na área do setor junto às cercas localizavam-se torres de vigia. Em cada torre ficavam dois guardas, que dispunham de uma metralhadora MG-42. Além da arma as torres eram equipadas com holofotes.

Cada torre ficava a uma distância de 60 a 100 metros da outra, portanto os holofotes de uma geralmente iluminavam a área da outra. Grupos de guardas armados geralmente acompanhados de cães circulavam na parte interna e externa do sector. Cada setor mantinha uma guarda em alerta 24 horas por dia.

O número de soldados e oficiais de cada sector variava muito do tamanho da área a ser guardada. Estima-se que durante o dia cerca de 200 soldados faziam a guarda de cada setor, porém à noite esse número simplesmente dobrava ou triplicava.

Fuga e Evasão

Uma das fugas mais espetaculares da 2ª Guerra Mundial foi a fuga do campo de Sobibor (acampamento mantido na Polónia por pessoal da SS) empenhada por combatentes russos e judeus. Através de um rápido ataque centenas de prisioneiros conseguiram escapar, matando diversos de seus captores.

Há registo de diversas fugas nos Stalag Lufts. Centenas de prisioneiros de guerra tentaram escapar usando os métodos mais variados. Túnel foi o meio mais usado pelos POWs (abreviatura de Prisioneiro de Guerra em inglês) em busca da liberdade. Muitos prisioneiros acabaram morrendo durante a fuga.

No Stalag 3 ocorreu a famosa fuga do filme Fugindo do Inferno (The Grant Scape titulo original em Inglês), onde 76 prisioneiros escaparam no meio da noite.

A grande fuga do Stalag 3 ocorreu em 24 de março de 1944. Essa empreitada fez com que as autoridades alemãs empenhassem grandes efectivos para recapturar os 76 homens que haviam fugido.

Adolf Hitler ficou furioso e ordenou que medidas severas fossem adoptadas para que se evitassem novas fugas. A SS e Gestapo foram designadas para se encarregar dos prisioneiros recapturados.

Foram fuzilados sem nenhuma piedade 50 dos POWs capturados.

Após a guerra ex-prisioneiros britânicos construíram no antigo terreno do campo um monumento em memória dos 50.

Evacuações

Como já citado anteriormente, à medida que os exércitos aliados e soviéticos avançavam pela Alemanha, os comandos responsáveis pelos POWs precisaram adoptar medidas para evacuar os prisioneiros destas áreas.

Diversos comandantes de campos começaram a adotar medidas para desgastar o moral dos detidos, bem como deslocar os prisioneiros para outros estabelecimentos a fim de evitar motins ou tentativas de fuga em massa.

As rações e pacotes da Cruz Vermelha foram drasticamente reduzidos. A partir de fevereiro de 1945 cada prisioneiro recebia diariamente alimentos que representavam apenas 800 calorias (até janeiro eram servidas 1.800 calorias diárias). O cardápio do almoço e jantar havia sido alterado para uma sopa pobre, composta de água quente onde boiavam algumas verduras e de vez em quando uma migalha de carne de cavalo.

Apesar das medidas para a evacuação, o exército soviético cercou o Stalag Luft 1 nas cercanias da cidade litoral de Barth, no dia 25 de março de 1945, libertando mais de 4.800 prisioneiros aliados.

O serviço de saúde do exército vermelho mal equipado, pouco pode fazer pelos prisioneiros que se encontravam com forte anemia, desidratados e com doenças respiratórias.

No inicio de abril de 1945 Hitler ordenou que os prisioneiros aliados sistematicamente fossem deslocados para as cidades estratégicas que eram alvos em potencial das esquadrilhas de bombardeiros, para servirem de escudos humanos.

Göring interveio, alegando ao Fürher que tal procedimento era contra a convenção de Genebra e que seria prudente e necessário manter os POWs em segurança para os utilizar como moeda de troca numa negociação forçada.

Himmler sugeriu que a SS se encarregasse de eliminar o "excesso de contingente" dos campos.

O Reichsmarechal Herman Göring opôs-se energicamente a isso, enviando apressadamente aos campos fortes contingentes da Luftwaffe para garantir a vida dos prisioneiros aliados.

Pode-se acusar Göring de diversos crimes; mas foi por meio dele que se evitou a morte de centenas ou talvez milhares de prisioneiros que estavam sob custódia da Wehrmacht em abril de 1945.

Em abril diversos campos mantidos pelo Exército e pela Luftwaffe foram libertados pelos exércitos aliados e soviéticos.

O Stalag 7 em Moosburg, o qual mantinha cativos militares brasileiros, foi libertado por tropas pertencentes ao 3º Exército de Patton no dia 29 de abril de 1945.

Fonte: Grandes Guerras

 

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André

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« Responder #117 em: Agosto 17, 2008, 02:58:06 am »
Batalha de Manila
A Estalingrado do Pacífico    



A Batalha de Manila foi a maior batalha urbana da Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre norte-americanos, filipinos e japoneses pela posse da capital das Filipinas, entre 3 de Fevereiro e 3 de Março de 1945 durante a contra-ofensiva aliada no teatro de guerra do Sudeste Asiático.

A batalha, que culminou num banho de sangue e na devastação total da cidade, encerrou um domínio japonês de três anos nas Filipinas, e foi considerada pelo general Douglas MacArthur, comandante das forças aliadas no Pacífico, como a chave para a reconquista do país.

Início

A 9 de janeiro de 1945, as tropas norte-americanas e filipinas começaram a desembarcar no Golfo de Lingayen e rapidamente avançaram pela ilha de Luzon. Três semanas depois, a 31 de janeiro, as vanguardas americanas encontravam-se nos arredores de Manila, aproximando-se da cidade pelo sul, enquanto tropas pára-quedistas lançadas a norte da cidade realizavam um movimento em pinça, num avanço em duas frentes desde o interior de Luzon.

A 4 de fevereiro a ofensiva sobre a cidade foi lançada, com as tropas, ajudadas por informações da guerrilha filipina e tropas filipinas, cruzando rios em locais em que as pontes estavam intactas. Um campo de concentração, instalado no campus de uma universidade nas vizinhanças da capital, foi libertado pelos atacantes, que nele encontraram mais de quatro mil prisioneiros, norte-americanos, canadianos, britânicos e australianos, prisioneiros desde abril de 1942.

A defesa japonesa

Á medida que as forças atacantes chegavam a Manila vindas de várias direcções, o grosso das tropas japonesas retirava-se da cidade para posições na cidade de Baguio, num movimento táctico planeado pelo general Tomoyuki Yamashita, comandante em chefe das forças nipônicas nas Filipinas.

Em 1942, o presidente filipino Manuel Quezon declarou Manila como cidade aberta antes de sua captura. Apesar de Yamashita não ter feito o mesmo em 1945, ele não planeava uma batalha em Manila, uma cidade com mais de um milhão de habitantes e uma grande área com muitas construções de madeira inflamável, comerciais e residenciais. Assim ele apenas determinou a um dos seus oficiais, que cobrisse a retirada das forças japonesas com um punhado de homens, e quando os americanos se aproximassem da cidade, destruísse as pontes e instalações vitais ao inimigo, retirando-se em seguida.

Entretanto, o contra-almirante Iwabuchi Sanji, comandante das forças navais na capital, desobedecendo às ordens de Yamashita, resolveu defender a cidade e convocou cerca de 15 mil dos seus fuzileiros navais e marinheiros, juntamente com os soldados do exército que haviam sido deixados na retaguarda, para transformarem Manila num campo fortificado à espera do inimigo. Cercando os locais de acesso com arames farpados, minas e barreiras de camiões e comboios, os marinheiros de Sanji dinamitaram as pontes de Manila e as instalações militares, entrincheirando-se nas melhores posições de defesa, incluindo grandes edificios comerciais e o sítio histórico de Intramuros, construído pelos exploradores espanhóis no século XVI.

Cerco e massacre

A 4 de fevereiro, o general MacArthur anunciou ao mundo a eminente vitória em Manila e os preparativos para uma parada da vitória pelas ruas da cidade. Entretanto, a batalha, que os Aliados já consideravam ganha, mal tinha começado. As tropas que entravam na cidade pelo norte e pelo sul começaram a transmitir uma intensa resistência japonesa ao avanço dos invasores. A partir dali, Manila transformou-se num inferno de fogo e chumbo, com lutas casa a casa que durariam um mês.



Os norte-americanos atacavam com tiros de artilharia e bombardeamento aéreo, enquanto os japoneses recuavam explodindo tudo no seu caminho, para dificultar o avanço inimigo. Numa tentativa de poupar a população civil e os monumentos da cidade, MacArthur havia dado ordens para a artilharia e a força aérea dosearem o seu fogo concentrado, mas a cidade foi aos poucos se transformando num mar de ruínas, pela encarniçada resistência dos defensores.

Após resistirem aos ataques norte-americanos com granadas, espingardas, metralhadoras e lança-chamas, agora os japoneses lutavam com resistência dobrada contra tanques e canhoneio naval, que caçavam os japoneses a tiros de edifício em edificio, quase sempre causando o seu desabamento, com os inimigos e os civis presos entre os dois exércitos em luta dentro deles.

Submetidos a um ataque constante e encarando a morte certa, os japoneses começaram a libertar o seu ódio e frustação na população, acertando-os propositalmente no fogo cruzado, iniciando uma onda de violações, mutilações, fuzilamentos aleatórios e atrocidades múltiplas, no que viria a ser conhecido como o Massacre de Manila, ao mesmo tempo que lutavam contra os norte-americanos, numa cidade agora praticamente em ruínas.

Intramuros, a cidade murada e histórica dentro de Manila, onde os japoneses entrincheiraram-se num bastião de resistencia, era atacada constantemente por bombardeamentos de artilharia e sendo destruída aos poucos, mas os seculares muros de pedra resistiam e as posições dentro dela, como edifícios subterrâneos e trincheiras de pedras, forneciam ótima cobertura defensiva aos japoneses.

O último reduto de defesa em Intramuros e em Manila, o centro de finanças, foi finalmente destruído a 3 de março de 1945. A cidade havia sido libertada, mas quase toda nivelada ao chão. A batalha custou mil mortos e cinco mil feridos aos norte-americanos, 16.000 mortos entre os japoneses e tinha tirado a vida a cem mil filipinos, apanhados no fogo cruzado da batalha ou assassinados pelos defensores.

Legado

Durante um mês, japoneses e norte-americanos tinham inflingido a Manila mais destruição que a Luftwaffe havia sido capaz de inflingir a Londres durante os bombardeamentos de 1940, produzindo uma contagem de mortos comparável aos bombardeamentos de Tóquio ou a dos habitantes de Hiroshima. Poucas batalhas da Segunda Guerra Mundial excederam a selvageria e destruição produzida em Manila nesta batalha, que a fez ser comparada a Varsóvia, como cidade-mártir do Sudeste Asiático pela destruição produzida, e testemunhando combates de rua somente vistos na guerra na Europa em batalhas como a de Estalingrado.

Relembrada hoje como tragédia nacional, a Batalha de Manila custou aos filipinos, além das milhares de vidas humanas, a destruição de incontáveis e irreparáveis tesouros históricos, colégios, igrejas, conventos, universidades, mosteiros datados de sua ancestral fundação. Seu patrimônio cultural em artes, literatura e arquitectura especializada, desapareceu. A Manila uma vez chamada de Pérola do Oriente, monumento vivo do encontro das civilizações européia e asiática, havia virtualmente evaporado.

Wikipédia

 

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« Responder #118 em: Agosto 29, 2008, 06:49:51 pm »
Acho que este ainda não esta cá no fórum.
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fabio_lopes

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boas
« Responder #119 em: Setembro 25, 2008, 10:23:46 am »
boas tenho de fazer um trbalho sobre a segunda guerra mundial sera que algum me podia dar mais informaçao?
a) principais batalhas e suas datas e qe paises entram?
b)paises aliados durante a guerra?
algumas fotos qe de certa forma resumem a guerra.o resto ja eu conssegui muito obrigado
se alguem considerar algo importante agradeço toda a informaçao que chegar.
cumps.
Tudo por aquilo que sonho...

tratem me por tu sff