Relações Angola-Moçambique

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comanche

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Relações Angola-Moçambique
« em: Outubro 31, 2007, 06:48:44 pm »
PR angolano oferece a Maputo "toda a experiência e ´know-how´ na área do petróleo"


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O Presidente angolano prometeu hoje colocar à disposição de Moçambique "toda a experiência e ´know-how´" do seu país no domínio petrolífero, numa altura em que decorrem pesquisas sobre a existência no país de jazidas passíveis de exploração comercial.
 


"Toda a experiência e ´know-how´ de Angola neste domínio estará sempre à disposição dos países irmãos, neste caso dos nossos irmãos moçambicanos", garantiu José Eduardo dos Santos, ladeado pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, no final da sua visita de dois dias a Moçambique.

O petróleo foi, precisamente, uma das nove áreas objecto de acordos de cooperação entre Moçambique e Angola, assinados no âmbito da visita de José Eduardo dos Santos a Maputo.

O governo moçambicano tem manifestado a sua confiança na existência de reservas de petróleo no país passíveis de serem exploradas comercialmente, em especial na bacia do Rovuma (rio que separa Moçambique da Tanzânia, no norte do país) e no delta do Zambeze (centro), mas remeteu sempre para as empresas que estão na prospecção.

Na deslocação a Moçambique do Presidente angolano foram ainda assinados acordos nas áreas de ciência e tecnologia, educação superior, energia, geologia e minas, comunicação social, pescas, obras públicas e desenvolvimento empresarial.

Em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo angolano, o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, saudou os "resultados muito bons" da visita e considerou que as relações entre Moçambique e Angola serão no futuro "muito mais reforçadas".

"Acreditamos que depois desta visita as relações entre Moçambique e Angola sairão muito mais reforçadas e a cooperação e intercâmbio entre moçambicanos e angolanos vai aparecer mais forte", afirmou.

Na mesma linha, José Eduardo dos Santos defendeu que os resultados da deslocação "ultrapassaram as expectativas", sublinhou o empenho dos governos de Luanda e Maputo em levar à prática os convénios firmados e apontou-lhes o sentido.

"Os nossos dois países estão numa fase diferente do seu desenvolvimento: ainda há algumas décadas atrás eram sistemas de partido único, com economias centralmente dirigidas e iniciámos uma grande viragem na organização das nossas sociedades e respectivos Estados", começou por observar.

Para depois acrescentar: "Portanto, os acordos visam dar sequência a essa perspectiva de criarmos sociedades democráticas, economias mais abertas, organizarmos as sociedades civis para que possam intervir de forma cada vez mais activa auxiliando os poderes públicos na resolução dos problemas das populações".

Antes, no início do segundo e último dia da sua visita a Moçambique, José Eduardo dos Santos recebeu as chaves da cidade de Maputo das mãos do vereador para a área das Finanças, em representação do presidente do município, Eneas Comiche.

Na ocasião, o Presidente angolano manifestou o desejo de ver mais angolanos a estudar, trabalhar e residir em Moçambique.

No final, José Eduardo dos Santos convidou formalmente o seu homólogo moçambicano a visita oficial a Angola, estando a data ainda em aberto.

 
 

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comanche

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« Responder #1 em: Abril 25, 2009, 11:32:39 pm »
Angola e Moçambique anunciam acções conjuntas

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Os ministros da Hotelaria e Turismo de Angola e de Moçambique assinaram ontem, em Luanda, um memorando de acções conjuntas, como complemento do acordo, estabelecido em 2007, no domínio turístico.
Pedro Mutindi e o homólogo moçambicano, Fernando Sumbana Júnior, foram os signatários do documento, que estabelece os prazos e as responsabilidades das partes nas áreas de planeamento e qualificação de quadros em turismo, marketing e investimento.
O ministro Pedro Mutindi reconheceu a experiência de Moçambique na área do turismo. Moçambique, referem as estatísticas, tem um movimento turístico de cerca de um milhão de pessoas por ano, enquanto Angola possui apenas 200 mil.
“Nós, angolanos, podemos facilmente elevar as nossas estatísticas. Somos um país com imensas potencialidades naturais”, disse o ministro.
Fernando Sumbana Júnior convidou os empresários angolanos a investir no ramo de hotelaria e turístico em Moçambique, país que têm grandes potencialidades turísticas a nível do continente africano.
Acrescentou que o quadro legal vigente garante aos empresários angolanos facilidades em investimento e lucros. “ Os interesses angolanos serão protegidos em Moçambique em termos legais e têm, ainda, a possibilidade de colocarem os seus investimentos no seguro e poder repatriar os seus lucros sem problemas”, disse o ministro Fernando Sumbana Júnior.
Pedro Mutindi afirmou, também, que a realização do Campeonato Africano das Nações (CAN), em Angola, e o Mundial de Futebol, na África do Sul, são “oportunidades únicas para o fortalecimento das relações e intercâmbio entre os dois países e o sector hoteleiro e turístico tem a oportunidade de lançar a sua marca” no mundo.
“Com estas acções, estamos empenhados em trabalhar e dar oportunidades ao mundo de olhar Angola, e o seu povo, como um país aberto, disponível e de saberem que o Governo apoia todas as iniciativas singulares e colectivas”, disse o ministro.

Turismo inventaria potencialidades

O Ministério da Hotelaria e Turismo vai realizar, este ano, um inventário sobre os recursos turísticos do país e elaborar o Plano Director do sector, para definir os métodos de actuação e a política a seguir. O anúncio foi feito, durante o Conselho Consultivo, pelo ministro Pedro Mutindi.
O Ministério vai, também, este ano, elaborar um plano de recuperação das unidades hoteleiras e turísticas degradadas e conceber projectos de novas nas várias regiões do país.
O plano prevê, igualmente, estudos sobre a criação do Fundo para o fomento e incentivo do turismo e o ordenamento do território nacional, com vista à determinação e classificação dos locais de interesse turístico.
Pedro Mutindi disse que a prioridade na entrega de projectos recai nos empresários nacionais, embora os planos visem, também, acções que estimulem o investimento estrangeiro no sector.
O objectivo, salientou, é melhorar a imagem de Angola, captar financiamentos e atrair mais turistas para o país. “Para competirmos com o resto do mundo temos de criar uma base de informação, que forneça dados sobre o que temos, os pontos de interesse, as infra-estruturas e os sistemas de apoio onde se possam obter informações de carácter turístico e segurança, como forma de ganhar reputação, prestígio e aumentar a qualidade da indústria hoteleira e turística”, sublinhou o ministro.
Pedro Mutindi anunciou, ainda para este ano, a criação do Instituto Nacional de Formação Turística e escolas de nível básico, médio e superior de hotelaria nas várias regiões do país, com destaque para Luanda, Cabinda, Malanje, Huambo, Benguela, Huíla, Namibe e Cunene.
O Ministério da Hotelaria e Turismo vai, igualmente, prestar apoio técnico e acompanhar o desenvolvimento do projecto Okavango Zambeze, que visa a conservação transfronteiriça entre Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabue.


http://www.jornaldeangola.com/artigo.ph ... o=politica
 

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Lusitano89

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Re: Relações Angola-Moçambique
« Responder #2 em: Maio 18, 2011, 05:27:49 pm »
Moçambique vai pedir a Angola perdão de 21,6 Milhões de €€€ de dívida


O governo moçambicano vai propor o perdão do remanescente da dívida a Angola, no valor de 30,75 milhões de dólares (21,6 milhões de euros), para aplicar a verba no “sector produtivo”, anunciou hoje o Ministério das Finanças moçambicano.

O pedido será feito à margem da reunião dos ministros das Finanças da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realizará no dia 20 em Luanda, indica um comunicado do Ministério moçambicano das Finanças.

O Estado moçambicano ficou a dever apenas 30,75 milhões de dólares a Angola, depois de os governos dos dois países terem chegado a acordo para a eliminação de 61,5 milhões de dólares de dívida (43,3 milhões de euros).

A dívida de Moçambique a Angola resultou de importações de petróleo na década de 1980.

Durante o encontro de Luanda, os ministros das Finanças da CPLP vão assinar acordos para evitar a dupla tributação em matéria de impostos sobre o rendimento, devendo Moçambique e Portugal rubricar um entendimento sobre Assistência Mútua Administrativa, no âmbito da implementação da Convenção sobre a Dupla Tributação.

A cimeira dos ministros das Finanças da CPLP é um fórum que pretende promover a concertação da política financeira entre os Estados-membros, com enfoque sobre a situação económica num contexto de crise financeira internacional, bem como a troca de experiências sobre a reforma nas finanças públicas.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Relações Angola-Moçambique
« Responder #3 em: Setembro 09, 2015, 04:11:07 pm »
Moçambique tenta abrir portas para a exploração de gás natural com Angola


O objetivo passa por estabelecer parcerias para a partilha de experiências e serviços neste setor, apoiando o desenvolvimento do segmento de gás natural nos dois países, nomeadamente envolvendo a petrolífera estatal angolana Sonangol.

"Angola está a fazer também os seus esforços. Certamente vamos encontrar no futuro sinergias, a nossa empresa tem áreas em que pode trazer mais-valias e as duas partes vão continuar a dialogar", disse aos jornalistas Joaquim Chissano, após reunir-se em Luanda, na terça-feira, com o ministro dos Petróleos de Angola, Botelho de Vasconcelos.

Fundada em 2004, a Matola Gas Company dedica-se ao transporte, distribuição e comercialização de gás natural produzido em Moçambique, sendo participada pelo Estado moçambicano através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e por investidores privados daquele país e internacionais.

A empresa opera um gasoduto de transporte e distribuição de gás natural com cerca de 100 quilómetros e abastece a província de Maputo, nomeadamente em termos industriais.

"Se tivermos lugar [na parceria com Angola], ótimo. Se Angola pode fazer tudo o que se pode fazer [no setor do gás] por si só, melhor ainda. Mas gostaríamos, se realmente houvesse lugar, de ser um parceiro bem visto, por causa das relações que temos com Angola", enfatizou Joaquim Chissano, que lidera esta comitiva, em Luanda até quinta-feira.

No final do encontro, Botelho de Vasconcelos disse que será dada "continuidade" às negociações, seguindo-se contactos entre os executivos da Matola Gas Company e da Sonangol.


Lusa