A revista espanhola "Fuerzas Militares del Mundo" (
http://www.fuerzasmilitares.com) publica, na edição de Dezembro, um artigo extenso sobre a reforma Defesa 2020 e em que se analisam, simultaneamente, alguns dos programas de reequipamento das Forças Armadas e missões no estrangeiro.
Na primeira metade deste ano, as Forças Armadas portuguesas realizaram um conjunto alargado de exercícios militares. Em Abril, mais de 1.300 militares participaram no "Instrex", o principal exercício da Marinha portuguesa. Este envolveu quatro fragatas, dois submarinos e outros seis navios e três tipos de aeronaves da Força Aérea. As manobras puseram à prova a componente naval da Força de Reação Imediata (FRI) portuguesa (FAM 129). Semanas depois, a infantaria da Brigada Mecanizada simulou no “Rosa Brava”, um cenário de guerra urbana e operou, lado-a-lado, com carros de combate Leopard 2A6 e com o apoio aéreo de caças F-16 AM/BM. Por sua vez, a Força Aérea realizou o seu principal exercício anual, o “Real Thaw”, novamente com participantes estrangeiros, incluindo os A-10 americanos, e operações no mar e em terra (FAM 127). Estes e outros exercícios focam-se em operações conjuntas e combinadas como as encontradas nas missões reais no exterior. Um dos teatros de operações que mais tem moldado a doutrina e exercícios dos portugueses é, sem dúvida, o Afeganistão (FAM 125), por onde passaram, entre 2002 e 2012, mais de 2.330 militares. Ao mesmo tempo, têm entrado em serviço novos equipamentos e sistemas de armas desde 2003, altura em que analisámos, pela primeira vez, as Forças Armadas portuguesas como um todo (FAM 11/12).
Cumprimentos,
Pedro Monteiro