Guerra civil de Espanha

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gaia

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(sem assunto)
« Responder #105 em: Julho 08, 2009, 10:41:59 am »
São fundamentados , em diversos livros que li, sobre a guerra civil espanhola e um livro, de José Freire Antunes ," Portugal e Espanha", e também em artigos que li em jornais , no caso do embaixador mexicano "Expresso".
 

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Carlos Rendel

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #106 em: Dezembro 26, 2009, 10:23:47 am »
Para mostrar que a História nunca está definitivamente escrita,e,em face de novos dados recolhidos (designadamente após a
implosão da URSS) há que reescrever alguns capítulos.Na questão da estatística ligada à GCE,que tanta discussão tem provocado,entrei na posse, recentemente, do livro "Los datos exactos de la Guerra Civil" de Ramón Salas Larrazábal,Colección
Drácena.cujo conteúdo não vi posto em causa em lado nenhum. Quero ainda referir que a obra clássica sobre a GCE "A guerra
civil de Espanha" de Hugh Thomas nas suas sucessivas edições se tem vindo a actualizar em conformidade com novos conheci-
mentos,o que é justificado no respectivo prólogo.O que só vai em abono do sr. Hugh Thomas...
CR
 

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Carlos Rendel

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #107 em: Janeiro 15, 2010, 10:55:23 pm »
Ainda a propósito da feroz repressão franquista no fim da guerra civil,foi editado um livro de Jose Maria Zavala,com o título
sugestivo de "Los gangsters de la guerra civil" ed. de Bolsillo que mostra que do outro lado da barricada não estavam só
meninos de coro,permito-me transcrever,com a devida vénia ao Autor dos capítulos constantes da obra:
Prieto,traficante de armas;Laurencic,o arquitecto das chekas;Atadell,o assassino mascarado;Marty,o carniceiro de Albacete,
Negrin um "bon vivant" sem escrúpulos;Carrillo cúmplice de Paracuellos.Não estão aqui em causa correntes políticas ou juízos de valor,mas à sombra frondosa da árvore da guerra civil de CRIMES.
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VICTOR4810

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #108 em: Janeiro 17, 2010, 08:09:36 pm »
Efectivamente Sr. Rendel, en el tema tan manido y gastado de la Guerra Civil, -pocos fueron en verdad los inocentes en ambos bandos- y asesinos, ladrones y todo tipo de criminales  hubo en los dos lados.
Ganó Franco y practicó una terrible reprresión, por otra parte no mas terrible que la que hubiesen hecho los otros de haber ganado.
De esto último que no le quepa la menor duda.¡
Estoy cansado ya del tema de la guerra de la que ya apenas quedan supervivientes y que gentte que solo ha disfrutado de la "paz" trata ahora de resucitar.
Mis felicitaciones por su ecuanimidad.
Boas noites y Obrigado.¡
1.492, DESCUBRIMOS EL PARAISO.
"SIN MAS ENEMIGOS QUE LOS DE MI PÁTRIA"
 

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Carlos Rendel

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #109 em: Abril 02, 2010, 11:20:42 am »
Estando os foristas a participar numa troca de impressões sobre temas que devem ajudar os mais novos
a conhecer o passado,importa,sobretudo transmitir a verdade e um espírito de isenção,sem o que
estamos a fazer propaganda e não a dar a conhecer a realidade.Isto vem a propósito do programa "As
Brigadas Internacionais" mostrado pelo Canal História,que além de não respeitar a verdade histórica
mais parece um programa publicitário das ideias do autor,muito respeitáveis,aliás,mas isentas de
de neutralidade,mais parecendo um panfleto de campanha eleitoral.
Retiro esta Mensagem se o autor do programa fizer um programa sobre os voluntários que deixaram
os seus países para ajudar os nacionais,e que não foram poucos-é claro que não estou a falar do CTV ou da Legião Condor.Há aliás três obras em espanhol que referem o tema,que eu conheço:

                   -"Luchando por Franco" de Judith Keene   ed.Salvat
               
                    "Las Brigadas Interncionales de Franco" de Christopher Othen    ed.Destino

                    "Los otros internacionales"  de José Luis de Mesa           ed.Barbarroja
CR
 

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PereiraMarques

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #110 em: Outubro 22, 2010, 11:02:27 am »
Atles de la Guerra Civil a Catalunya

 :arrow: http://www.elpais.com/articulo/portada/ ... por_31/Tes
 

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Carlos Rendel

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Re: Guerra civil de Espanha-a revolta dos marinheiros lusos
« Responder #111 em: Fevereiro 05, 2011, 10:51:07 am »
Citar
Estamos cansados de repetir à Europa que a Guerra Civil Espanhola é com evidência absoluta uma luta internacional num campo de batalha nacional.
[/u]

A 18 de Julho de 1936,ao desencadear-se o levantamento militar contra a República,deu-se desmedida agitação de grupos sindicais e associações populares de esquerda,um pouco por toda a Europa assumindo a condenação dos militares golpistas em nome da democracia.O governo português foi também surpreendido,embora não ignorasse as movimentações subterrâneas de uns e outros com vista a um ajuste final de contas.Com efeito,as eleições havidas há escassos meses mostraram um país práticamente cortado ao meio,quando se apresentou ao eleitorado em duas coligações de sinal oposto a Frente Popular (comunistas,socialistas,republicanos e demais correntes marxistas) e o bloco nacional,incluindo democratas cristãos,liberais,agrários,monárquicos e a Falange.
Em Portugal,Salazar reviu os vários cenários e as suas implicações na vida e bem estar dos portugueses,e ainda que sendo aliciado pelos dois beligerantes com promessas
irrealistas,decidiu o apoio claro e sem ambiguidades ao grupo liderado por Franco.
A armada era o orgulho do regime e a garantia da pluricontinentalidade do país,pois à semelhança da Grã-Bretanha,e em caso de confrontação era vital a ligação entre
as partes do Império.
Com as hostilidades em curso e a propaganda  em expansão,uma organização misteriosa ,a ORA- Organização Revolucionária da Armada infiltrava os militares,e
promovia a Revolução contra o poder estabelecido.A 8 de Setembro de 1936 dá-se a rebelião dos marinheiros lusos.No Dão gerou-se de imediato um ambiente caótico
e quando os revolucionários se preparavam para saír barra fora após deterem os oficiais,são atingidos por fogo das peças dispostas no Alto do Duque e em Almada.
Pouco depois fundearam e içaram a bandeira branca.
No Bartolomeu Dias prenderam os quadros não aderentes ao movimento,e,ao darem com os motores sabotados refugiaram-se no Afonso de Albuquerque.
No Afonso de Albuquerque,presos os graduados,e na tentativa de se fazerem ao largo,foram atingidos pela artilharia de costa,que provocou vários incêndios a bordo
descontrolou o pessoal e fez varar o navio na praia de Algés.E assim se consumou não se sabe bem o quê...
Á revista da Armada foi declarado pelos insurrectos que o objectivo não era participar na guerra de Espanha,mas sim deitar o regime abaixo...só iriam para Espanha
em caso de serem derrotados.
Os vencidos foram parar a Cabo Verde sob prisão e mantidos no Tarrafal.

A seguir foi publicada uma nota oficiosa da Presidência do Conselho de Ministros de que extraio o seguinte:

          ...a Marinha de Guerra....constitui a primeira grande realização do Estado Novo...conscientemente mandei pagá-los (os navios).Com a mesma serenidade im-
            perturbável ordenei que fossem  bombardeados até à rendição ou afundamento.A razão que se eleva por cima de todos os sentimentos é a seguinte: Os barcos
            da Marinha portuguesa podem ser postos a pique;mas não podem içar outra bandeira que a de Portugal. CR
CR
 

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Carlos Rendel

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #112 em: Agosto 02, 2011, 10:34:44 pm »
Citar
Em nenhum episódio dos anos trinta se mentiu tanto como neste-Guerra Civil de Espanha-e só em tempos recentes os historiadores começaram  a
extrair a verdade da montanha de falsidades sob a qual esteve oculta durante uma geração.
    Paul Johnson,Tiempos Mdernos (2 000) Buenos Aires




Não será difícil encontrar um consenso neste foro de que a Guerra Civil é a pior das guerras, antes de corromper os corpos dos seus intérpretes destrói
a alma.
Se fôrmos à Europa "rica" e tocarmos ao de leve na I ou II Grande Guerra,encolhem os ombros e dão a entender não terem tempo para conversas. Nalguns países ocupados entre 39-45 observam-se em construções mais antigas buracos de bala,em Budapeste,no entanto,são lembranças da insurreição de 1956.
 Os alemães, então,nem querem ouvir falar nisso. Na Europa,o que resta são alguns monumentos onde se presta culto aos caídos,anualmente.como acontece
cá junto ao monumento que evoca a I Grande Guerra.

Mas na Espanha foi diferente.Proclamada a República,em 1930,as lutas começaram dentro dos próprios partidos entre os sectores moderados e os críticos
da "democracia burguesa",à esquerda. No  Congresso do PS,em que se  digladiaram Julián Besteiro, catedrático de Lógica na Universidade de Madrid e Pre-
sidente das Cortes,homem moderado e de bom senso,que pretendia acima de tudo evitar a Guerra Civil,e Francisco Largo Caballero,preconizando a união
do PSOE com o Partido Comunista,e adepto de uma ditadura do proletariado,com vista a construir o Socialismo.É fácil de concluir que a demagogia de Largo
Caballero ganhou as eleições no PS dando mais um passo ao encontro da guerra.

À direita pontificava a CEDA (Confederatión Española de Derechas Autonomas) dirigida por José Maria Gil-Robles,jurista e professor universitário,que se assu-
mia como grande partido conservador.Com a guerra à vista,as juventudes da CEDA  copiavam os ritos e atitudes dos falangistas,ao melhor estilo mussolini-
ano.


José Maria Zavala,historiador e analista,escreveu "Los horrores de la guerra civil"-Plaza y Janés-2004 que mais parece uma história de terror elaborada por
uma mente doentia,onde descreve o sadismo e a maldade com que os espanhóis se assassinavam mútuamente demonstrando o pior da raça humana.Isto sem
falar na "maior perseguição religiosa da história" com a liquidação de 6 000 religiosos da forma mais bárbara


Passados que são 75 anos,com os coevos desaparecidos, ainda permanecem na memória os chocantes acontecimentos passados,ao ponto de um intelectual

afirmar "Perdoo,mas não eaqueço".E aí estão as duas Espanhas de 36: sociológicamente,políticamente,geográficamente...

Não se passa um mês que não venham a público  novas obras e novas revelações, que pretendem explicar o que se passou,como foi e talvez porque foi.
É claro que não vale deixar as culpas todas para a ideologia,fingindo não haver ajustes de contas,ciúmes,dívidas,vinganças,etc.

Muito resumidamente vou dar exemplos das "falsidades":

]Insurreição de 1934
"Diz-se que os militares de Franco apoiados pelas classes possidentes e o clero,iam dar um golpe e promover um regime fascista"

Atrás do diz que diz,promoveu-se o levantamento de 1934,com vista a fazer a revolução proletária,e acabar de vez com os ricos,impondo a ditadura do
proletariado. Sublinhe-se que esta revolta se deu contra um regime democrático,onde tinham lugar socialistas e outros partidos de esquerda.

Batalha de Madrid

"Franco atacou Madrid com forças muito superiores ao adversário,com a ajuda da aviação alemã e artilharia italiana e encontrou pela frente o povo de
Madrid,precáriamente armado,mas disposto a defender a capital,sendo batido o exército fascista"

Na realidade,Franco depois de libertar o Alcazar de Toledo,voltou-se para Madrid  com o intuito de cortar as principais vias do Norte.O ataque começou
a 3 de Outubro de 1937,com 14 000 homens frente aos 15 000 dos republicanos.O ataque,nestas condições,estava desequilibrado,sobretudo quando apare-
ceram os tanques russos T-26,além disso os revoltosos tinham pouca artilharia pesada,aviões piores que os soviéticos,e linhas de abastecimento vulneráveis.
Cerca de 2 000 homens das Brigadas Internacionais também lutaram.E assim se desfaz o mito do Exército contra o povo.

Guernica

"Bombardeada pela aviação alemã da Legião Condor,uma povoação aberta com mulheres e crianças,causou de 1 654 a 3 000 mortos"

J.Salas,investigador e académico,percorreu Guernica em 1987,abriu valas,recolheu dados nos Hospitais de Bilbau,falou com dezenas de pessoas,deixando
um cartão com o telefone,caso se lembrassem de mais mortos.Até agora ninguém telefonou...Conclusão de Salas:no máximo 120 mortos para 5 000 pessoas.

  Mas há mais mentiras,muitas mais....


 BIBLIOGRAFIA: La Guerra Civil  Española-Burnett Bolloten
                     Los datos exactos de la guerra civil-Ramón Larrazábal
                     La otra memoria histórica-Nicolas Salas
                     Martires por su Fe-Jesús Bastante
                     Madrid en guerra-Javier Cervera
CR
 

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papatango

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #113 em: Agosto 06, 2011, 03:26:09 pm »
Citar
Não será difícil encontrar um consenso neste foro de que a Guerra Civil é a pior das guerras, antes de corromper os corpos dos seus intérpretes destrói
a alma
É impossível chegar a qualquer consenso, porque nunca ouve uma verdadeira reconciliação.

E creio mesmo que não é uma questão de perdoar mas não esquecer.

Para muitos para que haja perdão, tem que haver reconhecimento de culpa.
Ainda hoje, a extrema direita espanhola está convencida de que Franco agiu bem.
Ainda hoje, se esconde que dentro das facções rebeldes, quem tomou a liderança do lado fascista, foi o homem de Hitler, Francisco Franco.
Ignora-se que o governo da República foi empurrado para as mãos da URSS e que os principais responsáveis por isso foram franceses e britânicos.

Ignora-se que ao hostilizar indirectamente Portugal, ao dar apoio aos republicanos socialistas que se opunham a Salazar, o governo de Madrid, colocou-se entre uma França politicamente instável e um Portugal que via na República um potêncial inimigo e o espectro do Federalismo Ibérico, tão do gosto dos republicanos-laicos-socialistas.


Mas também se pretende ignorar a brutalidade criminosa dos nazistas espanhóis, ignorando que se estudava na Guerra Civil de Espanha, a utilização do terror como arma de guerra.
Os espanhóis foram as cobaias.

A tentativa de retirar importância ao bombardeamento de Guernica é um dos exemplos mais deploráveis.
Foram à procura de quantos mortos foram enterrados, para tentar determinar o numero de vítimas.
Se não houvesse testes de ADN, quantos mortos teriam sido identificados como sendo vítimas dos ataques de 11 de Setembro ?
Provavelmente umas 300 ou 400 vitimas...
Mas morreram quase 3.000.

Isto não quer dizer que não houvesse exagero, mas a verdade é que não temos como saber.

Apenas temos como saber o que aconteceu no massacre de Badajoz, porque ele foi documentado por um estrangeiro.
Os nazistas espanhóis, ainda hoje tentam retirar importância ao que foi publicado no Diario de Lisboa.
Sem sucesso, há que dize-lo.

A brutalidade lasciva e criminosa dos nazistas da Falange e a licenciosidade obscena dos mercenários islâmicos - a tropa de terror por excelência - ficaram claramente à vista.
Além de Badajoz, houve outros casos, que chegaram até a levantar protestos por parte dos italianos (protestos que Franco nunca perdoou).

A pior coisa que os espanhóis fizeram, foi tentar dar a ideia de que os dois lados foram iguais e que dos dois lados se cometeram crimes.
É verdade que dos dois lados se cometeram crimes, mas do lado do governo, houve tentativas para julgar e punir os crimes. Do lado NAZI, o terror era recompensado.

E é por isso que a guerra civil de Espanha nunca acabou.
Não acabará, enquanto de uma vez por todas, não acabarem as tentativas por parte dos nazistas e da extrema-direita fanática, de demonstrar que os dois lados foram exactamente iguais.

Não se podem contar vidas porque a vida é um valor absoluto.
Mas podem-se contar cadáveres.
E os cadáveres resultado da repressão nazista, foram tantos que ainda deitam cheiro.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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gaia

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #114 em: Agosto 10, 2011, 10:59:45 am »
Papatango :

Acho que o relato de Badajoz , está bem documentado pelo relato de um jornalista português , e curiosamente a censura deixou passar na integra a reportagem , só cortou a frase de um padre espanhol "Eles mereceram ", o censor achou que era forte demais dita por um padre .
Curiosamente o regime de Salazar , não estava a gostar da barbárie em Espanha , mas não teve alternativa em apoiar Franco, mas já no fim da guerra  , existe quase alheamento aos acontecimentos e não deixa desfilar os Viriatos .
Salazar sabia , que tinha resolvido o problema de ter a NKVD nas fronteiras , mas tinha os nazis .
Salazar teve uma actuação brilhante entre 1935 e 1945 .

Espanha é muito complicada , o que se verificou em 1935 , já tinha havido muitas revoltas na sua história , e da forma sanguinária  como resolveram os problemas : comuneros, durante as invasões francesas, guerras carlistas , e a morte  da mãe do "el tigre".

A forma como foi feita a repressão dos mineiros das astúrias ,no  governo de Primo Rivera , em que as tropas mouras tiveram requintes de malvadez , foi o inicio do turbilhão , mas os anarquistas , principalmente na Catalunha , também não ficaram atrás de Franco , com fuzilamentos , em que a própria Frente Popular tinha dificuldade em os controlar, em que posteriormente houve a pequena guerra civil com a CNT e POUM, e a morte horrorosa  de NIn às da NKVD de Orlov.

A resposta da falange com bastante violência, tem haver como uma reacção à violência perpetrada pelos anarquistas , muitos padres , bispos e frades foram fuzilados,igrejas queimadas , etc.

O exercito mouro de Franco fez em Sevilla  um repressão bem severa e sanguinária.

Ambos os lados portaram-se muito mal ,foram todos maus , em que os instintos  selvagens emergiram -

A guerra civil surge por motivos económicos , em as reformas que frente popular estava a implementar , e os impostos introduzidos , estavam a levar à ruína muitos empresários.
 

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Carlos Rendel

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #115 em: Agosto 10, 2011, 11:16:08 pm »
Citar
...quem tomou a liderança do lado fascista foi o homem de Hitler,Francisco Franco...


"dixit" Papatango.

Desculpe,mas está a falar a sério? A verdade é que ambos se detestavam fortemente,só se viram uma vez em Hendaye,e foi tudo.Neste turbilhão da guerra,é crível que Salazar tivesse indecisões sobre como actuar (ou não) e,de acordo com os seus biógrafos com a ajuda de Santos Costa,construía cenários de possibilidades de que não saía,pois estava a contas com uma equação a n  incógnitas ,ou seja sucessivos becos sem saída.Tinha a percepção correcta de que a vitória de qualquer das facções era sempre um perigo para  Portugal. Por motivos de ideologia  e prestígio todos queriam a prazo a anexação do país (uma história  com  900 anos)
e aí Salazar agiu com discernimento,não se comprometendo,mas sem esquecer as suas afinidades.

A Espanha republicana foi empurrada para o colo da URSS que lhe forneceu material moderno e especialistas (ao contrário do que se pro-

pala aí,não foram só os alemães a usar os espanhois como cobaias para ensaios de novas armas), mas Estaline foi régiamente pago

pelo ouro do Banco de Espanha,que deve ter dado para ficar com uns trocos...


Reconciliação.Sim ou não?

Chega a parecer mais fácil a reconciliação entre franceses e alemães de que entre os próprios espanhois.

Sem querer meter criminosos e inocentes no mesmo saco,atente-se às seguintes perguntas,e a vossa consciência dará a resposta.

-Quem matou mais inocentes de uma só vez,configurando um genocídio em Paracuellos del Jarama?

-Quem assassinou com requintes mais brutais ?

-Quem eliminou pessoas de 80 e mais anos por não pertencerem à Frente Popular?

-Quem torturou até à morte miúdos de 12 a 18 anos por serem simpatizantes da Falange?

-Quem matou mulheres grávidas,só porque os maridos eram afectos à CEDA ?

-Quem largou fogo a igrejas repletas na maior perseguição à Igreja de que há memória?

-Porque foram executados  Guardas Civis,só porque eram Guardas Civis ?

-Quem constituiu "chekas" em Madrid de onde os detidos eram levados em "paseos" de que não voltavam nunca mais ?

Não estou a isentar o outro lado de crimes,designadamente na Lei de Acusação de rebelião militar,lei retroactiva,

aplicável a quem não tivesse aderido ao levantamento a tempo e horas.Esta lei,além de ser um aborto jurídico,

deu poderes aos magistrados militares para sua interpretação no sentido mais lato.Lógicamente que nem todos os membros

da F.P. eram criminosos,assim como nem todos os nazis eram executores.

General Emílio Mola

O general Mola advogava que o golpe para saír  vitorioso,necessitava de rapidez e extrema dureza,mais para servir de

exemplo do que para punir.Na preparação da revolta, que levou largos meses de contactos, Mola foi o "director",

enquanto Franco permanecia silencioso.Como curiosidade  acrescento o sentido republicano do general,que o levava

a defender para  Espanha um regime em tudo parecido com o português,sem esconder a sua admiração por Salazar.



 
Citar
É verdade que dos dois lados se cometeram crimes,mas do lado do governo houve tentativas de julgar e punir os crimes ...
                                                                                                                                                                     Papatango

      Foi pena o governo perder esta oportunidade de julgar e punir os crimes,mas este Governo era "o governo da oportunidade perdida" como tão

bem demonstrou na guerra e na paz.Do lado do governo,eleito democráticamente,mas sem força nem vontade,os assassinatos de civis eram apenas

"justiça popular"dum povo oprimido.Do lado franquista as sentenças eram declaradas por tribunais militares ao abrigo da lei da Rebelião Militar que

tinha uma abrangência tal ,que dava o poder aos magistrados.

Cumprimentos e se fôr o caso-BOAS FÉRIAS

BIBLIOGRAFIA: " Masacre" de Casas de la Vega-AF ed.
                     Los datos exactos de la guerra civil-R.Larrazabal ed.Drácena
                     Franco and Hitler-Stanley G.Payne -Yale U.P.
CR
 

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Lusitano89

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #116 em: Abril 06, 2012, 08:22:55 pm »
56 portugueses assassinados pelo franquismo na Galiza


Uma equipa de investigadores de Santiago de Compostela elaborou uma lista com 56 republicanos portugueses assassinados pelo franquismo espanhol na região da Galiza, revelou à agência Lusa o historiador Fernando Rosas.

Em colaboração com os colegas galegos, as universidades portuguesas Nova de Lisboa e Minho associaram-se à descoberta "inédita", coorganizando uma homenagem póstuma aos portugueses que se bateram pela República durante a guerra civil espanhola, que se realizará em Ourense, na Galiza, a 13 e 14 de abril, e em Monção, no Norte de Portugal, a 15 de maio.

O historiador Fernando Rosas, presidente da direção do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, adiantou à Lusa que a lista de "56 portugueses confirmadamente mortos pela repressão franquista na Galiza" baseia-se numa investigação do projeto inter-universidades Nomes e Vozes.

Os investigadores, coordenados por Dionidio Pereira, da universidade de Santiago de Compostela, fizeram "o levantamento, caso a caso, da repressão" franquista na Galiza e decidiram "autonomizar os portugueses", num "estudo muito exaustivo".

Estes republicanos portugueses -- homens e "algumas, poucas, mulheres" - eram "trabalhadores portugueses estabelecidos na Galiza, filiados em sindicatos ou partidos de esquerda", sobretudo detidos e executados "nos primeiros dias da guerra civil", porque os franquistas triunfaram rapidamente nesta região, explicou Fernando Rosas, acrescentando que se conhecem agora os seus nomes, idades, profissões e, nalguns casos, as origens.

De acordo com a investigação, há "151 casos de cidadãs e cidadãos portugueses radicados em diferentes pontos da Galiza que foram alvo de represálias por parte dos franquistas", dos quais "56 foram confirmadamente assassinados".

Na maior parte dos casos, refere Rosas, "sabe-se da localização dos corpos", enterrados em valas comuns.

Ainda "não havia nenhuma investigação feita" sobre o envolvimento dos portugueses no lado republicano da guerra civil, e também no lado franquista, "em nenhuma região de Espanha", destaca o historiador português.

A investigação agora divulgada -- cujos resultados serão apresentados nas homenagens aos mortos -- respeita apenas à Galiza. "É uma pequena [parte]. Terão morrido, no nosso cálculo, muitas centenas de portugueses na guerra civil de Espanha, no lado republicano", realça Rosas.

"Há casos desses um pouco por toda a fronteira e esse levantamento falta fazer", reconhece, dizendo que pode ser que este trabalho galego contribua "para o arranque" de "uma investigação tipicamente luso-espanhola".

A homenagem aos republicanos portugueses terá dois momentos: um na Galiza, em Ourense, a propósito da fundação da república em Espanha, a 13 e 14 de abril; e outro em Monção, no dia 12 de maio, numa iniciativa das universidades do Minho e Nova de Lisboa e da autarquia local.

Em Monção, será descerrada uma lápide com os nomes e origens em Portugal dos 56 republicanos, junto ao rio, no local onde a guarda republicana enviava os espanhóis republicanos refugiados para o outro lado, onde eram fuzilados pela guarda civil e pelos franquistas, explicou, adiantando que o ex-Presidente da República, Mário Soares, estará presente na cerimónia.

Lusa
 

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Carlos Rendel

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Re: Re:56 portugueses assassinados...ou executados?
« Responder #117 em: Abril 09, 2012, 11:21:01 pm »
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Ser de esquerda ou ser de direita é escolher uma das numerosas maneiras que se oferecem ao homem de ser um imbecil;ambas são,com efeito,formas de hemiplegia moral.
  ORTEGA Y GASSET




Ao desencadear-se a Guerra Civil de Espanha a 17 de Julho de 1936 trabalhavam em Espanha alguns centos de portugueses em recolha sazonal sobretudo de cereais,frutas e legumes.No Minho a travessia a "salto" do rio levou-os a Vigo e outros portos galegos,onde a mão de obra nunca era excessiva.
Embora toda a gente esperasse um golpe militar,ninguém sabia onde,como ou quando.

A partir de 18 de Julho as autoridades provinciais questionaram Madrid sobre a distribuição de armas aos operários sindicalizados com vista a formar
uma milícia armada que defendesse Espanha dos fascistas.Apesar de indeferida tal pretensão os milicianos conseguiram o que queriam em quarteis
com o assentimento de simpatizantes militares, ou ainda em postos da Guarda Civil,quer por assalto,quer por cumplicidade do interior.


Voltando atrás,a 16 de Julho, nas Cortes,Gil Robles,líder da direita,discursou:"Desde as eleições de Fevereiro,160 igrejas destruídas,outras 250
muito danificadas,269 assassinatos,1 287 feridos,69 edifícios públicos assaltados,planeadas 113 greves gerais e 228 greves sectoriais."


O motivo real da escala catastrofista do colapso é o facto de o país se ver entalado simultâneamente por duas revoluções.Ambas se voltavam
contra o Estado,ambas queriam uma "ordem nova mais justa".Aí estão os ingredientes para a explosão num país que em Fevereiro aquando
das eleições gerais revelou uma Espanha dividida em duas metades quase iguais e antagónicas.


Os três grandes portos da Galiza foram tomados em 20 de Julho,sendo El Ferrol neutralizado pela Marinha,e Vigo e La Coruña por unidades do
Exército orientadas pelo Coronel Martin Alonso.


Voltando aos 56 portugueses na Galícia será admissível que nem o Estado Português soubesse do seu paradeiro,se a via legal não fosse usada.
Caso fossem trabalhadores migrantes inscritos em sindicatos espanhois,já o caso era mais grave,e,o regime de trocas de presos  não ser
aplicável,admito que fossem entregues à PIDE na fronteira,após alguns meses de detenção para apuramento de responsabilidades.Mas parece que
infelizmente não foi assim.Dada a desconfiança do governo da Frente Popular aos militares,armaram-se  os milicianos,com chefias constituídas por
dirigentes sindicais.São vários os casos relatados de trabalhadores a quem por essa altura foi confiada uma Mauser de 1916,algumas munições,uma
manta e um saco com a marmita,o cantil,e 150 gramas de bolachas,e,sem qualquer instrução militar---Agora vai para a frente matar fascistas!


Na primeira fase da guerra quem tivesse armas de guerra,e dado o rápido  colapso da sublevação nas maiores cidades,foram estas usadas sobretudo
no plano interno na repressão política e social.A propósito lembro J. Martin Blázquez,na sua obra  "Guerra civil total" onde a págs. 118,cito:-Se bem que
as ruas fossem invadidas por milicianos a passear as suas armas,quando o Governo procurava soldados apresentavam-se muito poucos.


No entanto o ponto culminante em relação à G.C. (point of no return)deu-se em 1933 na Escola de Verão do PSOE em Torrelodones,para a Juventude
Socialista.Discursou Prieto que não galvanizou a assistência,Julián Besteiro,presidente da U.G.T. e das Cortes com o  tema "Los caminos del socialismo"
defendendo a via democrática rumo ao socialismo,com moderação e reformas,sem recurso à G.C.Finalmente Largo Caballero falou em "Posibilismo
Socialista en Democracia" As Juventudes aplaudiram fortemente Caballero,mostrando a sua radicalização,e gerando um abismo entre duas teses que
inviabilizou a paz.


Na MSG de Lusitano 89,linha 4, fala-se em "homenagem póstuma aos portugueses que se bateram pela República durante a Guerra Civil" (sic) assim ao
serem capturados eram cidadãos de um país estrangeiro,armados e opostos aos revoltosos.Este caso não é único,sabemos o que aconteceu aos pilotos
alemães e italianos caídos na zona republicana--- se escapassem ao linchamento,eram executados (excepto em caso de trocas).De Gaulle mandou
executar soldados franceses no fim da II Grande Guerra que tinham lutado ao lado dos nazis.


A guerra civil continua viva e de boa saúde nas cabeças dos espanhois.Ao fim de tanto tempo só um esforço para erradicar o sectarismo pode dar frutos.
O que não será o caso da Memória Histórica.


Bibliografia: Los mitos de la Represión en la guerra civil de Angel Rubio--Grafite Ed. 2005
                   La otramemoria histórica de Nicolás Salas,ed.Almuzara 2006
                   Masacre-1ªparte de R. Casas de la Vega,AF Edit. 2006
                   Las Brigadas Internacionales de Franco de Christopher Othen,Ed.Destino-2007
                   A guerra civil de Espanha de Antony Beevor,ed. Livros do Brasil -1989
CR
 

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Lusitano89

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #118 em: Junho 25, 2013, 08:11:09 pm »
Amnistia Internacional investiga crimes do franquismo


A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje, em Buenos Aires, ao Governo espanhol que colabore com a causa judicial aberta na Argentina para investigar crimes cometidos durante a ditadura franquista.

A petição foi apresentada pelo diretor da Aministia Internacional de Espanha, Esteban Beltrán, durante uma audiência com o embaixador espanhol em Buenos Aires, Román Oyaarzun.

"Transmitimos a nossa preocupação com a impunidade dos crimes cometidos durante a Guerra Civil e o franquismo. Passamos de uma situação de esquecimento a outra em que as autoridades espanholas estão a obstaculizar a ação da justiça argentina", disse Beltran, em declarações à agência noticiosa Efe.

Beltran pretende que Espanha autorize a juíza argentina que investigado o caso, María Servini de Cubría, interrogue as vítimas por videoconferência, uma iniciativa que em maio último foi inviabilizada por um protesto movido por Madrid.

"Pedimos às autoridades espanholas que não inviabilizem e colaborem plenamente com qualquer procedimento penal de tribunais estrangeiros sobre crimes de direito internacional cometidos em Espanha", sublinhou Beltrán.

Fontes diplomáticas disseram à Efe que o encontro decorreu num clima "cordial e permitiu uma troca de pontos de vista" sobre o assunto.

Em novembro de 2008, a Audiência Nacional de Espanha declinou a sua competência para analisar o caso apresentado em 2006 relacionado com homicídios e desaparecimentos (114.266) ocorridos em Espanha entre 1936 e 1951.

A 27 de Fevereiro de 2012, o Supremo Tribunal espanhol pronunciou-se contra a possibilidade de se investigar os crimes da guerra civil espanhola e do franquismo.

O caso foi aberto na Argentina em 2010 por "delitos de genocídio e contra a Humanidade" cometidos durante a guerra civil e a ditadura franquista, com base no princípio da justiça universal, à qual se uniram muitas das vítimas do franquismo

Lusa
 

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Carlos Rendel

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Re: Guerra civil de Espanha
« Responder #119 em: Junho 30, 2013, 12:10:28 am »
A Memória Histórica e a outra Memoria Histórica


A iniciativa da Memória Histórica,na voz dos seus organizadores,destina-se a identificar e sepultar os restos mortais de assassinados na Guerra Civil de  Espanha.Há quem diga que o verdadeiro objectivo é usar as

cinzas  como  arma de arremesso ao governo e eventualmente o regime.No meio da polémica formou-se "a outra memória histórica" sob o pretexto de não esquecer os executados do outro lado.O que é de louvar e vai

ao encontro do  espírito de isenção sem o que a   História é uma mentira porque incompleta.Antes e  durante  a Guerra Civil foram assassinados 4 184 sacerdotes,2 365 religiosos,283 religiosas, mais dezenas de milhar ,                    

parte importante  de  55 000 vítimas de violência desencadeada na zona frentepopulista.O papa João Paulo II afirrmou  "não haver precedente de tamanha violência num país de matriz católica".

Outro assunto relevante é o tesouro de guerra da República,constituído prevendo a derrota  republicana,e para financiar os soldados no exílio com meios suficientes.O dinheiro apurado foi levado para o México e

 distribuído pelos cabecilhas como fiéis depositários. O Tesouro,constituído  por ouro do B.E. dinheiro subtraído dos bancos,obras de Arte do Prado e não só...Mas onde está o Tesouro?

          Só para exemplificar:   Juan Negrin,último  chefe de governo

frentepopulista era titular de uma conta no Eurobank com o saldo de 370 milhões de francos  (doc. registados no B.E.) e residia no nº24  da  Av. Charles Floquet no Champ de Mars, comm uma renda mensal de 3 200 fr.

em Paris.

Paracuellos de Jarama  é um nome tabu em certos meios.Porque aí se deu o único genocídio da G.C. sendo assassinadas entre 5 e 7 000 vítimas transportadas da prisão para um local onde préviamente  

haviam escavado valas fundas.Ao saírem dos carros junto às valas eram metralhados  e ao caír e as valas tapadas ouviam-se gritos de vivos enterrrados.

Nas minas de Camunhas,Toledo, existe uma  fossa de muitas dezenas de metros de profundidade.Ao iniciar a G.C.em 1936,os milicianos de Toledo e Ciudad Real atiravam as suas vítimas para dentro.Admite-se que

na fossa haja 600 cadaveres.A maior parte ninguém sabe quem são.E estes casos multiplicam-se,sendo referidos apenas os principais,Camuñas mesmo em Espanha é pouco conhecido.

O sub título da obra consultada é: "Ultimas investigaciones sobre las persecuciones y ejecuciones en la España republicana durante la Guerra  Civil" e o título "Otra memoria histórica" de Miquel Mir e Mariano

Santamaria, ed. Nowtilus (2011)



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CR