PSP enfrenta ataques com cocktails molotovMil e duzentos agentes da Intervenção Rápida recebem formação contra o crime mais violento2009-06-05CARLOS VARELAAs Equipas de Intervenção Rápida da PSP de todo o país estão a ser sujeitas a cursos de formação tendente a preparar estas forças para situações de maior violência que envolvam, por exemplo, os cocktail molotov.A informação foi conseguida na sequência da demonstração para o efeito que ontem teve lugar no Comando da PSP de Lisboa, em Sacavém, Loures, envolvendo várias EIR da área de Lisboa.No entanto, o número dois da da PSP, superintendente-chefe Guedes da Silva, que acompanhava o secretário de Estado da Segurança Interna, Rui Sá Gomes, adiantou ao JN que essa formação está a ser dada em todo o país.A formação, de duas semanas, está a envolver os cerca de mil e duzentos homens que estão integrados nas EIR e é a primeira vez que estas equipas estão a ser sujeitas a uma formação específica. As EIR eram enquadradas por um conceito de actuação, mas a formação não ultrapassava em muito aquilo que qualquer outro agente recebe.Fonte policial adiantou ao JN que face ao acréscimo da violência foi decidido a nível da Direcção Nacional da PSP dar uma formação mais técnica, para enfrentar desafios mais recentes como o lançamento de cocktails molotov, como recentemente ocorreu no Bairro da Bela Vista, em Setúbal. As EIR constituem uma reserva móvel das divisões (uma EIR por divisão) e a formação está a envolver os cerca de 1200 homens que integram estas forças.A questão da falta de recursos humanos há muito que é um assunto candente na PSP, mas o secretário de Estado Rui Sá Gomes, a uma questão colocada pelo JN, adiantou estar convicto de que até ao próximo ano a situação vai melhorar. "Temos vindo a fazer várias incorporações, mas não pode ser tudo de uma vez", salientou.E quanto ao sempre eterno problema entre os homens que entram e os que saem, Rui Sá Gomes manifestou-se esperançado de em 2010 "já haver uma relação positiva, ou seja vamos ter mais homens e mulheres a serem incorporados do que aqueles que vão sair". O governante manifestou-se ainda convicto de que as negociações dos estatutos vão chegar a bom termo. http://jn.sapo.pt/paginainicial/Nacional/interior.aspx?content_id=1254295