GNR - GIPS

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ricardonunes

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« Responder #45 em: Fevereiro 11, 2007, 06:56:26 pm »
Citação de: "golex"
quanto ao fotografos da bt sao fáceis de contornar, basta cumprir o código da estrada.


Tenha cuidado com os ditos na zona da Soalheira (Túnel da Gardunha), são omnipresentes :twisted:
Potius mori quam foedari
 

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golex

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« Responder #46 em: Fevereiro 12, 2007, 01:52:30 am »
tb isso ha-de acabar, tabaco em edificios públicos :lol:
 

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Pirex

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« Responder #47 em: Maio 27, 2007, 12:00:48 am »
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Quando toca a sirene no Centro de Meios Aéreos de Santa Comba Dão há nove corações que começam a bater com mais intensidade. Sem dizer palavra, os operacionais do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR vestem os casacos antifogo, colocam os capacetes e correm para o helicóptero. Em menos de dois minutos estão sentados nos bancos de lona da aeronave e prontos a partir para a frente de fogo.

O piloto liga os motores, recebe as coordenadas do local do incêndio, cumpre os procedimentos de segurança aeronáutica e descola em direcção à floresta.

O ruído dentro da aeronave impede a troca de palavras e os olhares tornam-se mais expressivos. Não há medo, mas a inquietude é evidente. As pulsações só abrandam quando se avista a coluna de fumo – pouco densa e esbranquiçada. É sinal de que as chamas não lavram com grande intensidade e o combate será mais fácil. Os riscos serão menores.

O helicóptero descreve um círculo ainda em altitude, verifica se há pessoas ou habitações em perigo e aterra próximo do fogo. Logo que a aeronave toca o solo, a máquina humana entra em funcionamento.

Sob o comando de um sargento, quatro homens retiram os batedores, os Macloud (um instrumento que faz de ancinho e enxada) e os dois extintores dorsais (com 20 litros de água cada). Os restantes operacionais colocam o balde do helicóptero em condições de fazer descargas e afastam-se. A descrição demora quase mais tempo do que a acção no terreno, cronometrada ao segundo. Não há pausas nem hesitações. “Cada elemento tem a sua função e sabe o que tem fazer a cada momento ou situação”, explica o comandante da 3.ª Companhia de GIPS de Viseu, capitão Cura Marques.

Após deixar os militares, o heli levanta à procura de um ponto de água para começar o combate aéreo e a equipa de nove homens dirige-se a um dos flancos do incêndio.

Seguem em fila indiana, com a adrenalina próxima dos limites. Se as chamas estão mais altas, os primeiros projectam jactos de água. Seguem-se os batedores, que malham no fogo de forma energética. No fim da fila os portadores dos Macloud remexem a terra ardida para impedir os reacendimentos.

Em menos de 40 minutos o incêndio está extinto. Em 2006 foi assim em 94 por cento dos casos (ver caixa). Os novos ‘bombeiros’ chegaram, actuaram e venceram o fogo. Este ano, apesar das previsões meteorológicas apontarem para um Verão com temperaturas altas, as expectativas são maiores. Fruto da experiência acumulada e alguns acertos nos equipamentos e metodologias, todos esperam conseguir melhores resultados.

Há dois anos, no rescaldo de um dos períodos mais devastadores para a floresta portuguesa, os bombeiros chilenos que vieram auxiliar no combate aos incêndios florestais fizeram um diagnóstico pouco abonatório sobre a forma como se atacava os fogos em Portugal. Segundo eles, os nossos bombeiros usavam muita água para extinguir as chamas e poucas ferramentas, o que favorecia a ocorrência dos temidos reacendimentos.

MÉTODO NOVO

Com a entrada em cena dos GIPS, o panorama modificou-se. O ataque ao fogo na fase nascente passou a ser prioritário. E as ferramentas passaram a ser encaradas como peças fundamentais para o combate, assim como a força física e psicológica dos operacionais.

“Na primeira intervenção a água tem pouco peso. O importante é actuar com estratégia, conhecimento e muita disciplina”, afirma Cura Marques, destacando a disciplina e o espírito de entreajuda como pilares essenciais na actuação das equipas especiais da GNR.

Sendo uma estrutura militarizada, o GIPS assenta numa cadeia hierárquica única, rígida e bem definida. Uma voz de comando é uma ordem inquestionável e, como tal, não há lugar a atritos entre operacionais, mesmo em situações de grande stress, garante o sargento Luís Davi. O profissionalismo é mais do que evidente, mas mesmo assim incapaz de contornar alguns dos problemas endémicos da cultura portuguesa, como é o caso da tendência generalizada para o improviso.

Em Santa Comba Dão, como na maioria dos Centros de Meios Aéreos para combate aos fogos florestais, as brigadas helitransportadas estão ‘arrumadas a um canto’ disponibilizado pelos bombeiros locais. Os operacionais ocupam uma pequena garagem que partilham com duas máquinas de lavar roupa e uma barulhenta arca frigorífica.

Enquanto aguardam pelo toque da sirene, ocupam os tempos livres com a leitura, a jogar computador, a navegar na internet ou a ver televisão. Nesta Fase Bravo, que se iniciou a 15 de Maio, as saídas têm sido praticamente nulas. Mas o inferno pode chegar a qualquer momento. E o grau de prontidão tem de estar sempre a cem por cento.

“Pode pensar-se que os GIPS é só fardas bonitas e carros novos mas não. É, sobretudo, muito sacrifício e abnegação”, sublinha Luís Davi.

Seleccionados com base em rigorosos critérios físicos e psicológicos, os militares da GNR destacados para o combate aos incêndios rodam pelas brigadas helitransportadas e terrestres para garantir uma melhor gestão do esforço e dos recursos.

A escala de serviço compreende seis dias de trabalho de 12 horas (08h00/20h00) seguidos de três dias de folga. Os elementos que estiverem um dia nos helis passam a integrar as brigadas terrestres no dia seguinte. No pico dos incêndios, em que se registam várias saídas, esta rotatividade revela-se fundamental para garantir o equilíbrio físico e psicológico dos operacionais.

Na brigada terrestre as exigências são igualmente grandes, mas os níveis de esforço são diferentes e mais repartidos. Por norma, as equipas – com cinco elementos cada – actuam em conjunto e servem de apoio às brigadas helitransportadas, sempre que o terreno permite o acesso à frente do incêndio.

O equipamento de protecção pessoal (ver infografia) é o mesmo – com excepção do Fire Sheltor – e as ferramentas base também. Mas em cada jipe todo-o-terreno há mais uma motobomba e um depósito com 700 litros de água, uma mangueira com cem metros, um ancinho especial de fabrico nacional, uma pá, um machado, um extintor e uma foice.

Se não estão a combater fogos as brigadas terrestres aproveitam para fiscalizar as florestas e sensibilizar as populações para a necessidade da limpeza dos terrenos. Por vezes, são mal recebidos. Mas na generalidade dos casos os moradores manifestam satisfação por se cruzarem com uma força de segurança.

“Chegamos a ir a sítios em que as pessoas nos dizem que não viam a GNR por ali há mais de um ano. E o facto de nós passarmos com mais frequência deixa os cidadãos mais descansados e atentos a possíveis transgressões”, refere o tenente José Lopes, comandante do Centro de Meios Aéreos da GNR, em Santa Comba Dão.

Os elementos dos GIPS receberam formação na Escola Nacional de Bombeiros, na Lousã, e fazem questão de se manter em reciclagem permanente, quer a nível físico quer teórico. ‘Instrução difícil, combate fácil’ é o lema adoptado.

“Temos que andar nestas actividades mais puxadas enquanto temos forças. O tempo de ganhar barriga fica para depois”, justifica o guarda António Marques, após fazer uma pausa no jogo de estratégia Age of Empires, do qual usa e abusa para passar os tempos mortos.

O militar de 27 anos esteve na Bósnia e no Kosovo em missões de paz ao serviço do Exército. O ano passado ingressou na GNR, directamente para o GIPS. Já passou por uma situação de grande perigo, quando uma língua de fogo inesperada quase atingiu a equipa, no Verão passado, em Tábua. O episódio não deixou marcas. Apenas serviu para lhe incutir mais respeito pelos fenómenos naturais, sempre que parte para um incêndio.

NOS LIMITES

O esforço dos militares quando estão numa primeira intervenção de combate a um incêndio é levado aos limites, físicos e psicológicos.

Nos treinos são simuladas situações para aproximar as exigências físicas às psicológicas e avaliar o comportamento dos operacionais. Porém, nenhum exercício se compara a uma acção de fogo real, onde as capacidades de resistência humana são verdadeiramente postas à prova.

“Ver um homem a querer beber água do depósito que já está vazio e ajudá-lo a ignorar a sede para continuar a combater o incêndio não é fácil para ninguém, mas é essencial para garantir que ninguém falha nas suas funções”, diz o capitão Cura Marques. O comandante da 3.ª Companhia de GIPS, que abrange Viseu, Armamar e Santa Comba Dão, quis sentir de perto a adrenalina do combate no terreno e no ano passado acompanhou as brigadas em mais de 40 saídas,

A aguardar pela primeira experiência real está o guarda Rebelo Marques, da Companhia de GIPS de Santa Comba Dão. Ofereceu-se como voluntário, trocando a vida “mais descansada” que levava em Lisboa pela agitação do combate aos incêndios, na região da Beira Alta. Casado há um ano com uma militar do Exército, sentiu grandes dificuldades em que ela aceitasse a sua entrada nos grupos de combate ao fogo da GNR. “A princípio não aceitou muito bem”, mas após o choque inicial acabou por se resignar.

O casal planeava ter um filho este ano só que a entrada no GIPS fez adiar este projecto de vida.

“Vamos ver como correm as coisas e tentaremos para o próximo ano”, revelou o militar. Enquanto aguarda pelo primeiro frente-a-frente com um fogo autêntico, o militar tem apenas uma ideia da forma como as pulsações aumentam quando a sirene toca no Centro de Meios Aéreos. Isto porque um elemento do GIPS se lembrou de gravar o som da sirene no telemóvel para surpreender os amigos. Quando o aparelho tocou, saltaram todos da cadeira, prontos para atacar as chamas. Os ritmos cardíacos dispararam, até perceberem que era alarme falso.

AMEAÇADOS COM UMA CAÇADEIRA

Os elementos dos GIPS arriscam a vida para salvar os bens da voracidade das chamas, mas a sua presença no terreno nem sempre é apreciada pelos cidadãos. “Uma vez uma equipa foi ameaçada por um homem armado com uma caçadeira, que não queria que o helicóptero tirasse água do seu tanque”, conta o capitão Cura Marques, comandante da 3.ª Companhia GIPS, em Viseu. Noutras ocasiões, em zonas mais isoladas, os moradores chegaram a atirar pedras à aeronave, numa tentativa de impedir que chegasse perto dos pontos de água particulares, mas essenciais para garantir a extinção das chamas florestais. Alheias aos deveres de cidadania e às normas legais, algumas pessoas “chegam a tapar os poços ou tanques de água com redes” para inviabilizar o abastecimento dos helicópteros mobilizados para o ataque aos fogos, adianta o oficial. Nestes casos, os guardas vêem-se obrigados a tomar conta das infracções e elaborar os respectivos autos de notícia para posterior procedimento judicial. As redes são confiscadas e se os proprietários mantiveram uma atitude que se revele deliberadamente prejudicial para o trabalho dos guardas ou dos bombeiros podem acabar detidos e conduzidos ao posto mais próximo.

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL DO GIPS

CAPACETE

Feito em material resistente ao choque e às altas temperaturas junto às chamas.

ÓCULOS

Preparados para proteger os olhos das faúlhas e das temperaturas elevadas.

LUVAS

Fabricadas com nomex kevlar, permitem agarrar um tronco em brasa sem haver perigo de queimadura.

CALÇAS

Tal como o casaco, são em tecido nomex e permitem estar mais próximo das chamas sem consequências.

MÁSCARA

Os soldados colocam um cogola na cabeça, resistente ao fogo, semelhante às usadas pelos pilotos de Fórmula 1.

FIRE SHELTER

Às costas levam um abrigo anti-fogo e uma mochila com água, um kit de primeiros socorros e outro de sobrevivência.

BOTAS

Em couro especial que resiste ao fogo e permite a respiração do pé. A sola está preparada para pisar brasas.

"NÃO COMPETIMOS COM OS BOMBEIROS", Cura Marques, comandante da 3.ª Companhia GIPS

Correio da Manhã – Com os bons resultados alcançados pelos GIPS em 2006 que metas traçaram para a época de fogos florestais deste ano?

- Cura Marques – O objectivo é melhorar a eficácia. É transpor os bons resultados para os distritos onde foram criadas novas companhias e, se possível, atingir os cem por cento de eficácia. Se não conseguirmos tentaremos pelo menos melhorar os índices conseguidos em 2006.

- O que distingue os elementos do GIPS dos bombeiros?

- Não somos melhores nem piores. Temos a nossa forma de actuar e conseguimos bons resultados. Mas não estamos a competir com ninguém. A nossa competição é interna, para atingir o máximo de cada um. Respeitamos muito o trabalho dos bombeiros e não pensamos sequer em competição, porque o nosso inimigo é comum.

- O que falta fazer para melhorar a prevenção?

- A GNR tem investido muito na prevenção e sensibilização das populações, alertando-as para a necessidade da limpeza das matas e dos terrenos. Mas continuamos a deparar-nos com três problemas essenciais. A dificuldade em notificar alguns proprietários, o facto de os emigrantes só chegarem às suas propriedades no Verão e as queimadas feitas pelos pastores. Sabemos que eles vão deitar o fogo, porque têm necessidade de o fazer, só não temos é forma de os controlar. A legislação está bem conseguida, mas é preciso que as pessoas sintam que têm de cumprir as normas.

HELICÓPTEROS MOBILIZADOS DE ACORDO COM RISCO DE INCÊNDIO

O plano aprovado pela Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC) prevê que os meios aéreos entrem em funcionamento de forma progressiva, durante a Fase Bravo e de acordo com o risco de incêndio.

Segundo um porta-voz do Ministério da Administração Interna, neste momento estão ao serviço das brigadas helitransportadas da GNR quatro helicópteros: em Loulé, Santa Comba Dão, Fafe e Vidago.

A presença dos Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) foi alargada este ano a Viana do Castelo, Porto, Vila Real e Aveiro, prevendo-se a mobilização gradual de 14 aerotanques até ao dia 15 de Junho, data em que os dois Canadair entram em actividade.

Como a operacionalidade dos meios aéreos adquiridos pelo Estado sofreu um atraso, “foram contratados dez helicópteros que estarão em funcionamento na primeira quinzena de Junho”, informou o gabinete do ministro Rui Pereira.

Estas aeronaves servirão para transportar também as brigadas da Companhia Especial de Bombeiros, designadas por canarinhos. A nova estrutura tem um comando próprio e foi constituída com alguns dos bombeiros pertences às equipas helitransportadas existentes em 2005 e 2006. Dados como operacionais desde ontem, os canarinhos abrangem os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Santarém. A formação que receberam na Escola Nacional de Bombeiros obedece aos padrões internacionais, o que os habilita a partir para missões no estrangeiro em 24 horas.

Em 2008 o espaço de intervenção destas brigadas será alargado aos distritos de Évora, Beja e Setúbal.

Correio da Manhã
 

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calaico

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« Responder #48 em: Maio 27, 2007, 10:08:07 pm »
Citação de: "sturzas"
Boas Pessoal

Penso que a rapaziada do GISP, quando não há "fogos", realizam as tarefas de um qualquer militar da GNR. Pelo menos já fui multado há cerca de três semanas, em Bragança, a minha terra de origem, por um militar da Guarda, que tinha o "patch" do GISP.


 Caro sturzas, é só para informar, que em Bragança, não existe GIPS, eu sei porque faço lá serviço, não terá sido o SEPNA?
"Antes quebrar que torcer"
 

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sturzas

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« Responder #49 em: Maio 30, 2007, 02:15:10 am »
Viva a todos.

Antes demais, Calaico desejo-lhe as boas vindas ao Fórum Defesa.

Bem sei que em Bragança não existe nenhuma Companhia de GIPS pelo menos permanente (talvez lá para 2008). A sub-unidade do GIPS mais próxima de Bragança, é a 5ª Companhia, com base/sede operacional no Vidago (tem mais um pelotão em Ribeira de Pena). O que afirmei, e confesso agora deixou-me um pouco baralhado (GIPS/SEPNA), e daqui deixo a dúvida, é se na Companhia Territorial de Bragança da GNR, não possam existir elementos com formação específica em GIPS.

Já agora uma pequena descrição operacional/organizacional do GIPS/GNR para o Verão Quente de 2007, que se avizinha:

1ª Companhia (Lousã)

1 Pelotão na Lousã, com 36 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Pombal, com 34 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Figueiró dos Vinhos, com 20 elementos + 1 helicóptero ligeiro.

2ª Companhia (Loulé)

1 Pelotão em Loulé com 36 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Monchique com 20 efectivos + 1 helicóptero ligeiro;
1 Pelotão em Cachopo com 20 efectivos + 1 helicóptero ligeiro.

3ª Companhia (Viseu)

1 Pelotão em Viseu, com 36 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Stª Comba Dão, com 34 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Armamar, com 20 elementos + 1 helicóptero ligeiro.

4ª Companhia (Arco de Valdevez)

1 Pelotão em Arco de Valdevez com 33 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Braga com 22 efectivos + 1 helicóptero ligeiro;
1 Pelotão em Fafe com 20 efectivos + 1 helicóptero ligeiro.

5ª Companhia (Vidago)

1 Pelotão em Vidago com 34 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Ribeira de Pena com 22 efectivos + 1 helicóptero ligeiro.

6ª Companhia (Baltar)

1 Pelotão em Baltar com 34 efectivos + 1 helicóptero médio;
1 Pelotão em Águeda com 22 efectivos + 1 helicóptero ligeiro;
1 Pelotão em Vale de Cambra com 22 efectivos + 1 helicóptero ligeiro.

Cumprimentos
NA PAZ E NA VIDA... QUE RESERVA TÃO CALMA E TRANQUILA... MAS SE OUVIRES O TROAR DA GUERRA... ENTÃO IMITA O TIGRE...
 

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Raul Neto

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« Responder #50 em: Maio 31, 2007, 12:41:58 am »
Mas está previsto no futuro haver uma companhia por Distrito  :shock:
 

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calaico

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« Responder #51 em: Maio 31, 2007, 07:24:31 pm »
Não existe nenhum elemento com esse curso no Grupo Territorial de Bragança.
"Antes quebrar que torcer"
 

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TOMKAT

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« Responder #52 em: Junho 09, 2007, 01:23:07 am »
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Falta de meios compromete investigação às causas dos fogos florestais no país

08.06.2007, Mariana Oliveira

Número de relatórios não conclusivos disparou no último ano. Antigos guardas florestais, os únicos que até aqui asseguravam essa tarefa, lamentam falta de condições

Em Maio de 2006, o Governo extinguiu o Corpo Nacional da Guarda Florestal (CNGF) e determinou a integração dos seus cerca de 500 funcionários no Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. Mas, mais de um ano passado, o panorama não é animador. A GNR não tem dinheiro para pagar horas extraordinárias aos guardas florestais, o que implica que durante a noite, feriados e, em algumas zonas do país, ao fim-de-semana não se faça investigação às causas dos incêndios florestais nem vigilância florestal. Há ainda quem se queixe da falta de condições logísticas, lamentando não ter sequer um computador para trabalhar.

Os problemas são visíveis nos resultados operacionais. Segundo os dados da Direcção-Geral de Recursos Florestais e do SEPNA, citados no relatório da comissão parlamentar de fogos florestais, 64 por cento das 3093 investigações realizadas no ano passado terminaram sem causa atribuída (perto de dois mil incêndios com origem desconhecida). O valor significa um grande aumento face aos últimos anos, em que esta percentagem rondou os 30 por cento. A título de exemplo, refira-se que, em 2002, o CNGF, que investigou 1039 sinistros, registou apenas 27 por cento de fogos com razões desconhecidas.

Até agora, os antigos guardas florestais eram o único corpo destinado a fazer investigação das causas dos incêndios. A Polícia Judiciária só in-
vestiga fogos quando há suspeitas de crime e os militares do SEPNA só agora estão a terminar a formação nesta área - 120 destes operacionais terminam-na hoje.

Rui Raposo, da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, que acompanha há vários anos os problemas dos guardas florestais, avança com a explicação. "Entre Maio do ano passado e Julho não houve investigação das causas dos fogos. A estrutura intermédia de comando da GNR não estava preparada para a transição e não sabia o que fazer com os guardas florestais", diz. "As primeiras instruções surgiram tarde e chegaram a ser dadas ordens para se investigar fogos que tinham ocorrido um mês antes. Ora, nessa altura já não é possível recolher
prova."

Raposo lamenta que, neste momento, os guardas florestais estejam subaproveitados e garante que é possível fazer muito melhor com os recursos existentes. "Este desperdício é inadmissível", considera.
Jorge Caldas, dirigente sindical e mestre florestal há 22 anos, concorda que a GNR não estava preparada. Hoje é obrigado a trabalhar sem computador e perdeu o GPS que tinha instalado no carro. "Estamos praticamente esquecidos", lamenta, ao explicar que pediu em Setembro passado uma reunião com um superior da GNR e até hoje ainda não foi recebido.

"Falta motivação"

Muitos salientam que os horários fixos de manhã e de tarde, feitos para escapar ao pagamento das ajudas de custo, e a ausência de guardas nos feriados são prejudiciais ao trabalho. "Aqui não trabalhamos aos fins-de-
-semana e feriados. Se uma pessoa quiser violar a lei sem ser apanhado, basta saber o nosso horário", alega Martinho Gonçalves, dirigente sindical no distrito de Portalegre e mestre florestal há quase 20 anos.

Figueiredo Lopes, sindicalista na Zona Centro e mestre florestal, é dos que fazem um balanço positivo da transição. "Operacionalmente, acho que foi benéfica. Agora estamos mais concentrados na fiscalização e não fazemos trabalho de técnicos florestais", afirma. Sabe que a sua realidade não se repete em todo o território nacional e lamenta os 200 euros mensais que muitos perderam com o fim das horas extraordinárias e das ajudas de custo. Isto além de ganharem menos duas a três centenas de euros que os colegas militares. "Assim não podemos estar motivados", remata Caldas.

O PÚBLICO tentou insistentemente obter um comentário da GNR a estes problemas, mas não conseguiu falar com nenhum dos seus responsáveis. No site da GNR na Internet também não se encontra qualquer referência à participação dos ex-guardas florestais, nem no dispositivo nem na estrutura do SEPNA.

A investigação exige lupa e pinça, remetendo-nos para um imaginário à Sherlock Holmes. Mas a realidade é bem diferente. Longe da elegância do trabalho do detective da Baker Street, esta é uma tarefa suja. Literalmente suja. Os investigadores, sejam da Polícia Judiciária (PJ), sejam da Guarda Nacional Republicana (GNR), têm que meter mãos e pés nas cinzas. O inevitável para descobrir a causa de um incêndio florestal e despistar um eventual crime.
Justificam-se, por isso, pezinhos de lã num espaço que se quer previamente delimitado por fitas coloridas. O objectivo é poupar os vestígios. Um passo no local errado e a investigação pode estar comprometida.

A rapidez é, por isso, essencial para que as estatísticas não registem mais um incêndio de origem desconhecida. O rótulo ficou associado a quase 2000 dos 3093 fogos investigados o ano passado pela GNR. A PJ só aparece quando há suspeitas de crime. Ambos partilham o lema: todo o cuidado é pouco.
"Tudo no que mexemos já não serve mais. Nesta investigação só temos uma oportunidade", insiste o inspector-chefe da PJ, António Carvalho, fato-macaco vestido, enquanto analisa os vestígios de um fogo posto na Tapada de Mafra. Desta vez, a intenção não foi dolosa. Destinou-se apenas a dar uma aula prática de investigação de causas de incêndios. Uma explicação no terreno semelhante às que receberam os 120 militares do Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente, da GNR, que terminam hoje a formação.

Primeiro passo: desvendar o caminho do fogo. Para descobrir o sentido e a direcção das chamas é preciso saber ler os vestígios. Objectivo? Determinar o ponto do início do incêndio. "Onde é que o ramo está mais ardido?", pergunta António Carvalho a uma plateia de jornalistas. Alguém responde, mas é o inspector que tira a conclusão. "Então quer dizer que o fogo veio nesta direcção", aponta, ao mesmo tempo que enterra uma seta vermelha nas cinzas. O processo repete-se. E repete-se. E repete-se.

Cuidadosamente, dezenas de ramos, troncos, pinhas e arbustos são analisados. A cor, a existência de casca e a fixação da fuligem são indicadores. Ajudam a revelar a direcção do fogo. E levam as setas vermelhas a fechar o círculo.

O incêndio poderia ter tido mais de um hectare, mas neste momento as atenções dos investigadores concentram-se num pequeno espaço com cerca de 30 centímetros de diâmetro. De um dos bolsos do fato-macaco de António Carvalho sai a lupa. Os centímetros são minuciosamente analisados, por vezes à pinça. Sopra-se. A cinza levanta voo e deixa a nu um pequeno buraco. "O que vos parece?", questiona Carvalho. "Um rebento de pinheiro", responde prontamente um jornalista.
Escava-se à volta e fica-se com a prova na mão. Um novo olhar, mais cuidado, desconstrói a primeira versão. O rebento é, afinal, o pavio de uma vela. "Belo pinheiro", ironiza António Carvalho. Para o fim, fica a prova dos nove. Desmembra-se o pedaço de terra e queima-se. A terra liberta um cheiro intenso a cera. O mistério está desvendado. M.O.
Os antigos guardas florestais começaram a trabalhar na GNR a 2 de Maio do ano passado, mas até hoje continuam sem um cartão de identificação. "Se alguém nos pedir para nos identificarmos, não temos nada para mostrar", lamenta Martinho Gonçalves, dirigente sindical e mestre florestal. Rui Raposo, da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, lamenta o desleixo do Ministério da Administração Interna. "Só é preciso uma portaria de uma página, mas ainda não foram capazes de fazer isso", estranha. Raposo reclama também do facto de ainda não haver base legal para os ex-guardas florestais usarem as armas.
M.O.

http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=search%2Easp%3Fweb%3DUH%26q%3Dincendios%26check%3D1

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Os antigos guardas florestais começaram a trabalhar na GNR a 2 de Maio do ano passado, mas até hoje continuam sem cartão de identificação.
"Se alguém nos pedir para nos identificarmos não temos nada para mostrar", lamenta Martinho Raposo, dirigente sindical e mestre florestal.
Rui Raposo da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, lamenta o desleixo do Ministério da Administração Interna. "Só á preciso uma portaria de uma página, mas ainda não foram capazes de fazer isso", estranha.
Raposo reclama também do facto de ainda não haver base legal para os ex-guardas florestais usarem armas.

in Público


Devagar, devagarinho, ... um dia talvez cheguemos lá.  :roll:
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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ricardonunes

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« Responder #53 em: Agosto 07, 2007, 12:05:51 pm »
Força de combate aos fogos da GNR pode estar em risco

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GIPS consomem muitos recursos importantes
A missão da GNR no ataque inicial dos incêndios pode estar em risco de continuidade ou de vir a ser reformulada. Segundo apurou o DN, os grupos de intervenção protecção e socorro - os GIPS criados em 2006 sob forte contestação dos bombeiros -, poderão ter os dias contados. Em causa os enormes recursos financeiros que estão a consumir e que estarão a fazer falta noutros sectores.

Em última instância, os GIPS poderão mesmo ser extintos. O que seria um enorme recuo do Governo, que no ano passado, pela voz do ex-ministro da Administração Interna (MAI), António Costa, assegurou que a GNR tinha um papel fundamental no combate aos incêndios e que tal não constituía uma despromoção do sector dos bombeiros. Aliás, no final da época de fogos, o então MAI realçou o sucesso desta força e a forma pacífica como se integrou no dispositivo. Motivo que levou, até, ao seu reforço este Verão.

Ao DN, um antigo dirigente da Protecção Civil, próximo do PS, afirmou que "os GIPS estão a consumir grandes recursos financeiros que são necessários para garantir outras prioridades na protecção civil. Como por exemplo, as 60 equipas permanentes nos quartéis de bombeiros de cinco distritos". Recorde-se que estas equipas profissionais foram prometidas por Costa para o final do ano.

Apesar de o ministro da Administração Interna ter mudado, o Governo assegura que a sua posição perante este assunto se mantém. Ao DN, o Secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, afirmou que "quem criou os GIPS foi este Governo e o Governo ainda é o mesmo".

Confrontado com esta hipótese, António Paixão, major da GNR e comandante dos GIPS, reagiu com surpresa. Ao DN, afirmou não saber de nada e realçou o sucesso apresentado pela força que comanda na extinção dos fogos na sua fase inicial. Aliás, António Paixão adiantou que, ainda na semana passada, esteve reunido com Ascenso Simões que lhe pediu para começar a programar o próximo ano.

Outro dado importante foi a profissionalização dos Canarinhos, equipas de primeira intervenção da Força Especial de Bombeiros, criada este ano. "Com a sua criação, este grupo (dos GIPS) deixa de ser tão necessário", disse a mesma fonte.

Além disso, no final do Verão de 2006 estava previsto que os soldados do GIPS completassem formação na área do mergulho, radioactividade e resgate vertical. Mas apenas um número reduzido de 24 elementos recebeu formação em mergulho e nas outras áreas nem sequer se avançou.

Reacções

A possibilidade de extinguir os GIPS cai que nem uma luva nas pretensões da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Apesar de não ter conhecimento da hipótese , Duarte Caldeira, presidente da Liga, reconhece que vem ao encontro do que sempre defendeu. E frisa "a necessidade de dispor de uma intervenção permanente e profissionalizada mas levantada a partir dos recursos humanos dos bombeiros, como a experiência dos Canarinhos está a demonstrar". Ou seja, "é a partir desta experiência piloto que se deve seguir numa lógica de dispor de uma força de socorro especifica", concluiu.

José Manageiro, presidente da Associação de Profissionais da Guarda (APG) também reconhece que "a GNR não existe para apagar fogos. Mas este grupo tem tido sucesso na sua missão e falar-se na sua eventual reestruturação nesta altura só serve para perturbar o seu trabalho".

O dirigente da APG afirma que "o papel da GNR é estar junto das populações e têm estado a ser canalizados recursos para os GIPS e para as missões internacionais que depois fazem falta nos postos, que é onde somos procurados pelos cidadãos".

Desde a criação que os GIPS estiveram debaixo de criticas dos bombeiros que se queixaram de falta de articulação e de terem sido relegados para um papel secundário.

DN
Potius mori quam foedari
 

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« Responder #54 em: Agosto 07, 2007, 12:25:17 pm »
Depois de todo este investimento vai-se acabar com estas unidades? Só mesmo em Portugal!  :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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SSK

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« Responder #55 em: Agosto 07, 2007, 01:17:10 pm »
Muda de ministro, muda a orientação e política para o país... Espectáculo....
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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xenical_

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« Responder #56 em: Agosto 07, 2007, 05:10:57 pm »
Boa tarde
Os portugueses não podem é continuar a assistir ao fecho (ou ameaças de) de postos da guarda, a falta de EPI dos elementos que fazem a inactivação de explosivos (caso do Algarve à poucas semanas), a falta de formação, a obras nos postos territoriais adiadas, ao constante envelhecimento da frota auto, ao armamento obsoleto; e por outro lado assistir a unidades de "elite" com orçamentos sumptuosos com alguns equipamentos que deixam muito a desejar (aeroboat de 9 mil ctos., carrinhas com equipamento para as cheias que curiosamente durante as cheias deste Inverno não foram vistas!) a fazerem aquilo que no pais já era feito a largos anos por bombeiros voluntários (apesar de nos meses de Verão serem miseravelmente subsidiados).
Penso que a criação dos GIPS foi mais um devaneio de novo-riquismo por parte dos nossos governantes, algo que foi apresentado por alguém como uma Visão e possível de ser posto em pratica, mas que nunca foi orçamentada com rigor.

Como português tenho muito orgulho na GNR, pelas difíceis missões desempenhadas com brio e profissionalismo no Iraque e em Timor, e também no SEPNA que me parece, isso sim, uma força policial de importância cada vez maior. Agora para apagar fogos chamem os Bombeiros e profissionalizem parte deles.

Cumprimentos

Paulo Mariano
 

GIPS
« Responder #57 em: Agosto 07, 2007, 06:57:53 pm »
Santas palavras camarada, que se aposte nos recursos existentes, formação e equipamento.
A GNR a fechar postos às 17h por falta de pessoal e andar com unidades especializadas a entrar nas especialidades dos outros, só neste cantinho da Europa.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #58 em: Agosto 07, 2007, 09:12:50 pm »
A sério? Já ouviram falar da UME?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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PereiraMarques

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« Responder #59 em: Agosto 07, 2007, 09:14:43 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
A sério? Já ouviram falar da UME?


UME é do Exército (Ejército de Tierra)...